Saúde - 26 de janeiro de 2014

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Saúde MANAUS, DOMINGO, 26 DE JANEIRO DE 2014

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Os cuidados e a emoção do primeiro filho Saúde e bem-estar F5

‘Está na hora de comer’ Comer muito, comer pouco, comer errado, não quer comer nada. O dilema está traçado quando a criança estabelece seus hábitos alimentares em desacordo com o que a mãe considera saudável. O que fazer? MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

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quele drama, às vezes acompanhado de um chororô, tudo para não comer as verduras do prato – na hora da comidinha, essa cena está presente na rotina de muitos pais Brasil afora e não tem aviãozinho, promessas e lábia que façam aquela criaturinha fofa colaborar. Com os índices de distúrbios alimentares crescendo entre crianças, é importante ficar atento para a alimentação dos pequenos, incentivandoos a comer bem para evitar problemas no futuro. A alimentação infantil deve ser alvo de grande atenção dos pais, como explica a médica pediatra Samira Monteiro. “Nos dois primeiros anos de vida, a alimentação é um fator muito importante para um desenvolvimento adequado. Desta forma, o aleitamento materno é primordial, assim como a introdução de novos alimentos deve ser gradual, com alimentos saudáveis, variados e respeitando o de-

senvolvimento neurológico da criança”, destaca. O crescimento infantil varia de acordo com cada fase da vida (intrauterina; lactente; pré-púberal; puberal e pós-puberal) e está fortemente ligado com a alimentação. “É um processo complexo e multifatorial, porém ocorre de maneira previsível. Desta forma, a importância de um acompanhamento frequente para avaliar o crescimento da criança”, completa a pediatra. Os hábitos alimentares da criança são formados assim que sai da barriga da mãe. Já durante o aleitamento materno a criança tem sua primeira experiência sensorial, que é o início da diversificação nas escolhas alimentares futuras da criança. Isso porque a dieta materna imprimirá ao bebê, por meio do leite, contato com aromas e sabores diferentes. Há estudos mostrando que crianças que tomam fórmula – que tem sempre o mesmo gosto – apresentam uma maior dificuldade em aceitar alimentos novos do que aquelas alimentadas até os seis meses com leite materno,

que varia de sabor de acordo com o que a mãe come. Até os seis meses, oferecer só leite materno é mais do que suficiente, pois ele supre todas as necessidades do bebê e ainda protege contra doenças, evita diarreia, fortalece a musculatura do rosto e previne problemas de fala. Assim, a oferta de chás e água é desnecessária e ainda pode prejudicar a sucção do bebê. Comportamento Uma cena conhecida por nove entre dez mamães: depois de horas no fogão, preparando uma refeição saudável, o pequeno se recusa a comer. Faz careta, abre o berreiro, e se você força, cospe, faz que vai vomitar e faz um drama sem fim. No entanto, se negar a comer é um comportamento normal entre as crianças e, de acordo com a pediatra Samira Monteiro, a causa da falta de apetite é muito variada, inclusive para chamar a atenção dos pais, já que a criança percebe a importância que é dada a alimentação.

Causas a serem investigadas Mas, quando a falta de apetite passa a virar rotina, é bom procurar logo um profissional especializado. “Essa falta de apetite depende da idade, fatores ambientais, hormonais, psicológicos e doenças subjacentes. Assim, deve ser feita uma anamnese completa pelo profissional de saúde, a fim de junto com a família detectar possíveis causas”, diz. Às mães que só faltam arrancar os cabelos de tanta preocupação pela falta de apetite dos baixinhos: calma. E, assim como há o outro lado da moeda – aquelas crianças que comem demais – os hábitos precisam ser visto individualmente. “A quantidade de alimento ingerida por cada criança deve ser individualizada. Embora uma

criança aparentemente coma pouco, mas se a cada avaliação seu peso e estatura e exames laboratoriais estiverem normais, não há com o que se preocupar”, observa Samira. Desta forma, a pediatra reforça a importância do acompanhamento junto a um profissional de saúde habilitado (pediatra ou nutrólogo) para orientar. “Hoje há grande preocupação com o excesso de peso, já que há grande correlação com hipertensão arterial, diabetes mellitus, taxas altas de colesterol e/ou triglicerídeos. A incidência de distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia, está aumentando, assim como o sobrepeso e obesidade – embora permaneçam as carências de micronutrientes como o ferro. Isso é reflexo da

melhoria da condição socioeconômica, aliada ao sedentarismo e aumento da ingestão de alimentos muito calóricos e pouco valor nutritivo”, completa. Interesse Para resolver esses problemas, é importante preservar a hora da alimentação, fazendo com que a refeição ocorra, de preferência na mesa, com a família e sem distrações como a televisão. “De acordo com a idade, vale permitir que a criança pegue no alimento, leve-o para a boca. O alimento deve despertar o interesse da criança, como um prato colorido. Outra dica para ajudar a criança comer bem é levá-la no supermercado e na feira, e solicitar ajuda da criança no preparo do alimento”, indica.


