Almanaque Voz do Jovem 2014-2015

Page 1

ALMA NAQUE EDIÇÃO 2 – ANO 2

Voz do Jovem | Almanaque - 2015 | E. E. Profa Isaura Valentini Hanser | Programa Jovem de Futuro


2

editorial

Informação e descontração O Almanaque Voz do Jovem apresenta aos seus leitores seu segundo número. Liso ou cacheado? Com que roupa? Meu futuro? Meu agora!? Informação e descontração estão nestas páginas. Produto de pesquisa, reflexão e produção escrita realizada por jovens, que comprova quão importantes são as oportunidades que o ambiente escolar pode oferecer para auxiliar na conquista da autoconfiança, autoestima, autonomia, capacidade de planejamento, altruísmo, perseverança, necessários para a conquista de uma identidade pessoal e social. Nosso próximo objetivo será o de avançar em busca de novas parcerias para continuar a produção deste material e dar voz aos jovens. Agradecemos a todos os colaboradores pelo tempo destinado nas suas contribuições e, em especial, nosso muito obrigado à educadora-jornalista Isabel Cristina, que orienta e agita a moçada! Agradecemos a você, caro leitor e cara leitora, que lendo este Almanaque, tornase conhecedor da nossa história. Marcia Guillarducci | Diretora

Sumário

almajovem

De filho pra pai...........................................4 a 6 Celular e comportamento..............................7 nível hard #1......................................................7 A música e o nosso cérebro....................8 e 9 Liso ou cacheado?......................................... 10 Com que roupa eu vou?!?!........................... 10

mundo real

Graffiti, arte das ruas....................................11 O teatro pode ser uma profissão?.............12 Para mudar de vida........................................13

se liga!

A droga da droga........................................... 14 Muay thai: equilíbrio e disciplina...............15 Saúde, corpo e mente.......................... 16 e 17 Bullying não.................................................... 18

#vidarosina

Onde eu bato uma bolinha......................... 19 Vai um Baião de dois?.................................. 20 Tempero de casa.............................................21 nível hard #2, #3, #4.......................................21 O lugar onde vivo..................................22 e 23


editorial

3

Sua voz sendo ouvida

Celso de Jesus Nicoleti, Dirigente Regional de Ensino

O Grêmio Estudantil é o órgão central de representação da organização dos estudantes dentro de toda escola. Ele é o canal de comunicação desses estudantes com a equipe de Diretores e Coordenadores da Unidade e também com a Diretoria de Ensino, que possui uma equipe especializada para fornecer todo o suporte que precisam para desenvolver um trabalho de qualidade. Atuando nas escolas de forma a fazer as reivindicações e anseios de maneira organizada e democrática, assim como possibilitar a exposição de ideias, o Grêmio Estudantil merece ter sua ação na escola incentivada, visto que é também um veículo de formação para a cidadania e um espaço de desenvolvimento social. Na escola Isaura Valentini Hanser não poderia ser diferente. Este ano, contaremos com a eleição de uma chapa para formar o Grêmio Estudantil também! A escola comprou a ideia e vai convidar alunos, professores, comunidade e todos os envolvidos nessa organização que representa os interesses dos estudantes na escola e permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar como dentro da própria comunidade.

Nossa Missão Assegurar ensino de qualidade para todos os alunos da E.E. Profª Isaura Valentini Hanser, visando o desenvolvimento de suas potencialidades para o exercício da cidadania.

Você que é estudante, participe, vote e ajude a eleger os representantes deste importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e luta por direitos de uma escola de qualidade e acolhedora para todos!

Celso de Jesus Nicoleti Dirigente Regional de Ensino Ângelo, Nilton e Tiago PCNPs responsáveis pelo Grêmio Estudantil


4

almajovem

De filho pra pai Imagine se, num toque de mágica, os filhos virassem pais e os pais virassem filhos. O Almanaque Voz do Jovem fez uma provocação com os alunos participantes desse projeto e perguntou: “se você fosse pai ou mãe dos seus pais, que conselho daria a eles?”

“O conselho que eu daria... curtir a vida enquanto é cedo. Não engravidar. Ter fé em Deus e pedir ajuda para os pais, pois a juventude é a pior idade.” Adriely de Oliveira Bonfim – 16 anos

“Os conselhos são os mesmos que meus pais me dão. Eu diria para eles manterem o respeito com as pessoas e daria uma ótima educação.” Angélica Nascimento de Oliveira – 14 anos

“O conselho que eu daria para a minha mãe é que ela não engravidasse cedo. E o conselho que eu daria para os dois é que não se metessem com drogas.” Carla Aparecida Nascimento Braga – 14 anos “Bom, eu diria a eles que tivessem paciência, dessem tempo ao tempo, que deixassem tudo acontecer com o tempo. Que eles respeitassem os mais velhos e que fossem educados.” Carolina de Souza Garcia – 15 anos

“Mantenha o foco nos seus objetivos e nunca desista daquilo que realmente você sonha, pois sua felicidade é mais importante que tudo. Mas para isso acontecer só vai depender de você e da sua força de vontade.” Daniella Almeida da Hora – 14 anos

“Daria conselhos para não engravidar cedo e para não usar drogas, nem bebidas alcoólicas. Falaria para eles irem muito bem na escola.” Guilherme Batista – 15 anos

“Eu diria para eles terem mais paciência, serem mais calmos e pensarem antes de fazer algo, iria ensinar o caminho certo e caberia a eles decidirem qual seguir. E sempre que fizessem algo de errado, eu iria conversar com eles e tentaria ajudar.” Higor Pereira Barbosa – 15 anos


almajovem

5

“Eu diria que a vida é feita de escolhas. Há escolhas que nos levam a bons caminhos e há outras que nos fazem aprender certas coisas de modo mais difícil. Existem ‘bússolas da vida’ e seria muito bom usar essas ferramentas do modo certo. Assim como quando alguém vai atrás de uma aventura em terras desconhecidas e separa os materiais básicos: um mapa do local, uma bússola e todos os pertences pessoais que necessita. Só basta você saber como usar e seguir as orientações dessa ferramenta acessível. E filho(a), pode ter certeza de que eu estarei ao seu lado para te auxiliar!” Isabela Silva de Souza – 14 anos “Eu os aconselharia a estudarem muito, curtirem muito também uma boa educação. Ensinaria a respeitar a todos independentemente da cor, idade ou opção sexual. Essas são as principais coisas que os pais ensinam. O resto é de menos.” Jennifer Aleixo – 15 anos

“Pensando bem, se hoje em dia eu fosse mãe dos meus pais, eu daria para eles os mesmos conselhos que eles me dão. São conselhos maravilhosos, que me fazem subir na vida e eu sei que serão bons para os meus filhos também.” Joyce Silva – 15 anos “Para evitar ter filhos na adolescência. Usar camisinha. Tomar cuidado com as amizades erradas, que podem te influenciar a fazer coisas que terão consequência no futuro.” Karina Norberto dos Santos Silva – 15 anos

