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Guia de projetos
jovens intervindo na realidade
ficha
técnica INSTITUTO AYRTON SENNA Presidente Viviane Senna Equipe responsável pelo projeto Fabiano Gonçalves Mônica Pellegrini Paula Faria Simone André Concepção e texto Cynthia Sanches Paulo Emílio de Castro Andrade Simone André Edição Lélia Maria Chacon do Amaral Lyra Projeto gráfico e diagramação Ronei Sampaio
sumário causando... para o futuro causando acontecer!
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mobilização já!
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ideia na cabeça, iniciativa nas mãos
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antes de agir, planejar
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arregaçar as mangas e executar
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com prazer, avaliar e crescer
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donos de si: apropriação dos resultados
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Embarque na onda jovem que faz a diferença na escola e no Brasil!
Motivações e interesses para transformar
Qual é o alvo? Definindo as ações do projeto
Detalhar as ações e bolar um jeito de realizar
Seguir a trilha e fazer o projeto acontecer
Arrisca aqui, acerta ali, erra, muda e vai em frente
Conquistas, contribuições, aprendizados e novas inspirações 5
Bem-vindos, jovens! Vocês estão convidados a viver a importante trajetória de protagonistas! Queremos ver todo mundo acelerando, porque não dá para ficar parado esperando o futuro acontecer! A oportunidade está diante de vocês: participar do projeto Nós e a Escola, sendo parte da onda jovem que está fazendo a diferença nas escolas e nas comunidades de todo o Brasil! Junte a sua galera, e mostre mais uma vez que a juventude tem vez, voz e faz acontecer. O guia que vocês têm em mãos os ajudará a vencer os desafios que estão por vir: com ele, vocês estarão mais preparados para se mobilizar diante das causas que impactam diretamente a vida de cada um e da escola, construir iniciativas transformadoras e desenvolver projetos importantes para o aprendizado de cada um, pensando no bem comum de toda a comunidade escolar. Aderir a esse chamado é reconhecer-se como um dos responsáveis pela escola. Conectados a estas páginas, você e seus colegas terão acesso constante a dicas e orientações para a realização dos projetos de intervenção. Mas para que realizar projetos? Porque se aprende muito com isso. Em um projeto como o Nós e a Escola, vocês poderão desenvolver inúmeras capacidades. Vejam alguns exemplos:
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• • • • • • • • • • • • • •
comprometer-se com o bem comum e se sentir corresponsável pelo que acontece na escola; identificar problemas ao seu redor e tomá-los como seus; exercitar a iniciativa para propor soluções transformadoras; planejar o que precisa ser feito para alcançar resultados; perceber o propósito maior do que se deseja alcançar; estabelecer prioridades; administrar a si mesmo e aos colegas nas tarefas e no tempo; resolver conflitos, buscando o melhor para o projeto e para a escola; assumir riscos; tomar decisões; negociar interesses e pontos de vista; avaliar suas escolhas; manter-se aberto a mudanças de rota; aprender com os acertos e os erros.
Ufa! Um projeto ensina muito mesmo! E, vocês já devem ter percebido, ensina coisas que nos transformam e, ao mesmo tempo, podem transformar a realidade que nos cerca. Um ganho e tanto, não é? Então vamos saber mais, conhecendo agora as etapas que a gente percorre para desenvolver um projeto e o que elas significam.
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Etapas de
um bom projeto
Mobilização
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Descobrir suas motivações, pensar sobre seus interesses, reconhecer as forças que tem e identificar necessidades e interesses da escola.
Iniciativa
Identificar situações que vocês gostariam de transformar, propor ideias, expressar pontos de vista, argumentar e negociar interesses, decidir coletivamente em time e escolher um problema a ser enfrentado.
Planejamento
Pensar antes de agir, organizar as tarefas, buscar informações sobre a situaçãoproblema que será enfrentada, levantar conhecimentos que os ajudarão a agir, dividir esforços, olhar o futuro, definir estratégias para resolver o problema escolhido e escrever um projeto.
Execução
Avaliação
Apropriação de resultados
Colocar em prática as ações planejadas no projeto, ter determinação diante dos objetivos a serem realizados, enfrentar obstáculos, resistir à frustração, crescer com as adversidades e arriscar, acertar, errar, experimentar, mostrando a força que têm e a do time.
Refletir sobre os erros e acertos para aprender com a experiência, ter crítica sobre o trabalho que estão realizando e identificar o que todos do time estão aprendendo com o desenvolvimento do projeto.
Reconhecer e comemorar cada conquista, valorizar as contribuições de cada um para os resultados alcançados, identificar o que aprenderam com a realização do projeto e pensar de que maneiras a experiência pode inspirar outras dimensões da própria vida.
Nunca é demais lembrá-los de que tudo isso só será possível se rolar dedicação, compromisso, participação ativa, vontade de vencer – de cada um e do time! Então, sigam em frente!
Mobilização já!
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O que é ser protagonista mes mo?
Por acaso alguém já disse a vocês algo como “pega leve, você não vai mudar o mundo”? Às vezes, coisas assim caem como um balde de água fria... porque a gente sabe que todo jovem quer e pode dar uma cara nova para o mundo. Vocês sabem que podem, sim, transformar a realidade em que vivem. Como? Mudar o mundo começa com o que está ao nosso alcance, no nosso cotidiano, e que faz a diferença na hora de se relacionar com os outros, estudar, cuidar do bem comum e trabalhar. Tomar a frente das questões para mudá-las é ser protagonista, o que vai muito além de simplesmente dar sua opinião, criticar algo ou ser voluntário em alguma ação. Significa decidir e planejar como enfrentar as questões e agir concretamente para melhorar sua aprendizagem, a escola e a sociedade em que vivemos. E fazer isso em time é somar forças para conquistar seu objetivo. O protagonista transforma o mundo e a si mesmo, ao mesmo tempo!
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Ser protagonista inspira a cres cer!
São jovens protagonistas aqueles que, com sua motivação, consciência, compromisso, força, dedicação e determinação, inspiram uma escola inteira a: • superar as dificuldades no dia a dia! • mudar ideias estabelecidas e encontrar soluções novas! • colaborar para ninguém ficar para trás! • querer ser, a cada dia, melhor! • cuidar do meio ambiente! • fazer parcerias em favor da educação de qualidade! • ler cada vez mais para saber do mundo! • lutar pelos sonhos e pelo bem comum! • traçar planos para o futuro! • batalhar por aprendizados em benefício de uma boa formação! • unir-se aos que buscam um mundo melhor e mais justo! O século 21, esse tempo de transformações tão velozes, está aí para provar que o jovem tem de desenvolver o seu potencial... É preciso movimentar as ideias! Discutir as suas e colocá-las em prática desenvolvendo projetos é um jeito certeiro de atingir esse alvo. Mais do que isso, uma estratégia de mão dupla: você aprende fazendo! Ter iniciativa, saber planejar, executar e avaliar um projeto, ter autoconfiança e comunicar-se bem são habilidades superimportantes para viver, conviver, estudar e trabalhar no século 21. Aqui, você vai desenvolver esse conjunto de competências praticando uma outra, igualmente essencial nos dias de hoje: trabalhar em time!
