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i N s t a n t e s F e s t i v a l
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P o r t u g a l
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V a u t r i n
D i n a m a r c a
M a f a l d a P ORTUGAL
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© Jorge Pinti Guedes
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É algo da idade do mundo, certamente. A maledicência é um “desporto” dos mais practicados e, se houvesse um “ranking” estabelecido, estou convencido que estaríamos melhor colocados que a selecção nacional de futebol e até teríamos alguém com mais prestígio que o próprio CR-7. É tão mais fácil e interessante apontar o que está mal que elogiar o que foi bem feito! Só para enquadrar o que pretendo transmitir veja-se o recente caso “picante” do livro sobre os pecadilhos sexuais dos políticos ou o sucesso da CMTV. Agora passemos à fotografia: é fácil e tão divertido “cascar” nos que usam e abusam dos filtros, dos sistemas de edição, das imagens “pimba”, dos enquadramentos simplórios… Também é fácil criticar aqueles que publicam livros porque a qualidade dos trabalhos é fraca, porque a linguagem estética é pobre, porque a abertura não devia ter sido aquela, porque a lente não é a apropriada, porque, porque, porque… A verdade é que esses que acima referi são os que têm coragem de o fazer e de o mostrar aos demais sem medo e sem vergonha e só por isso devem ser encorajados porque só assim podem evoluir em vez de, muitas vezes, desistirem por manifesto desalento ou desapontamento. Eles sabem que não são os melhores e talvez secretamente sonhem em ser o grande fotógrafo que nunca virão a ser. Mas talvez lhes baste um pouco de atenção e de “mimos” na forma de uns quantos “likes” ou na aquisição de um livro para se sentirem bestialmente contentes e realizados. De resto é tudo uma questão de perspectiva porque nada é assim tão mau nem nada é extraordinariamente bom nem ninguém tem o direito de julgar ninguém. Se se gosta manifeste-se porque isso é bondade e gentileza. Se não se gosta, passe-se à frente e já está! Ou, como disse Legendre, “laissez faire, laissez aller, laissez passer”, que significa literalmente “deixai fazer, deixai ir, deixai passar”.
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Jorge Pinto Guedes D i r e c t jpg@mindaffair.net
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Distância Focal: 18mm · Exposição: F/5.6 1/125 sec · ISO400 · © Thomas Kettner
Distância Focal: 18mm · Exposição: F/5.6 1/125 sec · ISO400 · © Thomas Kettner
Uma só objetiva que traz ao seu alcance todos os pormenores preciosos da vida. Uma só objetiva que traz ao seu alcance todos os pormenores preciosos da vida. Uma só objetiva que traz ao seu alcance todos os pormenores preciosos da vida.
Distância Focal: 18mm · Exposição: F/5.6 1/125 sec · ISO400 · © Thomas Kettner
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* Dentro das objetivas intermutáveis 18-200mm para câmeras DSLR APS-C com O.I.S. (fonte: Junho 2015: Tamron) ** O encaixe Sony não inclui estabilizador VC porque os corpos DSLR da Sony DSLR integram estabilizador de imagem.
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capa
F i l i p e P. N e t o em
Arte Fotográfica Internacional
iNstantes Festival 2016
ano XVIII número 85 outubro 2016 ................................................................................................................... € 15,00 _ União Europeia € 18,00 _ Resto do Mundo ................................................................................................................... S o c i ed a de Ges t o r a Rev i s t a Mindaffair, lda NI F : 509 462 928
e d i t o r i a l
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Jorge Pinto Guedes
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Morada Avª de Itália, nº 375-A-1º 2765- 419 Monte Estoril • Portugal
n o t a s / b r e v e s José Loureiro Photography
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T l f / F a x : + 351 216 095 542 E - m a i l : blueray.jg@gmail.com ...................................................................................................................
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a r t i g o / Celestino Santos a r t i g o / Paulo Roberto imagem com palavras
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D i r e c ç ã o Ge r a l Maria Rosa Pinto Guedes mrosa.br@gmail.com +351 969 990 442 Director Jorge Pinto Guedes jpg@mindaffair.net +351 936 728 449 S k y pe : jorgepintoguedes A r t e & D es i g n Marcelo Vaz Peixoto marcelo.vaz.p@gmail.com Tr ansl ations Pedro Sampaio psv@mindaffair.net ................................................................................................................... P e r i o d i c i d a de : Mensal Re g i s t o E RC n º 125381 D ep ó s i t o Le g a l n º 273786/08 ................................................................................................................... É proibida a reprodução total ou parcial de imagens ou textos inerentes a esta edição, sem a autorização expressa do Editor. As opiniões expressas nesta revista são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não têm que reflectir a opinião do editor.
