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O ESTADO DE S. PAULO
TERÇA-FEIRA, 3 DE JANEIRO DE 2012
Visuais. Arquitetura FOTOS: NEW YORK TIMES
ARTE E
RECONSTRUÇÃO
Jovens arquitetos criam projetos alternativos ao de Frank Gehry para teatro de dança a ser construído no marco zero Robin Pogrebin THE NEW YORK TIMES
A sabedoria convencional sustenta que o centro de artes performáticasplanejadoparaomarco zero é uma espécie de sonho impossível – um projeto ambicioso que provavelmente jamais será construído em razão de desafios logísticos, inércia financeira e tensões políticas latentes.Mas,paradezesseteestudantes de arquitetura, o centro de artes performáticas se tornou uma realidade, ainda que transitória, nos últimos meses. AlunosdaUniversidadeCarnegieMellonemPittsburghedaFaculdadedeArquiteturaePlanejamento da Universidade de Utah foramencarregados decriarprojetos para o centro de artes performáticas como parte de seus cursos práticos. A tarefa pedia que eles trabalhassem dentro de certas limitações – situar o centrodecercade2.800metrosquadrados perto da Torre Um e acomodar as necessidades das apresentações de dança do Joyce Theater, selecionado como inquilino do edifício em 2004. Embora o arquiteto Frank
Gehry já tenha apresentado seu projeto encomendado, os alunos não foram informados sobre ele. Numa entrevista por telefone, Gehrydissequenãoestavainteiradodessesprojetos,masaprovoua ideia. “Acho excelente”, disse. Como o de Gehry, os projetos dos estudantes teriam de ser acentuadamente verticais porque o prédio está situado num pedaço de terreno bem pequeno. Em alguns projetos dos estudantes,oauditórioestavanospisos inferiores do edifício, enquantoem outros estava no alto. Muitos orientaram seus prédios para o memorial, com janelas de frente para os espelhos d’água. Todos concordaram que a experiênciaosfezconhecerasdificuldadesque Gehry está enfrentando na criação de um teatro para dança que precisa se harmonizarcomanaturezasolenedomemorial e a natureza comercial dos arranha-céus do entorno. “Estamos situados perto do edifício mais alto do país e tratase de um projeto relativamente pequeno em um pedaço de solo significativo, quase sagrado”, disse Adam LaFortune, um aluno de Utah. “Foi uma luta para
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ESTAMOS PERTO DO EDIFÍCIO MAIS ALTO DO PAÍS, EM UM PEDAÇO DE SOLO SIGNIFICATIVO, QUASE SAGRADO.” Adam LaFortune ESTUDANTE DE UTAH
conseguirquenossosprédiosgerassempoderepresença semnegligenciar ou virar as costas para o marco zero.” Na vida real, o projetofoidificultado nãosó pelo desafio de encaixar um teatro num espaço limitado, mas também pelo atraso na montagem de um aparato para o levantamento de recursos. Tem havido discussões sobre mudar o centro de artes performáticas do marco zero para o local do antigo prédio do Deutsche Bank na Liberty Street. Um conselho diretor ainda precisa ser formado.
Mas os estudantes não precisaram tratar dessas questões – ou mesmo ficar dentro do orçamento (que foi projetado para até US$ 300 milhões). Todos os alunos viajaram para Nova York para o projeto; para muitos,foi sua primeiravisita à cidade. “Minha reação inicial foi arrasadora, um choque”, disse Shawn Cencer, aluno da Carnegie Mellon. “Foi difícil decidir por onde começar.” Os estudantes de Utah tiveram somente sete semanas para projetar seus prédios (o outro grupo teve 14), uma das quais foi gasta numa imersão no local e na cidade. “Eu queria que eles tivessem essa experiência urbana”, disse John Woodson Rainey Jr., que leciona no curso de Utah. “Eles não teriam algo comparável com isso em Salt Lake.” Os alunos de Utah conversaram com várias partes envolvidas no projeto, incluindo Kenneth A. Lewis, da Skidmore, Owings & Merrill, que projetou as torres de escritório One World Trade Center e Seven World Trade Center, e Seth Myers, um administradordeprogramasdoEscritório de Projetos da prefeitura, que proporcionou aos estudantes um tour do local. Os alunos da Carnegie Mellon visitambém visitaram os palcos existentes do Joyce em Chelsea e no Soho. Pooya Bakhsheshi, um dos
Original. Maquete do projeto de Frank Gehry: ainda há dúvidas com relação às verbas para construção
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● Arnaldo
Jabor. O colunista, que escreve às terças neste espaço, está em férias
alunos de Utah, disse que enfatizou a “celebração da vida” da dança, envolvendo o edifício numa pele de metal perfurada, protegendo-o “como uma pérola dentro de uma concha”. “Embora as pessoas venham para desfrutar da dança, elas não devem esquecer do que ocorreu talvez a 30 metros de distância”, acrescentou Bakhsheshi. “É como uma ferida que está sendo curada, mas nós ainda vemos a cicatriz.” Trabalhando com os planos reais das obras de infraestrutura e subsolo do projeto, feitos pelo escritório de arquitetura HOK, os estudantes se disseram chocados com a complexidade do contexto e das escoras do local. “Parecia uma grande confusão”, disse Cencer. “Não podíamos simplesmente colocar o que achávamos bonito.” O projeto conceitual de Gehry – que inclui uma série de blocos empilhados com terraços plantados – pareceu subdesenvolvido a muitos estudantes. “Uma realidade ainda precisa ser injetada na proposta”, disse Cencer. “Ele parece ter muito potencial, como uma porção de versões conceituais pré-realidade. Quero ver como vai se desenvolver.” Gehry descreveu o projeto real como “em compasso de espera”./ TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
Pele de metal. Imagem do prédio idealizado por Pooya Bakhsheshi