Parque das Artes: uma estratégia de convivência urbana através da ressignificação do espaço público em Itapeva/SP
Aline de Lima Cruz TFG I | UFFS | 2017
Aline de Lima Cruz
Parque das Artes: uma estratégia de convivência urbana através da ressignificação do espaço público em Itapeva/SP
Trabalho Final de Graduação I, subme do como requisito parcial necessário à obtenção do tulo de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, outorgado pela Universidade Federal da Fronteira Sul
Orientadora: Daniella Reche
UFFS | 2017
ÍNDICE 1 2
INTRODUÇÃO................................................................03-05 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................06 A arte: seus fundamentos e linguagens...................................................07-08 Arte e transformação urbana...................................................................09-10 O espaço público: teorias e estratégias de projeto..................................11-12 A apreensão da arquitetura através dos sen dos....................................13-14 Resumo das diretrizes propostas pelos autores estudados......................15-16
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REPERTÓRIO PROJETUAL............................................................17 Praça das Artes..............................................................................................18 Complexo Cultural Luz ..................................................................................19 Cite des Arts et la Culture..............................................................................20 Tenerife Centre of Drama c Arts...................................................................21
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O LUGAR: ITAPEVA/SP................................................................22 Caracterização do município....................................................................23-24 A cultura e os ar stas locais.....................................................................25-26 O tema na cidade: a problemá ca e as demandas ..................................27-28 A estrutura pública da cidade: locais onde acontecem os eventos..........29-30
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DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO........................... 31-51
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A PROPOSTA...........................................................................52-64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................65-66
1 introdução
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Figura 01. Apresentação anual do Stúdio de Dança Dell' Anhol em Itapeva/SP
A cidade contemporânea, inevitavelmente, é alvo de diversas crí cas que tentam encontrar saídas para o co diano não experimentado, para atual indiferença naturalizada e para a desigualdade social, econômica e cultural. E, através destas dinâmicas complexas e di ceis de solucionar, pode-se dizer que a cidade começou a perder seu sen do, rompendo seu vínculo com os indivíduos e, portanto, a ideia de convívio se ex ngue. Surge, então, a necessidade de ressignificação dos espaços, atuando de forma crí ca ao construir vínculos mais permanentes na sociedade (PALLAMIN; LUDEMANN, 2002). A arte, dentro deste contexto, pode fazer este papel, interpretando o mundo contemporâneo e ressignificando os espaços públicos através de sua “prá ca crí ca” (PALLAMIN; LUDEMANN, 2002). Assim, ela atua, através de es mulos de caráter esté co, sonoro, visual e interpreta vo, na construção de um conhecimento cria vo, formando indivíduos não só aptos a realizarem suas criações ar s cas, mas cidadãos que se expressam de forma própria, criando senso crí co para sua compreensão de mundo e de sua própria condição humana e social (RAFFA, 2008). A par r desta problemá ca, o presente trabalho se propõe a inserir no município de Itapeva/SP um Parque das Artes, em resposta a uma atual condição urbana e social presente na cidade. O projeto abrigará espaços de ensino, ensaio e apresentação das artes que contemplem não só as a vidades tradicionais e culturais do local, mas também manifestações emergentes da arte. Para assim, contribuir de forma inclusiva na cidade. Desta forma, a estrutura a ser projetada dará suporte para dança, música, teatro e as artes visuais, além de expressões ar s cas recentes na cidade, como arte circense, hip-hop, grafite, arte digital e a arte híbrida (integração das linguagens ar s cas).
O município de Itapeva/SP se insere em sua região como cidade pólo, devido a sua capacidade de ofertar bens e serviços aos demais municípios circunvizinhos. No entanto, a microrregião de Itapeva, localizada no Sudoeste Paulista, é a mais pobre do estado, visto que seu processo de urbanização foi acompanhado pela degradação ambiental, concentração de renda, infraestrutura deficitária e Índice de Desenvolvimento Humano abaixo da média estadual (VEIGA, 2014). Desta forma, esta realidade socioeconômica existente corrobora a importância do município de Itapeva em oferecer cultura as cidades vizinhas, possibilitando a aproximação da população carente com a arte, a qual fomenta a formação crí ca do indivíduo através da consciência polí ca, social, econômica e ambiental. Assim, a proposta também possui um importante papel socioeconômico na região, já que poderá contribuir na vida das pessoas através da oferta de educação, fomento ar s co, desenvolvimento social, convivência urbana, lazer e cultura.
MICRORREGIÃO DE ITAPEVA CULTURA
EDUCAÇÃO ITAPEVA/SP
A PROPOSTA LAZER
CONVIVÊNCIA URBANA
FOMENTO ARTÍSTICO
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
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Outra questão per nente no município é a demanda an ga de uma estrutura pública para desenvolvimento e apresentações das a vidades ar s cas. Atualmente, Itapeva possui várias escolas e grupos ar s cos que, por não possuírem uma estrutura adequada para a realização de suas a vidades, não conseguem propagar sua arte de forma expressiva na cidade. Isto impacta na própria consciência dos cidadãos da cidade, os quais, em sua maioria, não acompanham a efervescência ar s ca local. Obje va-se, então, sanar com as dificuldades anteriormente apresentadas, através de um edi cio público permeável e de fácil acesso, oferecendo também um lugar dos encontros e de vivência do lúdico, o qual pode minimizar as separações na cidade e gerar uma co dianidade–lazer a ela (LEFEBVRE,2001). Para isto, o projeto visa se conformar em situações urbanas préexistentes, ao ponto de que os parâmetros para seu desenvolvimento sejam orientados pelos condicionantes sicos e polí cos-sociais. Ou seja, a escolha do terreno para implantação foi essencial, a fim de fazer com que a decisão conceitual seja, pra camente, a natureza do lugar. Com isso, o objeto pretende se integrar ao espaço público e se encaixar na malha urbana na cidade, trabalhando com três dimensões de conec vidade. A primeira é a locação no espaço, em relação a cidade, a segunda é em relação ao seu entorno imediato e, por fim, a locação no espaço em relação a sua comunicação com o pedestre. Estas estratégias servirão para que o espaço se caracterize de tal forma que possa também abrigar outras funções além dele mesmo, sendo suporte de passagem, lazer, conec vidade e convivência urbana. Assim, através de uma transição fluida entre espaços livres e edi cio, a proposta possa desconstruir a separação entre o arquitetônico e o urbano.
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Desta forma, o Parque das Artes pretende, além de estudar o lugar como objeto sico, analisá-lo também como espaço de tensão, de conflitos de interesses, de subu lização ou mesmo de abandono. A fim de entender o espaço como resultado de fatores sócio-polí cos ao longo da construção da cidade e, assim, compreender o aspecto simbólico da área adotada para o projeto. E, por fim, a proposta visa construir um programa arquitetônico ligado às artes, compreendendo desde as demandas das linguagens ar s cas até as necessidades de uma situação sica e espacial do lugar preexistente, como, por exemplo, novos espaços de convivência. Desta forma, todas as intenções do projeto se amparam em responder de maneira clara e transformadora a um espaço da cidade, gerando fomento ar s co, vida intensa e vizinhança fortemente presente. Além disso, a dança, a música, o teatro e as artes visuais serão incen vadas a trabalharem de forma integrada em prol de uma vivência ar s ca intensa, através da conexão entre edi cio cultural, espaços públicos e áreas verdes, como é demonstrado no esquema abaixo.
DANÇA
MÚSICA
TEATRO
ARTES VISUAIS
ESPAÇO PÚBLICO COMO CONVIVÊNCIA
EDIFÍCIO AULAS+APRESENTAÇÃO
ÁREAS VERDES DE LAZER
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DEFINIÇÕES, LINGUAGENS E FUNÇÃO DA
ARTE
Figura 02. Apresentação anual do Stúdio de Dança Dell' Anhol em Itapeva/SP
TEORIAS E EXPERIÊNCIAS DE
PROJETOS LIGADOS A ARTE
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A ARTE:
SEUS FUNDAMENTOS E LINGUAGENS
Definir o que é arte se tornou uma condição di cil e muito ques onada pela maioria dos teóricos e crí cos da área. Inúmeros tratados de esté ca procuraram discorrer sobre este conceito, entretanto, quando este se mostra claro e defini vo, automa camente, gera noções divergentes, contraditórias e exclusivas, invalidando uma única solução (COLI, 1995). As definições que hoje existem estão geralmente ligadas a “objetos consagrados pelo tempo, e que se des nam a provocar sen mentos vários e, entre estes, um di cil de precisar: o sen mento do belo” (BOSI, 1986). No entanto, é evidente que esta descrição contrapõe vários aspectos importantes da arte, seja ela material ou imaterial. Assim, neste trabalho, definições não são relevantes. O importante é perceber as reverberações da arte, já que esta tem representado, desde a pré-história, uma a vidade fundamental do ser humano. Com isso, deve-se superar as classificações das "belas-artes", as quais limitam a diversidade de linguagens que a arte pode a s s u m i r. É p re c i s o s i m p l e s m e nte co n stata r a complexidade do objeto ar s co e a relação espectadorobra (COLI, 1995). Desta forma, segundo BOSI, a arte pode ser encontrada em toda a a vidade que: ...ao produzir objetos e suscitar certos estados p s í q u i c o s n o r e c e p t o r, n ã o e s g o t a absolutamente o seu sen do nessas operações. Estas decorrem de um processo totalizante que as condiciona: o que nos leva a sondar o ser da arte enquanto modo específico de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmos. [...] Nesse sen do, qualquer a vidade humana, desde que conduzida regularmente a um fim, pode chamar-se ar s ca.
A arte, então, é perceber o mundo pelos sen dos, onde a audição iden fica atributos sicos do som, melodia e ritmo, a percepção é afetada pelos es mulos visuais e o tato é provocado pela textura. No entanto, estes sen dos provocados não só atraem sensorialmente o ser humano, mas também transmitem mensagens carregadas de emoções, histórias, experiências e cultura (CARVALHO, 2016). Assim, o obje vo da arte é o estranhamento, que faz com que dificulte e faça durar o processo percep vo, a fim de gerar reflexões dis ntas em cada indivíduo receptor (CARAMELLA, 1998).
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Enfim, toda a vidade ar s ca possui seu próprio vocabulário com códigos que, ao serem, manipulados, criam sen dos e comunicam ideias. E, desta expressão enquanto forma, surgem as diversas linguagens ar s cas, como a dança, música, teatro e artes visuais. Cada uma com sua materialidade e técnica que, ao serem usadas, propiciam o ato cria vo (CARVALHO, 2016). Desta forma, a arte através das cores, linhas, formas, sons e movimentos, os quais es mulam a mente com essa alimentação esté ca, sonora, visual e interpreta va, constrói um conhecimento cria vo, formando indivíduos não só aptos a realizarem suas criações ar s cas, mas cidadãos que se expressam de forma própria, criando senso crí co para sua compreensão de mundo e de sua própria condição humana e social (RAFFA, 2008). Portanto, assim como mostra no esquema abaixo, a arte vem como a vidade humana cria va que es mula a consciência através das linguagens, as quais possuem em comum a expressão enquanto forma, u lizando de percepções sensoriais como ponte entre ar sta e receptor.
ATIVIDADE HUMANA CRIATIVA
ARTE
ATRA V
PERCEPÇÕES SENSORIAIS TATO AUDIÇÃO VISÃO...
ESTIMULA, AMPLIA E PROVOCA A CONSCIÊNCIA!
ÉS D A
S...
EXPRESSAM ENQUANTO FORMA
UTILIZA DE SUAS LINGUAGENS: VISUAIS, PLÁSTICAS E CÊNICAS, AS QUAIS...
Existem várias classificações da arte, as quais são desenvolvidas geralmente com muita restrição ou com grandes generalizações. Segundo Ivete Raffa (2008), a qual tenta intermediar estas relações, pode-se destacar as linguagens da arte em 4 grandes grupos:
artes plás cas e visuais: arte das linhas, das formas e das cores Modalidades: Desenho, pintura, gravura, escultura, artesanato, cerâmica, tapeçaria, cestaria, colagem, literatura, histórias em quadrinhos, fotografia, instalações, arquitetura, imagens por computador, etc. Conteúdos: pontos, linhas, formas, texturas, cores, composição, peso, ritmo, volume, relevo, harmonia, entre outros.
teatro: arte da representação Modalidades: Teatro infan l, juvenil, adulto, tragédia, comédia, teatro de fantoches, teatro de bonecos, mímica, pantomina, circo, cinema, teatro mambembe, televisão (novelas, propagandas, mini-séries, e outros). Conteúdos: texto teatral, jogos, improvisações, movimentos, gestos, espaços cênicos, época, trilha sonora, maquiagem, adereços e ves mentas.
Além dessas linguagens, a arte está sempre em transformação e, com o tempo, passa a adquirir outras formas de expressão, a medida em que a sociedade modifica seus costumes, modos de vida e crenças. Desta forma, na contemporaneidade, ela começa a invadir a própria cidade, através do hip-hop, grafite e instalações urbanas, e os meios tecnológicos, através de vídeos intera vos, música digital, videoarte, design de games e aplica vos digitais, ampliando a percepção sobre o objeto ar s co e expandindo os campos da arte. Esses novos territórios modificaram a criação ar s ca e a relação entre o público e a obra de arte, pois além dos materiais t ra d i c i o n a i s , o s a r sta s p o s s u e m o a p o i o d e computadores, tecnologias em 3D e so wares avançados. (CARVALHO, 2016).
música: arte dos sons Modalidades: música como forma de comunicação, gêneros musicais, voz humana, sons corporais, música produzida, improvisação, interpretação e composição. Conteúdos: propriedades dos sons (altura, intensidade, duração e mbre), elementos da música (melodia, dinâmica, ritmo, mbre, harmonia e textura musical), vozes (individual, grupos musicais, etc), instrumentos e notação musical.
dança: arte dos movimentos Modalidades: dança como forma, como expressão, como narração, como manifestação social, danças populares, danças circenses, etc. Conteúdos: movimentos, espaço para a dança, espaço pessoal (kinesfera), níveis (baixo, médio e alto), relação corpo x objeto, es los, coreografia e coreologia.
Além disso, hoje, muitas obras es mulam outras formas de entrar em contato com a arte, onde o tocar, sen r, ouvir e interagir provocam reações no público que vão além da contemplação. Assim, mesmo que a arte seja geralmente iden ficada de forma isolada e pontual, há uma tendência para a ar culação e integração das linguagens ar s cas, também chamada de arte híbrida. (CARVALHO, 2016). Desta forma, por exemplo, as artes plás cas, o teatro e a música podem ser abordados simultaneamente em uma apresentação ar s ca. O obje vo desta nova expressão é provocar encontros com a arte de modo geral e não necessariamente trabalha-la de forma mais específica, gerando múl plas interpretações e es mulando discussões que se expandem para direções inusitadas.
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ARTE E
tRANSFORMAÇÃO URBANA
Inevitavelmente, a cidade é ques onada em prol de uma gestão que comtemple todas as pessoas que nelas vivem. Surgem então diversas crí cas que tentam e n c o n t ra r s a í d a s t a n t o p a ra o c o d i a n o n ã o experimentado, como para indiferença naturalizada pela vida urbana. Esses ques onamentos mostram-se também desafios à cria vidade e ao poder de inovação diante das dinâmicas e transformações das sociedades urbanas contemporâneas com suas complexas inter-relações, desigualdades, interesses e necessidades (PALLAMIN; LUDEMANN, 2002). Segundo Pallamin e Ludemann (2002), o espaço urbano não mais representa os valores de civilidade intrínsecos à humanidade, tornando-se, paradoxalmente, símbolo de desigualdade social, incapaz de promover meios para o desenvolvimento social. E esta condição gera, automa camente, uma crise da esfera pública, acarretando um efeito erosivo no panorama cultural da contemporaneidade. Na sociedade atual, onde tudo que possui algum valor se resume a um equivalente monetário, há uma redução grosseira da cultura, excluindo das cidades uma a vidade fundamental, na qual as diversidades se expressam, confrontam-se e educam-se mutuamente. E, assim, surge uma expansão sem precedentes da cultura como negócio, seja como produto ou como estratégia, é u lizada, na maioria das vezes, em prol da economia, resumindo-se apenas a eventos globais por meio de um “urbanismo de ocasião”. Desta forma, o espaço público que antes possuía vida, pois era palco para a expressão cultural, hoje começa a desaparecer por sua falta de iden dade com o indivíduo (PALLAMIN; LUDEMANN, 2002). E, quando a cidade não faz mais sen do, significa que rompeu-se o vínculo entre ela e os homens e, portanto, a ideia de convívio (ou consenso) civilizado se torna inexistente. Então, há a necessidade de atuar de forma crí ca, par cipando de ações de inserção social para restabelecer vínculos mais permanentes na sociedade. De acordo com Pallamin e Ludemann (2002), a arte pode fazer este papel, interpretando o mundo contemporâneo, através de sua “prá ca crí ca” sobre os espaços públicos.
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Para isto, há a necessidade de ressignificação de espaços e a valorização da cultura também como setor econômico, tornando-se condição imprescindível para a formação de ambientes cria vos. Em resposta a essa necessidade, ocorreu em 2012, o Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana, no SESC Belenzinho/SP, onde profissionais da Inglaterra, do Canadá, da França, da Colômbia, da Escócia, da Espanha e do Brasil, ampliaram e aprofundaram discussões sobre a cultura e a arte como transformação urbana, a fim de resultados econômicos, polí cos, perspec va de mobilização e par cipação social. Uma alterna va para transformação urbana, segundo este seminário, é o recurso do ícone sico, envolvendo a construção de novos edi cios de proposta cultural e ar s ca, localizados principalmente em áreas degradadas da cidade ou ainda indicando um eixo de desenvolvimento desejável para ela. Estas estratégias passam a compor os processos de reflorescimento das dinâmicas urbanas. No entanto, estas intervenções urbanas de cunho cultural, por mais sólidas que sejam, não sustentam por si um processo de transformação urbana. É preciso analisar outros fatores, como a necessidade de diálogo com o entorno, construção de parcerias, apoio governamental no engajamento comunitário e modelos alterna vos de financiamento. Assim, inves r em cultura passa a significar a promoção da qualidade de vida, do bem-estar social e do lazer da comunidade, fazendo com que o espaço se coloque como um meio de propor a retomada, recuperação, reorganização e o religamento do cidadão nas relações urbanas (Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana de 2012). Desta forma, estas intervenções culturais permitem que a sociedade possa, a par r da educação, da cria vidade e do conhecimento, usufruir e se apropriar da cidade. De acordo com a UNESCO (2008): “cada vez mais as cidades, onde se concentram todos os processos da indústria cria va – produções teatrais e musicais, cinema, editoras e a imprensa, design e artes plás cas – desempenham um papel vital na promoção da cria vidade em prol do desenvolvimento social e econômico e na promoção da diversidade cultural.”
