ABLSAN SHOPPING CENTER REVISTA - EDIÇÃO 3

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EDITORIAL Caros leitores, “Todo caminho da gente é resvaloso. Mas também, cair não prejudica demais: a gente levanta, a gente sobe, a gente volta”. Em seu poema “Todo Caminho”, Guimarães Rosa define bem o cenário econômico atual, que, inegavelmente, sofre um grande desafio. Porém, é preciso cair para levantar-se passando pelas transformações necessárias em busca da ascensão desejada. Com o mercado de varejo não é diferente, que em meio à crise viu a necessidade de se renovar, trazendo alternativas possíveis para não só passar pelo momento de turbulência, como também, sair dele vitorioso. Para mostrar como tudo isso já está sendo colocado em prática e, o melhor, rendendo bons resultados, a terceira edição da revista Ablsan escolheu empresários e especialistas para contar suas experiências à frente das maiores empresas Brasil a fora. De shopping centers a atacarejos, todos os segmentos apostam na ousadia, planejamento e qualidade para passar por todos os momentos com louvor. Inspire-se nas histórias de sucesso e transforme seu negócio com as estratégias certas para vencer qualquer fase. Aproveitem a leitura e ótimos negócios!

Marcelo Shioda Sócio-diretor da ABLSAN

EXPEDIENTE Soluções e Comunicação

DIRETOR Alex Silva DIR. FINANCEIRA: Antônia Nogueira COORDENADOR DE JOBS: Filipe Souza ASSISTENTE DE TRÁFEGO: Jéssica Oliveira ANALISTA DE MÍDIAS SOCIAIS JR.: Guilherme Reis DESIGNER GRÁFICO E SUPERVISOR: Fernando Schatzmann DESIGNERS GRÁFICOS: André Santana, Leonardo Sequine, Rafael Del Valle e Pedro Henrique JORNALISTA RESPONSÁVEL: Juliana Barbosa - MTB 70.816 JORNALISTAS JÚNIOR: Amanda Chrispim e Amanda Vaz IMPRESSÃO: Duo Graf TIRAGEM: 4 mil exemplares

CRECI: 023163-J

Sócio-diretor: Marcelo Shioda Diretor-executivo: Carmello Moidim Junior Gerente-financeiro: Márcio Shioda Gerente-comercial de Shopping Centers: Maurício Shioda Gerente-comercial de Strip Centers: George Alexandre Colaborador: 7ponto1 Expansão para Redes de Varejo

IMAGEM CAPA: Stock-Photo Alameda Meyer Joseph Nigri, 513 - Cidade Cruzeiro do Sul / 08673-170 - Suzano/SP

SUGESTÕES E DICAS: contato@alpem.com.br 11 4295-1230 / 11 4743-1569 / 11 2834-9673

Conselho Editorial: Marcelo Shioda, Carmello Moidim, Alex Silva, George Alexandre e Juliana Barbosa Sugestões e dicas: (11) 2451-2054 / 4970-0229 - www.ablsan.com.br Rua Jesuíno Rabelo, 489 - Guarulhos/SP

COMERCIALIZAÇÃO Todos os empreendimentos que constam nesta revista são comercializados pela empresa ABLSAN

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A Revista ABLSAN é uma publicação da Alpem Soluções e Comunicação, sob licença da ABLSAN Planejamento e Comercialização de Shopping Center com distribuição gratuita dirigida para superintendentes, gerentes de marketing, coordenadores de marketing, diretores de franquias, empreendedores de shopping centers, diretores de âncoras, visitantes da feira ABF, colaboradores e parceiros de negócios. Sua venda é proibida. É permitida a reprodução das matérias, desde que previamente autorizadas por escrito pela ABLSAN. O conteúdo dos anúncios publicados nesta revista é de total responsabilidade dos anunciantes, bem como opiniões emitidas e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando a opinião da Revista ABLSAN/Alpem Soluções e Comunicação. Os colaboradores com textos/conteúdos não possuem vínculo empregatício em conformidade com as leis trabalhistas.


S umário 6

Estratégia de mão dupla Ablsan e Office Shopping Merchandising somam forças

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Taboão Plaza Outlet Saiba mais sobre o espaço que será inaugurado em novembro de 2016

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Curitiba Outlet e Manaós Outlet Novidades da Gold Sea Investiments Brazil

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Como aumentar a flexibilidade nos negócios Entrevista com Marcelo Souza, diretor de marketing da Golf Play

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Como reinventar o seu negócio em meio à crise Empresários e especialistas dão dicas de como aproveitar o momento e inovar

Plaza Shopping Carapicuíba

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Investindo em Shopping Center em tempos de crise Entrevista com João Costa, presidente do Grupo Del Rey

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O varejo na contramão da crise Entrevista com Fábio Longo da Sketch Mens Collection

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As novas apostas do Q!Bazar Entrevista com Tito Passos, idealizador da marca

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Plaza Shopping Jacareí Informações sobre o centro de compras mais esperado do Vale do Paraíba

32 O Shopping Center além das compras Entrevista com Sérgio Gomes, presidente do grupo SGPAR

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A receita do segundo milhão Entrevista com Antônio Wagner Neves do The Burgers O futuro dos Outlets no Brasil Entrevista com Alexandre Caiado, presidente da Gold Sea Participações S/A

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Boavista Shopping Mais um negócio de sucesso do grupo SGPAR

Aeroporto de Brasília: um empreendimento de destaque Entrevista com Graciano Garcia, superintendente comercial e de desenvolvimento imobiliário da Inframerica


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Continental Shopping Detalhes do novo shopping da zona oeste de São Paulo

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Franquias em Shopping Centers: convergência de oportunidades e aspectos legais Artigo por Rodrigo Calabria, sênior associate da Dessimoni & Blanco Advogados

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Pequenos grandes negócios Entrevista com Felipe Malburg, sócio nas Academias e Metodologia Gustavo Borges

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Power Center Cica Conheça detalhes do empreendimento Crescimento do atacarejo e a mudança de consumo do cliente Entrevista com Fernando Bara, diretor geral do Tenda Atacado Little Tokyo O primeiro centro de compras temático voltado para a cultura japonesa

58 As novas tecnologias modernizando o cinema Entrevista com Gilmar Leal, presidente do Cineflix

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Reinventando o mercado em meio à crise Entrevista com Jason Vieira, economista chefe da Infinity Asset

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A influência da arquitetura no varejo Entrevista com Jayme Lago, arquiteto titular do escritório Jayme Lago Mestieri

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Notas de Mercado Novidades do varejo e franchising

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Pátio Cotia Detalhes do empreendimento localizado no interior de São Paulo


matéria de capa

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E stratégia de mão dupla Imagem: www.mdhf.ca

Parceria entre Ablsan e Office Shopping Merchandising oferece um serviço completo aos lojistas

De um lado uma empresa com mais de 20 anos de mercado que auxilia empreendedores da área de shopping centers a comercializar seus espaços. Do outro, um negócio especializado em atender lojistas de centros de compras. Quando as duas resolvem se unir, o resultado só pode ser uma parceria de sucesso, como é o caso da Ablsan e da Office Shopping Merchandising, que somaram forças para expandir os negócios. “Às vezes, as necessidades dos dois segmentos têm pontos em comum dentro de um equipamento e, havendo interação e cooperação entre as empresas, o lojista e o shopping saem ganhando pela agilidade e praticidade, sem falar no aumento de oferta aos nossos clientes que necessitam de oportunidades o tempo todo”, explica Marcelo Shioda, sócio-diretor da Ablsan. Outra grande vantagem que o trabalho em conjunto oferecerá aos clientes é um projeto de expansão ainda maior. “Como temos forte presença na América Latina, podemos conduzir a expansão das marcas com muito mais facilidade. Como, por exemplo, no caso da Empório do Aço, que abrirá suas unidades na Colômbia, junto a Office Shopping Colômbia. Este tratamento também poderá ser oferecido aos clientes da Ablsan”, completa Cristiano Tassinari, diretor executivo da Office Shopping Merchandising. Apesar de ainda recente, a estratégia de mão dupla adotada pelas empresas já rende bons resultados. 6

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“Um projeto interessante foi feito no Tenda Atacado onde comercializamos as galerias e a Office Shopping já iniciou as locações de mall e mídia, potencializando receitas para o empreendimento”, afirma o sócio-diretor. As expectativas não poderiam ser melhores e ambos os lados estão confiantes que a parceria renderá excelentes soluções para fazer dos processos de prélançamento dos centros de compras e suas lojas um negócio planejado e eficiente. “Somos uma empresa cujo DNA é varejista e com isso houve uma facilidade em qualificar as comercializações de lojas nos centros comerciais. O crescimento da empresa aconteceu naturalmente após vários cases de locações em situações extremas e difíceis conseguirem, de forma rápida, um aumento de seu desempenho, onde os lojistas conseguiram estabilizar vendas e seus lucros. Atualmente, atendemos de forma exclusiva oito shoppings em funcionamento, 10 shoppings em construção, dois aeroportos, três strip centers, um power center e 41 galerias de mercados”, conta Shioda. Já a Office oferece os seus serviços há 23 anos e é especialista no ramo. “Atendemos hoje nas áreas de locações temporárias, eventos, projetos especiais, mídia e merchandising de 38 malls de norte a sul. Há quatro anos, passamos a atuar também com os hipermercados, atendendo as principais redes de varejo do Brasil. Em 2015, criamos a Office Midia ooh, que comercializa mídia em transportes urbanos (trens, ônibus, metrô e barcas), shoppings e hipermercados”, acrescenta Tassinari.









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nvestindo em Shopping Center em tempos de crise

Foto: Guilherme Bessa

“Queremos fortalecer os lojistas para que alcancem o sucesso com seu investimento, além de apoiá-los nos momentos de dificuldades. É assim que se formam as parcerias sólidas e duradouras”. - Nome completo: João Batista Costa - Cargo: Presidente do Grupo Del Rey - Formação acadêmica: Formado em direito pela Faculdade de Direito de Itu - Experiência Profissional: administrativa (empresário)

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Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) estima para 2016 a alta de 12% nos investimentos do setor em novos projetos e expansões. Ainda segundo a entidade, as vendas nesses centros de compras cresceram 6,5% em 2015 e devem manter a mesma expectativa para 2016. Foi de olho nessa fatia crescente do mercado que o Grupo Del Rey, conhecido na zona oeste do estado de São Paulo na área de transporte e logística, resolveu inovar e construir o Plaza Shopping Carapicuíba, primeiro e único shopping da cidade. Com mais de 80 mil m² de área construída, distribuídos em cinco pavimentos, o novo centro de compras terá como foco as classes B e C, 216 lojas, 6 âncoras, 23 operações de fast-food, 1050 vagas de estacionamento coberto e um amplo cinema da rede Cinépolis com 1277 poltronas em uma área de 2.278 m². Entre as cinco salas, três disponibilizarão a tecnologia 3D ao público, sendo que a maior delas abrigará 386 lugares e uma tela gigante de 9 metros de altura e 18 metros de comprimento. Ainda no segmento de entretenimento, 672 m² do Fantasy Park garantirão a diversão do público infantil, com 55 brinquedos e games. Conheça os detalhes da implantação desse grande complexo, com data de lançamento para setembro de 2016.

