Ano 2 No 14 Outubro/2012
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comunicação integrada
www.revistadigitalsecurity.com.br Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica
o
La Termoplastic
Tecnologia e segurança a serviço da indústria
o Entrevista
José Luis Diniz “A qualidade dos produtos Digicon tem fortalecido nossa presença na Europa e Nos Estados Unidos”
9 772238 571102
ISSN 2238-5711
comunicação integrada
Case Study La Termoplastic FBM
Processo industrial supervisionado Filial brasileira da empresa italiana La Termoplastic renova totalmente o projeto de CFTV da fábrica, localizada em Sorocaba, com câmeras de alta definição, sistemas de alarme e sensores de perímetro Por Eduardo Boni
A
empresa italiana La Termoplastic FBM se destaca na Europa pelos acessórios que fabrica para o mercado de panelas. Mas, por trás dos belíssimos designs que a marca produz, está um esmerado processo industrial que conta com meio século de história. No final da década de 1990, inicia-se um grande projeto de expansão, no qual a empresa se propõe consolidar a sua presença, através da abertura de armazéns situados em vários mercados, com o objetivo de oferecer aos clientes um serviço mais dedicado e uma logística mais eficiente. A filial brasileira, a primeira unidade internacional da La Termoplastic, surge como parte desse processo no ano 2000, instalada na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, num terreno de 15 mil metros quadrados, com uma área construída de 4,2 mil metros quadrados. Depois, em 2006, a empresa italiana cria uma unidade no continente americano, com a filial situada na cidade do México. De acordo com Márcio Aleixo Davi, gerente industrial da filial brasileira, o rigoroso processo de segurança – tanto em termos de maquinário como de processo é o mesmo em todas as filiais da empresa. “A construção das fábricas nos outros países fora da Itália seguiu a experiência do grupo em sua terra natal, inclusive com o mesmo maquinário e linhas de embalagem e de usinagem” afirma Davi. A questão da segurança foi pensada de forma muito simples, no início, e depois de um tempo teve de ser reformulada. O gerente industrial conta que o sistema não oferecia a segurança necessária para a fábrica nos finais de semana, quando ela estava vazia. A cobertura das câmeras, então analógicas, deixava a desejar, sem falar nos problemas com alarmes falsos. “No projeto anterior, tivemos problemas com o sistema de alarme e acabamos contratando uma
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equipe de vigias para garantir a proteção da fábrica. Era um gasto extra e percebemos a necessidade de buscar um novo projeto, em que pesasse a tecnologia e equipamentos mais eficientes”, lembra ele. Foi aí que entrou em cena a integradora Four System, também da cidade de Sorocaba. De acordo com Davi, depois de uma pesquisa entre as principais empresas desse tipo na região, em que foram avaliados qualidade de atendimento e tradição de serviços na região, a escolha recaiu sobre essa companhia. O fator determinante para a escolha da empresa foi o fato dela reunir num só grupo, profissionais de alto nível técnico e histórico de sucesso na região. “Pesquisamos entre várias empresas até fechar contrato com eles. A partir daí, já sabíamos o que esperar em termos de qualidade e a Four System deixou de ser apenas fornecedor para se tornar parceira”, elogia. Acertada a parceria, tudo correu de forma bastante rápida, mas com extrema qualidade. Basta dizer que o projeto foi iniciado em outubro de 2011 e a obra foi concluída em fevereiro deste ano. Com a parceria da integradora surgiu um novo projeto extremamente cuidadoso, em que tudo foi reformulado com novos e modernos equipamentos de segurança, entre câmeras, controles de acesso, detectores de presença e sistemas de alarmes, além de toda a infraestrutura de cabeamento para dar suporte à nova tecnologia. “Muita coisa foi reformulada e equipamentos antigos foram descartados. O cabeamento também foi todo refeito para receber equipamentos mais potentes e que atendessem as nossas necessidades”, recorda Davi. Nesse novo processo estão empresas conhecidas no mercado por sua qualidade, como é o caso da Paradox, da Vivotek e da Bosch.
