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CONSIDERANDO O CICLO DA PECUÁRIA, QUAL É A MELHOR ESTRATÉGIA REPRODUTIVA?

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EDUARDO LUNARDELLI

EDUARDO LUNARDELLI

A eficiência reprodutiva é ferramenta fundamental para o sistema de cria, seja pelo acasalamento realizado por monta natural ou pela inseminação artificial, o que permite maior produção de bezerros.

O gerente de Corte da Alta, Manoel Sá, explica que, geralmente, são utilizadas estratégias de uso somente de monta natural; uso de uma IATF seguida de monta natural; ou de programas mais intensivos, que envolvem a primeira IATF seguindo de ressincronização. “Esses programas de inseminação vêm sendo incorporados nas fazendas, que se adaptaram, ao decorrer dos últimos anos”, afirma.

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No caso da vaca de corte, a IATF representa mais do que 90% das inseminações que são realizadas no Brasil. “Os dados que temos do benchmarking do Concept Plus mostram crescente incorporação dos programas de ressincronização nas fazendas, gerando economia ou concentrando os investimentos em touros de repasse de maneira mais estratégica e reduzida”, ressalta Manoel Sá.

Os programas de ressincronização melhoraram a eficiência reprodutiva, principalmente de categorias que apresentam anestro pós-parto, ou seja, possuem maior dificuldade de emprenhar quando estão com o bezerro ao pé, como é o caso das primíparas.

“Outro ponto importante, é a possibilidade de economizar e reduzir a quantidade de touros necessários para a estação de monta. Então, ao fazer uma IATF e, depois, usar um touro, conseguimos melhorar a eficiência produtiva e antecipar os nascimentos dos bezerros, gerando maior número de bezerros desmamados e o maior quilo do bezerro desmamado por vaca”, detalha o gerente de Corte.

Pensando neste cenário de baixa, é o momento de o pecuarista ter o olhar criterioso e acertar em sua decisão.

“Se recuo no investimento em IATF, tenho grande rico de reduzir a eficiência produtiva, diminuindo principalmente a quantidade de bezerros nascidos do cedo. Isso vai acarretar no futuro da fazenda: quando estivermos no ciclo de alta, nós não teremos os bezerros do cedo e pode haver uma redução na quantidade de bezerros produzidos. Já as fazendas que incorporaram programas de ressincronização ao longo dos últimos anos, reduziram a quantidade de touros da propriedade. Portanto, se voltarem atrás e diminuírem a quantidade de ressincronizações, terão necessidade de incorporação e precisarão adquirir touros para realizar esse repasse”, analisa Manoel Sá. Então, qual seria a melhor estratégia? Na avaliação do gerente de Corte, a melhor estratégia para esse ano de baixa é uma manutenção do que já foi feito no ano passado. “As fazendas que incorporaram programas de ressincronização devem manter para não precisarem fazer um investimento adicional na compra de touros para repasse que serão amortizados entre cinco a sete anos, assim como as fazendas que fazem uma IATF seguida de repasse de touros, para evitar a redução da quantidade de bezerros e a proporção dos animais nascidos no cedo”, orienta.

A sugestão do especialista é pensar muito ciclo pecuário, entendê-lo, analisar quais são as consequências e organizar, mantendo o que já estava sendo feito para que o pecuarista não reduza seus bezerros e não tenha problemas no futuro. Ainda, realizar o descarte estratégico de matrizes mais velhas e menos produtivas, e aumentar o número de fême- as jovens de reposição pode ser estrategicamente muito interessante neste momento. “A equipe Alta está à disposição para te ajudar a entender esse momento da pecuária, que é cíclico, e a te direcionar para que você não reduza o avanço genético dentro da sua propriedade”, conclui.

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