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Trabalho em time: o que é isso? Trabalhar em time significa realizar algo colaborando com os colegas. Para fazer um projeto dar certo, é preciso unir forças a favor do mesmo objetivo, cuidando sempre para que todos os integrantes do time tenham a oportunidade de expressar suas ideias, pontos de vista e propostas. É preciso aprender a respeitar as opiniões diferentes, afinal, a diversidade de pontos de vista e de características dos membros do time pode ser uma grande riqueza para o projeto, abrindo espaço para variadas formas de enxergar e enfrentar os problemas. Vejam o que rola e o que não rola quando se desenvolve um projeto em times:
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Cada estudante preocupa-se com o próprio rendimento, com o do colega e com o do time
Cada estudante preocupase apenas com o próprio rendimento
A responsabilidade do trabalho é compartilhada e todos os estudantes realizam as atividades juntos
Um estudante faz as atividades pelos colegas, enquanto eles se dispersam com outras coisas
Os estudantes se viram para solucionar problemas de convivência e aprendem habilidades importantes, como a liderança, a comunicação e a colaboração
Diante de um problema de convivência, quem resolve é o professor. Com isso, os estudantes não desenvolvem essas habilidades
Cada estudante se avalia e é avaliado pelo que aprendeu e pelo que ajudou os colegas a aprender
A avaliação é a mesma para todos os estudantes, deixando de identificar as especificidades e as contribuições para o time
O professor é um parceiro essencial, que acompanha o trabalho do time, orienta o projeto, compartilha conhecimentos, estimula a busca por soluções, apoia a participação e problematiza as decisões e ações dos estudantes
O professor não se envolve com o trabalho dos estudantes, preocupando-se apenas se o resultado foi alcançado
E aí, o que acharam disso tudo? Estão prontos para experimentar o trabalho em time, aprendendo com os colegas e contribuindo para que eles aprendam? Fiquem ligados numa coisa importante: a liderança do time. Vejam: • No trabalho em time, a liderança é rotativa, ou seja, cada um tem a chance de assumir essa responsabilidade e aprender com ela; • A cada rodada ou atividade, escolhe-se um membro do time para ser o líder; • Liderar é uma habilidade importante para quem trabalha no mundo atual. Por isso, levem essa experiência a sério, aprendendo com ela!
Ser líder: a missão do líder é organizar o trabalho do time, distribuir tarefas, cuidar do tempo... Sem essa de mandar, o negócio é ajudar!
Ser liderado: a missão dos liderados é participar, aprender a negociar interesses e a colaborar com os colegas, respeitando e trabalhando a favor das decisões que o time tomar... Sem essa de apenas obedecer ao líder, o negócio é colaborar!
Trabalhar em time possibilita criar e implementar soluções para problemas de maior complexidade
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Projeto em seis lances
Os projetos têm algo em comum: as seis etapas da ação protagonista. É essencial que vocês relembrem sempre esse percurso, que fará parte do cotidiano de todos os projetos. Quem se lembra das etapas? Vamos lá:
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Mobilização: estamos nela!
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Iniciativa: é a próxima etapa, quando vocês definirão as ações que pretendem realizar
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Planejamento: antes de partir para a ação, é preciso pensar e estruturar, com calma, todos os detalhes
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Execução: hora de fazer as ideias acontecerem
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Avaliação: rola no mesmo tempo da execução e ajuda a ver acertos e erros e a realizar mudanças durante o projeto
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Apropriação de resultados: a última etapa, tempo de comemorar e reconhecer cada conquista Quando vocês participam dessas seis etapas ao longo de um projeto, estão aprendendo a ser protagonistas e a resolver problemas reais que afetam suas trajetórias de estudantes e a escola. Além disso, aprendem mais sobre si mesmos, suas habilidades e limites, planejam seus projetos de vida, vivenciando um ciclo de autoconhecimento importante para quem quer ter sucesso na escola e na vida. E não para por aí! A resolução de problemas é uma competência importante em todas as áreas de conhecimento e no desenvolvimento de projetos. Quanto mais problemas surgirem, melhor! Vocês têm de se virar e resolver e,
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com isso, não param de aprender. Por quê? Diante de um problema, vocês precisam, primeiro, lançar mão dos conhecimentos que já têm para compreendê-los, depois levantar hipóteses, pensar em possibilidades de soluções, em como agir etc. E fazendo isso em time, dá para enfrentar problemas que envolvem questões maiores, mais complexas. Logo, a bagagem de conhecimentos cresce e vocês ficam cada vez mais preparados para resolver pequenos e grandes problemas!
Ligados na comunidade
O foco dos projetos com os quais se envolverão, vocês já sabem, é o bem comum. Eles precisam responder a uma necessidade ou interesse da escola como um todo, não apenas de um aluno ou grupo pequeno de pessoas que fazem parte da comunidade escolar. É o caso de projetos que, após serem detectadas necessidades ou interesses, partiriam, por exemplo, de perguntas como estas: • •
O que pode ser feito para que os estudantes aprendam mais e melhor? Como a escola pode realizar atividades mais instigantes para obter uma relação mais próxima com toda a comunidade escolar e, também, para melhorar o ambiente, a convivência e a comunicação entre os membros da escola?
Como chegar a questões como essas? Descubram com estes passos: PRIMEIRA FAXINA • Façam um grande círculo, com todos os jovens da turma (um ou mais professores estarão com vocês, apoiando-os na realização da atividade)
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!
JÁ SEI • Primeiro, conversem sobre as expectativas que já têm em relação aos projetos. Vocês têm ideias de intervenções que gostariam de realizar? RETROVISOR • Será que algum dos projetos de iniciativa dos alunos da escola, no ano anterior, deveria continuar, com uma nova cara e outras ações? Busquem informações sobre o que rolou para que possam entender se algum deles poderia ter continuidade. ISSO PEGA • Agora, pensem e conversem sobre as principais questões que têm afetado a vida de vocês na escola. Cada um deve identificar, no quadro a seguir, áreas temáticas e possibilidades de projetos que, em sua opinião, os alunos da escola poderiam se engajar. Marque com um “x” as que compreende como mais importantes às necessidades da escola MELHORIA DA APRENDIZAGEM Exemplos de projetos: combate à evasão escolar e reprovação; melhoria do rendimento dos alunos nas disciplinas; melhoria e conservação da infraestrutura da escola; envolvimento dos familiares com a escola; grupos de estudo para troca de conhecimentos entre alunos (um ensina para outros aquilo que sabe e que os colegas gostariam de aprender) LEITURA NA ESCOLA Exemplos de projetos: criação de comunidades de leitura; divulgação de títulos e resenhas do acervo da escola; estímulo à troca de livros entre os membros da escola; saraus literários, com trocas de textos
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COMUNICAÇÃO NA ESCOLA Exemplos de projetos: elaboração e desenvolvimento de jornal, blog, rádio e outras mídias que tratem dos acontecimentos da escola (comunicação hiperlocal) ESPORTE NA ESCOLA Exemplos de projetos: realização de torneios esportivos e estímulo à prática de esportes VIDA E SAÚDE Exemplos de projetos: estímulo ao cuidado com o corpo e à alimentação ARTE E CULTURA NA ESCOLA Exemplos de projetos: criação de grupos de dança, teatro, poesia, música e outros; programação cultural permanente, com festivais; visitas a eventos culturais da comunidade
MEIO AMBIENTE Exemplos de projetos: estímulo à adoção de hábitos sustentáveis (reduzir o consumo, reutilizar objetos e reciclar materiais, além de utilizar corretamente a água e a energia, por exemplo); desenvolvimento de campanhas ambientais.
