Revista de Verão ZH

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ZERO HORA

Porto Alegre, sexta-feira, 9 de janeiro de 2015 - Edição nº 2

Mexa-se na areia As delícias e os cuidados ao levar o esporte predileto para a beira da praia


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Vamos suar Um dos desafios do veraneio é chegar àquele meio-termo entre o que queremos manter da rotina durante a estada no litoral e o que desejamos fazer mais, em razão do tempo livre. O segundo número da Revista de Verão de 2015 também se equilibra nessa equação. A principal reportagem fala sobre os cuidados para quem já dá suas corridinhas ou pedaladas pela cidade, e agora deseja suar na areia, com nova paisagem. Mas não é apenas o corpo que é menos ou mais exercitado no verão. A cuca também pode se aproveitar do tempo de sobra para ganhar musculatura, daí nossa reportagem sobre exercícios para a memória e também duas páginas de dicas de leitura – e daqueles livros grossos, que só mesmo na praia para mergulharmos nas letrinhas. Enfim. Opte você por malhar o corpo ou a mente, a Revista de Verão será sua companheira. Boa leitura e bons exercícios!

“Eu pago!”

Truques para jogar (e blefar) nas noitadas de pôquer na praia.

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Au hotel

Onde e como deixar os animais de estimação durante o veraneio.

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Agora é na areia Os benefícios e os cuidados ao levar o esporte para a beira da praia.

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Nham!

As delícias daquela paradinha em Maquiné.

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Xô, perebas

Como proteger as crianças no sol e na areia.

Reportagem Douglas Ceconello, Especial

Edição Caue Fonseca, Especial

Diagramação Aluísio Pinheiro, Especial

Foto de capa Bruno Alencastro

Welcome

Site mundial de hospedagem faz sucesso no Litoral Norte.

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Pra cuca

Os melhores exercícios mentais para a memória. Projeto gráfico Henrique Tramontina, Especial


leia na areia

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Ode aos isadora neumann isadora.neumann@zerohora.com.br

E

palmitos

u adoro as minhas pernas. Há quem diga que uma grande mulher precisa ter bases fortes. As minhas são perfeitas nesse sentido. O problema é que sou bem branquela. Coincidentemente, minhas pernas também são. Dizem que é genético. Maldita genética. Apesar de ser uma coisa natural, vocês devem saber que parte da sociedade não encara isso com bons olhos. Outros fatores colaboram para a minha falta de cor. Exemplo: detestar banho de sol. Vamos combinar, não é a coisa mais legal (nem racional) do mundo ficar torrando no calor. Dormir no sol também não dá. Para dormir, é preciso conforto e temperatura agradável. É uma questão de merecimento, sabe? Poxa, trabalho a semana toda, daí, na folga, vou descansar e assar ao mesmo tempo? Nem pensar! Eu quero é sombra e água fresca. Mas não pense que é só na praia que a brancura incomoda. Dia desses, estava eu na redação de ZH quando o Fraga (renomado cartunista que fez este lindo desenho aqui na

página) comentou em tom de deboche: – Nossa, Isa. Que pernas tão brancas... Olha, não sou mulher que se deixa abalar com facilidade, mas confesso que dei uma murchada naquela hora. O Fraga é um intelectual, não fala qualquer bobagem. Quando fala, atinge a pessoa. Falei de sexismo, de ditadura da beleza, um punhado de clichês da mulher moderna ofendida… Mas não que tenha adiantado. O Fraga é intelectual mas é meu amigo. Amigos têm essa liberdade pra nos sacanear. É carinho. Apesar dos pesares, saibam ele e toda a humanidade que jamais me darei por vencida. Faz um calor do cão nesse Estado e não vou colocar calças. Além do mais, as mulheres ralaram muito pra conquistar o direito de usar o que bem entender. Não sou afeita a retrocessos. O Rio Grande que se acostume com o meu par de palmitos debaixo do vestidinho. Caucasianas que por infelicidade do destino possuem pernas da mesma cor que o resto do corpo, uni-vos! Libertem suas coxas e panturrilhas das amarras sociais e tomem as ruas! Só passem bloqueador, por favor. Isadora Neumann é repórter de ZH e promete fazer do off-white uma tendência no litoral gaúcho em 2015.




é do baralho...

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Ninguém sai! O verão é para curtir a praia, o sol e a vida ao ar livre. Durante o dia. Porque à noite uma grande pedida é reunir amigos e parentes para aquela clássica mesa de pôquer, sempre divertida, algumas vezes interminável.

Como jogar

Conheça os bons jogadores

Variante de pôquer mais popular no mundo e regulamentada no Brasil, o Texas Hold’em tem regras fáceis de aprender. Cada jogador recebe duas cartas individuais, “fechadas”, mas conta também com outras cinco cartas comunitárias, “abertas” na mesa, que podem ser combinadas com as cartas de cada jogador para obter a melhor mão possível. A cada rodada, um jogador é escolhido como “dealer”, que distribui as cartas, vira as cartas comunitárias na mesa (três antes do primeiro turno de apostas e mais duas, uma de cada vez, antes dos outros turnos) e tem a vantagem de ser o último a apostar. As apostas vão sendo equiparadas ou aumentadas entre os jogadores. Quem não desistir do leilão confronta as cartas no final. Quem tiver a melhor mão leva o “pote” (monte de fichas apostadas).

• A fisionomia quando se abre as cartas da mesa diz muito sobre a

Neste link, há um tutorial ilustrado que explica de forma detalhada como jogar: zhora.co/parajogar

• Quando abre suas cartas, faz um olhar feliz ou aflito de “estou grandão”. • Mexe nas fichas várias vezes, impaciente. • Paga as apostas quase de imediato, sem pensar muito.

Manual do blefe Um bom jogador de pôquer não demonstra quando está com uma mão imbatível nem quando está blefando. Esse é o conselho de ouro de Flavio Rimolo Simões, diretor de comunicação da Federação Gaúcha de Poker (FGP), que joga desde 2009. – Nos torneios, é muito complicado descobrir quem blefa, já que os jogadores usam chapéus e óculos escuros, muitas vezes chegando a esconder o pescoço para não mostrar a jugular tremendo – conta Simões. Como provavelmente você não estará cercado de profissionais e ninguém vai se atrever a usar cachecol em pleno verão gaúcho, sua missão deve ser mais fácil.

mão do jogador. Os melhores jogadores se esforçam para manter sua fisionomia impassível, não importa o quão espetaculares são suas emoções. É a tradicional "poker face". • Há um tipo de jogador que exige mais atenção: é aquele que recebe as suas duas cartas e olha apenas uma vez, não voltando a observá-las de novo. • Um bom jogador de pôquer, quando as cartas da mesa são abertas, olha antes para os outros integrantes do jogo, para observar as reações, e somente depois dá atenção para as suas cartas.