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João Bosco Botelho

DICAS DE SAÚDE

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Busca da arqueologia da cura Para compreender a arqueologia da cura, utilizaremos a linguagem do filósofo francês Gaston Bachelar, para congelar as marcas que sulcam os três cortes nos saberes médicos, em quatro mil anos de história: Primeiro corte surgiu na Grécia antiga, quando a doença foi abordada fora do domínio exclusivo da divindade, inaugurando a medicina do corpo.O grande e insuperável avanço, em relação à tradição anterior, reside no fato de que, pela primeira vez, estava estabelecido um sistema teórico coerente, capaz de explicar a doença, a saúde, a terapêutica e o prognóstico. A teoria era simples e competente: para cada um dos quatro elementos de Empédocles existiria um humor corpóreo: ar-fleuma; água-bile amarela; fogo-sangue; terra-bile preta. A ideia revolucionária dos médicos gregos da Escola Médica, na ilha de Kós, representados por Hipócrates, ficou conhecida como Teoria dos Quatro Humores: “O corpo humano é constituído de quatro humores: sangue, fleuma, bile amarela e

bile preta. São os responsáveis pela natureza, saúde e doença”. O equilíbrio entre a quantidade e qualidade dos humores seria o responsável pela saúde; desequilíbrios e as doenças. Como consequência imediata, esse sistema teórico permitiu aos médicos hipocráticos explicarem a origem das doenças e, de modo adequado, iniciar o conflito de competência com a religião. A epilepsia, tida como doença de natureza divina, foi arrancada do domínio dos deuses:”Quanto à doença que nós chamamos de sagrada, eis o que ela significa: ela não me parece nem mais divina, nem mais sagrada que as outras; ela tem a mesma natureza que as demais doenças e se origina das mesmas causas que cada uma delas. Os homens atribuíram-lhe uma natureza e uma origem divinas por causa da ignorância e do assombro que ela lhes inspira, pois em nada se assemelha às outras”. Para tratar qualquer doença, bastaria forçar o equilíbrio dos humores por meio de atitudes induzidas para eliminar os líquidos e excreções corpóreos.

Os métodos de tratamentos da medicina oficial passaram a utilizar a sangria e as substâncias provocadoras do vômito, da diurese, do suor e da diarreia. O segundo corte ocorreu no século 17, quando a doença foi retirada da macroestrutura corporal dos humores para a microestrutura dos tecidos pela micrologia, descrita nos estudos de Marcelo Malpighi (16281694), marcando a nova fase dos saberes médicos: a medicina celular. O terceiro corte aconteceu com os estudos do frade agostiniano Gregor Mendel (1822-1844), abrindo as portas da medicina molecular. Como consequência: projeto genoma, tratamentos com as células-tronco, inseminação artificial, extraordinários avanços nos diagnósticos e tratamentos de muitos cânceres. No futuro, o quarto corte estará ligado, certamente, ao maior domínio do binômio massa-energia que envolve os elétrons, os prótons, os nêutrons e as partículas subatômicas e sustentam as formas e as funções dos seres vivos.

João Bosco Botelho Doutor Honoris Causa na França

A ideia revolucionária dos médicos gregos da Escola Médica, na ilha de Kós, representados por Hipócrates, ficou conhecida como Teoria dos Quatro Humores”

Maçã reduz o inchaço e pode reduzir a fome Quem quer perder alguns quilinhos extras já sabe a fórmula do sucesso: reduzir as calorias ingeridas e aumentar as gastas. Para ter sucesso na primeira empreitada, é fundamental evitar aquela sensação de fome que induz a comer o que aparece pela frente. As frutas, em sua maioria, são muitos importantes no processo de diminuição da gordura corporal, pois são ricas em fibras e oferecem uma grande oportunidade de mastigar. Entre as mais procuradas para as dietas está a maçã, que oferece vantagens como a presença de pectina, um tipo de fibra solúvel que se transforma em gel no estômago e puxa a gordura para fora do organismo. As fibras insolúveis da casca ficam no estômago por mais tempo, retardando mais ainda a fome. E fechando o currículo da fruta, ela ainda tem uma boa quantidade de potássio, nutriente que elimina o sódio extra do corpo, reduzindo a retenção de líquidos e, com ele, parte do inchaço.

Humberto Figliuolo hfigliuolo@hotmail.com

Atendimento diferenciado O envelhecimento da população é um proeminente fenômeno mundial, reflexo da somatória de constatações, como alta taxa de fecundidade no passado, redução da mortalidade atual, aumento da expectativa de vida, com consequências das melhores condições nutricionais e descobertas de vacinas. Além desses fatores, levam-se em considerações evolutivas do saneamento, avanços da biotecnologia, pesquisas farmacêuticas e medicina preventiva. Diante desses indicadores, que são uma parte do todo, é possível entender o aumento dessa população e de sua melhora de condição de vida no decorrer dos anos. Ao reconhecer esses fatores nos desperta a necessidade de um olhar especial para esse público cada vez mais crescente em todos os segmentos produtivos sob diversos aspectos. Na maioria dos idosos encontra-se no continente europeu. Na Itália, o número de pessoas acima de 65 anos já é maior que o índice de crianças. Em 2050, estima-se que a expectativa de vida será 87,5 anos para os homens e 92,5 anos para as mulheres nos países desenvolvidos. A Organização Mundial da