“Que se previnam e que não engravidem cedo.” Larissa Leite Pires Alves – 13 anos

No diálogo entre pais e filhos, deve sempre existir espaço para um ouvir o outro, o que exige sensibilidade e disponibilidade. Mas vale muito a pena! Pesquisa realizada nos EUA, na Universidade de San Diego, Califórnia, mostrou que as chances de crianças e adolescentes se envolverem em atos de violência, agressões, drogas e prostituição podem ser 80% menores entre as que têm uma refeição diária ou um momento diário de conversa e interação com a família. O Prof. Joaquim Costa Filho, supervisor de ensino, responsável por esta escola, concorda com isso, tanto que ao ser convidado a representar os pais e

dar o seu conselho, ele ressalta que “a única coisa de valor que podemos deixar é o que somos e não o que temos”. Por isso, o que ele tem a dizer a todos os filhos da E.E. Profa Isaura V. Hanser é: “Vá atrás de seus sonhos, construa-os com sabedoria e perseverança, preservando a alegria, a generosidade, a honestidade e o amor pelo próximo. Qualquer que seja sua opção de vida espero, mesmo nos momentos mais difíceis (e não serão poucos), que continue.”


6

almajovem

De filho pra pai “Para eles se prevenirem sobre as coisas do mundo, como não entrarem no mundo das drogas, não se meterem em brigas. Ensinaria a eles como se comportar em devidos lugares e os incentivaria a estudar e a correr atrás dos seus objetivos. E o mais importante, para minha filha: se prevenir sobre gravidez, principalmente, na adolescência, e sempre tomar cuidado para não ser enganada por homens.” Lethicia Rodrigues Cardoso – 15 anos

“Aproveitar ao máximo seu tempo com coisas produtivas e que agreguem valor. Respeitem o ciclo da vida e entendam que tudo tem sua hora certa. Amo vocês!” Maria Luiza Gomes – 15 anos

“Daria um conselho que fosse bom para a vida dos dois.” Paulo Guilherme Trindade Ferreira – 16 anos

“Quando eu faço algo de mau, não exijas que te diga o porquê e porque o fiz, pois tenho a mesma consciência que o Senhor.” Renan Viana Jr. – 17 anos

“O conselho que eu daria para a minha mãe é para ela ter paciência e foco nos objetivos dela. O conselho para o meu pai é para ter muita paciência e fé, pois as coisas vêm no melhor momento.” Samyra Luzia Batista de Oliveira – 14 anos

“A persistência é a solução para tudo!” Victor Nascimento Monteiro – 15 anos

“Seja uma pessoa honesta e trabalhadora. Siga apenas meus conselhos, não meu exemplo. Não tenha medo, mas tenha cuidado, no meio do caminho pode ter vários precipícios.” Weslei Santana Silva – 14 anos “Eu diria para eles manterem a paciência, pois algumas coisas da vida exigem calma e muita paciência. E falaria para eles terem o respeito com as pessoas mais velhas e daria muita educação.” Wilanna Paulino de Almeida – 13 anos


almajovem

7

Celular e comportamento Angélica Nascimento de Oliveira, 14 anos

Cientistas alemães estudaram os adolescentes e seus pais – observando atitudes dos estudantes na escola, linguagem e conteúdo de mensagens enviadas e recebidas e chegaram à seguinte conclusão:

ção aniza g r o a uda n lar aj u l e c O ntes a a lesce o d do di a os da: é

izada organ r e s ode esta p Uma f ia asmo d ativid suas no me m a j n i ho e

plan a cam vens estão á do de Os jo j perío ndo a o u t r q u parar des mc e pre em u d , e s i a e s az av jud dela o cap da su ular a e eso, sã O cel trole u p n q m o s e c i t a er o r os p bre sta. mant ar so ma fe forma s u i n i v l a e v a, arcar possí a aul rde, m a ndo d i t a s a icas, tão para e lúd anos l s p e r s a seu escol po. ades o tem ativid m s e ao m tudo

Na escola Wilanna Paulino de Almeida, 13 anos

Entrevistamos professores para saber o que pensam do assunto. A Lei Nº 12.730, de 11/10/2007, proíbe o uso do telefone celular pelos alunos nas escolas do Estado, durante o horário de aula. Apesar de ser proibido, as opiniões sobre o assunto ficam divididas. Quase todos os alunos, hoje em dia, levam celular para a escola e o utilizam para pesquisar assuntos da aula. E tem sempre aqueles que querem mesmo é ver o Whatsapp. Para Rosineide Morales, Professora Coordenadora do Ensino Médio, e Viviane Dias, Professora Coordenadora dos Ensino Fundamental I, da E. E. Profa Isaura Valentini Hanser, o celular é uma tecnologia que pode ser aliada ao trabalho do professor, se for usado com comprometimento, respeitando as regras combinadas entre os professores e os alunos.

Já Isabel Lima, professora de história, responsável pela sala de leitura, considera que o “celular atrapalha a aula sim”, pois ele tira a atenção do aluno na aula e prejudica o seu rendimento. Solange Morais Toledo, professora do 3º ano do ensino fundamental, liberou em sua sala o uso do celular e do tablet. Antes, conversou com os alunos e estabeleceu as regras. “Usamos a calculadora e o acesso à internet (de quem tem) para pesquisas. Os alunos não podem usar fone de ouvido. Quando surge uma dúvida, quem tem internet encontra a resposta e passa para os demais”, conta a professora. Nas regras combinadas com Solange, os alunos que terminam a lição antes podem jogar. “No começo foi uma febre, depois acalmou”.

nível hard #1 Em 2013, o Brasil tinha 271,10 milhões de linhas de telefone móvel ativas, de acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Isso representa 136,45 linhas para cada 100 habitantes. Segundo a Anatel, 211,58 milhões de acessos eram pré-pagos e 59,52 milhões pós-pagos. Então, qual a diferença percentual entre os acessos pré-pagos e pós-pagos? Resposta: A diferença entre os acessos pré-pagos e pós-pagos é de 71,87%.


8

almajovem

A música e o nosso cérebro Daniella Almeida da Hora, 14 anos

A música, assim como outras manifestações culturais e artísticas, é capaz de despertar sentimentos e nos levar a reviver lembranças. É um universo de significados, representações e percepções distintas, tornando possível afirmar que cada pessoa a perceberá de um modo diferente. Esse tipo de arte aciona diversas áreas do cérebro humano, podendo ainda induzir atos, pensamentos e emoções, como ocorre com a música religiosa, romântica ou com uma mais agitada.