ROMPE-SE O VÍNCULO ENTRE A CIDADE E OS HOMENS
CULTURA COMO NEGÓCIO
TALVEZ A ARTE POSSA INTERPRETAR ESTE MUNDO CONTEMPORÂNEO
ATRAVÉS DA RESSIGNIFICAÇÃO DE ESPAÇOS, GERANDO AMBIENTES CRIATIVOS E CIDADÃOS CONSCIENTES
NECESSIDADE DE ATUAR DE FORMA CRÍTICA, COM AÇÕES DE INSERÇÃO SOCIAL
A par r do esquema acima, onde a arte é apontada como alterna va para reestabelecer o vínculo entre a cidade e os homens, pois esta pode trazer novos significados para os espaço urbano, emerge a relevância da cultura para o propósito da transformação nos centros urbanos. Desta forma, propiciar o acesso para produção e difusão da cultura cons tui-se uma forma de transformar a cidade no lugar onde a cria vidade e as relações humanas se fundem. Ainda de acordo com o Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana de 2012, a par r de estudos de algumas experiências culturais em centros urbanos, percebe-se que a permanência destas ações culturais gera o fortalecimento de uma mentalidade curiosa, crí ca e cria va, cujo resultado poderá vir a ser sua capacidade de mobilizar e acolher a diversidade. Para,
assim, através de alterna vas inovadoras, os moradores possam auxiliar na construção cole va de uma sociedade mais justa, consciente e sustentável. Uma cidade é composta por pessoas; a cidade em si não é cria va, mas o são (ou não) as pessoas que nela moram. Portanto, uma das funções dos edi cios culturais deve ser atuar sobre os aspectos que comprometem os fluxos urbanos de cria vidade e mudança, intervindo diretamente na baixa autoes ma dos residentes. Uma cidade enfraquecida econômica e socialmente, precisa superar seu pessimismo e sua crença de impotência. Por isso, transformar uma cidade envolve, portanto, fazer com que seus habitantes acreditem ser possível mudar e encontrar novas soluções (Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana de 2012).
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O ESPAÇO PÚBLICO: TEORIAS E ESTRATÉGIAS DE PROJETO As cidades devem es mular o convívio e a ocupação do espaço urbano, por isso é fundamental que existam lugares para encontros e para a vida comunitária. Nesse sen do, segundo Jan Gehl (2013), as praças e parques desempenham uma importante função e atuam como os espaços urbanos mais funcionais, pois revelam diversas manifestações da vida urbana e cons tuem locais onde as pessoas se reúnem para fins comerciais, polí cos, culturais e sociais. A l g u n s c r i té r i o s d e ve m s e r l e va d o s e m consideração para a qualificação destes lugares, garan ndo funcionalidade e qualidade. A praça ou parque deve abrigar espaços para caminhar, permanecer, sentar, conversar, olhar e possibilitar experiências esté cas e sensoriais agradáveis, aliando proteção, conforto e prazer. Desta forma, estabelecerá fatores fundamentais, como o conforto térmico, segurança do pedestre, ambientes públicos cheios de vida, proteção contra experiências sensoriais desconfortáveis, acessibilidade, ausência de obstáculos para caminhar, oportunidades para ouvir música, conversar e pra car a vidade sica (GEHL, 2013). Quanto a transição de espaços abertos para a um edi cio público de uso controlado, segundo Hertzberger (1999), o intervalo é uma estratégia para eliminar a divisão rígida entre estas áreas com diferentes demarcações territoriais. A questão está, portanto, em criar espaços intermediários, sejam entradas, alpendres e muitas outras formas de espaços de intervalo, que forneçam uma oportunidade para a acomodação entre mundos con guos. Esta espécie de disposi vo dá margem a certa ar culação do edi cio em foco, sem que sua função possa ser facilmente demonstrável. Já para gerar movimento em espaços fechados, é fundamental salientar que a razão mais importante para as interações sociais sempre foi o comércio e, portanto, u lizar de lojas, restaurantes e cafés, colaborará para fluxos e usos permanentes de visitantes, os quais são fatores determinantes da vida urbana como um todo, mesmo quando a função principal do edi cio ou espaço público es ver ina va (HERTZBERGER, 1999).
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Em relação a edi cios públicos culturais, a par r das conclusões do Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana de 2012, uma caracterís ca de destaque iden ficado nesta pologia de edi cios é o fundamental olhar lançado de dentro para fora, estudando soluções baseadas em singularidades locais, isto é, moldar o edi cio conforme o seu contexto local. Assim, tem-se que evitar à cópia e procurar elementos conformadores da arquitetura no próprio lugar de implantação, assim como é explicado na citação abaixo:
“ [...] o processo de transformação urbana envolve o deslocamento do olhar, a ampliação dos mapas mentais que cada habitante traça de sua própria cidade e o seu engajamento com regiões que até então só despertavam desconfiança. Como resultado, o espaço urbano deixa paula namente de ser um arquipélago, para se converter no que cons tui a própria essência de uma cidade: um sistema, por natureza interdependente.” (Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana de 2012).
Também é possível iden ficar nos edi cios culturais a promoção e a apropriação social do espaço público em seu entorno. É no espaço público que se geram igualdades de condições, que se firmam a cultura como direito e o direito à cultura. O intuito também é de expor a arte não só para os engajados por ela, mas aos que nunca veram nenhuma experiência ar s ca. Assim, é preciso traçar “caminhos para que as pessoas descubram o que sempre olharam, mas nunca viram, transvasando as paredes dos equipamentos.” E fazer com que não seja preciso entrar em uma galeria de arte para ver arte, a fim de que a cidade se converta em um ecossistema, sustentado por processos e incen vos de diálogos c r i a v o s ( S e m i n á r i o I n t e r n a c i o n a l C u l t u ra e Transformação Urbana de 2012).
Um outro aspecto importante no projeto desses edi cios, são as estratégias pelas quais o espaço fechado se torne um interior figura vo e elemento de forte reconhecimento. E isso pode se ar cular em uma arquitetura que englobe os espaços públicos no seu interior, onde um edi cio se faça cidade e que da cidade queira incluir as relações e a complexidade de funcionamento e de espaços. São técnicas já u lizadas por Berlage, Wright, Moser, Aalto e Kahn, os quais u lizam de espaços internos de grandes dimensões. Estes espaços podem ser uma praça coberta ou um grande átrio que atuam como uma representação emblemá ca e “alusiva” de uma cidade, estabelecendo uma con nuidade da experiência da cena urbana (VITALE, 2011). Já em relação a qualidade arquitetônica do edi cio público, é importante destacar a natureza da obra pública, a qual se torna um desafio para sua respec va aceitação das pessoas. Para romper com esta barreira, é preciso dar aos espaços uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, incen vando a contribuição de cada indivíduo na construção de sua iden dade no ambiente, a fim de que essas áreas se tornem tão atraentes quanto possível. Para isto, Hertzberger (1999) salienta que:
“O arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça muito mais oportunidades para que as pessoas deixem suas marcas e iden ficações pessoais, que possa ser apropriado e anexado por todos como um lugar que realmente lhes “pertença”. [...] Cada componente espacial será usado mais intensamente (o que valoriza o espaço), ao mesmo tempo que se espera que os usuários demonstrem suas intenções. Mais emancipação gera mais mo vação, e deste modo pode-se liberar a energia represada pelo sistema de decisões centralizadas.”
Desta forma, com a intenção de tornar atraente a arquitetura pública, bem como de fazer com que a comunidade se iden fique com o edi cio, tem-se que compreender os fatores determinantes dentro do espaço e como estes são apreendidos pelos sen dos. Segundo, Rasmussen (1998) o arquiteto possui um papel fundamental neste âmbito. Para este autor, o arquiteto é uma espécie de produtor teatral, o homem que planeja cenários para as nossas vidas. E inúmeras circunstâncias dependem do modo como ele organiza e monta esse cenário para nós. No entanto, para entender as relações do indivíduo com a arquitetura, é preciso ter consciência de que dentro desta peça teatral, a arquitetura é construída por pessoas comuns para pessoas comuns e, portanto, deve ser facilmente compreensível por todas as pessoas (RASMUSSEN, 1998). Levando em consideração os ins ntos humanos de descobertas e experiências comuns a todos, ou seja, a nossa relação com coisas inanimadas, Rasmussen (1998) traz parâmetros a serem trabalhados para o desenvolvimento de uma arquitetura que seja mais expressiva na comunicação espaço-indivíduo, são eles: sólidos e cavidades, sons, escala e proporção, ritmo, efeitos texturais, cor, luz e sombra. Estes parâmetros trazem, geralmente, comparações com as artes, pois estas também atuam diretamente nas percepções sensoriais. A seguir, estes parâmetros serão explicados com a finalidade de embasar as decisões projetuais da proposta.
ESCALA E PROPORÇÃO
SONS
RITMO
SÓLIDOS E CAVIDADES
DECISÕES PROJETUAIS
EFEITOS TEXTURAIS
COR
LUZ E SOMBRA
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a apreensão da arquitetura através dos sentidos SÓLIDOS E CAVIDADES
ESCALA E PROPORÇÃO
A par r da percepção do usuário, é mais fácil sen r a a rq u i te t u ra d e u m e d i c i o co m o u m to d o, compreendendo primeiro as formas principais a largos traços, e depois este prossegue adicionando detalhes, por isso é muito importante estabelecer uma unidade na obra. A percepção pode ser facilitada quando há uma constante repe ção de dimensões familiares ao olho e vistas em diferentes profundidades da perspec va arquitetural. À primeira vista, percebemos as coisas como massa ou vazio. As formas acentuadamente convexas geram uma impressão de massa, ao passo que as côncavas produzem uma impressão de espaço. Mas quando vistas de longe, parecem completamente planas, onde vê-se o contorno, mas não se tem noção de profundidade. Desta forma, para trazer outras sensações é preciso trabalhar os planos com intenções prédeterminadas. Se uma caixa for construída com um material pesado, com espessuras evidentes em todas as arestas, o peso e a solidez serão imediatamente percebidos. Mas se os lados desta mesma caixa ficassem absolutamente lisos e macios, e depois fosse pintada numa cor clara, automa camente ela aparentará mais leve do que é (RASMUSSEN, 1998).
A escala e a proporção oferecem harmonia ao ambiente, o que interfere diretamente na sensação das pessoas, de forma nega va ou posi va. Não há uma fórmula exata da escala e proporção ideal para todos os edi cios, no entanto existem várias arquiteturas que u lizam da razão áurea ou de proporções baseadas na harmonia musical. Contudo, o importante é ter consciência de que forma o visitante sente realmente as proporções do ambiente, não as medições exatas, mas a ideia fundamental subentendida nelas, seja no sen ndo se amplidão, aconchego ou espiritualidade. Se a escala e a proporção forem bem trabalhadas, de acordo com a intenção provoca va no usuário, recebe-se a impressão de uma composição nobre e firmemente integrada, onde cada aposento apresenta uma forma ideal em função de um todo maior (RASMUSSEN, 1998).
SONS Existe um certo número de estruturas que sen mos acus camente. Por exemplo, os sons caracterís cos que os túneis produzem são claramente ouvidos. O nosso ouvido recebe o impacto do comprimento e da forma cilíndrica do túnel. As Abóbadas, especialmente abóbodas de cúpulas, também são muito eficazes do ponto de vista acús co. Uma cúpula pode ser um forte reverberador e criar centros sonoros especiais. Os materiais que compõem o edi cio também podem aumentar ou diminuir a reverberação do som no ambiente, melhorando ou piorando a percepção ní da e o entendimento do som. Por exemplo, os sons podem ser fa c i l m e nte a b s o r v i d o s p o r m a d e i ra m e nto o u estofamento, deixando assim a reverberação muito curta (RASMUSSEN, 1998).
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RITMO A maioria das pessoas notam o ritmo na arquitetura. Há algo misterioso no efeito es mulante de um ritmo. O movimento rítmico propicia uma sensação de energia intensificada. Este termo se estabelece através de uma regularidade de alternâncias que estão ajustadas perfeitamente, e sua percepção se dá sem esforço consciente, de modo que a mente fica livre para vagar – um estado muito favorável à criação ar s ca. A pessoa também, ao perceber a performance rítmica na arquitetura, sente o ritmo como se fosse em seu próprio corpo. Isso resulta numa regularidade que pode ser muito di cil de expressar em palavras, mas é espontaneamente sen da por aqueles que possuem o mesmo senso de ritmo. E esta experiência propaga-se facilmente de uma pessoa a outra, estabelecendo uma sensação cole va, e, portanto, aproximadora. O método mais simples para o arquiteto é a repe ção estritamente regular dos mesmos elementos, por exemplo, sólido, vazio, sólido, vazio, e este padrão é um ritmo que qualquer pessoa pode apreender sem dificuldade e que nunca se tornará obsoleto (RASMUSSEN, 1998).
EFEITOS TEXTURAIS Minúsculas diferenças no caráter textural, que são quase impossíveis de serem medidas por instrumentos cien ficos, nos afetam fortemente. O olho humano é sensível e capaz de perceber a diferença entre uma textura firme e nobre e uma medíocre e mal-acabada. Para nossa visão, ou as super cies lisas devem ser absolutamente homogêneas (reboco em perfeita homogeneidade agrada aos olhos), ou as paredes com rugosidade devem ser extremamente expressivas (o concreto armado ganha muito mais vida se incorporado um relevo profundo pelas fôrmas de madeira). Através de nossas percepções, a compreensão e a clareza da textura no edi cio traz a ele vida própria e, portanto, a percepção de envelhecimento do material, sinalizando ciclos de vida, estabelece uma relação de iden ficação do indivíduo e o edi cio. Encontra-se duas tendências texturais na arquitetura: por um lado a forma rudimentar enfa za a estrutura ( jolo está descoberto, revelando o padrão regular das fiadas) e por outro a forma lisa e uniforme esconde a estrutura (paredes estucadas, de modo que vemos somente a super cie rebocada). Ou, às vezes, essas duas tendências são usadas conjuntamente, com a finalidade de obter um contraste eficaz na textura e no conjunto arquitetônico (RASMUSSEN, 1998).
COR Em arquitetura, a cor é usada para enfa zar o caráter de um edi cio, para acentuar sua forma e material, para elucidar suas divisões e para transmi r um estado de espírito. Certas cores têm efeitos psicológicos geralmente reconhecidos, enquanto um ambiente pode ser claro e alegre, indicando fes vidade e recreação, um outro pode ter um ar austero e eficiente, sugerindo trabalho e concentração. Cores quentes e frias também desempenham um papel muito importante em nossas vidas, pois desempenham estado de ânimo e emoções muito diferentes, atuando sobre o estado de espirito de cada um (RASMUSSEN, 1998).
Pelo uso de uma só cor ou de um esquema definido de cores, é possível sugerir a principal função de um edi cio, além de acentuar sua forma, suas divisões e outros elementos arquitetônicos. As cores também possibilitam que um objeto possa parecer leve ou pesado, grande ou pequeno, próximo ou distante, frio ou quente. E, ainda, pode esconder imperfeições, defeitos ou partes indesejadas ou enfa zar partes relevantes da estrutura ou vedação. Entretanto, uma arquitetura conscientemente projetada, os cômodos são evidenciados pela sua própria natureza. A sala pequena parece pequena, a sala grande parece grande e, em vez de disfarçar essas caracterís cas, elas devem ser enfa zadas pelo uso proposital da cor (RASMUSSEN, 1998).
LUZ E SOMBRA A luz é de importância decisiva para sen rmos a arquitetura. A qualidade de luz (o modo de como a luz incide) é muito mais importante do que a quan dade de luz. Pode-se depreender facilmente que a luz frontal é, de um modo geral, uma luz pobre. Quando a luz incide sobre um relevo quase em ângulo reto, há uma presença mínima de sombra e, portanto, o efeito textural é medíocre, simplesmente porque a percepção da textura depende de diferenças minúsculas no relevo. Se o objeto for deslocado da luz frontal para um lugar onde a luz lhe incida lateralmente, será possível encontrar um ponto que propicie uma impressão excelente de relevo e textura, pois dispõe de uma quan dade adequada de luz refle da entre as sombras, a fim de obter a verdadeira plas cidade de cada parte e, portanto, relevar sua maior potencialidade ao usuário, induzindo sua permanência no espaço. Uma luz mais ou menos concentrada – isto é, luz de uma ou mais fontes incidindo na mesma direção – é a melhor para se verem forma e textura. Ao mesmo tempo, esse po de iluminação enfa za o caráter fechado de uma sala. Portanto, se a intenção é criar um efeito de abertura, não se deve empregar luz concentrada. Desta forma, através de um jogo de luz e sombra, com claras intenções em sua distribuição, cons tui um maravilhoso meio de expressão e comunicação do edi cio com o usuário (RASMUSSEN, 1998).
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diretrizes
resumo das propostas pelos autores estudados
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Através do estudos teóricos apresentados, foram iden ficadas diretrizes propostas pelos autores, as quais serão retomadas no processo projetual.
Es mular o convívio social através de espaços m u l f u n c i o n a i s , co m o praças e parques.
Soluções pautadas por singularidades locais, isto é, conforme o contexto do edi cio.
Garan r conforto ambiental (temperatura, ven lação, entre outros), segurança do pedestre, proteção contra experiências sensoriais desconfortáveis, visuais atraentes e acessibilidade.
