A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI: USO E COBERTURA DA TERRA NO DISTRITO DE VALE VERDE (PORTO SEGURO -

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 8

CAPÍTULO 1 ................................................................................................... 9 A MODERNIDADE NA CIÊNCIA GEOGRÁFICA: UMA ANÁLISE DA GEOGRAFIA CRÍTICA E DA GEOGRAFIA HUMANISTA NOS TEMPOS ATUAIS DOI 10.29327/535474.1-1

Ítalo Ramon Carvalho Silva Keilha Correia da Silveira José Geraldo Pimentel Neto

CAPÍTULO 2 ................................................................................................. 18 OS PERÍODOS DO ESPAÇO RELATIVO DOI 10.29327/535474.1-2

Leonardo Luiz Silveira da Silva Larissa Santos Rocha da Silva Alfredo Costa CAPÍTULO 3 ................................................................................................... 35 BÁRIE

À

CIVILIZAÇÃO. O RACISMO CIENTÍFICO DOI 10.29327/535474.1-3

Antonio Guimaraes Brito CAPÍTULO 4 ................................................................................................... 52 A CONTRIBUIÇÃO DA FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DE MILTON SANTOS AO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO DOI 10.29327/535474.1-4

Vivian Costa Brito Ronaldo Leão de Miranda Ivo Marcos Theis Gilberto Friedenreich dos Santos CAPÍTULO 5 ................................................................................................... 69 ESTADO DA ARTE DAS FEIÇÕES EM CARSTE NO MUNDO: APLICAÇÃO DA SWAT E EMPREGO DAS METODOLOGIAS DOI 10.29327/535474.1-5

Ludmagna Pereira de Araújo Vânia Santos Figueiredo


CAPÍTULO 6 ................................................................................................... 85 A RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO USO DE AGROTÓXICOS: REPERCUSSÃO NA SAÚDE E SEUS ASPECTOS ECONÔMICOS NO AGRONEGÓCIO DOI 10.29327/535474.1-6

Rildo Mourão Ferreira Mariana Lucas Chagas CAPÍTULO 7 ................................................................................................. 102 PROCESOS DE PLANIFICACIÓN RURAL-LOCAL Y SUS IMPLICACIONES EN LA SALUD, AMBIENTE Y MOVILIDAD DE LA COMUNIDAD DE DOMINICAS, PROVINCIA DE PUNTARENAS, LEPANTO, COSTA RICA DOI 10.29327/535474.1-7

Andrea Jiménez Briceño Esmeralda Trigueros Gómez Diego Armando Céspedes Álvarez CAPÍTULO 8 ................................................................................................. 124 BACIA DO RIO RIBEIRÃO CACAU, EM ALVORADA RO: PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL SOB A ÓTICA DOS CAFEICULTORES DOI 10.29327/535474.1-8

Fabrícia Martins Silva Patrícia Soares de Maria de Medeiros CAPÍTULO 9 ................................................................................................. 146 A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI: USO E COBERTURA DA TERRA NO DISTRITO DE VALE VERDE (PORTO SEGURO - BA) DOI 10.29327/535474.1-9

Allívia Rouse Carregosa Rabbani Maria Otávia Silva Crepaldi Leonardo Thompson da Silva Thyane Viana da Cruz Roberto Muhájir Rahnemay Rabbani João Paulo Monteiro Santos


CAPÍTULO 10 ............................................................................................... 156 ANÁLISE DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA NA CARACTERIZAÇÃO DE IMPÁCTOS AMBIENTAIS EM TRECHOS DO RIO PIRARARA, CACOAL/RO DOI 10.29327/535474.1-10

Fábio Dutra da Silva Maressa Floriano Camargo Misley Alzíria da Silva Estevão Nilmara de Oliveira Silva Núbia Caramelo CAPÍTULO 11 ............................................................................................... 177 ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA DO TERRITÓRIO E TRANSFORMAÇÕES NO USO DA TERRA PELA SILVICULTURA DO EUCALIPTO NOS MUNICÍPIOS DO OESTE DA MICRORREGIÃO DE IMPERATRIZ, MARANHÃO, BRASIL DOI 10.29327/535474.1-11

