Guia de pesquisa

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Guia de projetos

Jovens realizando pesquisas

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Guia de projetos

Jovens realizando pesquisas

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ficha

técnica INSTITUTO AYRTON SENNA Viviane Senna Presidente Aline Porto Diretora de Educação Célia Assis Gerente de PMO Simone André Coordenadora de Área Mônica Pellegrini Coordenadora de Programas

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Bruna Vasconcelos de Souza Secretária Cynthia Sanches, Paulo Emílio de Castro Andrade e Simone André Concepção e texto

Fabiano Gonçalves Gerente de Projetos

Lélia Maria Chacon do Amaral Lyra Edição

Paula Faria Analista de Projetos

Ronei Sampaio Projeto Gráfico e diagramação


sumário causando... para o futuro acontecer! nós, pesquisadores

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existe vida fora da terra?

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planejar

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realizar a pesquisa e analisar

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A proposta da área de ciências da natureza

Escolher os procedimentos da pesquisa

Detalhar as ações e bolar um jeito de realizar

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pesquisadores

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Aqui está um convite especial a vocês, jovens, que querem ser protagonistas de sua aprendizagem. Vamos fazer pesquisa científica? Para início de conversa, vocês têm de saber: pesquisa científica não é coisa somente de cientista e cientista não é aquele cara maluco, descabelado e mal tratado que vive trancado em laboratórios. Abandonem esses preconceitos! Vocês conheceram, nas aulas, alguns cientistas das mais diversas áreas. Lembrem-se de Darwin, Einstein, Pauling, Hubble...

Darwin em 1835, aos 26 anos, 24 anos antes da apresentação da teoria que revolucionaria a Ciência.

Today in 1835 marks the arrival of the HMS Beagle to the Galapagos Islands, aboard the Beagle was a young naturalist Charles Darwin.

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“Eu me lembro que um tio me disse sobre o teorema de Pitágoras antes do livreto de geometria chegar em minhas mãos. Depois de muito esforço consegui “provar” este teorema a partir da semelhança de triângulos ... para quem experimenta estes sentimentos [...], pela primeira vez, é admirável como o homem é capaz de tudo para atingir certo grau de certeza e pureza no pensamento, como, por exemplo, os gregos que nos mostraram o que era possível em geometria”. Albert Einstein in Philosopher-Scientist, por Paul Arthur Schilpp - 1951 .

O jovem Einstein

O jovem Hubble era uma estrela da escola Wheaton, de Ensino Médio (desde 1992 passou a ser nomeada Hubble Middle School), deixando seu nome no livro dos recordes, em Chicago. Hubble, que era um atleta de destaque no Wheaton foi para a Universidade em 1906, com a intenção de jogar basquete. Foi também jogador de futebol, treinou corrida em pista e, em 1907, juntouse à equipe de atletismo, correndo na modalidade de obstáculos de 50 jardas, jogo de arremesso de peso e corrida de salto em altura. Hubble, quem diria, um jovem atleta!

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Linus Pauling nasceu no ano de 1901 em Portland, Oregan. a) Com sua mãe e irmãs. b) Na companhia de sua esposa Ava Heler e de seus quatro filhos. c) No seu laboratório do Instituto de Tecnologia da Califórnia. d) Com 53 anos de idade, junto de seus filhos, em 1954, após receber o Prêmio Nobel de Química. Pauling foi um ativista pela paz. Em 1957, redigiu uma petição pedindo o fim dos testes atmosféricos de armas nucleares e, em 1962, ganhou o Prêmio Nobel da Paz com o Tratado de Proibição de Testes Nucleares.


Niels Henrik David Bohr nasceu no ano de 1885 em Copenhague, capital da Dinamarca. a) O jovem Bohr. b) Niels Bohr (esquerda) e Albert Einstein (direita). A foto foi tirada em 11 de dezembro de 1925, quando Bohr estava com 30 anos de idade. a)

b)

E já ouviram falar de alguns cientistas brasileiros importantes na história deste país, como Oswaldo Cruz, César Lattes e Carlos Chagas. Mas será que vocês se lembram de algum cientista brasileiro fazendo a diferença nos dias atuais? Sim, provavelmente vocês pensaram em Miguel Nicolelis, o neurocientista que, na última década, foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo. Com uma equipe internacional, Nicolelis dedica seus estudos à construção de interfaces cérebromáquina, com o objetivo de criar próteses neurais para a reabilitação de pessoas com paralisia corporal. O que Nicolelis e os cientistas em geral têm em comum é um modo de pensar. E todos podemos aprender a pensar como eles, tendo ou não alguma especialidade das ciências como projeto de vida. Claro, tornar-se cientista é opção de cada um. Mas, para tomar uma decisão como essa, é preciso conhecer o fazer científico, certo? Essa é a nossa proposta: compreender o que é uma pesquisa científica e o sentido de fazê-la, vivenciando uma delas da forma como os acadêmicos fazem.

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Protagonismo x Pesquisa científica Vocês já conhecem as etapas para desenvolver um projeto e vivenciaram em atividades cada uma delas nesta série, mas o que vocês talvez não tenham notado é que essas etapas estão muito próximas do que se denomina metodologia científica de investigação. Isso quer dizer que as etapas que vocês conhecem se aproximam bastante dos passos que todo cientista adota para fazer suas pesquisas. Confiram vocês mesmos comparando as colunas do quadro abaixo (etapas à esquerda e passos à direita):

Protagonismo MOBILIZAÇÃO Um olhar sobre o cotidiano de trabalho do time, com a intenção de verificar o que está caminhando bem, as dificuldades, os focos de atenção.

DEFINIR UM PROBLEMA • Descobrir quais são suas motivações, pensar sobre os próprios interesses, reconhecer as forças que têm e identificar necessidades e interesses da escola e comunidades. • O que você quer pesquisar?

INICIATIVA Identificar situações-problemas que vocês gostariam de enfrentar, propor ideias, expressar pontos de vista, argumentar e negociar interesses, decidir coletivamente em time e escolher um problema a ser enfrentado.

DESENVOLVER UMA HIPÓTESE • Pense como seu projeto pode demonstrar seu propósito ou objetivo. • Fazer uma previsão dos resultados da pesquisa, ou seja, formular uma hipótese. • Ir em busca de informações que podem auxiliar a saber mais sobre o problema. Definir melhor o problema a ser enfrentado.

PLANEJAMENTO Pensar antes de agir, organizar as tarefas, buscar informações sobre a situação-problema que será enfrentada, levantar conhecimentos que os ajudarão a agir, dividir esforços, olhar o futuro, definir estratégias para resolver o problema escolhido e escrever um projeto.

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Pesquisa científica

DESENOLVER UM PROCEDIMENTO • Explicar com detalhe como a pesquisa será realizada e como ela vai testar sua hipótese. • Esse procedimento deve funcionar como uma receita: uma outra pessoa poderá executar a pesquisa seguindo o procedimento. • Escrever o projeto de tal forma que fique claro e completo para ser analisado por outra pessoa.


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Um dos procedimentos mais importantes em uma pesquisa é registrar seu percurso. São vários os motivos e valiosos os seus efeitos, mas uma razão mais geral se destaca: o registro equivale a ter em mãos uma daquelas antigas bússolas ou, nos dias de hoje, um localizador GPS no seu celular, para consultar sempre e, assim, manter-se no rumo. Pelo caminho, o pesquisador até poderá achar mais legal pegar um atalho, fazer um desvio criativo, mas certamente não se perderá de seus objetivos.