Há diversos estudos relacionando a música ao desenvolvimento cognitivo (processo do conhecer que envolve raciocínio, juízo, lógica, atenção, memória, percepção, linguagem e pensamento), principalmente na infância. Especula-se que ela possa ajudar no aprendizado lógico, assim como o xadrez, se uma pessoa talentosa já nasce com essa característica, independentemente do treinamento musical. Muitas são as hipóteses que envolvem o cérebro e a música, mas que ainda carecem de comprovações científicas.

Por uma vida melhor Hoje em dia é difícil encontrar algum jovem que não goste de ouvir música. Muitos usam essa atividade para esquecer os problemas e se fechar em sua imaginação, porque muitas vezes é o melhor lugar para se estar. Como muitos também usam a música para se divertir e agitar. Para os jovens que querem fazer da música sua profissão, existem cursos que podem ajudar. Veja endereços na página 13.

Um santo remédio A música pode ser remédio? Claro que sim.

(EUA), a múpela Universidade de Harvard Segundo pesquisa realizada as e mentais. para curar enfermidades físic sica possui grande influência amenizar sicais, certas melodias podem De acordo com os estilos mu tratamento dores, até mesmo auxiliar no hipertensão arterial e aliviar de Parkinson e Alzheimer.


almajovem

9

Você sabia?

1

tratamento com O nome dado ao oterapia. música é music

2

Um estudo publicado pela revista Neuroscience of Behavior and Physiology diz que nossa habilidade de reconhecer imagens, letras e números aumenta quando ouvimos rock ou mú sica clássica.

3

Quando ouvimos canções e encontramos uma que adoramos, com uma letra com a qual nos identificamos, o nosso cérebro pode liberar mais dopamina para manter a concentração.

4 5

Músicas de games são perfeitas para aumentar nossa persistência e concentração, fazendo com que nos concentremos mais para realizar tarefas difíceis.

menos que... você A música é ótima a sobre algo novo. vá ler ou aprender pause. O silêncio é Nesse caso, dê um ra se concentrar. o melhor “som”, pa

Dopamina: É um hormônio neurotransmissor com função estimulante do sistema nervoso central. Está presente no controle dos movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição, sono e memória.

Voz da especialista Fonte indicada por Maria Luiza Gomes, 15 anos

“Crianças que recebem aulas de música regularmente ampliam suas capacidades cerebrais pelo resto de sua vida. Segundo o neurocientista Oliver Sacks, a atividade musical envolve várias funções do cérebro (emocional, motora e cognitiva), muito mais do que as que usamos para a linguagem. Por isso, a música é uma forma tão eficaz de nos ajudar a lembrar e de aprender.” “Aulas de música ajudam no aprendizado da criança ao longo da vida, desenvolvem a disciplina e a capacidade de trabalhar em grupo, além de trabalharem habilidades motoras e aumentarem a concentração, o que é essencial para o aprendizado.” Flávia Gonçalves Marques Vieira

Professora de canto e Regente de coral

Flávia e a Música Flávia Gonçalves Marques Vieira (30) é professora de canto e regente do coral do Centro Educacional e Cultural Isaura Neves (CECIN). Tem toda a sua vida marcada pela música. Em 1988, aos 4 anos, teve o primeiro contato com a música, na igreja. Aos 8, iniciou o estudo de piano e aos 12, já tocava órgão. Aos 15 anos, entrou na ULM, atual EMESP - Escola de Música do Estado de São Paulo, onde cursou piano erudito. Paralelamente, cursou magistério. Fez Licenciatura em Música, unindo duas paixões: Música e educação. Estudou por seis anos na USP e, ao concluir, foi aprovada no concurso para professora de canto no Centro Cultural, onde atua, desde 2006, como professora e regente do coral. Em 2012, concluiu a pós graduação em Educação Musical e inaugurou, com sua irmã, Daniela Gonçalves, o primeiro Conservatório de Música da Região, no Portal das Laranjeiras.


10

almajovem

Liso ou Cacheado? Maria Luiza Gomes, 15 anos

Muitas mulheres têm impressões erradas sobre os cabelos cacheados, e acabam não sabendo como trata-los corretamente. Os cabelos cacheados costumam ser mais ressecados e frágeis e se não forem hidratados, ficam quebradiços e sem brilho. Entupir o cabelo de produtos químicos não é a salvação. Como o cabelo cacheado tende ao ressecamento, dar uma mãozinha e evitar tinturas ajuda muito para que ele fique sempre brilhante. Por isso, é tão importante usar produtos que limpem a raiz e, ao mesmo tempo, hidratem o restante dos fios. Produtos finalizadores como os cremes sem enxágue e silicones ajudam a evitar o ressecamento e pontas duplas, produtos à base de queratina, proteínas e aminoácidos são recomendados para hidratar o cabelo.

Você sabia? O cabelo cacheado produz oleosidade como qualquer outro. Porém, como ele on­ dula, o óleo não consegue chegar até a ponta, fazendo com que resseque. Fonte: www.bolsademulher.com

Máscara capilar com azeite

• 1 colher de sopa de azeite de oliva

• 3 colheres de máscara para hidratação • Misture os dois ingredientes e deixe agir por 30 minutos. Não passe na raiz do cabelo.

• O azeite deixa o fio com mais vida e os

quebradiços tendem a sumir, se você der continuidade com essa hidratação.

Com que roupa eu vou?!?! Karina Norberto dos Santos Silva, 15 anos, e Maria Luiza Gomes, 15 anos

Você precisa acordar cedo para ir à escola ou ao trabalho? Ter que pular da cama uma hora antes só para se arrumar é tarefa complicada, fala a verdade! Se você não quer ou não pode sair de casa naquele estilo largado, ai vão algumas dicas de sites: Capricho capricho.abril.com.br

JustLia

Atual garota

www.justlia.com.br

atual-garota.blogspot.com.br


mundo real

11

Graffiti, arte das ruas Renan Viana Jr., 17 anos, e Weslei Santana Silva, 14 anos

A arte do graffiti desperta a curiosidade das pessoas: Como é feita? Da para viver disso? O que inspira o artista? Fomos perguntar para Donizete de Souza Lima, o Bonga, 39 anos, empresário, arte educador, um dos mais importantes nomes do graffiti no Brasil, reconhecido internacionalmente e que mora em Caieiras há mais de 30 anos. Ele iniciou sua carreira de artista urbano em 1996, influenciado pela cultura Hip Hop. ”Quando era garoto, tinha que acompanhar minha mãe em exames médicos, e me lembro do ônibus passar pela região da paulista e centro de São Paulo, que já tinha muitas intervenções e, de cara, alguma coisa já me atraia”, conta Bonga. Almanaque Voz do Jovem: Como você se interessou pelo graffiti? Bonga: As ruas sempre me chamaram a atenção em suas intervenções, sejam as poesias, muralismos e pichações, sejam suas ações, atitudes e conceitos. O desafio também, acho que isso me atraiu. Mas foi a cultura do Hip Hop, que trouxe isso mais a tona. As cores, formas e estilo germinaram toda essa paixão... rrsss. AVJ: Com quantos anos começou a praticar a arte do graffiti? Bonga: Nunca separei as intervenções da pichação e do graffiti. Para mim são como irmãos ou primos que às vezes são parecidos, andam juntos, são parentes, mas pensam em alguns momentos de forma bem diferentes.