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Entrevista João Costa - Quais suas perspectivas em investir nesse ramo? Por que resolveu entrar nesse segmento? Decidimos entrar nesse segmento por um desejo de diversificar os negócios do Grupo Del Rey, reconhecido pela trajetória bem sucedida no ramo de transportes e logística. Estamos na região há muitos anos e Carapicuíba tem cerca de 500 mil habitantes, mas nenhum shopping. Nossa pesquisa mostrou que a população local sente falta de entretenimento, lazer e boas opções de comércio. O empreendimento está localizado em uma área que promete ser um novo polo varejista na região. Além disso, esperamos elevar o convívio social, oferecendo um espaço seguro e aconchegante para as famílias. - Como vê esse cenário de crescimento mesmo no ano em que a crise econômica se instalou? Quais fatores podem ajudar o setor a crescer? Os últimos anos têm sido desafiadores para todos os setores da economia, com incertezas e riscos para os investidores. Ainda assim, o segmento de shopping centers conseguiu crescer diante deste cenário por diversos fatores. Realizamos pesquisas antes da elaboração do projeto e constatamos que o público se mantém fiel a um shopping quando se identifica com um espaço adaptado às suas necessidades. O fenômeno de interiorização dos shoppings hoje é uma realidade no país. Muitos empreendimentos vêm sendo inaugurados em cidades menores, com até 100 mil habitantes e passam a ser a principal atração no município. Um empreendimento como este é muito bem visto por trazer inúmeros benefícios à população local, como a reunião de lojas e serviços em um só lugar, a valorização da região no entorno, o crescimento do comércio e a movimentação da economia. - Em que tipo de serviço você pretende apostar para se diferenciar de outros estabelecimentos do ramo? Estamos construindo um shopping voltado para as necessidades do público da cidade, com cinema, playground e uma intensa programação de eventos gratuitos e atrações itinerantes. A área de gastronomia também será um atrativo com 23 operações de fast-food na praça de alimentação, incluindo nomes como Burger King, Spoleto, Bob’s e outros, além de dois restaurantes. Por fim, como já é uma característica do Grupo Del Rey em todos os outros negócios, vamos levar para o shopping o atendimento próximo tanto com o público interno como com o externo. Esse é um grande diferencial. - Em tempos de crise na economia, investir em empreendimentos de alto custo pode se tornar arriscado. Quais foram as principais cautelas para que o projeto fosse feito de forma sólida e eficiente? Com a instabilidade, muitos investidores e empresários estão mais cautelosos em assumir novos desafios, mas o projeto do Plaza Shopping Carapicuíba tem muito embasamento. Estamos certos sobre o sucesso desse empreendimento e do quanto ele está sendo importante para a cidade na geração de mais de quatro mil empregos, sendo 2.500 diretos e 1.500 indiretos, e no giro da economia local. Para ingressar no mercado de shoppings, procuramos profissionais que entendem do setor para conceber esse empreendimento grandioso. O país não

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pode parar, apenas temos que estudar bem o segmento no qual estamos apostando para fazer as melhores escolhas, com chances de erros mínimos. Nossa gestão é humanizada, pois os negócios precisam dar certo! É nisso que acreditamos e foi dessa forma que crescemos e continuaremos a crescer. - Como você avalia a forma como o setor tem levado esse momento de crise? Acredita que essa “turbulência” pode gerar experiências positivas? Sim, claro! Sou empresário há mais de 50 anos e já vivenciei diferentes momentos na economia. Períodos como esse exigem mais criatividade e uma movimentação diferente nos negócios, mas isso é sempre positivo. Do limão se faz a limonada.

- Qual a melhor saída para fidelizar clientes e ganhar novos, considerando o tempo em que vivemos e a grande concorrência? O atendimento faz toda diferença. Precisamos nos aproximar do público para entender o que ele realmente quer e precisa. Nossa equipe está atenta a isso desde a construção do shopping. Nesse período, eu ia pela manhã a Del Rey e almoçava com os operários na obra. Dessa forma, conseguia estar mais próximo de tudo que acontecia por lá. É com essa mesma visão que vamos gerenciar o shopping quando abrir as portas. - O fluxo de visitantes caiu 2% em janeiro de 2016, de acordo com o Indicador de Fluxo em Shopping Center (Iflux), desenvolvido pelo Ibope Inteligência e o Mais Fluxo. Esse tipo de informação preocupa? Como trabalhar para reverter esse quadro? O índice de desemprego no país está muito alto e isso reflete no poder de compra do brasileiro. Todo esforço da nossa equipe será no sentido de atrair fluxo para o nosso empreendimento. É importante que cada lojista também faça a sua parte nesse período, a partir de iniciativas próprias. Essa sinergia entre o shopping e o lojista faz toda a diferença para mudar esse quadro.

- O marketing dos shoppings pode ser uma porta de entrada para que um novo público seja atingido. Como encontrar soluções eficazes para investir no setor? O departamento de marketing dos shoppings hoje precisa trabalhar com verbas enxutas e isso exige mais criatividade na elaboração das campanhas e ações. A experiência dos clientes no centro de compras faz toda diferença, seja nos eventos, nas atrações e no atendimento próximo e eficiente. A campanha de lançamento do Plaza Shopping Carapicuíba enaltece nossa proposta de sempre oferecer mais, seja em lazer, em diversão ou em lojas. Temos o desafio de fazer mais com menos e a aposta do marketing nesse momento é na inovação. - Como usar promoções e datas comemorativas a favor de resultados positivos? As principais datas de comércio sempre movimentam a economia durante o período. Pretendemos investir em campanhas atrativas que enalteçam esses momentos aos olhos dos consumidores, promovam experiências diferenciadas e também reforcem as ações dos lojistas. www.ablsan.com.br

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Entrevista Fábio Longo

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O varejo na contramão da crise Foto: Henrique Rizzo

“Quem consegue ter o pé no hoje, mas com o olho no futuro, vai conseguir vencer no ramo. Olhar só pra frente não te faz enxergar as oportunidades que estão surgindo agora”.

- Nome completo: Fábio Longo - Cargo: Diretor de expansão da Sketch Mens Collection - Formação acadêmica: Administração e Recursos Humanos - Experiência Profissional: é responsável pela reestruturação e expansão da Sketch Mens Collection 16

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atual situação econômica do país vem preocupando diversos setores. Porém, os empreendedores não podem se basear somente na atual situação política/econômica e devem acreditar que o momento pode, sim, ser favorável para que bons resultados sejam gerados. É o que acredita Fábio Longo, Diretor de Expansão da Sketch Mens Collection, rede de moda masculina. Com mais de 25 anos de experiência e, com sua forma de olhar o momento atual, ele fez com que a empresa crescesse em dois anos o que cresceria em 25. Na entrevista abaixo ele comenta como crescer na contramão da crise.

- Até que ponto as promoções podem ser rentáveis para os varejistas? Como usá-las a favor do seu negócio? É preciso olhar o todo. O lojista precisa saber onde ele quer chegar com a promoção. Se é pra fazer guerra de preço, divulgar a marca ou girar o estoque da loja. Ao final do processo, deve-se avaliar se a quantidade de clientes aumentou e se estão satisfeitos, se a marca ficou conhecida e se o estoque saiu e, com isso, passou a ter maior fluxo de caixa. Promoção às vezes é uma estratégia muito sadia. Agora, queima de estoque por si só pode denegrir a imagem da marca.

- Investir no varejo pode ter custo inicial alto. Quais são as principais cautelas que o empreendedor precisa ter para começar no ramo? Quando se é empreendedor não basta saber fazer contas e ter boas ideias. Precisa conhecer de tudo um pouco, desde o ramo imobiliário pra escolher um bom ponto, saber muito bem das tratativas comerciais para fazer uma boa negociação, escolher um segmento em crescimento e que se identifica e, o mais importante de tudo, precisa ser um excelente gestor de RH. O empreendedor vai precisar contratar pessoas, treiná-las e fazer que elas acreditem nele e no projeto. E, ao final de tudo, precisa ter lucro. Então, é uma situação bem complexa. O que está acontecendo agora, nesta crise, é a aparição de muitas oportunidades. As pessoas acreditam que o momento é arriscado e que devem aguardar o aquecimento do mercado. Nós acreditamos que o momento é de observar e aproveitar as oportunidades que estão surgindo.

- Como treinar a equipe para não só atender, mas satisfazer o cliente? Até que ponto o atendimento faz a diferença no varejo? Quando se tem um bom ponto comercial, qualidade e preço, 50% da operação é o atendimento. Se o empreendedor tem tudo isso e as vendas estão abaixo do esperado, ou a estratégia está errada ou o problema está na gestão da equipe. A crise será passageira para alguns e fim da linha para outros, o segredo está na forma com que cada um se preparou. Quem fez a lição de casa vai surfar nessa onda, caso contrário, vai se afogar. - Qual a perspectiva de mercado para os próximos cinco anos? Para nós, fantástica. Viemos de 27 lojas em 2013 e esse ano vamos ultrapassar a barreira de 100 unidades em todo território nacional. O segredo é manter uma marca contemporânea, com produtos de qualidade, preço justo e preocupação voltada ao sucesso de cada unidade franqueada.



Entrevista Tito Passos

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A s novas apostas do Q!Bazar “Na crise também surgem novas oportunidades!” Foto: Alexandre Maluf

evento até chegar ao que é hoje? No ano seguinte ao início dos trabalhos, em 1999, recebemos uma proposta de implantar a operação em um centro comercial com várias lojas desocupadas. Foi, praticamente, o primeiro outlet itinerante do país. Em seguida, foram surgindo oportunidades em parcerias com outros shoppings. Até surgir a chance de locarmos uma área de 12 mil metros quadrados no Jockey Clube de São Paulo. Permanecemos nesse local por treze anos consecutivos, realizando eventos duas vezes por ano com mais de setenta operações. As atividades também foram realizadas, ao longo de dez anos, no antigo Centro Textil (ITM Expo) em duas oportunidades anuais. - Quando o evento deve voltar a acontecer? Estamos adaptando o formato a outros caminhos do varejo. O bazar pode voltar a acontecer a qualquer tempo em diversas regiões do país. É apenas uma questão de momento.

- Nome completo: Tito Passos - Cargo: idealizador e fundador da marca - Formação acadêmica: Arquitetura - Experiência profissional: Richards SP, Studio Two Imports, Megabazar e Q!Bazar

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udo começou em 1998 quando o mercado de moda não encontrava soluções para as mercadorias de coleções passadas paradas em seus estoques. Para suprir essa necessidade, foi criado o Q!Bazar, operações pontuais de trinta dias com a participação de diversas marcas em locais diferentes da cidade de São Paulo. Hoje, com mais de 15 anos de sucesso, a empresa segue na busca por inovações, apostando em novos segmentos, como lojas online e física - localizada no Jardim Paulistano, na capital. Tudo claro, sem abandonar seu formato tradicional, a qual seu público está tão acostumado. Tito Passos comenta a evolução do Q! Bazar e os planos para daqui em diante.

- O Q! Bazar implantou um jeito totalmente novo de comercialização de produtos. Como foi a evolução do 18

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- Falando em novidades, como surgiu a ideia de adaptar o negócio para uma loja online? No início deste ano um grupo de investidores que já atuava há algum tempo no mercado online se interessou pelo nosso negócio. Eles acreditaram que esse era o momento de investir em uma marca reconhecida, que fosse sinônimo de oportunidade e descontos, para criar duas operações simultâneas: uma online e outra offline. Assim, os clientes passariam a ter a possibilidade de escolher o caminho mais conveniente para realizar suas compras. - E como foi a adaptação para uma loja física? Quais cuidados foram tomados para que essa transição acontecesse de maneira sólida e eficiente? Foi uma questão de posicionar a primeira loja em um local com grande visibilidade e com um espaço mínimo de 500 metros quadrados em uma região nobre da cidade para atingir um público de qualidade com todo conforto e estacionamento no local. - E como estão os negócios hoje? Como o Q! Bazar tem lidado com a crise? Acreditam que essa é uma fase de expansão e crescimento? Sim, acreditamos que o caminho nesta fase é de expandir a rede de lojas físicas e incrementar a parceria com grandes marcas que pretendem desovar seus estoques também no mercado online de uma forma rápida e eficiente. - Quais as principais novidades o Q! Bazar está preparando para os clientes? Este ano pretendemos abrir mais três lojas físicas em regiões estratégicas da cidade.