Protagonismo EXECUÇÃO Colocar em prática as ações planejadas no projeto do time, ter determinação diante dos objetivos a serem realizados, enfrentar obstáculos, resistir à frustração, crescer com as adversidades e arriscar, acertar, errar, experimentar, mostrando a força do time.

Pesquisa científica REALIZAR A PESQUISA E ANALISAR • Realizar e registrar todas as informações, observações e resultados. • Explicar suas observações e resultados. • O que a sua pesquisa permite afirmar? Sua hipótese estava correta? Sua pesquisa comprovou ou refutou sua hipótese? • Explicar em detalhes.

AVALIAÇÃO Refletir sobre os erros e acertos para aprender com a experiência, ter crítica sobre o trabalho que está sendo desenvolvido, e identificar o que os membros do time estão aprendendo por meio do desenvolvimento do projeto.

CONCLUSÃO • Responder ao problema ou à afirmação elaborada. Redigir um relatório com a descrição da pesquisa e os resultados obtidos. • Escrever sobre o valor de seu projeto. • Prever continuidade da pesquisa estimando qual seria a próxima investigação e a partir de qual pergunta ela se desenvolveria.

APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS Reconhecer e comemorar cada conquista, valorizar as contribuições de cada um para os resultados alcançados, identificar o que aprenderam com a realização do projeto e pensar de que maneiras a experiência pode inspirar outras dimensões da própria vida.

APROPRIAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DOS RESULTADOS • O que deveria ser mudado se essa pesquisa tivesse de ser refeita. Seus erros e acertos. O que você mudaria? • Listar os pontos principais que você aprendeu. • Divulgar toda a pesquisa de modo resumido, com ênfase nas conclusões e resultados.

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O registro é essencial Registrar durante a pesquisa Os projetos de pesquisa apresentam registros diversos. Um trabalho de laboratório ou de campo pode ter seus passos marcados em um Diário de bordo, por meio de fotos, desenhos, vídeos dos resultados ou das fases do projeto, o que ajudará no desenvolvimento das etapas, especialmente na análise e apresentação dos resultados. Já uma pesquisa sem experimentação, baseada em informações de documentos, livros ou depoimentos de pessoas, requer registro bem organizado, ou um bom arquivamento, para a percepção dos diferentes aspectos que os dados podem trazer, mas as conclusões parciais vão para o Diário de bordo, construindo a resposta à pergunta da pesquisa. Nos dois casos, o registro é essencial porque permite decidir o que é relevante ou não para a conclusão do trabalho. Sem ele, será impossível tomar essa decisão.

Registrar ao final da pesquisa Toda pesquisa científica termina com um relatório que descreve o trabalho e explica seus resultados. Como os cientistas, vocês também farão esse registro final. Por quê? Primeiro, para marcar a história vivida por vocês como autores da pesquisa. Mesmo que não cheguem aos resultados esperados, vocês idealizaram e executaram o projeto. Trata-se de uma conquista e todos devem saber disso. Segundo, para ensinar a outras pessoas o que a pesquisa revelou. Elas aprenderão com seu trabalho sem precisar percorrer o mesmo caminho. É assim que as ciências se constroem: as pesquisas de uns são o ponto de partida das pesquisas de outros.

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Registrar como jovem protagonista do Ceca Vocês podem seguir de perto os passos dos cientistas ou, como jovens protagonistas que são, pensar em formas próprias de registro. Usem a criatividade! Imaginem fazer gravações de voz ou vídeos para os registros durante a pesquisa. E para divulgar o trabalho na escola, após o relatório final, que tal criar painéis com resultados parciais ou finais da pesquisa? Ou informativos, notícias na rádio local, instalações? Ou, ainda, bolar uma apresentação inspirada no documentário sobre o filme Star Trek, do History Channel, ao qual vocês assistirão na etapa de Mobilização?

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Nunca é demais lembrá-los de que tudo isso só será possível se rolar dedicação, compromisso, participação ativa, vontade de vencer – de cada um e do time! Além disso, é essencial que vocês relembrem os projetos já realizados, pois essas experiências serão úteis na nova trajetória. Então, sigam em frente!

Mobilização já!

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a proposta da ĂĄrea de ciĂŞncias da natureza

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Ao longo do ano vocês aprenderam muitas coisas em Química, Física e Biologia. Queremos desafiá-los a usar esses conhecimentos para pensarem nesta questão:

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Será que ex iste vida fora da Terra? Vamos trocar os mitos e as crenças pelo pensamento científico para fazer essa reflexão? Esse é o tema para abrir nossa investigação. Ela será realizada em time porque é muito complexa, e vocês precisarão reunir muitas forças para avançar na direção de alguma resposta. Para começar, vamos ouvir outras pessoas que já se perguntaram sobre a vida fora da Terra.

O que dizem os cientistas?

Vocês já ouviram falar do filme Segredos do Universo: Star Trek? É bastante interessante, pois nele se discute uma questão fundamental quanto à existência de vida inteligente para além dos limites da Terra: as aproximações e os afastamentos entre ficção e realidade. Vamos assistir a esse filme, tendo em mente que buscamos entender melhor o que envolve a pergunta sobre vida fora da Terra. Façam anotações durante a exibição do filme: perguntas, pontos importantes, alguma superdescoberta. Assim vocês terão muito o que falar sobre o filme com seus colegas de time. Gostaram do filme? O que acharam dos argumentos dos cientistas que lá aparecem?

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Em muitos momentos do filme, ficamos com a convicção de que a distância entre a realidade e a ficção é muito menor do que poderíamos imaginar. Mas também tomamos consciência de que toda a tecnologia disponível hoje, e que representa uma evolução e tanto em relação a um passado bem próximo, é um nada perante o muito que se tem por conquistar. Algumas das falas de cientistas no documentário indicam que precisamos ampliar muito os nossos conhecimentos e empreendermos grandes esforços no desenvolvimento de novas tecnologias se quisermos realmente buscar a confirmação da existência de extraterrestres. E há problemas importantes a resolver para colocar naves espaciais tripuladas à procura de seres de outros planetas. Ou ficaremos apenas torcendo para eles, caso existam, chegarem até nós (com ótimas intensões, naturalmente!)?

Afi nal, ex iste vida fora da Terra? Para “apimentar” um pouco o início das investigações, acrescentamos, a seguir, dois flashes de entrevistas com renomados cientistas, internacionalmente conhecidos.

1º flash!

Em entrevista ao New Scientist Connect, o astrônomo especialista em ciências planetárias Pete Worden, um diretor da NASA Ames Research Center, foi perguntado sobre a relação entre ficção científica e desenvolvimento tecnológico. Uma das

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questões foi: “A ficção científica é uma grande fonte de inspiração?” Para Worden, “sim, sem dúvida! A ficção científica permite que você sonhe. E você empreende esforços para conquistar seus sonhos”. Nessa entrevista, ele também esclareceu que um dos principais princípios da ficção científica é a afirmativa de que há planetas “lá fora” habitados por seres inteligentes, mas, no entanto, os estudos astrofísicos, pertencentes a uma área de pesquisa da Física, ainda não foram capazes de identificar ou confirmar a existência desses mundos. Worden acrescenta, ainda, a posição dele em relação ao tema: “Estamos começando a ver planetas como a Terra. Eu sonho em ir a esses mundos. Essa é a inspiração da minha vida”. Interessante, não?!?

2º flash!

