#65|
The Portfolios _ Os Portefólios
J o s é
P e d r o
D u r ã o
[ Portugal ]
L u i g i
d i
L o r o
[ Italy _ Itália ]
N a t h a l i e
D a o u s t
[ Canada _ Canadá ]
P a u l
S i e m e n
[ France _ França ]
Porquê partilhar?
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Partilhar uma imagem nas redes sociais é como dar fruta a quem precisa, mas não tem paciência nenhuma para descascar. A minha Tia Lena adoptou um sistema para que os dois filhos– e quem estivesse à mesa do almoço - comesse fruta. Quando se retiravam os pratos ela sem dizer nada a ninguém, começava a descascar fruta e, à medida que ia obtendo os gomos, passava-os num prato de sobremesa a um e a outro sucessivamente. Até hoje, que somos quase todos pais de família, temos que comer fruta ao almoço em casa da Tia Lena porque ela ainda trata de no-la entregue prontinha a disfrutar. A mesma estratégia foi aplicada ao Liquidimages e a esta revista. Agarramos nas imagens e partilhamo-las com milhares e milhares de pessoas nas incontornáveis redes sociais, onde as imagens lhes são, literalmente, postas à frente dos olhos. Basta clicar no link, abrir em grande já no Liquidimages.eu (protecção total da imagem) e gozar a emoção. O mesmo se passa com a revista na sua versão online grátis, que cada vez “aparece à frente” de mais pares de olhos, mais ou menos interessados no que a fotografia e os seus intérpretes tem para dar. A aplicação grátis para as Smart TV Samsung gerou mais de 60.000 downloads em 4 meses Qualquer possuidor de um aparelho destes (agora todos o são) pode tomar contacto com a fotografia pondo “a rodar” as 30 Imagens do Dia desse mês.
© Pedro Mesquita
É na partilha que está a força da fotografia, disso não tenhamos dúvidas. Sempre que alguém partilha uma imagem multiplica-se o número de visualizações drasticamente. Mais que um “like” feito “en passant” ou um comentário de circunstância, estilo “Linda!” ou “Fantástica” (quem já não o fez que atire a primeira pedra) a partilha é a melhor forma de agraciar o autor com uma mensagem do género: “Vejam, amigos meus, o que esta pessoa fez, e que me emocionou”. E isso é o bastante para fazer qualquer fotógrafo muito feliz. Isso e saber que a sua imagem anda a correr mundo. PS: Porque sou um pouco (ou muito) esotérico também “marro” com a numerologia e esta revista, a nº65 também é o meu ano de nascimento. A verdade é que os números alinharam-se e o Marcelo tornou a coisa real e ambos fizemos uma revista fantástica.
Jorge Pinto Guedes Director jpg@liquidimages.eu
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Why share?
To share an image in the social networks is like giving fruit to those in need but have no patient to peel it. Many years ago my haunt Helena invented a method that assured her sons (my cousins) and everyone at the table to definitively eat fruit. When the dishes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . were taken to the kitchen she immediately started to peel apples or pears and, putting the pieces into different plates made sure everybody would eat several pieces. If I go there today I will have the same treatment, no doubt. Inspired by her, we took the same strategy with all our media (magazines, sites, etc…) from where we share images “to whom it may concern”. We just grab the best images from each author and we simply share it with thousands of people around the globe. The images are there, all they have to do is see them. One must only click on the link to open the image on a big size on his screen and enjoy the emotions. The same goes for the magazine, on its free online version, that is growing on audience each month. Also the APP for Samsung Smart TV’s all over the EU is a huge success with more than 60.000 downloads in the first 4 months. Photography has its maximum strength through sharing because it’s a way the images can live on and on, for a very long time, not only on paper but also throughout the whole wide world. It’s not a matter of a simple “like” or click on a heart that counts. If you share you are saying to all your friends and followers that a particular image touched as much you think it will touch them. And that gesture makes its creator to go “over the top” with proud, believe me. PS: Because I am a little (or a lot) an esoteric old chap, I like to be very alert with this numerology thing and
© Jorge Pinto Guedes
this issue is #65, the year I was born. Now I know Marcelo, our chief- designer, made it real. The numbers match and we made an outstanding issue.
Arte Fotográfica Internacional Year 6 | Issue 65 | April 2014 ........................................................................... Price € 15,00 (EU) | € 18,00 (Resto do Mundo) ...........................................................................
capa _ cover China Dolls _ Floor Tiles título _ title Nathalie Daoust
Managment Society Mindaffair, lda | NIF 509 462 928 Avª de Itália, nº 375-A-1º 2765- 419 Monte Estoril • Portugal Tel/Fax + 351 214 647 358 | E-mail blueray.jg@gmail.com General Manager: Maria Rosa Pinto Guedes mrosa.br@gmail.com | +351 969 990 442 Director: Jorge Pinto Guedes jorgeguedes.ip@gmail.com | +351 969 990 343 Skype: jorgepintoguedes Art & Design: Marcelo Vaz Peixoto | +351 927744527
editorial by Jorge Pinto Guedes notes _ notas Mindaffair Media House & almalusa.org latest releases Lançamentos Almalusa.org & Mindaffair Media House
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IT Manager: Frédéric Bogaerts IT Consultant: Nuno Couto Technical Consultant: Carlos Vasconcellos e Sá Traduções: Pedro Sampaio | psv@mindaffair.net Digital Offset Printing: Snapbook through Xerox iGen4 /Fiery Publication: Monthly ERC Number 125381 Legal Deposite Number 273786/08 ...........................................................................