AVJ: No que você se inspira? Bonga: As ideias, os ideais, a problematização de nossa realidade em muitas vezes. Em outras, somente a beleza dos movimentos de animais, insetos etc. AVJ: Como você escolheu o graffiti como sua profissão? Bonga: Não escolhi como profissão, mas como estilo de vida. Profissão é me utilizar do conhecimento que desenvolvi ao longo do tempo para, por exemplo, usar a expressão como instrumento de trabalho na educação, no desenvolvimento sóciocultural e em outros projetos. É, também, desenvolver, por meio da técnica de pintura com spray, trabalhos comerciais e obras para clientes e galerias.

Se for juntar tudo, comecei bem cedo, por volta dos 14 anos.

Já falamos sobre isso Na página 15, do Almanaque Voz do Jovem 2013, você encontra um pouco sobre o assunto. Quer ver? Peça um exemplar na E. E. Profa Isaura V. Hanser, na Vila Rosina, Caieiras (SP). Ou acesse: http://migre.me/o8YCB A prática do Grafite ou Graffiti – que provém do latim “graffiti” e do grego “graphein” – remonta aos tempos do Império Romano, quando já se encontravam marcas gravadas em paredes. Estes caracteres impressos em locais não definidos para esse fim, particularmente nos espaços públicos, normalmente sob a forma de caligrafias ou de imagens pintadas ou esculpidas, constituem os grafites. Fonte: InfoEscola


12

mundo real

O teatro pode ser uma profissão? Adriely de Oliveira Bonfim, 16 anos, e Joyce Silva, 15 anos

Nossas alunas perguntaram para três profissionais de Caieiras, que atuam na área. Veja o que eles responderam: “Pode. É uma profissão dura, pela qual a gente tem que ter amor. Temos que renun­ ciar a muita coisa: amigos, finais de semana... Temos que ler muito e ter paciên­ cia, pois fazemos muitos testes e concorremos com muitos outros profissionais.”

“Sim, o teatro é uma profis­ são para ator e professor. No entanto, muitas em­ presas também optam por contratar profissionais com essa formação, visto que são desinibidos, criativos e comunicativos.”

Bianca Müller, 24 anos, atriz.

Kelly Rodrigues, 30 anos, atriz e professora.

Bianca começou a estudar teatro na escola, aos 8 anos, e seguiu assim até os 12. Aos 15, começou a cursar teatro em uma escola voltada para a formação profissional, em São Paulo. Com essa idade, tirou DRT (documento do ator profissional). Participou de vários comerciais, fez faculdade de Radio e TV. Em 2012, estreou na série Sessão de Terapia, na GNT, canal de TV por assinatura.

Kelly é formada pela USJT (Universidade São Judas Tadeu). Além dos projetos de teatro realizados em ONGs e aulas de arte, em colégios estaduais, faz parte da Companhia Anunciarte, onde trabalha com adolescentes e jovens em prol de um maior conhecimento artístico e religioso, em Caieiras, município que fica na região metropolitana de São Paulo.

Participou de filmes para Cinema e foi convidada para participar da novela O Rebu, na rede Globo, exibida de julho a setembro de 2014. “Pode. O caminho é difícil, mas se você tem paixão, você consegue. Mas é importante pensar em outra profissão para ganhar dinheiro e se manter no teatro. Estudar teatro ajuda muito quando se está procurando emprego. Isso porque as dinâmicas e os jogos que acontecem nas entrevistas de emprego são baseados em aulas de teatro. As pessoas que estudam teatro se sentem mais seguras.”

O teatro na pré-história Lethicia Rodrigues Cardoso, 15 anos

O teatro surgiu das necessidades humanas. O homem na pré-historia era caçador e selvagem, precisava dominar a natureza. O desenho e o teatro surgiram, então, como uma forma de representar o que o homem primitivo fazia. Esse teatro antigo era uma espécie de dança dramática que mostrava dia-a-dia.

Antônio Sérgio de Camargo, 50 anos, ator, professor e produtor de teatro. Sérgio exerceu várias atividades antes do teatro. Muito tímido quando mais jovem, mal conseguia conversar com as pessoas. Atuou na área da saúde, trabalhou com contabilidade, caiu em várias enrascadas. Até que um dia foi convidado para fazer um curso de teatro. Hoje, é bacharel em literatura, formado em Artes Cênicas e há 20 anos trabalha no Centro Educacional e Cultural Isaura Neves, em Caieiras, sendo o responsável pelos cursos de teatro e as apresentações anuais da Paixão de Cristo, que um dia sonhou fazer.

Imagem retirada do site: http://artedoroteia.blogspot.com.br/2014/02/historia-da-arte


mundo real

13

Para mudar de vida

Samyra Luzia Batista de Oliveira, 14 anos, e Carolina de Souza Garcia, 15 anos.

Hoje em dia, a maioria das empresas, antes de contratar um funcionário, leva em conta o número de cursos profissionalizantes e certificados que a pessoa tem. Então, aqui vão algumas dicas para você que quer arrumar ou mudar de emprego: de Centro de Estudo para alunos Línguas (C.E.L.), , da escola do ensino médio pública g. E.E. Walter Weiszflo 360 , es Av. dos Estudant Caieiras (SP) (11) 4605-2991

e Alemão. Inglês, Espanhol

Se você quer fazer o ensino médio integrado ao técnico, uma boa dica é a Etec (Escola Técnica Estadual). Para mais informações, entre no site: www.vestibulinhoetec.com.br

As mais próximas de Caieiras são: Fatec Jundiaí Av. União dos Ferroviários, 1760 Centro - Jundiaí (SP) (11) 4522-7549 e (11) 4523-0092 www.fatecjd.edu.br

Fatec Osasco Rua. Pedro Rissato, 30 Vila dos Remédios - Osasco (SP) (11) 3603-9910 www.fatecosasco.edu.br

Fatec Sebrae Alameda Nothman, 598 Campos Elíseos - São Paulo (SP) (11) 3331-1199

Fatec

A Faculdade de Tecnologia oferece ensino superior gratuito. São 70 cursos, em 58 cidades do estado de São Paulo. Veja em: www.vestibularfatec.com.br/ unidades-cursos

Fatec São Paulo Praça Coronel Fernando Prestes, 30 São Paulo (SP) (11) 3322-2200 www.fatecsp.br

Formação cultural Não são somente os cursos profissionalizantes que nos ajudam. Existem também os cursos culturais, que são ótimos como passatempo, estímulo da mente ou forma de relaxar. CECIN - Centro Educacional e Cultural Isaura Neves Rua Argentina, 400 - Centro - Caieiras (SP) (11) 4442-7011

E.E. Profa Isaura Valentini Hanser Rua João Rosolem, 31 - Vila Rosina - Caieiras (SP) (11) 4605-5666

Artesanato, Ballet, Capoeira, Circo, Canto/Coral, Dança de Rua (Street Dance), Dança de salão, Dança do ventre, DJ, Teatro, Violão, Vocalização, Percussão, Pintura em tela, Teclado.