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O Prêmio Nobel de Física de 2004, o americano Frank Wilczek, está convencido da existência de vida extraterrestre, “inclusive em nosso próprio sistema solar”, como ele afirmou em entrevista a uma agência internacional de notícias, reproduzida no Brasil pelo jornal O Globo. Wilczek cogitou a possibilidade de planetas como Marte, e talvez alguns satélites de Saturno, abrigarem formas de vida parecidas com as bactérias extremófilas, que vivem em condições ambientais extremas da Terra. Ele explica que há tantos planetas e estrelas no universo que “fica difícil considerar que só um, a Terra, tenha vida”. Mas adverte: “uma coisa é a vida e outra é a vida inteligente”, uma qualidade que “requer muito tempo e uma série de condições” específicas. Segundo ele, haver todos esses


ingredientes ao mesmo tempo “é difícil”. Ei!! Afinal, ele acredita ou não na possibilidade de vida inteligente fora da Terra? Agora que já estamos afinados com o contexto dessa pesquisa, vamos organizá-la? Para isso, sugerimos que vocês trabalhem em três times. Lembrem-se de que há muitas coisas envolvidas na questão e que precisamos ampliar nossas forças. A proposta é manter a pergunta central e dividir as formas de nos aproximarmos das respostas. Vamos criar três subprojetos do nosso projeto de pesquisa para alcançar nosso objetivo. Chegamos assim à etapa de Iniciativa, ou seja, vamos definir melhor a pergunta e buscar informações que nos permitam organizar o projeto de investigação.

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Subprojeto 1 O Universo que conhecemos e o Universo da ficção: onde ou como eles se encontram?

O objetivo desse subprojeto é investigar o que conhecemos do Universo e das possibilidades de explorálo e o quanto estamos próximos da ficção de universo de filmes como Star Trek e do potencial tecnológico em que ele se baseia. Nossa meta será conhecer um pouco mais sobre as tecnologias que o homem já produziu e que “passeia” pelo Universo enviando informações sobre estrelas e planetas que não conseguimos alcançar, visualmente, com nossos potentes telescópios. Antes, será preciso saber mais sobre o que é e como é o Universo que nos cerca – esse pouco conhecido ambiente que queremos desbravar. Precisamos, também, verificar se existem chances de driblarmos as teorias da Física para construir uma aeronave no estilo Star Trek e partir em busca dos nossos amigos alienígenas. Finalmente, também queremos dar uma atenção especial a um dos sérios problemas a ser enfrentado nessa longa viagem espacial: a energia! É muita coisa!!! Como vamos investigar isso tudo? Muita calma nessa hora! A boa notícia é que o time contará com uma ajudinha. Digamos, um empurrãozinho! Organizamos três linhas de investigação, de tal forma que o time, subdividido em três grupos, possa se aprofundar, simultaneamente, em um tema. As descobertas de cada grupo serão constantemente compartilhadas e, assim, todo o time estará por dentro da investigação completa. Tal investigação certamente trará conhecimentos para entendermos melhor o que dizem os cientistas entusiastas da ideia de sairmos à procura de vida extraterrestre inteligente e os que não apoiam essa ideia. Quem sabe, no cruzamento desses dois posicionamentos, possamos produzir, posteriormente, uma resposta bem argumentada para a nossa questão maior: SERÁ QUE EXISTE VIDA FORA DA TERRA?

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Subprojeto 2 O ambiente no planeta Terra e nos planetas extraterrestres

O sucesso desse subprojeto está na dedicação do aluno protagonista. Aqui vale a mais famosa equação de Einstein: sucesso = 10% de talento + 90% de suor. Vamos começar? Ninguém seria louco para sair atrás de vida fora da Terra sem buscar condições mínimas de vida semelhante à nossa, não é mesmo? No documentário assistido por vocês isso ficou bem claro, não foi? Por isso nosso objetivo é investigar o ambiente do planeta Terra que permitiu a existência da vida e o conferir como deveria ser o ambiente extraterrestre para que pudéssemos ter vida como a conhecemos aqui na Terra. Para isso propomos que vocês pesquisem o que caracteriza a atmosfera terrestre que possibilitou a vida da forma como a conhecemos. Depois, que investiguem o que sabem hoje os cientistas a respeito de outros planetas com condições semelhantes à da Terra para a existência de vida. Saber tudo isso não somente pode nos responder se é possível vida fora da Terra como pode garantir nossa sobrevivência em outros mundos. Isso, se um dia chegarmos tão longe em busca de nossos amigos extraterrestres. Você não estará sozinho nessa pesquisa, nós já organizamos boa parte dela com algumas perguntas e a indicação de por onde começar a busca.

Exercite a curiosidade – ela é o primeiro degrau de todas as descobertas

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Subprojeto 3 A vida em outros mundos: seria igual, semelhante ou diferente daquela que conhecemos?

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Pretendemos com esse subprojeto definir o que entendemos por vida. Mais do que isso, o que reconhecemos como vida. Será que os seres vivos que surgiram em nosso planeta também apareceram em outros locais do Universo? Perguntinha difícil, não é? Mas ninguém vai tentar encontrar a resposta sem ajuda. Vocês vão contar com a orientação de um professor e mais algumas dicas para explorar ideias e os conhecimentos estudados nesse ano nas aulas de Biologia. Com essa força, a pesquisa vai rolar e vocês estarão ajudando a somar no conhecimento sobre a vida. Reconhecer o que é vivo e não vivo em nosso planeta foi foco de muita observação, hipóteses e teorias de muitos pesquisadores ao longo de centenas de anos para que a ciência pudesse definir atualmente o que é um ser vivo. Além disso, os seres vivos nem sempre foram os mesmos ao longo da história do planeta Terra. As mudanças que ocorreram e ocorrem nos diferentes ambientes do nosso planeta selecionaram e continuam selecionando seres vivos capazes de sobreviver nos novos ambientes que surgem. Vocês estudaram teorias da evolução da vida como as de Lamarck e Darwin e agora terão a oportunidade de ampliar alguns conhecimentos associados à transformação da Terra e à evolução da vida. Nossa meta será reconhecer o que se sabe sobre as mudanças do ambiente terrestre e a evolução (transformação) da vida em nosso planeta e, por analogia, inferir a respeito da existência de vida fora de nosso planeta.


Investigadores: em frente!

Agora que separamos o grande problema em problemas menores e mais possíveis de serem investigados, temos a nosso favor diversos olhares e muitas forças para atacar a questão central da pesquisa. Já começamos também o planejamento da pesquisa para vocês, pois sabemos que essa é a primeira vez que vocês enfrentam uma experiência de caráter científico. Uma pequena ajuda para grandes pesquisadores principiantes! Cada linha de investigação vai apresentar a vocês uma série de perguntas para orientar os dados (ou informações) a serem pesquisadas. Vocês encontrarão também algumas estratégias favoráveis para que o time tenha sucesso nas investigações. Dentre buscas em sites, vídeos e livros, temos uma grande surpresa para vocês.

Uma novidade! Alguns cientistas renomados da atualidade se interessaram por esse projeto e estão à disposição dos times para conversar. Não é demais? Daqui a pouco, assim que se iniciar a etapa de planejamento da pesquisa e também na etapa de execução, vocês receberão as dicas e o preparo necessários para realizar entrevistas com esses cientistas. É uma oportunidade muito legal! Vocês terão acesso direto a informações importantes e a criaturas que nada têm de alienígenas: são apenas terráqueos que se encantaram com as ciências e trabalham com elas com muito entusiasmo. Contagiem-se com esse entusiasmo na construção de cada subprojeto. Sonhem, criem, partilhem, transitem livremente entre a ficção e a realidade e, principalmente, deem asas à toda e qualquer curiosidade.