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A receita do segundo milhão Foto: Alpem

“Os sonhos se concretizam a partir do momento que você acredita e trabalha para realizá-los.” - Nome Completo: Antônio Wagner Neves - Cargo: Presidente da rede The Burgers - Experiência profissional: “Minha vida toda eu trabalhei com isso. Comecei quando tinha 10 anos de idade na lanchonete de meu pai”. - Formação acadêmica: Formado em Administração de Empresas, com diversas especializações em franchising e expansão de franquias.

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ma margem de lucro líquido entre 18 e 23% e retorno de investimento entre 12 e 36 meses, cardápio diferenciado segmentado com melhor custo benefício, sistema de gestão prático e eficiente e sinergia entre franqueadora e franqueado. Esses são alguns dos ingredientes principais do sucesso da rede The Burgers. A história da franquia começou há 37 anos com o Sr. Antônio Neves, na cidade de Presidente Alves, a 400km de São Paulo, com a ajuda da esposa Maria Eroni Neves e do filho Antônio Wagner Neves. Juntos, transformaram um trailer de sanduíches em uma lanchonete na cidade de Bauru e, posteriormente, em uma rede de Casual Dining presente em cinco estados brasileiros. Mais que receitas de sanduíches, 22

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saladas e pratos diferenciados, Antônio Wagner Neves garante ter a fórmula certa para recuperar seu investimento, entre R$500 mil e R$1,2 milhão para implantar uma unidade franqueada. Esse segredo ele revela na entrevista adiante. O The Burgers começou com seu pai. Você pode contar um pouco mais de como foi esse início? Após 10 anos trabalhando em um trailer de lanches, meu pai montou uma lanchonete no centro da cidade de Bauru. Foi quando comecei a trabalhar com eles fazendo sanduíches, minha mãe na fritadeira e meu pai no atendimento aos clientes e no caixa. Depois da primeira loja, inauguramos uma segunda unidade na mesma cidade. Nessa época eu já cursava Administração de Empresas e sonhava

em tornar o The Burgers uma franquia. Qual foi a sua primeira loja franqueada? Primeiramente montei mais três lojas próprias porque, para você franquear, é necessário ter uma grande expertise para assegurar o investimento do franqueado. Depois, inauguramos a primeira franquia no Mato Grosso do Sul. Seguiram-se a esta as unidades de Santa Catarina, Alagoas e da capital paulista. Quando começou a visualizar o projeto, você ainda estava na faculdade. Qual era o seu maior objetivo? Minha família se dedicou 37 anos à empresa e eu já estou há 23 anos trabalhando nisso. Quando você tem um negócio


Entrevista Wagner Neves assim, naturalmente, sempre busca se aprimorar, fazer o melhor para o negócio e se envolve com pessoas que tem o mesmo propósito. Hoje, meus franqueados, juntamente com minha equipe, fazem um trabalho de desenvolvimento constante. Foi uma soma de critérios e trabalhos para conseguir seguir com sustentabilidade e um alicerce sólido. E quais são os planos futuros? Nosso Business Plan é implantar mais 20 lojas no estado de São Paulo até 2018. Também fizemos uma parceria com a Brandini Consult para a expansão em todo território nacional. Já estamos com quatro novas lojas em fase de minuta de contrato e buscando caminhos para crescer também nos Estados Unidos. Quando você percebeu que o sonho era algo possível? Desde pequeno tive esse exemplo dentro de casa e acompanhei meu pai trabalhando dia a dia na construção do negócio. Quando montamos a segunda unidade na cidade de Bauru, visualizei a possibilidade de expansão da rede e me dediquei para concretizar esse sonho. Pois acredito que os sonhos se concretizam a partir do momento que você acredita e trabalha para realizá-los. Quais os grandes diferenciais do The Burgers? Primeiro, nosso cardápio não é focado em um único público. Temos opções para todos os gostos, desde crianças, adolescentes, homens e mulheres. Aqui, você saboreia hambúrgueres de altíssima qualidade e também pode aproveitar uma massa ou uma salada. Além disso, todo o negócio é planejando e pensado no melhor custo-benefício. Desde nossas cozinhas, com foco na alta produtividade e com baixo consumo de energia elétrica, até treinamentos agressivos para a equipe melhorar a rentabilidade das unidades. Apoiamos os franqueados desde a parte de marketing, T.I., planejamento estratégico, projeto arquitetônico, consultoria de campo, até o pós-venda para entender o perfil do cliente. Todo o negócio foi muito bem pensado para que tanto a franqueadora quando os franqueados tenham resultados e todos fiquem satisfeitos. Como o cardápio foi desenvolvido? O cardápio teve várias fases até chegar aqui.

A versão mais recente foi desenvolvida com o apoio de três chefs com perfis distintos. Um somente para o desenvolvimento de molhos, outro para desenvolver produtos gourmet e um terceiro para aprimorar o nosso blend de carnes e o receituário pré-existente de nosso mix. Você acredita que todo o caminho que percorreu ao lado do seu pai colaborou no processo de implantação e crescimento da franquia? Eu acho que tudo que a gente aprende na vida é de grande importância. No meu caminho não foi diferente. Desde saber grelhar uma carne, abordar um cliente, entender os processos gerenciais de restaurantes... tudo foi uma soma de experiências que contribuíram para que o negócio chegasse aos dias de hoje. Qual o segredo do seu sucesso? O maior segredo é o carinho e o cuidado que a gente tem com os nossos clientes, além do trabalho de desenvolver produtos que tocam o coração das pessoas, o que faz com que elas, mesmo estando do outro lado da cidade, venham comer no The Burgers. Não é somente produto e preço. É uma experiência diferente que proporcionamos aos clientes desde sua chegada até o momento em que comem a sobremesa e retornam para suas casas. Porque vale a pena investir em uma franquia The Burgers? Os nossos franqueados têm conseguido retorno do investimento inicial de 12 a 36 meses. Temos casos de franqueados que recuperaram o investimento em 10 meses. Vocês têm certeza que o valor do investimento inicial é garantia de retorno? Sim. A certeza é absoluta. Não é um negócio que surgiu do nada e sem estrutura. É resultado de planejamento detalhado, muita experiência de mercado e uma sequência de trabalhos estruturados durante esses 30 anos de existência do The Burgers. Seguindo os padrões que a franquia exige, os planejamentos que apresentamos e trabalhando sério, com certeza, o retorno vem. Qual o processo para se tornar um franqueado The Burgers? Nós temos um responsável pela expansão na cidade de São Paulo e nosso escritório central está sediado em Bauru.

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Primeiro deve ser preenchida uma ficha cadastral que vai para nosso comitê de aprovação de LEADS. O perfil do franqueado é avaliado e tem que estar de acordo com nosso Plano de Expansão. Temos um Plano Estratégico de Expansão e Crescimento que foi definido depois de analisarmos o mercado e a concorrência em cidades e regiões onde as franquias devem ser instaladas. Partindo disso, é feita uma prospecção de ponto comercial na região onde será implantada a unidade, negociação de termos econômicos, locação ou compra do imóvel. Fazemos um projeto em 3D, um memorial descritivo e quantitativo, o valor do investimento e, depois, a adequação do imóvel em questão, o planejamento do treinamento e até a inauguração da unidade. Em média, montar uma loja demora em torno de 90 a 120 dias. Depois de aberta a loja, como é a relação da franqueadora com os franqueados? Vocês continuam acompanhando todos os processos das unidades? Os franqueados são como filhos e a franqueadora sempre tem que estar presente orientando. É isso que torna o negócio sólido. Todos estão com o mesmo objetivo de fazer a rede crescer. Acompanhamos o dia a dia de todas as lojas. É uma soma de processos, padronizações e cuidados com os franqueados e com os clientes que fazem com que o The Burgers tenha o sucesso que tem hoje. Como fundamentar a expansão para que continue dando resultados em meio à situação econômica atual do país? Nós do The Burgers não acreditamos em crise, mas em obstáculos. Já tivemos várias fases de dificuldades em outros governos e sempre utilizamos para refletir sobre o caminho que devemos seguir. É um momento de transformação e a melhor forma para isso é avançar, planejar, preparar e se qualificar. Por isso, escolhemos os melhores franqueados e trabalhamos para desenvolver ótimos produtos. O planejamento é o segredo para que, lá na frente, não lidemos com surpresas, mas com coisas concretas. www.ablsan.com.br

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Entrevista Alexandre Caiado

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O Futuro dos

Outlets no Brasil Foto: Divulgação

“Outlet: uma boa saída para o consumidor esperto!”. “Se num cenário econômico favorável comprar mais por menos é o senso comum, em meio a um quadro econômico adverso essa constatação recebe o importante reforço da necessidade.” É com uma lógica simples que Alexandre Caiado, diretor presidente da Gold Sea Participações S/A, projeta com muito otimismo o crescimento para o setor, mesmo em meio à crise. O negócio, ainda recente no país, vem atraindo consumidores e apresentando bons resultados. Hoje, quatro empreendimentos estão em desenvolvimento e, em cinco anos, a expectativa é que pelo menos 25 outlets estejam em operação. Abaixo, Caiado comenta sobre as perspectivas para o setor. - O surgimento de novos outlets no Brasil demonstra o crescimento do setor. Quais fatores contribuíram para isso? Nos últimos anos, com o dólar barato, muitos brasileiros se acostumaram a fazer compras em outlets no exterior. Essa experiência fortaleceu a cultura de consumo no setor e gerou maior demanda para esse tipo de empreendimento.

- Nome Completo: Alexandre Henrique Caiado - Cargo: Diretor Presidente da Gold Sea Participações S/A - Formação Acadêmica: Administração de Empresas - Experiência Profissional: Desenvolvimento Imobiliário

- Acredita que essa etapa de expansão tende a continuar? Quais os avanços que devem surgir para o setor manterse em ascensão? Até 2015, existiam 215 outlets nos EUA e Canadá, com aproximadamente 8 milhões de metros quadrados de área bruta total (ABL). A projeção de crescimento para o setor nos EUA entre 2016 e 2018 é de 48 empreendimentos, que totalizarão 2 milhões de metros quadrados adicionais de ABL, assim como diversas expansões em outlets já existentes. No Brasil, em contrapartida, existem apenas 10 outlets em operação. Mesmo considerando a imensa diferença entre

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o potencial de consumo americano e o brasileiro, há um grande espaço para crescimento a ser explorado. Antes de tudo, é fundamental assegurar ao consumidor as reais vantagens dos outlets, traduzidas objetivamente em preço e mix, pois o brasileiro é muito bem informado e compreensivelmente exigente. Além disso, o consumidor buscará cada vez mais os outlets que proporcionem maior conforto, estética, boas opções de alimentação e até mesmo lazer. - Quais são as dicas e estratégias para quem busca investir nesse ramo? O setor é capital-intensivo e complexo. A melhor maneira de investir é através de empreendedores especializados e o veículo mais eficiente e transparente disponível no mercado para pequenos investidores é o fundo imobiliário. - O que falta para o segmento ganhar uma maior popularidade entre os brasileiros? O termo “outlet” já é muito popular por aqui. No entanto, o seu uso indevido confunde e frustra os consumidores. Com o passar do tempo e diante da natural consolidação do setor, o cliente saberá diferenciar o que é apenas “outlet da porta para fora” e o que é outlet de verdade. Mais importante que investir grandes quantias em publicidade, o empreendedor deve assegurar-se, através de auditorias e pesquisas de satisfação, que seus lojistas efetivamente estejam praticando preços compatíveis com as vantagens prometidas para compra em outlets. O consumidor, sentindo-se traído em suas expectativas, não voltará e passará adiante suas impressões. Por outro lado, respeitadas as promessas, torna-se o melhor agente de publicidade que um empreendedor poderia ter.