Liquidimages.eu Gallery _ Galeria Liquidimages.eu Image of the Month _ Imagem do Mês Photos of the Month _ Fotos do Mês
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The Portfolios _ Os Portfólios José Pedro Durão Luigi di Loro Nathalie Daoust Paul Siemen
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Opinion by Paulo Roberto _ Opinião de Paulo Roberto Shooting Atmospheres Fotografar Atmosferas
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Opinion by António Camilo _ Opinião de António Camilo Changes Mudança
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Opinion by Celestino Santos _ Opinião de Celestino Santos Belfies are the brand new Selfies As “Selfies” já dão lugar às “Belfies”!
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Images with Words _ Imagem com Palavras de Fátima Marques
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Total or partial reproduction of images or texts pertaining to this or other issues of the magazine is prohibited without the express permission of the publisher. The opinions expressed in this magazine are solely those of their respective authors and do not have to reflect the views of the publisher.
Arte Fotográfica Internacional Ano 6 | Número 65 | Abril 2014 ........................................................................... Preço € 15,00 (UE) | € 18,00 (Resto do Mundo) ........................................................................... Sociedade Gestora Revista Mindaffair, lda | NIF 509 462 928 Avª de Itália, nº 375-A-1º 2765- 419 Monte Estoril • Portugal Tlf/Fax + 351 214 647 358 | E-mail blueray.jg@gmail.com Direcção Geral: Maria Rosa Pinto Guedes mrosa.br@gmail.com | +351 969 990 442 Director: Jorge Pinto Guedes jorgeguedes.ip@gmail.com | +351 969 990 343 Skype: jorgepintoguedes Arte & Design: Marcelo Vaz Peixoto | +351 927744527 Gestor de TI: Frédéric Bogaerts Consultor de TI: Nuno Couto Consultor Técnico: Carlos Vasconcellos e Sá Translations: Pedro Sampaio | psv@mindaffair.net Impressão Offset Digital: Snapbook em Xerox iGen4 /Fiery Periodicidade: Mensal Registo ERC nº 125381 Depósito Legal n.º 273786/08 ...........................................................................
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É proibida a reprodução total ou parcial de imagens ou textos inerentes a esta edição, sem a autorização expressa do Editor. As opiniões expressas nesta revista são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não têm que reflectir a opinião do editor.
NOVO NOVO
DistânciaDistância focal: 600mm focal: 600mm Exposição: Exposição: F/9 1/100 F/9sec 1/100 ISO800 sec ISO800
UmUm passo passo à frente à frente
SP SP150-600mm 150-600mm F/5-6.3 F/5-6.3 Di Di VCVC USD USD
Capture Capture imagens imagens luminosas luminosas e nítidas e nítidas ao longo ao longo dos 600 dos mm. 600 mm. Com tecnologia ótica de ponta, motor de focodeautomático silencioso ultrassônico (USD),(USD), Com tecnologia ótica de ponta, motor foco automático silencioso ultrassônico mecanismo de compensação de vibração, o nosso zoom elegante pode levá-lo mais perto mecanismo de compensação de vibração, o nosso zoom elegante pode levá-lo maisdo perto do extraordinário. extraordinário. Modelo Modelo A011 A011 Objetiva Objetiva Di concebida Di concebida para câmeras para câmeras SLR com SLR formatos com formatos APS-CAPS-C e full frame, e full frame, com paracom parasol compatível sol compatível com oscom seguintes os seguintes encaixes: encaixes: Canon,Canon, Nikon, Nikon, Sony* Sony* modelo nãoSony inlcuinão VC,inlcui dadoVC, quedado os corpos que osdas corpos câmaras das câmaras já têm a função já têm a função de de * O modelo * OSony estabilizador estabilizador de imagem. de imagem. O modeloOSony modelo temSony comotem designação como designação a objetivaa"SP objetiva 150-600 "SP 150-600 mm f/5-6.3 mm Dif/5-6.3 USD".Di USD".