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planejar escolher os procedimentos da pesquisa

Como anunciamos a vocês, aí vai um conjunto de orientações para cada subprojeto. Isso não significa que todo o planejamento esteja pronto. Leia tudo com calma com seu time de subprojeto e depois cuidem do que falta para formularem um bom plano de ação para a busca por respostas.

Registrando...

A partir daqui é essencial um bom registro em um Diário de bordo. Como primeiro registro, escrevam o nome do subprojeto e dos participantes, a data de hoje e as primeiras decisões depois de conhecerem o que se espera de cada time. 27


linhas de ação

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Para vocês iniciarem a conversa sobre a pergunta do subprojeto – O Universo e a ficção: onde ou como eles se encontram?, escolhemos um trecho do filme Segredos do Universo: Star Trek. Esse trecho pode ser identificado pelo cronômetro que roda na base esquerda da tela do seu computador. Trata-se do intervalo compreendido entre 0:37:52 e 0:42:44. Nesse trecho percebemos quatro linhas de investigação. Uma delas diz respeito a definir o ambiente que vamos analisar, ou seja, o Universo. Nessa linha de investigação, toda a equipe deve trabalhar. As outras três, que serão descritas mais adiante, sugerem que a equipe seja dividida em três grupos, cada um dos grupos desenvolvendo uma das linhas de investigação, porém mantendo frequência na troca de informações entre si, pois certamente um grupo contribuirá com o outro.

1ª linha de investigação

(a ser desenvolvida por todos da equipe)

Para identificar vida não terráquea no Universo, precisamos conhecer muito bem o Universo, certo? Esse é o nosso ambiente de pesquisa. Então, vamos defini-lo a partir de algumas questões: •

O que é o Universo? Como surgiu? Que significa dizer que ele é homogêneo e isotrópico? Como evoluiu a imagem que se tem do Universo, desde a época de Aristóteles até a atualidade? Ainda temos muito a descobrir sobre o Universo?

Como as galáxias se formaram? Qual a descrição da nossa galáxia, a Via Láctea? Quais elementos principais a caracterizam? Quais as suas dimensões? Como surgem as galáxias?

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Qual a distância da galáxia mais próxima da nossa? Existem outras nessa mesma posição ou mais próximas?

Será que podemos esboçar o Universo organizando essas distâncias entre galáxias mais próximas? Com isso, poderíamos pensar nas possibilidades reais de construirmos uma espaçonave com as características da Enterprise?

2ª linha de investigação

(a ser desenvolvida por pequeno grupo da equipe, que chamaremos de GRUPO 70 VIRGINIS) No filme Segredos do Universo: Star Trek, o cientista Caleb Scharf, da Universidade de Columbia, EUA, pede para imaginarmos um planeta com as características da Terra orbitando 70 Virginis. Ele, então, afirma que, com a nossa atual tecnologia e conhecimentos, levaríamos centenas de milhares de anos para chegar lá. A partir desse trecho do vídeo, propomos estas questões para orientar a investigação:

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Quem é 70 Virginis? Quais as características dessa estrela? Onde se localiza? Qual a distância dela em relação a Terra? Por que o pesquisador afirma que, considerando o tipo de espaçonave que temos na atualidade, precisaríamos de centena de milhares de anos para chegar a um planeta da 70 Virginis?

As sondas Phoenix e Voyager, 1 e 2, estão percorrendo o Universo para nos enviar imagens e informações de estrelas e seus possíveis


planetas. Pesquisem informações sobre essas sondas. Como funcionam? Onde está cada uma delas, nesse momento? (Uma dica: no site http://voyager.jpl.nasa.gov/where, acessado em setembro de 2013, é possível acompanhar a localização exata das sondas Voyager 1 e 2. Vale a pena conferir!) Identifique o que essas sondas já esclareceram sobre o Universo. Qual a velocidade das sondas Phoenix e Voyager? Quais as distâncias já percorridas por essas sondas? Em quanto tempo? Estimem se, desde o lançamento da Voyager 1, em setembro de 1977, a distância percorrida por ela já seria suficiente para alcançar um planeta da 70 Virginis.

3ª linha de investigação

(a ser desenvolvida por um segundo pequeno grupo da equipe, que chamaremos de GRUPO 99,99c) Ainda no filme Segredos do Universo: Star Trek, Paul Gilster diz que, se pudéssemos nos movimentar a uma velocidade 99,99% da velocidade da luz (99,99%c), um ano a bordo de nossa espaçonave se traduziria em 223 anos aqui na Terra. A partir dessa afirmativa, orientamos a investigação com as seguintes questões: • Qual a relação entre essa afirmativa e o paradoxo dos gêmeos? Qual princípio da relatividade restrita está envolvido nessa afirmação, que compara o tempo da nave espacial que transita pelo Universo e o tempo na Terra? Pesquisem e discutam a possibilidade de uma nave espacial viajar a uma velocidade de 99,99% c.

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No filme Star Trek, como a nave Enterprise resolve a questão da dilatação do tempo? Discutam e pesquisem sobre a solução encontrada. A velocidade de dobra descrita por Alcubierre (citado no filme) consegue mover um objeto mais rápido do que a velocidade da luz? Isso não é uma contradição direta com a teoria especial da relatividade de Einstein? Qual ou quais as contradições? Investigue a velocidade de dobra. Como vocês podem descrevê-la? Pesquisem o Paradoxo do avô e identifiquem com qual contradição, à teoria, está relacionado.

4ª linha de investigação

(a ser desenvolvida pelo terceiro pequeno grupo da equipe, que chamaremos de GRUPO PROPULSÃO) Em um blog de discussão sobre as possibilidades de os terráqueos viajarem para além das distâncias que o homem já alcançou até hoje, o blogueiro faz a seguinte afirmação: O problema é que aumentando a velocidade chegaremos mais rapidamente a nosso destino, mas teremos que queimar combustível para reduzir a velocidade para uma órbita ou para um pouso e não temos como fazê-lo sem levar toneladas de combustível. Sobre a propulsão dos motores de uma astronave ideal, investiguem as seguintes questões: •

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Uma astronave poderia de fato gerar uma enorme quantidade de energia? Quais as possíveis fontes de energia que poderiam


ser utilizadas? Que condições ou tecnologias precisam estar presentes numa astronave para manter o combustível durante toda a viagem? A energia de fissão nuclear, que tem movido grandes porta-aviões e submarinos, por exemplo, viabiliza esse projeto? O que temos a dizer sobre o decaimento radiativo do material físsil e sobre o rejeito radiativo? Como resolver? Qual combustível é usado pelas sondas espaciais Kepler e Voyager? É possível usar o mesmo combustível dessas sondas em astronaves tripuladas?

Investiguem e discutam a possibilidade de uso da fusão nuclear. O filme afirma que a fusão controlada por laser é um dos candidatos mais prováveis para a propulsão das futuras naves interestelares, tornando viável uma espaçonave como a Enterprise. Diz, ainda, que essa seria a possibilidade de gerar energia limpa. A energia de fusão nuclear seria uma solução, considerando a previsão de em breve ser obtida em larga escala? Em que estágio se encontram, atualmente, as pesquisas no desenvolvimento tecnológico da fusão nuclear? Quais os perigos que essa modalidade de energia poderia trazer para uma nave do tipo Enterprise? Agora, completem o planejamento seguindo a ficha Plano da Pesquisa que se encontra mais adiante, na página 30 deste Guia. E chega de conversa. Vamos trabalhar, pesquisar!