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Entrevista Marcelo Souza

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omo aumentar a flexibilidade nos negócios Foto: Gustavo de Moraes

“As empresas ruins ignoram seus concorrentes, as medianas os copiam e as vencedoras os lideram”. Philip Kotler

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ocumentos, processos, licenças... abrir um negócio não é uma tarefa fácil. Exatamente para diminuir o processo burocrático e aliar flexibilidade com rentabilidade, a Golf Play desenvolveu um sistema intitulado de pré-franquias, uma opção inteligente para quem busca economia e preços mais flexíveis na hora de investir em algo novo. O sistema também se torna mais barato por conta da isenção de algumas taxas, o que faz os revendedores terem a opção de investir esse gasto em marketing ou na capacitação de seus funcionários. Marcelo Souza, diretor de Marketing da rede, conta como funciona a novidade.

- Vocês chamam as lojas exclusivas de Espaço Golf Play. O que é e como surgiu esse formato de negócio? O Espaço Golf Play é o formato de lojas da marca baseado em nosso modelo de negócios e no licenciamento do uso da marca. Surgiu na identificação de uma necessidade do mercado de modelos mais flexíveis e menos onerosos aos investidores para adquirirem uma loja de grife.

- Nome completo: Marcelo Souza - Cargo: Diretor de Marketing - Formação acadêmica: Tecnólogo em Gestão de Tecnologia da Informação e Especialista em Marketing. - Experiência Profissional: Consultor de Marketing Estratégico e de Varejo

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- Qual a principal diferença entre préfranquia e franquias? As pré-franquias tem o mesmo modelo de padronização, apresentação e comercialização de produtos das franquias, porém com uma forma mais flexível de trabalho. A isenção de diversas taxas como a de uso da marca, por exemplo, auxiliam o lojista a iniciar seu empreendimento com custos fixos menores. - Os processos burocráticos são mais maleáveis nesse sistema? Por quê? Como esses processos acontecem? A seleção e avaliação do candidato acontecem da mesma maneira, porém

de forma mais humanizada. Gostamos de conhecer pessoalmente os candidatos, vamos até ele em nossa primeira reunião, conhecemos seus desejos e sonhos e, conforme sua capacidade de investimento financeiro e de tempo, sugerimos a melhor solução. A partir disso iniciamos o processo de formalização, porém buscando sempre ser eficiente nesse caminho. Já inauguramos lojas em 15 dias em algumas situações que a oportunidade nos permitiu. - Quais os benefícios que a empresa e o investidor adquirem por trabalhar nesse sistema? O benefício inicial do investidor é que ele já começa o negócio com seu custo operacional reduzido, pois além da isenção de taxas de franquias, o lojista recebe toda a decoração da loja sem custo algum, em forma de comodato pela fábrica. - Você acredita que esse tipo de negócio pode se tornar uma aposta no mercado nos próximos anos? Sim! O cenário atual exige modelos mais flexíveis de negócios. Nos tempos em que vivemos, de um mercado turbulento onde as crises não são mais cíclicas e, sim, praticamente diárias, não ser flexível é estar fadado ao insucesso mais cedo ou mais tarde. - Como conseguir manter a qualidade mesmo com grande concorrência no mercado? A primeira forma de se destacar da concorrência é inovar, sair na frente. Para isso procuramos sempre pensar e agir diferente, procurando formas inovadoras e criativas de driblar dificuldades e se destacar no mercado. A Golf Play tem essa característica na sua essência e foi o que me cativou a mergulhar de cabeça nesse projeto que, particularmente, acredito muito.



palavra de especialista

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omo reinventar o seu negócio em meio à crise

Em tempos como os atuais, pensar nas possibilidades e rever as formas de conduzir os seus investimentos é importantíssimo. Diversos fatores devem ser levados em conta nesse momento e, em meio a tantas questões, o planejamento é o primeiro passo. Confira as dicas de grandes empresários e especialistas para manter o sucesso nos negócios.

Fábio Figueiredo Expansão no Grupo Bittencourt

Avalie seu negócio, organize-se e mantenhase informado sobre tudo que possa lhe causar interferência. Customize recursos e tenha um plano B”. Marcos Hirai Sócio-diretor da GS&BGH

A primeira coisa que precisa ser feita pela empresa é uma análise conivente com o momento. Essa é a hora de ter produtos que casem com o bolso dos consumidores. Preços acima de R$ 100, por exemplo, fazem com que os clientes pensem duas vezes antes de comprar. Aumentar o número de parcelas também pode ajudar. O segundo passo é cortar gastos, revendo as despesas para adequá-las a nova realidade. E, por último, ter uma conversa franca com os fornecedores em busca de um acordo envolvendo descontos ou prazo maiores já que a rotatividade do dinheiro tende a ter atrasos nesse período”.

Adiel Fares Presidente da Clínica Fares

Não existe fórmula mágica para superar um momento de crise. Ele só pode ser enfrentado com a combinação de determinação, trabalho duro e de manter a mentalidade de crescimento. Porém, a primeira coisa é analisar se as suas atividades tem conseguido atender as necessidades de seus clientes. Outra coisa: é preciso montar uma equipe integrada e estimular cursos e workshops para desenvolvimento de seus colaboradores. E, terceiro, é manter um bom relacionamento com todo o setor, profissionais e empresas ao seu redor”.

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Ricardo José Alves Fundador do Griletto e presidente da Halipar, holding que administras as redes Griletto, Montana Grill, Jin Jin Wok, Jin Jin Sushi e My Sandwich

O cenário de crise é uma excelente oportunidade para aprimorar os negócios, pois é quando nos vemos obrigados a rever e melhorar processos com o objetivo de minimizar ou mesmo anular os impactos negativos. O primeiro passo é cortar custos. Se você conta com uma equipe bem preparada, ela será capaz de repensar as despesas e encontrar soluções criativas e eficientes. Em paralelo, é fundamental ter ao lado parceiros dispostos a negociar contratos. O momento de dificuldade atinge todas as escalas do mercado. É evidente a necessidade de se chegar a um denominador comum a fim de garantir a sustentabilidade do negócio de cada um. Destaco, ainda, a importância de não ter medo de mudanças. No final do ano passado, anunciamos a fusão das operações do Grupo J. Alves com o Grupo Ornatus Alimentação. Essa união resultou na Halipar - Holding de Alimentação e Participações, que surgiu como uma plataforma consolidadora no setor de franquias de alimentação, permitindo a integração de novos franqueadores em uma estrutura corporativa dinâmica, que permita alavancar crescimento, melhorar o atendimento aos franqueados, gerar ganhos de escala e poder de negociação para as marcas da rede, além de explorar novas alternativas de negócios. Juntos somos mais fortes para enfrentar a crise. E é com otimismo que projetamos conquistar, em cinco anos, a marca de mil unidades franqueadas e um faturamento de R$ 1,3 bilhão”.



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shopping center além das compras

“Relação harmoniosa entre shopping e lojista resulta em um ambiente atrativo para captação e fidelização de clientes.”

Praias, teatros, parques ou museus. Não são todas as cidades que possuem diversas opções de entretenimento e, por isso, os shopping centers vem inovando e trazendo ao seu público novas formas e atrações para que, além das compras, o espaço seja também uma opção de lazer e diversão. Sérgio Gomes, Presidente do Grupo SGPAR, afirma que o público desse estabelecimento quer se sentir seguro e confortável no ambiente, podendo passar horas ali com a família, aproveitar as áreas em comum do mall e usufruir do mix de lojas e marcas em um só lugar. Além do mais, o setor que parece muito padronizado precisa, cada vez mais, se mostrar como único e exclusivo, aliando criatividade e entendimento de qual é a demanda dos consumidores. Na entrevista abaixo ele comenta sobre as novas tendências do mercado.

- Shoppings são considerados como centro de compras. O senhor acredita que esse conceito precisa mudar? Como fazer isso? Sim, claro! É preciso pensar além desse conceito e investir nas mais diferentes necessidades dos frequentadores. O primeiro ponto é identificar a vocação daquele determinado centro de compras para poder desenvolver o equipamento de acordo com as necessidades e desejos dos clientes. Há algum tempo e, hoje com mais intensidade, usa-se uma estratégia muito eficaz que é utilizar equipamentos multiuso. Ou seja, no mesmo espaço disponibilizar hotel, clínicas, faculdades e academias. Serviços públicos, como o Poupatempo, centro de convenções e outras atividades tornam o poder de atração do shopping muito mais interessante. É também possível perceber a tendência de ousar na arquitetura. Hoje o consumidor pede por espaços verdes, jardins e vida ao ar livre dentro dos estabelecimentos. Porém, é necessário identificar e dimensionar corretamente, pois em determinados mercados, isso não funciona bem. - Como usar atividades de lazer para atrair novos clientes? Sabe que existe uma fórmula infalível? É a de trabalhar também o futuro consumidor: a criança.

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É uma “criaturinha” que influencia muito na decisão do destino do lazer e das compras da família porque, cada vez mais, esse público tem opinião formada e sabe o que quer. Assim, o mall pode exercer uma enorme atratividade, pois tem movimento, cores, diversão e, acima de tudo, novidades. É apostando na variedade de opções e no potencial cultural da região em que o shopping está instalado que conseguimos fazer esse trabalho. - Podemos dizer que investir em atividades de lazer e entretenimento é uma nova tendência para esse mercado? Por quê? Há alguns anos a tendência é promover uma experiência agradável e, de preferência, surpreendente para o cliente. O quesito entretenimento está também inserido nesse contexto de forma muito decisiva e importante. - Quais os principais investimentos que precisam ser feitos para que um mall seja considerado como um espaço de lazer? Quais mudanças precisam ser consideradas em relação a estrutura, serviços, entre outros itens? Um ponto de muita importância que tanto o empreendedor como o lojista devem investir é a qualidade do atendimento, pois sem esse trabalho fica impossível promover uma experiência memorável nos centros de compras. A principal mudança está na atuação das equipes, o resto é consequência. E quando falo das equipes me refiro sempre na relação harmoniosa do shopping e o lojista que resulta numa perfeita e atraente captação de clientes, fazendo do centro de compras a extensão da casa das pessoas e proporcionando felicidade a todos que ali estão. Um ambiente saudável sempre foi nosso lema e a única coisa que não pode faltar no shopping é o lojista que é o picadeiro do circo. Cliente vem, lucro é apenas consequência. - Como os espaços para alimentação podem ajudar nesse novo conceito? Como adequá-los dentro dessa nova proposta? Atraindo os mais diferentes tipos de empresários/parceiros, com variedades gastronômicas e novidades do mercado. A praça de alimentação deve ter, além das lojas de redes famosas, operações que possam oferecer um diferencial dentro do mercado que está inserido, como, por exemplo, um “sabor” da região aliado com o profissionalismo que um centro de compras exige. Ou até mesmo espaços abertos,


Entrevista Sérgio Gomes

um “lá fora” com paisagismo e sensação de se estar na rua, porém com segurança e conforto. - Ações interativas, que aproximam o mall do cliente, são válidas nesse caso? Qual a melhor maneira de organizálas? Tendo uma equipe criativa e comprometida com o equipamento em seus mais diversos conceitos, sendo inquieto no sentido de buscar a satisfação do consumidor como ser humano e estando antenado com as novidades do mercado nacional e internacional. E, claro, ter como foco principal o shopping como um local cada vez mais completo. Existem várias formas de se obter uma conexão com os clientes, até porque a diversidade é enorme e são necessários diversos temas para poder se conectar a todos, usando ações esportivas, culturais, lúdicas, educativas, de saúde, de serviço comunitário, recreativas, sorteios, clubes de vantagens... Enfim, existe um universo de possibilidades para desenvolver ações que possam promover essa aproximação.