Dê um flagra em alguém prester a blefar • A mão treme quando pega as fichas. • O padrão de apostas muda subitamente. • Mexe-se na cadeira a todo momento. • Olha as cartas na sua mão várias vezes.

Deslizes que entregam quem está com uma mão boa


pia.com.br

LUIZA LEITE

CADA LEITE É ESPECIAL.

NOVOS LEITES ESPECIAIS


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Refresco fotos reprodução

de xícara Chás gelados são opções sabororsas para combater a retenção de líquidos

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uanto mais água, melhor. Um dos principais lemas da beleza vale ainda mais na estação do sol – devido às altas temperaturas, o corpo perde mais líquidos e precisa de mais hidratação. Além disso, o hábito saudável também ajuda a combater um problema que acomete a maioria das mulheres no calor, em especial nos períodos prémenstruais: a retenção de líquidos. Há diversas causas para o acúmulo de fluidos além do normal no organismo: questões hormonais, uso de corticoides, pressão alta, ingestão insuficiente de água, consumo excessivo de sódio e até mesmo problemas renais. A retenção é mais frequente em quem tem mais de 40 anos, é sedentário e não regula a dieta, ou em quem tem predisposição genética. Normalmente, é percebida pelo inchaço nos membros inferiores – culpa da gravidade, que acaba levando o líquido extra para pernas e pés. Para tratá-la, é imprescindível largar o sedentarismo, equilibrar a alimentação, evitando produtos industrializados ricos em sódio, e tomar bastante água. Para auxiliar na tarefa, os chás drenantes são uma ótima opção – na versão gelada, são bem mais refrescantes, ajudando a combater o calor. De quebra, ficam lindos para serem servidos em jarras e copos altos decorados com limão e ervas como hortelã, manjericão e alecrim. Confira ao lado duas receitas de chás com propriedades drenantes, que ajudam a desinchar, combater a celulite e eliminar os excessos.

Valem os sachês? Se você prefere a praticidade, há muitas opções de chás drenantes prontos no mercado e vendidos em farmácias (os manipulados são ainda melhores, pois há a opção de escolher os ingredientes) ou lojas de produtos naturais. A maioria é comercializada em pó, bastando misturar a medida prescrita na embalagem com água gelada. Esse tipo de chá drenante é uma boa opção para quem quer tomar durante o dia todo em qualquer lugar.


corpo à mostra Chá verde com cavalinha Diurético natural, o chá verde ajuda na queima de gordura. A cavalinha é ótima para eliminar toxinas e acabar com a retenção de líquido, uma das principais queixas das mulheres no verão. Modo de preparo: basta misturar 1 colher de sopa de chá verde (em folha) com 1 colher de chá de cavalinha em 2 litros de água, fazer o chá e depois deixar esfriar na geladeira. Se quiser, complemente com fatias de limão e ervas à escolha.

Chá fresh natural Essa é uma receita ótima para o verão – e superfácil de fazer. A combinação de limão, pepino, hortelã e gengibre ajuda na drenagem e ainda ativa o metabolismo. Modo de preparo: corte 1 limão em rodelas + 1 pepino (descascado) também em rodelas + folhas de hortelã fresca à vontade + 1 colher de gengibre ralado na hora + 1,5 litro de água. Coloque tudo em uma jarra e deixe repousar na geladeira de um dia para o outro.


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Maquiné:

parada obrigatória fotos Juliana Palma

Juliana Palma juliana@destemperados.com.br

Que atire a primeira pedra o gaúcho que nunca parou no Maquiné na ida ou na volta do Litoral Norte. Para mim, é obrigatória a pausa para acordar com um café, matar a fome com um lanche ou simplesmente levar algum biscoito para a viagem.

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Logo na entrada, já damos de cara com o balcão. Mais tradicional, impossível. Perfeito para um pastel e um café rápido.

Não pensei duas vezes ao pedir meu combo preferido: café com leite e torrada de pão caseiro com presunto e queijo. Acorda qualquer um!

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A torrada chega na mesa quentinha, com o queijo no ponto certo.

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Também rolou um pastel de carne na mesa. Olha esse recheio!


com água na boca

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Para os dias mais quentes de verão, peça o suco de laranja. Feito na hora, é super-refrescante.

Não dá para sair do Maquiné sem experimentar os doces. Um dos clássicos de lá é o sonho de doce de leite.

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Alguém duvida o motivo?

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Na saída, não esqueça de levar alguns produtos coloniais para casa.

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Se sobrar espaço, peça também o embriagado. Gelado e doce na medida.

Doces Maquiné

RS 30, 1.420, km 87 (Sentido Litoral-Porto Alegre) Osório - RS Fone: (51) 8182-8426 docesmaquine.com.br


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Sempre diva...

até na areia CAMILA NUNES camila.nunes@zerohora.com.br

Se você está entre aquelas que não abrem mão de uma boa maquiagem nem mesmo na beira da praia ou na piscina, atenção. Alguns cuidados devem ser tomados para não prejudicar a pele e, consequentemente, seu verão. A Revista de Verão ouviu as dermatologistas Clarissa Prati e Márcia Donadussi, que vão orientá-la cuidar da aparência com saúde e, claro, muito glamour.

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Maquiagem na praia, afinal, pode ou não pode?

Pode, desde que sejam tomados determinados cuidados. Maquiagens com cores fortes e vibrantes, por exemplo, devem ser evitadas, pois irritam a pele em contato com o sol e, em alguns casos, podem provocar fotoalergia. Substâncias presentes nesses produtos, quando expostas à radiação ultravioleta, causam coceiras, vermelhidão e ardência.

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O que é uma maquiagem inadequada para a praia/piscina? Quais os prejuízos que ela pode trazer para a pele sob o sol forte?