Saúde (OMS) informa que a maioria dos idosos é do sexo feminino, sendo, possivelmente, um efeito da maior mortalidade masculina. O órgão prevê para 2025, mais idosos do que crianças no planeta. A estimativa é a de que a expectativa de vida nos países em desenvolvimento, o caso do Brasil, será de 82 anos para homens e 86 para mulheres, em 2050. Segundo a OMS, até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em quantidade de pessoas idosas. Esses números apostam para que o governo brasileiro esteja mais atento e busque a criação, o mais rápido possível, de políticas sociais que preparem a sociedade para essa realidade. Considera-se idoso as pessoas com 60 anos ou mais. O Brasil está envelhecendo ainda na fase de desenvolvimento. Hoje os idosos encontram-se, na sua maioria, em melhores situações do que antigamente, acarretando mais participação na renda familiar, podendo até mesmo ser a única renda. Os novos idosos são menos dependentes, com frequência, um menor índice vive na companhia dos filhos ou outros parentes. Com o aumento do número de idosos, ficam notórios as ca-

racterísticas e necessidades especificas dessa população. Isso devido à constatação de mais doenças crônicas degenerativas. Logo, podem-se observar fatores que vão além das exigências do sistema de saúde. Em 2003 foi criado o Estatuto do Idoso, que garante à terceira idade direito a ocupação e trabalho, acesso à cultura, à justiça, à saúde, à participação na família e na comunidade. Inclusive, instituir penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadão da terceira idade. Com o avanço da idade, muitas mudanças são observadas em variados níveis de severidade: diminuição da acuidade visual; perda de paladar; perda óssea; diminuição da destreza manual. Somado a eles a degeneração no ouvido interno, a diminuição hormonal e o esquecimento entre as doenças mais comuns estão: reumatismo, diabetes, hipertensão, incontinência urinária, disfunção sexual e depressão. Com essas inúmeras alterações e vulnerabilidade a doenças, o uso de medicação específica é cada vez mais importante e necessária. A farmacopeia é o mais poderoso processo de intervenção para melhorar o estado de saúde dos idosos.

Abacate no cardápio para reduzir o colesterol ruim Humberto Figliuolo Farmacêutico

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que a maioria dos idosos é do sexo feminino, sendo, possivelmente, um efeito da maior mortalidade masculina”

Embora muita gente olhe atravessado para a fruta, achando que vai engordar só de olhar, o abacate é rico em gordura monoinsaturada, aquela considerada amiga do nosso organismo. O ácido oleico, a mesma gordura do azeite de oliva, protege os vasos sanguíneos e o coração contra infartos, tromboses, entupimento das veias, doenças cardíacas e bloqueia a ação do LDL, chamado de colesterol ruim. Por isso, o consumo regular do abacate reduz os níveis de colesterol total e eleva os de HDL, o chamado colesterol bom. Mas vale um alerta, já que a fruta tem muitas calorias. Para apresentar apenas os benefícios, deve ser consumida na quantidade de uma colher de sopa ao dia. E evite consumi-lo com açúcar, prefira o cacau em pó se há necessidade de incrementar o gosto, assim você evita tornar a refeição ainda mais calórica.

Expediente Editora Vera Lima weralima@yahoo.com.br

Diagramação Kleuton Silva

Repórter Mellanie Hasimoto

Revisão Gracycleide Drumond Saaramar Lahan

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Machucados e ferimentos nas férias da criançada Pediatra dá dicas para tratar corretamente os pequenos ferimentos e evitar infecções contraídas no período das férias escolares

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rincar e se machucar faz parte da infância, e durante as férias as brincadeiras ao ar livre e em grupo são muito comuns. Tudo isso é muito positivo para o desenvolvimento saudável das crianças, mas basta aparecer um pequeno ferimento na pele das crianças para provocar a preocupação dos pais. O pediatra do hospital e maternidade São Luiz, médico Marcelo Reibscheid, criador do portal Pediatria em Foco (www.pediatriaemfoco. com.br), dá dicas para tratar corretamente os ferimentos e evitar infecções. Segundo ele, o ideal mesmo é ter tranquilidade para que a criança se sinta segura e deixe que sejam tomadas as devidas providências. “O carinho e atenção também são elementos imprescindíveis na hora de cuidar dos ferimentos. Além de higienizar bem as mãos, com água e sabão ou álcool gel, é importante manter a calma para conversar com a criança e acalmá-la em caso

FOTOS: DIVULGAÇÃO

de choro”, afirma. Cuidados básicos e imediatos, como lavar o local com água e sabão, são fundamentais para limpar a ferida, garante o especialista, acrescentando que em primeiro lugar é preciso limpar o local até desaparecer

CICATRIZAÇÃO

A recomendação é trocar o curativo ao menos três vezes por semana, ou toda vez que ele ficar molhado. Durante o processo de cicatrização, casquinhas se formam sobre a pele machucada qualquer sinal de sujeira ou corpo estranho, como terra ou grama. “Para garantir a boa limpeza do machucado devese secar a região higienizada e desinfetar com um agente antisséptico, que combate rapidamente as bactérias”. Depois de limpar e desinfetar

a pele, é importante prevenir ou tratar o início de possíveis infecções com o uso de uma pomada antibiótica. “Os curativos são recomendados somente em locais que estão sujeitos ao atrito, como a dobra do cotovelo ou a sola dos pés. Em alguns casos, fechar o ferimento pode tornar o local úmido, facilitando a proliferação de micro-organismos. A recomendação principal é deixar o ferimento aberto para que o local machucado se mantenha seco e a cicatrização aconteça de forma mais rápida”, orienta o pediatra. A recomendação é trocar o curativo ao menos três vezes por semana, ou toda vez que ele ficar molhado. Durante o processo de cicatrização, casquinhas se formam sobre a pele machucada. Elas servem para proteção de pele e caem espontaneamente. As crianças têm um ótimo mecanismo de cicatrização e, se for bem cuidado e não sofrer exposição excessiva ao sol, o ferimento não deixará nenhuma marca na pele.