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- O Brasil continua sendo atrativo para novos shoppings? Sempre. Para se ter uma ideia, segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), nos EUA, os centros de compras representam 54% do total de vendas do varejo e 14,6% de faturamento em relação ao PIB. Já no Brasil, esses índices chegam, respectivamente, a 19% e 2,8%, o que revela que ainda há muito espaço a ser explorado pelos centros de compras. Hoje o país conta 538 empreendimentos desse tipo, 98.200 lojas, gera aproximadamente 1.032.000 empregos e movimenta R$ 152 bilhões na economia nacional. Mesmo assim nosso mercado é muito jovem historicamente, ainda tem muito a oferecer e não está nem próximo da saturação. Mas é preciso uma economia favorável e senso de empreendedorismo para se investir cada vez mais em qualidade, inclusive qualidade de detalhes dos equipamentos. Há ainda muito o que fazer no Brasil em termos de shopping center, basta arregaçar as mangas e trabalhar incansavelmente que os resultados virão!

- Datas comemorativas costumam aumentar o volume de vendas. Como usar atividades de lazer para aumentar ainda mais esses resultados? Promoções e ações de marketing são válidas nesse caso? Promoções e ações de marketing baseadas no calendário promocional do varejo são obrigatórias para um shopping center em qualquer época do ano. O grande diferencial para aumentar mesmo o volume do fluxo e, consequentemente, de vendas são as atividades desenvolvidas extra calendário. E aí contamos com o marketing de oportunidade, com eventos itinerantes, comemorativos, além de procurar ousar e criar. Mas, em datas comemorativas convencionais que refletem no comércio é preciso cada vez mais investir na criatividade e em campanhas alinhadas com os novos conceitos sociais, ousando e apostando nos desejos mais presentes na imaginação do público daquela região. Muitas vezes, uma viagem, que pode ser um investimento financeiro menor para o equipamento, pode fazer muito mais sucesso como premiação do que um carro zero quilômetro. Isso muda de uma época para outra, é preciso acompanhar essas mudanças sociais e culturais.

Foto: Márcio Oliveira

- A taxa de conversão de shoppings (cálculo da diferença entre o número de pessoas que entra na loja e o número de pessoas que compra algo) é muito alta atualmente. Quais saídas podem ser adotadas para mudar esse cenário? Com a escassez de recursos financeiros no país é natural que o consumidor valorize ainda mais suas compras, faça escolhas com cautela, pesquise preços e tome muito cuidado antes de investir numa compra. Por isso, acredito que além de uma boa exposição dos produtos, de uma grade completa, ambiente agradável, limpo e bem iluminado, um dos caminhos é investir numa das receitas mais antigas do mercado: o atendimento de qualidade, personalizado e muito mais individualizado. Ao entrar numa loja o consumidor merece ser recebido com toda a atenção que puder, mesmo em lojas de autoatendimento como as de departamento. O cuidado nos detalhes e no acolhimento desse cliente é que fazem com que ele decida comprar. Muitas vezes, o tratamento humanizado fala mais alto que o preço do produto.

- Nome Completo: Antônio Sérgio Bezerra Gomes - Cargo: Presidente do Grupo SGPAR - Experiência Profissional: 25 anos de experiência em construção, incorporação e gestão de shopping center

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A eroporto de Brasília:

um empreendimento de destaque

Foto: Aeroporto de Brasília/Divulgação

“Inconformismo em fazer apenas o que é óbvio”

A parceria entre as operadoras Infraero e Corporación América resultou na concessionária Inframerica, responsável por um dos maiores aeroportos do Brasil, localizado em Brasília. A capacidade do terminal é um dos grandes destaques do empreendimento, com a possibilidade de receber um voo por minuto. Com três anos de existência a concessão tornou-se referência no segmento, conseguindo marcas importantíssimas, como o número de 19.8 milhões de usuários em 2015, que o colocou como o segundo maior operador de passageiros. Com o investimento de 1.5 bilhões, o processo de expansão no aeroporto não para, o que faz com que ele se consagre cada vez mais no mercado. Graciano Garcia, superintendente comercial da concessionária, comenta os planos futuros, o segredo para a satisfação completa dos clientes e a coleção de bons resultados. Itens esses que vem sendo o passaporte da empresa rumo ao sucesso. 40

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- Nome completo: Graciano Joaquim Preto Garcia - Cargo: Superintendente Comercial e de Desenvolvimento Imobiliário - Formação acadêmica: Formado em Direito pela FIG-São Paulo e pós-graduado em Marketing e Gestão Imobiliária. - Experiência profissional: atua há mais de 30 anos no setor imobiliário, acumulando experiências nas diretorias de várias empresas no Brasil, em Portugal e na Espanha. Destacou-se em 2006 ao receber, em Cannes-França, dois Óscares do Mercado Imobiliário atribuídos nas categorias de “Melhor Empreendimento Residencial do Mundo de 2005” com o empreendimento “The Lake Resort – Hotel, Apartments & SPA” e o prêmio de “Melhor Shopping do Mundo de 2005” com o empreendimento “Dolce Vita Coimbra”.

- Qual a origem da Inframerica? A Inframerica, concessionária do Aeroporto de Brasília, é fruto da união da Infraero (49%) e da Corporación América (51%), holding argentina conhecida como a maior operadora aeroportuária privada do mundo, que administra 54 aeroportos em sete países. - Desde a concessão do Aeroporto de Brasília, quais foram as principais obras realizadas? A Inframerica assumiu a administração do Aeroporto de Brasília em dezembro de 2012 e iniciou de imediato as obras de reforma e ampliação que o prepararam para a Copa do Mundo. O Terminal cresceu significantemente com a construção das novas salas de embarque - os Píeres Sul e Norte, o aumento do Terminal de 60 mil m² para 110 mil m², 2000 vagas de estacionamento, duas taxyways, 20 novas pontes de embarque, representando um investimento de 1,5 bilhāo de reais. Hoje temos um aeroporto mais confortável, moderno, com novas áreas comerciais e preparado para receber até 21 milhões de passageiros ao ano. O fluxo anual de passageiros no aeroporto cresceu cerca de quatro milhões em pouco mais de três anos de gestão da Inframerica, posicionando-nos como o segundo aeroporto do Brasil em movimentação de passageiros.


Entrevista Graciano Garcia

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A cidade-aeroportuária mudará o conceito de entretenimento da Capital Federal

- Quais são os planos futuros para o Aeroporto de Brasília? A crescente movimentação de passageiros e o posicionamento geográfico do aeroporto criam condições únicas no Brasil para o desenvolvimento do Conceito de Cidade Aeroportuária. Estamos numa fase muito avançada de elaboração do Master Plan deste complexo imobiliário, tendo como base o conceito de Aerotrópolis. Acredito ser plenamente viável que o início das obras ocorra ainda no segundo semestre de 2016. Faz parte deste projeto a construção de um novo Terminal Internacional e ampliação do Terminal Doméstico, uma nova área comercial, novas vagas de estacionamento cobertas, cinco hotéis, 30 edifícios de escritórios, um outlet, atividades diversas ligadas à saúde e ao ensino, Storage Park, além de outras atividades que farão do Aeroporto de Brasília um destino comercial e de lazer muito importante para os quase três milhões de residentes e para os viajantes que aqui se deslocarão, contribuindo para o aumento do turismo na Capital Federal. - Quais os benefícios imediatos que este projeto traz para a cidade? Brasília é carente de equipamentos comerciais e de lazer. As ofertas são escassas e a população está sedenta de novos espaços que proporcionem atividades lúdicas diferenciadas. A cidade tem uma das maiores rendas per capita do Brasil, pouca oferta comercial, facilidades de acesso e uma boa aptidão pelo consumo. São frequentes e demoradas as filas de espera nos bons restaurantes, cinemas, bares ou outras atividades de fim de tarde ou final de semana. A cidade-aeroportuária mudará o conceito de entretenimento da Capital Federal criando um novo destino com atividades diversas corretamente dimensionadas. Muito importante também referir o enorme volume de

capital investido, superando 3,5 bilhões de reais, e a geração de novos empregos, aproximadamente 13.000 novos postos de trabalho direto. – Qual será o primeiro empreendimento a ser lançado? Estamos na fase final de aprovação do Projeto Terminal JK cujas obras deverão ser iniciadas em meados do segundo semestre de 2016 e abertura no quarto trimestre de 2018. Este empreendimento tem como finalidade primária a ampliação do aeroporto e será construído no atual estacionamento descoberto. Representa um investimento aproximado de um bilhão de reais. - Quais serão os grandes diferenciais do Terminal JK? É um complexo imobiliário composto pelo Terminal Internacional, 280 lojas, Deck Parking com 4.000 vagas de estacionamento, dois hotéis 4 e 5 estrelas, dois edifícios de escritórios, restaurantes, bares, novas áreas de check-in e despacho de bagagem. Trata-se de um projeto inovador, sem precedentes no mercado aeroportuário e transformará o Aeroporto de Brasília num dos mais bonitos e modernos do mundo, trazendo mais conforto para o passageiro e atraindo a população da cidade com uma oferta comercial diversa e qualificada. - Como avalia o seu investimento considerando o atual cenário econômico do Brasil? A ousadia da Inframerica em investir fortemente no Aeroporto de Brasília, mesmo nesta fase menos favorável da economia brasileira, tem sido merecedora de um grande apoio do Governo do Distrito Federal que, recentemente, anunciou um Plano de Mobilidade Urbana onde contempla duas linhas de BRT ligando o aeroporto à rede de Metrô e Estação Rodoviária Central no Eixo Monumental. www.ablsan.com.br

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Tradição desde sempre!

Ser um dos primeiros shoppings do Brasil ĂŠ a prova da credibilidade deste empreendimento. Afinal, sĂŁo 41 anos impulsionando vendas e fidelizando ainda mais clientes.

41 ANOS DE SUCESSO 3 PISOS E 1 BOULEVARD DE SERVIÇOS 190 LOJAS E 1.439 VAGAS DE ESTACIONAMENTO AMBIENTE AGRADĂ VEL MIX COM GRANDE VARIEDADE DE LOJAS INVESTIMENTO EM AÇÕES DE PROTEĂ‡ĂƒO AO MEIO AMBIENTE 600 MIL CONSUMIDORES POR MĂŠS

LOCALIZADO NA ZONA OESTE DE SĂƒO PAULO, PRĂ“XIMO AOS BAIRROS VL. SĂƒO FRANCISCO PQ. CONTINENTAL, PQ. DOS PRĂ?NCIPES, VL. LEOPOLDINA, BUTANTĂƒ E CIDADE UNIVERSITĂ RIA Av. LeĂŁo Machado, 100 - JaguarĂŠ - SĂŁo Paulo/SP ACA G G G G G BIO G uv G G G G G G G G G G G G G LA PASTA GIALLA Ă­ G G a Ăž G G G @

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Artigo

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F ranquias em

Shopping Centers:

Convergência de oportunidades e aspectos legais Por Rodrigo Calabria Senior associate da Dessimoni & Blanco Advogados

