O Corpo contemporâneo é exibido e consumido em nossa cultura como um objeto sem sujeito, que se modifica e se redefine através de cirurgias plásticas ou pelos usos da publicidade. Atualmente o Corpo é expressão de si mesmo e a percepção que temos dele, são apregoadas por representações visuais que sofrem intenso ritmo de transformações. Entendido como um complexo sistema que articula simultaneamente as dimensões da natureza e da cultura, o Corpo enquanto gerador de modos de expressão e de trocas simbólicas nas sociedades contemporâneas é convidado a substituir o status de sujeito pelo de objeto, ou seja, a compreensão do Corpo como máquina perfeita da natureza dá lugar ao .)sentido de objeto a ser exibido (Jeudy, 2002
2014
corpus in
CORPUS ALISSA MARQUES A atual pesquisa em andamento refere-se ao desenvolvimento poético e técnico do trabalho de conclusão de curso, que transitará entre a linguagem tridimensional e audiovisual resultando em projeção sobre objeto escultórico. Será construído um conjunto tríptico de esculturas (brancas, com volumes), e sobre esses objetos serão projetados fotos e vídeos que relacionam-se com o tema do corpo contemporâneo. As projeções surgirão a partir dos des dobramentos da pesquisa de intervenções/hibridações, cibercultura e transitoriedades .do corpo Escultura; Projeção; Corpo contemporâneo; tecnologia; Identidade
CORPUS IN CORPUS O tema da pesquisa surgiu com o encontro pertinente entre trabalhos passados que envolvem a representação do corpo com meu atual interesse em arte e tecnologia e que resultou no desdobramento de um trabalho iniciado em 2013, onde construí o molde em silicone de um objeto em formato de Matrioska com seios, não como ela é feita de fato mas apenas a parte frontal, com a parte de trás chapada para ser fixada em uma superfície plana, realizei diversos testes com diferentes materiais (gesso, cimento
branco, resina etc) e cada um desses objetos recebia uma pintura diferente, a maioria com o cunho fetichista. Ainda em 2013 me interessei por projeções e como programar instalações com interação, daí surgiu o possível desdobramento do trabalho tridimensional com a junção de arte e tecnologia, que resultou na atual pesquisa de projeções sobre objetos com volume constituindo diversos corpos contemporâneos, lúdicos, .distorcidos, modificados etc
DESDOBRAMENTOS
MARQUES, Alissa. MAMA HIPOTENUZA¹, 2013. Resina, tinta spray e marcador, dimensões variáveis
MARQUES, Alissa. MAMA HIPOTENUZA¹, 2013. Resina, tinta spray e marcador, dimensões variáveis
Ao propor que o Corpo seja o objeto de arte, o artista contemporâneo em ações performáticas propõe a diluição desse objeto artístico e, consequentemente cultural, na corporeidade biológica, empreendendo experimentações fomentadas por representações do pensamento simbólico que levantam questionamentos de um corpo híbrido, produtor de imagens invariantes da conduta humana como comportamento simbólico - Teixeira, 2005
O Corpo contemporâneo é exibido e consumido em nossa cultura como um objeto sem sujeito, que se modifica e se redefine através de cirurgias plásticas ou pelos usos da publicidade. Atualmente o Corpo é expressão de si mesmo e a percepção que temos dele, são apregoadas por representações visuais que sofrem intenso ritmo de transformações. Entendido como um complexo sistema
que articula simultaneamente as dimensões da natureza e da cultura, o Corpo enquanto gerador de modos de expressão e de trocas simbólicas nas sociedades contemporâneas é convidado a substituir o status de sujeito pelo de objeto, ou seja, a compreensão do Corpo como máquina perfeita da natureza dá lugar ao sentido de objeto a ser exibido Jeudy, 2002
PERFORMANSIM
trabalho CORPUS IN CORPUS o que me interessa na construção poética é o modo do corpo como objeto, em que se pode eliminar ou acrescentar como é feito por meio de cirurgias ou tratamentos estéticos, mas decidi pelo viés de jogar com corpo, de forma em que é possível modificalo, reconfigura-lo, excluir e No
acrescentar de forma virtual. A construção dessas imagens acontecem dentro de uma área que se limita dentro da escultura (branca, com silhueta de uma Matrioska e com volume) pois mesmo que seja possível tantas transformações, o corpo ainda .é limitado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
SANT’ANNA, Denise Bernuzzi de. Políticas do Corpo. São Paulo : Editora Estação Liberdade. 1995 NOVAES, Joana de Vilhena. Artigo: O CORPO PÓS-HUMANO: NOTAS SOBRE ARTE, TECNOLOGIA E PRÁTICAS CORPORAIS CONTEMPORÂNEAS. 2010 JEUDY, Henri-Pierre . O Corpo como Objeto de Arte. São Paulo: Estação Liberdade. 2002 FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988 Santaella,LUCIA.Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003, 358 p