Ideal mesmo é ter tranquilidade para que a criança se sinta segura

Pequenas dicas que valem ouro O que fazer quando o machucado está sangrando? Caso o sangramento seja pequeno, deve-se lavar a região com água limpa e sabão neutro. Depois, comprimir a região com uma gaze ou pano limpo, fazendo uma leve pressão no local por alguns minutos. Na maioria dos casos, o sangramento para após a compressão. Para proteger o machucado pode-se utilizar uma gaze

limpa e esparadrapo ao redor da lesão. O que fazer quando o ferimento tem pus ou secreção amarelada? A saída de pus ou de secreção amarelada indica que o ferimento está infeccionado por bactérias. Nesse caso, é preciso manter os cuidados de limpeza e tratar a infecção com uma pomada antibiótica para matar as bactérias.

O que fazer quando a lesão é mais profunda? Lesões mais profundas, cortes mais extensos devem ser avaliados por um médico para decidir se há necessidade de realizar outros procedimentos, como os pontos, por exemplo. De qualquer forma, a limpeza primária pode ser feita regularmente e, ao notar-se presença de algum corpo estranho na ferida, deve-se procurar o médico imediatamente.

Coisa de Mulher weralima@yahoo.com.br

Questões íntimas debatidas em público Com ou sem pelos? Eis a questão. E que questão é essa que vira e mexe está de volta ao debate das redes sociais e fofocas de botequim. Pensei até que o assunto havia se esgotado após a polêmica em torno dos pelos pubianos da Nanda Costa. Imagino que todos lembrem que o fato de aparecerem uns pelinhos salientes, escapando da comportada lingerie da moça em fotos sensuais que ela fez para uma revista de nu masculino, foi tema de muita discussão como se isso fosse assunto da maior importância para o desenvolvimento do país. Nanda acabou sendo esquecida, como acontece com os grandes temas da net que só duram 48 horas e depois são esquecidos pelo grande público, ávido por novas emoções e sedento por fofocas ligadas aos famosos. Mas os pelos pubianos voltam à tona e escapam

teimosamente de seu secreto refúgio para ganhar destaque em páginas e telas. Dessa vez a polêmica foi levantada pela atriz Cameron Diaz. Acho até que, em nome do bom senso e da elegância, esse não foi o intuito da moça ao abordar em seu novo livro o assunto dos pelos pubianos. Mas, alguém que adora bisbilhotar a vida alheia em busca de fatos ou notas sensacionalistas, encontrou uma página no livro The Body Book: Feed, Move, Understand And Love Your Amazing Body (editora Harper Collins, 263 páginas) (“O Livro do Corpo, Alimente, Movimente, Entenda e Ame o seu Corpo Perfeito”, em tradução livre), que traz dicas da atriz sobre nutrição, exercícios físicos e saúde mental, que fala sobre ausência ou presença dos pelos nas áreas reservadas ao convívio íntimo.

Diaz apenas comenta que não considera muito saudável a retirada total dos pelos pubianos e até chega a considerar que a presença dos mesmos constitui um fator a mais de mistério na arte da sedução. Com elegância e sobriedade refere-se ao tema específico. “Os pelos púbicos servem como uma linda cortina àquele que talvez esteja cortejando a sua sexualidade. Eles mantêm os seus tesouros privados, o que pode atiçar um amante a dar uma olhada no que você tem para oferecer”, escreve a atriz. Até concordo sob determinado aspecto, desde que não haja exagero nessa quantidade que não pode nunca pecar pelo excesso sob o risco de tornar-se uma coisa um tanto grosseira e anti-higiênica. Mas também nesse aspecto acho que isso é uma questão muito

individual e de gosto pessoal. Se há ou não algum inconveniente do ponto de vista de saúde aí já é outra questão, mas considerando apenas o ponto de vista estético, não creio que o assunto requeira opiniões formadas e declaradas na imprensa. Afinal, cada um que faça o que bem entender com os seus pelos. Se quer fazer um mega hair, que faça, se quer abolir em definitivo, é bom saber que não existem perucas e nem apliques para posteriores correções. Então, para que levantar polêmica sobre o assunto? Falta do que falar? É, talvez seja pelo mesmo motivo que eu esteja aqui tocando nesse tema: falta de coisa melhor para falar. Fazer o quê? A novela Amor à Vida está chegando ao final e já falei mal da Aline até cansar; Amores Roubados também acabou e perdi a oportunidade de dizer

Vera Lima Editora do Saúde

que achei o final uma porcaria e que esperei até o último instante para ver o Cauã Raymond/Leandro ressurgir das cinzas tal qual uma fênix global e viver feliz até o final da vida ao lado da sua amada Isis Valverde/Antônia. Fiquei desolada, triste e sorumbática por uns breves 15 minutos. Perdi o apetite, o sono e a paciência com a Globo. Afinal, esperei duas semanas para ver o lindo casal se dar bem e no final me angustiei acreditando que Antônia, em seu desesperado apelo apaixonado para recuperar o amor perdido em meio a tantas tragédias, poderia tirar a própria vida. Ainda bem que o autor teve pena de mim e deixou a linda Julieta sem Romeu viver a vida com seu sonho de amor inacabado. Mas, voltando aos pelos. Afinal, para que eles servem mesmo???