CONVIVÊNCIA NA ESCOLA Exemplos de projetos: criação ou ampliação dos espaços de convivência na escola; realização de ações para compartilhar experiências e conhecimentos entre os membros da comunidade escolar; ações de estímulo ao respeito às diferenças, como campanhas de comunicação
TÔ NO PAPO • Façam aquela “conversa apimentada” sobre os itens que tiveram mais adesão. Pensem nas várias dimensões desses itens, trazendo o que pensam sobre eles e indo além do que eles sugerem, imaginando outras áreas temáticas ou possíveis projetos. Não se acanhem! Nesse momento, toda ideia soma, o importante é que todos se sintam livres para contar o que estão pensando e cada um esteja atento ao que os colegas compartilharem. Dica: escolham um aluno da turma para, com o apoio do professor, registrar no quadro as ideias e pontos de vista tratados nesse bate-bola. TEM FUTURO • Depois, identifiquem as ideias que, na visão de vocês, poderiam se transformar em projetos impactantes para a escola. Conversem sobre elas e listem cerca de três ou quatro que, na visão da turma, podem virar projetos interessantes e importantes. Registrem essas ideias em seus cadernos e deixem que “descansem”. Mais à frente elas serão úteis para vocês. ZOIANDO • É hora de explorar um pouco a escola. Para começar, que tal dar uma volta por aí? Ou passear também pela Internet em busca de temas com potencial para mobilizar por um mundo melhor? Cada um já deve ter tido muitas ideias do que gostaria de fazer para melhorar a aprendizagem dos alunos, a convivência, a comunicação, o ambiente da escola, o mundo ao seu redor... Por isso, o desafio dessa atividade é fortalecer o time e sair a campo, observando tudo. É hora de investigar as necessidades e interesses da escola. Como? Vejam adiante. 21
Rolê pela escola EM FORMA • Separem-se em times de 8 alunos, para que possam realizar a atividade. Não se trata do time que vai desenvolver o projeto depois, apenas de uma organização inicial para o levantamento de possibilidades, certo? Por isso, nesse momento, organizem-se por afinidade ou curiosidade de trabalhar junto. FIQUE POR DENTRO • Vocês sabem que, para o tipo de projeto que realizarão, é necessário querer mudar para melhor a escola ou a educação. Mas será que conhecem bem os temas que podem interessá-los ou os espaços da escola? Já têm ideias concretas para aperfeiçoar a aprendizagem, convivência de todos ou a estrutura da escola? As áreas temáticas, que vocês já conheceram, trazem boas pistas. Mas o desafio da vez consiste em dar um rolé pela escola, tentando identificar necessidades que merecem a intervenção do time! TIPO O QUÊ? • Navegando na Internet ou em caminhada atenta pelos espaços da escola ou do entorno, vocês podem identificar várias necessidades, como a de desenvolver ações de incentivo à leitura, ou de integração com as famílias ou mesmo a criação de grupos de estudo das disciplinas. Então seria muito legal convocar uns parceiros para essa verificação. Que tal convidarem professores, gestores e outros funcionários da escola, além dos colegas, para se juntarem a vocês? As observações e pontos de vista deles podem ajudá-los a encontrar o que estão buscando: ideias de intervenções
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a serem realizadas. Para isso, chequem a lista a seguir e escolham os locais que gostariam de prospectar e os membros da comunidade escolar com quem gostariam de conversar:
espaços da escola
Biblioteca escolar
Laboratório de Ciências
Sala de informática
Salas de aula
Quadra de esportes
Espaços de convívio e lazer
Refeitório
Sites e blogs que mostram projetos realizados por alunos para transformar a escola
Laboratório de informática
Outros espaços:
membros da comunidade escolar
Diretor
Familiares
Diretor adjunto
Professor (Quantos? Quais?)
Coordenador pedagógico
Colega (Quantos? Quais?)
Orientador educacional
Outros funcionários (Quantos? Quais?)
UM PRA LÁ, DOIS PRA CÁ • Agora, formem uma roda com os demais times da turma. Troquem impressões e chequem se, por acaso, fizeram as mesmas opções. Não tem problema se isso acontecer, mas fiquem atentos: é mais interessante quando vocês partem em busca de informações relacionadas a temas e locais diferentes e conversam com pessoas diferentes, pois isso garante diversidade aos futuros projetos!
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NA MORAL • Vocês precisam se preparar para a visita aos locais escolhidos. Não dá pra chegar de “mãos abanando”, como quem não quer nada. Vocês têm objetivos! Então se reúnam nos mesmos times para avaliar a questão. Tomem como exemplo o seguinte: para um grupo que escolheu visitar a biblioteca da escola, será importante marcar uma conversa com a Agente de Leitura ou o professor responsável e perguntar quais são os principais desafios dele para que a biblioteca seja um espaço de incentivo à leitura e mais frequentada pelos alunos, professores, funcionários e familiares etc. Quem sabe surjam dessa conversa comentários interessantes para transformar em projeto? Será preciso, também, observar o ambiente, a disposição dos livros, a quantidade de títulos retirados por mês, a turma da escola que mais retira obras, se acontecem atividades de estímulo à prática da leitura... Enfim, o objetivo é identificar quais são os desafios observados no local visitado e pensar em como superá-los. Anotem cada ideia, pois elas podem revelar futuros projetos bem instigantes. PASSE LIVRE • Se o grupo decidiu visitar um espaço localizado no entorno da escola, precisa saber antes das providências necessárias para a saída, como autorização dos pais para o deslocamento ou combinados prévios entre a direção da escola e os responsáveis pelo local. O professor que acompanha o grupo pode dar dicas e orientações a respeito. QUANDO • Combinem entre si e com o professor um horário para fazer as prospecções. De preferência, escolham um horário em que vocês já estejam dedicados aos projetos, e não percam tempo! PAPO FIRME • Marquem uma conversa com os membros da comunidade escolar para que possam aprofundar o trabalho de prospecção do grupo. Perguntem o que eles pensam sobre as
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questões que vocês identificaram. As percepções deles, somadas às de vocês, farão as ideias amadurecerem. Nessa conversa, eles podem ter contribuições a dar quanto a necessidades dos estudantes e da escola no cotidiano. Que tal elaborarem algumas perguntas, preparando-se para esse bate-papo? No encontro, é importante que vocês se apresentem, expliquem que estão investigando possibilidades de realizar intervenções que tragam melhorias para a escola e a comunidade em futuro próximo. Mostrem a FORÇA que têm e relatem o que já fizeram até o momento, deixando claro que vocês são parceiros da escola na busca de uma educação protagonista de qualidade, e já estão fazendo a diferença! A PROPOSTA É • Chegou o momento de organizar todas as informações, ideias, pensamentos. O time deve avaliar tanto suas sugestões iniciais quanto aquelas recolhidas no rolé pela escola e nas conversas com membros da comunidade, identificando o que gostariam de propor como possibilidade de intervenção. Pode ser, por exemplo, que vocês tenham notado a necessidade de realizar uma agenda permanente de eventos culturais com a intenção de promover o diálogo, a convivência e o acesso a novos conhecimentos pelos membros da escola. Ou a de realizar atividades periódicas com as famílias, para que elas conheçam melhor a proposta curricular e estimulem os filhos a permanecer na escola, frequentando as aulas diariamente. Fiquem ligados: um projeto só se justifica se tiver uma proposta “encorpada”. Nada de ações pontuais, pequenas, pois elas não demandariam um time para realizá-las. A proposta é que sejam ações importantes, desafiadoras, capazes de transformar para melhor os problemas que vocês identificaram. Pensem alto, mas com os pés no chão! Enfim, é hora de definir qual a sugestão de intervenção que pretendem propor à escola. Para isso, preencham o quadro a seguir.