Uma maquiagem inadequada é a que não fornece a proteção correta, ou seja, sem uso de filtro solar. Maquiagens carregadas ou oleosas, em clima quente e úmido, podem obstruir os poros, provocando cravos e espinhas.

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Pode usar base com filtro solar?

Opte pelo contrário, ou seja, filtro solar com cor de base. Apesar de não fixar tanto no corpo quanto a base, em geral ele traz um fator de proteção ao sol maior. Escolha um com FPS de no mínimo 30. Protetores com pigmento são suficientes para não deixar sua pele exposta aos raios ultravioleta, não havendo, portanto, a necessidade da aplicação de um filtro sem cor.


beleza & saúde

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Como hidratar bem a pele no pós sol?

Rímel à prova d'água, lembrando que é de mais difícil remoção, sendo assim, precisa ser removido com demaquilante específico para a área dos olhos, pois se for retirado de forma inadequada, pode provocar a queda dos cílios.

Primeiro, deve-se remover a maquiagem. O ideal é utilizar demaquilantes bifásicos, que trazem equilíbrio entre água e óleo. Use cremes hidratantes logo após o banho. Utilize sabonetes neutros, para não ressecar a pele. Opte por água morna ou fria. E nunca esqueça da hidratação. Ingerir no mínimo de 2 a 3 litros de água por dia ou água de coco, chás e afins.

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Os cremes autobronzeadores fazem mal à pele?

Pode pó?

Pode, até porque ele uniformiza a pele e tira o aspecto brilhoso do filtro.

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Qual é o rímel mais adequado?

E lápis, dá para usar?

fotos Natura - divulgação

O excesso de calor pode fazer com que o produto escorra para a pele, podendo gerar irritação. Uma alternativa são os lápis à prova d'água.

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Corretivo é indicado?

O corretivo ao sol não provoca manchas na área das olheiras. Primeiro passe o filtro e depois o corretivo.

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E batom?

A pele dos lábios é bastante sensível ao sol. Utilize protetores labiais com fatores altos de proteção (50+). Aí, sim, capriche no batom.

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Colocar filtro solar por cima da maquiagem vale?

Não. O filtro reage com as células da pele para protegêlas. Se a maquiagem estiver por baixo, a proteção será menor, já que a penetração das substâncias protetoras ficará dificultada. Caso a pessoa use hidratante, a ordem fica: hidratante, depois filtro, depois maquiagem.

Mito. O uso de cremes autobronzeadores são uma forma segura de bronzeado, pois tingem a superfície da pele sem atingir as camadas mais profundas. Seu uso está liberado. Vale lembrar que autobronzeador é uma coisa, filtro é outra. Mesmo que a pessoa esteja com a pele morena devido ao autobronzeador, ela deve usar o filtro solar para proteger a pele dos raios UV.


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Conforto e resistência,

a receita perfeita Antes de escolher aquele sofá que parece cair como uma luva na sala reformada ou aquela cortina que combina de forma perfeita com a cor das paredes, é melhor respirar fundo e refletir um pouquinho. No litoral, fatores como resistência, manutenção e conforto têm um peso ainda maior. A arquiteta Tania Bertolucci dá dicas preciosas de como escolher os materiais ideais para sua casa na praia.

Pisos O grande campeão no quesito manutenção continua sendo o piso frio, de porcelanato ou cerâmica, que é muito fácil de limpar. Outra opção interessante é o PVC resistente à água e à umidade, que inclusive é indicado para decks, já que é um piso mais quente e na praia é comum andarmos descalços. Em relação a pisos laminados, é preciso ter cuidado, já que só devem ser aplicados onde há impermeabilização total do contrapiso, pois a umidade do subsolo danifica o material.


casa na praia Sofás e poltronas tania bertolucci/ divulgação

A constante presença de pessoas molhadas deteriora o tecido e pode gerar aquela sensação de grudar no sofá. Se a opção é pelo conforto, a melhor saída são tecidos naturais, como algodão e linho, cujo ponto fraco é a resistência ao sol. Os couros e camurças sintéticos, que muitas vezes possuem toque aveludado ou com diferentes texturas, também são confortáveis, têm maior durabilidade e a manutenção é mais fácil. Há também os tecidos Acquablock, resistentes aos raios UVA e UVB.

Cortinas

carlos edler, BD

divulgação

Móveis

saccaro/ divulgação

sierra móveis /divulgação

tania bertolucci/ divulgação

A grande pedida são as cortinas feitas com tela solar, resistente aos raios UVA e UVB, que desbotam os tecidos. Como é um material sintético, também pode ser lavado facilmente. Há também as cortinas metalizadas, com boa resistência ao sol, que mantêm o ambiente mais protegido do calor. Já as cortinas de tecido, geralmente mais bonitas, não têm propriedades de proteção contra raios UVB e UVA, além de serem mais difíceis de limpar.

As lâminas de madeira costumam sofrer com o sol, então há opções de móveis em melamina, que apresentam modelos e cores variados. A grande vantagem da melamina sobre a madeira é a resistência ao sol e à umidade, além da fácil manutenção. Outra opção interessante são os móveis de fibra, que permitem a ventilação do assento e do encosto, são resistentes à água e criam um clima rústico legal. As fibras sintéticas também são muito resistentes e podem ser usadas em exteriores e interiores.


tô dentro

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Roteiro

Rio Grande do Sul Show de Duca Leindecker, Cidadão Quem e Pouca Vogal Quando: 11 de janeiro, 23h30min Onde: Sociedade dos Amigos da Praia de Torres, Torres Por que é legal: Duca Leindecker, Cidadão Quem e Humberto Gessinger já conquistaram a admiração dos gaúchos faz tempo. Agora vão animar o final de semana de quem está de férias em Torres. Quanto custa: Pista a R$ 25 Informações:blueticket.com.br

Santa Catarina Festival Internacional de Vinho e Jazz

fotos banco de dados

Quando: 7 a 11 de janeiro, 20h Onde: pousada Oceanomare no Rio Vermelho, Florianópolis Por que é legal: maior festival de jazz e degustação de vinhos da América Latina, o evento terá artistas consagrados como o americano Jeff Berlin, a brasileira Maucha Adnet e Trio da Paz Quanto custa: R$ 110, meia-entrada R$ 55, ingresso + jantar R$ 143 Informações: festivaldevinhoejazz.com.br