Os pelos púbicos servem como uma linda cortina àquele que talvez esteja cortejando a sua sexualidade. Eles mantêm os seus tesouros privados, o que pode atiçar um amante”


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A emoção do prime Em um momento tão especial como a primeira gestação, medos, anseios e preocupações aparecem, mas com a preparação correta, dá para esperar a chegada do bebê com mais alegria e sem tanta tensão e ansiedade FOTOS: DIVULGAÇÃO

MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

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advogada Aline Alencar Silva, 31, e o médico Antônio Carlos Silva, 35, são os papais da pequena Alice. Apesar de serem papais de primeira viagem, ambos passaram pelos nove meses de gestação com tranquilidade, principalmente depois de pesquisar bastante, ir às consultas de pré-natal e se preparar psicológica e fisicamente – ainda mais porque Aline decidiu ter parto normal. Em um momento tão especial como a primeira gestação, medos, anseios e preocupações aparecem, mas com a preparação correta, dá para esperar a chegada do bebê com mais alegria do que tensão. “Decidi pelo parto normal, por considerar ser a melhor forma de nascimento para minha filha. Me preparei muito fiscamente e psicologicamente para este momento, e contei com apoio da doula Renata Rivas, a qual ministra aulas de yoga para grávidas e me acompanhou durante o parto”, conta Aline. Para ela, mesmo com toda a preparação, a maior ansiedade era não saber o momento que sua filha iria nascer e se tudo daria certo. “Mas confiei muito em Deus e foi uma experiência maravilhosa”, conta. A médica ginecologista e obstetra Lana Lima ressalta que uma gravidez vem sempre acompanhada de medo, dúvidas e anseios, e quando se trata da primeira gravidez, tudo isso vem em dobro. “O início de uma gestação traz situações bem diferentes para

cada mulher. No consultório, as maiores dúvidas são quanto a abortamento, relações sexuais, medicações permitidas para uso, se é gerado um bebê saudável, e, como e quando será o parto”, diz. O importante, completa a médica, é que seja estabelecida uma relação de confiança entre a gestante e o obstetra, para que ela sintase confortável para perguntar sobre essas e outras questões e adquirir segurança. Planejada ou não, a gravidez precisa ter acompanhamento

DECISÃO

A decisão de ter parto normal ou cesariana vai depender de uma série de fatores e o assunto deve ser discutido e decidido entre o casal e o médico, que pode mostrar as vantagens de um e de outro médico assim que for descoberta. Por conta disso, fazer os exames e consultas de pré-natal são primordiais. “Os exames e consultas devem ser feitos o mais precoce possível, ou seja, logo após a descoberta, uma vez que objetiva a identificação e prevenção de situações que possam trazer agravos à gestante ou a seu feto. O Ministério da Saúde recomenda um mínimo de seis consultas durante a gestação”, reforça a médica. Em uma gravidez de baixo risco, o acompanhamento é realizado mensalmente até 32 semanas, quinzenalmente até 36 semanas.

Importância de todos os exames A emoção de ouvir o coraçãozinho batendo pela primeira vez é inconfundível. E o primeiro exame ultrassonográfico acontece durante a sétima ou oitava semana. “Neste exame é possível visualizar o embrião e os batimentos cardíacos. Esta ultrassonografia é usada para datar a idade da gravidez e conferir se a gestação se desenvolve dentro do útero (gestação tópica)”, explica Lana Lima. O segundo exame, a ultrassonografia com translucência nucal, deve ser feito entre 11 e 14 semanas. “Ela tem como objetivo quantificar o risco de defeitos genéticos, como a síndrome de Down. Já o terceiro, a ultrassom morfológica, deve ser realizada entre 18 e 24 semanas. O feto é avaliado por inteiro à procura de más-formações”, explica. Outras ultrassonografias podem ser solicitadas para avaliar crescimento do feto, condições da placenta e líquido amniótico.

Em casa, novas preocupações Uma das maiores preocupações e ansiedades das mães é por conta do parto. Mas a decisão depende de diversos fatores que se desenrolam durante a gestação e os papais terão bastante tempo para pensar e decidir com o médico e a família qual a melhor opção. Por isso é bom guardar essa preocupação, perguntar ao médico quais são as suas opções e pesquisar. Uma boa dica é buscar o apoio das doulas, que oferecem apoio emocional durante o parto, como aconteceu com a advogada Aline Silva. Já em casa, sem o suporte

AMAMENTAR

Todos os bebês devem ser amamentados exclusivamente com o leite materno desde o nascimento até os seis meses de idade, salvo raras exceções em que a mãe não pode atender a criança de médicos e enfermeiras, muitas mamães se deparam com outra preocupação: a amamentação. “Todas as mulheres devem estar habilitadas a praticar o Alei-

tamento Materno Exclusivo (AME) e todos os bebês devem ser amamentados exclusivamente com leite materno desde o nascimento até os seis meses, salvo pouquíssimas exceções. Após, as crianças devem continuar sendo amamentadas ao peito, juntamente com alimentos complementares adequados até os 2 anos”, ressalta a médica. Segundo dados do Ministério da Saúde, a amamentação no Brasil é praticada em taxas muito inferiores às recomendadas pela OMS. Apenas 41% das mulheres praticam o AME, com duração média de apenas 54 dias.

