Ambigroup • Número 21 • Jan/Fev/Mar/Abr 2012 • Distribuição Gratuita • www.ambigroup.com/ambinews
“Os operadores de resíduos não podem ser confundidos com catadores de ocasião” Entrevista Carlos Raimundo - Presidente da ANAREPRE Agência Portuguesa do Ambiente A nova orgânica e as novas prioridades
desmantelamentos e reciclagem
Demolição a 104 metros de altura
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Inovação Ambiental Metais Ferrosos e não Ferrosos
Desmantelamentos e Demolições
Desenvolvimento e Inovação
Combustível Derivado de Resíduos e Biomassa
Veículos em Fim de Vida
Resíduos de Construção e Demolição
Logística
Gestão de Resíduos
Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos
Reciclagem de Plástico e Produção de Polímeros
V V V V V V
Sustentabilidade Qualidade Responsabilidade Competência Eficiência Experiência
O melhor parceiro da sua empresa na Gestão Ambiental
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informação de abertura
EDITORIAL 2012 é um ano de grandes desafios. O desafio de fazer mais com menos recursos, o desafio de dar continuidade à nossa postura de inovação, dinamismo e empreendedorismo, o desafio de promover o desenvolvimento sustentável, tudo isto numa conjuntura económica muito difícil. De facto, os dados de 2011 permitiram a duas empresas do Ambigroup obter o prestigiado estatuto de PME Excelência, sendo que as restantes mantiveram o estatuto PME Líder, o que demostra a nossa capacidade de sustentar altos padrões competitivos e solidez financeira acima da média nacional, mesmo em contexto particularmente exigente. Estamos conscientes de que o ano presente não será fácil para ninguém, não haverá crescimento económico, não haverá facilidade de acesso ao crédito, a carga fiscal cada vez mais pesada, o custo da energia elevado, são fatores que sufocam qualquer tentativa de progredir. Ainda assim procuraremos concluir os nossos projetos a curto prazo, entre os quais o Ecoparque do Ambigroup localizado no Seixal, que congregará sinergias entre várias empresas do Grupo tornando a gestão ambiental, reciclagem e valorização de resíduos ainda mais eficiente. Este projeto que deverá ficar operacional já no próximo verão representará um esforço financeiro de 15 milhões de euros e criará cerca de 60 novos postos de trabalho diretos. Também em 2011 obtivemos a certificação pela norma NP EN ISO 9001:2008 das cinco unidades de valorização de resíduos da Ambitrena, o que se traduz em mais um importante passo na melhoria do nosso desempenho nas áreas de gestão ambiental. Este ano tentaremos ainda concluir os processos de certificação em Segurança e Ambiente. De facto são esses os pilares fundamentais da política do Ambigroup: Eficiência, Competitividade, Qualidade, Sustentabilidade.
João Carlos de Além
APA visita instalações do Ambigroup O encontro entre a Agência Portuguesa do Ambiente, a Amb3E e o Ambigroup permitiu trocar impressões acerca das aspirações e dificuldades do setor.
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m Fevereiro uma delegação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deslocou-se às duas unidades de reciclagem do Ambigroup localizadas no concelho do Seixal. A visita, promovida pela Amb3E, permitiu às entidades intervenientes uma partilha de conhecimentos e troca de informações relativamente à realidade do setor de reciclagem e valorização e resíduos. Inês Diogo, Sub-Diretora Geral presente na vista, esclarece que “a APA enquanto autoridade nacional de resíduos, considera de extrema relevância, a possibilidade de partilha de conhecimento e de transmissão de informação, procurando manter um diálogo aberto e profícuo com todos os intervenientes que atuam na área de gestão de resíduos. A implementação adequada de uma política de resíduos, deve pautar-se por princípios basilares mas também pelo necessário conhecimento da realidade nacional, permitindo assim uma gestão mais robusta e assertiva”. No encontro foram discutidos alguns temas relacionados com as aspirações e dificul-
dades dos operadores de resíduos e foram sugeridos, por parte do Ambigroup, alguns aperfeiçoamentos na legislação que rege o setor ambiental. Inês Diogo garante que a APA está “atenta às questões que mais preocupam os operadores de gestão de resíduos e pode tornar mais eficaz o papel de monitorização e de controlo”. A Sub-Diretora, que agradeceu a recetividade do Ambigroup falou ainda sobre o papel por ele desempenhado na área ambiental: “O Ambigroup tem vindo nos últimos anos a diversificar as suas áreas de atuação, o que em termos de auto-suficiência de soluções de tratamento de resíduos, nos apraz registar”. Por fim Inês Diogo considera ter sido uma mais-valia este contributo do setor privado, sendo que “pretendemos alargar estas visitas a outras áreas de gestão de resíduos, promovendo assim um maior contacto entre a administração e os operadores, o que contribuirá com toda a certeza para um melhor cumprimento de objetivos nacionais”. Informação Ambigroup Pág. 3
informação - MAMAOT pensa poupar cerca de seis milhões de euros com a restruturação
A nova equipa da APA liderada por Nuno Lacasta já entrou em funções em Janeiro. A revisão da Lei de Bases do Ambiente, que data de 1987, é uma das prioridades elencadas para o primeiro trimestre deste ano pelo Governo e pela nova APA, a par da revisão de planos considerados estruturantes para o Ambiente.