Show das irmãs NERVO

Show do Jair Kobe, o Guri de Uruguaina Quando: 17 de janeiro, 21h Onde: Ginásio Municipal de Tramandaí Por que é legal: o Guri de Uruguaiana e outros personagens são garantia de risadas. Quanto: R$ 30 antecipado e R$ 40 na hora. Vendas no local. Informações: (51) 3452-2197 / 81855464 / 9750-2876

Chilli Beans Music Festival Quando: 17 de janeiro, 22h Onde: Maori Beach Club, Xangri-lá Por que é legal: Marcelo D2, Planta e Raíz e outras bandas tocam no primeiro festival promovido pela marca. Quanto: pista 1º Lote Feminino, R$ 40 Masculino R$ 50. Área Vip 1º Lote Feminino R$ 80, Masculino R$ 90. Informações: contato@maoribeaclub. com.br

Quando: 10 de janeiro, 23h Onde: Green Valley, em Camboriú Por que é legal: as australianas que já tocaram no Lollapalooza e donas do hit We’re all no one são as novas djs residentes do Green Valley. Muita música eletrônica vai rolar na apresentação delas Quanto custa: pista: masculino R$ 65, feminino R$ 45. Vip: masculino: R$ 155, feminino, R$ 115. Backstage: masculino, R$ 355, feminino R$ 255. Informações: (47) 3360-8097, reservas@gveventos.com.br ou greenvalley.art.br

Show da Sambo Quando: 11 de janeiro, 10h Onde: Parador 12, Jurerê Internacional Por que é legal: A banda que mistura clássicos do rock e arranjos do samba toca em Florianópolis as músicas que projetaram o grupo no cenário nacional. Quanto custa: R$ 60 Informações: (48) 3284-8156 parador12.com.br

Show da Gigantes do Samba (Raça Negra + Só Pra Contrariar) Quando: 17 de janeiro, 21h Onde: Devassa on Stage, Jurerê Internacional Por que é legal: os 12 músicos das duas bandas encerram sua turnê no Brasil em Jurerê Internacional, relembrando os clássicos do samba e do pagode. Quanto custa: pista - 1° lote: R$ 50; Pista VIP - 1° lote: R$ 80; Camarote - 1° lote: R$ 100; Backstage - 1° lote: R$ 150 Informações: (48) 3282-1669 camarotestage@musicpark.com.br

Show Nando Reis e os Infernais Quando: 18 de janeiro, 10h Onde: Parador 12, Jurerê Internacional (SC) Por que é legal: ex-baixista dos Titãs, Nando Reis faz show com a banda que o acompanha em sua carreira solo Quanto custa: 1º lote R$ 50 Informações: (48) 3284-8156 parador12.com.br


à beira-mar

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endorfina

Ricardo Duarte, bd

Céu, sol e Nem só de descanso é feito o veraneio. A paisagem e o tempo livre são os estímulos perfeitos para começar a praticar o esporte predileto da cidade pertinho do mar

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uando chega à praia, você acha que vai passar as férias de pernas para o ar. Afinal, é a hora do descanso do guerreiro e ninguém mais do que você merece essa vadiagem momentânea. Mas passam os dias, o sol brilha, todo mundo se mexendo, bate aquela aflição para jogar bola, pedalar ou dar uma corridinha. Acredite, você não vai se arrepender de deixar a preguiça de lado. Além da paisagem e do tempo de sobra, esportes na praia têm outros atrativos. Segundo o educador físico Willian Machado, para quem já pratica esportes, a variação do piso possibilita implementar o treinamento com estímulos que o corpo não está acostumado, o que representa ganho no condicionamento e no rendimento. – A areia oferece menos impacto nas articulações e, em razão de sua instabilidade, exige um maior trabalho muscular e estimula o equilíbrio e a consciência corporal, o que auxilia na prevenção de

lesões – declara Machado. A verdade é que a atmosfera do verão nos incentiva à prática de esportes também por motivos pessoais. Quem já tem o hábito de se exercitar durante o ano não quer voltar à estaca zero quando março chegar. Mesmo para quem está parado faz tempo, o veraneio reúne todo o estímulo necessário para enfim começar a se exercitar, desde que antes se procure orientação médica. E, de brinde, ainda tem ela, a endorfina. Conhecida como “hormônio do prazer”, a endorfina é uma substância produzida por nosso cérebro durante e após a atividade esportiva que provoca sensação de bem-estar e traz diversos benefícios à saúde. Tudo isso torna a praia um cenário ideal para tirar a preguiça do corpo e sair para se exercitar. Nas próximas páginas, a Revista de Verão dá dicas para levar o esporte da cidade para o litoral. Afinal, onde mais é possível encerrar aquela sempre necessária sessão de alongamento com um belo banho de mar?


18 diego vara

Da cidade

à areia N

ão há restrição à prática de esportes na praia, então caiu por terra qualquer desculpa para passar o veraneio debaixo do guarda-sol. Desde que você tome as precauções necessárias, está tudo liberado – vôlei, futebol, frescobol ou corrida. Mas fique de olho, no entanto, à troca de piso e de condições climáticas, para evitar que a empolgação acabe em exaustão ou que alguma lesão inconveniente lhe coloque de molho. Alessandra D´Avila ( foto acima) começou a correr em Porto Alegre faz cerca de um ano, mas há três meses resolveu levar mais a sério e procurou uma assessoria esportiva. Ela garante que o hábito trouxe muitos benefícios para sua vida: – Nos dias após os treinos, eu acordo muito mais disposta pela manhã. Eu também precisava perder peso devido à gravidez. Alessandra corre três vezes por semana, faz de três quilômetros a quatro quilômetros por treino e, neste ano, pela primeira vez vai transferir a corrida

de Porto Alegre para o litoral. Empolgada, até se inscreveu para uma prova noturna, em fevereiro. Para quem vai fazer como Alessandra e mudar de paisagem enquanto vence a distância, é bom ficar atento a algumas adaptações necessárias, como a escolha entre o tipo de areia para correr. – A areia dura é mais próxima da corrida de rua, ainda que ofereça menos impacto. É recomendada para aqueles que não estão habituados a correr na praia. Nesse terreno é recomendado o tênis que o praticante está habituado a utilizar na cidade – aponta Willian Machado, educador físico e coordenador de uma assessoria esportiva em Porto Alegre. Já a areia fofa é uma excelente oportunidade de se desenvolver equilíbrio, consciência corporal e força nos membros inferiores, mas os iniciantes precisam ter cautela. – Para aqueles praticantes que não possuem um preparo muscular adequado, há um maior risco de lesões – avalia Machado.