Trabalhar o entorno dos edi cios com espaços livres, permeáveis e intera vos, buscando a interação com a rua. Além disso, permi r com que se veja a arte sem precisar entrar em uma galeria.
U lizar de espaços intermediários (o intervalo) na transição de áreas com diferentes demarcações territoriais.
Trazer o espaço público para o interior do edi cio, através de praças cobertas ou grandes átrios.
Fazer com que o edi cio público tenha outras funções além dele mesmo, tais como: lojas, cafés e restaurantes, garan ndo espaços com fluxos diários de usuários.
Dar aos espaços públicos uma forma tal que a comunidade se sinta responsável por eles.
Permi r ao indivíduo a compreensão do edi cio, através da clareza das texturas, u lizando de super cies extremamente lisas ou com rugosidade expressiva. Ou usar ambas de forma simultânea (relação de contraste e conjunto).
Estabelecer uma unidade ao edi cio, trabalhando com formas principais facilmente percep veis e relações harmônicas de cheios/vazios.
Trabalhar a escala e a proporção com intenções pré-definidas para o usuário, a fim de passar uma ideia (amplidão, aconchego, espiritualidade...)
Explorar o potencial de reverberação e absorção do som nos materiais e formas arquitetônicas. A fim de o indivíduo compreender-se no espaço através da sonoridade.
Tr a b a l h a r o s v o l u m e s também como planos, para serem apreendidos a longas distâncias.
Trabalhar ritmo no edi cio através de repe ção ou alternância regular dos mesmos elementos, a fim de transmi r efeitos es mulantes/enérgicos.
Explorar as variações de luz frontal, lateral, desfocada, concentrada - a fim de obter a verdadeira plas cidade da arquitetura, obtendo sua maior potencialidade ao usuário.
U lizar das cores para enfa zar o caráter de um edi cio, para acentuar sua forma e material, para elucidar suas divisões e para transmi r um estado de espírito.
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3 repertório projetual
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Figura 03. Apresentação da Escola de Música Guri em Itapeva/SP
PRAÇA DAS ARTES
Descrição geral do projeto: edifício anexo ao Teatro Municipal de São Paulo para concentrar todas as atividades de diversos grupos artísticos e culturais ligados ao teatro: orquestras sinfônica municipal e experimental de repertório, corais lírico e paulistano, balé da cidade, escolas de música e de dança, centro de documentação artística, museu do teatro municipal, administração, salas de recitais, áreas de convivência e estacionamento. Conceito: ser condicionado pela peculiaridades do lugar. Público alvo: membros das atividades desenvolvidas e o público em geral. Contexto do local de implantação: se insere com o objetivo de requalificar o centro de São Paulo, para isto foi fruto da desapropriação de 10 imóveis, a edificação se espalha em várias direções e ocupa o terreno no espaço proposto, entre as construções préexistentes.
AUTOR: Brasil Arquitetura LOCAL: São Paulo/SP - Brasil ANO: Dez/2012 2 ÁREA: 28.461,63m STATUS: Construído parcialmente
Referência de uso, de materialidade e de linguagem
-MATERIALIDADE -DESCANSO E CONVIVÊNCIA -FÁCIL ACESSO A PESSOAS E VEÍCULOS -ESPAÇOS MULTIFUNCIONAIS
Figura 05
Figura 04
PERMEABILIDADE ATRAVÉS DO TÉRREO LIVRE: ESPAÇOS PÚBLICOS DE TRANSIÇÃO ENTRE A RUA E O EDIFÍCIO PRIVADO
Figura 06
SALAS DE AULA
CAFÉ ESTIMULAR O CONVÍVIO E A VISUAL DO ESPAÇO EXTERNO DENTRO DO EDIFÍCIO Figura 07
Figura 08
Figura 09
CIRCULAÇÃO APARENTE ENTRE OS EDIFÍCIOS
CONTINUAÇÃO DA CIDADE RETER TRANSEUNTES
SOLUÇÃO ACÚSTICA: LAJE FLUTUANTE COM FORRO DUPLO
VISUAL LIVRE
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COMPLEXO CULTURAL LUZ AUTOR: Herzog & de Meuron LOCAL: São Paulo/SP - Brasil ANO: 2009 ÁREA: 85.055 m²
Referência de uso, de espacialização e de paisagismo
-PERMEABILIDADE -INTEGRAÇÃO COM OUTROS EQUIPAMENTOS ATRAVÉS DA VEGETAÇÃO -INSERÇÃO DA VEGETAÇÃO DENTRO DO EDIFÍCIO -PASSARELAS
Figura 10
INTEGRAÇÃO EDIFÍCIO X ÁREAS VERDES
Descrição geral do projeto: integra escola de artes e centro de espetáculos, a fim de reunir dança e música, estudantes e profissionais, artistas e espectadores, produção e ensaio, com os seguintes equipamentos : áreas públicas, instalações privativas para as atividades da São Paulo Companhia de Dança e da EMESP - Tom Jobim, teatro para Dança e Ópera, com capacidade para 1.750 assentos, sala de Recitais, com até 500 assentos, e teatro Experimental, com capacidade para até 400 assentos. Conceito: através de uma espécie de parque tropical habitável, anseia em criar um grande centro público, composto por diferentes programas, permitindo a visibilidade entre as diversas atividades e a interação entre as pessoas. Público alvo: membros das atividades desenvolvidas e o público em geral. Contexto do local de implantação: consolidará o circuito de equipamentos culturais na área central de São Paulo, pois foi elaborado com base nas diretrizes da operação urbana centro para regeneração da região da Luz, umas das áreas mais degradadas da cidade. INTEGRAÇÃO VISUAL EXTERNO X INTERNO
Figura 11
Figura 13
Figura 15
ESPAÇOS LIVRES COBERTOS: EXTENSÃO DA RUA VISIBILIDADE DAS ATIVIDADES ARTÍSTICAS
Figura 12
ESPAÇOS DE ESTAR INTEGRADOS A NATUREZA
Figura 14
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Figura 16
- CONTATO VISUAL ENTRE OS NÍVEIS DO EDIFÍCIO - USO DA ESCADA PARA ESTAR OU PARA ‘‘PLATEIA IMPROVISADA’’
CITE DES ARTS ET LA CULTURE
Referência de dimensionamento e de uso, pelo local possuir o mesmo porte de Itapeva/SP
AUTOR: Kengo Kuma & Associates LOCAL: Besançon, França ANO: 2013 ÁREA: 11389.0 m² STATUS: Construído
Programa e dimensionamento Ambiente Foyer Auditório Sala Orquestra Sala de música coletiva
Sala Bateria Individual Sala Piano Individual Sala de música individual Sala de dança Sala de teoria Sala de teatro Sala de figurinos Salas multiuso Salas de administração
Sala do diretor Sala dos professores Sala de exposição 1 Sala de exposição 2 Sala de conferências Biblioteca Restaurante Salas para reserva Ateliês de restauro Banheiros SALA DE MÚSICA COLETIVA
Figura 18
Quantidade 1 1 1 1 3 4
Área (m²) 570,00 420,00 165,00 45,00 15,00 23,00
30
15,00
3 2 1 1 10 7 1 1 1 1 1 1 1 3 2 -
120,00 75,00 75,00 25,00 50,00 12,00 20,00 40,00 90,00 453,00 95,00 245,00 160,00 100,00 38,00 20,00
Descrição geral do projeto: o projeto consiste em uma escola pública de artes, com um programa que envolve todos os tipos de arte, além de restaurante, biblioteca e áreas verdes no entorno. Conceito: baseia-se na fusão de diferentes escalas de leitura, desde os detalhes de todo o projeto, borrando o limite entre interior e exterior, até criar um edifício em ressonância com o meio ambiente: as colinas, o rio e a cidade de Besancon. A cobertura cria uma ligação entre o edifício e seu entorno, e simboliza o encontro entre cidade e natureza, cidadão e a margem do rio, o público e cultura. Público alvo: membros das atividades desenvolvidas e o público em geral. Contexto do local de implantação: A cidade está situada às margens do rio Doubs, é capital regional e constitui a primeira cidade da região com cerca de 116. 914 habitantes.
VISTA EXTERNA DO EDIFÍCIO
SALA DE MÚSICA INDIVIDUAL
SALA DE MÚSICA ORQUESTRA
Figura 19
Figura 20
Figura 17
SALA DE DANÇA
Figura 21
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TENERIFE CENTRE OF DRAMATIC ARTS
Referência de uso, de espacialização, de linguagem e de materialidade
AUTOR: gpy arquitectos LOCAL: Tenerife, Espanha ANO: 2011 ÁREA: 3.360 m2
O EDIFÍCIO SE ABRE PARA A CIDADE, COMO SE A TODO MOMENTO TIVESSE ALGO ACONTECENDO DENTRO DO PÁTIO
Figura 22
Figura 23
USO DA COBERTURA PARA ESPAÇO PÚBLICO: MIRANTE, ESTAR, CONTEMPLAÇÃO
Descrição geral do projeto e conceito:´ caracteriza-se como uma escola de artes dramáticas e apresenta-se à cidade como uma plataforma, como cenário urbano com a cidade e a paisagem como pano de fundo. O pátio coberto interno é concebido como uma caixa panorâmica que se abre em direção à cidade e afirma-se como o ponto de referência espacial do edifício, um lugar para relacionamentos e intercâmbios. O pátio funciona ao mesmo tempo como um auditório ao ar livre e como rotas de pedestres, compreendendo um sistema de rampas que relacionam os diferentes espaços cênicos do edifício. Todo o edifício pode ser transformado em um espaço para performances, um teatro público e aberto, com a plateia assistindo das rampas, das plataformas, que a qualquer momento pode ser transformados em atores e espectadores. Público alvo: estudantes da escola e pedestres, pois a própria escola se faz rua. Contexto do local de implantação: localiza-se em uma área bem inclinada e, por isso, se faz passagem para vencer os níveis do terreno.
A EDIFICAÇÃO ENQUADRA A VISUAL PARA A CIDADE
Figura 24
O PRÓPRIO PÁTIO INTERNO VIRA LUGAR DE APRESENTAÇÕES E ENSAIOS
Figura 25
Figura 26
RAMPAS DINÂMICAS E FLUIDAS RELAÇÃO VISUAL ENTRE NÍVEIS
-ESPAÇO DE PASSAGEM -VENCE NÍVEIS DE UMA FORMA DINÂMICA -TRAZ O ESPAÇO URBANO PARA DENTRO DO EDIFÍCIO
Figura 27
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4 o lugar: itapeva/sp
Figura 28. Apresentação da Companhia Teatral Irmão Sol em Itapeva/SP
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CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
MICRORREGIÃO DE ITAPEVA
RIBEIRÃO GRANDE
SP
MERCADO PÚBLICO PRAÇA MATRIZ IGREJA MATRIZ
CALÇADÃO
RODOVIÁRIA
POUPA TEMPO CORREIOS
ORAES
A DE M
S OVA OC
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BOMBEIROS
LIN AV. PAU
ÁRI
M AV.
Figura 29. Itapeva/SP
TERMINAL URBANO
ÁCIO
CENTRO DE VIGILÂNCIA MUNICIPAL
PIED ADE
DELEGACIA
AV. AC
PREFEITURA
SAÍDA PARA SP CAPITAL SAÍDA PARA O PARANÁ
s CENTRO
ae or
Av. Mário Covas
SAÍDA PARA NOVA CAMPINA
a lin
de
M
e
ad
d au Pie .P o i Av c cá .A Av
SAÍDA PARA RIBEIRÃO BRANCO
Mapa: malha urbana do município
O município de Itapeva localiza-se na região sudoeste do Estado de São Paulo e cons tui-se como um pólo microrregional. É o segundo maior município do estado em extensão territorial com aproximadamente 1.826,258 km², ficando a 300 Km do centro da cidade de São Paulo e a 55 Km da divisa do estado do Paraná. Em 2010, contava com uma população es mada de 87.753 habitantes, sendo que a população urbana era em torno de 73.956 habitantes e a rural de 13.797, com densidade demográfica de 48,05 hab/km² (IBGE, 2017). Itapeva surgiu com o nome de Vila de Itapeva da Faxina, no início do século XVIII e sua fundação oficial se deu em 1769, há 247 anos. Lugar de passagem das expedições da colonização do extremo sul do país desde o começo do século XVII, o povoado teve início com a instalação dos pousos dos tropeiros, os quais contribuíram na formação e desenvolvimento da região sudoeste paulista. Nos primórdios, a economia da vila era baseada na agricultura de subsistência (VEIGA, 2014). Ainda, segundo Veiga (2014), no decorrer da história, Itapeva passou a exercer funções que os demais municípios da região não exerciam, ganhando uma exclusividade. Desde o século XIX, cons tui-se como cidade pólo regional, devido a sua capacidade de ofertar bens e serviços aos demais municípios circunvizinhos, como qualificação profissional, serviços bancários, lazer, cultura, atrações turís cas, entre outros. Atualmente, sua economia baseia-se na prestação de serviços, comércio, agricultura, indústria ligada a mineração, reflorestamento nacional e tri cultura, apoiados pela excelente ligação rodo-ferroviária.
Em relação a microrregião de Itapeva, é importante expor que é a mais pobre do estado, e um dos mo vos desta realidade é seu processo de urbanização, o qual foi acompanhado pela degradação ambiental, concentração de renda, infraestrutura deficitária e Índice de Desenvolvimento Humano abaixo da média estadual. Com exceção de Itapeva, os demais municípios da região encontram-se estagnados e com desenvolvimento econômico enfraquecido, baseado nas a vidades de subsistência. Assim, a região demonstra uma acentuada fragilidade e grandes contradições socioeconômicas, marcada pelas desigualdades de renda e elevados níveis de pobreza. E essa população, que não se mostra flutuante, enfrenta sérias dificuldades de geração de emprego e renda, pois metade dos chefes de família vive em média com um salário mínimo mensal (em relação a 2010), como demonstra na tabela abaixo (VEIGA, 2014). Renda e intensidade de pobreza em alguns municípios da microrregião de Itapeva (IBGE, Censo de 2010) Município Barão de Antonina
Renda % de extremamente pobres per capita
% de pobres
536,63
2,53
11,05
Bom Sucesso 344,32 de Itararé
6,02
21,85
Buri
435,15
4,69
18,74
Coronel Macedo
465,29
4,13
13,91
Itaberá
462,03
7,14
19,98
Itapeva
630,48
2,50
12,00
Itaporanga
552,76
3,42
14,74
Itararé
510,20
4,57
16,15
Nova Campina
330,03
7,39
28,12
Riversul
412,42
8,74
25,07
Taquarivaí
373,06
1,77
17,91
Renda e intensidade de pobreza no estado de São Paulo (IBGE, Censo de 2010) Estado de SP 1.084,46
1,16
4,66
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a CULTURA E OS
aRTISTAS LOCAIS Figura 30
A par r do relato histórico do município escrito por Veiga (2014), é possível concluir que a cultura de Itapeva nasceu inicialmente pela tradição sertaneja, através dos tropeiros, a qual é muito forte até os dias de hoje, principalmente na música através de grupos de viola. Entretanto, devido a rápida evolução dos meios de comunicação e a localização estratégica da cidade entre rotas principais de eixos rodoviários e ferroviário, a população passou a ter contato com as mais variadas culturas, gerando uma miscigenação cultural muito rica e representando inevitavelmente a condição brasileira. A par r desta condição cultural, as manifestações ar s cas emergem com muita cria vidade e diversidade. É per nente dizer que o ponto mais posi vo da cultura da cidade são os próprios ar stas que, mesmo com tantas dificuldades perante o panorama de vulnerabilidade social que o município se encontra, incorporam, em todos os pos de arte, a sua própria linguagem. Isto gerou uma iden dade ar s ca expressiva no município, a qual impulsionou a manutenção e persistência das a vidades culturais atuais. Assim, expressões como dança, música, teatro e artes visuais são recorrentes e requisitadas pela população, principalmente por grupos ar s cos vinculados à prefeitura, os quais reivindicam estrutura para ensaios e apresentação. Além destas linguagens ar s cas já consolidadas na cidade, outras formas de arte começam a emergir e adquirir o seu espaço, como a arte circense, hip-hop, grafite, arte digital e a arte híbrida (integração das linguagens ar s cas). No entanto, o município possui um grande déficit de espaços públicos de lazer, de cultura e, principalmente de equipamentos que suporte apresentações ar s cas de grande porte. Desta forma, esta proposta procura fortalecer a cultura local, gerar mais espaços onde esta possa se manifestar e oferecer condições de crescimento e formação ar s ca do município e da região.
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Figura 32
Figura 31
Figura 33
Arte musical, circense e urbana (hip hop/street dance) estão presentes na maioria dos eventos culturais que acontecem nas praças, trazendo uma ressignificação cultural no acesso a arte.
Figura 34 A capoeira também surge como uma manifestação cultural que atua como uma a vidade de inclusão social.
Figura 35
Figura 36
As artes visuais se expressam, principalmente, através das esculturas artesanais, que buscam traduzir a cultura e o modo de vida local.
Figura 38
Figura 37
Figura 39
As apresentações culturais na praça matriz da cidade é um hábito muito forte no co diano das pessoas. Além disso, o grupo musical Lira Municipal Itapevense atua fortemente na construção de uma iden dade cultural na cidade.
Figura 40
Figura 41
Figura 42
Figura 43
A arte híbrida está adquirindo seu espaço no município. Nas fotos segue um exemplo, no qual o musical ‘‘A Paixão de Cristo’’ u lizou-se do teatro, danças cole vas, cantos e música instrumental ao vivo (Lira Municipal) para o desenvolvimento da peça.
Figura 44
Figura 45
Figura 46
A dança se tornou um meio de expressão cultural que integra todas as faixas etárias, tornando-se um hábito cultural as grandes apresentações e fes vais anuais de dança.
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O TEMA NA CIDADE:
A PROBLEMÁTICA E AS DEMANDAS Centros de artes, teatro e espaços culturais são exemplos de demandas an gas do município, devido a sua carência de uma estrutura pública que dê suporte as apresentações e ao desenvolvimento das a vidades ar s cas. Atualmente, Itapeva conta com várias escolas e grupos de dança, música e teatro, as quais passaram a se adaptar por não haver estrutura similiar na cidade e na região para grandes apresentações. Os maiores eventos são promovidos pela Oficina de Dança Denize Claro, Stúdio de Dança Dell' Anhol, Escola Municipal de Música Hugo Belézia, Lira Municipal Itapevense e Companhia Teatral Irmão Sol, os quais produzem anualmente espetáculos que chegam a reunir cerca de 1000 pessoas de Itapeva e região.