Violão e Canto/Coral.


14

se liga!

A droga da droga

Carla Aparecida Nascimento Braga, 14 anos, e Larissa Leite Pires Alves, 13 anos

gas mais consumidas no mundo. revela que o álcool é uma das dro S) (OM de Saú da dial Mun o açã A Organiz 15% dos que começam a beber ficam

dependentes.

das trânsito em 15 vezes. Cerca de 29% aumenta o risco de acidentes no O consumo de bebidas alcoólicas são relacionadas ao álcool. tia alcoólica. alcoólica cardíaca e a cardiomiopa Causa doenças como a síndrome itivos. Causa danos cerebrais e déficits cogn o, reto e de mama. ge, laringe, esôfago, fígado, intestin Está ligado a câncer de boca, farin s de câncer hepático. ólica, além de mais de 30% dos caso alco atite hep e o uros gord do fíga Causa cirrose, tais do mundo. É a principal causa de doenças men

A OMS também estima que 6,3% dos adolescentes consumam maconha no Brasil e alerta:

9%

dos que experimentam se tornam dependentes.

2,5 %

dos acidentes fatais no trânsito podem estar relacionados ao consumo da droga.

Estudos indicam câncer de próstata e de testículos associados com o uso da droga, mas sem relação de causa comprovada.

Pode aumentar o risco de enfarte em pessoas com problemas cardiovasculares.

Inflamações do sistema respiratório podem ser causados com a mesma intensidade do tabaco.

Reduções no peso dos bebês quando consumida na gravidez.

Se o uso começa antes dos 18, pode provocar perdas da capacidade de atenção, memória e aprendizagem, de forma irreversível, segundo alguns estudos.

Cannabis: Você sabe o que é? A planta, conhecida como Maconha, é frequentemente consumida por seus efeitos psicoativos e fisiológicos que podem incluir bom humor, euforia, relaxamento e aumento do apetite. Mas ela também provoca efeitos colaterais indesejáveis imediatos, como diminuição passageira na memória de curto prazo, boca seca, limitação das habilidades motoras e vermelhidão dos olhos. Espécie nativa da Ásia Central e Meridional, a Cannabis começou a ser consumida há cerca de 5 mil anos. A proibição de posse, uso ou venda da erva só se tornou global em 1912. Nos Estados Unidos, as primeiras restrições à venda da planta surgiram em 1906. Ela foi proibida na África do Sul em 1911, na Jamaica (então uma colônia britânica), em 1913, e no Reino Unido, na Nova Zelândia e no Brasil na década de 1920.

Uso medicinal em discussão A falta de fornecimento legal de matéria prima e a dificuldade de patentear a planta limitam as pesquisas sobre o uso da cannabis in natura como tratamento, de acordo com estudos do centro de pesquisas em dependência de drogas, da The University of British Columbia (Universidade da Columbia Britânica), no Canadá. Primeiro país a legalizar o uso da Cannabis para fins medicinais, o Canadá já tem 37 mil pacientes usando regularmente a planta da maconha como remédio. Nos Estados Unidos, 23 estados mais a capital legalizaram o uso medicinal da Cannabis. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, no início de 2015, o uso terapêutico do Canabidiol, que passa a figurar na lista C1, de substâncias de uso controlado.

mortes


se liga!

15

Muay thai: equilíbrio e disciplina

Muay Thai, o “boxe tailandês”, é uma arte marcial que teria surgido há 2 mil anos, com base no Wushu (ou kung fu) chinês. Forçados a deixar a China, agricultores que encontraram liberdade e terras férteis na atual Tailândia precisavam se defender do vizinho poderoso. O estilo é violento. No Muay Thai, todo golpe visa nocautear o adversário. Ao longo dos treinamentos, as canelas são castigadas até se tornarem armas. Até o começo do século XX, soldados tailandeses tinham que saber lutar Muay Thai, e foi só a partir daí que ele ganhou regras limitando sua agressividade.

O que significa para mim... “O Muay Thai me ajudou muito na questão do auto controle. Antes de começar a fazer eu era muito brigão, brigava com todo mundo. Ai eu conheci o Muay Thai e isso me ajudou muito, meu caráter mudou, minha educação com as pessoas também mudou, eu sou mais calmo hoje. Consigo me controlar diante de situações como discussões e brigas. Sou respeitado, não porque as pessoas tem medo de mim, mas porque eu as respeito. Para quem tem medo de praticar Muay Thai, não tenha! É algo violento para quem vê, mas não para quem faz.” Higor Pereira Barbosa – 15 anos “O Muay Thai me ajudou em vários aspectos. Eu te¬nho mais calma para os deveres do dia-a-dia, mais resistência para a prática de outros esportes. Ajuda no raciocínio rápido, na perda de gorduras, na de¬finição do corpo inteiro e várias outras coisas, sem contar que me apaixonei pelo esporte.” Victor Nascimento Monteiro – 15 anos

Da esquerda para a direita: Victor Nascimento Monteiro, Mestre Franklin Canassa e Higor Pereira Barbosa.


16

se liga!

Saúde, corpo e mente Maria Luiza Gomes, 15 anos

Para tirar dúvidas e quebrar alguns tabus, os alunos da E. E. Profa Isaura Valentini Hanser chamaram uma enfermeira, com quem tiveram uma conversa bem descontraída. Lenita Maria do Nascimento, 45 anos, é auxiliar de enfermagem e atua na área da saúde há 17 anos. Atualmente, é funcionária pública e trabalha no Hospital Geral de Taipas. Ela fez várias recomendações para os adolescentes cuidarem da saúde, de forma simples. E ai vão algumas delas:

Sobre as Vacinas, ela lembra que:

Lenita Maria do Nascimento atua na área da saúde há 17 anos.

A vacina contra o HPV-papilomavírus humano (2 doses) previne o câncer de colo de útero e o de pênis. O HPV engloba um grupo de mais de cem tipos de vírus e pode provocar a formação de verrugas na pele e nas regiões oral, anal, genital e da uretra. Essas lesões podem se tornar tumores malignos. A principal forma de transmissão é por via sexual. A vacina contra a Hepatite tipo B (3 doses) previne a doença transmitida pelo vírus HBV, que afeta as células do fígado. O contágio pode ocorrer por via sexual, mas essa não é a única forma: colocação de brincos ou piercings, sem os devidos cuidados com higiene e esterilização, ou uso de alicate de cutícula não esterilizado também representam um grande risco. Antitetânica (3 doses), que previne o tétano, uma doença que pode ser causada por ferimentos com metais enferrujados.