à beira-mar Futebol

Vôlei

Corrida

Tênis

Na cidade • As articulações sofrem na grama sintética. Sempre que possível pratique em grama natural. • A chuteira de travas deve ser usada na grama natural. Para campos sintéticos, existem chuteiras apropriadas, que diminuem o esforço das articulações. • Não esqueça da sessão de alongamento ao fim da pelada – no outro dia, as dores musculares serão bem menores.

Na cidade • Os tênis de corrida ou com amortecimento são recomendados para amenizar o impacto nos joelhos e tornozelos. • Prefira pisos regulares, que diminuem a chance de lesões nas articulações. • Ao ar livre, não esqueça dos óculos escuros. Afinal, a todo momento se olha para cima à espera da bola, e o sol pode causar desconforto ou até lesões nos olhos.

Na cidade • O tênis de estimação serve para qualquer piso, desde que adaptado ao seu pé. Um sistema se amortecimento é bem-vindo. O importante é sentir-se confortável. • Cuidado com o volume do fone em ambientes urbanos. A distração no trânsito pode ser perigosa. • Hidratação é fundamental sempre, mas pode ficar para depois se a corrida durar menos de uma hora.

Na praia • Na areia fofa, as articulações sentem menos, mas o esforço é maior, então é preciso ter cuidado com a intensidade da prática. • É possível jogar sem calçados na praia. Também dá pra optar pelo uso de tornozeleira, que evita torções e protege a sola dos pés. • Você pode ser um jogador assíduo na cidade, mas na praia os conjuntos de músculos exigidos são outros – logo, não exagere na intensidade.

Na praia • Além dos óculos escuros, a viseira protege do sol e do suor, que pode causar incômodo nos olhos. • Para as mulheres, há biquínis adequados que protegem e firmam os seios, deixando a prática esportiva mais confortável. • É possível adequar o tamanho da quadra ao número de jogadores disponíveis, então duplas ou trios já rendem um bom jogo.

• É possível correr na areia

Na cidade • Preste atenção nos tênis: prefira os de abertura mais baixa para não interferir no movimento dos tornozelos. • Apesar de o objetivo principal ser devolver a bolinha com a raquete, os membros inferiores são extremamente exigidos, então capriche no condicionamento físico e no fortalecimento das articulações. • Para iniciantes ou jogadores com mais idade, jogar em duplas é uma forma de diminuir um pouco a exigência física do esporte.

Na praia dura com o mesmo tênis usado na cidade. Se for comprar, escolha um tênis que seca mais rápido. Na areia fofa, dá para correr descalço, mas o esforço muscular aumenta. • Tente evitar terrenos com inclinação lateral acentuada, que causam sobrecarga em um lado do corpo. • Um banho de mar é sempre irresistível, mas deixe para depois do exercício: correr com a roupa molhada pode causar desconforto ou assaduras.

Na praia

• Os reflexos são mais exigidos, já que a quadra é menor e a bola não pode tocar no chão. • A quadra é menor, mas devido à diferença de piso, são exigidos outros conjuntos musculares, então o esforço aumenta. • As raquetes são menores e podem ser de madeira. São mais leves, o que facilita para quem não está acostumado com o tênis tradicional. ricardo duarte, bd

Não se esqueça do básico • Cuide-se com a exposição solar. Pratique esportes entre 6h e 9h e após as 17h. • É indispensável o uso de protetor solar. • A roupa deve ser leve e confortável • A hidratação deve ser feita antes, durante e após o exercício. • Se a atividade for intensa ou superior a uma hora, é importante repor carboidratos e sais minerais. Nesse caso, consuma bebidas isotônicas ou água de coco.

O que comprar • Squeeze para água – a partir de R$ 20 • Viseira – a partir de R$ 30 • Kit para frescobol – a partir de R$ 50 • Minitrave para futebol de areia – a partir de R$ 130 • Bola de futebol – a partir de R$ 40 • Rede de vôlei – a partir de R$ 70 • Bola de vôlei – a partir de R$ 40

Na praia, dá para praticar esportes descalços, mas as bolhas são um risco por causa do atrito com a areia. Pra evitar o problema, comece devagar. Se mesmo assim ficar desconfortável, você pode optar por aquelas sapatilhas modelo five fingers, que servem pra qualquer tipo de terreno.


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Inseparável

magrela

Se a bicicleta já é parte do dia a dia e você não está disposto a se separar dela no veraneio, não se preocupe. Descubra formas de carregar a bike, cada vez mais bem recebida no Litoral Norte

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uso da bicicleta nas grandes cidades gaúchas, como lazer ou meio de transporte, vem crescendo nos últimos anos. Com a chegada do verão, muita gente quer transferir a curtição sobre duas rodas para o litoral. O que é mais do que compreensível, afinal, pedalar na praia tem vantagens em relação à cidade. – Apesar da pouca estrutura para circular de bicicleta, as pessoas no litoral respeitam mais o ciclista – afirma Victor Kerber, sócio da Studio

Bike Roots, loja de bicicletas no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, que pedala há 10 anos e já chegou, algumas vezes, até mesmo a pedalar da Capital até Rainha do Mar e Capão Novo, seus destinos prediletos. As condições ainda estão longe do ideal, mas algumas praias já mostram que estão atentas à demanda das magrelas. Cidreira, Torres, Tramandaí e Capão da Canoa já têm seus primeiros quilômetros de ciclovias. Xangri-lá também destina sinalização específica para a circulação de bicicletas em algumas


à beira-mar

Como levar as bicicletas para a praia • As bicicletas podem ser transportadas nos ônibus, mas precisam estar parcialmente desmontadas e colocadas dentro de uma caixa ou enroladas em cobertores. • A Unesul (que atende todo Litoral Norte) informa que não há restrição de peso nem de quantidade de bicicletas a serem transportadas por viagem.

das principais vias, como a Avenida Paraguassu. Como ainda não existem serviços de aluguel no litoral, quem não quer enfrentar uma pedalada de fôlego precisa transportar sua própria bicicleta. Proprietário da Gaúcha Bike, loja de bicicletas da Capital, Eduardo Macedo afirma que aumentou o número de pessoas que adapta o carro para levar as bicicletas para a praia, mas é preciso ficar atento à qualidade do equipamento. – Um rack de menos de R$ 100 deve ser olhado com desconfiança – avisa Macedo, que indica as marcas Altmayer e Thule.