Além disso, os eventos que a prefeitura promove de apresentações das escolas municipais e grupos ar s cos independentes, geralmente, envolve cerca de 400 ar stas e 800 espectadores. E, ainda, segundo dados da Secretaria da Cultura, somente no mês de março de 2017, as a vidades ar s cas envolveram 682 ar stas envolvidos, com um público par cipante de 8160 pessoas e 1025 alunos de cursos e oficinas promovidas pelo município. Assim, a par r destes dados sinte zados no esquema abaixo, é possível compreender a importância da atual situação cultural do município, a qual gera um grande movimento ar s co na cidade e, portanto, colabora para a formação de cidadãos mais conscientes e crí cos.
CENTRO DE ARTES DEMANDAS ANTIGAS DO MUNICÍPIO
TEATRO
NÃO HÁ ESTRUTURA PÚBLICA SIMILAR NA CIDADE E NA REGIÃO PARA
APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS DE ... GRANDE PORTE M I S S OA M MES
ESPAÇOS CULTURAIS
0 MUNICÍPIO CONTA TODO MÊS COM ATIVIDADES QUE ENVOLVEM APROXIMADAMENTE:
8160 espectadores
1025 alunos de cursos e ocinas
PÚBLICO APROXIMADO NAS APRESENTAÇÕES ANUAIS:
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1000 PESSOAS
682 artistas
MAIORES ESCOLAS E GRUPOS ARTÍSTICOS DO MUNICÍPIO
Stúdio de Dança Dell' Anhol
Escola Municipal de Música Hugo Belézia
Natureza: escola par cular de dança Número de alunos: aprox. 150 alunos Número de professores: 1 Cursos: ballet clássico, unibaby, baby class, jazz dance, sapateado, teatro musical, flamenco, dança de rua e dança do ventre.
Natureza: escola pública municipal Número de alunos: aprox. 280 alunos Número de professores: 18 Cursos: bateria, clarinete, saxofone, piano, violão, violino, trompa, trompete, trombone, teclado, flauta transversal, canto e coral.
Figura 47
Ocina de Dança Denize Claro Natureza: escola par cular de dança Número de alunos: aprox. 200 alunos Número de professores: 1 Cursos: ballet clássico, jazz dance, sapateado, street dance, dança acrobá ca, dança contemporânea, ballet training e vídeo dance.
Figura 50
Figura 48 46
Escola de Música Guri Natureza: escola pública estadual Número de alunos: aprox. 350 alunos Número de professores: Cursos: iniciação musical, luteria, canto, tecnologia em música, instrumentos em cordas dedilhadas e friccionadas, sopros, teclados, percussão e coral.
Figura 51
Lira municipal Natureza: grupo ar s co tradicional da cidade Número de integrantes: 50 A vidades: música instrumental (flauta transversal, saxofone, clarinete, trompete, entre outros instrumentos)
Figura 49
Companhia Teatral Irmão Sol Natureza: grupo ar s co de teatro Número de integrantes: 40 A vidades: peças teatrais e musicais
Figura 52
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8
a ESTRUTURA PÚBLICA DA CIDADE: LOCAIS ONDE ACONTECEM OS EVENTOS As apresentações, que envolvem cerca de 1000 pessoas, hoje acontece no ginásio municipal e em praças, os quais não possuem nenhuma infraestrutura de palco. Eventos menores, que reúnem de 100 a 200 pessoas, são realizados no auditório do Complexo Cultural Newton de Moura Muzel, no Auditório da Câmara Municipal, no Parque Pilão d´Água, Sala Verde ou em praças ao ar livre com palco improvisado. As aulas e oficinas ar s cas municipais também não possuem infraestrutura adequada. As artes musicais acontecem na Escola Municipal de Música Hugo Belézia e na Escola de Música Guri, e cada uma delas funciona em uma casa alugada. Já o restante das a vidades, acontece em salas do Complexo Cultural Newton de Moura Muzel, que também se caracteriza como uma an ga casa no centro da cidade. Outra estrutura pública existente é a Casa da Cultura, que possuía um museu e um único salão que funcionavam aulas de dança, música, teatro, desenho e pintura. No entanto, como é muito an ga, está em processo de restauração desde o ano de 2013.
3
Bairro Centro
Praça s Matriz
ae or
s M va de a io lin ár u a . M v. P de Av A da e i P cio Praça de á c .A v A eventos
2
Co
3
5
Figura 53
Casa da Cultura - em processo de restauro M A PA : D I S T R I B U I Ç Ã O D O S E Q U I PA M E N T O S PÚBLICOS NA CIDADE (sem escala) Imagem de base: Google Maps Legenda 4. Escola Municipal de 1. Ginásio Municipal Música Hugo Belézia 2. Complexo Cultural 5. Sala Verde Municipal Newton de 6. Escola de música Guri Moura Muzel 7. Casa da cultura 3. Principais praças 8. Parque Pilão d´Água com palco e estruturas 9. Câmara Municipal improvisadas
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9
7
1
6
4
LOCAIS PÚBLICOS ONDE ACONTECEM OS ENSAIOS E AS APRESENTAÇÕES
ENSAIOS 1.Complexo Cultural Municipal: prédio antigo com 3 salas iguais, onde são realizados ensaios de dança, música e teatro, além de ocinas. 2.Escola de Música Hugo Belézia: casa comum com 7 salas iguais, onde são realizados aulas de música. 3.Escola de Música Guri: casa comum com 6 salas, utilizadas para aulas de música.
Figura 54
Complexo Cultural
APRESENTAÇÕES DE ATÉ 200 PESSOAS
APRESENTAÇÕES DE CERCA DE 1000 PESSOAS
1.Complexo Cultural Municipal 2.Câmara Municipal 3.Parque Pilão d´Água 4. Sala Verde 5.Praças com palco improvisado
1.Ginásio Municipal 2.Praças com palco improvisado
Estrutura: auditório simples com palco
Figura 55 Sala de ensaios do Complexo Cultural
Estrutura: ambos os lugares são montados palcos provisórios de estrutura metálica, com todo o sistema de luz e som adaptado.
Figura 56 Auditório do Complexo Cultural
Figura 57 Auditório da Câmara Municipal
Figura 58 Escola de Música Hugo Belézia
Figura 59 Sala de ensaios da Escola de Música H.B.
Figura 60 Auditório da Sala Verde
Figura 61 Apresentação no Ginásio Municipal
Figura 62 Escola de Música Guri
Figura 63 Sala de ensaios da Escola de Música Guri
Figura 64 Auditório do Parque Pilão D´água
Figura 65
Ginásio Municipal
A par r deste levantamento, é possível inferir que a cidade não possui estrutura adequada para a realização de a vidades ar s cas. Em relação aos espaços de ensino e ensaio, as estruturas existentes não foram construídas para esta finalidade, caracterizando-se como pequenas residências unifamiliares, as quais oferecem um espaço muito restrito. No entanto, possuem uma localização central de fácil acesso. Quantos aos espaços de apresentação, o munícipio possui apenas pequenos auditórios, com capacidade máxima de 120 a 200 pessoas. E, além disso, cabe ressaltar que nem a cidade e nem a microrregião de Itapeva possui nenhum teatro ou estrutura similar, inviabilizando e dificultando a promoção cultural e ar s ca microrregional. Assim, a proposta possui grande importância para a manutenção e ampliação das a vidades hoje desenvolvidas. Contudo, a localização deste novo equipamente cultural também será essencial na consolidação de seu uso.
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5 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
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Figura 66. Apresentação anual do Stúdio de Dança Dell' Anhol em Itapeva/SP
O PROCESSO DE INTERVENÇÃO O processo de intervenção iniciou-se a par r de um reconhecimento da cidade de implantação da proposta, onde procurou-se entender a dinâmica urbana existente. Nesta etapa, foram iden ficados os espaços públicos presentes na cidade e reconhecidas as a vidades realizadas nestes espaços, principalmente nas áreas de maior apropriação dos moradores, como as praças centrais da cidade. E, ao mesmo momento, foram observadas a conexão entre estes espaços, bem como áreas possíveis para a proposta. A seguir, foram analisados aspectos gerais do município, como: morfologia urbana, uso do solo, equipamentos existentes, entre outros. Para, assim, chegar em uma área de intervenção estratégica, que beneficia Itapeva como um todo. Após a aproximação com a área, foi compreendido o entorno e iden ficado o terreno que será usado para o projeto. A par r daí, a área encontrada foi diagnos cada em vários aspectos, desde suas caracterís cas sicas até as sociais. Todo o processo foi norteado por critérios definidos previamente, a par r dos obje vos da proposta já relatados na introdução do trabalho. Como explicado no esquema ao lado, a escolha do terreno foi muito importante, já que o projeto anseia em estabelecer relações permanentes e eficazes com o espaço urbano.
O EDIFÍCIO PRETENDE ABRIGAR OUTRAS FUNÇÕES: SUPORTE DE PASSAGEM, LAZER, CONECTIVIDADE E CONVIVÊNCIA URBANA.
ASSIM É IMPORTANTE A ESCOLHA DO TERRENO! PARA QUE A DECISÃO CONCEITUAL SEJA, PRATICAMENTE, A NATUREZA DO LUGAR, CONSIDERANDO-O TAMBÉM COMO ESPAÇO DE CONFLITOS E TENSÃO, FRUTO DE SEU CONTEXTO HISTÓRICO
DESTA FORMA, PRETENDE RESPONDER DE MANEIRA CLARA E TRANSFORMADORA A UM ESPAÇO DA CIDADE, GERANDO VIDA INTENSA E VIZINHANÇA FORTEMENTE PRESENTE!
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
“... uma coisa é o lugar sico, outra coisa é o lugar para o projeto. E o lugar não é nenhum ponto de par da, mas é um ponto de chegada. Perceber o que é o lugar é já fazer o projeto. ” Álvaro Siza
1. PERMEABILIDADE E URBANIDADE 2. FÁCIL ACESSO URBANO, RURAL E REGIONAL 3. ENTORNO MULTIFUNCIONAL 4. CENTRALIDADE E INTENSIDADE DE FLUXOS 5. AMPLA VISIBILIDADE 6. POSSIBILIDADE DE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA 7. FUNÇÃO SOCIAL DA TERRA
32 | 66
N
SAÍDA PARA SP CAPITAL
SAÍDA PARA O PARANÁ
5 Bairro Centro
1 2 Av. Mário Covas
ulina Av. Pa SAÍDA PARA NOVA CAMPINA
aes e Mor
4 de
a ed
3
d
cio
Pi
6
cá
.A Av
Mapa de análise da cidade Imagem de base: Google Maps 200
33 | 66
0
200
400
600
Legenda 800 m
SAÍDA PARA RIBEIRÃO BRANCO
Espaços públicos Vias principais
reconhecimento da cidade:
Figura 71
identificação dos espaços públicos Esta análise consiste na primeira etapa do processo de intervenção, com a finalidade de entender a dinâmica urbana a par r do reconhecimento dos espaços públicos livres existentes e as a vidades que neles acontecem. Assim, foi possível verificar que a cidade possui uma vida urbana intensa, ligada principalmente com a vidades desenvolvidas na rua, como feiras ao ar livre e a vidades sicas. Desta forma, ao entender como o espaço público é apropriado na cidade, será possível propor novos ambientes que consiga trazer iden dade para os moradores. Além disso, constatou-se uma carência de espaços livres, bem como a falta de ar culação entre eles. A seguir serão relatados os principais espaços públicos: Figura 67
Figura 72
Figura 68
1 Praça Anchieta (Matriz): é a mais u lizada para lazer e eventos, além de estar em frente a igreja matriz. Como fica na área central, também é local de estar e descanso para as pessoas no dia-a-dia. A maioria das a vidades do município acontecem nela, no entanto, possui poucos espaços livres de grande dimensão, dificultando a montagem de palcos para apresentações. É caracterís co da praça possuir vários vendedores, os quais são ambulantes ou são proprietários de barracas fixas na praça. Os eventos mais comuns é a Lira na Praça, Novena da Catedral de Santana, Fes vais e eventos culturais. Figura 69
3 Praça de Eventos: é a principal praça espor va, possui quadras, academia ao ar livre e pistas de caminhada. Nela acontecem vários eventos e feiras ao ar livre todo sábado.
4 Av. Mário Covas: é a avenida mais larga da cidade e a única que possui um parque linear e uma ciclovia. É u lizada como rota de compe ções de corridas anuais e lugar de caminhadas diárias. No entanto, ela não possui movimento durante a semana, pois não possui estabelecimentos voltados a ela. Figura 73 Figura 74
5 Praça Tito Lívio Cerioni: é uma das maiores praças afastadas do centro. Possui vegetação densa e equipamentos, tais como: posto de saúde e guarita. Nela acontecem feiras livres todo domingo. Há também outras feiras na semana, que acontecem em outros bairros.
Figura 70
Figura 75
2 Calçadão Dr. Pinheiro: é um espaço muito u lizado pelas pessoas, o qual serve de passagem e estar. Possui em seu entorno várias lojas, lanchonetes e serviços.
4 Praça Espiridião L. Mar ns: é uma das mais ocupadas diariamente, pois localiza-se em frente a uma tradicional escola de ensino básico, ao ginásio municipal e ao complexo da saúde no município, onde há o hospital, UPA, AME, posto de saúde, clínicas e laboratórios. Assim, tem um importante papel no bem estar na população, é bastante arborizada e abriga funções de estar, lazer, banca de jornal e de lanches, e vendas de ambulantes.
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ANÁLISE URBANA DA CIDADE
Legenda
Nesta segunda análise da cidade, iniciou-se iden ficando equipamentos, acessos, vias importantes, renda, praças e parques, vazios urbanos, mobilidade, recursos naturais e algumas caracterís cas locais já conhecidas. Cruzando as informações, foi possível iden ficar uma área marcada em linha tracejada laranja que localiza-se em uma área central, perto de principais prédios públicos, como a prefeitura, rodoviária, fórum, corpo de bombeiros e terminal urbano, mas que possui grandes vazios. Este local também se mostra interessante, pois possui uma baixa renda em relação ao entorno e localiza-se entre quatro áreas dis ntas, como mostra o esquema abaixo. Fica entre o Bairro Centro da cidade, o novo centro emergente, um bairro residencial de alta renda e um bairro residencial de baixa renda. Esta condição gerou uma zona de grandes vazios com uma malha urbana fragmentada, o que será possível contribuir de forma mais ampla para a integração destas áreas e no funcionamento da cidade como um todo.
Habitação de baixa renda Bairro Centro
Vazios urbanos (área escolhida para o projeto)
Novo Centro Habitação de alta renda com especulação imobiliária
Esquema: Zonas do entorno da área escolhida (sem escala)
Além disso, esta área fica entre as vias principais do município e conecta os quatro acessos intermunicipais, o que facilitará na acessibilidade do local. Mais um ponto a ser enfa zado é a proximidade com o terminal urbano e a rodoviária, o que garan rá o fácil acesso urbano, rural e regional. No mapa também é possível iden ficar o entorno mul funcional, com equipamentos que poderão u lizar das estruturas do projeto, como as escolas de ensino básico, escolas ar s cas e centros de assistência social a criança e ao adolescente. Outro item que é importante ser apresentado é a falta de conexão entre as áreas verdes da cidade e que, principalmente na área em questão, se torna dispersa, sem qualificação e sem uso público. Assim, pode-se dizer que o local escolhido para a intervenção se mostra estratégico em vários âmbitos: ambiental, social, econômico e cultural. E, com a finalidade de se entender melhor a dinâmica deste espaço, o próximo mapa explicará as relações existentes de forma mais aproximada para embasar melhor a proposta.
35 | 66
Área de intervenção Renda por setores censitários do IBGE em reais (R$)
Locais culturais e/ou artísticos públicos e privados Edifícios públicos importantes para a dinâmica urbana Assistência social a criançaadolescente Escolas de ensino básico e faculdades
0 - 934 934 - 1869 1869 - 2803 2803 - 3738 3738 - 4672
1
Corpo de bombeiros
1
Casa da Cultura
2
Centro integrado de monitoramento e atendimento de emergência
2
Complexo Cultural Municipal
3
Sala verde municipal
3
SAMU
4
Secretaria da cultura e da educação
4
Poupa tempo SP
5
Parque pilão d’água
5
Prefeitura Municipal
6
Cinema
6
Fórum
7
7
Mercado Público
Principais escolas de arte: dança, música e teatro
8
Igreja e praça matriz
1
Casa do adolescente
9
Asilo
2
CEAPEM - Centro de apoio pedagógico multidisciplinar Associação dos centros de desenvolvimento da criança - ACDC
10
Hospital
11
Câmara Municipal
3
Vias principais
Acesso por rodovias Rota de transporte público Pontos de parada
Rodovia Ferrovia Malha urbana Malha urbana projetada Hidrografia Praças e parques
1
Rodoviária
2
Terminal urbano Prédios públicos Lotes vazios
RUA 08
FAIT
RUA 04
COLINA DOS PINHEIROS
RUA 03
N
RUA
RUA NILTON
GUIDO DO
AMARAL
VOTORANTIM
VOTORANTIM
RUA JOAQUIM BUENO MACHADO
CHICO PIO
RUA 09
10
)
( RUA DE
MELO
ROSA BALBINO RUA
RUA JUVENAL
5
FIUZA DE ALMEIDA
( RUA
09
)
MACHADO CARLOS DIRLEY
RUA
RUY
ANTUNES
DE
MOURA
RUA
RUA
RAUL
DE
OLIVEIRA
RUA 01
RUA ALVORADA
VILA ISABEL
CLUBE DE CAMPO
ESTRADA
MUNICIPAL
Saída para SP capital
( RUA
07
)
MELO DO
CARMO
MARIA
RUA
ANGATUBA
RUA RUA
VALDIVINO MARCONDES
UBFS BELA VISTA
JARDIM BELA VISTA
( RUA
06
)
LEITE FERREIRA RUA
ADELINO
ANTIGO MATADOURO MUNICIPAL
MARCONDES
E.T.A. SABESP
RUA
JD. GUANABARA
05
)
( RUA VAZ
DE
OLIVEIRA
FRANCISCO RUA
RUA
MARCOLINO
GOMES
DE OLIVEIRA
ACM
RUA SOROCABA
( RUA DA ATA
04
)
SILVA
DOMINGUES
RUA
LUIS
S. CAMARGO
RUA
RUA
LUIZ
CAMARGO
RUA
OLMIRO
DE
CAMPOS
PEREIRA
( RUA
12
)
RUA
CARMINO
FARIA
FILHO
RUA
ANA
BARROS NICOLETTI
( RUA
03
)
SANTOS DOS ROSA RUA
NELZA
RUA 15
DE
NOVEMBRO
RUA
CARLOS ROCHA AMORIM
RUA SANTO ANTONIO
E.M. PROF.