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Propostas a serem realizadas na escola Tema ou espaço que pode receber intervenção dos alunos da escola:
Projetos de intervenção
Como vemos a situação-problema a ser enfrentada?
Escopo do projeto a ser realizado (o escopo contém as linhas gerais do projeto):
BOCA NO TROMBONE • Agora é hora de todos os times das turmas da escola afixarem seus quadros preenchidos em um espaço comum, de grande visibilidade para os membros da escola.
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Uma causa, um projeto, um time Até aqui, nesta etapa de Mobilização, vocês e os demais alunos de todas as turmas de 1º ano do Ensino Médio formaram grupos que investigaram possíveis intervenções a serem realizadas na escola. O trabalho de levantamento de ideias resultou em escopos de projetos, que podem vir a ser colocados em prática a partir de agora. Então, com os colegas de turma, leiam cada um dos escopos propostos pelos alunos da escola. Nessa leitura, selecionem as propostas com as quais cada um mais se identifica. Não fiquem presos à proposta que fizeram -- podem abraçar a causa que mais tem a ver com vocês e engajarem-se em qualquer um dos projetos --, nem às panelinhas ou colegas preferidos. O importante é se envolver no projeto que mais responda a seus anseios e interesses! Afinal, você está escolhendo uma causa pela qual lutará nos próximos meses. Vai ser muito trabalho, logo é essencial você se sentir desafiado! Depois da leitura atenta dos escopos dos projetos, cada aluno deve indicar os três com os quais mais se identifica, preencher o quadro adiante e entregar ao Orientador Educacional, para a organização dos times. lista de preferência de projetos PELA ORDEM
PROJETOS
O QUE MAIS ME ATRAIU NELE?
Minha primeira escolha Minha segunda escolha Minha terceira escolha
Em breve, a escola vai compartilhar a lista dos membros de cada projeto. Estarão formados os times que vão fazer a diferença!
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Olá, jovens! Já estamos na segunda fase de desenvolvimento do projeto, a etapa de Iniciativa. Se há uma coisa que não pode faltar num protagonista é a capacidade de ter iniciativa para fazer a diferença. Agora, vocês decidirão qual é a causa que querem abraçar, o projeto que desejam realizar e as ações gerais que pretendem desenvolver. Só coisa importante, hein? Estão preparados?
A força do time
O trabalho cooperativo é a chave do sucesso. Trabalhando em times, vocês sabem, somos mais fortes. Mas a cada dia o time precisa exercitar essa união de forças, ou seja, praticar o respeito às diferenças, compreendendo e valorizando pontos de vistas diversos e cuidando para que ninguém fique para trás. Ao trabalhar em times, vocês aprendem habilidades de gestão importantes, tais como: gerir processos e informações, gerir o próprio trabalho (autogestão), gerir o trabalho dos colegas (heterogestão) e trabalhar juntos (cogestão). Além disso, desenvolvem competências fundamentais ao convívio no mundo atual. A colaboração estará em jogo toda vez que vocês tiverem de lidar com as diferenças entre as formas de pensar, sentir, aprender, agir e decidir dos membros do time. Não é fácil, mas sempre que reconhecemos que as diferenças nos fazem mais fortes, aprendemos a crescer com elas. Para esse aprendizado, há uma estratégia básica: coloquem-se no lugar do outro, cooperem com ele e deixem que ele colabore com vocês.
Colaboração e liderança para crescer e aparecer no século 21!
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Já para aprender a ser um líder de verdade, cada membro do time vai ser desafiado a assumir a liderança e a ser liderado durante as atividades. Ser líder, como já foi possível vocês perceberem, não significa ser chefe do time ou querer ter a obediência dos colegas. Um bom líder é aquele que motiva a participação dos colegas do time O bom líder tem consciência dos objetivos do time, ajuda a manter o foco nesses objetivos e garante espaço para que todos possam se expressar, propor ideias e agir. O líder orienta os colegas na organização das tarefas, ajudando o time a caminhar com mais segurança. Ou seja, quem é líder aprende muitas e muitas coisas. Daí a importância de um rodízio na liderança, para que todos vivenciem essa experiência. Vejam um bom resumo de toda essa história no quadro a seguir:
Trabalha bem em time quem... Está sempre presente nos encontros de trabalho do time, pois sua participação faz diferença para que a escola se transforme para melhor. Interage e colabora com os colegas para aprender e alcançar os resultados planejados. Assume o papel de líder quando é escolhido pelos colegas e colabora quando é liderado por outro jovem. Enfrenta os problemas de convivência, tentando resolver as divergências que ocorrem no trabalho coletivo.
Se preocupa em aprender e contribui para o aprendizado do colega e de todo o time. Realiza as tarefas combinadas e dá apoio ao colega que encontra dificuldade para isso. Não perde tempo com coisas desimportantes, como fofocas, trabalhando com dedicação e compromisso na proposta do time. Tem no professor um forte aliado para ajudar o time a manter o foco nos objetivos, a mediar conflitos e a pensar soluções para os problemas que surgirem.
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Inspiração total É, sim! Hora de os palpites pipocarem para chegar à definição do que o time pretende realizar, de fato, para transformar a situaçãoproblema escolhida. A partir dos escopos de projetos elaborados na etapa de Mobilização, com os temas ou espaços que serão foco da intervenção de vocês, já deu para terem uma visão mais abrangente dos desafios que a juventude, os estudantes, a escola e a comunidade enfrentam, não é? Agora, é o momento de aprofundar as reflexões. Por onde começar? O LÍDER • O ponto de partida é este: escolham quem vai liderar o time na atividade. CHUVA DE IDEIAS • Deem sugestões de qualquer tipo sobre o que fazer para transformar a situação-problema, mesmo que elas lhes pareçam estranhas ou impossíveis de realizar. Às vezes, uma pessoa “viaja na maionese”, mas dessa viagem resulta o início de uma grande possibilidade! Lembrem-se, nesse momento, das informações que estão no escopo do projeto. O líder anota todos os palpites! Usar um quadro grande pode ajudá-los a visualizar os comentários de todos. Mas, atenção: o time ainda não decidirá qual é a questão que quer transformar em projeto. Por enquanto, apenas coloquem as cabeças para pensar, juntas! PRIMEIRA FAXINA • Vocês devem ter levantado “trilhões” de possibilidades! Então é preciso fazer uma pequena triagem: de tudo o que foi pensado, quais são as ideias que podem realmente fazer diferença para a solução do problema? Lembrem-se: nada de ação muito simples, do tipo que só faz marola. Precisamos de ideias adequadas à complexidade do problema, certo?