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Em Outubro continuam os lançamentos da Colecção “Olhar Português” A Colecção “Olhar Português” tem vindo a grangear um assinalável sucesso entre autores e entre os amantes e seguidores dos trabalhos fotográficos mais expressivos da web. São para cima de uma dezena e meia os autores que têm os seus livros em várias fases de edição pelo que nos próximos meses esperam-se mais uns quantos lançamentos. Os mais recentes vamos dar conta abaixo.
F e s t i va l i N s ta n t e s_2016 O Catálogo – pelo terceiro ano consecutivo a Almalusa foi a escolhida para editar e publicar o catálogo deste festival de fotografia, cada vez maior e mais importante no panorama nacional e internacional. Mais que uma simples recensão entendemos dedicar-lhe uma série de páginas nesta edição da revista, apresentando trabalhos de todos os fotógrafos expostos.
Um pouco de mim Sorrisos do Olhar de A c á c i o Co s ta
de C ele s t e Cintrão
O meu olhar de Joaquim Mat e u s
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3 novos produtos A Tamron anunciou, no passado dia 1 de setembro, o lanรงamento de 3 novos produtos: A nova objetiva Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD G2 (Modelo A022) e dois Teleconversores (aos quais dedicarei, em exclusivo, brevemente um outro artigo), particularmente pensados para, entre outras objectivas da nova gama de objetivas da Tamron, serem utilizados com esta Ultra-Teleobjectiva.
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Segundo a marca, a qualidade óptica, de construção e os acabamentos, inserem-se num nível superior ao da anterior versão (Modelo A011).
da “Nova era” entretanto já lançadas, as diferenças vão bem mais além...
Quanto à nova 150-600mm, segundo o “press release” que recebi, as inovações em relação ao anterior modelo são algumas... A começar pelo novo design que é, nesta nova Tele, coerente com o aspeto generalizado das objectivas
Apesar das características técnicas parecerem idênticas (como se pode confirmar na tabela abaixo, as diferenças mais relevantes prendem-se com a distância mínima de focagem e o peso), as diferenças mais importantes estão, além da adaptação ao novo conceito estético implementado pela marca, no seu recheio!
Assim, segundo as informações disponibilizadas pela Tamron existem 10 grandes alterações/inovações em relação à anterior versão que vou tentar descrever muito sumariamente:
que cobre a superfície das lentes e que possibilita uma maior transmissão de luz e melhoramentos anti-reflexos. • BBAR (Broad-Band Anti-Reflection) - revestimento destinado à diminuição dos reflexos e efeitos “fantasma”
1.
A renovação estética do modelo e implementação de uma nova construção óptica de 21 elementos em 13 grupos, permite, associado à integração de 3 desses elementos de baixa dispersão, eliminar praticamente as aberrações cromáticas.
2.
A utilização dos novos revestimentos ópticos: • eBAND (Extended Bandwidth & Angular-Dependency) - revestimento nano-estrutural
3.
Redução da distância mínima de focagem face ao modelo anterior, de 2,7 para 2,2 metros, permitindo a captura de fotos a pouca distância com maior aumento final.
4.
Melhoria do sistema de focagem USD (Ultra Sonic Drive). Agora com maior rapidez e precisão de focagem.
5.
Incremento da capacidade de estabilização. O sistema VC (Vibration controle) consegue, neste modelo
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equivaler a 4,5 f/stops e possibilita três diferentes modos de funcionamento: • Modo VC 1 - modo standard- para um equilíbrio entre a imagem apresentada no visor e os efeitos finais da estabilização; • Modo VC 2 - para utilização de capturas em “Panning”; • Modo VC 3 - este modo privilegia a estabilização de imagem final na captura em detrimento da visualização que é apresentada no visor.
6.
Novo mecanismo “FLEX ZOOM LOCK” que permite fixar o anel zoom (distância focal) em qualquer posição.
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Melhoria dos revestimentos e selagem para fazer frente a condições de tempo adversas. O elemento óptico frontal recebe também um revestimento Fluor que repele água e poeiras.