Apesar da notória crise que nossa economia vem passando nos últimos tempos, refletida em diversos indicadores econômicos amplamente divulgados, o mercado de franquias parece ter alguma “imunidade” nestes momentos de incerteza. Dados relativos ao ano de 2015 divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) revelam um aumento de 8,3% de faturamento e 4,5% de aumento no número de redes franqueadoras, comparativamente ao ano anterior. São números relevantes, na medida em que o PIB do período apresentou decréscimo de 3,8%. Certamente, o desempenho do segmento de franquias não deve ser creditado à sorte ou ao acaso. A franquia, há muito regulamentada no Brasil (Lei 8.955/94), possui um grande diferencial que é a transferência de know-how ao franqueado, que ingressa no negócio com um risco calculado, uma vez que o negócio já foi amplamente testado pelo franqueador, que possui, no mais das vezes, uma marca e/ou um produto já reconhecido pelo mercado consumidor. Quando se associa a reputação da marca do franqueador com o poder atrativo dos shopping centers, cria-se um verdadeiro círculo virtuoso, na medida em que se associam fundos de comércio complementares que impulsionam ambos os negócios. Os números comprovam essa relação sinérgica. Cerca de 35% das lojas em shopping centers pertencem a uma rede de franquia, percentual que se eleva para quase 60% quando estudado somente o segmento de alimentação. É verdade, porém, que nem tudo são flores no mundo das franquias, como a prática nos tem demonstrado ao longo dos anos. Tal circunstância se relaciona, no mais das vezes, com uma falta de cuidado e de alinhamento no período que antecede a efetiva contratação. É recomendável que o candidato conte com o auxílio de consultores, afinal, muitos investem a economia de muitos anos no novo negócio. A Lei de Franquia é basicamente uma lei de transparência que obriga o franqueador a um elevado grau de “disclosure” de informações, protegendo o franqueado, que deve ter plena ciência das particularidades do negócio que está entrando. Afinal, é ele, o franqueado, quem assumirá o risco do negócio, como qualquer empresário. 48

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O “documento ouro” chama-se Circular de Oferta de Franquia (COF). Nesse documento, dentre outros aspectos que o franqueador deve externar, destacamos os que seguem que mais costumam gerar descontentamentos: - Estimativa do total do investimento inicial: é recomendável que o franqueado possua disponibilidade para todos os recursos necessários para implantação da franquia, incluindo o capital de giro e uma reserva pessoal até que o negócio chegue ao ponto de equilíbrio. - Território conferido ao franqueado: é importante que o franqueado avalie não só a extensão do território que o franqueador vai lhe conceder, mas também se ele é concedido em caráter exclusivo, ou seja, garantindo que não existirá uma unidade própria do franqueador ou de um terceiro franqueado nas cercanias de seu negócio. - Serviços efetivamente oferecidos ao franqueado: é necessário que fique claro qual o nível de suporte e apoio que o franqueador prestará ao franqueado, como, por exemplo, visitas de consultoria de campo, apoio de marketing, seleção de funcionários, treinamentos, auxílio na escolha do ponto comercial e na elaboração e acompanhamento do plano de negócios. - Obrigações pós-contratuais: é comum – e até justificável – que o franqueador faça constar no contrato que em caso de término ou rescisão do contrato de franquia, o franqueado não poderá permanecer atuando no mesmo segmento, normalmente em determinado local e prazo. Há que se compreender que essa é uma preocupação legítima do franqueador, de outra forma, isso enfraqueceria seu negócio prejudicando os demais franqueados. O candidato a ingressar no negócio deve ter ciência disso, evitando frustrações posteriores, e buscando, com assessores, negociar termos razoáveis para esta restrição. Outra dica importante é que o candidato a franqueado realmente avalie seu grau de identificação com a marca que irá explorar e com seu público alvo – inclusive o do shopping center, se for o caso. As chances de sucesso ao se optar por uma franquia são maiores do que um negócio independente, os índices de “mortalidade” das empresas franqueadas são amplamente inferiores das empresas não franqueadas. Uma boa marca e um bom ponto comercial são extremamente importantes, mas não suficientes para o sucesso.


Entrevista JoĂŁo Costa

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Entrevista Felipe Malburg

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P equenos grandes negócios

“A água é nossa vida!”

Foto: Arquivo Pessoal

- Nome completo: Felipe Malburg - Cargo: Sócio nas Academias e Metodologia Gustavo Borges - Formação acadêmica: Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e MBA Executivo pela FIA – USP - Experiência Profissional: 25 anos de atuação no varejo e franquias em empresas como Shell, Blockbuster e TIM. Sóciofundador da Academia Gustavo Borges desde 2002

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randes empresas se transformando em “pequenos negócios”. Compactar empreendimentos é uma das estratégias de algumas franquias para ter seu espaço otimizado e estar presente em lugares distantes dos grandes centros. A razão está na facilidade de encontrar imóveis menores e, assim, com preços mais justos, sem que a qualidade dos serviços sofra alterações. Ao contrário: a atividade é adequada ao que os novos consumidores buscam. A Academia Gustavo Borges é um dos exemplos de empresas que estão se adaptando a essa nova realidade. Veja como na entrevista a seguir.

Franquias buscam sempre se expandir. Como aliar a expansão do negócio mantendo a qualidade? Realmente este é um grande desafio. Acredito que os principais fatores para garantir a qualidade da operação e crescimento juntos são: ter uma operação consolidada com processos muito bem definidos; separar a área responsável pela gestão das unidades abertas e apoio aos franqueados da 50

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área responsável pela expansão; não deixar se seduzir pelo crescimento e ser rígido quanto ao perfil do franqueado e critérios de localização. Vocês estão com um projeto de abrir academias com um espaço menor em relação as que já existem. Por que isso aconteceu? O consumidor está mais exigente e queremos focar naquilo que fazemos de melhor. Também há uma tendência mundial pela especialização. É possível otimizar o espaço? Como? Sim, desde que você tenha foco e não queira atender todos os tipos de consumidores. Além disso, é importante que você tenha um projeto arquitetônico e equipamentos que otimizem a sua estrutura e valorizem seus diferenciais. Em um espaço menor e com menos alunos, o atendimento funciona de maneira diferente? Como funciona isso? No modelo que estamos desenvolvendo as características

e diferenciais que temos - como acolhimento, ambiente familiar, confiança, valorização do bemestar e qualidade do ensino da natação - estarão presentes, ou seja, independem do tamanho da unidade. A diferença significativa entre uma unidade grande e uma pequena é o mix de atividades. Como ocorre a relação entre despesas do negócio versus quantidade de alunos matriculados? Este é hoje um dos principais desafios e esta relação é importante. Veja quais são as áreas e características mais e menos relevantes para seus consumidores. Priorize! Melhores resultados são obtidos em academias menores? Por que isso acontece? Não, necessariamente. Há espaço para academias grandes e pequenas com rentabilidades interessantes. De um modo geral, academias menores tem um payback menor, mas nossa decisão de desenvolver este modelo tem como base focar naquilo que fazemos de melhor, atendendo uma demanda de mercado por especialização. Nomes fortes, como o do atleta Gustavo Borges, costumam aumentar a rentabilidade dos negócios? Por quê? Quais atitudes tomar para que essa associação aconteça da maneira correta? Sim, ajuda muito. O importante é que a imagem que o atleta construiu na sua carreira esportiva tenha uma relação direta com a imagem do negócio. O Gustavo construiu uma carreira sólida, de sucesso, muito ligado à família, transmitindo muita segurança e confiabilidade. Isto é o que buscam os consumidores ao entrarem em uma de nossas academias e, felizmente, é o que encontram.



P ower Center Cica Lojas de outlets com as melhores marcas mundiais, praça de alimentação, cinema e estacionamento amplo são alguns dos destaques do empreendimento

Estacionar não é um problema por lá. O local possui dois amplos estacionamentos, sendo um com mais de 500 vagas e o outro, que possui uma proximidade maior das lojas, com cerca de 350 vagas

O Power Center Cica, localizado em Jundiaí, São Paulo, é um dos mais completos centros de compras da cidade. O espaço que possui ABL de 30.571,4000m² conta com lojas de outlets com mais de 50 marcas de renome no mercado, praça de alimentação com 18 operações e quatro restaurantes, estacionamento próprio, cinema e até supermercado. E, não para por aí! Sempre em busca de lazer e opções para toda a família, o espaço tem áreas extras que já deixam o público na espera por grandes expansões. Um empreendimento completo e para todos os gostos.

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PLANTA

LOCALIZAÇÃO

Rua Cica, 201 Vila Garcia Jundiaí – SP, Brasil

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Fernando Bara

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rescimento do atacarejo e a mudança de consumo do cliente Foto: Arquivo Tenda Atacado

“Atacarejo: momento econômico, o cliente entendeu o nosso negócio!”.

- Nome completo: Fernando Bara Melgaço - Cargo: Diretor Geral Tenda Atacado - Formação acadêmica: Engenheiro Metalúrgico UFOP/ MG - Engenharia Econômica Fundação Dom Cabral - Experiência profissional: Sólida experiência na área de logística, fabril e administração geral. Foi gerente de logística na Alcan Alumínio do Brasil S.A em Minas Gerais; Superintendente Comercial da Mineração Rio do Norte (Pará); Gerente Geral Copersucar/ União Unidade fabril (São Paulo) e Diretor Geral da Tenda Atacado, São Paulo.

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ão é de hoje que o mercado empresarial sofre transformações em busca de manter-se seguro em meio às turbulências econômicas e políticas do país. Padrões são desfeitos e novos segmentos surgem para suprir as necessidades dos consumidores que também mudam os seus hábitos de consumo. Exemplo disso são os atacarejos. Com produtos em grandes quantidades e que tendem a ser mais baratos, 54

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esse novo setor ganhou o gosto dos brasileiros, que viu nele a oportunidade de gastar menos na compra do mês. Fernando Bara, experiente no ramo, avalia o crescimento dessa modalidade de negócio e comenta sobre as expectativas para o segmento.

também a concorrência. Quais diferenciais podem ser primordiais para cativar o público? Ter uma equipe engajada e ágil é importante. A criação de programas para buscar o vínculo com o cliente é vital. Temos de sair do lugar comum.

- Muitos associam o crescimento no mercado de atacarejo com a crise econômica do país. Você acredita em uma estabilidade para o ramo? Nossas grandes âncoras sempre foram os clientes empreendedores como pizzarias, restaurantes e etc. Além de revendedores e organizações. Com uma operação enxuta e simples, fazendo grandes negociações de compras com os fornecedores, conseguimos preços que fazem a diferença no bolso de quem compra. Os consumidores finais (como donas de casa) perceberam que fazer economia nunca é demais e conseguem isso comprando no atacarejo. Na crise, esse valor salta mais os olhos dos clientes.

- Você acredita que o segmento pode vir a substituir os mercados tradicionais? Como? Não. Há sempre espaço para todos os mercados. O cliente faz as suas escolhas em função de suas conveniências e esse é um novo desafio para todos. Localização é um grande aspecto a se considerar nas estratégias de qualquer negócio.

- Quais as principais diferenças do atacarejo que você considera rentável para os investidores? Volume de vendas é vital para uma operação nesse segmento. Qualquer custo é relevante para este ramo e faz toda a diferença na rentabilidade para o investidor. - Muitos mercados tradicionais migraram para o atacado. Quais as principais vantagens dessa troca? É um modismo o aparecimento de uma concorrência se intitulando atacadista. Porém, não basta ter o nome, tem de conseguir entregar o que se promete. Ou seja: simplicidade, variedade, qualidade e preços competitivos que fazem a diferença. - Com o aumento na procura, cresce

- Como continuar com os preços baixos sem perder os bons resultados? É uma cadeia de esforços e parcerias que garantem a continuidade com bons resultados. Fornecedores, funcionários, clientes, comunidade, associações.... Enfim, é uma extensa cadeia e cabe a nós buscarmos as integrações. - Apesar do setor de atacarejo estar em constante crescimento, os mercados tradicionais ainda são os mais populares. Quais as melhores estratégias para chamar novos consumidores? A melhor estratégia é fazermos a relação ganha x ganha. Agregar valor para o cliente é vital para qualquer negócio. Todos têm que ganhar. - Você consegue estabelecer um perfil para o público do atacarejo? Quais as principais necessidades desses clientes? Hoje temos todo o tipo de público. Todas as classes sociais e idades de clientes. Ter um mix adequado para atender as necessidades de todos eles é muito importante.



