Capoeira A Roda de Capoeira e o Ofício do Mestre de Capoeira foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro em 2008. A política de salvaguarda da capoeira enfoca, entre outras ações, preservar os saberes tradicionais da capoeira, seus cantos, toques memória e a corporeidade expressa na ginga, manha e malícia do capoeirista. É no jogo e na brincadeira da roda de capoeiraque se manifestam os símbolos e ritos desta tradição afro-brasileira.
Superintendência do IPHAN no Pará Av. Gov. José Malcher, 563 - Nazaré, Belém - PA, 66040-282 (91) 3224-0699 (91) 3224-1825 www.iphan.gov.br
FOTO: Acervo Iphan
Desde 2012 o Iphan realiza mapeamentos de grupos de capoeira, organização de coletivos deliberativos formados prioritariamente por capoeiristas, seminários, entre outros. No Pará a instância formada para representar a capoeira é o Comitê Gestor da Salvaguarda da Capoeira, para o qual haverá novas eleições de capoeiristas representantes ainda este ano. O Comitê é responsável por executar as ações de Salvaguarda previstas no plano elaborado no estado, contando com a parceria do Iphan, instâncias estaduais e municipais de cultura, educação e esporte. Desde 2015, o Iphan vem realizan-do encontros regionais de salvaguarda da Capoeira no Pará, com o objetivo de identificar e planejar ações, com a participação direta dos detentores.
Imagens produzidas em projetos financiados pelo Iphan ou cedidas ao acervo Iphan para uso Institucional.
BENS CULTURAIS REGISTRADOS NO PARÁ Patrimônio Imaterial
Festividades do Glorioso São Sebastião
Celebração religiosa registrada como patrimônio brasileiro em 2004 e reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 2013. É realizada em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré e considerada uma das maiores concentrações do mundo reunindo, anualmente, milhões de pessoas que percorrem as ruas da cidade. O percurso reproduz para os fiéis a história da descoberta da imagem da santa por um caboclo, às margens do igarapé Murutucu, no local em que hoje está a Basílica de Nazaré. Desde de 2001, a Superintendência do Iphan trabalha em parceria com a comunidade, por meio de reuniões e consultas públicas realizadas periodicamente, para elaboração, execução, acompanhamento e avaliação das ações de salvaguarda. Para o ano de 2018 o Iphan realizará um filme sobre as manifestações culturais associadas ao Círio de Nazaré, como parte dos procedimentos de revalidação do título de patrimônio cultural brasileiro.
FOTO: Francisco da Costa
FOTO: PauloCarvalho
Círio de Nossa Senhora de Nazaré
Estas festividades prestam homenagem ao santo associado às virtudes de um guerreiro, reconhecido como protetor e advogado. Essa festa ocorre em várias localidades da Região do Marajó, e as celebrações podem durar de duas semanas a seis meses. Uma comissão de peregrinos percorre as redondezas do local da Festa recolhendo donativo para o santo, entoando as ladainhas. Anualmente, entre os dias 10 e 20 de janeiro, ocorrem as festividades marcadas por um ciclo de levantamento e derrubada do mastro. Simultaneamente, acontecem procissões, ladainhas, festas dançantes. Também estão associados à Festa o frito do vaqueiro, comida típica local, o leite de onça e a luta marajoara.
Carimbó Os bens culturais a ele associados estão presentes em diversas práticas de lazer, religiosidade, manifestações artísticas, brincadeiras, festas comunitárias e familiares paraenses. É uma das mais significativas formas de expressão cultural do Estado do Pará.Desde o registro, o Iphan tem realizados diversas ações de salvaguarda, que são planejadas e executadas no âmbito do Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, formado por mestres, mestras e representantes de grupos de Carimbó de diversos municípios do Pará. Entre as ações, destacam-se os Congressos Estaduais do Carimbó, ocorridos em 2015 e 2017,
e o Prêmio Carimbó Nosso Patrimônio, que premiou a trajetória de 20 grupos, Mestras e Mestres de Carimbó, e herdeiros de Mestres (in memorian).
FOTO: Pierre Azevedo
Modos de Fazer Cuias do Baixo Amazonas Recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro em 2015. A prática artesanal de fazer cuias, desenvolvida entre comunidades indígenas da região há mais de dois séculos, é um ofício praticado atualmente por mulheres de comunidades ribeirinhas. Os saberes relativos à produção e utilização de cuias estão relacionados ao aproveitamento de recursos naturais disponíveis na região do Baixo Amazonas. Em 2016 foi realizado o 1º Seminário para a Salvaguarda do Modo de Fazer Cuias do Baixo Amazonas, a partir do qual diversas ações foram planejadas e executadas, como um Catálogo de Produtos e o primeiro Festival das Cuias da Região do Aritapera, em agosto de 2018.
FOTO: Francisco da Costa
Conheça um pouco sobre o Patrimônio Cultural Imaterial no estado do Pará e as ações do Iphan para a sua preservação.