DEIXA OU TIRA? • Aquilo que for “viagem” demais, vocês vão eliminando. As ideias que entenderem mais viáveis deixem na lista. Aos poucos, sublinhem, marquem de alguma maneira as sugestões que consideram mais interessantes. Esse é um dos grandes momentos do projeto. Cada decisão tomada agora influenciará as próximas etapas. Na prática, vocês começam a esboçar a ação para transformar a situação-problema. Mas precisam afinar essas escolhas para que elas os levem aonde desejam? Vejam as dicas: MUITA CALMA • Cada escolha precisa ser bem pensada, analisada sob ângulos diversos. Nada de decidir qualquer coisa só para ganhar tempo! E AÍ CARA? • Deem voz aos colegas, com todo o respeito. Vocês são um time... Cuidem para que todos possam expressar o que pensam sobre cada aspecto a ser decidido. Mesmo que a sua ideia seja muito interessante, busque ajudar o time a chegar a uma conclusão considerando o coletivo. CORAGEM • Quando escolhemos um caminho, apostamos que ele é o melhor e deixamos outros de lado. É preciso firmeza nessa hora, não é? E se, depois, a opção parecer errada? Não há problema, vocês já sabem. Afinal, aprendemos muito com os erros e o time poderá encontrar soluções para os impasses que surgirem. FOCO • Qual é mesmo a causa pela qual estão lutando? Aonde pretendem chegar com esse projeto? Com essas perguntas na cabeça, com certeza vocês atingirão o alvo!
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À escolha A essa altura, já pintaram muitas propostas de ações gerais a serem realizadas para transformar a situação-problema. E aí? Está batendo aquela vontade de fazer um projeto bem bacana e colocar a mão na massa? Então, para não perder esse pique, vamos à grande escolha, galera, à tomada de decisão pela ideia que será a marca do projeto! Não é, claro, tarefa simples, mas quando todos pensam juntos, a decisão se torna mais fácil. Em frente! NOVO LÍDER • Elejam o membro do time que atuará na liderança dessa atividade. MAIS UNS PITACOS • O líder relê a lista de ideias e todos checam se querem acrescentar mais alguma. O líder anota tudo! Atenção: o momento de escolha traz o desafio a cada jovem do time de contribuir com sua força. TUDO CERTO? • Então, agora, cada um reflete e escolhe até duas ideias que tenha interesse de transformar em projeto. Avaliem se as propostas são relevantes para melhorar a escola ou para a própria educação. Ou seja, o que está em jogo é o bem comum e não os desejos individuais, hein, pessoal! PENTE FINO • O líder anota as opções de cada jovem e faz uma nova lista com as ações selecionadas, como o exemplo a seguir: Supondo que o objetivo do time seja melhorar a aprendizagem dos alunos nas disciplinas, podem surgir propostas como estas...
do João...
da Maria...
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Realizar uma série de ações de estímulo à leitura, tais como contação de história na biblioteca da escola; organizar os livros sugeridos pelos professores em uma mesa especial, com destaque para aqueles que estão sendo trabalhados nas disciplinas; criar um rito semanal de troca de livros entre alunos e professores e fazer resenhas de livros doados à biblioteca, para aguçar a curiosidade dos alunos. Criar um programa de rádio semanal, na hora do intervalo, para promover debates e entrevistas sobre as matérias estudadas entre professores e alunos.
QUASE LÁ... • Para chegarem à decisão final de forma satisfatória, todos devem opinar sobre cada ideia selecionada, pensando nos prós e contras de levá-las adiante em forma de projeto. O líder anota tudo! Pensem se a ação vai: ajudar a melhorar a nossa aprendizagem?
Por quê?
motivar o time a colocar a mão na massa?
Por quê?
impactar positivamente a vida de muitas pessoas?
Por quê?
envolver desafios importantes? Quais?
Por quê?
?
NA MOSCA • Analisados prós e contras, batam o martelo e definam qual ideia se constituirá no projeto do time. COM ARGUMENTOS • Iniciativa escolhida? Então, discutam e registrem as opiniões do time para as questões abaixo.
Essa ideia é importante de ser realizada porque... Os resultados que queremos alcançar com esse projeto são...
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MAIS RECHEIO • É essencial, agora, entender melhor a situaçãoproblema que o time decidiu enfrentar. O que vocês já sabem a respeito? O que será que os demais membros da escola pensam sobre o problema que o projeto pretende transformar? Pesquisem informações complementares na Internet, em livros e com os professores e gestores da escola. Vejam um exemplo de como rechear o projeto com conhecimentos, possibilitando que todos aprendam mais e que ele ganhe qualidade:
Como ir mais fundo no problema O exemplo a seguir refere-se a um projeto realizado por jovens que tinham o objetivo de estimular os alunos da escola a lerem mais e a diversificarem os gêneros textuais lidos. Eles pesquisaram o tema e, ao fazer isso, aprofundaram os conhecimentos sobre a situação que iriam enfrentar, preparando-se para planejar as ações que seriam realizadas no ambiente escolar. Entrando no assunto Nos últimos anos, tem aumentado o número de projetos realizados por pessoas, instituições privadas e pelo próprio governo com o objetivo de estimular as pessoas a lerem mais e a diversificarem os gêneros textuais lidos. Muitos recursos têm sido investidos em acervo de bibliotecas públicas, comunitárias e escolares. Com maior quantidade e variedade de livros, esses espaços ficam cada vez mais atraentes para a população. A pergunta que Basta ter uma biblioteca bonita e cheia de livros para que as não quer calar pessoas queiram ler? Muitas pesquisas apontam que não. Mais do que possibilitar o acesso ao livro, essas pesquisas dizem que é preciso estimular as pessoas a gostarem de ler, a entenderem que a leitura possibilita que o ser humano tenha experiências únicas, difíceis até de se explicar. É por isso que existem, atualmente, muitos projetos que investem, também, na realização de atividades de incentivo à leitura, tais como saraus, contação de histórias, conversas com autores de livros, debates sobre obras, divulgação de resenhas e oficinas diversas, como as de criação literária e de histórias em quadrinhos. Existem, até, comunidades virtuais de leitores (Skoob, por exemplo). 36
A causa pela Mais do que ajudar a aumentar e diversificar o acervo da qual o time lutou biblioteca da escola, o time assumiu uma causa importantíssima, que é a de ajudar as pessoas a gostarem de ler e a terem maior proximidade do universo da leitura. O que ajudou o Além de curiosidade, interesse e motivação, estas boas sugestões: time a “mergulhar” 1º Leiam e conversem, entre si, sobre alguns textos relacionados no problema? à questão da leitura. Busquem compreender quais são as causas de as pessoas lerem pouco e as principais estratégias para estimulá-las a ampliar o hábito da leitura. Sugerimos, abaixo, links de textos que podem ser encontrados na Internet, mas sintam-se livres para buscar outras referências: •
Matéria publicada pela revista Veja sobre hábitos de leitura do brasileiro (http://goo.gl/V0Ar5)
•
Relatório da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró Livro (http://goo.gl/qT613)
•
Pesquisa desenvolvida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que relaciona a aprendizagem dos alunos ao gosto pela leitura (http://goo.gl/kQMJ2)
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2º Façam um levantamento de dados sobre os hábitos de leitura dos membros do
time, dos demais alunos, professores e outros funcionários da escola. Para isso, criem um formulário com poucas questões para que todos respondam. Sugerimos, a seguir, algumas perguntas que podem constar desse formulário. LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE HÁBITO DE LEITURA a) Qual foi o livro de que você mais gostou até hoje?