Allison Bezerra Oliveira Andressa Brito Silva De Sousa Diego Armando de Sousa Paz Daniel Macedo Nascimento José Alencar Viana e Araújo CAPÍTULO 12 ............................................................................................... 193 ANÁLISE DO DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA PRAÇA CONEGO ÂNGELO TARDIO BRUNO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA-MG DOI 10.29327/535474.1-12

Leonardo Alfaiate Ferreira Borges Mateus Duarte Segismundo Matheus Alfaiate Borges Roberto Barboza Castanho CAPÍTULO 13 ............................................................................................... 209 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HÍDRICA DA ÁGUA FORNECIDA PARA ABASTECIMENTO DOMÉSTICO NA CIDADE DE ITUIUTABA - MG DOI 10.29327/535474.1-13

Maria Cristina Moreira Penna Rildo Aparecido Costa


CAPÍTULO 14 ............................................................................................... 228 CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA COMO INSTRUMENTO PARA O PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL DA BACIA DO RIBEIRÃO DA ABÓBORA, RIO VERDE, GOIÁS DOI 10.29327/535474.1-14

Paulo Henrique Gonçalves Marques Fernanda Pereira Martins Joel Cardoso Moraes Junior Zilsenil Souza Guimarães SOBRE OS ORGANIZADORES .................................................................. 242 ÍNDICE REMISSIVO ..................................................................................... 242


CAPÍTULO 9 A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI: USO E COBERTURA DA TERRA NO DISTRITO DE VALE VERDE (PORTO SEGURO - BA) DOI 10.29327/535474.1-9

Allívia Rouse Carregosa Rabbani Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Porto Seguro, Porto Seguro, BA, Brasil http://lattes.cnpq.br/9716789774090901 https://orcid.org/0000-0003-0564-7113 Maria Otávia Silva Crepaldi Programa de Pós-doutorado - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo - ESALQ/USP, Brasil http://lattes.cnpq.br/5120958261060708 https://orcid.org/0000-0003-3121-8857 Leonardo Thompson da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Porto Seguro, Porto Seguro, BA, Brasil http://lattes.cnpq.br/1147069538264015 https://orcid.org/0000-0002-3844-7313 Thyane Viana da Cruz Campus Porto Seguro, Porto Seguro, BA, Brasil http://lattes.cnpq.br/8081590901292303 https://orcid.org/0000-0002-4558-7058

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Universidade Federal do Sul da Bahia

Roberto Muhájir Rahnemay Rabbani Campus Sosígenes Costa, Porto Seguro, BA, Brasil http://lattes.cnpq.br/8576195795981994 https://orcid.org/0000-0002-3175-6332 João Paulo Monteiro Santos Campus Porto Seguro, Porto Seguro, BA, Brasil http://lattes.cnpq.br/1598942801793552

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

RESUMO: Porto Seguro se enquadra como uma cidade de média, conhecida nacional e internacionalmente pelo seu turismo e por ser uma referência histórica quanto a chegada dos portugueses ao Brasil. Ainda no município existem lugares, chamados de distritos, onde moram pessoas que vivem com sua própria dinâmica social e econômica. O presente trabalho objetiva detectar as mudanças espaciais do uso e cobertura da terra do distrito de Vale Verde (Porto Seguro - BA) entre os anos 2000 e 2013, utilizando ferramentas do geoprocessamento e produção de mapas temáticos. No intervalo de uma década, a maior área de uso do distrito foi destinada para pastagens. PALAVRAS-CHAVE: Meio Ambiente. Mudança. Território. 146


Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

THE FIRST DECADE OF THE 21ST CENTURY: LAND COVER AND LAND IN THE VALE VERDE DISTRICT (PORTO SEGURO - BA) ABSTRACT: Porto Seguro fits as a medium-sized city, known nationally and internationally for its tourism and for being a historical reference when the Portuguese arrived in Brazil. Still in the municipality there are places, called districts, where people live with their own social and economic dynamics. The present work aims to detect spatial changes in land use and land cover in the Vale Verde district (Porto Seguro BA) between 2000 and 2013, using geoprocessing tools and the production of thematic maps. Within a decade, the largest area of use in the district was used for pastures. KEYWORDS: Environment. Change. Territory. INTRODUÇÃO A cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia, é um dos principais polos turísticos do Brasil, recebe anualmente uma grande quantidade de pessoas, atraídos pelos seus recursos naturais, sobretudo pelas suas praias associadas a ecossistemas como recifes de corais, manguezais e falésias, e pelos seus recursos culturais, especialmente históricos (SILVA et al., 2008). Com uma população estimada de 150.658 mil habitantes, Porto Seguro é uma cidade média e enquadrase como um Centro Sub-regional, tendo relevância para o contexto regional do extremo sul baiano (IBGE CIDADES; IBGE REGIC, 2020). O município é constituído de 5 (cinco) distritos: Porto Seguro (sede municipal), Arraial d´Ajuda, Caraíva, Trancoso e Vale Verde, que possuem relação com o turismo, bem como sua própria dinâmica rural. A prefeitura abarca as características locais, com secretarias voltadas para agricultura, turismo e meio ambiente (PMPS, 2020), o que permite entender que na escala municipal existe uma preocupação com todas as atividades locais. Um dos distritos de Porto Seguro que merece destaque é o de Vale Verde, que tem sua história ligada à presença dos jesuítas no Brasil. A localidade foi constituída u as Leis de 1755 para o Estado do Brasil, objetivando transformar os antigos núcleos de catequização em vilas, que deveriam adotar nomes de cidades e vilas de Portugal (CANCELA, 2007). Pela lei estadual nº 1190 de 1917, o município de Porto Seguro 147


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adquiri O distrito de Vale Verde é uma região essencialmente rural e apesar de sua importância histórica, existem poucas informações sobre o uso e aproveitamento da terra. Ressalta-se que a construção e o entendimento dessas informações podem contribuir com a compreensão da geografia agrária/ambiental do distrito, através da dinâmica rural contemporânea e das alterações temporais (OLIVEIRA et al., 2014). Em face dessa transformação, o geoprocessamento surge como alternativa viável para pesquisas de monitoramento da variação da cobertura vegetal. Compreende-se por geoprocessamento, a união de tecnologias que englobam diversas fases, desde a coleta, o tratamento, a análise, até a cessão de informações, cuja implicação é exibir o referencial geográfico. Dentre as geotecnologias podem-se destacar os sistemas de informação geográfica, a cartografia digital, o sensoriamento remoto e o sistema de posicionamento global (ROSA, 2005; MARTINS et al., 2012; SANTOS et al., 2015, SANTOS, 2021). Assim, pesquisas baseadas em metodologias que consideram como instrumento auxiliar o uso de geotecnologias, permite a manipulação e a aparelhamento de amplo volume de informações espaciais e tabulares, permitindo, inclusive, a obtenção de novos elementos interpretativos (SANTOS et al., 2015). Além disso, o ajuizamento dos mapas gerados possibilita o acompanhamento temporal das transformações ocorridas em um determinado intervalo de tempo (ROSOT et al., 2008; SANTOS, 2021). Assim, o objetivo deste capítulo foi detectar as mudanças espaciais do uso e cobertura da terra do distrito de Vale Verde (Porto Seguro - BA) entre os anos de 2000 a 2013, a fim de verificar as condições do meio físico diante das diferentes formas de uso e ocupação do solo na primeira década do século XXI. MATERIAL E MÉTODOS Pelo crescimento do município de Porto Seguro (BA), foi escolhida a primeira década do século XXI para confecção dos mapas. Para delimitação da área de estudo, foi utilizada a base cartográfica e Malha Municipal do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estática - IBGE (2019); para elaborar os mapas foi utilizado o programa QGIS, versão Madeira LTR 3.4 (QGIS, 2019), sendo estabelecido como datum o 148