MARIA
DE
LOURDES
RUA
MARIA
DE ALMEIDA
BARROS
RUA
ANALZIDIO
GOMES
SOBRINHO
RIBEIRO
UNIMED HOSPITAL
OLIVEIRA
RUA
AUGUSTO
B. DO
CANTO
RUA ZIANIR PIRES DE
RUA JOEL H. DE SOUZA
SP
- 258
RODOVIA
EDUARDO
SAIGH
JD. VIRGINIA
VILA CAMARGO II
RUA BALDUINO SEVERO
RUA
ADOLFO
RUA
ITU
GOLOB
CRECHE
AV. KAZUMI
YOSHIMURA
RUA MAURI MANCEBO
VANNI
LAR
DO
AMOR
UBFS JD. IMPERADOR
RUA DONA JULIA
PARQUE VISTA ALEGRE
AV. CANDIDO
RODRIGUES
RUA RIBEIRA
JD. SANTA MARINA
RUA ADRIANO GOMES
CARVALHO
RUA
MATEUS
SOARES
SANTOS
C. BONITO ESPORTES
RUA FELICIO TORTELLI
RUA
CONCHAS
RUA IPORANGA
RUA
IPANEMA
RUA PROF.RUBENS F. DE ALMEIDA
RITA RUA SANTA
RUA ERNESTO DE MOURA
VILA BOM JESUS
JARDIM SANTA MARINA
VILA CAMARGO
RUA PE.
MANOEL
DE BARROS
IGREJA
N. SRA.
APARECIDA
UBFS
JALES
DELEGACIA
ITAPEVA
RUA
RUA FRANCISCO DE LIMA
RUA ALBERTO
RUA
MARIA
RAIMUNDA
CIDETRAN
M.S.DEOLIVEIRA
E. M.
MAURO ALBANO
JD. MARISOL
RUA PADRE
ARTUR
SILVEIRA
MELO
RUA
LAUDELINA
DE
MELO
VILA APARECIDA
G
RUA DA LIBERDADE
RUA
RUA ANTONIO EDMUNDO DE OLIVEIRA CAMPOS
RUA ALIA CHUERI MARTINS
AV. KAZUMI
YOSHIMURA
RUA MIGUEL
Saída para o Paraná
RUA RODIS
1
E.M.
PROF.
HELIO
DE MORAES
TRAVESSA
RUA BURI
RUA CLARICE C. DOS
RUA
ARLINDO
A. DE
OLIVEIRA
SANTOS
RUA ALBERTO M.S.DE OLIVEIRA
GOMES DE ABREU
RUA MAURO BILESKY
F
AV. CANDIDO
RODRIGUES
RUA
RUA
IGUAPE
LOPES MACHADO
RUA IVO S. SILVA
SOARES NICOTA E.E.
PROF.
RUA EUGENIO A. DE SOUZA
RUA
ALCEU
FERREIRA
DA SILVA
JARDIM NOVA ITAPEVA
RUA
ROSELANDIA
ITAPEVA V
RUA D
E.M PROF ANTONIO FELIPE
RUA
FERNANDO
C. R. OLIVEIRA
RUA HAROLDO HANNICKEL
RUA
VIVIAM
AIUB
QUADRA
RUA ITAPORANGA
RUA LUIZ
PIMENTEL
MATTOS
ITAPEVA IV
E.E PROF.
ZULMIRA
DE OLIVEIRA
RUA PRIMAVERA
RUA 24 DE OUTUBRO
RUA
LOTHAR
LEAL
EMEI JALILE
RUA
QUINTO CAVANI
ABDALLA
RUA TOMAZ AQUINO PEREIRA
TIETE
RUA DOMINGOS
COL
RUA
GUARDA
JARDIM BELVEDERE
MUNICIPAL
E.M. IVIS PIEDADE MARQUES
RUA LAURINDO
RUA JOVIL GOMES PINHEIRO
RUA
NEWTON
ROSA
R. ALMEIDA
RUA CALIZA FURQUIM DE ALMEIDA
RUA PARANAPANEMA
CAMPO DE FUTEBOL
RUA ITAPETININGA
UBS
VILA
APARECIDA
AV. PAULO LEITE DE OLIVEIRA
YOSHIMURA KAZUMI AV.
AV.
KAZUMI YOSHIMURA
RUA DR. NIVALDO FERREIRA GANDRA
RUA HEBE FARIA PIO
UBFS BOM
JESUS
RUA EMILIANA SANTIAGO
RUA ARISTIDES FRANCO DE MORAIS CAMARGO ALMEIDA
RUA
LUIZ
PIMENTEL
ITAPEVA II
DE JANEIRO RUA RIO
DISTRITO INDUSTRIAL
CRUZ RUA SANTA
RUA CERQUILHO
AV. BRASIL
RUA ITAPIRA
ESCOLA SESI
RUA HONORATO CARNEIRO FARIA
JARDIM BEIJA-FLOR
RUA GENI KUNTZ LACERDA RUA TAQUARITUBA
RUA PROF. EURICO FERREIRA MELLO
DE
ALMEIDA
RODRIGUES RUA
LAURINDO
RUA ANSELMO R.FORTES RUA RAUL FRATTI
RUA BAURU
VILA NOVA
AV. GUIDO
TOMASONI
IGREJA BOM JESUS
RUA JOAQUIM B. DE OLIVEIRA JR
RUA
OLINDA
CARVALHO
OLIVEIRA
RUA MURILO GOMES
SAIHG
RUA ANTONIO
MOULATLET
ITAPEVA III
RUA 14
EMEI ACM DOM BOSCO
RUA PORTUGAL
RUA 13
DE MAIO
7
RUA MAL.
DEODORO
DA FONSECA
RUA MAJOR
EURICO
MONTEIRO
ITAPEVA
CLUBE
RUA WAIGH HUSSNE
RUA JORGE R. BARROS
EDUARDO
RUA BAURU
RODOVIA
7
RUA BOTUCATU
RUA PEDRO CADENA
BELA
VISTA
YOSHIMURA
RUA DAS TULIPAS
MERCADO PRODUTOR
RUA HELENA HUSSNE
JARDIM DR. PINHEIRO
RUA
AV. KAZUMI
VILA MARIANA
RUA DAS PALMEIRAS
SABESP
IGREJA N. SRA.DA PIEDADE
UBSF VILA MARIANA
RUA LEONIDAS M. BONILHA
GUARDA MUNICIPAL
AV. BRASIL
1 4
DE MAIO RUA 13
SOUZA LUIZ DE RUA DOM
ANTONIO PROF. RUA
2
RUA SOL NASCENTE DO PRADO
MOURA
RUA
CACONDE
RUA MOURACY
RUA HANDLEY THOMAZ
VILA S. FRANCISCO DE ASSIS
4
ARARAS RUA
DELEGACIA
RUA ARAPONGAS
DE MOURA ANTUNES
RUA
JORGE
MOREIRA
RUA JOEL
HOLTZ VIEIRA RUA JULIO
COVAS AV.MARIO
NICOLAU
RUA
ARARAS
6
DIAS
FORUM
VILA SONIA
MEREGE RUA
HAGGE JORGE
B.BARROS DAVINA RUA
LEVINO RIBEIRO
JARDIM POR DO SOL
RUA LUCAS DE CAMARGO
SANTINI
MARTINEZ
P.
GARCIA
RUA
DE CAMARGO
CENTRO
EMEI ELZA DE SOUZA
RUA IRINEO
MANOEL
ELOI
RUA
CATEDRAL
ITAPEVA CLUBE
EURICO
RUA
G. CANO
RIBEIRO
RUA ERNESTO
RUA
ANGELO RUA ANTONIO
VEIGA
RUA DR PINHEIRO
COVAS AV.MARIO
RUA CEL LEVINO
PROJETO ORSA
PQ. PRIMAVERA
CARLOS
CARNEIRO
NGA/CENTRODON DE
ADVOGADO
OAB/SP
2
DO
GERAIS
CASA
MINAS
CORPO
ESTELITA DR. RUA
RUA
NICOLA
LOBO
1
E.M PROF. LEONOR CERDEIRA
PEDECINO RUA
5
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPEVA
F.
S. JORGE
EPAMINONDAS
UBS PQ
ADESAI
RUA
DE BARROS
BOMBEIROS
TUPI
RIBAS
RUA
RUA JOAQUIM
RUA AMPARO
ANTONIO
DIONIZIO
J. RAMOS
PILAR
FELIPE
RUA
RUA ASSIS
RUA
RUA
WALDEMAR
STEFANO
RUA PIRES FLEURY
RUA
SIMONINI RUA
VILA RIBAS
CENTRO CULTURAL
RUA MARTINHO
RUA ROQUE DO AMARAL
RUA CRUZEIRO
RUA PAULO PETZOLD
RUA
MOURACY
DO
PRADO
MOURA
3
LINS
7
7 8 1 7 7 7 2 7
RUA BARUERI
RUA
TURIANI
PARAISO
D.E.R
RUA DIRCEU B. DE OLIVEIRA
PI DE BARROS
ITALO
RUA
RUA ANTONIO
RUA RUI BARBOSA
RUA
RUA SOL NASCENTE
RUA FRANCISCO
L. DE ALMEIDA
UNESP
RIBEIRO
RUA ANTONIO AIDINO
DOS SANTOS
PROF.
QUEIROZ
ALEXANDRE
RUA JUNDIAI
FASCETTI UBERTO RUA
RUA CEL.
SHOPPING CENTER ITAPEVA
RUA
UNESP
UNESP
VILA DOM BOSCO
LAHOUD
ALCKMIN
HANNA
RUA GERALDO
BAKOS
RAPHAEL
RUA
NETTO FABRI E.M
COVAS
RUA VICENTE F. DE BARROS ALFREDO
AV.MARIO
RUA
RIO CLARO
RUA
SANTA
CRUZ
RUA ITATINGA
CAMARGO RUA BOANERGES
PETTERSON RUA
RUA ANTONIO
B.DOS SANTOS
E.M. SATURNINO
POLICIA MILITAR
RUA
BENEDITO
GOMES
DE ASSIS
IML
RUA LUIZ CARRIEL
RUA
ANTONIO
JESUS
ALMEIDA
RUA GRIGORIJUS BYKOVAS
EMEI DARCI BRATZ
EMEI ACM
RUA
08
DE MOURA MUZEL
CENTRO
RUA NICANOR RUA
RICARDO
WATHERLI
SALLES
COVAS AV.MARIO
CINEMA
DO AMARAL
CAMARGO
RUA
LUIZ
DE
CAMARGO
MONTEIRO
RUA ARTUR
2
RUA BENEDITA M. SOARES
RUA
1
AV. ANGELINO
RUA
ANTONIO
MONTEIRO
DE
ALMEIDA
FASCETTI
RUA FLAUZINO ANTUNES
RUA ANTONIO
CCE
07
PARQUE LONGA VIDA
DE CAMPOS
3
IGREJA
RUA CARLOS
JOAQUIM
RUA CAMPOS SALES
6
RODRIGUES UBALDO RUA
ARTALE
AV. RICARDO C. DE A. NETTO
AV. ROBERTO GEMIGNANI
RUA
EURICO
MONTEIRO
DE
ALMEIDA
RUA JOSINO BRISOLA
RUA OSCAR ROLIM
RUA ORIENTE
RUA
EURICO MONTEIRO DE
ALMEIDA
RUA DR LUIZ G. DE S. QUEIROZ UPA
BUTZER ROBERTO RUA
MARILIA RUA
UBFS VILA TAQUARI
DE
MORAES
M. CHIAVINI RUA
EVERALDO
RUA MARCOS KRISCHNER
AVENIDA
PAULINA
DE MORAES
P.
10
SANTOS
CANTIDIO
RUA
RUA
HIGINO MARQUES
T.
VEIGA
OIRASIL RUA
CENTRAL PARK
DE
BARROS
RUA ANTONIO ALVES
CARDOSO DE OLIVEIRA
ALMEIDA
GHERING MIGUEL RUA
MORAES
DE B. FLERENTINO RUA
RUA IPIRANGA
MATA DO CARMO
PANIS RUA FRANCISCO
3
09 DE
DE RUA
CASTRO
FRANCISCO
RIBAS TOLEDO ALAMEDA
DE ALMEIDA RUA 01
RUBENS
RUA ANTONIO A. DA ROCHA
BERNARDINO
RUA 01
MONTEIRO
ADIL
RUA CEL.
SABESP
RUA
E.M PROF.
FERRARI
1
RUA ISABEL
CARDOSO
LIMA
GOMES
FERRARI
MARQUES HIGINO RUA
FLAVIA
VISTA ALEGRE 2
RUA SANTOS DUMONT
RUA PROF
CAMARGO
RUA
AMARAL
RODRIGUES
RUA ALEXANDRINO
RUA 03
DE
AME
SANTA CASA
RUA ALCIDA
R. OLINDA RUA
RUA 02
ROCHA
SCHIMIDT
RODOLFO M. BONILHA
NIVALDO
BENEDITO
RUA
9
RUA
RUA
JULHO
7
VILA TAQUARI
VISTA ALEGRE 1
DE
FERNANDO
FACULDADE
METODISTA
ALMEIDA
R.
DE
OLIVEIRA SANTOS
QUADRA
DE
RUA MATHIAS MACHADO
MOURA
COSTA
DURVAL
R. DA
VER
IZIDRO
EMEI EDNA
RUA 04
RUA
RUA
DE CAMPOS RUA EUCLIDES
MUZEL
RUA CANTIDIO
NEVES
RUA PREF MARIO CERDEIRA JUNIOR VILHENA ALBERTO RUA
E.M PROF.
FRANCISCO
RUA TORQUATO
RAIMNDO
ALVES RUA HUBTEMBERG
PRADO
MARGARIDO
VILA SANTANA
RUA 02
RUA GUARANI
RUA MARIA PANIS RUA EMILIO
RUA CICERO
FERRARI
DE ALENCAR
RUA EDITH FIGUEIREDO
MENDES
BUFFA JACINTO
RUA
EPAMINONDAS
TECCHIO
RUA
RUA ZIZO BENEDETTI
RUA ARNALDO OLIVEIRA
RUA
JESUINO OLIVEIRA MELO
MARTINS BONILHA
JARDIM SANTA ROSA
KARDEC
RUA GABRIEL VERNECK
RUA ALLAN
RUA PEDRO
RUA QUELUZ
PIVOVAR RUA
RUA
ATIBAIA
VILA GUARANI
EMILIO A. FERREIRA
DA COSTA RUA ARMANDO
RUA BATISTA LOUREIRO
RUA MANOEL JACINTO DOS REIS
REZENDE BENEDITO
DIRCEU
CELESTINO
DOS
SANTOS
RUA
GARCIA RODRIGUES HIGINO RUA
RUA PROF. EUFLAVIO
RUA
COTIA
O. BARBOSA
JARDIM FERRARI
HIGINO
MARQUES
JARDIM FERRARI III
RUA
L.
RUA ATILA
Saída para Nova Campina/SP
RUA
ENG
NEY
CUIABANO
RUA EVARISTO
M. SILVA
RUA JOAQUIM SUERO
AVENIDA ORESTES GONZAGA (NORTE SUL)
AVENIDA PROF
E.M TEREZA SILVEIRA MELO
ARISTEU ALMEIDA RUA EDUARDO REICHERT
CAMARGO ESCOLA MUNICIPAL
AP. LAROTONDA
RUA JOSINO BRISOLA
SANTOS
RUA MARIA
REZENDE RUA BENEDITO
MUNICIPAL DA PREFEITURA TERRENO
RUA WILSON PONTES
MUNICIPAL
RUA CASSEMIRO RODRIGUES
RUA JOAQUIM
M. DE OLIVEIRA
GARAGEM
C. DEL
TEDESCO
RUA ITAMAR FREZZATTI
RUA SILVIO
RUA ALDO RUSSO
L. BARBOSA
RUA 07
DE SETEMBRO
RUA PREFEITO
FELIPE
MARINHO
CAMPO
VILA
GUARANI
RUA ROQUE
RUA ZITA
FERRARI
RUA INGLATERRA
CAMARGO RUA
MARIA
SANTOS
RUA ESPANHA
RUA ITATIBA
JUNIOR VILHENA ALBERTO RUA
DA SILVEIRA RUA SEZEFREDO
PROF.
NEWTON
RUA BENAJMIN
CONSTANT
E.M.
RUA
JOAQUIM DOS
SANTOS
ANTUNES
DE LIMA
RUA MARCILIANO
RUA AUSTRIA
MOURA
MUZEL
SANTOS
RUA
ARI
ANTUNES
DE MOURA
PONTES
RUA ALEMANHA
RUA
RENATO S. FARIA
QUEIROZ
RUA
MARIA
F. NEPOMUCENO
ANTONIO
RUA NOEMI
DE MOURA
MUZEL
SANTA CASA DE
JARDIM FERRARI II
RUA
BENEDITO CAMARGO
RUA
LEONI
G. CARVALHO
MARGARIDO
RUA
ANTONIO FERNANDES LICO
AURORA RUA
RUA HOLANDA
RUA ANTONIO
SISTEMA DE LAZER 2
RUA AUGUSTO DO AMARAL
RUA
HERMOGENES S. ALMEIDA
RUA
JAMIL
DE O.