8.
Diafragma electromagnético. Maior precisão e controle da entrada de luz.
9.
Novo suporte de tripé compatível com o sistema “Arca-Swiss”.
10.
Compatível com a “Tap Console” para personalização de parâmetros pelo utilizador.
Dito isto, pela parte que me toca, conhecendo e utilizando frequentemente o modelo A011 (que me tem proporcionado bons resultados) fico ansioso de experimentar este novo modelo “G2” (modelo A022)! O preço de lançamento no nosso país já é conhecido: € 1.599,00. Algo mais elevado que o do anterior modelo... mas as inovações prometem e a marca costuma cumprir o que anuncia. Infelizmente, as primeiras unidades só devem chegar a Portugal em meados ou finais de outubro pelo que me foi dito diretamente pela representante... lá ficámos a aguardar! A ser assim, chegam mesmo a tempo duma das melhores alturas do ano para a utilização em Fotografia de Natureza - especialmente para a fotografia de Aves! Assim que houver novidades, vou dando notícias! José Loureiro _11
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F e s t i val In t ernac i o nal d e F oto graf i a d e Av i n t e s
A decorrer entre 30 de Setembro e 30 de Outubro a edição 2016 deste Festival conta com fotógrafos oriundos de Portugal, Espanha, Brasil, Roménia, México, Roménia, Indonésia e Venezuela. Já com ramificações garantidas para a América do Sul e para alguns países da Europa este festival apresenta, para além dos fotógrafos convidados, música, poesia, workshops, conversas com fotógrafos, apresentação de livros, filmes sobre fotografia, apresentação de material fotográfico e exposição de livros de fotografia numa clara integração das várias artes. Nas páginas seguintes apresentamos uma selecção de imagens dos fotógrafos presentes. Para mais informação: w w w . i n s t a n t e s f f a . c o m
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Inge Vautrin nasceu e cresceu na Dinamarca, mas actaulmente vive em Oklahoma City, EUA. Inge é membro ativo do Oklahoma Camera Club e da Associação Fotográfica dos EUA. Ela sempre encontrou uma enorme satisfação na fotografia. Através do incentivo e inspiração de outros fotógrafos, evoluiu nas suas habilidades autodidatas e alcançou vários novos patamares. Inge recebeu numerosos reconhecimentos e prémios quer a nível local quer a nível internacional para as suas imagens. Depois de apenas alguns anos como fotógrafa profissional, ela é chamada frequentemente por outros fotógrafos por via da sua perícia e capacidade de aconselhamento. Inge já foi júri de várias competições internacionais de fotografia e foi por duas vezes eleita como presidente da Exposição Anual Internacional de Fotografia de Oklahoma. Inge começou com a fotografia da natureza e, especialmente, no mundo da fotografia macro, a qual acho muito emocionante. Desde então, começou a trabalhar a arte e o desafio de captar a vida cotidiana na fotografia de rua. Ela adora trabalhar a preto e branco e assim transmitir diferentes estados de espírito através do contraste e sombras. “Uma imagem especial é aquela que captura uma situação ou estado de espírito que de outra forma passam despercebidos. Gosto de todo o processo, desde encontrar o assunto, para processamento da imagem, para compartilhar os resultados. Quando trabalho com uma imagem, gosto de enfatizar algo na foto para torná-la única e pessoal. “
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Pré-lancamento do Livro “ T o d a y L i ke n o Yes t e r d a y ” As fotografias da Mafalda têm algumas das mesmas qualidades dos sonhos - envoltas numa narrativa obscura e fragmentada, as suas personagens e emoções estão como que suspensas num tempo não linear. O seu ponto de vista transita perfeitamente da imersão de quem participa activamente numa narrativa para a observação como um elemento exterior. Dualidade e paralelos acontecem frequentemente de uma forma subtil: luz e escuridão, contrárias mas juntas, formas humanas que imitam as da natureza, momentos ternos de intimidade e amor profundamente marcados por melancolia - como um olhar para trás nostálgico para algo que foi destruído; um olhar saudosista de alguém que observa estes momentos tão privados e os regista como uma memória - ou terão sido imaginados? masculino e feminino - capturados com um olhar terno e como se olhássemos para corpos que são semelhantes, com traços idênticos, quase sem género e abstractos. Acima de tudo, existe um amor obvio pelos sujeitos retratados. Nascida em Portugal, a Mafalda trabalha em Londres e vive na terra dos sonhos.