Pedro Afonso Paulo, Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território
Agência Portuguesa do Ambiente com nova orgânica
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stá concluído o processo de restruturação levado a cabo pelo Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) nas áreas do ambiente e do ordenamento do território. Foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 7/2012 de 17 de janeiro que define a nova orgânica do ministério. Na área do ambiente, na nova Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que passa para a administração indireta do Estado, ficam integrados o Instituto da Água, as cinco Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH), a Comissão para as Alterações Climáticas (CAC), o Comité Executivo da
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CAC, a Comissão de Acompanhamento de Gestão de Resíduos e a vertente de planeamento estratégico do Departamento de Planeamento e Prospetiva (DPP). De acordo com declarações públicas de Pedro Afonso de Paulo, Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, “mais do que uma reestruturação, o Ministério procurou pensar em primeiro lugar na criação de estruturas mais articuladas entre si e mais eficientes para uma valorização não só dos próprios modelos de funcionamento, mas fundamentalmente das políticas nas áreas em causa para um
melhor serviço ao País e ao cidadão”. Neste processo de reestruturação que resultou numa redução de mais de 80 cargos dirigentes, o MAMAOT acredita alcançar uma poupança na ordem dos seis milhões de euros anuais, através da redução do quadro de dirigentes, de back office e edifícios para ambos os organismos. Nuno Lacasta, especialista em políticas de ambiente e direito internacional, assume a direção-geral da nova APA. Da equipa dirigente desta entidade fazem ainda parte Manuel Lacerda, Inês Folgado Diogo e Paulo Lemos com funções de subdiretores gerais. Segundo o governante, a revisão
A APA passou para a Administração Indireta do Estado e integra novos organismos da Lei de Bases do Ambiente, que data de 1987, é uma das prioridades elencadas para o primeiro trimestre deste ano pelo Governo e pela nova equipa da APA, a par da revisão de planos considerados estruturantes para o Ambiente, bem como da revisão do Plano de Ação para o Litoral 2007-2013 – cuja execução financeira é apenas de 17 por cento. Da lista de prioridades da APA, fazem ainda parte o lançamento de uma iniciativa que visa a promoção do uso eficiente de recursos e a definição de caminhos possíveis para a transição para uma economia de baixo carbono, numa articulação com o Roteiro Nacional de Baixo Carbono. Em preparação está também um protocolo-quadro com os municípios, de adesão voluntária, com vista a uma maior participação ao nível da elaboração dos planos e à delegação de competências em matéria de recursos hídricos, nomeadamente em
Principais alterações nos organismos do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: • Inspeção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT) funde-se com a Inspeção-Geral da Agricultura e das Pescas (IGAP) e formam a Inspeção-Geral do MAMAOT (IG MAMAOT). • A Direção-Geral de Veterinária (DGV) sofre uma reestruturação, passa a integrar as competências do GPP e da DGAR na área da segurança e controlo alimentar, dando origem à DireçãoGeral de Alimentação e Veterinária. • A Direção do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) une-se com o Instituto Geográfico Português (IGP), integrando o Gabinete Polis e EPRLL, formando a Direcção-Geral do Território. • A Direção-Geral da Política do Mar fica com mais funções, recebendo parte da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), o Centro para a Prevenção e Poluição (CPP) e a estrutura do CILPAN. • É criada a Direção-geral dos Recursos Naturais e Serviços Marítimos (DGRNSM)
matéria de licenciamento e fiscalização de apoios de praia e de pequenas intervenções e requalificações em linhas de água. O protocolo-quadro abrirá ainda a possibilidade aos municípios de prestarem serviços associados a limpezas de linhas de água e outras intervenções. Em matéria de resíduos, pretende-se, entre outras medidas, fomentar formas práticas para uma mais eficiente articulação entre os planos considerados estruturantes nesta área, bem como reforçar o papel da entidade reguladora junto dos diversos fluxos de resíduos. Da restruturação do MAMAOT surgiu também a criação da Direção Geral do Território (DGT) que resulta da fusão da Direção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) e do Instituto Geográfico Português (IGP).
que passa a integrar a Direção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA), a regulação técnica e segurança do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) e a estrutura do PROMAR.
Composição da equipa da APA
Nuno Lascata, Diretor Geral
Manuel Lacerda, Subdiretor Geral
• A Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) fundem-se dando origem à DireçãoGeral da Conservação da Natureza e Florestas (DGCNF). • A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) passa para a Administração Indireta do Estado e integra o INAG, as ARH’s, o DPP, o CECAC e CAC. • As DRAP’s passam a incluir as delegações regionais da AFN, do ICBN da DGV e também competências de segurança alimentar e da área do mar.
Inês Diogo, Subdiretora Geral
• A ERSAR passa a ser uma entidade Reguladora Independente. • O Instituto Nacional dos Recursos Biológicos (INRB) continua com o INIA e o LNIV mas sem o IPIMAR. • O Instituto Português do Mar e da Atmosfera fica com as competências do Instituto Nacional de Recursos Biológicos (INRB), mais concretamente, o IPIMAR, e do Instituto de Meteorologia (IM). Paulo Lemes, Subdiretor Geral Informação Ambigroup Pág. 5
entrevista - Carlos Raimundo - Presidente da ANAREPRE
“Os operadores de resíduos não podem ser confundidos com ‘catadores de ocasião’” O furto de metais valiosos está na ordem do dia. Frequentemente os operadores de gestão de resíduos são vistos como cúmplices desta atividade criminosa, uma vez que não estão insentos do risco de que uma parte dos materiais furtados passe pelas suas instalações. No entanto, Carlos Raimundo da ANAREPRE considera ser um absurdo esta associação até porque que “o potencial lucro nunca compensaria o risco inerente”.
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roubo de metais está a aumentar em Portugal. Para combater este fenómeno de criminalidade, o governo quer aumentar a fiscalização, proibir pagamentos a dinheiro, resolver questões ligadas ao registo de materiais e questões de acesso à profissão, entre outras medidas. Carlos Raimundo, presidente da Associação Nacional dos Recuperadores de Produtos Recicláveis (ANAREPRE) vê com bons olhos estas novas regras no sentido de se combater a “atividade informal”, no entanto, aguarda ser chamado a pronunciar-se junto das autoridades sobre o projeto dessa legislação.