RAMOS
VILA BOAVA
ROMAO DO
RUA GERSON
RUA
D. MUZEL
BENEDITO PINTO
NASCIMENTO
RUA
RUA
ANTONIO
BRISOLA
CHILE
RUA
C
PARQUE RESIDENCIAL ITAPEVA
RUA
ANTONIO COSTA
RUA
ARI
ANTUNES
DE MOURA
PEREIRA
JARDIM BRASIL
DAVID
MUZEL
RUA
PARIS
E.E JEMINIANO
RUA PROF. NICE DE A. MARQUES DE OLIVEIRA RUA
JARDIM EUROPA
FREDERICO
G. BRAATZ
AVENIDA EUROPA
RUA RUA
ISALTINO RODRIGUES
RUA SATURNINO B. SOUZA MATA DO CARMO
RUA DAULA SILVA RUA
REV
URIEL
ANTUNES DE MOURA
RUA
JUVENAL CELESTINO DOS
SANTOS
JACOB REINALDO
RUA
31
RUA
E.M PROF NAIR RODRIGUES QUEIROZ
CASA DO PROFESSOR
EUROPA
RUA DR.
RUA
ROMANINA
C.C.
CANTO
RUA
LUIZ
EMILIO
DE
OLIVEIRA
AVENIDA
WALDEMAR
RUA
ISABEL
F. DE
MELO
FELIPPE
RUA JULIO
RUA
JOSINO
CELESTINO
DOS
SANTOS
PAPERETTI RUA LEOVIGILDO DE ALMEIDA CAMARGO
AVENIDA EUROPA
JARDIM PILAR I
RUA
COMENDADEIRA
ANA
ESP.
SANTO
L. QUEIROZ
SISTEMA DE RECREIO
RUA ALONSO
RUA
JOAQUIM
RODRIGUES
GARCIA
NETO
L. DE BARROS
RUA ROSALVO MATIAS DOS SANTOS
RUA H
DE JESUS ALMEIDA
SISTEMA DE RECREIO
SISTEMA DE RECREIO
EMEI FRANCISCO ROSSI JR.
RUA PROF RACHEL M. SOUZA AMORIM
JARDIM PAULISTA
AVENIDA VATICANO
RUA
JUVENAL C. DOS
SANTOS
FILHO M.
MATOS
CANTIDIO RUA
20
RUA
ISABEL
FARIA
MELO
RUA
RUA ZACARIAS AUGUSTO PIMENTEL
RUA VENEZUELA
RUA COLOMBIA
RUA BOLIVIA
RUA HUNGRIA BREDA LEONINA RUA
RUA PARAGUAI
RUA
RUA ARGENTINA
RUA
BENEDITA
J. BARROS
22
JARDIM PILAR II
RUA URUGUAI 21 RUA
DEFESA SOCIAL
DE ITAPEVA
ELEKTRO
RUA 27
E.M PROF. LUIZ GONZAGA D. MONTEIRO
RUA JOAQUIM GOMES DOS SANTOS
RUA MANOEL C. DE BARROS
AVENIDA VATICANO
RESERVADA
TEATRO
RUA SALVADOR
B. DE MELO
MUNICIPAL
RUA ANTONIO MIRANDA DE ITAPEVA
RUA RUSSIA
F. PIMENTEL
11
RUA ESPANHA
RUA LAURA
CAVANI
RUA INGLATERRA
CECAP I
AVENIDA ARMANDO
RUA URUGUAI
CECAP II
RUA ELYSIO
A. DE MOURA
UNIDOS RUA PARAGUAI
RUA ESTADOS
RUA 02
RUA ANTONIO
DEFFUNE
RUA BOLIVIA
RUA FRANCISCO
DE B. FILHO
Mapa de análise da cidade
RUA IVALDO CAVANI
RUA LUIZ
GONZAGA
DA SILVA
RUA 03
CONJ. HAB. DANILO LUCANO GIMENEZ
RUA FIRMINO
CADENA DE
MORAIS
RUA ALCIDES RODRIGUES
DE A. SILVA
PARQUE PAINEIRAS
AVENIDA MARINA
VIEIRA
RUA 04
RUA CIDA
CAMPOLIM
MORADA DO SOL
S. ALMEIDA
ALAMEDA
PAINEIRAS
RUA MARIA APARECIDA
RUA FORTUNATO
MARQUES
RUA MARIA
APARECIDA
DE SOUZA
LEME
HORTA MUNICIPAL
RUA CELSO MONTEIRO
200
0
200
400
600
800 m
DE OLIVEIRA
MONT BLANC
ALAMEDA PINHEIROS
CIDA
FELIPPE
CAMPOLIM
RUA JORGE
Saída para Ribeirão Branco/SP
ALAMEDA GRAVIELA
RUA 01
RUA ELSON CORAZZA
MARTHO
RUA 07
RUA GUILHERME FRANCISCO
RUA 06
RUA 05
RUA
RUA 04
36 | 66
PEDRO
RODRIGUES
MACHADO
ANÁLISE URBANA Do entorno da área de intervenção No mapa ao lado, foi possível analisar a área e sua relação com o entorno de forma mais aproximada. Além da iden ficação de equipamentos essenciais para o projeto, como visto no mapa anterior, a área também se relaciona de forma visual com as principais áreas centrais da cidade. Ainda, como está entre duas vias estruturais da cidade, a área se torna de fácil acesso de pessoas, veículos e cargas. No entanto, iden ficou-se também a falta de ar culação dos espaços públicos, os quais não funcionam como uma rede de equipamentos, e a separação da cidade pela interrupção de vias e presença de grandes vazios, atuando como um elemento segregador entre o centro da cidade e a área residencial ao norte do mapa. Assim, ao mesmo tempo em que a área possui seu potencial pela localização em uma área central e visibilidade com o entorno, ela se encontra em um local que possui problemas de ar culação dos espaços públicos e de con nuidade da malha urbana.
Figura 76
1. Viual a par r da Rua Higino Marques, uma das vias estruturais da cidade
Figura 78
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Legenda Locais culturais e/ou ar s cos públicos e privados Edi cios públicos importantes para a dinâmica urbana Praças e parques Assistência social a criança/adolescente Escolas e faculdades
Terminal urbano Rodoviária Linha imaginária de separação da cidade Fluxos interrompidos Vias estruturais Possibilidade de ar culação dos espaços públicos Terrenos da intervenção Locais de visibilidade do terreno
Figura 77
2: Visto a par r da Praça de Eventos, principal praça de uso espor vo da cidade
Figura 79
3 . V i sto d a Av. A cá c i o P i e d a d e , u m a d a s p r i n c i p a i s 4 : V i s t o d a P ra ç a d o s C o r re i o s - l u ga r c e n t ra l q u e avenidas da cidade possui pessoas circulando diariamente
N
4
Av. Mรกrio Covas
de ulina
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2
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1
Pi
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Mapa de anรกlise da รกrea Imagem de base: Google Maps 50
0
50 100 150 200 m
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aspectos a serEM evidenciados no entorno da área de intervenção A par r de alguns elementos básicos de Kevin Lynch, a área de intervenção pode ser compreendida de forma sistemá ca, a fim de concluir o estudo do entorno. Habitação de baixa renda
1
9
3 4
13
5 2
6
8
14
Bairro Centro
7
12 10 11
Novo Centro
Bairro de baixa renda
Centro da cidade Limite pela topografia (sobe)
Limite pela topografia (sobe) Limite/Barreira pela avenida e pelas quadras extensas
Vazios urbanos (área escolhida para a intervenção)
Habitação de alta renda com especulação imobiliária
Esquema do limite/barreira encontrado na área
Mapa síntese de elementos do entorno 50 0 50 100 150
Legenda Vias ou caminhos Foram iden ficadas vias que mais são u lizadas que, inevitavelmente, ligam os marcos visuais. Limites Os terrenos da intervenção atuam como limite, tanto pela topografia acidentada, quanto pelas quadras extensas.
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Bairros Os bairros encontradas diferenciam-se pelo padrão de ocupação, que são diretamente influenciados pela renda, uso e ocupação do solo.
Marcos visuais Na área há pontos visuais importantes, os quais são, na maioria, edi cios públicos que poderão se integrar a proposta. Terrenos da intervenção
Figura 80
1 Rodoviária
Figura 81
2 Terminal Urbano
Figura 82
3
4
Poupa tempo
Corpo de Bombeiros
Figura 85
6 Polícia Civil
Figura 83 Marco visual 5: Prefeitura municipal 5 Prefeitura Municipal
Figura 84
Figura 86
Figura 87
7 Correios
Figura 88
8 Fórum da cidade
Figura 89
Figura 90
9 UNESP - Universidade Estadual de São Paulo, 10 Paineira centenária: serve de ponto referencial 11 Hospital: atende a cidade e a região, por isso localiza-se em um ponto alto da cidade.
12
Figura 91 Escola de ensino básico, a mais antiga da cidade.
recebe várias pessoas de outras cidades.
para a maioria das pessoas.
Figura 92
13 Praça Anchieta e Igreja Matriz
Figura 93 14 Secretaria da educação e da cultura, a qual está bem próxima do terreno de intervenção.
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análise socioespacial da área de intervenção
No decorrer do tempo, os fatores econômicos, sociais, polí cos e culturais são os principais responsáveis pela construção do espaço urbano. Assim, conhecer a história do lugar é ter o entendimento do presente, da forma atual da cidade e do contexto em que está inserida. Desta forma, reconhecendo suas origens e a dinâmica do espaço, o indivíduo se reconhece como cidadão e pode interferir também na construção do espaço (VEIGA, 2014).
Desta forma, para entender o contexto histórico da área de intervenção é preciso conhecer o processo de urbanização de Itapeva pela perspec va ferroviária. A par r do ano de 1909, a ferrovia começou a funcionar na cidade e a estação localizava-se na Vila Isabel, há 3 Km do centro da cidade. Esse acontecimento foi um divisor de eras, pois com a facilidade no transporte, o município começou a se desenvolver rapidamente e não era mais um local isolado dos grandes centros urbanos (VEIGA, 2014). Com o passar dos anos, os moradores começaram a ques onar a localização da estação de trem na Vila Isabel, por estar distante do centro da cidade, dificultando o acesso a mercadorias e ao transporte. Assim, em 1944, o diretor da Companhia da Estrada de Ferro Sorocabana, Dr. Rui Costa Rodrigues, ordenou que fosse construída uma nova estação, mais próxima da cidade (VEIGA, 2014). A nova estação foi construída na área central, hoje conhecida como Av. Mário Covas, localizada perto da prefeitura, praça e igreja matriz.
41 | 66
Para a mudança da estrada férrea, foi adquirido um grande número de terras pela Companhia da Estrada de Ferro Sorocabana, para a abertura de um caminho largo e linear, com suas respec vas faixas de domínio (variável de cada trecho) e suas faixas não edificáveis (15 metros além da faixa de domínio). Porém ao instalar os trilhos no trecho da Av. Mário Covas, verificou-se um terreno instável, com grande presença de nascentes e córregos, inviabilizando as instalações da infraestrutura férrea. Assim, por mo vos técnicos, não foi possível mudar a localização da estação ferroviária e ao novo prédio foi dado outra u lidade. A estação con nuou sendo na Vila Isabel (VEIGA, 2014). Desta maneira, como os trilhos nunca chegaram na nova estação, resultou-se em um grande número de terras sem uso ferroviário pertencentes a Companhia da Estrada de Ferro Sorocabana. No entanto, com o declínio da a vidade ferroviária, muitas das companhias ferroviárias faliram ou se incorporaram a outras de âmbito federal, e não se sabe ao certo como foram administradas estas terras sem uso ferroviário. Hoje, elas passaram a ser des nadas para uso público federal, mas sem nenhuma des nação clara. Por isso, ficaram por um longo tempo abandonadas, sem controle e nem requisição de posse pelo governo. A par r desta situação, vários moradores e comerciantes começaram a ocupar parte das terras, devido sua proximidade com centro da cidade e pela sua condição de abandono. E, com o tempo, conquistaram o poder de uso através da Lei de Usucapião.
1 SAÍDA PARA SP CAPITAL SAÍDA PARA O PARANÁ
2 ovas
rio C
á Av. M
s CENTRO
ae or
a lin
de
au .P Av
M
Av. Acácio Piedade
SAÍDA PARA NOVA CAMPINA/SP
SAÍDA PARA RIBEIRÃO BRANCO/SP
ESQUEMA DE LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS E DAS TERRAS QUE FORAM OCUPADAS NO DECORRER DO TEMPO (sem escala)
Figura 94
Legenda Áreas não ocupadas Área de intervenção 1 Estação Vila Isabel Faixa de domínio + faixa não edificável da Nova estação 2 área de intervenção (nunca u lizada)
Figura 95
1
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA VILA ISABEL
Figura 96
2
NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA (ATUAL POUPA TEMPO)
Estrada férrea existente Estrada férrea que nunca foi construída
Conclui-se, então, que este contexto histórico gerou uma ocupação desordenada, sem padronização na divisão de lotes, nos tamanhos das quadras e nas aberturas de ruas, originando uma interrupção no traçado viário da cidade. Hoje, a área ainda não ocupada se encontra em uma zona de conflitos e interesses de posse, a qual se tornou um elemento que segregou parte da cidade em relação ao centro. Assim, a par r deste contexto, o projeto visa reconectar estas duas partes, estabelecendo uma costura entre a comunidade afastada e o centro. E, com isso, transformar o que sempre foi marcado como área de abandono e fruto de ocupações irregulares, em um espaço de todos, público e democrá co, estabelecendo seu obje vo originário que é a função social da terra e qualificando um espaço determinante para o co diano das pessoas e para o processo urbano municipal.
42 | 66
CARACTERIZAÇÃO da área de intervenção ANÁLISE CHEIOS E VAZIOS É possível iden ficar no mapa ao lado, duas malhas urbanas regulares nas extremidades que vão se perdendo em grãos maiores até chegar no vazio, o qual atua como barreira e limite no desenho urbano. Assim, a área de intervenção possui grandes vazios, que por vezes chegam a prejudicar a orientação do pedestre no espaço e limitar o fluxo con nuo da cidade.
Legenda Possibilidade de conexão Área não construída Área construída N
Mapa de cheios e vazios 50
0
50
100
150
200 m
ANÁLISE FLUXOS, VIAS E MOBILIDADE A área escolhida localiza-se na convergência das principais vias estruturais do município, facilitando serviços como carga e descarga, trânsito de veículos e pessoas, além da caixa destas vias permi r o funcionamento de grandes eventos. Além disso, contempla vias de ciclovia e está ao lado do terminal urbano e de vários pontos de ônibus, facilitando a acessibilidade do local.
Av. Mário Covas
Av.
a de Paulin
Mapa de fluxos, vias e mobilidade 50
43 | 66
0
50
100
150
200 m
es Mora
Legenda Praça de eventos
N
io ác e c . A ad Av Pied
Vias estruturais (maior fluxo de veículos) Ciclovia existente Sen do Paradas das vias de ônibus
Terrenos da intervenção Maior fluxo de pedestres Terminal urbano
ANÁLISE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO O entorno é mul funcional e possui vários comércios e serviços principais da cidade, colaborando para uma vida urbana intensa. No entanto, por apresentar grandes vazios, a área foi mais explorada para comércio e ins tuições, sendo escassa de moradias e, portanto, esta vida urbana acontece apenas em horários pontuais do dia. Necessitando, assim, de uma inicia va de apropriação do solo de forma mais efe va.
Av. Mário Covas
ina de
ul Av. Pa
es Mora
0
50
100
150
Praça de eventos
N
Mapa de uso e ocupação do solo 50
Legenda
io ác e c . A ad Av Pied
Comércio/Serviços Residencial Misto Ins tucional Edificações sem uso
200 m
ANÁLISE DE GABARITOS As edificações do entorno se caracterizam de gabarito baixo, em sua maioria de 1 a 2 pavimentos. Assim, não há pontos de interrupção da paisagem pelas construções, principalmente em relação aos vazios. Esta condição permi rá a exploração de várias visuais e a visibilidade de construções maiores, tornando-se, possivelmente, uma marco para a cidade. No entanto, as intervenções devem ser realizadas com muito cuidado, para não descaracterizar a horizontalidade do município.
Av. Mário Covas
oraes
eM lina d u a P . Av
N
Mapa de gabaritos 50
0
50
100
150
200 m
Praça de eventos
io ác e c . A ad Av Pied
Legenda 4 ou mais pavimentos 3 pavimentos 2 pavimentos 1 pavimento
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N
análise ambiental da área de intervenção Terreno com topografia muito acidentada e com maior vegetação arbórea de grande porte , não é possível usar para construção. Área total: 15.350m²
Terreno com topografia inclinada, mas seu formato e área possibilita trabalhar com níveis e inserir construções. Área total: 19.300m²
PRAÇA
A
B
A’
PRAÇA
B’
Mapa dos condicionantes ambientais 50
0
50
100
150
200 m
Legenda Edificações existentes Córregos abertos Ventos predominantes Percurso do sol Sols cio de inverno Equinócio Sols cio de verão
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Sen do do caimento da topografia Áreas mais inclinadas do terreno Áreas de intervenção Vegetação arbórea do terreno: Ficos
Sibipiruna
Ipê
Pinheiro silvestre
Aroeira
Alfeneiro
PRAÇA Terreno mais plano da área e que possui contato com os dois centros da cidade, tem potencial para receber as pessoas. Área total: 17.000m² ANÁLISE AMBIENTAL A área possui diferentes condicionantes naturais, os quais são de suma importância para o desenvolvimento do projeto. A topografia é bem acentuada com poucas áreas planas, o que permite diversas vistas interessantes da cidade e es mula soluções inusitadas para garan r o vencimento dos desníveis, a acessibilidade e a drenagem do terreno. No entanto, o sen do do caimento dos terrenos é contrário ao norte, o que dificulta a absorção da insolação durante o dia. Portanto, é preciso ter cuidado para não barrar o sol com estruturas altas. Além disso, há grandes exemplares de árvores na vas no terreno mais linear e estreito, que devem ser preservadas tanto pela sua importância ecológica e urbana, quanto para a mecânica do terreno inclinado. Os pontos de água (córregos e nascentes) são também fatores a serem conservados. Os ventos predominantes vem principalmente do sudeste e, se u lizado com estratégia de projeto, ajudará no conforto ambiental da área.