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P r é - l a n ç a m e n t o d o 1 º V o l u m e d a C o l e c ç ã o “ Pa i x ã o p e l o P r e t o & B r a n c o” com direcção editorial de LItó Godinho B i o g ra f ia Fernando Barnabé, que adopta o nome artístico de Ezequiel, nasce em Alvor, Portugal, em Janeiro de 1958. Ingressa na Câmara de Lisboa em 1985 como escriturário, mas, a necessidade de descobrir os meandros do psiquismo humano, leva-o a percorrer os caminhos da Psicologia Clínica, concluindo os seus estudos no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (2001) sendo atualmente técnico superior de Psicologia no Regimento de Sapadores Bombeiros da Câmara Municipal de Lisboa. A fotografia, surge como uma extensão da sua atitude questionadora perante a vida, perante o ser e as suas circunstâncias, o que o leva a calcorrear preferencialmente a cidade de Lisboa, onde procura rostos e momentos, que são no fundo, a projeção da sua interioridade. Olhares na Cidade, é pois, um diálogo entre o seu próprio olhar e os vários olhares que se insinuam a cada passo na grande urbe lisboeta. Alguém que espreita pela janela, um rosto e um olhar diluídos no vazio, ou tão só alguém que passa subindo a calçada. É esta dimensão humana que o autor procura narrar; porque as pessoas e as suas vivências, são-lhe caras e serão sempre a sua primordial fonte de inspiração.
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O PA D R E A G OSTI N H O É hoje, e aqui na DP Arte Fotográfica, que vou registar algumas palavras das muitas que terei que registar acerca desta figura, que os leitores da edição, não sabem de quem se trata, mas que eu enquanto colaborador portador de opinião faço questão em que perdure este registo. São coisas genuínas de pessoas invulgares e cheias de humildade e sentimento ao próximo. PRESTO A MINHA HOMENAGEM àquele que enquanto Padre e Homem marcou a minha vida profissional e humana. Penitencio-me e sinto a tristeza comigo de o não ter acompanhado na fase final da sua existência viva. É agora! É logo! É amanhã e o tempo passou, e o Padre Agostinho partiu!.. Ficou comigo a grave falta da falta da minha presença em algumas visitas... É isto a vida, nunca temos tempo. Nem para a família, nem para os amigos, nem para nós próprios!..
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Voamos no tempo como pássaros desnorteados e espavoridos nos ares deste mundo louco e moderno. Sufocado na globalização tecnológica. Aquele que dizia tantas vezes; “ A vida não significa nada, na vida que nos está destinada...” Ouvi-lhe vezes sem conta estas verdadeiras palavras perante os noivos que recebiam dele o sacramento do matrimónio. Eu não as esqueço e estou certo que tantos que as ouviram também as lembram sempre. Eram palavras simples mas duma dimensão capaz de abarcar o mundo. Palavras simples para gente simples entender. Perante o casal de noivos e convidados; “Rapazes estão aqui hoje rodeados de amigos, porque há festa e porque há que comer, vamos ver se estarão todos nas horas em que precisardes deles … nesses dias todos vão também ter um qualquer problema! Sabeis querido casal, somos todos muito loucos e o homem não perde a mania que é o maior...e que tudo vence, mas ninguém existe SÓ. Temos que pensar que a vida nos é tirada por uma simples casca de laranja!... É verdade, pensai bem!!!
O homem o todo poderoso, rico e cheio de ganância, todo cheio de não preciso dos outros, caminha escorrega na casca de laranja, bate mal com a cabeça e pronto já está todo o poder morto por uma simples casca onde escorregou e bateu mal,,, Exemplos de palavras como estas, sábias e cheias de realismo e visão não esqueço nem devíamos esquecer. Enquanto Profissional da Fotografia encerro comigo histórias verdadeiras de pessoas fabulosas registadas nos bastidores das cerimónias a que assisto, ninguém está á espera que vá relatar a minha vivência de mais de cinquenta anos nos vários palcos por onde passo e dos seus interlocutores, como também o não farei da minha vivência social do meu dia a dia com as pessoas desde a barriga das mães até ás várias fases da vida. Mas acredito que certamente pensarão que seria um verdadeiro livro cheio de verdade e realidade, sem ter que recorrer a “mexericos” descrevendo as vidas pessoais e intimas de quem connosco faz o seu percurso. Não terei talento para tanto, mas tenho matéria real e vontade.., Por isto nunca é tarde!...