Aline e Antônio Carlos curtem a felicidade da primeira filha, a pequena Alice


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iro filho Cólicas? O que fazer? As mamães ficam desesperadas quando seus bebês choram compulsivamente e não há nada que os faça acalmar. Não é fome, pois ele mamou quase agora e não aceita o peito, nem fralda suja, já que acabou de tomar banho. Mamãe, isso pode ser cólica, algo normal e esperado. É uma sensação nova para o bebê e dói muito. O choro de cólica é estridente. Observe as seguintes características: o bebê fica inquieto, com rosto vermelho, fazendo caretas, se contorce e encolhe as perninhas até a barriguinha. A cólica acontece por imatu-

ridade do sistema digestivo do bebê. Essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem sem controle e isso pode resultar em gases e levar à cólica. “A melhor maneira de evitá-lo é garantindo a ‘boa pega’ do bebê ao seio da mãe durante a amamentação, evitando que ele engula muito ar, e deixando-o na posição vertical após a mamada durante alguns minutos, para que ele possa arrotar. Mas se os soluços e as cólicas se tornarem frequentes, o bebê deve ser levado à consulta pediátrica”, observa a médica.

A maioria dos bebês sente cólica, mas é fácil identificar

Enjoos Uma das situações mais incômodas da gravidez é o enjoo que as futuras mamães sentem, e ele é o sintoma mais comum na gestação, pois acomete entre 80 e 85% das gestantes nos primeiros três meses. Grande parte dos casos, destaca Lana, resolvem-se da 16ª até a 20ª semanas. Não há receita milagrosa nem como impedir que eles aconteçam, mas dá para amenizar. “Primeiramente, orientamos medidas

dietéticas simples, como refeições pequenas e fracionadas, evitar frituras e alimentos com odores fortes, evitar ingerir líquidos durante as refeições, consumir alimentos que contenham gengibre e alimentos sólidos/salgados antes de se levantar pela manhã (como bolacha água e sal). Se os sintomas persistirem, o médico poderá prescrever medicações”, indica a ginecologista e obstetra Lana Lima.

A vida do casal Após o parto, a tendência é que a mulher elimine grande parte do peso ganho. “O ganho de peso durante a gestação pode ser dividido em duas partes: o produto da concepção (feto/placenta/líquido amniótico) e aumento dos tecidos maternos (mamas, útero, volume de sangue e gordura). Cerca de 1/3 do peso adquirido é eliminado logo após o parto”, explica a ginecologista Lana Lima. Ela dá dicas úteis para auxiliar na perda de peso. “Amamente, pois a perda calórica é alta. A mamãe deve

escolher bem os alimentos, comer bem é diferente de comer demais. Também beba bastante água durante o dia, já que ajuda na produção de leite e aumenta a sensação de saciedade”, diz. Outra dica para eliminar o peso é sair para passear com o bebê, caminhar também é uma boa forma de perder calorias, e ter paciência. “Espere pelo menos seis meses para enfrentar uma dieta mais restritiva, para que não comprometa a produção de leite”, diz. Outra preocupação das novas mamães também tem

a ver com a vida do casal. Noites em claro, tendo que cuidar do bebê, podem afetar a vida conjugal, o que é natural. “Após o parto inicia-se o período chamado de puerpério (quarentena ou resguardo). Dura em torno de 42 dias ou seis semanas e, neste tempo, há o retorno das modificações do corpo, ocorridas com a gestação. O casal deve respeitar este período e retornar à atividade de forma cautelosa e gradual, compreendendo o cansaço físico e mental pela entrega materna exigida pelo recémnascido”, destaca.

O que levar para a maternidade O cálculo deve ser realizado sempre para mais de uma peça por dia, pois os bebês sujam muitas roupas com golfadas e vazamentos de fralda. Bodies também são ótimas opções, assim como manta, principalmente durante o inverno. Confira a lista de enxoval para a maternidade: Para o bebê 6 macacões 6 bodies 6 cueiros 3 mantas 3 pares de sapatinhos 3 pares de meias 3 fraldas de boca 1 tesourinha sem ponta Para a mamãe 3 camisolas abertas na frente 2 sutiãs de amamentar 4 calcinhas largas 1 par chinelos Produtos de higiene pessoal Almofada para amamentar (opcional) Cinta pós-parto (se for indicação do obstetra) 1 pacote de absorvente pós-parto (tamanho normal)


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Hérnia de disco cervical, como evitar? Controlar o peso e evitar o sedentarismo impede o aparecimento das terríveis dores na coluna

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má postura durante a realização de tarefas no dia a dia, ao dirigir, na realização de atividades físicas, permanecer sentado durante extensos períodos na mesma posição, a obesidade e o sedentarismo são fatores que acarretam, em longo prazo, em danos à coluna. Um desses exemplos é a hérnia de disco cervical que também é proveniente do processo degenerativo do disco e das vértebras da coluna por causa do envelhecimento. No Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a hérnia de disco atinge 5,4 milhões de brasileiros. Ela é caracterizada

pelo processo pelo qual o disco intervertebral (responsável pela estabilidade da coluna e que fica localizado entre duas vértebras situadas na coluna vertebral), sofre uma ruptura na sua parte chamada de anel fibroso que envolve o núcleo pulposo. “Com isso, provoca a saída do núcleo pulposo por meio de uma fissura no anel fibroso, gerando uma compressão nas raízes cervicais responsáveis pela inervação de membros superiores”, descreve o médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo, introdutor e pioneiro da neurocirurgia robótica no Brasil. O médico neurocirurgião explica que os principais sin-

tomas da hérnia cervical são, frequentemente, localizados na região do pescoço. “Essa dor no pescoço, além de agravar em dificuldades para movimentá-lo de um lado para outro, pode irradiar para o ombro e braços, gerando sensação de formigamento, dormência e, em alguns casos, diminuição da força muscular nos membros superiores”, diz Porto de Melo.