L ittle Tokyo O primeiro shopping temático da cultura japonesa no Brasil será em Maringá, no Paraná.

Será um equipamento inédito com arquitetura que remete ao Japão colonial e com pitadas do Japão vanguarda, com lojas da cultura japonesa aliada a todo tipo de serviços do dia a dia que um frequentador precisa como fast food, alameda de serviços, academia, âncoras, e um centro cultural que receberá os diversos eventos relacionados ao Japão.

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novas tecnologias A smodernizando o cinema “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca se tem medo e nunca se arrepende.” Leonardo da Vinci

Foto: Cineflix

O combo pipoca + filminho é sempre uma boa pedida. Sala escura, óculos 3D e som no máximo. Seja legendado ou dublado, o que importa mesmo é poder assistir um bom filme na telona. A Cineflix, rede relativamente nova por estar somente há cinco anos no mercado, vem adaptando as novas tecnologias ao cinema e, assim, crescendo em ritmo exponencial. O grupo tem previsão de terminar 2016 com setenta e oito salas distribuídas em quinze cinemas entre as regiões sul, sudeste e centro-oeste. Como as novidades tecnológicas podem ajudar o setor a crescer é o tema do batepapo abaixo. - O ramo de cinema está cada vez mais moderno. Quais as grandes novidades tecnológicas que a rede possui? Somos a única rede com um projetor a laser instalado - em Londrina, PR. Além disso, fomos a primeira rede que conseguiu ter todos os seus projetores digitais, em 2015. Lançamos uma nova maneira de atendimento ao cliente que coordena a bilheteria e a bomboniere num mesmo local - chamamos este tipo de atendimento de “One Line!”. Procuramos, sempre, estar em dia com todo o desenvolvimento tecnológico da indústria de exibição de cinema. - Sabemos que, atualmente, a tecnologia evolui muito rápido. Como acompanhar as novidades do mercado em meio à crise econômica do país? Não é fácil, principalmente se considerarmos que todos os equipamentos têm o seu preço em dólar e a burocracia envolvida na importação desses itens. Contudo, é uma questão de sobrevivência e temos a consciência de que os investimentos precisam ser contínuos, independentemente da crise financeira que, aliás, um dia tem de acabar.

- Nome completo: Gilmar Otaviano Leal Santos - Cargo: Presidente do Cineflix - Formação acadêmica: Engenheiro Civil - Experiência profissional: Analista de sistemas e suporte para sistemas operacionais da IBM Brasil por mais de dez anos e franqueado do McDonald´s em Maringá-PR desde 1996. Fundador da redes Cinesystem em 1999 e Cineflix em 2012.

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- A parceria shopping e cinema anda cada vez mais fortalecida. Qual a importância dessa relação? O cinema é, na maioria das vezes, o maior gerador de fluxo de um shopping center. Isto por si só já nos dá a ideia de quão importante é essa simbiose. Estreitar essa relação é fundamental para o sucesso tanto de um como de outro. É comum fazermos promoções em conjunto aos shoppings onde atuamos para alavancar público. O que determina a viabilidade dessas ações, geralmente, é o comprometimento de todos os envolvidos em investir tempo, dinheiro e serviços na fidelidade do cliente. Esse investimento deve ser feito tanto pelo cinema quanto pelo shopping e, principalmente, devese ter em mente que o resultado esperado é a satisfação do


Entrevista Gilmar Leal

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cliente e, com isso, o seu eventual retorno.

Temos o compromisso de responder todas as manifestações de nossos clientes individualmente e, acima de tudo, manter um canal de comunicação sempre fácil e aberto com todos. - Além da preocupação com a qualidade do filme, os consumidores buscam por uma sala de cinema cada vez mais confortável. Como atender essa demanda do público? Esta é uma equação que deve incluir o perfil da área primária que é atendida pelo shopping center. Assim é possível definir o perfil do público que frequenta o cinema. Além dos fatores que são comuns a todas as salas que temos, como exemplo boa distância entre uma fileira de poltronas e outra; numeração dos assentos; produtos com qualidade de excelência (condimentos, embalagens, etc); telas de tamanho máximo conforme a arquitetura da sala; totens de autoatendimento; som e projeção excelentes e a comunicação visual do cinema adequada, temos que atender às exigências extras daquele público-alvo. - Quais os grandes diferenciais da Cineflix? Acredito que os principais diferenciais da Cineflix se resumem no compromisso que assumimos quando assinamos o contrato para operar um cinema.

Nossa missão sintetiza-se em: prover aos nossos clientes um ambiente limpo, ofertar produtos de qualidade e prestar um serviço cortês por um preço justo; ter ética em nosso relacionamento comercial com fornecedores e parceiros e um profundo respeito à individualidade de nossos colaboradores. - Quais os projetos futuros da rede? Inauguraremos, em setembro, seis salas em Valparaíso de Goiás, depois mais seis em Aparecida de Goiânia. Os contratos, já assinados de novos cinemas, nos garante que teremos mais de cem salas em meados de 2018. Este número nos colocará entre as dez principais exibidoras do Brasil, se considerado este quesito. - Qual a expectativa para o ramo de cinema nos próximos anos? Há várias perspectivas. Se considerarmos quantas salas serão inauguradas nos próximos anos, este número deverá ser menor comparado aos anos anteriores visto que esse fator é dependente da quantidade de inauguração de shopping centers. Caso consideremos o faturamento, em relação ao ano anterior, tenho impressão que teremos um discreto crescimento, porque o número de lançamentos entre 2016 e 2017 parecemme muito bons. Apesar de termos um crescimento no faturamento, acredito que teremos uma lucratividade menor devido ao incremento da inflação, a desvalorização do real frente ao dólar e a crise econômica. - O quanto o atendimento pode ajudar a fidelizar o público em meio a grande concorrência no mercado? Sem um atendimento de excelência não existe fidelização. Ponto!

Foto: Cineflix

- A interatividade e dinamismo entre as redes e os consumidores é uma tendência. Como o Cineflix usa isso a seu favor e como você avalia essa comunicação próxima com o cliente? Somos totalmente focados nas redes sociais: Instagram, Facebook, Whatsapp... Utilizamos todas as ferramentas disponíveis. Nossa página no Facebook é oficial e checada pelo próprio FB. Desta maneira conseguimos reunir, em uma só lugar, todas as visitas que ocorreram em outras páginas referidas à Cineflix.

“Os contratos, já assinados de novos cinemas, nos garante que teremos mais de cem salas em meados de 2018” afirma Leal www.ablsan.com.br

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R einventando o mercado em meio à crise “O risco vem de não se saber o que está fazendo”. Warren Buffett - Nome completo: Jason Vieira - Cargo: Economista chefe da Infinity Asset - Formação acadêmica: mais de 20 anos de experiência em pesquisa econômica, análise estatística, mineração de dados, vendas e indústrias financeiras.

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uito se fala em crise, corte de gastos e todas as questões que giram em torno da atual situação econômica do Brasil. Mas, você sabe, exatamente, quais foram os fatores determinantes para que o atual cenário fosse moldado? Entender a situação pela qual o país está passando é fundamental para planejar-se e fazer as

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mudanças necessárias para que os negócios não parem de render frutos mesmo nesse período turbulento. Para isso, pedimos para o economista Jason Vieira explicar como a crise começou, como ela interfere no comportamento dos clientes e lojistas e, principalmente, apontar soluções para que o mercado se reinvente e saia desse período ainda mais fortalecido.

- Quais fatores foram determinantes para que a crise atual acontecesse? Primeiramente, foi uma questão econômica. O governo falhou ao tentar buscar soluções aos problemas existentes, que foram criados a partir de desonerações fiscais em 2008. Essas desonerações não tinham contrapartida, o governo perdeu receita e, de certa maneira, não colocou nada no lugar. O agravamento dessa situação fiscal acabou acontecendo a partir do momento em que o país tentou, sem sucesso e de maneira um pouco forçada, abaixar os juros. Nesse processo, somou-se a inflação e chegou a situação muito semelhante da qual estamos agora: gastos do governo excessivo, um buraco muito grande a ser tampado e inflação alta. Isso tudo, obviamente, afetou diversos setores e, assim, a atividade econômica não resistiu e começou a


Entrevista Jason Vieira

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se traduzir, em primeiro momento, como desemprego. Um ciclo foi gerado. O desemprego leva à redução do consumo, a redução do consumo leva à diminuição da atividade econômica, a redução da atividade econômica leva à perda nas empresas, perdas nas empresas leva à corte de custos. Partes dos cortes passam, necessariamente, pelo emprego e o ciclo vai se retroalimentando. - O que deve ser feito para que essa situação seja estabilizada? Quais as saídas e atitudes precisam ser realizadas para que a crise não afete ainda mais o mercado? Um dos pontos mais importantes da crise atual é a questão fiscal, os gastos do governo. É preciso deter a sangria que vem acontecendo e criar um limite. Esse primeiro passo está sendo dado. Depois, será necessário tampar os “buracos”. Nesse primeiro instante, o governo evitou que o problema aumentasse, mas o processo de “aparar arestas” pode levar alguns anos para acontecer. Mas, acredito que com as ações sendo tomadas e, algumas delas dando sinalização positiva, a tendência é que outro aspecto da economia comece se alterar sozinho: a confiança. Porém, esse será um processo mais difícil do que foi anteriormente. Principalmente, por conta de como tudo foi feito, dentro de um impeachment e com um certo nível de trauma.

Isso começa a destravar e liberar alguns investimentos. Então, quem estava com dinheiro em caixa e segurando a situação, começa a soltá-lo. Por isso surge a sensação de melhora. - Pra quem pensa em investir, existe algum setor em alta na economia que possa gerar bons resultados ao empreendedor? Qual? Incrivelmente ainda é o setor de alimentação. É um segmento que se for observado de fora, o que chamamos de demanda inelástica, tem uma faixa de alteração muito pequena. A alimentação em si é inerte, se mexe muito pouco. Por conta disso, o setor alimentício pode ser interessante. - Como os lojistas podem abaixar o valor dos produtos, mas continuar fazer a economia girar? Para o lojista isso é um problema. Ele tem que trabalhar na questão de custos. Isso é inerente em todo período de crise, então, de alguma maneira, deve-se manter os gastos cada vez mais achatados e investir na profissionalização da gestão. São as duas únicas coisas principais, porque o resto é economia que liga e leva a situação adiante. É tentar manter-se o máximo possível nesse período e pensar em marketing e promoções.

Passado esse momento, o governo dando sinalizações positivas e entregando reformas, acontecerá uma segunda fase, na qual os problemas brasileiros deverão ser endereçados. Por exemplo: será a hora de falar da questão fiscal de maneira mais pesada e criar novos mecanismos para evitar que o que já ocorreu aconteça de novo.

- Para o varejo, esse é o momento de se reinventar? Como fazer isso? Pode ser, sim, o momento de se reinventar. Pensar um pouco seus parâmetros, porque o momento da crise é o momento da criatividade. Pode-se nascer coisas superinteressantes nesse período até por conta da situação econômica do país.

Isso porque os gastos do governo sempre crescem na proporção do crescimento econômico. Só que, para aumentar esses gastos, o governo precisa se endividar. E, para isso, ele precisa ir ao mercado e “lançar moeda”, digamos assim.

Então, algo feito durante anos, na mesma situação e do mesmo jeito, de repente precisa de uma mudança radical nesse período ou uma alteração bastante complexa. Pode ser assustador no primeiro momento, mas, no futuro, pode se tornar algo melhor do que era no cenário anterior.