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linhas de ação

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Nesse subprojeto, todo o time pesquisa o tema O ambiente no planeta Terra e nos planetas extraterrestres. Lembrem-se de que ninguém deve ficar para trás! Começamos investigando a química da vida, o que está presente nos organismos e na atmosfera que permite a vida da forma como a conhecemos. Para isso, vamos por partes. Leiam tudo que se espera desse subprojeto dividido nas três partes apresentadas a seguir e, ao final, completem o planejamento orientandose pela ficha Plano da Pesquisa que se encontra mais adiante.

Parte 1

Abordagens experimentais para estudar a química prebiótica, ou seja, a síntese de substâncias presentes em organismos vivos sob condições que poderiam ter levado à emergência da vida no ambiente planeta Terra. O sucesso dessa parte do subprojeto está em vocês tomarem a iniciativa. Não esperem somente dicas do seu professor ou do colega de time. Busquem mais informações. Todo bom cientista é um autodidata. E aí, pessoal, prontos para o desenvolvimento desse subprojeto? Vamos iniciá-lo procurando respostas para as seguintes perguntas: • Vocês sabem o que são compostos prebióticos? • O que é química prebiótica? O pontapé inicial para o desenvolvimento desse subprojeto é por aí. Lá vai uma dica para a pesquisa, e continuem a partir desse ponto.

Dica: um grupo de 20 aminoácidos compreende os monômeros constituintes de todas as proteínas existentes nos sistemas vivos. As purinas e as pirimidinas, bases nitrogenadas, são os blocos construtores dos ácidos nucléicos (ADN e ARN) nos seres vivos atuais. O metabolismo dos açúcares proporciona fonte, acúmulo e troca de energia entre indivíduos de espécies distintas e o meio ambiente. Então, investiguem as diversas linhas de pesquisa prebiótica experimental que estudaram a síntese dessas moléculas a partir do HCN. Para que vocês entendam melhor a química prebiótica, investiguem também o experimento realizado no ano de 1953, Experimento de Miller-Urey, que reproduz no laboratório as condições químicas da atmosfera primitiva do planeta Terra.

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Vocês sabiam? Pesquisadores brasileiros, utilizando uma câmara em condições de pressão, temperatura e luz adequadas, simularam a composição química dos aerossóis em suspensão na atmosfera da lua de Saturno, Titã. Pois é, garotos, eles pesquisaram! Análises in situ (uma expressão latina que significa no lugar) confirmaram a presença de espécies moleculares ricas em compostos nitrogenados (substâncias orgânicas cuja composição contém nitrogênio, incluindo os aminoácidos) e também espécies contendo nitrila (R – C � N) e anel aromático. Os resultados do experimento revelaram a presença de adenina (C5H5N5), uma das bases nitrogenadas da molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico). Esse resultado mostrou que a química no ambiente de Titã pode ser extremamente complexa e rica em compostos prébióticos. Outros cientistas, como James Ferris e colaboradores, investigaram intensamente o possível papel dos compostos derivados do HCN na síntese prebiótica. Os ciano-compostos encontramse distribuídos em outros planetas do sistema solar: HCN em Júpiter; cianoacetileno (H-C�C-C � N), cianogênio (N�C-C�N) e HCN em Titã, a maior lua de Saturno, bem como na cauda de cometas.

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Parte 2

O ambiente do planeta Terra e o ambiente de Titã. Para dar continuidade ao subprojeto, é importante que vocês leiam o texto a seguir.

Em 1868 o astrônomo francês Pierre-Jules-César Janssen foi à Índia para observar o eclipse total do Sol e assim realizar o primeiro estudo da cromosfera solar. Na ocasião, ele notou uma nova radiação amarela que não coincidia exatamente com a linha amarela do sódio e que não podia ser reproduzida em laboratório com nada conhecido até então. Ao mesmo tempo, o astrônomo inglês Norman Lockyer, percebendo que a nova radiação não era do hidrogênio nem de nenhum outro elemento conhecido, atribuiu-a ao que seria o átomo de um novo elemento, que chamou de hélio. Na Terra, o hidrogênio é o nono elemento em abundância. O hidrogênio é responsável por 0,9% da massa de nosso planeta. No Universo, é o mais abundante: estima-se em 75% da massa de toda matéria. Hoje sabemos que o Sol, por meio de reações complexas, transforma o hidrogênio em hélio, liberando luz e calor. Quando essa energia chega à Terra, ela possibilita um número imenso de reações. É ela que conduz a circulação da atmosfera e dos oceanos e cria alimento para as plantas, que por sua vez são o alimento de pessoas e animais.

Em um trecho do documentário Star Trek: Segredos do Universo, vocês ouviram esta narração: “.... para garantir a nossa sobrevivência a longo prazo devemos tentar povoar um outro planeta. ..... uma característica que faz a Terra especial, isto é habitável, são as temperaturas corretas para que exista água no estado líquido na superfície do planeta”. Em outro trecho, mais para frente, vocês podem perceber que o cientista reforça essa ideia, e diz: ”... quase todas as estrelas têm planetas em sua órbita. Mas de todas as estrelas que têm planetas quantos deles são habitáveis? Quantos deles são como a Terra?... eles precisam ter água em estado líquido em temperaturas brandas para que a química orgânica da vida possa ter início e florescer”. No vídeo Palestras – Origens da vida, o cientista Douglas Galante afirma que a Lua Titã do nosso sistema solar é recoberta de oceanos de metano (CH4) e etano (C2H6), ou seja não tem água (H2O) líquida, mas tem um oceano de metano líquido a 70K.

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Alunos, como protagonistas, vocês são convidados a pensar e desenvolver as seguintes questões: • •

Seria possível o planeta Terra ter se desenvolvido sem a presença do Sol? A presença da água no estado líquido proporciona um ambiente propício para a existência de vida?

Faça uma discussão priorizando as propriedades da água. Jovens, analisem a definição que se segue sobre bioquímica para que vocês façam a discussão que será proposta logo em seguida. “A Bioquímica é uma ciência que estuda as reações químicas de processos biológicos que ocorrem nos organismos vivos e também destaca a importância biológica e as propriedades físico-químicas da água, além dos sistemas-tampão e pH”. E então, com o espírito de protagonistas, discutam estas situações: • Poderia existir vida em um oceano de metano a 70K (aproximadamente -200 oC)? • Seria possível utilizar os conceitos bioquímicos de constituição da vida existentes para o nosso planeta e extrapolar diretamente para um lugar com as características de Titã? Time, tranquilo até aqui? Vale uma parada para avaliação e registro. O que vocês conseguiram até aqui em direção à nossa pergunta:

Existe vida fora da terra? Vamos continuar mais um pouco!