b) Que tipo de livro você mais gosta de ler? Coloque os gêneros abaixo em ordem crescente: do que você mais lê para o que você menos lê ( ) Autoajuda ( ) Dicionário ( ) Poesia ( ) Biografia ( ) Didático ( ) Romance ( ) Conto ( ) Ficção científica ( ) Outro. Qual? ( ) Crônica ( ) Literatura __________________ c) Quantos livros você lê ao longo de um ano, em geral?
d) Os membros da sua família, em geral, leem: ( ) 1 livro por ano ( ) 2 livros por ano ( ) 3 livros por ano ( ) 4 livros por ano ( ) 5 ou mais livros por ano e) Atualmente, na sua casa, como vocês acessam os livros? ( ) Em geral, pegamos livros em biblioteca (da escola e/ou outras) ( ) Em geral, compramos livros ( ) Em geral, ganhamos livros de presente ( ) Em geral, pegamos livros emprestados com parentes e amigos ( ) Outro jeito. Qual? ___________________________________ f) Quantos alunos da escola participam de redes sociais dedicadas à leitura? Do que eles mais gostam nessas comunidades virtuais?
g) Quais foram os livros mais retirados na biblioteca da escola no ano passado? Por que será?
h) Qual foi a turma que mais retirou livros no ano passado? O que pode ter levado a isso?
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3º Agora é hora de organizar as informações. Somem cada resposta e façam um percentual em relação ao total. Em seguida, olhem para os dados de forma crítica. Pensem o que eles podem dizer de importante para vocês. Analisem bastante e, logo depois, leiam as pistas a seguir, que os ajudarão a interpretar as informações colhidas: •
É legal saber os livros de que as pessoas mais gostam, pois podem ser dicas importantes de títulos na hora de formar o acervo do Ponto do Livro.
•
É importante saber os gêneros de livros que as pessoas mais gostam de ler, para que vocês busquem, também no momento de formar o acervo, equilibrar os gêneros. Afinal, se tiver só livro de poesia, haverá gente que não se interessará em pegar livros, não é?
•
A quantidade de livros que as pessoas e seus familiares leem, em geral, é um dado que pode ajudá-los a estabelecer metas. Ou seja, se as pessoas têm o hábito de ler um livro por ano, vocês podem decidir adotar, como meta, aumentar essa média para dois ou três livros. O que acham?
•
Por fim, conhecer as formas de acesso das pessoas ao livro pode ajudálos a pensar nos espaços da biblioteca e, ao mesmo tempo, em possíveis atividades de incentivo à leitura.
4º Ótimo, vocês já conhecem um pouco melhor a situação-problema que enfrentarão:
obtiveram informações sobre a leitura no Brasil e levantaram/analisaram dados sobre os hábitos dos membros da escola e das pessoas que estão próximas de cada um do time. Deram um passo importante... Agora é começar a desenhar as ações que pretendem realizar para interferir nessa situação-problema!
E AÍ? • Perceberam que o time do exemplo não parou em conhecimentos superficiais? Eles foram desafiados a saber mais, a buscar informações sobre o contexto em que iriam atuar, tanto acessando informações gerais sobre leitura, quanto conhecendo as práticas de leitura dos membros da escola. Com isso, ficaram por dentro do assunto e sentiram-se mais preparados para agir.
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PESQUISA NA VEIA • Agora é com vocês: pensem como pretendem ampliar os conhecimentos que têm sobre o tema do projeto que estão começando a desenvolver. A Internet é uma boa fonte de pesquisa, pois dá acesso a livros, textos, pesquisas, reportagens, comunidades virtuais. Mas fiquem espertos: não confiem em qualquer site, chequem as informações que acessarem, e nem usem apenas a Internet como fonte de pesquisa. Conversem com os professores (peçam indicações de outras referências), entrevistem os colegas (para conhecer os hábitos, interesses, conhecimentos deles sobre o tema), sejam investigadores de conhecimentos. Vocês e o projeto só terão a ganhar com isso. Organizem tudo o que coletarem, conversem entre si, identifiquem o que será importante. DE OLHO NO CONSELHO • Com a iniciativa definida e entendendo melhor a situação-problema a enfrentar, vocês estão aptos a preparar a conversa com o Conselho de Projetos. No dia, vocês precisarão levar um “descritivo” do projeto. O que é isso? Significa preparar um documento com o seguinte conteúdo: • • • • •
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Nome da escola, nomes dos membros do time, nome do orientador e data (capa). Área temática do projeto. Objetivo principal e outros objetivos do projeto. Justificativa da importância do projeto, informando a situação-problema a transformar. Principais ações a serem realizadas.
PAPO DE RESPONSA • Apresentem o descritivo ao Conselho de Projetos da escola, que é formado pelo diretor, um coordenador pedagógico ou orientador educacional, um professor e três alunos. A apresentação é necessária para que eles conheçam a proposta de vocês, compreendam a importância do projeto, apresentem questionamentos (essenciais para que as propostas fiquem ainda melhores) e possam dar o sinal verde para o time seguir adiante ou propor ajustes antes dessa largada. RESPOSTAS • Depois da conversa com o Conselho de Projetos, reúnam todos os membros do time para: recebido o sinal verde, conversarem sobre as sugestões que o Conselho deu para enriquecer mais o projeto. recebido o sinal amarelo, conversarem sobre as razões disso e as mudanças propostas pelo Conselho para o projeto ter início. BATISMO • O projeto precisa de um nome. Caprichem na escolha, pois será o nome que toda a escola utilizará para se referir a vocês! Levantem várias opções e decidam, lembrando de que é sempre interessante o nome de um projeto remeter à causa e às ações que ele abraça. Próxima etapa:
Planejamento... Até lá!