Nos últimos tempos tem-se verificado um forte aumento de roubo de metais, especialmente o cobre. Considera que a difícil situação económica do país esteja na origem do acréscimo deste tipo de criminalidade? Não me parece ser essa a principal razão, pois os roubos de metais nobres estão a verificar-se por todo o mundo. A escassez da oferta face à fortíssima procura por parte da China e outros países asiáticos afigura-se como a principal motivação. No entanto, é evidente que as necessidades básicas imediatas são facilitadoras do recrutamento de pessoas para o pequeno furto. O operador de resíduos é muitas vezes visto como cúmplice neste tipo de crime ao alegadamente receber o material furtado. Mas estar-se-á a julgar o todo pela parte? Qual o papel dos operadores de resíduos na resolução dos crimes de furto de metais? Os operadores de gestão de resíduos não estão isentos do risco de que uma parte dos materiais furtados passe pelas suas instalações, pois a compra, tratamento e venda de resíduos de materiais constitui a sua própria atividade de base. No entanto, o valor dos materiais furtados é insignificante, pelo que
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acusarem-se os operadores de gestão de resíduos de cumplicidade com essa atividade criminosa é um absurdo, tão só pela simples razão de que o potencial lucro nunca compensaria o risco inerente. Os operadores de gestão de resíduos não podem ser confundidos com a proliferação de “catadores de ocasião” que surgem a fazer concorrência desleal através de uma atividade informal sempre que se verifica um eclodir dos preços dos materiais no mercado internacional. A atividade de gestão de resíduos em Portugal e na Europa é, na atualidade, uma atividade madura, regulamentada e organizada. A maioria dos operadores de gestão de resíduos estão hoje já certificados ou com os processos de certificação em curso, possuindo obrigatoriamente o registo de todos os resíduos que diariamente movimentam e da sua proveniência. Estes registos podem ser facultados às autoridades, designadamente, as policiais, para que efetuem p. ex. o percurso inverso dos materiais até aos eventuais autores dos roubos organizados. Para combater este crime, o governo está a planear nova legislação, resolvendo questões ligadas ao registo de materiais, acesso à profissão, mais fiscalização, proibição de pagamentos a dinheiro e até a possibilidade de acesso das forças de segurança às instalações dos recicladores, entre outros. O que pensa destas medidas? Genericamente, se essas medidas se destinarem a combater o acesso à atividade informal e ocasional que prolifera quando o preço dos materiais sobe, serão muito bem vindas. No entanto, as Associações representativas do setor de gestão de resíduos e recicladores aguardam ser chamadas a pronunciar-se sobre o projeto dessa legislação. Certamente a maior parte dos associados
Capa da ANAREPRE tomam atualmente medidas contra o furto de metais como por exemplo receber quantidades mínimas de resíduos, não fazer pagamentos a dinheiro, o cumprimento das normas e legislação em vigor, o fornecimento de todos os dados através do preenchimento do SIRAPA, e a própria recusa de material suspeito de ter sido furtado. Será eficaz e correto aumentar ainda mais a fiscalização sobre os operadores? Sim. Independentemente da publicação ou não de nova legislação nesse sentido, o que se recomenda a todos os operadores de gestão de resíduos devidamente legalizados é, obviamente, o cumprimento integral das normas e legislação em vigor, bem como a adoção de algumas medidas adicionais preventivas, como aquelas que referiu, dentre outras. No que se refere ao aumento da fiscalização, a mesma tem vindo a ser reclamada pelos próprios operadores de gestão de resíduos, mas para combater a atividade informal e ilícita dos “catadores de ocasião” que, entre outros males potencialmente mais graves, induzem concorrência desleal. Geralmente quem faz os furtos é identificado e pouco mais, já os operadores são obrigados a responder na justiça por eventualmente terem recebido os resíduos. Estará mesmo o problema do lado dos operadores ou serão estes vítimas do crime, uma vez que até eles são alvo de furto? Como em tudo na vida, quem prevarica deve responder pelos seus atos, e todos devemos combater a tendência para a generalização. Como já respondi na pergunta anterior, os operadores deverão adotar algumas medidas preventivas de forma a evitar a potencial receção de materiais provenientes de atos criminosos, e se assim procederem e mantiverem atualizados os registos obrigatórios, não poderão vir a ser incriminados por exercer a sua atividade de modo organizado e regulamentado. Que perspetivas tem do mercado de resíduos para os próximos tempos? Terá a crise influência nas boas práticas ambientais? O mercado dos resíduos reflete sempre a evolução das atividades industriais e comerciais. Na conjuntura atual as perpetivas de curto prazo não são pois muito animadoras. Sempre acreditei que os momentos de crise podem proporcionar boas oportunidades. Compete-nos a todos refletir sobre as estratégias a adotar para as aproveitarmos. O com-
bate à atividade informal constituirá também uma boa oportunidade para o país melhorar as boas práticas ambientais. Que aspirações tem a ANAREPRE para atenuar as dificuldades do setor e o que se pode fazer em prol da sustentabilidade e da eficiência da reciclagem e valorização de resíduos? Tenho esperança que esta conjuntura de crise permita corrigir alguns erros do passado recente e que os empresários do setor venham a ser mais envolvidos na melhoria da eficiência das infraestruturas de reciclagem e valorização de resíduos construídas por todo o país com fundos comunitários.
“Tenho esperança que esta conjuntura de crise permita corrigir alguns erros do passado recente e que os empresários do setor venham a ser mais envolvidos na melhoria da eficiência das infraestruturas de reciclagem e valorização de resíduos construídas por todo o país com fundos comunitários”, afirma Carlos Raimundo.
Existem outras associações de operadores de gestão de resíduos. Não achava preferível haver uma associação mais forte e mais presente na defesa dos recicladores a haver várias com menos expressão/capacidade de (influência) intervenção? De facto, considero ser mau para o País e para o setor a actual dispersão de representatividade por inúmeras Associações empresariais, todas elas estranguladas financeiramente, e sem capacidade de intervenção sistemática e organizada na regulamentação da atividade de gestão de resíduos e reciclagem. Caberá aos empresários do setor refletirem sobre o assunto e dar os passos adequados à inversão desta tendência tão peculiar do nosso povo.