Para as meninas, vale observar o ciclo menstrual “Muita cólica, corrimento e cheiro forte não são normais”, alerta Lenita. A enfermeira recomenda procurar um ginecologista para checar se não há uma bactéria provocando os sintomas. Ela lembra que o hábito de sentar no chão, usando shorts ou saias muito curtos podem facilitar a ação de bactérias na região vaginal e o consequente surgimento de corrimentos ou inflamações.

Para os meninos, vale observar a fimose Como os meninos nascem com o prepúcio, aquela pele que cobre o pênis dos bebês, os médicos recomendam o exercício de retrair a pele para rompê-la. Quando essa pele não se rompe, é necessário uma intervenção cirúrgica. “É importante cuidar para que a região esteja sempre limpa para evitar inflamações.”

Cabelos Você sabia que o uso excessivo do boné pode provocar seborreia (aquelas feridinhas que aparecem no couro cabeludo)? E que o uso excessivo de chapinha e de cremes podem deixar os cabelos sem brilho e mais fracos?


se liga!

17

Gravidez “Mulheres com mais escolaridade passaram a ter filhos depois dos 30 anos.” Segundo Lenita, o corpo da adolescente não está pronto para a gestação. Então, é comum o nascimento de bebês prematuros ou com baixo peso. “Há meninas que engordam 30 kg e o bebe nasce com 2 kg”, afirma. “Na gravidez, a adolescente precisa dividir o cálcio e as vitaminas que seriam necessárias para o seu próprio desenvolvimento com o bebê que está em formação”, completa a enfermeira.

Se já iniciou a vida sexual É fundamental consultar um ginecologista para avaliar qual o método anticonceptivo mais indicado para o seu organismo. Lenita lembra que existe pílula, injeção mensal, injeção semestral, adesivo. Também existe a pílula do dia seguinte, que só deve ser usada em caso de estupro ou relação não pensada. Independentemente do método escolhido, Lenita lembra que é fundamental o uso de preservativo e tanto meninas quanto meninos devem se preocupar com isso. “O SUS oferece preservativos em diferentes tamanhos, de acordo com a estrutura física do homem.”

Gravidez na adolescência Isabela Silva De Souza, 14 anos

Gravidez na adolescência não é assunto novo, sempre esteve presente desde a época de nossos avós! Apesar de ser um assunto antigo, a ocorrência de tais casos continua preocupando. Pesquisas revelam que o ano com maior número de jovens mães entre 10 e 19 anos foi 2002, onde cerca de 615.294 casos foram registrados. Atualmente, na chamada ¨era tecnológica¨ esses índices têm diminuído. Mas os órgãos ligados à saúde pública ainda não estão satisfeitos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) o índice caiu, passando de 20,9% em 2000 para 17,7% o percentual de mães adolescentes, em 2011. As expectativas são que esse índice diminua mais e mais.


18

se liga!

Bullying não! Wilanna Paulino de Almeida, 13 anos Angelica Oliveira, 14 anos

Atualmente, tem sido muito comum conviver com o bullying. Por isso, acreditando que os pais se preocupem muito com esse assunto, fizemos uma entrevista, via e-mail, com Mônica Aparecida Prando (55), psicóloga clinica e coordenadora de Saúde Mental do município de Caieiras.

Almanaque Voz do Jovem: O que é bullying? Mônica Prando: Bullying é um termo utilizado para descrever violências física e/ou psicológica praticadas contra uma pessoa ou um grupo, repetidamente e com a nítida intenção de prejudicar, ofender e, em casos extremos, levar a lesões físicas e/ou traumas psicológicos. Os agredidos, em grande parte, não reagem ou falam sobre o acontecido.

AVJ: Como é o agressor que pratica bullying? Mônica: O bully (quem pratica o Bullying) geralmente é uma pessoa que gosta e necessita mostrar que tem poder, quer seja pela força física ou pelas ostensivas agressões verbais. Quase sempre, sente muito prazer em ver o sofrimento alheio.

AVJ: Como o agressor que pratica bullying se comporta na escola? Mônica: Nos ambientes escolar e social é aquele briguento, o valentão de antigamente. Costuma exercer forte pressão sobre o outro para sentir-se superior, forte e dominador. Dificilmente consegue colocar-se no lugar do outro e corrigir-se. Apresenta extremo desrespeito e falta de consideração por aqueles que não o acatam. Na escola geralmente é uma pessoa muito popular e temida.

AVJ: E como ele se comporta em casa? Mônica: Em seu lar, não é repreendido por suas ações negativas. Na família, é considerado muito esperto, aquele que não leva desaforo para casa, nervoso demais.

Mônica Aparecida Prando é coordenadora de Saúde Mental do município de Caieiras há 20 anos.

AVJ: Você poderia nos falar sobre as diferenças entre caçoar e praticar o bullying? Mônica: Existe muita diferença entre caçoar, brincar sobre determinada situação vivida por uma pessoa ou mesmo uma característica peculiar, e praticar o Bullying. Caçoar é algo passageiro e tem como objetivo a brincadeira, “tirar uma”, destacar. Não apresenta a persistência e a perversidade do Bullying.


#vidarosina

19

Onde eu bato uma bolinha Se está na Vila Rosina, você pode escolher uma das 5 dicas dadas pelos alunos Guilherme Batista, 15 anos, e Paulo Guilherme Trindade Ferreira, 16 anos:

1 2 3 4 5

Na Rua João Rosolém, tem a quadra da E.E. Profa Isaura Valentini Hanser, que é aberta todos os finais de semana.

5 1

Na Avenida Otávio Spigarollo, tem a quadra da E.E. Dr. Olindo Dártora, que é aberta todos os finais de semana. Na Avenida Davi Kasitzky, tem um campo bem ao lado do posto de gasolina e uma quadra ao lado do campo e estão abertos de terça a sexta. No Ninho Verde, tem uma quadra de futebol de areia, cercada e coberta. Atrás da Escola Isaura Hanser, tem um “campinho” onde vários jovens jogam bola.

3

Futebol no Brasil Paulo Guilherme Trindade Ferreira, 16 anos

A primeira partida de futebol do Brasil aconteceu em São Paulo, em 1895. Naquela época, o futebol era praticado apenas por pessoas ricas. Depois disso, começou uma mudança no esporte, principalmente fora dos campos. As fábricas construíram campos de futebol para atrair e manter operários trabalhando. Então, negros e mulatos começaram a jogar nos times. Nas décadas de 1930 e 1940 foram construídos o Pacaembu e o Maracanã, o que foi importante parar popularizar a prática do esporte e ajudar o Brasil a se tornar o país do futebol. Nossa seleção já ganhou cinco títulos mundiais: em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Quase todo brasileiro joga (ou já jogou) futebol, não importa a idade ou classe social ou sexo.