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Viração
Sejam bem-vindos à etapa de Planejamento, que está começando! As decisões que vocês tomaram na etapa de Iniciativa, que o time vivenciou nos últimos encontros, começarão a se concretizar agora. O planejamento é o primeiro passo para que uma ideia se transforme em ação. Tem gente que não gosta ou acha que não leva jeito para trabalhar com planejamento. Mas muitas das pessoas que pensam assim, na verdade, nunca tentaram planejar as coisas antes de partir para a ação! Há, também, quem pense que planejamento não é importante, porque acaba sendo necessário mudar muitas coisas na hora da ação. É que elas não entenderam ainda que, até ao fazerem mudanças naquilo que foi planejado, o que está rolando é planejamento. Ou seja, o planejamento é algo que ocorre antes e durante a realização das ações. Ter de replanejar as coisas é normal! O planejamento é um tesouro para o protagonista É durante a elaboração do projeto que o time faz importantes previsões sobre o que pode ou não dar certo, e aí pensa em estratégias criativas para superar seus limites e desafios. Planejar dá trabalho, mas poupa muito trabalho durante a execução do projeto, podem apostar! Quando vocês elaboram um projeto, colocando todos os passos no papel, organizam as ações a partir de questões estratégicas: O que deve ser feito antes? Quem vai fazer o quê? Quais recursos serão necessários? Com quem podemos contar?
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?
Com seus questionamentos, ideias e vontades, vocês já colocam em prática habilidades a serviço do sucesso do trabalho do time. Dessa forma, o projeto fica nas mãos do time e não nas mãos do destino. Um planejamento cuidadoso só facilita lidar com os imprevistos. Sim, porque eles existem e poderão aparecer durante a execução! Se acontecer, conversem sobre como querem agir. Lembrem-se de que não está com nada procurar por “culpados”... O legal é unir forças e trabalhar com dedicação, para superar os desafios da melhor forma. A proposta, então, é que vocês experimentem planejar e vejam que não se trata de um bicho-desete-cabeças. O planejamento vai ajudar, e muito, a vida do time. Mas, para que isso realmente ocorra, é essencial que sejam colocados em prática alguns valores e atitudes importantes. Quais são eles?
Dedicação Organização
Respeito às ideias de todos
Não rola desanimar diante de uma dificuldade, é preciso se dedicar com afinco para que tudo saia o mais próximo possível da maneira que pensaram. Planejamento não combina com bagunça. Um time que investe em realizar um bom planejamento cuida da organização das ideias, escolhe caminhos com clareza, justifica suas escolhas, define responsáveis para cada ação e prazos para sua realização, dentre tantas outras coisas! A mesma ação pode ser realizada de diversas maneiras. Por isso, durante o planejamento, pode haver discordâncias. Nesse caso, conversem até chegar a um consenso sobre o que parece melhor para o time. Pensar no coletivo é mostrar desapego às próprias propostas, quando as demais forem mais adequadas.
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Tomada de decisões
Registro
Essa é uma das grandes curtições do projeto. O tempo todo, o time vai topar com dezenas de possibilidades de escolha. Fazer isso ou aquilo? Nesse lugar ou naquele outro? Vamos convidar fulano ou beltrano? Vai acontecer na terça-feira ou na sexta-feira? E assim por diante. Não tenham medo de tomar decisões! E, toda vez que precisarem decidir algo, pensem nos prós e contras de cada opção, conectando-os com os objetivos do time. Ideias que ficam no ar vão embora com o vento! Não pode. Então, discutam! Decidam! Passem tudo para o papel! O processo de planejamento precisa ser registrado, tanto para que vocês possam utilizar esses registros na etapa de execução das ações, quanto para poderem negociar com a equipe de gestão da escola. E, claro, tenham as anotações sempre à mão!
Antes de seguir, eis um exercício para ajudá-los a conhecer um pouco do estilo de trabalhar uns dos outros, o que é importante, vocês verão, para o processo de planejar:
1
Em uma folha de papel, cada um escreve palavras que representem o seu jeito habitual de trabalhar. Observe o seguinte: •
• • • •
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Você é do estilo “tudo organizado”? Ou prefere um jeito mais informal de realizar as tarefas? Pensa muito antes de agir? Ou parte logo para a ação? Gosta de registrar tudo no caderno? Ou acha que vai guardar tudo na cachola? Confia sempre em que as coisas vão dar certo ou espera ver para crer? Está sempre animado, vendendo energia ou é mais discreto?
• • •
Gosta de trabalhar junto ou prefere trabalhar sozinho? Que conhecimentos e habilidades você acha importantes o time ter? O que gostaria de aprender nessa etapa de planejamento?
2
Contem, uns para os outros, as respostas que deram às questões. Assim, aos poucos, vocês se conhecerão melhor e saberão como se ajudar durante o planejamento do projeto.
3
Agora, façam alguns combinados que facilitem o funcionamento do time. Pensem, por exemplo, no seguinte: • •
•
Como vai ser o rodízio de liderança durante o planejamento? Como pretendem registrar as conversas, ideias e decisões, já que precisarão apresentar o planejamento ao Conselho de Projetos? Que apoio gostariam de receber do professor em relação à organização do time, para que consigam superar os desafios da etapa de planejamento?
Lembrem-se desses combinados durante toda a etapa de planejamento, que se desenvolverá nos passos descritos nas próximas páginas.
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Passo Passo 1 1
O que já temos?
Para começar, releiam os registros feitos pelo time na etapa de Iniciativa. É hora de refrescar a memória quanto ao que já sabem e aprenderam em relação à situação-problema. Leiam e conversem, agora, sobre as informações referentes ao que pretendem fazer. O O descritivo que o time apresentou ao Conselho de Projetos pode ajudá-los, pois ele sistematiza as ações que vocês realizarão. As ideias precisam estar frescas na cabeça de todos!
Passo Passo1 2
Novas perguntas
É preciso, agora, planejar os movimentos em cada ação. Compartilhem a imaginação e as boas ideias, sempre registrando tudo. As perguntas a seguir facilitarão o trabalho, mas contem também com os professores para tirar dúvidas ou ampliar os conhecimentos durante o percurso.
Quais são os objetivos do projeto? Para construírem o passo a passo do projeto, é importante que saibam aonde querem chegar. Vocês já definiram isso na etapa de Iniciativa. Então, registrem essas metas em um papel para não perdê-las de vista!
EXEMPLO DE OBJETIVOS Os alunos de uma escola identificaram, como situação-problema, a falta de um uniforme próprio para educação física. Os estudantes usavam calça jeans para os esportes e se machucavam. Partiram, então, para um projeto com os seguintes objetivos: • • •
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conhecer a visão dos alunos e professores sobre a questão; propor um novo uniforme, buscando atender às necessidades dos alunos; implementar a proposta, possibilitando que os alunos tivessem o uniforme adequado à prática de esporte.
Com quais “ações gerais” o time pretende enfrentar a situação-problema? Vocês já as definiram na etapa de Iniciativa, mas pensem nisto: se forem muitas ações, o tempo pode ser curto para colocá-las em prática.
EXEMPLOS DE AÇÕES GERAIS Os jovens que queriam adequar o uniforme da escola definiram em seu projeto as seguintes “ações gerais”: • • • • • • •
estudar, junto à direção da escola, as possibilidades de mudança das peças que compõem o uniforme; levantar sugestões dos alunos em relação a modelos, tipos de pano e outras especificações; elaborar proposta de design das peças, com as devidas especificações; dialogar com a comunidade escolar sobre o novo uniforme, levantando sugestões de ajustes; obter aprovação do novo uniforme pelo Conselho Escolar; identificar fornecedores e levantar preços para a confecção do uniforme; confeccionar as peças para distribuição aos alunos.