Figura 97
Ficos
Figura 98
Sibipiruna
Figura 99
Alfeneiro
Figura 100
Figura 101
Pinheiro silvestre
Aroeira e ipê
Figura 102
Córrego aberto presente na Avenida Mário Covas
Edificações de até 2 pavimentos: não barra a visual do terreno
TERRENO DA INTERVENÇÃO
Corte AA’ Escala 1:1000 Edificações de até 2 pavimentos: não barra a visual do terreno
TERRENO DA INTERVENÇÃO TERRENO DA INTERVENÇÃO
Corte BB’ Escala 1:1000
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análise DAS VISUAIS DOS TERRENOS da área de intervenção 2
3
5
1
2 3
1
3 7
4
6 Iden ficação das visuais Sem escala
N
1
Legenda Áreas de intervenção Edificações existentes
ANÁLISE DAS VISUAIS A par r desta análise, foi possível iden ficar pontos estratégicos do terreno, onde a arquitetura poderá se destacar, devido a perspec va adotada em seu posicionamento. Além disso, foram analisadas visuais interessantes a par r do terreno, levando em consideração principalmente a diferença de topografia no levantamento de paisagens da cidade. Desta forma, conclui-se que o terreno tem uma grande apreensão do espaço ao seu redor, pois possui várias fechadas, e, ainda,, consegue se relacionar com o entorno, mesmo a longas distâncias. Assim, o projeto poderá possibilitar ao usurário novas experiências na cidade, incen vando-o a redescobrir o seu próprio território e a permanecer no espaço, gerando momentos de lazer, contemplação e estar.
Visuais do terreno Visuais do entorno
Figura 103
2. Terreno íngreme com arborização
1. Início da avenida, com intensa arborização
Figura 105
3. Esquina de ampla visibilidade
47 | 66
Figura 104
Figura 106
4.Terreno com vegetação arbustiva
Figura 107
5. Terreno com as áreas mais planas
Figura 108
Figura 109
7. Ampla esquina, com boa 6. Terreno com vegetação rasteira e, ao fundo, edificações 1 e 2 existentes nos terreno. A edificação 1 funciona o Sindicato dos Rodoviários e a 2 são 2 pequenas p e r s p e c t i v a . N a f o t o m o s t r a a edificação 3 existente: esta inacabada construções de uso residencial e uma de uso religioso. e não funciona nada no momento. Igreja Matriz
Correios Av. Acácio Piedade
Figura 110
Figura 111
1. O terreno possui contato com uma praça linear que vem 2. Há também uma conexão visual com uma importante desde a rodoviária, a qual faz a conexão entre duas ruas com avenida da cidade (Av. Acácio Piedade) e com o centro, com níveis diferentes. Assim nesta parte há um grande potencial possibilidades de ver a torre da Igreja Matriz e alguns prédios de para a continuação da área verde pré existente. marco visual, como, por exemplo, o prédio dos Correios.
Av. Acácio Piedade
Reserva ambiental
Praça de eventos
Figura 112
3. O terreno contato visual com a Praça de Eventos, uma reserva ambiental da cidade (importante contato com a natureza, principalmente em uma área central da cidade), com a Av. Acácio Piedade e com o Bairro Centro.
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N
PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO da área de intervenção PRAÇA No lado norte dos terrenos vazios predomina a pologia residencial, incen vada pelo Plano Diretor. A maioria das casas seguem o mesmo padrão, de 1 a 2 pavimentos, dispostas em lotes menores que o sul do mapa. Assim, a fachada norte da proposta deve ser adequada para se relacionar com estas pequenas edificações (ver imagem abaixo).
No lado sul dos terrenos vazios predominam as pologias comercial e de serviços, incen vadas pelo Plano Diretor. A maioria o mesmo padrão de grandes galpões, térreos, mas com pé direito maior. Assim, a fachada sul da proposta deve ser PRAÇA adequada para se relacionar com estes grandes volumes (ver imagem abaixo). Assim, a proposta também tem a função de fazer uma transição suave de diferentes territórios, saindo de uma grão maior e se dissolvendo em grãos menores.
Mapa de zoneamento de uso e ocupação do solo 50
0
50
100
150
200 m
Legenda Terrenos da intervenção ZR2 - Zona Residencial 2: crrespondente às áreas com menores restrições ambientais e de ocupação, e que apresentam vazios urbanos e glebas sub-u lizadas. Com uso predominantemente residencial. ZCS - Zona de Comércio e Serviços: corresponde ao entorno do centro tradicional da cidade, onde estão concentradas as a vidades urbanas de caráter setorial. Para esta zona, estabelece-se a diretriz de minimização dos custos de urbanização a serem absorvidos pelo poder público com o adensamento e efe vo uso dos imóveis, através da aplicação dos instrumentos de Parcelamento, Edificação ou U lização Compulsórios, IPTU Progressivo e Direito de Preempção.
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Figura 113
Edificações residenciais ao norte do mapa
Figura 114
Edificações comerciais ao sul do mapa
Segundo o Plano Diretor Municipal e o Código Municipal de Obras, os parâmetros de ocupação estabelecidos para estas áreas são:
Zr2 - Zona Residencial 2 Zr2 - Zona Residencial 2 USOS
OCUPAÇÃO
PERMITIDOS
TOLERADOS
PERMISSÍVEIS
Habitação unifamiliar Habitação Cole va Comércio e serviço local Uso Comunitário
Uso Comunitário - Ensino Uso Comunitário - Saúde
Uso ins tucional Uso Comunitário - Saúde Uso Comunitário - Educação Uso Comunitário - Lazer e cultura Uso Comunitário - Religioso Comércio e serviço de bairro Serviços setoriais
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
TAXA DE OCUPAÇÃO TAXA DE PERMEABIMÁXIMA LIDADE MÍNIMA
1,5
60%
20%
RECUO FRONTAL
RECUO LATERAL
RECUO DE FUNDOS
4 METROS
SEM ABERTURAS: 0,8M COM ABERTURAS:1,5M
3 METROS
Observações: não há restrições de limite de altura ou número de pavimentos, desde que respeitados os índices acima. O coeficiente de aproveitamento poderá ser maior se comprovado o potencial constru vo e ob ver estudo de impacto de vizinhança.
de Comércio ZonaResidencial ZCS Zr2 --Zona 2 e Serviços USOS
OCUPAÇÃO
PERMITIDOS
TOLERADOS
PERMISSÍVEIS
Comércio e serviço local Comércio e serviço de bairro e setorial Habitação unifamiliar Habitação cole va Habitação transitória 1 e 2 Habitações em condomínio horizontal Uso Comunitário - Lazer e cultura Uso Comunitário - Saúde
Habitação de uso ins tucional Uso Comunitário - Ensino Uso Comunitário - Culto religioso Uso ins tucional
-
3,0
TAXA DE OCUPAÇÃO TAXA DE PERMEABIMÁXIMA LIDADE MÍNIMA TÉRREO E 1º PVTO - 75% 10% DEMAIS - 50%
RECUO FRONTAL
RECUO LATERAL
RECUO DE FUNDOS
4 METROS
SEM ABERTURAS: 0,8M COM ABERTURAS:1,5M
3 METROS
Observações: não há restrições de limite de altura ou número de pavimentos, desde que respeitados os índices acima. O coeficiente de aproveitamento poderá ser maior se comprovado o potencial constru vo e ob ver estudo de impacto de vizinhança.
E em relação a pologia e a configuração dos terrenos da proposta, o Código de Obras traz as seguintes considerações:
4m 2m Via secundária
Croqui dos parâmetros de ocupação Sem escala
Via principal
1,5m ou 0,8m
3m
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
1. Prédios de apartamentos, hotéis, cinemas e teatros: estes pos de construções especiais, obedecerão o Código de Obras da cidade de São Paulo. 2. Nos lotes de esquina os afastamentos serão considerados em relação à via mais importante a juízo da Diretoria de Obras e Viação, 4 metros na via principal e 2 metros na via secundária.
A par r destas definições, a proposta poderá ser efetuada na área, desde que comprovado seu potencial constru vo e com estudo de impacto de vizinhança. No entanto, o Plano Diretor se mostra incoerente na definição da Zona Residencial 2, pois esta possui vários condicionantes ambientais que devem ser protegidos, além da área ser estratégica para uso e incen vo público.. Assim, a proposta também vem na tenta va de des nar usos mais coerentes para a área, considerando as atuais carências da cidade.
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CONCLUSÃO DAS ANÁLISES
Todas as análises realizadas buscaram uma área que se integre ao espaço público e se encaixe na malha urbana da cidade, assim o o território do projeto a ser trabalhado assume
3 dimensões de conec vidade: Figura 115
BAIRRO RESIDENCIAL DE BAIXA RENDA A PROPOSTA
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CENTRO CONSOLIDADO A PROPOSTA NOVA CENTRALIDADE DE COMÉRCIO E SERVIÇOS BAIRRO RESIDENCIAL DE ALTA RENDA
A locação no espaço, em relação à cidade
A locação em relação ao seu entorno imediato
- Localiza-se no centro da malha urbana de Itapeva, assim a área adquire uma centralidade e, portanto, intensidade de fluxos, democra zando o acesso a todos bairros; - Conecta os quatro acessos da cidade em relação aos municípios circunvizinhos, facilitando a conexão intermunicipal e interestadual; - Está ao lado do terminal urbano e da rodoviária, possibilitando sua acessibilidade urbana, rural e regional.
- Localiza-se em um local estratégico, onde a malha urbana e a topografia permitem sua ampla visibilidade; - Estabelece um diálogo entre as quatro zonas do entorno, surgindo na tenta va de costurar a cidade, onde centro e nova centralidade se integram e baixa e alta renda compar lham o mesmo espaço, rompendo as separações pré-existentes; - Possui um potencial para qualificação da área, marcada por abandono e pobreza, dando a terra seu valor social.
A PROPOSTA
A locação em relação a sua comunicação com o pedestre - Os vazios da área são terrenos com permeabilidade e urbanidade em potencial, já que possuem acessos em todas as faces; - Possui um entorno mul funcional, possibilitando um vida urbana intensa, o que ajudará na apropriação dos pedestres com a proposta; - Poderá intervir diretamente no co diano das pessoas, já que atuará revertendo os fluxos interrompidos e as situações de separação da cidade.
6 a proposta
“Em uma época de intensa comercialização de todas as dimensões da vida social, o obje vo central de uma polí ca cultural deverá ser a liberação das forças cria vas da sociedade. Não se trata de monitorar a a vidade cria va, e sim de abrir espaço para que ela floresça.” Celso Furtado
Figura 116. Apresentação da Companhia Teatral Irmão Sol em Itapeva/SP
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O PROCESSO DE PROJETO E AS diretrizes ADOTADAS 1ª parte diretrizes para a cidade e entorno
A par r das pesquisas e análises realizadas, a proposta vem para fortalecer e ampliar a vida ar s ca e urbana dos moradores, além de responder à outras carências da própria cidade e à condicionantes pré-existentes da área de intervenção. Em primeiro lugar, a proposta dará diretrizes para a cidade em relação a arborização e equipamentos públicos, e para o entorno, em relação aos vazios encontrados, sistema viário e edificações existentes, visto que hoje o município de Itapeva/SP se encontra em uma estrutura urbana com grande densidade de construções em meio a pequenos fragmentos de vegetação remanescentes, o que prejudica a qualidade ambiental da cidade. Esta primeira etapa tem por obje vo contribuir para uma malha urbana mais fluida, qualificar uma área central da cidade, dar condições para o lazer e convivência dos moradores e, por fim, proteger e fortalecer os recursos naturais presentes na área de intervenção, principalmente a vegetação, interligando-a com outras áreas arborizadas ainda presentes no entorno. As diretrizes u lizadas para esta etapa foram:
DIRETRIZES ADOTADAS
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1
CONECTAR EQUIPAMENTOS E INTEGRAR A NOVA PROPOSTA A ELES
2
U T I L I Z A R D E E S PA Ç O S MULTIFUNCIONAIS, COMO PRAÇAS E PARQUES
3
UTILIZAR DA VEGETAÇÃO PARA CONECTAR ESPAÇOS
4
G A R A N T I R O C O N F O R TO A M B I E N TA L U R B A N O (CONSIDERANDO O CLIMA)
5
FAZER COM QUE A ARTE SE FAÇA PRESENTE NA RUA E NAS CALÇADAS.
6
GARANTIR PERMEABILIDADE N O E S PA Ç O U R B A N O, ROMPENDO BARREIRAS
DIRETRIZES ADOTADAS
2ª parte projeto do edifício Após a primeira etapa, a qual irá oferecer melhores condições para o funcionamento da proposta, o projeto se concentrará no edi cio público e nas áreas verdes de seu entorno imediato. Esta estrutura amparará as a vidades ar s cas d o m u n i c í p i o, b e m c o m o a convivência urbana da comunidade. As diretrizes u lizadas para esta parte, além das q u e fo ra m i d e n fi c a d a s n o referencial teórico, foram:
1
USAR DE FACHADAS COM NICHOS E SALIÊNCIAS
3
EXPLORAR AS VISUAIS E AS DIFERENÇAS DE NÍVEL
4
6
E S PA Ç O S D E S E N TA R PRIMÁRIOS (BANCOS) E SECUNDÁRIOS (DESNÍVEIS, ESCADAS, ESCULTURAS.
7
2
5
USAR A COBERTURA COMO EXTENSÃO DA PRÓPRIA RUA, GARANTINDO VISIBILIDADE ENTRE OS NÍVEIS
8
RAMPAS LEVES E INTERATIVAS
U T I L I ZA R D E P O N TO S D E APOIO E NICHOS
ESCADARIAS COMO ESCULTURA E ESPAÇO DE PERCORRER E PERMANECER
C R I A R E S P A Ç O S CONVIDATIVOS
10 EXPLORAR ESPAÇOS COM DIFERENTES 9
MOBILIÁRIOS MULTIUSO
CONFIGURAÇÕES: FECHADOS COM REAÇÃO VISUAL INTERIOR-EXTERIOR, FECHADOS COM VISUAIS INTERNAS E ESPAÇOS LIVRES
11 E S P A Ç O S L I V R E S P A R A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES COLETIVAS
54 | 66
Praça
Mercado Público
Praça
Praça Rodoviária UNESP Universidade Estadual de São Paulo
Praça Matriz
Poupa tempo
Praça dos camelôs
Centro de vigilância municipal
Escola ADESAI
Prefeitura
Bombeiros Igreja Praça
OAB
Delegacia
Escola de ensino básico
Secretaria da educação e da cultura
Parque das artes
Correios
Terminal Urbano Fórum municipal
Complexo Cultural ACDC
Praça de eventos
Praça
Igreja Matriz
CEAPEM
Escola ensino básico
Ginásio Municipal
Correios
UPA Praça
Praça Escola de ensino infantil
Praça
Hospital
Praça
AME Praça
Sala verde
Ampliação da proposta de arborização interligando os equipamentos públicos
Asilo
Sabesp
Imagem de base: Google Maps
50
0
50 100 150 200 m
Legenda
Escola de ensino médio e técnico
N
Espaços para arborizar
55 | 66
Reservas ambientais
Praça
proposta para a cidade: arborização e conexão de equipamentos públicos A proposta para a cidade vem a par r da conclusão do diagnós co urbano, o qual mostrou a carências de espaços verdes na cidade e a organização fragmentada dos já existentes. Ainda, constatou-se também a potencialidade da área escolhida, já que encontra-se em uma situação de centralidade, com importantes equipamentos a sua volta, podendo, assim, tornar-se parte da dinâmica co diana da cidade. Assim, nesta proposta inicial, o Parque das Artes anseia em se integrar a uma rede de espaços verdes e de equipamentos públicos, garan ndo uma con nuidade na vegetação principalmente no centro, e proporcionando caminhos arborizados entre os equipamentos. Com isso, além de fornecer qualidade de vida para os moradores, a consolidação das áreas verdes pode fazer a diferença no desempenho ambiental da cidade como um todo, através da purificação do ar, minimização de temperaturas e regulação dos períodos de chuva.
A vegetação proposta estará concentrada nas ruas demarcadas no mapa ao lado, e terá a função de arborizar calçadas, canteiros das avenidas e praças e o entorno dos prédios públicos. Importante também é que, além de funcionar como fator determinante para o conforto ambiental da cidade, é preciso locar esta vegetação de forma intencional, como, por exemplo:
Delimitar espaços e caminhos ou conduzir o pedestre
Criar marcos referencias ou delimitar nichos de estar
Legenda Massas de vegetação AMPLIAÇÃO NO MAPA AO LADO
Ruas com arborização intensa para ligar a área detalhada ao lado à massas de vegetação
Proposta de arborização para a cidade (sem escala)
N
Imagem de base: Google Maps
56 | 66
proposta para o entorno: usos e sistema viário
As mudanças propostas para a área envolvem aberturas de ruas, adoção de pologias de uso, qualificação de vias e desapropriação de edificações. Portanto, são medidas a longo prazo, a fim de se adequar ao uso previsto da área, a qual terá que suportar grandes apresentações ar s cas e fluxos diários dos ensaios, aulas e convivência urbana. - Será mantida a vegetação existente e implantado um parque com vegetação densa de caráter contemplativo e paisagístico. Será aproveitada a topografia para mirantes e áreas de estar em vários níveis. E, ainda, terá qualificação e criação de caminhos, que deixem o terreno permeável, facilitando a conexão entre níveis.
- Será implantado o edifício da proposta, de forma que sua configuração faça a intermediação entre os dois lados da avenida.
- Serão destinadas a um alto índice construtivo através de uma operação urbana consorciada, para incentivo de moradia (com % de moradias de interesse social) e comércio, mas delimitando uma altura de até 2 pavimentos, para seguir o mesmo padrão existente e não barrar a vista no edifício da proposta.