O furto de metais, sobretudo do cobre, tem sido cada vez mais frequente em Portugal Informação Ambigroup Pág. 7
Metas de Reciclagem de REEE mais exigentes
As metas serão progressivamente mais exigentes. A partir de 2019, a taxa de recolha mínima aumenta para 65% dos EEE colocados no mercado nos três anos anteriores, ou alternativamente, para 85% dos resíduos EEE gerados nesse país. A reciclagem dos resíduos EEE terá também de aumentar para 80% para certas categorias de produtos. No que respeita aos consumidores, a Diretiva prevê que as pessoas possam entregar REEE muito pequenos, como telemóveis, em lojas retalhistas sem a obrigação de comprar um produto novo. De acordo com comunicado do PE, esta diretiva pretende contribuir para uma produção e um consumo sustentáveis através da prevenção de resíduos EEE e da sua reutilização, reciclagem e outras formas de valorização. Procura igualmente melhorar o desempenho ambiental de todos os operadores envolvidos no ciclo de vida dos EEE, nomeadamente produtores, distribuidores e consumidores. As novas normas, têm de ser transpostas num prazo de 18 meses. A Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (ANREEE) já veio mostrar em comunicado o seu agrado com as novas regras da diretiva. Para Rui Cabral, diretor geral da ANREEE, o aumento contínuo da quantidade de EEE que, anualmente, são colocados nos 27 países da UE há muito que requeria uma atualização. Ao impor maiores taxas de recolha de REEE, terá que ser exercido mais controlo sobre quem coloca equipamentos no mercado, sobre os resíduos que são gerados e sobre a recolha e tratamento desses resíduos. No final haverá menor impacto no Ambiente e, menores custos para os produtores cumpridores. Pág. 8 Ambinews® 21 Jan/Fev/Mar/Abr
Vencedores do Quartel Electrão
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um evento que teve lugar no Centro de Congressos do Estoril, no dia 24 de Janeiro, e que contou com a presença do Sr. Secretário de Estado da Administração Interna, Dr. Filipe Lobo d’Ávila, a AHBV de Mangualde, foi premiada com uma ambulância para transporte de doentes tendo sido a grande vencedora do Quartel Electrão. Graças a este projeto da Amb3E, os bombeiros de todo o país recolheram, em apenas três meses, 1800 toneladas de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e de Pilhas e Acumuladores Portáteis e Incorporáveis em EEE (P&A), que agora serão corretamente encaminhados. O segundo prémio, atribuído à AHBV de Vila Nova de Oliveirinha, consistiu numa lavandaria profissional para bombeiros (máquina de lavar roupa, secador de roupa, sapatas fechadas, calandra industrial, sistema de doseamento automático e vaporeta Veit). As dez AHBV galardoadas com os Prémios per capita receberam também cartões prépagos de combustível da Repsol no valor de €1.500, cada um, o suficiente para o funcionamento de uma ambulância durante alguns meses. A ação teve como objetivo principal incentivar as corporações aderentes e as comunidades locais a reunir a maior quantidade possível de REEE e P&A de modo a, por um
lado, minorar os seus impactos ambientais e, por outro, sensibilizar a população para a importância da reciclagem. A AHBV vencedora conseguiu recolher 114 toneladas, num esforço que envolveu toda a população de mais de 21 mil habitantes. “O Quartel Electrão representa mais um passo da Amb3E na sensibilização das populações para o tema da reciclagem dos REEE e RPA. É também uma oportunidade da comunidade retribuir aos bombeiros o esforço e o empenho que diariamente colocam na sua actividade junto das populações. Esta iniciativa superou todas as nossas expetativas, já que os bombeiros conseguiram recolher quase 1800 toneladas de resíduos”, enfatiza Victor Sousa Uva Director Comercial e de Comunicação da Amb3E. Esta acção faz parte da missão da Amb3E de sensibilizar a sociedade civil para a problemática ambiental dos REEE e RPA em fim de vida e para a importância do seu correto encaminhamento. Vem no alinhamento de outros projetos da associação, como a Escola Electrão e o Festival Electrão. As corporações nacionais de bombeiros são já uma das entidades parceiras da Amb3E no objetivo de aumentar os pontos de recolha e de incentivar o correto encaminhamento destes resíduos.
Texto: Amb3E
O Parlamento Europeu (PE) aprovou em Janeiro as novas regras para a recolha e a reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), como frigoríficos, televisores e telemóveis, e evitar a sua transferência ilegal para outros países. Na prática significa que os países da UE vão ter de aumentar a recolha e a reciclagem de equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE). Atualmente, a taxa mínima de recolha anual, estabelecida pela diretiva de 2003, é de quatro kg por habitante. As novas regras estipulam que, a partir de 2016, a maioria dos Estados-Membros (dez dos países que aderiram mais recentemente à UE beneficiam de um prazo mais longo) terá de recolher 45 toneladas de resíduos EEE por cada 100 toneladas de EEE colocados no mercado nos três anos anteriores.
Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos
Informação Ambigroup Pág. 9
informação ambiente
Abate de VFV diminui 35%
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urante o ano de 2011 foram entregues para abate nos centros VALORCAR um total de 50.782 Veículos em Fim de Vida (VFV), valor que corresponde a um decréscimo de 35,2% face a 2010. Segundo a entidade gestora dos VFV, esta tendência de decréscimo, que já se verifica desde 2008, está relacionada com a conjuntura económica e com a quebra dos índices de confiança dos consumidores. Mas também a extinção do Programa de Incentivo Fiscal ao Abate de VFV (PIFAVFV)) contribuiu para este facto, dado que representava mais de 30% dos VFV entregues para abate. Entretanto, a própria Associação Automóvel de Portugal (ACAP) já veio exigir ao governo que seja retomado o Programa de Incentivo ao Abate de VFV. De acordo com as contas da associação, a
reintrodução deste programa acarretará uma perda de receita fiscal da ordem dos 20 milhões de Euros (desconto no ISV atribuí do pelo Estado na compra dos veículos abrangidos pelo programa), mas que será largamente compensada pelos 100 milhões de Euros que o Estado encaixará com os impostos cobrados (ISV, IVA, IUC) com as vendas destes veículos, que de outro modo não acontecerão. Os resultados demonstram que, em média, cada VFV recebido na Rede VALORCAR foi reciclado em 84,6% do seu peso e foi valorizado em 89,7% do seu peso, o valor mais alto até agora registado e que ultrapassa a meta comunitária (os VFV têm que ser reciclados em pelos menos 80% do seu peso e têm que ser valorizados em pelo menos 85% do seu peso).