Case Study La Termoplastic FBM
A Vivotek IP 816 é usada no monitoramento da área administrativa
Detalhe do sistema de alarme com teclado LCD EVO da Paradox
Os indícios da alta qualidade desse novo projeto começam já na portaria da La Termoplastic, onde a sensação de segurança transparece através das lentes de uma das 19 câmeras IP Vivotek, que a distribuidora Alpha-Digi forneceu para a obra. Essa câmera filma a entrada de veículos e pedestres. Só depois de ele ser devidamente identificado, é permitida a entrada. As outras câmeras IP da Vivotek, que foram instaladas dentro da fábrica e também no entorno da construção, garantem a proteção de toda a área externa e também dos funcionários que circulam pelo local. O projeto da Four System veio para substituir a sensação de insegurança presente no local. Agora, no lugar do custo fixo com vigilância, foi instalado um sistema em que o monitoramento e visualização de ocorrências ficam a cargo da integradora. “Nos dá muita segurança o fato de termos à nossa disposição uma equipe que faz o monitoramento da fábrica 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, tenho acesso ao monitoramento remoto e os problemas com alarmes falsos nunca mais aconteceram”, ressalta.
O monitoramento em alta definição começa na entrada da fábrica
vários modelos de câmeras da Vivotek que hoje estão instaladas aqui. Todas elas são modelos IP de alta resolução, 2 megapixels no mínimo. Além disso, as câmeras externas possuem Infra Red integrado e caixa de proteção IP 67“, explica Breder. As câmeras estão espalhadas por toda a área contruída cobrindo setores como estacionamento, doca, a entrada da fábrica. Entre os modelos estão uma Vivotek SD-8362E para o monitoramento de processos e segurança, oito unidades do modelo Vivotek IP 8352, além de outras quatro IP8151 e sete IP8161. Na fachada da empresa, próximo ao portão, um modelo IP 7133 monitora a entrada e saída de pessoas. “As câmeras instaladas tanto na parte interna como externa, têm como único objetivo fazer o monitoramento da fábrica e garantir a segurança dos funcionários. Até mesmo
O projeto O novo projeto feito pela Four System passou por algumas etapas – nas quais a consultoria levantou as tecnologias diponíveis no mercado para cada segmento e apresentou ao integrador. “A integradora fez um pré-projeto em que nos indicou os equipamentos que atendiam as necessidades. Ficou estabelecido que nós compraríamos esses equipamentos, o que não onerou a integradora e a compra foi feita sem restrições para garantir a segurança”. De acordo com esse briefing a integradora montou sua rede de parcerias, que teve como integrantes a Alpha-Digi (que trouxe as câmeras IP PoE da Vivotek), a Paradox, para os sistemas de alarme, sensores, micro-ondas e controle de acesso e a Bosch, que forneceu os controles perimetrais que cercam toda a fábrica. “O nosso objetivo foi reunir os melhores parceiros, com soluções de ponta, para obter um resultado final de alto nível”, afirma Sergio Selleri, diretor da integradora Four System. Segundo lembra Mario Breder, gerente de contas da Alpha Digi, todo o projeto foi acompanhado de perto pela empresa, que demonstrou as características das câmeras de forma detalhada. “Como a necessidade da fábrica era o videomonitoramento de qualidade, demonstramos características de alta resolução dos
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As imagens são armazenadas neste storage de 9,1 TB
Para as áreas externas, o modelo IP 8352 da Vivotek, com 1.3 megapixel, garante imagens nítidas mesmo em condições críticas de iluminação.
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por uma questão legal, não usamos as câmeras para monitorar o trabalho dos funcionários. Nosso objetivo é apenas garantir a segurança patrimonial”, enfatiza o gerente industrial, que lembra que o monitoramento de processos e de segurança em alta definição tambeem pode ser visualizado pela matriz italiana, através do software Vivotek ST7501.