• A partir de R$ 200 é possível encontrar suportes de qualidade para adaptar atrás do carro com braçadeiras, sem amarrar a bicicleta. • A marca Thule tem suportes com tecnologia de ponta, em alumínio, a partir de R$ 400, com cinco anos de garantia para qualquer dano causado na bike ou no automóvel. • O próprio comprador pode instalar os suportes, mas os vendedores das lojas também estão aptos a instalar o produto.

banco de dados

• A Expresso Palmares (que atende de Cidreira a São José do Norte) transporta no máximo duas bicicletas por viagem. São cobrados R$ 13 por bicicleta. Antes do embarque, é necessário procurar o setor de encomenda e pagar a taxa.


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Quando os bichos

não pegam a estrada O mascote não vai poder acompanhar o dono no veraneio? Fomos atrás de dicas para tornar a distância e a hospedagem menos traumática para o pet fotos Refúgio Hotel Pet, divulgação

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hegou a hora de tirar aquela merecida folga, mas há um impasse em relação ao seu companheiro de quatro patas: ele terá de passar o verão na cidade. Para que a aflição com o bem-estar do bichinho de estimação não atrapalhe seu descanso, é importante planejar-se com antecedência e avaliar a melhor opção. O veterinário Ricardo Araujo da Costa diz que, no caso dos gatos, se for uma viagem de final de semana, ainda que não seja o ideal, é possível deixar o bichano em casa sem companhia. Nesse caso, é preciso prover uma boa quantidade de água e mais

caixas de areia sanitária. – Mas o mais aconselhável é que uma pessoa de confiança vá na sua casa uma vez por dia para cuidar do animal – pondera Costa. Para cães ou gatos, a adaptação à ausência dos donos ou à mudança de ambiente depende do temperamento de cada animal, portanto ninguém melhor do que você mesmo para avaliar o que é melhor para o amigo peludo. – Se o animal nunca sai de casa, é interessante fazer um teste: passar uma noite no local de hospedagem, para ver como será o comportamento – sugere o veterinário.


patas pro ar

Onde os gatos são vip

Refúgio Hotel Pet

Se a opção for hospedar o bichinho em algum lugar, não vão faltar alternativas. É possível até que ele fique quase tão bem acomodado quanto você. No Refúgio Hotel Pet, esclusivo para gatos na zona sul de Porto Alegre, são 28 alojamentos individuais com tudo que um felino precisa – prateleiras para escalar paredes, brinquedos e cama confortável –, além de três suítes máster com capacidade para até oito gatos de uma mesma casa, para aqueles donos que tem toda uma família de felinos para deixar para trás. Também é oferecido um parquinho cercado com tela, que dispõe de gramado, vista invejável e troncos com brinquedos, para aquela afiada básica nas unhas. – Os gatos de apartamento fazem a festa no parquinho – diz Marcos Vinícius Gallicchio, que desde 2003 comanda o local junto à mulher.

Cães pedem espaço

fotos pet village, divulgação

Para receber bem os cães, a exigência de espaço é maior. É por isso que o Pet Village Animal Hotel conta com extensa área verde na zona sul de Porto Alegre. Ao todo, são 40 canis e seis alojamentos para gatos, devidamente isolados. Para os cuscos, a ordem do dia é divertir-se. Eles passam cerca de 50% do tempo em recreação. O Pet Village recebe desde cachorros pequenos até os de porte gigante. Para os acostumados a viver em apartamento, existem até canis menores ou, digamos, mais intimistas. Um dos proprietários deste paraíso canino, Diego Michel Eieta explica que, durante o dia, os cães são separados conforme tamanho e afinidade. À noite, têm seu próprio quarto isolado, exceto quando pertencem a uma mesma família. Geralmente, sequer dá tempo de sentir saudade do dono. – Eles passam o dia brincando ao ar livre, então, à noite, só querem saber de comer e dormir – conta o proprietário.

Opções para hospedar os bichinhos Os resorts para pets costumam buscar e levar o animal. A diária fica em média em R$ 40, dependendo do porte e do tempo de hospedagem. Para períodos maiores, não incluindo feriados, por vezes há pacotes com desconto. Mas é preciso se apressar, já que na época do veraneio as vagas são tão concorridas quanto aquele lugar para se espichar na praia.

Pet Village Animal Hotel

Refúgio Hotel Pet hoteldegatos.com.br

South Bark Kennel sbkennel.blogspot.com.br

Pet Village Animal Hotel petvillagehotel.com

Dog’s Paradise Hotel dogsparadise.com.br


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Como proteger os

pitocos no verão Com atenção e, quem sabe, algumas pomadinhas, é possível garantir a diversão

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hega o verão e tudo que a criançada mais quer é liberdade para brincar. Quanto menos roupa, melhor, assim como os calçados. A ordem de todos os dias é se divertir. No entanto, é sempre bom tomar alguns cuidados para evitar que alguma doença típica do período de veraneio acabe interrompendo a curtição. Não há motivo para pânico: é perfeitamente possível conciliar os cuidados necessários

ricardo duarte, bd

com a diversão no litoral. A Revista de Verão conversou com a pediatra Lucia Diehl, responsável pelo departamento de Ensino a Distância da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, sobre os cuidados necessários e das doenças mais comuns. – Como frequentamos mais praias e piscinas, a exposição da pele à água e à areia gera uma predisposição a doenças de pele. É a principal preocupação – aponta Lúcia.


