O dia amanhecera claro, terrivelmente claro. Estávamos em Natal naquele 1° de abril de 1964. Na Faculdade de Direito, as notícias eram desencontradas. Mas logo percebemos a gravidade do momento: nuvens escuras e acinzentadas, carregadas de medo, incerteza, dor e desespero, pairavam sobre o país. Durariam 21 anos. Não há como esquecê-las. (Moacy Cirne, in Balaio, n° 2516)
50 ANOS DO GOLPE. DITADURA NUNCA MAIS
Nem o passado como era, nem o presente como está... No dia 31 de março de 2014, o golpe militar no Brasil completa 50 anos. Foi o início de uma ditadura que durou de 1964 a 1985, perseguiu a esquerda e todos que levantaram a voz por direitos e liberdade. Pessoas foram demitidas, presas, torturadas, assassinadas. Atrocidades financiadas pelo Estado e por empresas, como o Bradesco, a Shell, a Folha de São Paulo, o Estadão e O Globo. Nunca houve punição aos responsáveis, torturadores e empresários. Para piorar, os direitos humanos e a liberdade de expressão ainda são violados no Brasil. Greves e protestos por saúde, educação, segurança, transporte e demarcação de terras indígenas são reprimidos e criminalizados pela polícia e a justiça, a mando dos governos, sejam da direita tradicional ou do PT. Lutar por uma vida melhor tornou-se crime, principalmente na Copa. São os restos da ditadura. Isso tem que acabar. Só o voto não basta. Precisamos voltar às ruas e mudar o país. Nem o passado como era, nem o presente como está. Nós queremos o socialismo. /mandatoamandagurgel / professora.amandagurgel@gmail.com / Gabinete Natal (RN): (84) 3232-9430 FOTO: Passeata dos 100 mil, no RJ, 1968. Evandro Teixeira.