2

4


20

#vidarosina

Vai um Baião de dois? Jennifer Aleixo, 15 anos

Baião de dois é um prato típico da região do Nordeste do Brasil. Criado no Ceará, também é bastante apreciado nos estados de Rondônia e Acre. É um preparado de arroz e feijão, de preferência feijão verde ou feijão novo. Esse nome é por causa da mistura de dois ingredientes muito populares da culinária brasileira (arroz e feijão). O termo baião foi adicionado ao nome em referência a uma dança nordestina (baião), onde os casais dançam juntos pelo salão, tal como o feijão com o arroz se encaixam nesse prato. Entre no clima e não deixe de colocar uma musica do Luís Gonzaga enquanto prepara essa deliciosa receita.

Como fazer

Ingredientes: • 1/2 kg de feijão de corda ou verde • 200 g de carne seca ou charque • 2 tabletes de caldo de carne ou caldo de bacon • 200 g de toucinho defumado • 1 paio • 6 colheres de sopa (90 ml) de manteiga de garrafa • 1 cebola grande picada ou ralada • 2 dentes de alho picado ou amassado • Salsinha ou coentro a gosto • 2 e 1/2 xícaras (chá) de arroz • 150 g de queijo de coalho (cortado em cubinhos)

No dia anterior: corte a carne seca em pedacinhos e dessalgue, colocando de molho e trocando a água, se possível, duas ou três vezes. Lave o feijão e coloque de molho para facilitar o cozimento. No dia do preparo: corte o toucinho e o paio em pedacinhos. Cozinhe o feijão com a carne seca, o toucinho e o caldo de carne ou de bacon até ficar macio. Tire a água, reserve o feijão e a água. Refogue o alho, a cebola e a linguiça picada na manteiga de garrafa. Coloque o refogado dentro do feijão. Corte o queijo de coalho em cubinhos. Reserve. Pique a salsinha ou o coentro. Reserve.

Imagem retirada do site: http://wikilicias. com.br/2014/06/13/baiao-de-dois/

Acrescente o arroz e 6 xicaras de água (utilizar a água do cozimento do feijão e, se necessário, completar). Deixe cozinhar por 10 a 20 minutos, até o arroz ficar macio (atenção: não deixe secar demais para manter a cremosidade). Quando já estiver cozido, adicione a salsinha ou o coentro e o queijo. Misture tudo e tampe a panela por 10 minutos. Abra a panela e o seu Baião de Dois já está pronto para ser saboreado. Para servir não tem frescura!

Coloque a panela na mesa e deixe cada um fazer seu prato.


#vidarosina

21

Tempero de casa Jennifer Aleixo, 15 anos

Com uma horta em casa, podemos ter todos os tipos de hortaliças que ajudam a manter uma alimentação mais saudável. Veja as dicas de Renato Aparecido Marcos, professor mediador e responsável pela Horta Educativa da E. E. Profa Isaura Valentini Hanser: Para montar uma horta você pode usar materiais que já tem em casa, como latas, garrafas pet cheias de areia e pneus que são perfeitos para formar um canteiro. Mas se tiver um espaço no quintal, melhor ainda. Basta ter terra para misturar com adubo.

Três pessoas vão pescar: dois pais e dois filhos. Como isso é possível?

nível hard #3 Maria Luiza Gomes, 15 anos Fotografia Marcos está olhando a fotografia de alguém. Seu amigo pergunta quem é o homem do retrato. Marcos responde: “Irmãos e irmãs eu não tenho, mas o pai deste cara é filho do meu pai”. Quem está na fotografia?

nível hard #4 Maria Luiza Gomes, 15 anos Reunião de família Em uma reunião de família, estavam presentes as seguintes pessoas: Um avô, uma avó, dois pais, duas mães, três crianças, três netos(as), um irmão, duas irmãs, dois filhos, três filhas, um genro, uma sogra e uma nora. Porém, não estavam lá tantas pessoas como pode parecer. Quantas pessoas estavam presentes, e quem eram?

Resposta: O filho de Marcos.

Pesca

Resposta: Estavam lá duas garotinhas, um garoto, seus pais e seus avós, totalizando sete pessoas.

nível hard #2 Maria Luiza Gomes, 15 anos

Resposta: As 3 pessoas são: o avô, o pai e o filho.

O canteiro formado com pets é ideal para plantar alface, couve, rúcula, tomates e tudo o que for preciso para uma boa salada. Os pneus são perfeitos para temperos como coentro, salsinha, cebolinha, manjericão e várias outras plantas, que vão deixar a sua comida ainda mais gostosa.


22

#vidarosina

O lugar onde vivo

Os autores são alunos que tiveram textos selecionados para participar da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, em 2014.

A casa onde moro Poema Miguel da Silva Correia (5o ano A)

O lugar onde moro não é muito legal A casa é grande, mas não tem quintal Tem área, mas não tem varal...

Eu gosto de brincar na cozinha Junto com minha cachorrinha

Miguel da Silva Correia, 11 anos.

Que não gosta muito do gato da vizinha...

A casa tem Wi-Fi Mas a internet sempre cai Junto com o sinal da Sky...

Então, vou lá fora jogar um pouco de bola Antes que minha mãe chegue E grite “Entra pra casa Agora”!

O que é um poema? Um poema pode, ou não, apresentar rimas; pode, ou não, ter ritmo uniforme; pode ser regular ou irregular. O poema é criado como se fosse um jogo de palavras. Ele motiva o leitor a descobrir não apenas a leitura corrente, mas também a buscar outras leituras possíveis. O poeta faz isso com as palavras e com tudo o que se pode fazer com elas. Veja mais em www.escrevendoofuturo.org.br/ caderno_virtual/caderno/poema/

O que são memórias literárias?

O que é artigo de opinião?

Geralmente são produzidas por escritores que, ao rememorar o passado, integram vivido e imaginado.

Ele tem como finalidade convencer alguém de alguma coisa. Nesse caso, o autor do texto assume uma posição a favor ou contra uma questão que provoca discussões, debates, como, por exemplo, ser a favor ou contra o trabalho infantil.

Para tanto, recorrem a figuras de linguagem, escolhem cuidadosamente as palavras que vão utilizar, orientados por critérios estéticos que atribuem ritmo ao texto e conduzem o leitor por cenários e situações reais ou imaginárias. Quer saber mais? Acesse: www.escrevendoofuturo. org.br/caderno_virtual/caderno/memorias/

Quer saber mais? Acesse: www.escrevendoofuturo. org.br/images/stories/publico/napratica/ orientacoes/voz_do_professor.pdf


#vidarosina

23

Meu pedacinho do céu Memórias Literárias (Crônicas) Gabrielle Leme Flôr (9o ano A)

Quantas vezes nos tornamos andarilhos pelo mundo em busca do nosso pedacinho do céu. São tantas idas e vindas, que a vida passa à procura da plenitude de felicidade e da eterna esperança de um amanhã melhor. Por mais que o tempo passe e a velhice paire sobre mim, a lembrança do tilintar dos pássaros no fim de cada tarde, como se anunciassem que a noite cai sobre nós, e até mesmo a pouca iluminação da cidade, pode-se admirar da janela de uma casa simples, o céu repleto de pequenas estrelas radiantes, que de longe são como diamantes, porém intocáveis.