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INFORMAÇÃO AMBIGROUP - Recifemetal SA e Recielectric SA receberam estatuto Excelência
Green Project Awards A inovação e o empreendedorismo, o enfoque nos recursos naturais, na agricultura, mar e turismo e o apelo à participação de um público mais jovem são os principais destaques da 5ª edição do Green Project Awards (GPA) Portugal. Apresentado a oito de Fevereiro no Museu da Eletricidade, em Lisboa, o GPA 2012 surge agora como um movimento pelo Desenvolvimento Sustentável, chegando pela primeira vez ao cidadão comum e promovendo a inovação com quatro novas categorias. Esta reestruturação, quatro anos após a sua primeira edição, pretende incentivar a criação de riqueza, desenvolver a economia, promover o emprego e o empreendedorismo, a preservação de recursos e a eficiência energética. Este ano, um júri irá distinguir os melhores produtos, serviços, projetos de investigação e campanhas de comunicação, em quatro categorias: Categoria de Gestão – eficiência e recursos; Categoria Agricultura, Mar e Turismo; Categoria Rock in Rio Atitude Sustentável GPA; Categoria Information Technology. A nova equipa da Agência Portuguesa do Ambiente, onde se inclui o novo diretor geral, Nuno Lascata, assinalaram a cerimónia de apresentação.
Tratamento de metais na Recifemetal
Reciclagem de eletrodomésticos na Recielectric
Duas empresas PME Excelência
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Estatuto PME Excelência é uma iniciativa do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento) criada em parceria com a banca, para sinalizar o mérito das pequenas e médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos no universo das PME Líder nacionais. Este estatuto exige que as empresas obedeçam a critérios como pertencer aos dois primeiros níveis de rating (AAA ou AA) e cumpram diversos critérios económico-financeiros e de gestão. A Recifemetal SA, empresa que efetua o tratamento e reciclagem de metais e a Recielectric SA que recicla equipamentos elétricos e eletrónicos foram duas das empresas do Ambigroup que obtiveram este estatuto de prestígio. Tratam-se de empresas que apresentam rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional, que têm sabido manter altos padrões competitivos num contexto particularmente exigente e que estão a conseguir ultrapassar a crise com
Errata edição n.º 20 Na edição número 20 da Ambinews foi publicada uma nota curricular de Jorge Vicente, Diretor Geral da Amb3E, na qual se
crescimento, consolidação de resultados, e contributos ativos na criação de riqueza e de emprego das regiões onde se inserem. Em conjunto, as PME Excelência’11 (1368 empresas) geram perto de 47 mil postos de trabalho direto e foram responsáveis por um volume de negócios superior a 7,9 mil milhões de euros no último ano, que representou um crescimento médio de 27 por cento. Com um ativo líquido global de 5,4 mil milhões de euros, as PME Excelência’11 apresentam uma autonomia financeira média de 51 por cento e níveis de rendibilidade dos capitais próprios, do investimento, e das vendas superiores à média. São empresas que tiveram um crescimento de 21 por cento nos seus resultados líquidos e que viram aumentar o seu ativo em 12 por cento. Recorde-se que outras empresas do Ambigroup como a Ambitrena SA, a Demotri SA, A Recipolymers SA, a Incoferro SA e a Transalém SA mantiveram o estatuto de PME Líder.
dizia que “em 2003 regressou a Portugal, tendo abraçado a área do Ambiente” quando na verdade, Jorge Vicente só abraçou esta área há poucos meses. Ao lesado apresentamos as devidas desculpas.
Informação Ambigroup Pág. 11
reutilização de resíduos
A construção do complexo industrial de reciclagem do Ambigroup pretende ser um exemplo no que respeita à redução de recursos e matérias-primas usadas em obra. Iniciativa que vai ao encontro das metas de reciclagem e reutilização europeias.
50.000m2 foram pavimentados com agregado reciclado proveniente de obras de demolição
75% dos muros e estruturas de contenção foram feitas com placas de betão de reaproveitamento
90% das estuturas metálicas foram edificadas através de vigas e outros materiais recuperados
Coberturas isolantes elaboradas a partir de materiais reutilizados Pág. 12 Ambinews® 21 Jan/Fev/Mar/Abr
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stabelece a Diretiva Quadro dos Resíduos 2008/98/CE, transposta para a legislação portuguesa pelo DecretoLei n.º73/2011 uma meta de 70 por cento para reutilização e reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) não perigosos até 2020. Para cumprimento destas metas, sempre que tecnicamente exequível, este artigo obriga à utilização de pelo menos cinco por cento de materiais reciclados ou que incorporem estes materiais relativamente à quantidade total de matérias-primas usadas em obra no âmbito da contratação de empreitadas de construção e manutenção de infraestruturas ao abrigo do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo DecretoLei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro. A reutilização e a reciclagem de RCD, nas mais variadas aplicações em obras de engenharia civil, são as soluções mais adequadas na gestão eficiente e sustentável destes recursos. Ciente da importância que a reutilização de materiais ou a utilização de materiais reciclados representa quer ambientalmente quer economicamente, o Ambigroup, enquanto Grupo de gestão ambiental integrada, tem procurado tornarse num exemplo a seguir com as suas obras de construção. O Ecoparque do Ambigroup, em construção no concelho do Seixal, é o exemplo mais atual de como se pode construir de forma sustentável. Um complexo industrial com mais de dez hectares onde estão a ser implementadas diversas estruturas e equipamentos com vista ao alargamento da atividade de gestão, tratamento, reciclagem e valorização de resíduos do Ambigroup. Com origem nas obras de demolição, construção e restauração de edifícios e/ou outras estruturas o Ambigroup tem obtido diversos materiais reutilizáveis em boas condições para aplicação imediata como o aço e a pedra e aplicação após processamento de materiais como os agregados reciclados. Começando por este último, proveniente dos entulhos de obra, os agregados reciclados, uma vez inertes/isentos de contaminantes, podem ter múltiplas aplicações. No caso do Ecoparque do Ambigroup destacamos três delas: Emprego em camadas de base, subbase e de leito de pavimento; Enchimento de gabiões com agregados de granulometria superior; Construção e preenchimento de leitos e valas com agregados de granulometria intermédia. Na construção deste futuro complexo de reciclagem saliente-se ainda a aplicação de diversos outros tipos de materiais reutilizados
Ecoparque do Ambigroup construído a partir de materiais reutilizados e reciclados
Referência de sustentabilidade na construção civil
Gabiões executados com inertes reciclados de granulometria apropriada
ou reciclados. Desde a utilização de diversas estruturas metálicas provenientes de unidades industriais desmanteladas que foram aqui recuperadas e adaptadas ao efeito, a aplicação de painéis de betão armado que foram reaproveitados para edificação de muros e estruturas de contenção até ao aproveitamento de pedra de calçada para construção dos passeios e caminhos pedonais do Ecoparque. Esta obra de construção, que pretende ser um exemplo de redução de recursos naturais primários, contará ainda com a aplicação de outros materiais reaproveitados, ainda que em menor escala do que os anteriores, como é o caso de placas térmicas de cobertura, vidros, janelas, portas, canalizações e até algum do equipamento que fará parte das naves industriais de reciclagem. A construção deste Ecoparque representa para o Ambigroup um investimento global de 15 milhões de euros e irá criar cerca de 60 novos postos de trabalho diretos.