www.robisa.es www.robisa.es www.tamron.es/pt www.tamron.es/pt
Registro en: Registe aRegistro Registe sua objetiva aen: sua em: objetiva em: www.5years.tamron.eu www.5years.tamron.eu
Mindaffair Media House & almalusa.org latest releases February and March were prolific months for the photography book releases made by Mindaffair Media House and its online publication site, almalusa.org. In fact five releases took place in several different parts of Portugal. Due to the new sustainable publication method developed by Mindaffair, five authors saw their works being kept and registered for a long time. Here is the report: Hugo Só: February the 15th, in Galeria de Arte da Costa da Caparica, Hugo Só, a talented Portuguese architect and photographer launched his first book regarding his retrospective work, entitled “Mar Português”. At the same time an exhibition was opened by Luís Nascimento, the Cultural Consellor of Almada City. Lots of friends and admirers went by to have a signed book and also some prints of the incredible photos Hugo generally shows. José Melim: “Instantes”, the book by José Melim, a teacher and experimented photographer from Oporto city was presented to the public at February 22, in Club 3 C, very near by Clérigo’s Tower, a city icon. With a big and very mindful assistance, Melim’s work was presented by a very accurate follower, José Manuel Teixeira, which was supported by a Show reel with images from the book. Luís Lobo Henriques: First in Lisbon then in Leiria, Luís Lobo Henriques launched his book, “Corpo, Luz e Alma” with the assistance of quite a few national and local celebrities. He has a very consistent and promising work and that shows on the book that was very well presented by Carlos Ventura Martins, the well known publisher. Manwell Carvalho: Solplay Hotel , near Lisbon, welcomed both exhibition and book presentation of the photographic and digital works of Manwell Carvalho, from Portimão, Algarve, that took he’s outstanding work to the capital. “Abstract”, the name of the book is a remarkable job on how to see things differently. João Almeida: In Portimão, Algarve, took place the last presentation of the month wit the launch of a Black and White street photography book, by João Almeida. The work is all about João’s wanderings around his city and not only. ..................................................................................................................................................................................................................................
LANÇAMENTOS ALMALUSA/ MINDAFFAIR Em Fevereiro e Março a editora Mindaffair e o site de publicações em português Almalusa.org lançaram mais cinco livros de fotografia, integrados na Colecção Liquidimages.eu. Todos os lançamentos foram um sucesso tendo em conta o enorme esforço de todos para publicar neste período tão avesso. Contudo o modelo de publicação desenvolvido pela Mindaffair dá uma resposta cabal a todas as propostas criativas no campo editorial. Hugo Só: A 15 de Fevereiro, na Galeria de Arte da Costa de Caparica Hugo Só apresentou o seu livro “Mundo Português” a par com uma cuidadíssima exposição de uma boa parte das obras que foram publicadas em livro. Com a presença de Luís Nascimento, em representação da Câmara Municipal de Almada, os muitos amigos e familiares do autor puderam adquirir o livro e ver boa fotografia em boa companhia. José Melim: “Istantes”, o livro retrospectivo do professor e fotógrafo portuense José Melim, foi apresentado a 22 de Fevereiro, no Clube 3-C, na Cidade Invicta, bem pertinho dos Clérigos. Com uma assistência que encheu por completo a sala o evento teve a apresentação do livro a cargo de José Manuel Teixeira da Silva, com a passagem de uma projecção de imagens do livro. Luís Lobo Henriques: Primeiro em Lisboa, no dia 29 de Fevereiro, depois em Leiria, no dia 29 de Março, Luís Lobo Henriques lançou o primeiro volume da sua obra fotográfica, intitulado “Corpo, Luz e Alma”. Em ambos os eventos o fluxo de pessoas foi assinalável e muitas personalidades de várias áreas fizeram questão de estar presentes. Manwell Carvalho: O Hotel Solplay acolheu a 15 de Março a exposição e o lançamento do livro do autor algarvio Manwell Carvalho. O livro, intitulado “Abstract”, é uma restrospectiva sobre o trabalho fotográfico mas também de edição digital. João Almeida: Em Portimão foi a vez de João Almeida lançar o seu livro “Paradigmas” na presença de uma assistência atenta e dedicada, já que teve que esperar mais de uma hora para que o responsável da editora chegasse. O livro, a preto e branco, apresenta as “deambulações” do autor pelos diversos “Algarves” que só quem lá vive pode encontrar.
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008 DP ARTEFOTOGRÁFICA
sem titulo Š Carlos Figueiredo
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Simplesmente Alentejo ツゥ Vitor Santos
Winter Days ツゥ Hugo Silva
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no titile Š Sofia Azevedo
Arabian Horse ツゥ Josテゥ Alpedrinha
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Mother and son © Sofia Carvalho
Armindo © Pedro Mota
Entre a tempestade e a bonanテァa... ツゥ Carlos Figueiredo
Formoselha, Rio Mondego ツゥ Susana Monteiro
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Branca Š Rubens Campos
Guincho Light ツゥ Carlos Silva
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90 sec © Carlos Silva
no title © João Paulo Lapa
no title ツゥ Nico Ouburg 01
Strength ツゥ Pedro Leite
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no title © Pedro Mesquita
The Audition IV © Filipa Silva
no title ツゥ Nico Ouburg 02
no title ツゥ Hugo Silva
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Sentado na Cidade © Hugo Sá
Pateira de Fermentelos © Susana Monteiro
Olhares de mundo ツゥ J
no title ツゥ Josテゥ Feliciano
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Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves sem marca © João Santos
Chão em rio de céu © José Pereira
Hora de ponta ツゥ Joテ」o Paulo Lapa
sem titulo ツゥ Carlos Cardoso
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Gallareta © João Silva
Muelle Viejo © João Silva
J osé
P edro
D ur ã o
The Alchemy of the Form
A Alquimia da Forma
In a prerelease we are proud to present a very personal selection of the photography book “.jpd”, from José Pedro Durão that, although it’s ready to launch, is just waiting for dates in Lisbon and Oporto cities. My criteria was the aestethic perspective on the “street photography” discilpline, so one of the best qualities of this Oporto photographer could be showcased.