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Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS-2000, 2019) e a projeção cartográfica Universal Transversa de Mercator (UTM), fuso 24S. A gestão dos dados espaciais do mapeamento do uso e cobertura do solo foram disponibilizados pelo Fórum Florestal da Bahia (2018) a partir de arquivos vetoriais com a escala 1:25.000 para o ano 2000 e, como não existia para o ano 2010, 2013 por ser a informação mais próxima. Para definição das cores das receptivas classes/ou usos da terra seguiu-se como padrão os Manuais Técnico de Uso da Terra (2013) e Vegetação Brasileira (2012), ambos de autoria do IBGE. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi possível gerar imagens da região para o ano 2000 e 2013 (Figura 1), identificando os principais usos da terra. Na literatura, existem poucos registros sobre a dinâmica do uso e cobertura da terra em Porto Seguro (BA), em especial no distrito Vale Verde. Sabe-se que a vida da área rural, em parte, é resultante das diferentes formas de uso e ocupação do solo, e que as ações antrópicas interferem no desenvolvimento natural e na transformação desse ambiente, podendo levar a deterioração natural e diferentes formas de uso e emprego (ROMÃO; SOUZA, 2011). Para o ano de 2000 (Figura 1A), foi possível identificar 11 usos: (1) pasto/agricultura anual - 55,58%; (2) vegetação florestal inicial/media - 30,80%; (3) cabruca - 4,26%; (4) agricultura perene - 3,40%; (5) vegetação florestal avançada 2,22%; (6) plantio de eucalipto - 2,04%; (7) comunidade aluvial - 0,67%; (8) corpos d´agua - 0,53%; e (9) outras classes - 0,35%; (10) área urbana - 0,06%; (11) mineração - 0,02%. Treze anos depois (2013, Figura 1B), houve um aumento de 7 (sete) áreas, totalizando 18 tipos de ocupações: (1) pastagem 41,18%; (2) floresta ombrófila densa estágio inicial - 18,80%; (3) pastagem abonada - 12,64%; (4) floresta ombrófila estágio médio - 10,03%; (5) cabruca - 4,14%; (6) seringal - 3,59%; (7) culturas prementes não florestais - 3,38%; (8) silvicultura - 2,18%; (9) culturas temporárias 1%; (10) formação fluvial ou lacustre - 0,67%; (11) floresta ombrófila aluvial - 0,64%; (12) corpos d´agua - 0,61%; (13) mamão - 0,34%; (14) café - 0,21%; (15) coco 0,20%; (16) área urbana - 0,15%; (17) área degrada - 0,02%; e (18) floresta ombrófila densa - 0,001%.

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Figura 1. Uso da terra no distrito de Vale Verde (Porto Seguro

BA) no ano 2000

(A) e 2013 (B).

Fonte: elaborado pelos autores (2020).

Uma paisagem pode ser definida como uma porção do espaço resultante da combinação dinâmica dos elementos físicos, biológicos e humanos, os quais, interagindo entre si, formam um conjunto único em desenvolvimento (CEMIN et al., 2009). Observa-se que, depois de uma década, os principais usos estão voltados para a agropecuária, sendo que a maior área continuou destinada para pastagens, com redução de uso em 14% que com o passar do tempo foram abandonadas.

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Uma das novidades que apareceu no ano de 2013 foi a denominação trata da exploração de árvores para fins comerciais, sociais e/ou ambientais (BARROS, 2021). No ano 2000 não havia esse uso, sendo observado neste aspecto de monitoramento adotou essa denominação ampla, deveriam estar inseridos neste os dados o seringal (3,59%) e a cabruca (4,14%). Assim sendo, 10% da área do distrito era para exploração de árvores. Ainda neste sentido, considerando a dinâmica da paisagem ecológica do distrito de Vale Verde, destacam-se as áreas destinas a cabruca, sistema agroflorestal tradicional da região que maneja principalmente a cultura do cacau sob o dossel de árvores nativas da Mata Atlântica, nota-se a manutenção das áreas destinadas a este fim permaneceram intactas, apesar dos incrementos e variações de outros cultivos. No tocante as problemáticas da cobertura do solo, nota-se o aparecimento de áreas de pastagens abandonadas (12,64%) e de espaços considerados degradados (0,02%), provocando fragmentação da área florestada. Cabe frisar que houve um incremento de novos produtos na matriz agrícola do distrito, com a inserção de monocultivos como café, mamão e coco. Percebe-se também um crescimento demográfico na região do estudo (0,12%). O distrito de Vale Verde reflete a história da região de Porto Seguro, a qual se confunde e inicia com o Descobrimento do Brasil, que vai desde a exploração inicial do extrativismo de pau-brasil. Com o passar do tempo, o município, isolado, sobrevivia basicamente da pesca, do corte da madeira e da agricultura de subsistência. A exploração madeireira continuou na região, em um primeiro momento, através do ciclo de extração e exportação de madeiras nobres, contribuindo efetivamente para a devastação da Mata Atlântica na região, e, substituição desta por grandes áreas de pasto; e, num segundo momento, pela atividade turística depois da década de 1970 (ARAUJO; SILVA, 2000). Conhecer a dinâmica da região é importante. Tais dados, além de fornecer as informações necessárias para o reconhecimento da estrutura da paisagem, da organização espacial dos elementos que compõem a paisagem e da análise das 151


