A PESQUISA
A RESPEITO DO INSTANTE VEM DE OBSERVAÇÕES, QUESTÕES E PENSAMENTOS REALIZADOS DIARIAMENTE. HÁ, EM MIM, UM QUESTIONAMENTO CONSTANTE A RESPEITO DAS POSSIBILIDADES QUE CABEM EM UM INSTANTE, E, A PARTIR DISSO, PARTI PARA O EXTREMO, PARA O LIMITE, PARA A INSANIDADE, PARA A MORTE. JULGAR SE A VIDA VALE OU NÃO A PENA SER VIVIDA É RESPONDER À QUESTÃO FUNDAMENTAL DA FILOSOFIA. QUAL O LIMITE TÊNUE QUE SEPARA A SANIDADE DA INSANIDADE? QUANDO SURGE ESTE INSTANTE VAZIO, O SILÊNCIO, O VÁCUO. O INSTANTE QUE ACONTECE O LIMITE, ENTRE RESPIRAR FUNDO OU SE JOGAR NO TRILHO DO METRÔ. PERDER-SE É DE CERTO MODO, COMO NO MELODRAMA, CONFESSAR. CONFESSAR QUE SE FOI ULTRAPASSADO PELA VIDA OU QUE NÃO SE TEM COMO COMPREENDÊ-LA, NEM ACEITÁ-LA. A DIFICULDADE DA VIDA PARA O HOMEM MODERNO, ALÉM DE SER UMA LUTA DIÁRIA PELA SOBREVIVÊNCIA BIOLÓGICA E TUDO QUE ISTO IMPLICA, SÃO DEPRESSÕES E TENSÕES SOCIAIS ENTRE PERSONALIDADES HUMANAS COMPLEXAS. ACORDAR, TOMAR CAFÉ, METRÔ LOTADO, ÔNIBUS LOTADO, BRIGAR POR ESPAÇO, TRABALHO DESGASTANTE, METRO, EXCESSO DE FUMAÇA, CASA, JANTAR, LIMPAR, ENGOLIR, ENGOLIR, BRIGAR, DORES, DESESPERO, FUGAS, NÃO TER TEMPO, NÃO TER TEMPO. PESSOAS ACOSTUMADAS A SE ACOSTUMAR, ATÉ QUE INSTANTE? QUAL O LIMITE?