Em pré-lançamento apresentamos algumas das imagens do livro “.jpd”, de José Durão que, estando pronto, aguarda datas de lançamento no Porto e em Lisboa. As imagens foram selecionadas tendo em conta a vertente estética contida na disciplina de “Street Photography”, tentando dar a conhecer as qualidades deste fotógrafo portuense.
Bio Bio José Pedro Durão was born in Oporto city, in 1951 and lived there until 2002, when he decide to move to the country side and set his base at his farm, near Douro river.
José Pedro Durão nasceu no Porto em 1951 onde viveu até 2002 ano em que resolveu radicar-se de vez na sua quinta no Douro. Com um perfil heterogéneo sempre revelou uma tendência algo exacerbada para motivações artísticas.
With an heterogeneous profile he always revealed a very happy compromise between passion and art sensitivity, wich allowed him spontaneous and temporary wanderings into the Fashion world , Graphic Arts and Photography.
Sem formação estética de base, revelou no entanto desde novo um feliz compromisso entre a paixão e sensibilidade para as artes, o que lhe permitiu deambulações itinerantes e bem sucedidas no mundo da Moda, das Artes Gráficas e Fotografia.
He studied in Barcelona with the Spanish Master Joaquin Montaner, where he took the degree in Studio Techiques with polarized light. Profesionally he is dedicated to Studio Photography, Portrait, Urban and, Interior Arquitecture and Industrial photography.
Foi aluno do Espanhol Joaquim Montaner em Barcelona onde se especializou na fotografia de estúdio com técnicas de luz polarizada. Profissionalmente dedica-se à fotografia de estúdio, retrato, arquitectura, urbana, interiores, industrial e outras.
To see more of José Pedro Durão photographic work: http://liquidimages.mindaffair.net/?u=jp@jpdstockimage.com
Para ver mais trabalho de José Durão: http://liquidimages.mindaffair.net/?u=jp@jpdstockimage.com
To view or buy his book: www.almalusa.org
Para ver ou encomendar o livro: www.almalusa.org
“Paris”
“Paris”
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“Berlim”
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“Copenhague”
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“Londres”
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“Amesterdão”
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“Amesterdão”
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“Amesterdão”
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“Copenhague”
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“Copenhague”
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“Nova York”
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“Nova York”
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“Nova York”
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“Nova York”
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“Berlim”
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“Nova York”
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“Nova York”
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“Nova York”
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L uigi
di
If nobody had explained me the theme of these photos, letting me catch by the rush they convey at first glance, I would have thought about works of a new pictorial trend, existing thanks to a bubbly mix composed by romanticism, impressionism and futurism. Light, movement, innovation are the key-words that mark these depictions, energy is instead their leitmotiv, their origin as well as their point of arrival. What does this collection of photographs represents? It’s difficult to say, probably everybody can see everything he wants in it: gathering some impressions there is who has seen a crowded side-walk in Milan, who a supermarket, on a photo taken quickly in New York. Probably, with a bit of imagination, these pictures can correspond to an infinity of representations. We have got a certainty about these images: we mustn’t analyze them trying to focus on the details, we mustn’t fossilize on fragments, we mustn’t avoid to catch them in their totality: it would be the only wrong approach to these striking photos.
L oro
Se ninguém me tivesse explicado o tema destas imagens, deixando-me antes captar o “rush” que nos atinge á primeira vista, eu pensaria em trabalhos de uma nova onda pictórica que se caracterizaria por uma mistura borbulhante composta por romanticismo, impressionismo e futurismo, tudo junto. Luz, movimento, inovação são as palavras – chave que marcam esta obra onde a energia se apresenta na vez do sujeito das imagens. O que representa esta série de imagens para nós? A resposta não é fácil, mas talvez seja porque cada um pode ver nelas aquilo que quer ou que imagina. Houve quem já visse uma multidão em Milão numa imagem feita em Nova Iorque!.. Assim, provavelmente, estas imagens, com um pouco de imaginação, podem corresponder a uma infinidade de representações. Nós temos uma certeza em relação às mesmas: não as devemos analisar ao pormenor nem tentar “fossilizar” fragmentos. Devemos, isso sim, captá-las na sua totalidade, para que elas nos apossam atingir em cheio.
“Vortici di luci” Photography: Luigi Di Loro Editor: Federico Lalla
“Luci di Natale”
“Vortici di luci” Fotografia: Luigi Di Loro Editor: Federico Lalla
“Astratto di Luci”
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L uigi
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“Donna in Rosso sulla poltrona”
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L uigi
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“Visioni Femminili”
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“Emozioni in Rosso”
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L oro
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Bonecas Chinesas China Dolls Fleeting and delicate, the body of work serves as a perspective on the young women of China, struggling to find their identity in a rapidly changing country. From one portrait to the next, we find a dreamy, impressionistic, subtle and even melancholic image that serves to illustrate, from both an historical and contemporary perspective, the women who are now uprooting themselves from former constraints. Walking on the tiles, we feel a stronger sense of presence and participation to their worlds. The ceramic tiles also re-enforce the notion of the ‘China Doll’ – fragile and delicate – suspended – and reflecting the current situation for the women of China, and the care that is needed to ensure their role in their country’s future.