OBRIGADO PADRE AGOSTINHO, Do Senhor Jesus do Carvalhal, Bombarral... Abril de 2010 Tantas coisas conversamos e falamos Padre Agostinho!... “Olha Celestino eu, ( ISTO A PROPÓSITO DAS EXIGÊNCIAS NOS BAPTIZADOS...) batizo todos os que me aparecem, porque os filhos não tem culpa das vidas que os pais fazem ou tiveram. Deus trouxe-os ao mundo e eu batizo-os, em nome do pai, do filho e do espírito santo. Deus concebeu-me assim, será assim que eu faço e ele há-de perdoar-me!...” Acredito que sim que esteja em paz e sirva de reflexão a muitos hoje para alivio de muitos pais. _ Celestino N. F .Santos
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M u d am - s e a s v o n t a d e s c o m o s t em p o s A nova fotografia de casamentos (e social) tem um “grafismo” mais fresco e “limpo”, muito próximo da moda, da publicidade e também do fotojornalismo. Tudo tem sido reinventado nos últimos 5 ou 10 anos. Nos Estados Unidos existe uma corrente nova de fotógrafos de casamentos que estão a ser contratados para desenvolver campanhas publicitárias para grandes marcas. Pode parecer paradoxal, se pensarmos que ainda há poucos anos a fotografia dita social era vista como uma disciplina menor, com uma linguagem “cheesy” o que basicamente significa foleira… Mas a realidade é que as coisas evoluíram para melhor. Na última edição do concurso de fotografia de casamentos Top Knots – um dos mais importantes dos EUA – as imagens vencedoras nas várias categorias reflectem isso mesmo: maior importância nos “detalhes”, nas “emoções”, nos “momentos” e nas “atmosferas”. Outra “nova” tendência” à qual a conclusão não é de todo alheia, tem que ver com o facto de cada vez mais fotógrafas se dedicarem a esta área da fotografia. Penso sinceramente que a sensibilidade feminina tem aqui um peso fundamental em toda a construção estética e visual. Esta nova “onda” fotográfica leva-nos a pensar numa questão que venho abordando nas minhas aulas e que se prende com a diferença entre o fotografar porque ou o fotografar para quê, i.e. o que importa não é tanto o clicar no botão no modo Rambo (disparar e disparar tendo como único fim aprovisionar imagens que depois logo se vê o que dá) mas antes optarmos pelo modo Classic, que tem por base um trabalho mais conceptual, pensado e sentido. Os grandes mestres do retrato contemporâneo dos últimos 30 ou 40 anos, como Karsh ou Avedon, trabalhavam com cameras grande formato – o que os “obrigava” a ter que pensar as suas sessões de uma forma incomparavelmente diferente 100_
da reportagem do instantâneo. 75% do seu “tempo” era usado para conhecer o seu fotografado e os restantes 25% para o acto fotográfico em si (carregar a chapa, disparar o obturador, recarregar a pelicula, etc.). Claro que a fotografia social e de casamentos não se compadece com certos “tempos” mais próprios de um trabalho em estúdio. Mas o que a fotografia social actual nos transmite é essa ideia de que os momentos especiais coabitam com uma certa forma mais “tranquila” de fotografar. Ou, mais espontânea. Os tais «momentos» ficarão para sempre registados num click que é fruto – mais do se pensa – de um sentido de oportunidade, estética fotográfica e, sobretudo, envolvência com o que se está a desenvolver naquele instante. A grande lição a tirar (e a aprender) com o que se faz hoje passa por – humildemente – percebermos que nada é definitivo – muito menos a fotografia e a forma como a fazemos. Até porque as vontades mudam-se com os tempos. _ Paulo Roberto
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t e x t o i m a g e m
Os outros. Não lhes abras a porta. E esquece, esquece. Têm o seu mundo de intrigas, estratégias, parceirismo, glórias fúteis, veneno. Sê tu apenas. Esquece. Virgílio Ferreira Escritor 1916- 1996
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v i rg í l i o ferre i ra J o rge P i n t o G u e d e s
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