Mudar o estilo de vida é a primeira recomendação para quem pretende evitar o problema

Recomendações Mudar o estilo de vida é a primeira recomendação a ser seguida por quem pretende evitar problemas oriundos da hérnia discal vertebral. “Manter uma vida saudável e distante do sedentarismo é essencial. Realizar diariamente atividades físicas com orientação de um profissional ou alongamentos também contribui para o fortalecimento das musculaturas posturais, responsáveis pela estabilidade da coluna”, informa o especialista. Outras dicas para evitar o acometimento de dores: • Controle o peso corporal para não sobrecarregar a coluna; • Evite o consumo de álcool e de cigarro, pois as substâncias presentes na composição de ambos provocam uma redução nos vasos que nutrem o disco intervertebral; • Tenha cautela ao carregar peso. A recomendação é transportar bolsas e mochilas que não ultrapassem Sobre o médico

mais de 10% do seu peso. Além disso, no caso de sacolas, divida o peso em dois volumes para equilibrar o volume; • Ao sentar-se para ler, escrever ou trabalhar, mantenha os pés sempre apoiados e escore as costas no encosto da cadeira; • No caso de mulheres, evite abusar do uso de saltos muito altos, pois provocam uma curvatura da região lombar, motivando uma hiperlordose. Provocando, desta forma, uma fadiga muscular;

• Para lavar ou passar, utilize um banquinho para apoiar um dos pés, o que alivia a tensão lombar; • Evite realizar trabalho físico muito pesado para não ocasionar lesões na lombar; • Para dormir, não opte pela posição de bruços, pois ela aumenta a tensão lombar. O indicado é deitar-se de lado e colocar um travesseiro entre as pernas para alinhar a cervical. Para levantar da cama, vire-se na posição lateral e empurre o corpo para cima com a ajuda de um dos braços.

Paulo Porto de Melo (CRM 94.048) é médico neurocirurgião formado pela Unifesp e colaborador do departamento de neurocirurgia da Universidade de Saint Louis (Missouri-EUA), introdutor e pioneiro da neurocirurgia robótica no Brasil.


Saúde

MANAUS, DOMINGO, 26 DE JANEIRO DE 2014

e bem-estar

F7

A dança como fator de desenvolvimento infantil

FOTOS: DIEGO JANATÃ

A atividade desperta a musicalidade, memória, flexibilidade e a postura da criança na construção do conhecimento, afirma o professor Nailson Gonçalves

VERA LIMA Equipe EM TEMPO

A

dança, enquanto processo educacional, vai além da aquisição de habilidades e pode contribuir efetivamente para o aprimoramento das habilidades básicas e desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo. De um ponto de vista mais amplo, a dança favorece o processo de construção de conhecimento. É a partir dessa premissa que o professor de dança Nailson Gonçalves, mestre em técnica de balé clássico na técnica Vanganova (Russo), formado no Teatro Municipal de Guairá (PR) e atualmente professor de balé na academia Personal Fitness Club, administra sua pequena turma de

alunas entre 2 anos e meio a 5 anos de idade. Para Nailson, a dança pode ser uma grande colaboradora para o desenvolvimento da criança, principalmente na convivência com outras crianças e na socialização com outras pessoas além dos pais. “A atividade desperta da psicomotricidade, assim como a musicalidade, memória, flexibilidade e postura. No caso do balé clássico, a criança desenvolve em todos os sentidos, físico, psicológico, social, educacional e disciplinar”, explica. Alguns estudiosos afirmam que a dança é tão importante para a criança quanto falar, cantar ou brincar. Isso porque é uma atividade rica que inclui uma variedade de movimentos que envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que contribuem para enriquecer a

aprendizagem. Dessa forma, quanto antes a criança for introduzida nesse universo lúdico mais cedo ela terá ao seu dispor essa rede de conhecimentos. Para o mestre Nailson, a dança ou Baby Class é indicada a partir dos 3 a 4 anos, para que a criança comece a ter as noções iniciais de musicalidade, alongamento e flexibilidade. “A dança nesse momento é direcionada para o desenvolvimento da criança em vários aspectos e de forma geral assim como as noções iniciais de técnica de dança. A atividade permite que a criança se sinta à vontade e conheça o seu corpo em movimento, e também mostra a liberdade que ela pode sentir dançando por meio de músicas que ela conheça”, acrescenta completando que, no caso do balé, o mais indicado é que a

criança comece a partir dos 6 anos de idade. Embora os benefícios da dança não se restrinjam ao bemestar físico, eles também não podem ser ignorados. Segundo o professor, esses benefícios se iniciam por meio das noções de postura, alongamento e flexibilidade. Sem contar com o fortalecimento muscular dos membros inferiores, assim como superiores, o que auxilia no desenvolvimento da estrutura óssea, principalmente as estruturas inferiores. Quanto aos benefícios sociais e psicológicos, ele diz que são inúmeros. “A socialização das crianças nessa fase é muito importante e a dança contribui para que elas comecem a conviver de forma sadia com outras crianças e outras pessoas além do seu entorno familiar”.