No processo de financiamento do governo, gera-se inflação. Quanto maior a quantidade de recursos em circulação, maior o processo inflacionário. Os impostos brasileiros são excessivamente burocráticos, então, em algum momento, precisam ser endereçados e ajustados. Mas até chegarmos a esse ponto, parte da economia já vai ter se recuperado, assim esperamos. - Para o mercado, a expectativa é de um 2017 é melhor? Sim. Eu digo pelo mercado financeiro, pois ele é uma antecipação de tendências. Por isso e por conta da expectativa gerada pela quantidade de dados que analisamos, pode-se dizer que, de alguma maneira, a perspectiva é que o cenário econômico como um todo pare de cair a partir de 2017. Obviamente, a perspectiva sempre melhora antes da economia. As pessoas pensam o contrário: melhora a economia e, depois, a perspectiva. Na verdade, não. Muitas vezes, só de se ter a noção de que o futuro pode ser um pouco melhor já faz a expectativa em relação ao momento ser positivo, mesmo que a situação atual não esteja favorável.

- Quanto a economia pode interferir nos hábitos dos consumidores? Primeiro, afeta no sentido de que as pessoas não querem se endividar. O consumo se torna mais racional e o consumidor se torna mais retido em relação aos seus gastos. Já não se consome mais por impulso. O crediário também começa a sofrer. As pessoas pensam no futuro, não sabem se vão ter emprego, não sabem se vão estar trabalhando e se vão ter dinheiro para pagar essa conta. Tudo isso começa a afetar as decisões de consumo das pessoas. A população começa a pensar muito mais antes de consumir e, então, começa também o processo de escolhas. Esses são os primeiros sinais da crise. Ela mata, de certa maneira, a decisão de consumo por impulso. E, dependendo do tipo de loja que estamos tratando,ela pode ser muito mais afetada do que outra. www.ablsan.com.br

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Entrevista Jayme Lago

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A influência da

arquitetura no varejo

“A arquitetura atinge a todos: da TIR do financeiro, aos VMs dos varejistas, até o passeio de domingo da família”. de varejo, porém, focarão em ações de convívio.

Foto: Divulgação

- Nome completo: Jayme Lago Mestieri - Cargo: titular do escritório Jayme Lago Mestieri Arquitetura - Formação acadêmica: arquiteto com especialização em marketing e história da arte - Experiência profissional: dez anos desenhando projetos para o varejo

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ão importa qual seja o setor, uma coisa é certa: os clientes estão cada vez mais exigentes. Esse cenário faz com que novos fatores tenham de ser levados em conta na hora de montar o seu negócio. E, quando o assunto é o espaço físico do estabelecimento, a arquitetura tem sido um investimento importantíssimo. Quem sabe muito bem disso é o arquiteto Jayme Lago. O especialista dá dicas de como deixar empreendimentos e lojas mais interessantes e convidativos para o público.

- A sustentabilidade e o meio ambiente são temas de extrema importância atualmente. Como os shoppings podem adequar as suas estruturas para que se torne sustentável e agradável ao mesmo tempo? O shopping, geralmente, não busca títulos de sustentabilidade. O que está crescendo é o senso comunitário destes empreendimentos, onde a comunidade se engaja no 62

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planejamento, construção e vida dos malls. Então, a resposta à sustentabilidade seria como devolver à comunidade o que o shopping consome, processa e produz. Alguns exemplos são o tratamento de esgotos, cooperativas para lixos e, sobretudo, redução no impacto direto aos moradores, como trânsito, ruídos e energia. São pontos essenciais a serem estudados e devem ser alvo de investimentos. - Como você enxerga os shoppings daqui a 10 anos? Quais principais mudanças no quesito de arquitetura e layout devem acontecer nesse tempo? Creio que eles serão exatamente como um conjunto de quadras de uma cidade. Serão tecidos e plenamente integrados à malha urbana: não serão grandes construções e imensas empresas cegas com pórticos majestosos. Mas, sim, uma passagem quase que despercebida entre a rua e seus domínios. Eles terão sua oferta

- Antigamente, o cliente levava em questão apenas o preço na hora de aquirir um produto. Atualmente, esse conceito mudou e o consumidor precisa se sentir bem na loja para comprar. Como a arquitetura pode ajudar nesse caso? Estudando o cliente. Precisamos descobrir quem ele é e o que ele precisa antes de tudo. Não se oferece à força preços ou promoções que estejam fora do perfil de seu consumidor, isto cansa o comprador. Quando eles se identificam, tornamse abertos às ofertas de produtos ou serviços. - Em termos de layout, quais os principais itens que precisam ser levados em consideração na hora de montar uma loja? Eu preciso saber da história dela. Da percepção da marca, de suas aspirações, de como o cliente a percebe e de como ela quer que ele o perceba. Ouço muito que não podemos desenhar uma loja muito chique porque o cliente pode se intimidar e não entrar. Não concordo. O cliente não entra quando a loja não fala com ele. Quando identificamos a linguagem correta, criamos as simbologias e canais de comunicação certos. - De quanto em quanto tempo o lojista precisa mudar a aparência de sua loja? Quais as vantagens dessa reforma? Ele deve mudar no mesmo ritmo em que o cliente muda. Não há regra para isso. Como é muito difícil para uma rede de lojas ou franquias programar mudanças em suas unidades, os prazos ficam de 3 a 6 anos para uma possível evolução no visual.



FOTO: DIVULGAÇÃO

Franquias de alimentação saudável driblam crise econômica Cada vez mais as pessoas estão se preocupando em manter os hábitos alimentares mais saudáveis. Justamente por isso, franquias desse tipo de alimentação estão crescendo na

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Subway é a franquia de preferência entre jovens A rede de fast-food Subway ocupa hoje o segundo lugar no ranking das 10 franquias que mais crescem no Brasil, segundo levantamento realizado pela ABF (Associação Brasileira de Franchising). Motivo disso são os jovens empreendedores nascidos entre a década de 80 e os anos 2000. Em uma pesquisa realizada pela AGP Pesquisas Estratégicas foi constado que a preferência entre os entrevistados é de investir em franquias ou abrirem um negócio próprio a trabalharem em grandes empresas. Dentro desse perfil, a rede Subway aparece como a franquia alimentícia de maior preferência entre os novos empreendedores. Engana-se quem pensa que essa geração não entende de negócios. .

FOTO: DIVULGAÇÃO SUBWAY

Redes de cervejarias se expandem no país e geram empregos Todo mundo sabe que brasileiro gosta de um happy hour. Prova disso é que as cervejarias estão ganhando espaço no Brasil. Em 39 dias, entre os meses de abril e maio de 2016, o número de estabelecimentos registrados no Ministério da Agricultura pulou de 320 para 397. A razão do crescimento é uma grande abertura no mercado para o ramo de cervejas artesanais. Além de estar ganhando preferência entre o público e ser uma grande aposta de negócio, o ramo também está gerando oportunidades. O setor de bebidas frias é o que mais emprega no país, sendo responsável por 3% de todo o PIB nacional.

contramão da crise. O setor, que movimentou no ano passado 80 bilhões de reais, segundo a Euromonitor Internacional, poderá movimentar R$ 108,5 bilhões até 2019. Os números mostram que cada dia mais os consumidores estão em busca de qualidade de vida e, assim, investir nesse negócio pode ser uma boa saída para quem está procurando expandir sua renda.

Natura abre loja física em São Paulo Quem estava acostumado a comprar cosméticos da Natura por meio de revendedoras agora terá uma nova opção para

FOTO: DIVULGAÇÃO NATURA

Chiquinho Sorvetes para viagem A maior rede de sorvetes do Brasil, a Chiquinho Sorvetes, quer que seus clientes levem o sabor da marca junto a eles por mais tempo. Para isso foi criada uma nova linha de produtos, denominada de Chiquinho no Pote, onde os consumidores poderão apreciar cinco sabores (morango, maracujá, chocolate trufado, frutas vermelhas e flocos) em embalagens para viagem de 980ml. A marca se inspirou no conceito “take home”, no qual o objetivo principal é fazer com que os clientes consumam os sorvetes fora dos estabelecimentos, uma vez que muitos consumidores levavam para viagem produtos que não foram desenvolvidos com essa finalidade.

FOTO: DIVULGAÇÃO CHIQUINHO

N otas de mercado


Notas de mercado

FOTO: DIVULGAÇÃO DR. SHAPE

Dr. Shape encontra soluções criativas para promover a marca A Dr. Shape, que atua no ramo de suplementos alimentícios, vem criando ações para facilitar a entrada de novos empreendedores no mercado: com a crise econômica, a empresa decidiu parcelar a taxa inicial de franquia. A decisão vem trazendo resultados positivos para os empresários. Atualmente, a rede possui uma loja própria e trinta franquias espalhadas em todo território nacional. A expectativa é que, até o final de 2016, pelo menos outras 23 lojas sejam inauguradas.

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Cobras e Lagartos Animais exóticos, como cobras e lagartos, estão cada dia mais conquistando espaço nas casas dos brasileiros. E claro que os animais precisam de um tipo de alimentação apropriada. Pensando no bem-estar dos bichinhos, algumas empresas especializadas estão faturando com a venda de larvas desidratadas, baratas vivas, besouros e ratos. O negócio, ainda não muito popular, vem progredindo e se instalando no ramo. Que tal investir no cultivo de insetos?

Estabelecimentos estrangeiros investem no Brasil Alguns fatores momentâneos vêm atraindo os olhares de redes internacionais para o Brasil. Com a alta desvalorização cambial e a proximidade das Olímpiadas de 2016, investidores estão atentos no mercado e pretendem expandir marcas mundialmente conhecidas entre São Paulo e Rio de Janeiro. É o caso da hamburgueria nova-iorquina Burguer Joint, que abriu a primeira unidade na capital paulista em março e se prepara para estrear no Rio. Os hotéis Best Western e Yoo também se planejam para abrir seus estabelecimentos em solo brasileiro. Os dois ramos juntos – alimentício e hoteleiro – deverão investir mais de R$650 milhões no país.

Mc Donald’s gourmet Há algum tempo a “onda” gourmet invadiu o país. O termo, antes associado à restaurantes, agora também vem sendo relacionados à lanches, bebidas e doces. O conceito - que significa “algo mais elaborado e requintado” - chegou também as grandes franquias, como o Mc Donald’s, que pretende abrir uma loja gourmet em março de 2017 na cidade de São Paulo. A proposta da rede é disputar com as famosas hamburguerias, dando ao seus clientes a livre escolha dos ingredientes que querem inserir no sanduíche. A proposta denominada de “fast-food gourmetizado” já possui projetos em lojas da rede também em outros países.

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FOTO: DIVULGAÇÃO

Franchising brasileiro cresce no começo de 2016 O franchising brasileiro cresceu no primeiro trimestre deste ano 7.6% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A expansão do setor também teve números significativos neste ano: 141.254 lojas de franquias no país foram totalizadas, gerando um índice de expansão de 2.9%. De acordo ainda com a pesquisa, 108 novas marcas adentraram no franchising brasileiro durante os primeiros meses de 2016.

Açaí americanizado? Há dois anos, a rede Fast Açaí, franquia de alimentação saudável – com a maior progressão de crescimento no Brasil – estava em processo para que a rede estivesse presente também nos Estados Unidos. Após todas as negociações na terra do Tio Sam, a primeira unidade abrirá suas portas até o final de junho no Flórida Mall, na cidade de Orlando, na Flórida. A previsão é que uma segunda franquia da rede seja instalada no final de agosto, também em Orlando. Depois do Brasil, os Estados Unidos é considerado o segundo maior consumidor de açaí. A alta do dólar levou a internacionalização de franquias brasileiras, que buscam expansão de suas marcas.

FOTO: DIVULGAÇÃO

adquirir os produtos. A empresa abriu sua primeira loja física em São Paulo, no Shopping Morumbi. O espaço conta com mesas centrais equipadas com espelho para que os visitantes sintam-se à vontade na experimentação dos produtos.

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