Fugaz e delicado , este projecto funciona como uma perspectiva sobre as jovens da China, lutando para encontrar a sua identidade num país em rápida transformação. De um retrato para o seguinte , encontramos uma imagem sonhadora , impressionista, subtil e até mesmo melancólica que serve para ilustrar , a partir de uma perspectiva histórica e contemporânea , as mulheres que estão agora a sair fora de todas as, porventura, antiquadas proibições. Ao , literalmente, andarmos por sobre os pequenos painéis sentimos uma forte sensação de presença e participação nos seus mundos. Os revestimentos cerâmicos também reforçam a noção de “ China Doll “ - frágil e delicada - suspensa - e refletindo a situação atual das mulheres da China, e os cuidados necessários para garantir o seu papel no futuro do país.
Bio
Bio
Whether in New York, Tokyo or Berlin, Nathalie Daoust has always asserted a childlike contempt for reality. With a passion for intimacy, this Canadian photographer, born and raised in Montreal, has devoted all of her art to unveiling the secrets hidden beneath the apparent stability of life. Daoust first broke onto the scene in 1997 while photographing the themed rooms of the Carlton Arms Hotel in New York. This project, her first solo exhibition, was then published into a book, New York Hotel Story.
Seja em Nova Iorque, Tóquio ou Berlim, Nathalie Daoust sempre demonstrou um desprezo infantil para com a realidade. Com uma paixão pela intimidade , esta fotógrafa canadiana , nascida e criada no Rio de Janeiro, tem dedicado toda a sua arte para revelar os segredos escondidos por baixo da aparente estabilidade da vida . Daoust fez furor no meio fotográfico internacional em 1997, ao fotografar os quartos temáticos do Carlton Arms Hotel em Nova York. Este projecto, a sua primeira exposição a solo, foi então publicado em livro , intitulado New York Hotel Story.
Since then, Daoust has created several new conceptual projects that have taken her all over the world, from the love hotels of Tokyo, to a brothel in Brazil, to a darkroom in Sydney, to the dreamy landscape of the snow-capped Swiss Alps. Her objective as an artist is to push the boundaries of photography through experimental methods. While working with new mediums and discovering new darkroom techniques, Daoust explores the indefinable realm between truth, fantasy and the human desire of escapism.
Desde então, Daoust criou vários novos projetos conceituais que tiveram impacto mundial inegável , desde os hotéis do amor de Tóquio, a um bordel no Brasil, ou um “quarto escuro” em Sydney, até às paisagens de sonho dos Alpes suíços cobertos de neve . Seu objetivo como artista é puxar ao máximo pelos limites da fotografia através de métodos experimentais. Ao trabalhar com novos mídia e descobrir novas técnicas de câmara escura , Daoust explora o reino indefinível entre a verdade a fantasia e o desejo humano pelo escapismo.
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Paul Siemen was born in February 1966. He studied graphic design and photography at the ETPA in Toulouse and obtained the degree “Expression Visuelle” at the Ecole Estienne in Paris in 1985. From 1985 until June 2012 he have worked in graphic design, advertising, press and specialized himself in packaging. As painter or photographer, Siemen participated in several exhibitions in Bordeaux, Toulouse and Carcassonne. Even though he stopped any professional activity related to graphic in June 2012, he still takes pictures as personal practice. Actually, since that date, Siemen dedicates himself completely to the study of Traditional Chinese Medicine, martial arts and Qigong (*). He’s field of exploration is around himself, mainly the south-west of France, between the Atlantic ocean and the Mediterranean sea, though at times it takes him a bit farther afield!
A few selected pictures are on my Flickr account : www.flickr.com/photos/alentours_ailleurs//
(*) (“Life Energy Cultivation”) is a practice of aligning body, breath, and mind for health, meditation, and martial arts training. With roots in Chinese medicine, philosophy, and martial arts, qigong is traditionally viewed as a practice to cultivate and balance qi (chi) or what has been translated as “life energy”. Source: Wikipedia
Paul Siemen nasceu em França em Fevereiro de 66. Estudou Design Gráfico e Fotografia na escola ETPA em Toulouse e obteve a licenciatura em “Expressão Visual” na École Estienne, em Paris, no ano de 1985. De 1985 até Junho de 2012 trabalhou na área do design gráfico, da publicidade e na imprensa também. Mais tarde especializou-se na sub- disciplina de “packaging”. Como pintor e fotógrafo, Siemen participou em diversas exposições, nomeadamente em Bordeaux, Toulouse e Carcassone. Embora tenha cessado qualquer actividade relacionada com a área gráfica em Junho de 2012, continuou a fazer fotografia como um exercício pessoal. Desde então, Paul Siemen dedica-se exclusivamente aos estudos da Medicina Tradicional Chinesa, às artes marciais e ao Qigong(*). O seu campo de exploração, à volta de si próprio, faz-se no Sudoeste de França, entre o Mediterrâneo e o Atlântico, embora por vezes Paul vá bem para além desses limites.