Agregado Reciclado de diversas granulometrias para múltiplas aplicações
2500m2 de passeios serão preenchidos com calçada proveniente de obras de demolição
Diversas canalizações do complexo foram realizadas com tubagens de reaproveitamento
Vista nascente do futuro complexo de reciclagem do Ambigroup. Alguns equipamentos e estruturas metálicas estão a ser recuperados com o objectivo de serem aplicados no Ecoparque Informação Ambigroup Pág. 13
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OBRAS DE DESMANTELAMENTO - Desativação da Central Termoeléctrica do Barreiro 1
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Várias etapas de desmantelamento e demolição da estrutura principal da central termoelétrica
Obra modelo ao nível de gestão ambiental Ao longo de seis meses as operações de desativação decorreram em várias fases, entre as quais, a remoção de resíduos industriais perigosos, desmantelamentos manuais, mecânicos, em altura e reciclagem de resíduos.
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stá a terminar a obra de desativação e desmantelamento da Central Termoelétrica do Barreiro, executada pelo consórcio formado pela Recifemetal/Egeo/ Sisav. De acordo com José Nunes, Diretor de Obra da Recifemetal, “fatores como a nossa vasta experiência em obras de desmantelamento de termoelétricas em Espanha e o facto de se ter montado um consórcio inteiramente português foram importantes para ganhar o concurso”. Os trabalhos iniciaram-se pelas atividades tendentes ao descomissionamento da instalação, incluindo-se, nomeadamente, a remoção de óleos, fuelóleo, produtos químicos e materiais de fibrocimento contendo amianto, desgaseificação de tanques, remoção de baterias e outros resíduos perigosos. Numa segunda fase incluíram-se as atividades de desmontagem de equipamentos e demolições de estruturas, segregação de resíduos, reciclagem de materiais, remoção de produtos perigosos, obras de reposição e reconstrução das redes enterradas e ainda recuperação das vias de circulação internas.
Por fim, uma terceira fase, ainda em execução, compreende os trabalhos de requalificação ambiental dos terrenos da Central onde se inclui a descontaminação de solos e a demolição da chaminé com 104 metros de altura, uma das estruturas de betão armado mais altas do país. José Nunes esclarece que “esta demolição exigiu a colocação de meios a grande altura, portanto obrigou a uma preparação diferente requerendo condições de segurança muito diferentes do que é habitual noutras demolições”. Durante a execução da obra o consórcio comprometeu-se a assegurar os requisitos da EDP, bem como a segurança dos colaboradores envolvidos. Segundo José Nunes “trata-se de uma obra extremamente exigente a nível técnico que, para além de acompanhamento técnico e coordenação de segurança a tempo inteiro, envolveu equipamentos e mão-de-obra especializados, desde maçariqueiros para fazer o corte de materiais mais grossos, máquinas pequenas para fazer desmantelamentos com grande precisão, má-
Eficiente gestão ambiental permite elevadas taxas de reutilização e reciclagem de resíduos
quinas de grande porte, máquinas para fazer demolição a grandes alturas, gruas, entre outros”. De facto, segundo o Diretor de Obra, o consórcio procurou a utilização das melhores tecnologias disponíveis para a realização dos trabalhos de descomissionamento, desmantelamento, demolição, gestão global de resíduos e limpeza industrial. A preservação do Meio Ambiente através da prevenção da poluição, racionalização dos consumos energéticos e da conservação da biodiversidade assumem-se também como
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Remoção de resíduos perigosos como fuel-óleo
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vertentes fundamentais no decorrer das operações. José Nunes garante que se está a alcançar taxas de reciclagem muito elevadas “Em relação aos resíduos inertes estes são triturados e reciclados na própria obra para aplicação no local. Dos restantes resíduos, uma fração será reutilizada e outra será encaminhada para as unidades de reciclagem do Ambigroup. A fração que não pode ser reciclada, como os solos contaminados, é eliminada em aterro de perigosos. Portanto, a nível ambiental é também uma obra modelo”.
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Desmantelamento de depósitos de fuel óleo
A preservação do Meio Ambiente através da prevenção da poluição, racionalização dos consumos energéticos e da conservação da biodiversidade assumemse também como vertentes fundamentais no decorrer das operações.
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Recuperação do solo com agregados reciclados Informação Ambigroup Pág. 17
INFORMAÇÃO AMBIGROUP - Demolições e Gestão de Resíduos 1
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Demolição a 104 metros de altura Por se tratar de uma demolição em altura, está a ser usada uma metodologia revestida de especiais cuidados de segurança.
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stá a ser demolida pela Recifemetal a chaminé da Central Termoelétrica do Barreiro. Trata-se de uma estrutura em betão armado com 104 metros de altura que esteve em serviço de 1979 a 2009. Por se tratar de uma demolição em altura, a obra é realizada com uma metodologia um pouco diferente do habitual, revestindo-se de especiais cuidados de segurança. A demolição é efetuada de forma controlada por meio de robots de demolição. Para execução destes trabalhos foram montadas várias plataformas elevatórias, por forma a evitar a queda de materiais para o exterior da chaminé. Foi ainda colocada no local uma grua torre a 110 metros de altura por vias a apoiar os trabalhos de demolição. A obra está a ser acompanhada por técnicos de segurança a tempo inteiro garantindo-se desta forma o cumprimento dos múltiplos procedimentos de segurança previamente definidos para trabalhos desta especificidade.