Interesse cresce com as aulas Para um bom aproveitamento, Nailson recomenda que a média de aulas seja de duas vezes na semana inicialmente e aumente de acordo com a idade da criança e seu interesse relacionado à dança. Por exemplo: para uma criança de 3 a 5 anos, a média de aulas por semana é de duas aulas. Assim como uma criança de 8 a 10 anos, que pode ter de duas a três aulas por semana. Quanto ao desenvolvimento social, Nailson não tem a menor dúvida do progresso de suas pequenas alunas. “É visível a mudança

na turma. Algumas crianças chegaram acanhadas, tímidas, sentindo muito a falta da presença dos pais. Hoje, por meio da parceria professor e pais, respeitando os limites das pequenas bailarinas, elas interagem a cada nova aula, estão atentas aos novos movimentos, curtem as músicas, cantam, brincam, se divertem com a dança”, garante, acrescentando que no início suas alunas estranhavam tê-lo como professor, mas depois acabaram acostumando e hoje o consideram um príncipe encantado.

Personal Fitness Club DIVULGAÇÃO

www.personalfitnessclub.com.br

Se o tempo está curto de dia, a opção é treinar à noite

Escolhendo o horário possível para treinar Se você anda faltando à academia porque o trabalho está absorvendo todo o seu tempo durante o dia e você acaba sem folga para malhar, é bom rever os seus conceitos e aproveitar o horário da noite para colocar o seu corpo em forma. Em Manaus, com o calor habitual que faz o ano inteiro, uma excelente opção é malhar à noite. Pode ser que o seu ritmo biológico seja mais acelerado pela manhã, o que acontece com a maioria das pessoas, mas ainda assim, vale a pena fazer um esforço e dar uma treinada à noite, afinal, é melhor pouco exercício que nenhum. Se é apenas esse o tempo que você tem disponível para ir à academia, aproveite e tire vantagens disso. O primeiro ajuste a ser feito para aproveitar bem o treino

noturno é o do ciclo circadiano – o relógio interno -, responsável por regular várias funções, como liberação de hormônios, estado de vigília e apetite. Especialistas asseguram que o ideal é treinar sempre no mesmo horário. Isso é o que ajusta o relógio biológico. Um erro comum é encaixar o treino quando sobra tempo, o que acaba atrapalhando a disposição e o rendimento. Então, se o seu horário disponível é à noite, faça disso um hábito saudável, estabeleça uma hora certa e tenha dedicação total ao que faz. Quem prefere se exercitar pelas manhãs tem a vantagem de acelerar o organismo logo no início do dia, despertando mais rapidamente para as atividades cotidianas. A recuperação do organismo tem mais

chances de ser melhor, porque muitas refeições estão planejadas para acontecer após o treino, ao longo do dia. Quem treina no final da tarde tem mais força já que diversos fatores metabólicos podem intensificar a potência física na parte final do dia. Os níveis de insulina e de cortisol, hormônio ligado ao estresse físico, participam desta equação. A temperatura do corpo também costuma ser mais alta entre o final da tarde e início da noite. Mas essa vantagem do treino vespertino se aplica aos exercícios anaeróbicos da musculação, e não vale para atividades aeróbicas, como corrida e ciclismo, que são as atividades mais procuradas por quem deseja perder peso. Para quem só pode fazer atividades físicas à noite, o

recomendado é que evite os exercícios nas horas que antecedem o sono, pois a atividade física libera uma grande quantidade de endorfina, o que gera euforia na pessoa. Se você prefere não correr o risco de ficar acordado até o meio da madrugada, melhor reservar de duas a três horas para o corpo desacelerar.

SERVIÇO SUA MELHOR ACADEMIA Local: Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças Informações: 3584-0317 e 3584-2115


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Saúde

e bem-estar

MANAUS, DOMINGO, 26 DE JANEIRO DE 2014

Mochila escolar pode

provocar danos à coluna

O

início do ano letivo vem sempre acompanhado de pesos: no bolso dos pais - devido aos valores pagos pelas matrículas escolares - e, talvez o mais preocupante, o levado pelas crianças dentro de suas mochilas escolares, que, se utilizadas de forma equivocada, podem levar a sérios desvios na coluna vertebral, com dores e muito desconforto. Um texto já aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, e que aguarda por tramitação na Câmara dos Deputados, limita o peso dos acessórios a 15% ao do estudante, além de obrigar as escolas a oferecerem armários para que os alunos possam deixar seus materiais. O projeto valerá para estudantes das redes pública e privada, e educação infantil, fundamental e média. Segundo o fisioterapeuta Giuliano Martins, diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna), o ideal seria que o volume carregado pelos pequenos não ultrapassasse a 10% do peso corporal. “Quem pesa 40 quilos deveria car-

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Especialista alerta sobre os riscos da má utilização do acessório e os possíveis danos causados às crianças regar no máximo 4 quilos”, exclama o fisioterapeuta. Entre os riscos à utilização inadequada do equipamento, o especialista destaca o desenvolvimento da escoliose. “Na infância a escoliose, nos adolescentes são dores musculares, alterações e desvios posturais (escoliose, hipercifose e hiperlordose). Nos adultos existem diversas patologias como as lombalgias, as cervicalgias, as protrusões e hérnias discais”, avisa Martins. De olho na postura De acordo com o especialista, a falta de um tratamento específico e eficaz pode ocasionar em um agravamento das lesões. Giuliano Martins observa com atenção as alternativas para se transportar os materiais escolares. “Deve-se preferir malas com rodinhas ou então colocar uma alça da mochila em cada braço, com a divisão correta do peso”, completa o especialista, ressaltando, ainda, a importância de se cuidar da postura desde a infância, evitando esforços prejudiciais e praticando atividades físicas para o fortalecimento dos músculos.

Entre os riscos à utilização inadequada do equipamento, o especialista destaca o desenvolvimento da escoliose


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