Investindo sem medo Dentro do projeto da La Termoplastic, outro destaque é o cabeamento estruturado que mantém todo o sistema de segurança integrado e funcionando de acordo com os parâmetros de qualidade que a empresa italiana tem em suas outras unidades. Conforme nos explica Davi, apenas no cabeamento dos sensores infravermelhos foram utilizados mais de 2,5 mil metros de cabos. Outros 1, 5 mil metros dão suporte às câmeras de rede – todos eles CAT 6. “Precisávamos de um sistema altamente robusto, por estarmos num ambiente industrial – e crítico. Por isso, optamos por usar apenas esse tipo de cabeamento”, explica. Dentro da fábrica é possível ver o cuidado com o cabeamento. Existem dois leitos para acomodar, separadamente, os cabos de energia e os cabos de sinais. “Esses leitos são usados para evitar que interferências influenciem na qualidade de imagem, sobretudo em ambientes onde existem as pontes rolantes. Foi uma escolha acertada para evitar esse tipo de problema”. Para o integrador, a principal característica dessa parte do projeto também é a robustez, aliado a uma estrutura à prova de futuro. “O projeto dá para a empresa uma autonomia de muitos anos, prevendo a possibilidade de novas instalações que serão feitas na La Termoplastic. Nossa preocupação foi investir em um sistema que pudesse ser ampliado, reposicionando câmeras, ou quando eles comprarem novos equipamentos de segurança. Para se ter uma idéia, o sistema perimetral adquirido oferece uma cobertura de 200 metros, muito acima do que é utilizado atualmente” O gerente da La Termoplastic lembra que há sensores micro-ondas tanto na área interna como externa da fábrica. Também foram instaladas câmeras próximas aos portões para monitorar quem entra e sai do local. “Esses sensores foram dimensionados para fazer a proteção da área. Os seis pares de sensores infravermelhos que formam a barreira perimetral no entorno da fábrica estão vinculados aos sistemas de controle de alarme. Dessa forma, qualquer invasão
Detalhe do monitoramento de ambientes realizado dentro da sala de controle da La Termoplastic
Parceria e planejamento: Mario Breder, da Alpha-Digi, Márcio Davi e Sergio Selleri, da Four System é automaticamente percebida e comunicada”, conta Aleixo. Quanto ao controle de acesso, ele diz que o sistema antigamente era o mesmo da fábrica italiana, mas esse setor está em fase de mudanças. “Esse sistema italiano era apenas para controle de produção. Agora, vamos substituir pelo sistema da Paradox de controle de acesso - um cartão de proximidade que também funciona como controle de produção”, diz. Com toda a tecnologia empregada no projeto – que tem o Full HD como uma de suas características, o trabalho desenvolvido pela Four System na La Termoplastic está respaldado por um longo período de tempo. “O investimento foi feito para nos garantir avanço tecnológico de primeira linha pelos próximos dez anos. E com qualidade de imagem de altíssimo nível”, ressalta. A Central de Controle, que fica na sede da integradora, utiliza o software da própria Vivotek – o Vivotek ST7501, com o qual faz o monitoramento remoto. “Se houver algum problema com invasão ou qualquer tipo de suspeita, é possível visualizar e acionar as autoridades diretamente da nossa central”, explica Sergio Selleri, diretor da Four System. Além desse software que acompanha as câmeras, um sistema da Condor recebe as informações de diversos tipos de alarmes. “Temos um software na Central de Monitoramento da Four System que faz o monitoramento do software instalado na fábrica. Na portaria instalamos um Client para fazer a visualização”, explica Selleri. O armazenamento das imagens captadas pelas dezenove câmeras é feito por um storage IBM com 9,1 tera de capacidade, que pode gravar imagens por até 30 dias. Ele lembra que o sistema de alarme dentro da La Termoplastic também é bastante avançado. Alinhado com a opção pelos melhores produtos, a escolha foi o sistema EVO, da Paradox. “Todos os sensores internos da fábrica são micro-ondas, como modelos DG-75 para áreas semiabertas, além do DG-85, que são sensores externos para a área da fábrica – também da Paradox. Dentro do projeto, usamos um sensor Watchout da Rokonet para a área externa, onde estão os geradores. Nesse setor também nos preocupamos em instalar um sistema avançado”, lembra. O gerente industrial tem uma explicação para os altos investimentos feitos em produtos de qualidade. “Mobilizar um investimento desse porte e depois descobrir que tivemos problemas porque fizemos economia ao usar produtos de baixa qualidade é inadmissível. Jamais correríamos esse risco”.
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