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pressões socioeconômicas atuais, possibilita ainda a compreensão da magnitude das mudanças e o período em que elas ocorreram; e, além disso, torna viável a determinação dos vetores e tendências das pressões sobre os espaços naturais (SEABRA; CRUZ, 2013). Assim, as informações geradas do distrito de Vale Verde podem auxiliar as atividades de planejamento dos atores que agem na tomada de decisões do município, pois podem ser instrumentos importantes que auxiliam o planejamento regional do ponto de vista ambiental e social. CONSIDERAÇÕES FINAIS O emprego do sensoriamento remoto para a construção de mapas de uso e cobertura do solo no distrito de Vale Verde (Porto Seguro - BA) foi relevante para identificar o destino do uso da terra, sendo que no espaço temporal de uma década, as áreas para pastejo foram as maiores. É importante que novos estudos contribuam com a temática apresentada neste capítulo, complementando as informações fornecidas por este estudo, para compreensão histórica e fonte para decisões pelo poder público. AGRADECIMENTOS A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia

Fapesb, ao Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA e à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação - PRPGI / IFBA por apoiar e dar suporte a esta pesquisa. A profa. Me. Ivaneide Almeida da Silva pelos esclarecimentos sobre a história de Porto Seguro (BA) e do distrito de Vale Verde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, Cristina Pereira de; SILVA, Sérgio Bernardes da. As duas Porto Seguros. In: VALENÇA, Márcio Moraes. CAVALCANTE, Gilene Moura. (org.). Globalização e Marginalidade: transformações urbanas. Natal: EDUFRN, 2008. ISBN: 978-827273-392-2. BARROS, Talita Delgrossi. Silvicultura. Árvore do Conhecimento Agroenergia. EMBRAPA - Parque Estação Biológica. Disponível em: < https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fmcbqc wh02wyiv80kxlb36vbkge01.html>. Acesso em: 30 de mar. 2021. CANCELA, Francisco. A presença de não-índios nas vilas de índios de porto seguro: relações interétnicas, territórios multiculturais e reconfiguração de 152


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identidade reflexões iniciais. Espaço Ameríndio, v. 1, n. 1, p. 42-61, 2007. Disponível em: <https://doi.org/10.22456/1982-6524.2545>. Acesso em: 15 de jan. 2020. CEMIN, Gisele; PERICO, Eduardo; REMPEL, Claudete. Composição e configuração da paisagem da sub-bacia do arroio jacaré, Vale do Taquari, RS, com ênfase nas áreas de florestas. Revista Árvore, v. 33, n. 4, p. 705-711. Disponível em: < https://doi.org/10.1590/S0100-67622009000400013>. Acesso em: 10 de fev. 2020. FITZ, Paulo Roberto. Geoprocessamento sem complicação: trajetória, limites e perspectivas. 8. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. 242 p. (Educação contemporânea). ISBN 8585701455. FÓRUM FLORESTAL DA BAHIA. UFSB. Mapeamento do uso e cobertura do solo dos 23 municípios do Sul da Bahia. Escala 1:25.000. Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB 2018. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, 272p. ISBN: 9788524042720. Disponível em:< https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/bibliotecacatalogo?view=detalhes&id=263011>. Acesso em: 07 de ago. 2020. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual Técnico de Cobertura e Uso da Terra. Rio de Janeiro, 2013, n7, Ed 3ª, 155 p. ISBN: 85·240·0677-3. Disponível em:<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv8199.pdf>. Acesso em: 10 de ado. 2020. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Bases cartográficas 2016. Disponível em: <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/basescartograficas/malhas-digitais> Acesso em: 14 fev. 2019. IBGEa - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-epecuaria/21814-2017-censo-agropecuario.html?=&t=o-que-e >. Acesso em: 03 de mar. 2020. IBGEb Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Porto Seguro Bahia - BA. Biblioteca IBGE. 2p. 2007. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/portoseguro.pdf>. Acesso em: 02 de mar. 2020. IBGE CIDADES. Brasil/ Bahia/ Porto Seguro. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/porto-seguro/panorama>. Acesso em 03 de mar. 2020.

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