Para ver uma selecção dos seu trabalhos: www.flickr.com/photos/alentours_ailleurs//
(*) “Cultivo da Energia Vital” é uma práctica que alinha corpo, respiração e mente em com vista a uma mais saudável meditação e treino de artes marciais. Com raízes na medicina chinesa, na filosofia e nas artes marciais, o Qigong é visto tradicionalmente como a melhor forma de cultivar o “qi” (lê-se Chi) ou, o que é normalmente traduzido por “Energia Vital”.
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Shooting “atmospheres” If photographing people is almost as photographing ourselves, then photographing people in location is exactly the opposite. Nothing better then letting go of ourselves and start enjoying the people, the location, the atmospheres. In 1998 I travelled through New Mexico (USA) and had the opportunity to visit a HYPERLINK “http://pt.wikipedia.org/wiki/Pow-wow” pow- wow a meeting of several tribes of natives. In this case of a nation called HYPERLINK “http://en.wikipedia.org/wiki/Mescalero” Mescalero Apache. These meetings, that we could eventually classify a bit as our pilgrimages, surround themselves with some ceremonial and religious acts, traditional dance contests, traditional music, handicrafts sales and other celebrations. I shall say that, although my desire was to photograph everything I saw, I had to understand that I should contain myself proportionally to my own outsider condition as those kinds of parties are essentially for native-Americans. Nevertheless I was welcomed by the people, the families, and the youngsters from several different places that belonged to different nations.
Cutting a long story short: almost any photographer will only obtain good quality photos if they can belong to that place. We have to belong to the places we are at. I have recently met an extraordinary photographer: Ami Vitale. Ami Vitale is a National Geographic photographer. She explains that we must integrate ourselves in the communities if we want to be there, to live there and photograph what happens inside the community. We cannot “fly” above these kinds of things. Instead we must enter and see with a photographic eye as if we are part of the cast and not a mere spectator. In 2011, when I finished a photographic work in the North Kwanza province, in Angola, I had to deal with the following question: as I was shooting an Adventist church, I was advice to the fact that my presence there could disturbed the ceremony, I understood that more importantly than my own photos, was what those people were actually doing there. I respected the act and withdraw myself from it. Right before that I had already captured the essence of the chanting and the prayers. At the end we were already part of this band and not its conductors. That is why the portraits taken on location distinguish themselves from the staged ones.
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Fotografar “atmosferas” Se fotografar pessoas é quase como nos fotografarmos a nós próprios, então fotografar pessoas em locais é precisamente o oposto. Nada melhor que «despirmo-nos» de nós e passarmos a viver as gentes, o sítio, as “atmosferas”. Em 1998 viajei pelo Novo México (USA) e tive oportunidade de visitar um HYPERLINK “http:// pt.wikipedia.org/wiki/Pow-wow” pow- wow encontro de várias tribos de índios/nativos-americanos), neste caso de uma nação HYPERLINK “http://en.wikipedia.org/wiki/Mescalero” Mescalero Apache. Estes encontros, que numa comparação desfocada poderíamos classificar um pouco como as nossas festas e romarias, rodeiam-se de alguns actos cerimoniais e religiosos, concursos de danças tradicionais, música tradicional, venda de artesanato e celebrações diversas. Devo dizer que, embora com uma vontade inusitada de fotografar, tive que perceber que deveria conter-me proporcionalmente à minha própria condição de forasteiro e, até de certa forma, intruso, pois aquelas festas são essencialmente para os nativo-americanos. No entanto fui muito bem recebido pelas pessoas, famílias, jovens índios de diversas regiões e pertencentes a diferentes HYPERLINK “http://500nations.com/500_Tribes.asp” nações. A moral da história é simples: qualquer fotógrafo só obterá as melhores fotos se conseguir fazer “parte” daquele lugar. Temos que pertencer ao site onde estamos. Conheci recentemente uma fotógrafa de extraordinária categoria HYPERLINK “http://www. amivitale.com/” : Ami Vitale. Ami Vitale é fotógrafa da National Geograhic entre muitas outras publicações de grande prestígio. Ela explica que tem que se integrar nas comunidades para poder estar lá, viver lá e fotografar o que verdadeiramente acontece. Não se pode voar por cima das coisas, por assim dizer. Temos que “entrar” e ver com olhar de fotógrafo, mas como se fossemos parte do “elenco” e não espectadores. Em 2011, quando realizei um trabalho fotográfico na província do Kwanza Norte, Angola, tive que lidar com essa questão: ao fotografar uma igreja adventista fui cuidadosamente alertado para o facto de a minha presença poder perturbar o decorrer da cerimónia. Percebi que mais importante do que a minha reportagem era o que aquelas pessoas estavam ali a fazer. Respeitei o acto e retirei-me. Antes disso tinha captado um pouco daquela “atmosfera” de cânticos e oração. Ficamos então a fazer parte de uma orquestra e deixamos de ser maestros. Por isso o retrato on location se distingue em oposição ao retrato encenado. Paulo Roberto
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DP ARTEFOTOGRÁFICA 093
Changes New times, new attitudes. I have heard that Portuguese expression for ages and it was used very often although, nowadays, people just don’t use it any longer. Change is a part of the world, part of the nature, of life itself so it’s a part of us all. Subconsciously we associate change to something positive, like the expression “evolution” that we immediately associate to something positive. But it’s nothing like that. Cancer also evolves e normally to a worse condition.