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Parte 3

Ambiente do planeta Terra e ambiente do planeta Marte. A pergunta da vez é: seria possível um terráqueo se desenvolver e se sustentar em Marte? Vamos abordar alguns conhecimentos básicos para que vocês possam responder a essa questão, mas saibam que uma das chaves de sucesso aqui é a curiosidade. Outra é vocês vestirem a camisa de cientista espacial, mesmo que essa não seja a sua intenção futura. O erro fatal é fechar-se a outras ciências. Vocês assistiram a um trecho do documentário Star Trek – Segredos do Universo, que diz: ”É incrível perceber que, há 20 anos, os únicos planetas que nós humanos conhecíamos em todo o Universo eram os oito maiores que orbitam o nosso Sol, e pode acrescentar Plutão como o nono planeta, mas era apenas isso o que sabíamos”. Os oito planetas citados são Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte mantiveram suas órbitas mais próximas ao Sol e são conhecidos como planetas internos. Júpiter, Saturno, Urano e Netuno foram posicionados mais longe do intenso calor do Sol e são conhecidos como os planetas exteriores. Os planetas Terra e Marte estavam em uma situação relativamente favorável para proliferar a vida devido à proximidade com o Sol. Alguns cientistas acreditam que a vida na forma de microrganismos existisse em ambos os planetas, mas, por alguma razão desconhecida, morreu em Marte. Um discurso interessante do documentário também ocorre quando o cientista relata que “... quando entramos no século XX muita gente acreditava que Marte estava de fato enviando sinais de rádio. Marconi acreditava que recebia sinais de marte. E toda esta ideia de que há seres em outros planetas e que eles estão por aí ainda existe”. Sabemos que para o desenvolvimento de pesquisas espaciais que procuram comprovar a existência de extraterrestres (“homenzinhos verdes”) é preciso alta tecnologia, como mostrou o documentário. Em breve, no Brasil, também teremos esse tipo de equipamento para realizar estudos espaciais.

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No Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG)) da Universidade de São Paulo (USP), está sendo construída uma câmara de simulação de ambientes espaciais e planetários e até mesmo simulação de ambientes extraterrestres. Essa câmara será capaz de controlar, com precisão, a pressão do ar (de ultraalto vácuo até a atmosférica), sua composição (qualquer mistura de gases), a temperatura (entre 80 e 500K) e a radiação de diferentes fontes (como UV e raios-X e partículas). E essas medidas poderão ser verificadas por longos períodos de tempo (de dias a semanas), permitindo realizar ciclagens dia-noite e sazonais. Será assim possível simular condições ambientais extraterrestres de planetas como Marte, Europa, Titã, Encelado etc., e em situação de panspermia, ou seja, de direta exposição ao ambiente espacial. Mas esse cenário é de futuro, ainda que próximo. Por enquanto, nossa investigação seguirá sem essa sofisticação tecnológica, mas com certeza vocês chegarão a conclusões muito interessantes. Então, vamos dar a largada e iniciar a parte 3 deste subprojeto. Com pensamento crítico e criativo, pesquisem as seguintes questões: • • • • • •

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Qual é a composição da atmosfera do ambiente planeta Terra? Qual é a composição da atmosfera do ambiente planeta Marte? Compare as duas atmosferas e tente entender as semelhanças e diferenças entre Marte e a Terra. Quais mudanças são consideradas necessárias para manter a vida no planeta vermelho? O homem seria capaz de respirar de forma independente na atmosfera de Marte? O ambiente planeta Marte não possui vapor de água e água é praticamente inexistente. Por outro lado, esse planeta possui regiões polares que têm gelo e há muitas bacias naturais e canais. Pensando no aspecto da água, o que você acredita que deveria ocorrer em Marte para permitir a existência da vida que conhecemos?


De alguma fonte vocês sabem sobre a existência da camada de ozônio no planeta Terra e da sua importância para proteger os seres vivos dos raios ultravioleta do Sol. Existe essa camada de ozônio em Marte? Seria possível manter um terráqueo em um planeta sem camada de ozônio? Há oferta de alimentos no planeta vermelho? Do que depende essa oferta?

Com base na discussão realizada até o momento vocês têm informações suficientes para perceber as características de um ambiente propício ao desenvolvimento e à manutenção da vida. Podem, portanto, para finalizar esse debate, responder a mais esta pergunta: •

Seria possível um terráqueo se desenvolver e se sustentar em Marte ou em outro planeta?

Agora, completem o planejamento de ações com a ficha Plano da Pesquisa que se encontra mais adiante na página 30 deste Guia. Em seguida, é óbvio, partam para a ação. Pesquisem!

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linhas de ação

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Para auxiliar vocês a organizarem a pesquisa do subprojeto A vida em outros mundos: seria igual, semelhante ou diferente daquela que conhecemos?, propomos seu desenvolvimento em quatro momentos diferentes, como descrito a seguir.

Parte 1 Dois minutos de história do mundo O time, acompanhado do professor de Biologia, assistirá ao vídeo A História do mundo em dois minutos (La storia del mondo in 2 minuti), editado por Joe Bush e com música de Zack HeMZEY, disponível no endereço: http://goo.gl/qTW9R2 (acesso em setembro de 2013) Na sequência, comentem: • O que você achou desse vídeo? • Quais temas ele abordou? • Em relação à vida em nosso planeta o que você observou nesse vídeo? Depois, mergulhem, time e professor, no que os cientistas chamam de “tempestade mental”. Significa pensar e conversar livremente sobre um tema, colocando o que vier à cabeça, mesmo que não saibamos muito sobre ele. Mas acontece que vocês já têm algum conhecimento sobre o que é vida e como ela se expressa em nosso planeta (a questão da biodiversidade, lembram?). Portanto, com base no que já estudaram, podem dar respostas mais fundamentadas às perguntas que surgirem nessa conversa. É dessa forma, questionando e respondendo, que a Ciência analisa um problema que está sob investigação. Registrem tudo no Diário de bordo: o que surgir da tempestade mental, suas respostas às questões colocadas pelo professor, o que for destacado na lousa e o que mais acharem necessário. No final dessa “chuva de ideias”, discutam que tipo de vida gostariam de pesquisar fora do planeta Terra. Registrem a conclusão do time no Diário de Bordo.

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Parte 2 Em contato extraterrestre O time assistirá ao filme ET: o extraterrestre, lançado em 1982 e relançado em 2002, dirigido por Steven Spielberg. Assistam seguindo as orientações abaixo, que ajudarão o time a definir o que pesquisar para chegar à resposta maior do projeto:

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Existe vida fora da terra? Cada aluno deve anotar, em seu Diário de bordo, o que o ET fez durante o período que passou junto com os humanos. Cada aluno deve anotar o enredo da história apresentada no filme, ou seja, do que trata o filme. Com as anotações que todos fizeram, vocês vão elaborar uma breve resenha do filme. Para isso, sigam este roteiro: • cada um apresenta ao time suas anotações; • alguém do time registra todas elas, na lousa ou em uma folha de papel, sem deixar nenhuma de fora; • o time, analisando as frases registradas, elimina aquelas cujas ideias se repetem e seleciona aquelas que melhor expressam o entendimento do filme; • o time elabora a resenha do filme com as frases selecionadas. Vocês apresentarão a resenha ao professor. Discutam entre si como será feita essa apresentação. Usem a criatividade, mas sem perder de vista o conteúdo da resenha, isto é, produzam frases que resumam a história do filme, o que for essencial para que qualquer pessoa que não o tenha assistido possa compreender.

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Parte 3 Contando a história do ET É o momento da apresentação da resenha do filme. Essa ação deve ocupar apenas alguns minutos, mas depois o time conversará com o professor a respeito de algumas questões sobre as pesquisas que envolvem o tema vida. As duas coisas devem tomar aproximadamente uma hora, portanto, agendem com o professor essa hora durante a semana.

Parte 4 Momento de definições Sim, mais uma vez, o time conversará com o professor. Agora, para vocês definirem as linhas de pesquisa que os ajudarão a responder à pergunta do sobre a existência de vida extraterrena. Portanto, muita atenção e lápis e caneta na mão, pois anotar o que vai ser discutido é fundamental. Após a conversa com o professor, organizem-se para pesquisar e responder às questões dos itens que se seguem:

Atmosfera • • •

Qual é a composição da atmosfera terrestre atualmente? Qual era a composição da atmosfera terrestre no passado? Quais foram as modificações que ocorreram em relação à porcentagem relativa dos gases que compunham a atmosfera terrestre no passado e nos dias atuais? Qual foi o evento no passado que modificou a porcentagem de gás carbônico e oxigênio livre na atmosfera?