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INFORMAÇÃO - Seminário na APA perpetiva os próximos anos do setor
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INFORMAÇÃO AMBIGROUP - Demolições e Gestão de Resíduos
Desmantelamento na Amoníaco de Portugal
As operações de remoção de estruturas foram executadas de forma controlada eliminando situações de instabilidade ou perda súbita estrutural.
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Recifemetal terminou recentemente as operações de desmantelamento de um conjunto de edifícios e estruturas pertencentes à unidade fabril da Amoníaco de Portugal (AP), no Lavradio, Barreiro. A obra englobou o desmantelamento de uma estrutura metálica com 45 metros de altura, três reservatórios, um transportador com 160 metros de comprimento entre vários outros equipamentos metálicos que integravam a antiga Fábrica de Ureia. A Recifemetal adotou uma metodologia de desmantelamento que procurou minimizar os riscos decorrentes dos impactes negativos associados a trabalhos desta natureza. Nas operações de desmantelamento incluíram-se as atividades relacionadas com a remoção de materiais contendo amianto existentes nas coberturas de estruturas, tubagens e outros equipamentos. Estas operações foram desenvolvidas com especial cuidado e de forma controlada já que a perigosidade dos Pág. 20 Ambinews® 21 Jan/Fev/Mar/Abr
materiais contendo amianto pode ser avaliada, no que se refere aos efeitos adversos que estes têm para a saúde humana. Nesse sentido a remoção, acondicionamento e transporte dos materiais com amianto foi efetuada de forma cuidada e controlada, seguindo uma metodologia adequada, no que respeita às normas de segurança e saúde dos trabalhadores e normas ambientais em vigor. As operações de remoção de estruturas decorreram com apoio de auto-grua e foram executadas de forma controlada, eliminando desta forma situações de instabilidade ou perda súbita estrutural. No que toca à gestão dos resíduos foram respeitadas todas as normas ambientais em vigor, no que se refere ao manuseamento, acondicionamento, armazenamento temporário e transporte dos materiais a destino final adequado, tendo a Recifemetal, para este serviço, contado com o apoio de empresas parceiras como a Transalém e Ambitrena.
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Informação Ambigroup internas, proporcionando a correção dos desvios e inputs para a melhoria contínua. Os processos identificados e desenvolvidos impõem padrões de organização que levam à adoção de práticas mais eficientes e eficazes, com reforço na qualidade dos produtos e serviços, na melhoria da qualificação dos recursos humanos e num elevado nível de satisfação dos Clientes, devido à redução progressiva das falhas nos produtos e serviços prestados.
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certificação no Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) segundo a norma NP EN ISO 9001:2008 constituiu, para a Ambitrena, um dos principais desafios de 2011. O processo ficou concluído em Dezembro de 2011 com os cinco parques de resíduos certificados pela TÜV, no âmbito da Gestão global de resíduos, incluindo a recolha, armazenamento, tratamento, valorização e encaminhamento de resíduos para destino final e armazenamento temporário de equipamentos.
entrada em novos mercados, este sistema possibilita ainda que a organização melhore a sua imagem e prestígio, reduza muitas vezes os seus custos e implemente uma cultura de melhoria contínua.
Com mais este passo, a Ambitrena evidencia a adoção de ferramentas de gestão, com o potencial de facilitar o acesso a mercados e a Clientes cada vez mais exigentes, acreditando ser uma vantagem competitiva e uma excelente ferramenta na melhoria do desempenho do negócio.
Focalização no Cliente
Além do aumento de competitividade e da
Todos estes aspetos permitem consolidar uma relação de parceria com os Colaboradores, Clientes e Parceiros de negócio, visando o sucesso de todas as partes e estabelecendo uma relação de confiança com benefícios mútuos. O objetivo central da norma é a satisfação dos Clientes. Para isso, foi definido e caracterizado um conjunto de processos, tendo sempre em consideração os requisitos dos Clientes. O desempenho destes processos é revisto periodicamente com base nos respetivos indicadores e nos resultados de auditorias
Como projeto global, a implementação do SGQ requereu o envolvimento de todos os colaboradores a todos os níveis da organização, o que constituiu um dos fatores determinantes para o sucesso alcançado. Esse envolvimento potenciou o compromisso das pessoas, funcionando como um fator de motivação. Deste modo, a obtenção do certificado é também o reconhecimento formal do esforço, empenho e dedicação de todos. O Futuro A Ambitrena está consciente de que este não é um fim, mas apenas o início de um percurso cada vez mais exigente, com o objetivo da melhoria constante. É por esse motivo que já tem prevista, a curto prazo, a certificação dos sistemas de Gestão Ambiental e de Segurança numa primeira fase na sede e, posteriormente, nas outras unidades. Apesar de atualmente haver a preocupação e controlo dos requisitos ambientais e de segurança, o desenvolvimento, implementação e certificação destes sistemas segundo as normas é uma etapa fundamental para a aplicação das melhores práticas e para o desenvolvimento do comportamento consciente.
Texto: Ana Rodrigues
Ambitrena certificada com ISO 9001
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NOVIDADES LEGISLATIVAS - Ambiente
Ficha Técnica Ambinews® - Revista de Informação de Ambiente ©
- Decreto-Lei n.º 7/2012, de 17 de Janeiro, Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Aprova a Lei Orgânica do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. - Decreto-Lei n.º1 de 2012, de 11 de Janeiro, Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Procede à 5.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto, e transpõe a Diretiva n.º 2011/37/UE, da Comissão, de 30 de março, relativa aos Veículos em Fim de Vida. Comunitária - 2011/70 - Diretiva Euratom do Conselho,
que estabelece um quadro comunitário para a gestão responsável e segura do combustível irradiado e dos resíduos radioativos. JO L199 2011-8-02 - Regulamento (UE) n.º 64/2012 da Comissão, de 23de janeiro de 2012, que altera o Regulamento (UE) n 582/2011 que dá aplicação e altera o Regulamento (CE) n 595/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere às emissões dos veículos pesados. JO L28 2012-1-31 - Regulamento (UE) n.º 71/2012 da Comissão, de 27 de janeiro de 2012, que altera o anexo I do Regulamento (CE) n 689/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à exportação e importação de produtos químicos perigosos. JO L26 2012-1-28
AGENDA AMBIENTAL
As informações desta agenda poderão sofrer alterações. Para confirmação oficial, contactar a organização.