We surely are living some weird times where people seems like they have been caught on several simultaneous crossfire situations. Every change has a direct consequence and I think that almost everything that took place in our society for the last 15 years it’s malefic. Education, justice, government agendas, sexual education, religion, family behavior, employment and healthcare, to name the principal. The most serious is the feeling that we can only really see the dark consequences in about 20 years from now. Also in the professional photography area we felt the changes, and they came on strong, I can assure, with a “little- big help” from our government. Very soon now all the photographic industry (photographers, laboratories, retail companies, import companies, etc) will be as Jurassic as the traces of the real dinosaurs we have in Lourinhã, Portugal. The serious crisis we’ve been through came to help on the burial. But what scares me the most is the attitude of lots of clients that insist in not recognize the professional work, as the photographer doesn’t have a career, lots of experience that assures really nice and serious works. Instead people prefer the fantastic new camera of the wife’s brother, a promising photographer, especially since he opened activity on Facebook putting the word “photography” at the end of he’s name. It took us one hundred years of evolution to suddenly get back to the medieval age. Spending our time trying to reform the reforms is not a sustainable future. If we believe we are self-sustainable and the Web solves everything else than, we shall be near the black hole in no time. No more doctors will be needed since we can put our organs to the judgment of a computer, the musicians will cease to compose and no more teachers will be required. And, for what I can see, photographers are so much dispensable as gas station workers or the toll boxes people at the highways, who we could, once, say good morning. When we are all unemployed and everything will implode perhaps some geek can come out with some kind of APP or some kind of “Reset” so the world can start again, changed and new.
Mudança Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Durante anos a fio ouvi esta expressão que era exaustivamente utilizada mas que parece ter caído em desuso. A mudança faz parte do mundo, da natureza, da vida, de nós. Subconscientemente associamos sempre a “mudança” a algo que é positivo, é tal qual a expressão “evolução” também imediatamente associada a algo que é positivo. Mas não, não pode nem deveria ser. O cancro também evolui e normalmente é sempre para pior. As coisas mudam e na maior parte das vezes de forma negativa.
Vivemos tempos estranhos em que as pessoas parecem ter sido apanhadas por diversos fogos cruzados de diversas guerras diferentes ao mesmo tempo. Todas as “mudanças” têm consequências directas e na minha modesta opinião o que tem ocorrido nos últimos 15 anos tem sido nefasto em todos os níveis. Educação, justiça, formas e conteudos de governo, sexo, religião, famílias e novas formas de famílias, emprego e saúde. O mais grave é que só daqui por 20 anos todos teremos a real percepção e entendimento sobre a dimensão da catástrofe que se abateu e abaterá sobre todos nós. Também na área profissional da fotografia se sente e de que maneira toda uma “mudança” muito grave ainda por cima acolitada por estes dois últimos governos. Dentro em breve os profissionais da fotografia (fotógrafos, laboratórios, armazéns de revenda, importadores, representantes, etc, etc) serão tão jurássicos como os dinossauros da Lourinhã. A grave crise dos últimos quatro anos também veio ajudar ao enterro. Mas muito sinceramente a “mudança” que mais confusão me faz é a das pessoas e dos clientes dos fotógrafos ou lojas de fotografia (clientes particulares ou empresas). Hoje ninguém parece reconhecer as verdadeiras e grandes diferenças entre amadores e os bons profissionais, ninguém parece reconhecer os conhecimentos e os esforços colocados pelos profissionais ao seu serviço, ninguém parece valorizar todo um passado e toda uma relação criada durante anos, actualmente fidelizar clientes parece utopia, hoje parece estar tudo no mesmo saco e já nem em plano de igualdade se está pois somos preteridos por um curioso familiar ou pelo filho do administrador da empresa. Andámos cem anos a evoluir para que em quinze à idade média voltar. Passarmos a vida a mudar e a reformar as reformas não é o caminho, não é isso a verdadeira evolução, não é isso uma positiva mudança. Se todos começarmos a achar que somos auto suficientes a tudo e que a Internet tudo resolve, traçaremos um caminho que só acaba no abismo. Deixam de ser necessários médicos pois pomos os nossos sintomas no computador e ele dá a receita, deixam de ser necessários professores visto tudo o que precisamos de aprender estará exposto online, os músicos deixarão de criar e compor pois ninguém compra as suas criações, para isso existe o download que também servirá para que acabem realizadores e produtores de cinema. E pelos vistos os fotógrafos são tão descartáveis como os homens que trabalhavam nas bombas de combustível a encher os depósitos ou as portageiras a quem dizíamos todos os dias, bom dia. Quando todos estivermos desempregados e quando tudo implodir pode ser que algum iluminado consiga criar uma “app” ou fazer um reset e o mundo volte em tudo a zeros e então aí sim se dê a verdadeira mudança. António Camilo March _ Março | 2014
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DP ARTEFOTOGRテ:ICA 095
Belfies are the brand new Selfies In the modern world context in wich we live, almost no one can escape this new universal phenomenon, with a quick viral effect. The importance is such that goes beyond the word that baptizes it, and, because of all this, it was elected as the Word of the Year 2013 by the Oxford Dictionnary. This new way of capturing almost changed definitively the photographic momentum. The most outstanding men on earth, like Pope Francis or President Obama got hooked on this new magical fantasies.