Água Após o resfriamento da crosta terrestre a água pode se manter em estado líquido na atmosfera e na superfície da Terra. A presença de água no estado líquido viabilizou o aparecimento da vida como a conhecemos. A grande maioria dos seres vivos

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sobrevive ou no meio líquido (oceanos e rios) ou no meio terrestre e vive em uma faixa de variação térmica (variação de temperatura) que possibilita que a água se mantenha em estado líquido. • Por que a água se mantém em estado líquido sobre a superfície do nosso planeta? • Quais condições do nosso planeta no sistema solar que viabilizam a presença de água líquida na sua superfície? Dica: conversem com os colegas do time do subprojeto 2, que estão respondendo perguntas semelhantes a essas, mas com outro foco. Trocar conhecimentos pode ajudar a ambos!

Mecanismos de a�orção de �igênio • • • • • •

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Por que a água em estado líquido é fundamental para que os organismos possam respirar? Qual é o gás atmosférico absorvido pela maioria dos seres vivos do nosso planeta para realizar o processo de respiração? Quais são as estruturas do corpo que os organismos unicelulares e pluricelulares têm para absorver o oxigênio do ar e o da água? O que é o processo de respiração celular? Quais são e onde vivem os organismos que não utilizam a respiração celular? No passado, a estrutura da crosta terrestre e as temperaturas da atmosfera eram diferentes das atuais. Hoje alguns locais do nosso planeta são semelhantes aos que existiam no passado, como fontes de águas quentes ou fundo de lagos e pântanos onde não há oxigênio dissolvido na água. No entanto, seres vivos sobrevivem nesses locais. Quem são esses organismos? Qual é a diferença entre o mecanismo de absorção do oxigênio utilizado pelos seres vivos, chamado popularmente de respiração, e o processo de respiração celular?


Para vocês realizarem essas pesquisas, o professor indicará alguns sites e/ou textos de leitura, mas todos do time têm autonomia para procurar textos, esquemas, figuras explicativas relativos a cada um dos temas propostos nas perguntas. Combinem entre vocês e com o professor um prazo para as pesquisas. O time pode se dividir em grupos para agilizar o trabalho, cada grupo cuidando das questões de um dos itens (atmosfera, água, os mecanismos de absorção de oxigênio e o processo de respiração). No entanto, é fundamental que os grupos se reúnam para manter o time informado dos resultados obtidos. E consultem o professor quando não conseguirem resolver uma dúvida no próprio time. Com as pesquisas concluídas, marquem uma hora com o professor para apresentar a ele os resultados. Caprichem nessa apresentação, discutam a melhor forma de fazê-la: em Power Point, um vídeo, uma palestra, cartazes explicativos etc. O importante é a apresentação dar as respostas a cada uma das questões sugeridas e a outras que possam surgir durante suas investigações. Agora que vocês já conhecem as linhas gerais do planejamento proposto para o seu time, é preciso aperfeiçoá-lo para que vocês não se percam nem deixem nada escapar. Para isso, completem a ficha Plano da Pesquisa apresentada na próxima página, e podem partir para a ação.

O que ainda falta planejar? A ficha Plano de Pesquisa vai ajudá-los nesse momento de detalhar mais o planejamento. Vocês podem montá-la no computador, incluindo outros itens que considerem necessários para apoiar a sua pesquisa.

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Plano de pesquis a Ações da pesquisa

Pergunta 1

Pergunta 2

Divulgação de conclusões aos demais times do projeto

Entrevistas com cientistas

Análise dos dados obtidos

Elaboração do relatório final da pesquisa

Apresentação da pesquisa para a comunidade da escola

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O QUE FAREMOS?

RESPONSÁVEIS PELA PESQUISA

RESPONSÁVEIS PELO REGISTRO NO DIÁRIO DE BORDO


QUANDO?

COM QUEM CONTAMOS?

ESTRUTURA NECESSÁRIA

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a pesquisa

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Chegou a hora de colocar a mão na massa! Fazer com que tudo o que foi pensado e planejado por vocês aconteça de verdade. É o momento de mostrar a força do time e descobrir o tanto que cada um vai aprender com essa vivência. Lembrem-se de que o projeto é grande, ninguém vai conseguir sozinho. Confiram o que vem a seguir e aproveitem muito!

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11 dicas de ouro para uma experiência positiva Combinados para atuar como time Assumir responsabilidade pelo próprio aprendizado e pelo dos companheiros. Se alguém do time está desmotivado ou desconectado das atividades, todos devem ajudálo a superar as dificuldades. Afinal, não se pode deixar ninguém para trás. Participação nas atividades, compartilhando conhecimentos e pontos de vista, ouvindo os colegas, dialogando sobre as conquistas e os próximos desafios. Não dá para deixar alguém fazer tudo sozinho, todos precisam se envolver com o projeto. Por isso, conversem bastante toda vez que surgir um obstáculo. As dificuldades não podem paralisá-los; ao contrário, devem ser vistas como possibilidades de aprenderem mais. E uma coisa é essencial: a união do time! Resolver os problemas ao longo do percurso é tarefa do time e não dos professores. Mas, se necessário, contem com eles para colaborarem no enfrentamento dos desafios que virão por aí. Fazer rodízio na liderança das atividades. Cdas atividades. Cada hora um assume essa função, porque se aprende muito como líder. Sendo liderado também. O líder da vez deve possibilitar que todos falem, garantir que todos sejam ouvidos, cuidar do tempo, mediar os momentos de decisão etc. momentos de decisão.

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Somar esforços para superar os problemas Os conhecimentos, habilidades e experiências de cada um de vocês representam a força do time. Confiem nela! Ter foco nos objetivos Vocês sabem bem aonde querem chegar, planejaram e se organizaram para realizar cada ação. Mantenham o foco para alcançarem os resultados pretendidos. Se, durante a execução, perceberem que estão saindo do rumo, reúnam-se para conversar e, juntos, colocarem o trem no trilho novamente!