Evento: Formação: Especialização em sistemas de gestão Ambiental Data: 13 a 16-03-2012 Local: Lisboa Descrição: Os objetivos do curso passam por dotar os formandos com conhecimentos sobre os princípios da norma do sistema de gestão ambiental. A formação destina-se a técnicos médios e superiores de empresas, técnicos ambientais, entre outros. Mais info.: www.apemeta.pt Evento: Formação: Auditorias Ambientais Data: 19 a 22-03-2012 Local: Lisboa Descrição: Destinada a quadros médios e superiores de empresas, empresários e técnicos ambientais, a formação pretende dotar os formandos de capacidade de identificar e descrever as técnicas e os conhecimentos fundamentais na área das auditorias ambientais, utilizar corretamente procedimentos, metodologias e técnicas para a sua execução. Mais info.: www.apemeta.pt Evento: AcqualiveExpo Data: 22 a 25-03-2012 Local: Lisboa, FIL - Parque das Nações Descrição: O AcquaLiveExpo terá lugar pela 1.ª vez na FIL e vem preencher o Espaço de Negócios focalizado nos setores da Água, Energia, Resíduos e Ambiente, permitindo num só espaço exposição de produtos, equipamentos e serviços, seminários, ações de formação, demonstrações e contactos diretos com compradores nacionais e internacionais. Mais info.: www.fil.pt
Evento: Data limite para a submissão do MIRR 2011 (SIRAPA) Data: 31-03-2012 Descrição: Os formulários MIRR para preenchimento dos dados de 2011 estarão disponíveis no SIRAPA, nos termos do Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro. A leitura do Guia de Utilização do SIRAPA e o do Guia para o Preenchimento do Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR), disponibilizadas no portal da APA é imprescindível à sua boa utilização, bem como ao correto preenchimento dos formulários. Mais info.: www.apambiente.pt Evento: Formação ”Gestão de Resíduos” Data: 16/04 a 17-05-2012 Local: Lisboa Descrição: Quadros médios e superiores de empresas ou autarquias com responsabilidade na gestão de resíduos. No final da formação, os formandos deverão ser capazes de utilizar os conhecimentos necessários sobre as principais regras de gestão de resíduos. Mais info.: www.apemeta.pt Evento: Seminário: Responsabilidade Ambiental Data: 17-04-2012 Local: Lisboa - Auditório do Metropolitano de Lisboa Descrição: O evento que reúne as principais personalidades do setor Ambiental é destinado a profissionais, estudantes e técnicos do Ambiente. Mais info.: www.apemeta.pt
Propriedade: Ambigroup SGPS, SA www.ambigroup.com/ambinews @: ambinews@ambigroup.com Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 107 030 | +351 217 121 918 Direção: João Carlos Além @: joao.alem@ambigroup.com Redação/Fotografia/Design: Samuel Ferreira (cart. prof. n.º 6584) @: samuel.ferreira@ambigroup.com Colaboradores: Aranda Correia, Ana Rodrigues, José Nunes, Pedro Curto Impressão: IDG Imagem Digital Gráfica Tiragem Média: 2500 exemplares Periocidade: Quadrimestral Distribuição: Gratuita Impresso em papel reciclado CONTACTOS AMBIGROUP AMBIMOBILIÁRIA SA/AMBIPOLIS SA Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 107 030 | +351 217 121 918 @: ambimobiliaria@ambigroup.com @: ambipolis@ambigroup.com AMBITRENA SA SEDE e Unidade de Lisboa: Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 107 030 | +351 217 121 918 @: ambitrena@ambigroup.com @: ambitrena.odivelas@ambigroup.com Unidade de Aveiro: Parque Industrial de Albergaria a Velha, Arruamento E - 3850 Albergaria a Velha +351 234 520 150 | +351 234 520 159 @: ambitrena.albergaria@ambigroup.com Unidade de Setúbal: Parque Industrial da Mitrena, lote 76, 2910-738 Setúbal; +351 265 709 630 | +351 265 709 639 @: ambitrena.setubal@ambigroup.com Unidade de Beja: Parque Ambiental da AMALGA, Apartado 6040, 7801-908 Beja / +351 284 329 880 @: ambitrena.beja@ambigroup.com Unidade de Faro: Estrada Nac. 125 km 96.7 Caixa Postal 641-Arneiro, 8005-412 Faro +351 289 896 720 | +351 289 896 729 @: ambitrena.faro@ambigroup.com AUTOVFV, SA Estrada Municipal da Mourisca, Quinta Vale da Rosa, Armazém 1, 2910 Setúbal +351 265 701 000 | +351 265 701 009 @: autovfv@ambigroup.com DEMOTRI SA Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 121 910 | +351 217 121 918 @: demotri@ambigroup.com FORESTECH SA Estrada Nac.253, Horta do Bom Reparo, Apartado 35, 7580 - 909 - Alcácer do Sal +351 265 612 127 | +351 265 612 127 @: forestech@ambigroup.com RECIELECTRIC SA / RECIPOLYMERS SA Rua Eugénio dos Santos, n.º1 Pinhal de Frades, Casal do Marco - 2840-185 Arrentela, Seixal +351 212 269 900 | +351 212 269 907 @: recielectric@recielectric.pt @: recipolymers@ambigroup.com RECIPOLYMERS Unidade da Chamusca Estrada do Relvão, Casal do Relvão E. M. 1375 Lotes 1 2, Casal do Relvão -2140 - 671 Carregueira, Chamusca +351 249 741 129 | +351 249 741 175 RECIFEMETAL SA / TRANSALÉM SA / INCOFERRO SA Edifício Além, EN 115 - km 65,2 2630-058 Arranhó +351 219 687 430 | +351 219 687 440 @: recifemetal@ambigroup.com @: transalem@ambigroup.com @: incoferro@ambigroup.com RECIFEMETAL ESPAÑA SL C/Capitan Mendizabal, 20-1ºc 48980 Santurtzi Vizcaya 0034944625194 | 0034944835162 @: recifemetal.espana@ambigroup.com
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