Nowadays almost anyone of us can, using only the tools at his hand, take his own picture and we can do it the way that affects our ego more, producing unthinkable images, some years ago. Montaigne said once “It’s very regrettable that one can be prisoner of he’s own foolishness and inventions. “More interested in getting in love then to evolve our contemporary celebrate with so much lyricism the computer services that forget all the setbacks, the limits and the evil easily”, says George Elgozy. Are we living a faster and advanced cycle? Or are going back? Without noticing the social networks puts anyone of us in any part of the world in less than seconds. It´s really impressive as, without really noticing we expose our most intimate toughs, fears and hopes for nothing when before only a professional photographer could do it, after being carefully selected by his skills and discretion. All the questions we have today will surely be answered in the future and hopefully on a positive perspective. Personally I will keep my skeptical vision of all this “plug and play” devices, especially where the image territory is concerned. Are this people making images for the future or just to be seen on the same day they share it on the web? Or are they just killing one of the main emotions of the photography itself, the exclusivity or the, somehow, difficult access to images? The selfies I add to this article are the best on the general public opinion, like the Oscar’s selfie and some others like that of my friend Carlos Coelho with his kids. My respects to the authors. The other two are just examples of my creativity as a professional photographer.
As “Selfies” já dão lugar às “Belfies”! No contexto do mundo moderno e tecnológico que habitamos, quase ninguém foge a este fenómeno universal, de efeito praticamente viral. Tal é o peso que para lá da imagem a palavra que lhe confere o nome, foi eleita como a palavra do ano 2013, pelo dicionário Oxford. Esta nova forma de registar quase mudou por completo o momento fotográfico. Os mais destacados notáveis do planeta terra, desde o Papa Francisco, ao mais poderoso presidente Barak Obama, entre tantos, renderam-se a estas mágicas fantasias!
Cada um a seu modo, pode hoje com as ferramentas de que dispõe, fazer de si e a si próprio o seu “autorretrato”, fazendo-o da forma que mais lhe aconchegue o ego, de imagens impensáveis há uns bons anos atrás... Dizia Montaigne: “É lamentável que nos deixemos prender pelas nossas próprias macaquices e invenções...como as crianças que ficam assustadas ao olhar o rosto do companheiro que sujaram e pintaram de preto.” “Mais inclinados a apaixonarem-se do que a instruírem-se, os nossos contemporâneos celebram com tanto lirismo, os serviços reais e imaginários prestados pelos computadores como esquecem as contrariedades, os limites e os males”. George Elgozy” Estaremos a viver o ciclo de maior avanço!? Teremos retrocedido!? As redes sociais existentes ao nosso dispor (sem quase darmos por isso) lançam-nos em qualquer canto do mundo em “avos de segundos”! É impressionante como sem nos apercebermos expomos algo intimo de nós que antes era pedido a um profissional de fotografia criteriosamente escolhido para algo de secreto!.. Existem hoje tantas interrogações fruto deste desenvolvimento que o futuro irá responder e oxalá de forma positiva. Eu, norteando-me pelas minhas análises convictas, continuo a ser algo cético em relação a tantas facilidades muito, em especial no território da imagem! Há certas transformações que vão para lá da linha vermelha em termos da privacidade pessoal. Estaremos a fazer imagens para a história? Ou histórias com imagens!? Estamos a matar a emoção. O álbum de família deixou de existir e deu lugar à pasta do computador ou doutro qualquer suporte virtual. “ O mundo entra-nos pelos olhos, ouvidos e muitos outros sentidos dentro. Contudo é preciso fazer mais do que nunca uma triagem de conteúdos”. É tempo de pensarmos mas sobretudo de repensarmos! As “selfies”, a uma velocidade estonteante, já dão lugar às “belfies”, ou seja a fotos muito ousadas...tornando-se moda na Internet e já dão muito que falar e comentar!... São as novas tendências, linguagens visuais diferentes desta época e mais o que por aí estará para chegar se entretanto a linha continuar a esticar e não partir! As “selfies” que anexo a esta crónica, são as consideradas as melhores pela própria apresentadora dos “Óscares”, publicada no jornal “Público” e uma que copiei do “face”, do Carlos Coelho, com os filhos! Registo o meu respeito aos seus autores. As outras duas, são exemplos, do que vou profissionalmente tirando com as minhas capacidades criativas! ......................... Celestino N.F. Santos
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096 DP ARTEFOTOGRÁFICA
“The eyes, its exactly the eyes that I hear most. Life has taught me, throughout the journey, that words often lie. But its the eyes that, generally, never deny the hearts voice.” Anonimous “São os olhos, exatamente os olhos, que eu mais ouço. A vida tem-me ensinado, ao longo da jornada, que as palavras muitas vezes mentem. Os olhos, geralmente, não desmentem o que diz o coração.” Anónimo
Research and Coordination _ Pesquisa e Coordenação Fátima Marques Photography _ Fotografia Verónica Pinheiro
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098 DP ARTEFOTOGRÁFICA
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