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Administrar bem o tempo Vocês não terão todo o tempo do mundo para executar as atividades planejadas. Então é preciso fazer uma boa gestão dele, cuidar que seja suficiente para que tudo aconteça. E, sempre que sentirem necessidade, repensem a divisão do tempo disponível entre as diversas ações. Junto a isso, lembrem-se de providenciar com antecedência os materiais e a estrutura previstos no planejamento, para que, no momento da ação, tudo esteja disponível e vocês não percam tempo. Replanejar durante a execução das ações Vocês finalizaram o planejamento, mas não se iludam... Provavelmente, precisarão planejar de novo algumas das atividades, seus responsáveis, estrutura etc. É que a vida e a escola são dinâmicas: pode ser que vocês percebam a necessidade de inserir ou excluir alguma ação, talvez surjam novidades que facilitem a execução de uma atividade ou vocês tenham novas ideias para solucionar um problema. O importante é ter atenção ao que foi planejado e se perguntarem, o tempo todo, se há necessidade de mudar algo. E bola pra frente! Dividir responsabilidades nas tarefas Pode ser necessário para que vocês consigam executar mais de uma atividade ao mesmo tempo. Mas lembrem-se de que é importante trocarem informações entre si sobre o que está rolando em cada uma das atividades, para que o time não se perca de seu objetivo maior. Contar com os professores que estão orientando o time Vocês já perceberam que eles trazem contribuições importantes em termos de conhecimentos, na mediação de problemas que o time não consegue solucionar, no esclarecimento de dúvidas sobre o projeto, dentre tantas outras coisas. Usufruam das experiências dos professores e compartilhem com eles os aprendizados de vocês. Cuidar da comunicação no time e com os demais membros da escola Quanto mais e melhor vocês se comunicarem entre si, mais preparados estarão para enfrentar os desafios. Além disso, é essencial que o time se comunique bem com os demais times que estão respondendo à mesma pergunta; afinal, o projeto de vocês não está sendo realizado na Lua! Para que as pessoas conheçam e participem das ações propostas, é preciso pensar em estratégias de diálogo com elas. Executar e avaliar ao mesmo tempo A avaliação não acontece apenas depois da execução, para saber se deu certo ou não. As duas etapas devem ocorrer ao mesmo tempo. Assim, por exemplo, ao perceber que algo parece não ir muito bem, o time consegue criar soluções antes de o problema crescer ou de o projeto ser finalizado. Registrar tudo durante a execução das ações Muita coisa vai acontecer. Não dá para confiar à memória todos os detalhes combinados e tudo o que aconteceu em cada atividade. Portanto, é essencial que vocês façam anotações dos combinados e dos principais acontecimentos em suas reuniões. O Diário de bordo é seu parceiro nessa jornada. A cada atividade, escolham um membro do time para cuidar dos registros. Utilizem um único caderno para isso, para não perderem as anotações. Manter atenção às demais atividades da escola Alguns jovens se envolvem tanto, mas tanto, na execução do projeto que se esquecem das outras coisas que acontecem na escola e que são fundamentais para seu crescimento, tais como as aulas das várias disciplinas e os Projetos de Vida. Fiquem espertos, afinal há tempo pra tudo! 53


Pronto! Somando essas dicas à motivação, dedicação, compromisso e força de vocês, esse projeto só pode dar certo! Porém, antes de iniciar o trabalho, há uma providência a tomar, tão importante quanto divertida: criar um grito de força do time! Vocês têm de pensar em uma palavra ou frase para repetirem todas as vezes que quiserem chamar a atenção para a força que têm, seja diante de uma dificuldade ou no momento de comemorar um resultado positivo! É legal ser algo que tenha relação com a proposta de vocês. E mais um lembrete que não quer calar: todas as dicas enunciadas precisam ser praticadas a cada dia, em cada ação do time. Agora é partir para a ação!

Anális e dos dados

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Com todas as informações organizadas em seu Diário de bordo e a pergunta na cabeça, vocês vão analisar os dados coletados e verificar de que modo eles se relacionam, se somam, para responder à pergunta pesquisada pelo time. Nessa análise, vocês estarão passando um “pente fino” nas informações coletadas, isto é, dando a elas uma hierarquia, vendo o que é de maior interesse ou importância para construir a resposta à questão da pesquisa. Agora, com as informações mais “visíveis”, escrevam uma resposta à pergunta que conduziu a investigação realizada por vocês e depois mostrem o texto a outras pessoas para ver se está claro. Com base nesse texto vocês darão uma forma final ao trabalho na próxima etapa.


Conclusão

Como cientista é hora de redigir as conclusões da pesquisa, mas isso tem um jeito muito especial de ser feito quando se trata de uma investigação científica. Você e seu time produzirão um relatório científico. Esse documento tem a função de apresentar a pesquisa por inteiro, de modo organizado, para que todos saibam o que vocês fizeram, como fizeram, quais resultados conseguiram obter e o que concluíram a partir deles. A forma desse relatório é uma convenção entre aqueles que fazem pesquisa. Vocês conhecerão mais a respeito fazendo a leitura de um artigo de uma professora da USP, Suzana Ursi, em 2008, escrito especialmente para orientar alunos de ensino médio na produção de relatórios desse tipo. Acessem o texto no seguinte endereço: http://felix.ib.usp.br/ursi2008rc.pdf Façam uma leitura cuidadosa do texto, marcando as ideias importantes. Depois comparem com os colegas de time se vocês marcaram as mesmas partes. Separem o que é importante não esquecer e sigam o exemplo que está no final do arquivo para guiar a escrita do relatório. Usem as informações que vocês coletaram na pesquisa. Lembrem-se, principalmente, de que o relatório deve responder à pergunta da investigação. Mesmo que essa resposta seja negativa ou parcial, ela é o foco do trabalho realizado por vocês. Não se esqueçam de mencionar, no final do relatório, qual seria a continuidade da pesquisa. Usem a imaginação, mas sempre fundamentada nos resultados obtidos.

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Dica: pensem em novas perguntas a serem feitas e respondidas por vocês ou por outros pesquisadores que se apoiariam no trabalho de vocês para desenvolver outras pesquisas. Essa é sua contribuição para a continuidade das Ciências! Pesquise sempre – já existem bolsas de iniciação científica para alunos de ensino médio. Você pode buscar mais informações sobre isso!

Apropriação e socialização de resultados

Você sabia que todo pesquisador é extremamente crítico? Crítico de seu próprio trabalho para poder depois ser crítico do trabalho de outros. Só assim ele aprende como selecionar e escolher pesquisas bem feitas e confiáveis que podem ser usadas por ele ou não. Por isso agora é o momento da autocrítica. Use a sequência de perguntas abaixo e responda a cada uma delas apenas para você e seu orientador.

Coloque os “óculos” com as “lentes da crítica apurada” e observe:

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Quais foram os principais resultados alcançados? O que foi importante para que o time chegasse lá?

Quais as principais dificuldades enfrentadas? Por causa delas, o time deixou de conquistar algum resultado, ou vocês conseguiram criar soluções?

A partir dessa experiência, que outras ações o time acha que poderia ter realizado para alcançar os objetivos?

Alguma ação realizada poderia ter sido descartada, pois não foi importante para a pesquisa? Qual e por quê?


É importante, também, pensar na participação do time: •

O que de melhor aconteceu na relação entre os membros do time?

O que vocês manteriam e o que fariam diferente na maneira de organizar o time?

Que aprendizados vocês conseguem tirar do trabalho em time?

Analise como foi a vivência ao longo do projeto até aqui: •

De qual etapa você sentiu mais vontade de participar? Por quê?

Qual foi a etapa mais desafiadora? O que você aprendeu de mais importante nessa etapa?

Em que etapa você precisa de um apoio maior dos professores, nos próximos projetos que realizar no núcleo? Por quê?

Em que essa experiência mudou você?

Agora, em uma roda de conversa com seus colegas de time, escolha algumas de suas respostas para compartilhar. Observe opiniões semelhantes às suas e aquelas que são bem diferentes do que você aprendeu com esse projeto. Aprenda com eles que há diferentes formas de se ver e sentir uma experiência mesmo quando todos a realizam juntos.

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Todo mundo tem de saber!

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Chegou o momento de apresentar o projeto para a comunidade da escola e para fora dela. Para isso, vai rolar uma semana de comemoração nos tempos do Núcleo. Vocês e os demais times precisarão se comunicar muito bem para pensarem em como compartilhar o trabalho feito em cada projeto. Criatividade, pessoal! Organizem-se muito bem para que todos consigam transmitir o que aprenderam e os resultados que alcançaram com esse trabalho intenso, mas, com certeza, prazeroso! Chegou ao final essa ativa e importante trajetória! Como deve ser bom olhar para trás e ver o quanto vocês aprenderam. Comemorem bastante, descansem e retomem o fôlego. Afinal, vocês e seus colegas da escola viverão novas aventuras como essa em um futuro próximo!


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