TÉRREO LIVRE
EDIFÍCIO
PRAÇA LINEAR
GRAMADO EM PATAMARES
MOBILIÁRIO LÚDICO
MOBILIÁRIO COM ÁGUA
MIRANTE E ESTAR ARQUIBANCADA PALCO
CONECTAR COM PASSARELA
APRESENTAÇÕES ABERTAS ESCULTURA ÁREAS DE ESTAR INSTALAÇÃO COM ÁGUA
- Serão abertas duas ruas nesta quadra para dar continuidade no traçado urbano e deixar esta quadra mais permeável, seguindo o mesmo padrão da rua inicial. Neste caso não há necessidade de desapropriação. Mapa das diretrizes para a área 50 0 50
N
- Será implantadaPRAÇA uma praça de caráter recreativo e de estar que será uma preparação do pedestre para o edifício. Ainda, receberá uma passarela vinda do edifício, a fim de quebrar a linearidade da avenida, a qual se tornou um símbolo de separação.
100
150
PRAÇA DE EVENTOS
- Este lote é o único da quadra que localiza-se em frente a rua que chega na avenida, e não possui construções significativas no terreno, assim será desapropriado um barracão metálico, que hoje funciona uma loja de carros usados, a fim de abrir uma rua para dar continuidade ao traçado viário existente e ajudar a romper com a separação da morfologia urbana existente.
200 m
Legenda
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Indica vo de arborização das ruas
Ruas criadas
Edi cio
Praça
Edificações desapropriadas
Ruas qualificadas: aumento da largura
Comércio e habitação
Parque
Principais fluxos entre os ambientes propostos
ESPACIALIZAÇÃO DE AMBIENTES
1
CROQUI DO AMBIENTE ‘‘MOBILIÁRIO COM ÁGUA’’, PRESENTE NO PARQUE. CONSISTE DA CONFORMAÇÃO DA TOPOGRAFIA ATRAVÉS DE PEÇAS DE CONCRETO, NAS QUAIS SAEM CORRENTES DE ÁGUA, FORMANDO UMA CASCATA ARTIFICIAL. SERÁ UM LOCAL LÚDICO COM PEÇAS SOLTAS QUE PODEM SERVIR DE BANCO, MESA, ENTRE OUTROS.
2
CROQUI DOS AMBIENTES ‘‘ARQUIBANCADA, PALCO, MIRANTE E ESTAR’’, PRESENTE NO PARQUE. UTILIZA-SE DA TOPOGRAFIA PARA A FORMAÇÃO DE ARQUIBANCADAS QUE PODEM SERVIR TANTO PARA APRESENTAÇÕES, QUANTO PARA OUTRAS APROPRIAÇÕES, COMO ESTAR E CONTEMPLAÇÃO.
58 | 66
proposta do edifício E a construção do programa O projeto do edi cio público funcionará de forma integrada ao entorno, como visto anteriormente, no entanto, terá o intuito de trazer o espaço urbano pra dentro, em comunhão com as a vidades ar s cas do município. Para assim, tornarse ambiente de convivência urbana da comunidade. A construção do programa veio a par r da delimitação das a vidades que acontecerá no projeto. Como a cidade não possui nenhuma estrutura adequada para o desenvolvimento das a vidades ar s cas, será necessário o deslocamento de todas as a vidades que hoje acontecem no Complexo Cultural, Escola de Música Hugo Belézia, Escola de Música Guri e a Lira Municipal. Além disso, para o fortalecimento da arte na região, foi proposto um espaço para reservas de grupos ar s cos e escolas de ensino básico, e a criação de escolas municipais de formação de dança, teatro e artes visuais (já que em relação a música já existe).
LINGUAGENS DA ARTE PRESENTE NO EDIFÍCIO Além das expressões consolidadas na cidade, como a dança, a música, o teatro e as artes visuais, serão contemplados a arte circense, hip-hop, grafite, arte digital e a arte híbrida (integração das linguagens ar s cas). Estas linguagens serão incen vadas a trabalharem de forma integrada (seguindo os princípios da arte híbrida) em prol de uma vivência ar s ca intensa, através espaços em comum entre o funcionamento destas a vidades, os quais servirão de espaço coringa para estas serem desenvolvidas em um mesmo ambiente, principalmente em locais onde há a conexão entre o edi cio, espaços públicos e áreas verdes, os quais se configurarão como ambientes onde a comunidade geral terá mais visibilidade na contemplação destas artes
DESTA FORMA, NO EDIFÍCIO PÚBLICO, FUNCIONARÃO AS SEGUINTES ATIVIDADES:
TODAS AS ATIVIDADES DE DANÇA, TEATRO, MÚSICA E ARTES VISUAIS QUE FUNCIONAM NO
COMPLEXO CULTURAL (cursos temporários e parcerias com grupos ar s cos)
59 | 66
REALOCAÇÃO DA
ESCOLA DE MÚSICA MUNICIPAL, ESCOLA DE MÚSICA GURI E LIRA MUNICIPAL
SALAS RESERVA PARA ATIVIDADES DE GRUPOS
ARTÍSTICOS, ESCOLAS E PROJETOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
CURSOS E EVENTOS DE
FORMAÇÃO ARTÍSTICA MUNICIPAL E REGIONAL: IMPLANTAÇÃO DE ESCOLAS MUNICIPAIS DE DANÇA, TEATRO E ARTES VISUAIS (hoje inexistentes)
A EVOLUÇÃO DO PROGRAMA:
PARQUE DAS ARTES
APRESENTAÇÕES E EXPOSIÇÕES
EXPOSIÇÕES
SALAS E FOYER
-TEATROS ALTERNATIVOS -ANFITEATROS
APRESENTAÇÕES
MÉDIO E PEQUENO PORTE
SALA DE RECITAIS/ AUDITÓRIO
GRANDE PORTE
TEATRO
ADMINISTRAÇÃO E APOIO
ENSINO E ENSAIOS
ESCOLAS E CURSOS DE FORMAÇÃO
GRANDES GRUPOS ARTÍSTICOS
SALAS DE DANÇA, TEATRO, MÚSICA E ARTES VISUAIS
DANÇA: -SALAS DE ENSAIO -VESTIÁRIO -SALA DE FIGURINOS -SALA INDIVIDUAL PARA TREINOS
ESCOLAS DE ENSINO BÁSICO E GRUPOS ARTÍSTICOS MENORES
SALAS MULTIUSO RESERVA
ADMINISTRAÇÃO DO EDIFÍCIO E DAS ESCOLAS
SECRETARIA, DIREÇÃO, COORDENAÇÃO, PROFOSSORES
MÚSICA ARTES TEATRO: -SALAS EM VISUAIS -SALAS DE GRUPO -SALA DESENHO ENSAIO -SALAS -SALA -VESTIÁRIO INDIVIDUAIS ESCULTURA -SALA DE -SALA DE -SALA PINTURA FIGURINOS CANTO -SALA E CENÁRIOS -CONFECÇÃO -SALA DA LIRA AUDIOVISUAL -DEPÓSITO -DEPÓSITO FIGURINOS
ÁREAS SOCIAIS
APOIO
SERVIÇOS DE LIMPEZA, DEPÓSITOS E ESTACIONAMENTO
CENTRO DE CONVIVÊNCIA E DE USO COMUNITÁRIO
BIBLIOTECA
ESTAR COMUNITÁRIO
ÁREAS VERDES DE LAZER
CAFÉS E RESTAURANTES
PEQUEN0S COMÉRCIOS
ESTAR FUNCIONÁRIOS E RECEPÇÃO
PRAÇA COBERTA
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PROGRAMA
AMBIENTE
ÁREA
QUANTIDADE
ÁREA TOTAL
E pré-dimensionamento
Recepção/ Informações
25 M³
1
25 M²
Secretaria e RH
30 M²
1
30 M²
Sala da direção
20 M²
1
20 M²
Sala de coordenação das escolas
50 M²
1
50 M²
Sala dos professores
30 M²
1
30 M²
Sala de reunião
50 M²
1
50 M²
15 M²
1
15 M²
20 M²
2
40 M²
Copa/Cozinha
20 M²
1
20 M²
Estar funcionários
15 M²
1
15 M²
Enfermaria
15 M²
1
15 M²
DML e área de serviço
10 M²
1
10 M²
Depósito geral
25 M²
1
25 M²
Estacionamento fechado
-
50 VAGAS
1175 M²
Carga e descarga
200 M²
1
200 M²
SETOR ADMINISTRATIVO E DE APOIO
A proposta foi dividida em 4 setores, para melhor organização dos ambientes. Assim, será composta pelo setor administra vo e de apoio, setor de convivência, setor de ensino e ensaios, e setor de apresentações e exposições. No esquema abaixo, são representadas as principais relações entre os setores.
Documentação/ Arquivo Banheiro e ves ário
Setor administra vo e de apoio
Setor de convivência
Setor de ensino e ensaios
Setor de apresentações e exposições
Esquema da relação entre os setores
SISTEMATIZAÇÃO MÚSICADAS ÁREAS Setor administra vo Setor administra vo e de apoio e de apoio
1520 M²
AMBIENTE
ÁREA
QUANTIDADE
ÁREA TOTAL
Praça interna com exposições temporárias
570 M²
1
570 M²
Restaurante
160 M²
1
160 M²
Cafés
30 M²
2
60 M²
10 M²
4
40 M²
120 M²
1
120 M²
Box de comércio: livraria e presentes Estar comunitário (lazer e oficinas)
Setor de convivência
1235 M²
Setor de ensino e ensaios
2145 M²
Setor de apresentações e exposições
2435 M²
Biblioteca
245 M²
1
245 M²
7335 M²
Sanitários
20 M²
2
40 M²
ÁREA TOTAL
61 | 66
SETOR DE CONVIVÊNCIA
SETOR DE ENSINO E ENSAIOS AMBIENTE
ÁREA
QUANTIDADE
SETOR DE APRESENTAÇÕES E EXPOSIÇÕES ÁREA TOTAL
ÁREA
AMBIENTE
DANÇA DANÇA E TEATRO Sala cole va de ensaio Sala individual de alongamento/prá ca Sala com plataformas fixas para teatro/circo
Confecção de figurinos Depósito de figurinos e cenários Banheiro e ves ário
ÁREA TOTAL
GRANDES APRESENTAÇÕES: DANÇA TEATRO
120 M²
3
360 M²
Palco
-
-
270 M²
20 M²
2
40 M²
Camarins
30 M²
6
180 M²
120 M²
2
240 M²
Sala de ensaio
270 M²
1
270 M²
30 M²
1
30 M²
Boca de cena
-
-
10 M
50 M²
1
50 M²
20 M²
2
40 M²
MÚSICA Sala instrumental individual Sala de prá ca vocal individual Sala instrumental cole va Sala de canto cole va Sala sede da Lira Municipal de Itapeva Sala de depósito e manutenção
QUANTIDADE
Platéia Salão principal Platéia Mezanino Antessala Camarins/Coxias
700 LUGARES
-
-
300 LUGARES
-
-
-
-
50 M²
Cabine de controle
20 M²
1
20 M²
15 M²
1
15 M²
150 M²
1
150 M²
15 M²
15
225 M²
10 M²
5
50 M²
50 M²
4
200 M²
60 M²
1
60 M²
Fosso Orquestra
30 M²
1
30 M²
160 M²
1
160 M²
Depósito de mobiliário do palco
20 M²
1
20 M²
50 M²
1
50 M²
Bilheteria
15 M²
1
15 M²
Foyer
170 M²
1
170 M²
ARTES DANÇA VISUAIS
Cabine de transmissão P.N.E. Sala técnica (máquinas)
Sala de pintura
60 M²
1
60 M²
Circulação Ver cal
50 M²
1
50 M²
Sala de desenho
60 M²
1
60 M²
Sanitários Social Ar stas
30 M² 15 M²
2 2
60 M² 30 M²
Sala de escultura
60 M²
1
60 M²
Café
25 M²
1
25 M²
Sala audiovisual
70 M²
1
70 M²
Estar Café
100 M²
1
100 M²
Depósito de material
30 M²
1
30 M²
1
200 M²
EXPOSIÇÕES MÚSICA Galeria de exposições
ESPAÇOS UTILIZADOS MÚSICA EM COMUM Sala ensino teórico
60 M²
2
120 M²
Sala mul uso (reserva para escolas/grupos)
60 M²
3
180 M²
Sala de fisioterapia e preparação sica
20 M²
1
20 M²
Sanitários
20 M²
2
40 M²
200 M²
APRESENTAÇÕES E EVENTOS MENORES Sala de recitais e peças/Auditório Teatros alterna vos/ experimentais Sanitários
300 LUGARES
1
420 M²
200 LUGARES
1
280 M²
20 M²
4
80 M²
62 | 66
ZONEAMENTO DO EDIFÍCIO
N
e seu partido Par do inicial do zoneamento SETOR SETOR ADM E APOIO APRESENTAÇÕES E EXPOSIÇÕES SETOR APRESENTAÇÕES E EXPOSIÇÕES
TÉRREO LIVRE
SETOR CONVIVÊNCIA
Acesso de pedestres para o andar inferior
SETOR ENSINO E ENSAIOS
Acesso cobertura
1 CONECTAR COM PASSARELA
APRESENTAÇÕES ABERTAS
PARQUE
2 1 Acesso veículos estacionamento
Acesso térreo
PARQUE DAS ARTES 3
2
4 Legenda 1. Setor de administração e apoio 2.Setor de apresentações e exposições 3. Setor de convivência 4. Setor de ensino e ensaios Área total do terreno de implantação: 12.600m² Planta de implantação Escala 1:1000
63 | 66
Acesso térreo
2 PRAÇA 2
1
ESPACIALIZAÇÃO DA PROPOSTA
A COBERTURA COMO EXTENSÃO DA CALÇADA
BLOCOS MENORES: RELAÇÃO COM RESIDÊNCIAS E VISUAL SEM BARREIRAS
MAIOR VOLUME (TEATRO) DILUÍDO ATRÁS DE OUTROS ESPAÇOS
PÁTIOS INTERNOS:CONTATO INTERNOS:CONTATOCOM COMA A NATUREZA, QUALIDADE AMBIENTAL E VISIBILIDADE ENTRE NÍVEIS
PASSARELA: MARCO VISUAL NA PAISAGEM E QUE POSSUI SEU CARÁTER SIMBÓLICO DEVIDO A ÁREA SER UM ELEMENTO SEGREGADOR
1
- USO DA ESQUINA PARA ENFATIZAR AS ATIVIDADES ARTÍSTICAS DO COTIDIANO - VOLUMES MAIORES: RELAÇÃO COM OS GALPÕES COMERCIAIS
O PARTIDO SE DESENVOLVEU A PARTIR DA PERMEABILIDADE DO EDIFÍCIO, POSSIBILITANDO AO USUÁRIO VÁRIAS EXPERIÊNCIAS EM ‘‘ENTRAR, ESTAR E SAIR’’.
TEXTURAS A SEREM TRABALHADAS: VIDRO BLOCO DE ENSINO E ENSAIOS VOLTADO PARA O CENTRO DA CIDADE: EVIDENCIAR ATIVIDADES ARTÍSTICAS PARA A POPULAÇÃO E O VISUAL DA CIDADE PARA O ARTISTA
CONCRETO
TIJOLOS APARENTES E COBOGÓS
- ESPAÇO PARA APRESENTAÇÕES ABERTO PARA A RUA. TERÁ USO LIVRE E, PORTANTO, DIFERENTES APROPRIAÇÕES - S E RV I R Á TA M B É M PA R A P ROJ EÇ ÃO D E CINEMAS AO AR LIVRE.
2
AS APRESENTAÇÕES E ENSAIOS COTIDIANOS SÃO DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA O PROJETO, A FIM DO PEDESTRE VISUALIZAR O MOVIMENTO ARTÍSTICO DA CIDADE.
64 | 66
Referências bibliográficas textos BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 6ª ed. São Paulo: Editora Á ca, 1986. CARAMELLA, Elaine. História da arte: fundamentos semió cos. Bauru, SP: EDUSC - Ed. da Universidade do Sagrado Coração, 1998. CARVALHO, Francione Oliveira. Arte: percursos, linguagens e cultura. 1ª edição. São Paulo: Editora do Brasil, 2016. COLI, Jorge. O que é arte. 15ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. FONSECA, Ana Carla (org). Cultura e transformação urbana. Anais do Seminário Internacional Cultura e Transformação Urbana / Serviço Social do Comércio – São Paulo: SESC SP, 2012. Disponível em: <h p://garimpodesolucoes.com.br/wpcontent/uploads/2014/09/Cultura-e-Transformac%CC%A7a%CC%83o-Urbana.pdf>. Acesso em: 14 Abr 2017. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2ª ed. São Paulo: Perspec va, 2013. HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. 2ª ed. São Paulo: Mar ns Fontes, 1999. IBGE. Município de Itapeva. Disponível em: <h p://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=352240>. Acesso em: 01 Abr 2017. LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001. PALLAMIN, Vera M.; LUDEMANN, Mariana. Cidade e cultura: esfera pública e transformação urbana. São Paulo: Estação Liberdade, 2002. Plano Diretor Municipal de Itapeva/SP. Disponível em: <h p://www.educacao.itapeva.sp.gov.br/downloads/af8c902ce79cee4ab838f63849ff0101.pdf>. Acesso em: 20 Mai 2017. RAFFA, Ivete. As linguagens da arte. Pref. Municipal de Paraguaçu Pta – 2008 RASMUSSEN, Steen Eiler. Arquitetura vivenciada. 2ª ed. São Paulo: Mar ns Fontes, 1998. UNESCO. A UNESCO e as cidades: uma parceria. Setor de Relações Externas e Cooperação. Edição 2008. Disponível em: <h p://unesdoc.unesco.org/images/0015/001561/156108por.pdf>. Acesso em: 23 Abr 2017. VEIGA, Gislaine Silva. O processo de urbanização do município de Itapeva - SP. Universidade de Brasília - UNB. Itape ninga/SP: 2014. VITALE, Daniele. Edi cio público e espaço urbano. Crí ca nº 11. 2011. Disponível em: <h p://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.130/3885>. Acesso em: 23 Abr 2017.
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