miniveranistas Os principais incômodos do veraneio Impetigo: infecção cutânea superficial causada por bactérias. Aparece em qualquer área do corpo e do couro cabeludo, em algum machucado. Caracteriza-se por zonas vermelhas ou bolhas que se enchem de crostas. Tratamento: antibióticos locais. Pitiríase versicolor: causada por fungo, provoca manchas arredondadas de cor variável no tronco, pescoço e bracos. Tratamento: antifúngicos, inclusive no couro cabeludo, que pode ter abrigado o fungo. Bicho geográfico: ocorre devido à penetração na pele de um parasita, presente nas fezes de cães e gatos, que forma trajeto e dá coceira. Mais frequente nos pés, nas nádegas e nas costas. Tratamento: pomadas antifúngicas. Frieira: causada por fungos, apresenta vermelhidão,

descamação e coceira no meio dos dedos e na sola dos pés. Tratamento: pomadas antifúngicas. Insolação: provocada pelo excesso de exposição ao sol, gerando queimaduras na pele, mal-estar, tonturas, desidratação, náuseas e vômitos. Tratamento: hidratação oral, ambiente arejado e com sombra. Queimaduras: causada pela exposição excessiva ao sol, sem uso de filtro solar e chapéu, em especial das 10h às 16. Tratamento: cremes calmantes e cicatrizantes e curativos especiais em casos mais graves. Brotoeja: decorre da dificuldade na eliminação de suor. Provoca vermelhidão e pequenas bolhas. Prevenção e tratamento: usar roupas arejadas e tomar banhos frequentes, além de pomadas calmantes.

Cuidados sem neura Prevenir as doenças típicas do verão não significa diminuir a diversão. Os cuidados são bastantes simples.

• Evite a exposição ao sol das 10h às 16h.

• Use chinelo em praias com muitos cães e gatos.

• Aplique filtro solar e coloque chapéu. Reforce a aplicação do filtro após o banho na piscina ou no mar.

• Ofereça líquidos às crianças, de preferência água filtrada ou fervida.

• Tenha cuidado na conservação e no preparo dos alimentos.

• Preste atenção aos cuidados ambientais e sanitários das praias.


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livros Sabe aquele calhamaço que você paquera na livraria o ano inteiro, mas que desanima só de pensar no tempo que vai levar para ler? Pois bem, acabou a primavera e com ela as desculpas. Agora, de pernas pra cima na praia, é hora de encarar as grandes e boas leituras. O editor do Caderno PrOA, Carlos André Moreira, dá dicas de cinco grandes livros. Boa sorte!

Graça Infinita

David Foster Wallace Obra de um jovem David Foster Wallace lançada em 1996, quando o autor tinha 34 anos, Graça Infinita é considerada uma das últimas obras inovadoramente radicais a surgir na literatura norte-americana, com sua capacidade assombrosa de concentrar gêneros e temas. Misto de sátira, drama e distopia, o romance aborda os dilemas de dois irmãos em um futuro no qual uma enorme porção do território norte-americano (o que aqui inclui EUA e Canadá) se tornou um depósito de lixo tóxico. Ambos tem de lidar com o perigoso legado deixado por seu pai: um filme tão pleno de entretenimento que pode causar a morte de seus espectadores. Um grande e vigoroso romance sobre o tédio da vida contemporânea. Vítima de depressão, Foster Wallace se suicidaria em 2008, aos 46 anos, deixando ainda um romance inacabado (The Pale King), que mesmo assim foi finalista do prêmio Pulitzer em 2012. Graça Infinita tem intimidadoras 1.144 páginas. Mas sejamos honestos: se você não encarar a empreitada agora, na beira da praia, o fará quando? (Editora Companhia das Letras)

imagens divulgação

Cinco

Obra Completa Volume 1 Bioy Casares

Por vezes, Adolfo Bioy Casares (1914-1999) foi injustiçadamente eclipsado pelo seu colaborador e amigo de toda vida, Jorge Luis Borges. Uma boa forma de retomar o contato com a obra deste mestre da literatura argentina pode ser conferir a nova edição integral de seus livros que está sendo publicada pela Editora Globo. O primeiro volume reúne seis obras escritas por Bioy Casares de 1940 a 1958, em novas traduções, No conjunto, está a obra-prima do autor, A Invenção de Morel. O volume, de 745 páginas (bom para ler nas férias, portanto), inclui ainda cinco outros livros. O segundo e o terceiro volume devem sair em 2015. Até lá, você já acumulou mais um período de férias. (Biblioteca Azul, Globo Livros)


cultura em dia

Vida e Destino Vassili Grosmann

A Batalha de Stalingrado, na II Guerra Mundial, entre 1942 e 1943, foi um combate de tal magnitude que mereceria um romance épico à altura do que Tolstói fez com as campanhas napoleônicas em Guerra e Paz. Vida e Destino, de Vassili Grosmann, é esse romance. Em um olhar amplo e panorâmico que abarca do renhido combate por cada metro de rua na cidade de Stalingrado, na então União Soviética, até os campos de prisioneiros e de concentração tanto de nazistas quanto de comunistas, Grosmann constrói um épico perturbador. Não à toa, o romance, finalizado em 1960, teve sua publicação proibida durante a vigência do regime soviético, foi confiscado pela KGB e só pode ser editado na segunda metade dos anos 1980. (Editora Alfaguara)

O Homem que Amava os Cachorros Leonardo Padura

Em uma narrativa que cruza romance histórico, reflexão política e ficção de espionagem, Leonardo Padura reconstitui as trajetórias paralelas de León Trotsky, um dos artífices da revolução russa caído em desgraça, e do homem cooptado e treinado por Moscou para matá-lo, o militante comunista espanhol Ramón Mercader del Río. Baseado em um episódio real – não deve ser spoiler a esta altura contar que Mercader realmente matou Trotsky em 1940 –, Padura consegue ainda assim manter o interesse em uma trama cujo final é amplamente conhecido. (Editora Boitempo)

A Mão Esquerda da Escuridão Ursula K. Le Guin

Para os adeptos da ficção científica, ganhou nova edição este clássico de Ursula K. Le Guin, que inverte as proposições recorrentes: aqui, o "alienígena" é um terráqueo. Situado em um futuro imaginado em que o povo da Terra se lançou ao espaço e encontrou outras civilizações, o romance tem como protagonista Genly Ai, emissário da Terra enviado ao distante e gelado planeta Gethen com a missão de convencer seus habitantes a se juntarem a uma espécie de "mercado comum intergalático", que engloba 80 outros planetas. A missão de Genly, entretanto, não é o centro da narrativa, e sim a complexa civilização de Gethen, um planeta de ambientação medieval com uma população andrógina, sem definição de gênero entre masculino e feminino. (Editora Aleph)


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Corpo relaxado, memória turbinada Exercícios mentais ajudam a combater o tédio, a escrever melhor e a prevenir doenças

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nquanto balançamos na rede ou estamos espichados no sol, nosso corpo descansa e agradece pela pausa na correria. Esse momento de paz pode ser uma grande chance de fortalecer uma outra musculatura, que também exige atenção: a memória. Para continuar com o cérebro bombando por toda a vida, podemos dar um empurrãozinho com alguns exercícios mentais: passatempos que divertem e, ao mesmo tempo, ajudam na capacidade de memorização e concentração, como quebracabeças, palavras-cruzadas e até mesmo leitura.