Gabrielle Leme Flôr, 15 anos.

São memórias como estas, de uma cidade chamada Caieiras, região metropolitana de São Paulo, com 93.215 habitantes, que me fazem ter o privilégio de viver aqui... Através do ônibus, contemplamos o majestoso pôr do sol, com suas cores quentes e magníficas, assim de longe avistamos a réplica do Cristo Redentor, imponente, sempre de braços abertos nos abençoando. Meu pedacinho do céu aqui se encontra paraíso, posso dizer que não é, mas é nesta cidade onde o coração pulsa mais forte. Mas quando houver incertezas, lembre-se que: “Perder-se também é o caminho...” (Clarice Lispector).

O preconceito é de quem? Artigo de Opinião Regina Henrique dos Santos (2o EM B)

Ao ouvirmos falar sobre o bairro “Vila Rosina”, notamos olhares diferentes e comentários maldosos. Mas como poderia ser de outra forma, se os próprios moradores têm preconceito sobre o lugar onde moram? Em primeiro lugar, quem faz a “fama” da vila são os próprios caieirenses, como se fosse o pior bairro da região. Vale lembrar, que pobreza, drogas, criminalidade e etc... estão presentes na vida dos brasileiros, independente do local onde residem. Sendo assim, não podemos desvalorizar a nossa Vila Rosina, pois ela nos beneficia com quatro escolas, duas creches, dez fábricas, um posto de saúde, uma viação de ônibus com duas linhas e vários comércios que atendem às necessidades dos moradores. Por outro lado, não podemos esquecer, que para nosso bairro mudar para melhor, falta infraestrutura e moradias dignas, mas nada que um bom governo e planejamento não resolva o nosso problema. Finalmente, é de extrema importância que nós moradores, passemos a admirar nossa comunidade e não apenas criticá-la. Na hora de eleger um candidato, estar consciente que o seu voto, poderá mudar o destino do nosso bairro, cidade e país.

Regina Henrique dos Santos, 18 anos.


Imagem da escola

O Almanaque Voz do Jovem faz parte do Programa Jovem de Futuro, realizado na E. E. Profa Isaura Valentini Hanser, com o apoio do Instituto Unibanco. Tem por objetivo desenvolver o protagonismo juvenil, fortalecer o vínculo com o bairro e a comunidade onde a escola está presente e contribuir para a produção de diferentes estilos de textos. Para tanto, apresenta a Vila Rosina, bairro do município de Caieiras (SP), sob a ótica dos temas abordados pelo Programa, em pautas indicadas e produzidas pelos próprios alunos e sob a orientação de uma jornalista.

A ilustração da capa foi feita pelo aluno Weslei Santana Silva, 14 anos, e colorida por Vinicius Galego. Tiragem: 1000 exemplares

Produção gráfica: Vinicius Galego

Redação: Adriely de Oliveira Bonfim, 16 anos Angélica Nascimento de Oliveira, 14 anos Carla Aparecida Nascimento Braga, 14 anos Carolina de Souza Garcia, 15 anos Daniella Almeida da Hora, 14 anos Guilherme Batista, 15 anos Higor Pereira Barbosa, 15 anos Isabela Silva de Souza, 14 anos Jennifer Aleixo, 15 anos Joyce Silva, 15 anos Karina Norberto dos Santos Silva, 15 anos Larissa Leite Pires Alves, 13 anos Lethicia Rodrigues Cardoso, 15 anos Maria Luiza Gomes, 15 anos Paulo Guilherme Trindade Ferreira, 16 anos Renan Viana Jr., 17 anos Samyra Luzia Batista de Oliveira, 14 anos Victor Nascimento Monteiro, 15 anos Weslei Santana Silva, 14 anos Wilanna Paulino de Almeida, 13 anos (Poema, Memórias Literárias e Artigo de Opinião foram desenvolvidos nas aulas, sob a orientação da professora de Língua Portuguesa, Adriana Morelato Crema).

Impressão: Elyon Indústria Gráfica

Revisão: Edna Pedroso Fotos: arquivo da escola, arquivo pessoal, Júlia Bogajo e Silva e Paulo Polkorny Editora: Isabel Cristina Bogajo Duarte MTB 22.259 Apoio editorial: Júlia Bogajo e Silva

Equipe da escola Direção: José Luis Margini Gomes, Marcia Guillarducci e Olivia Queiróz Urzêdo Giani Coordenação: Renato Aparecido Marcos (Mediador Escolar e Comunitário), Rosineide Mariano Morales e Viviane Dias Souza Corpo docente: Adriana Beltrame Adriana Fátima Morelato Crema Ana Aparecida Teles do Prado Arieli Aparecida do Prado Ario Jose Merki Carlos Roberto Alves da Silva Catia de Oliveira D’Urso Daniela Silva Alves dos Santos Danielle Vieira Sobral Danilo Hugo de Vilas Boas Denise Guedes da Silva Edna Pedrozo Elaine Maria da Silveira Elenice Aparecida Motta Elizabete Crispim da Silva Erick Fernando Poletti Fabiola Andrade Milano Silva Giselle da Costa Arraes Irani Espedita Portela Isabel Ap. Faria de Lima Jose Divino da Silva Marcelo Vagner Bruggemann Maria Apa Pupo Gonçalves

Maria Luiza Leite Pacola Maria Madalena Scavassa Marli de Fatima Terra Hana Marta Missias dos S. Silva Leite Nilza Ribeiro Garbini Renata Moraes Hernandez Rosangela Correa Augusto Sarah Gabriel de Oliveira Sérgio Donizetti de O. Rodrigues Silmara Di Sandro Rosolen Simone Pereira Dutra Valadares Solange de Morais Toledo Tania Floriano Moura Walquíria Sales Hernandez Equipe de apoio: Adriana Silva de Almeida Ana Aparecida da Silva Ana Paula Oliveira Celso Henrique de Doná Guilherme Augusto Matos Anitelli Jéssica Paula Cortes de Oliveira Juliana Dias Paixão Marcia Cordeiro de Lima Marcilene Costa da Fonseca Maria Auxiliadora de Luna Maria de Jesus dos Santos Rosimeire Dias Sandra Regina Bastos Soares Silva Vivian Fernanda de Araujo Silva Dirigente Regional de Ensino – Região Caieiras: Celso de Jesus Nicoleti Supervisor de Ensino: Joaquim da Costa Filho


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.