Apesar de os problemas de memória geralmente serem associados à idade avançada, devemos estimular o cérebro desde cedo. – É importante exercitar a memória desde jovem, pois o treinamento fortalece o cérebro, da mesma maneira que o exercício físico modela os músculos do corpo. Com o aprendizado de algo novo, há potencialização na ligação entre os neurônios, prevenindo o aparecimento de doenças degenerativas – explica a neuropsicóloga Gislaine Gil, autora do livro Memória – Tudo o que Você Gostaria de Saber mas se Esqueceu de Perguntar.


fique zen Para manter o cérebro ativo na praia Sudoku O quebra-cabeças de organização numérica estimula diferentes áreas do cérebro e é um dos jogos mais completos para exercitar habilidades cognitivas como flexibilidade mental, planejamento, concentração, lógica e atenção. Não sabe jogar? A lógica consiste em distribuir algarismos inéditos de 1 a 9 em cada linha, coluna e “região”, como é chamado cada quadradinho de 3x3 casinhas no jogo. Compre seu primeiro passatempo e bom exercício!

Palavras-cruzadas Não se limite a fazer palavras-cruzadas durante um voo ou esperando uma consulta médica. O processo de associar as respostas certas ao número exato de quadradinhos estimula a atenção e incentiva a capacidade de memorização. Estudos indicam que fazer palavras-cruzadas ao longo da vida pode, inclusive, postergar a doença de Alzheimer na velhice. Além dos benefícios à mente, uma página de palavras-cruzadas se torna um divertido jogo de adivinhação quando compartilhada em voz alta com o resto da família, debaixo do guarda-sol.

Quebra-cabeças O esforço para encaixar cada pecinha no lugar certo não é em vão. Quando completamos um quebra-cabeças, nosso cérebro libera uma substância chamada dopamina, que nos dá um imenso prazer. Mais do que isso, ao resolver um quebra-cabeças, usamos nossa capacidade analítica e intuitiva, além de estimular nossa habilidade de perceber mais detalhes visuais.

Leitura Sim, desfrutar de um bom livro não é apenas uma atividade prazerosa, mas também consiste em grande estímulo da memória, pois seus neurônios precisam recorrer constantemente às regras gramaticais e você exercita o cérebro a cada momento que precisa fixar o que já foi lido para seguir adiante na história. Além disso, é uma forma de ampliar e manter seu vocabulário e corrigir a sua ortografia. Quanto mais leitura, mais correto as pessoas passam a escrever.


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O melhor amigo

dos mochileiros Site de hospedagem sem intermediários que virou febre na Copa, o Airbnb chega ao veraneio gaúcho

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uem buscava aluguel na praia geralmente recorria ao ancestral método do boca a boca, aquele amigo de um conhecido de um tio que indicava o lugar perfeito. Ou, mais recentemente, uma alternativa eficiente era pesquisar no Google ou Facebook perfis de proprietários e ofertas de imobiliárias. Mesmo isso já é coisa do passado. Ou promete ser muito em breve, depois da popularização de serviços como o Airbnb, negócio que abalou o setor hoteleiro nos Estados Unidos e hoje está presente em 190 países. O site americano que faz a intermediação de aluguel de acomodações chegou ao Brasil em 2012, mas foi depois da Copa do Mundo que realmente emplacou. Apenas durante o Mundial, cerca de 120 mil turistas de outros países conseguiram pouso por meio da plataforma. Muitas vezes, a casa ou o apartamento é compartilhada entre o anfitrião e o visitante. Não raro, se oferece apenas uma cama. Ou seja, tem para todos os públicos. O funcionário público foi um dos tanto gaúchos que aderiu ao Airbnb nos últimos meses: – Descobri o site através de um conhecido que colocou seu apartamento para alugar na Copa. Então fiz o mesmo com meu apartamento de Porto Alegre. Devido à experiência positiva no Mundial, Rodrigo Araujo resolveu oferecer também seu apartamento em Capão da Canoa (este da página ao lado) nos meses de verão. E a procura surpreendeu – em janeiro, por exemplo, não havia datas disponíveis. No litoral gaúcho, o número de ofertas ainda é tímido – uma busca aponta algumas dezenas nas praias do Estado –, mas vem crescendo a cada mês e neste veraneio já foi a opção de muita gente interessada em conseguir aquele cantinho na praia, desde um quarto compartilhado até uma casa com piscina e vários dormitórios.

“O negócio no Airbnb é como comprar numa livraria virtual, em vez de ir à livraria física. Você não pode folhear o livro, mas tem a comodidade de fechar o negócio de casa.” Rodrigo Araujo


te liga!

reprodução

Encontre (ou ofereça)

seu cantinho Cadastro: o usuário cria um perfil no site airbnb.com.br no aplicativo de celular para procurar ou oferecer um espaço, que pode ser casa, apartamento, quarto ou até mesmo uma cama. Anúncio: para oferecer seu local, coloque uma descrição, fotos, valores e datas disponíveis. Busca: para procurar acomodações, basta digitar o destino (bairro, cidade, país), as datas de chegada e partida e o número de pessoas que ficarão hospedadas. Reserva: após escolher o destino e a opção de hospedagem, clique no botão de reserva e insira os dados de pagamento. A cobrança é feita quando o anfitrião aceita a reserva.

Outros toques • É cobrada uma taxa do proprietário (3% da reserva) e do hóspede (de 6% a 12% da reserva, dependendo do tempo de estadia e do valor da diária). • O site permite confirmar a identidade de determinado perfil por meio do Facebook e outros documentos. • É possível trocar mensagens com outro perfil, mas número de telefone e e-mail não são permitidos. • Fazer referências (positivas ou negativas) a outro usuário influencia na credibilidade daquele perfil.



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