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Que atividades realizar para dar conta de cada “ação geral”? É hora de pensar no que ajuda e no que é desnecessário para concretizar cada ação geral, ou seja, detalhar movimentos, providências, tarefas. EXEMPLOS DE ATIVIDADES Vejam o que os alunos que queriam um uniforme adequado para praticar esportes na escola apontaram como atividades: •
•
Uma reunião com a direção da escola, para a ação geral estudar as possibilidades de mudança das peças que compõem o uniforme. Eles apresentaram a situaçãoproblema, as ações que pretendiam realizar e checaram se o regimento escolar permitia a mudança de uniforme. Verificar com a escola recursos, para a ação geral elaborar proposta de design das peças, com as devidas especificações. Os alunos puderam contratar um designer (o plano “b” era conseguir um voluntário). Escolheram o profissional, apresentaram a ele o problema, as sugestões coletadas, as regras do regimento escolar e definiram um tempo para a execução do trabalho.
Quem assumirá a responsabilidade pelos resultados de cada atividade proposta? Todos os membros do time têm muito a contribuir para todas as atividades, mas há momentos em que vocês precisarão dividir-se. Por isso, a responsabilidade pelos resultados de cada atividade deve ser assumida por alguns. É preciso planejar quem assume o quê. EXEMPLO DE DEFINIÇÃO DE RESPONSÁVEIS Os alunos que trabalharam na mudança do uniforme para prática de esportes na escola definiram responsáveis para cada uma das atividades. Por exemplo, encarregaram três jovens do time de apresentar a proposta e negociar com a direção (Cláudia, Igor e Waleska), enquanto os demais colegas os ajudaram organizando os materiais que seriam apresentados.
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Quando cada atividade será realizada? Isso diz respeito ao famoso cronograma! É pegar o calendário, pensar no tempo necessário para cada atividade e definir os prazos para sua execução. Sabendo, claro, que imprevistos podem acontecer e as datas podem mudar. EXEMPLO DE CRONOGRAMA No projeto do uniforme, o time organizou as atividades por semana (1ª semana, 2ª semana etc.), pois, para que elas acontecessem, eles dependiam muito da disponibilidade de outras pessoas, como os diretores e o designer do uniforme. Mas eles poderiam, também, ter detalhado ainda mais e definido os dias do mês em que queriam realizar cada atividade proposta. Isso facilitaria, por exemplo, o acompanhamento das atividades a cada dia.
Com quem pretendem e precisam contar para a realização de cada atividade? Vocês já devem ter percebido a necessidade de ter o apoio ativo de muitas pessoas que não fazem parte do time. Afinal, as ações de vocês envolverão uma escola. Por isso, definam com quem precisarão atuar em cada providência prevista.
EXEMPLOS DE ALIADOS NA REALIZAÇÃO DO PROJETO O time do uniforme contou com diversos parceiros, como a diretora da escola para avaliar as possibilidades de a proposta ser levada adiante, os demais alunos do colégio com suas sugestões, o designer para criar e desenvolver o novo uniforme de educação física. Todos esses aliados deram contribuições de maneiras e em momentos diferentes.
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Que materiais e estrutura serão necessários em cada atividade proposta pelo time? Ao especificarem tudo de que precisarão em cada atividade, aumentam as chances de elas darem certo. Cabe aí desde a definição de um espaço para uma reunião, até o uso de equipamentos e o fornecimento de lanches para os participantes de uma atividade que queiram realizar. Tudo tem de ser planejado. Mas mantenham os pés no chão. Pensem em materiais e estrutura que já estão disponíveis ou que vocês estimam que conseguirão providenciar. acontecer e as datas podem mudar.
Quais são os custos do projeto e como o time pretende levantar esses recursos? Pode ser que o projeto demande investimento financeiro. É preciso fazer orçamentos daquilo que será necessário. Mais importante ainda é pensar como o time pretende conseguir esse dinheiro (por exemplo: negociação com a escola para utilizar os recursos próprios, ou obtendo doações de terceiros).
EXEMPLOS DE MATERIAIS E ESTRUTURA O time que trabalhou na criação do novo uniforme contou com uma variedade de materiais e outros itens estruturais, tais como computadores, projetor, sala para reuniões, telefone, fichas de pesquisa. Em alguns momentos, o grupo não conseguiu garantir a estrutura planejada, mas buscou alternativas e os resultados foram alcançados.
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Passo Passo1 3
Organizando Informações
Vocês sabem que planejar é tomar decisões para transformar ideias em ações e organizar cada passo em direção a esse objetivo. Já pensaram bastante em como concretizar as ideias que tiveram. Falta organizar tudo. Vejam adiante um possível caminho para essa tarefa.
1
Registrar as ações mais gerais para enfrentar a situação-problema
2
Apontar as atividades para concretizar cada ação geral
3
Designar responsáveis para conduzir cada atividade
4
Estabelecer quando realizar cada atividade
5
Definir os aliados do time nas atividades, dentro ou fora da escola
6
Listar materiais e estruturas necessários às atividades
Difícil? Claro que não! Trabalhoso? Sim! Importante? Demais! Mas tem um jeito de tornar isso ainda mais simples: construindo um quadro.
!
Dica: reproduzam o modelo de quadro apresentado a seguir no computador, preenchendo seus campos diretamente lá. Aí, ao final, só precisarão imprimir uma cópia para cada membro do time e apresentar para o Conselho de Projetos. Reparem que mais uma vez tomamos o projeto do uniforme de educação física como exemplo de planejamento nesse quadro. Observem como as informações são organizadas nele, mas fiquem à vontade para inserir novas colunas que, na visão de vocês, tragam outras informações importantes. Reforçando: façam as adaptações necessárias para dar forma ao planejamento do projeto de vocês!
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SITUAÇÃO - PROBLEMA
AÇÕES
ATIVIDADES •
Avaliar com a direção da escola as possibilidades de mudança no uniforme.
•
• Levantar sugestões dos alunos em relação a modelos, tipos de pano e outras especificações.
•
•
A escola não tem uniforme próprio para educação física e alunos se machucam devido ao uso de calça jeans para praticar esportes.
Elaborar proposta de design das peças, com as devidas especificações.
• • •
•
Pesquisa de opinião com todos os alunos, com questões objetivas sobre o uniforme. Organizar e analisar os dados da pesquisa.
Verificar com a escola se há recursos para contratar um designer (o plano “b” é conseguir um voluntário). Definir o designer. Apresentar ao designer o problema, as sugestões dos alunos e as definições do regimento escolar. Definir cronograma de trabalho com o designer Apresentar a nova proposta para a direção da escola. Apresentar para os alunos o desenho do novo uniforme, passando nas turmas e afixando nos painéis das salas, para que possam observar os detalhes. Sugestões serão analisadas e incorporadas.
Dialogar com a comunidade escolar sobre o novo uniforme, levantando sugestões de ajustes.
•
Aprovação do novo uniforme pelo Conselho Escolar.
Apresentação da proposta ao Conselho Escolar, para análise, sugestões e aprovação. •
Identificação de fornecedores e levantamento de preços.
•
• Confecção das peças e distribuição aos alunos.
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Reunião com a direção para apresentação da situação-problema e das ações que pretendemos realizar. Reunião com a direção para análise do regimento escolar.
• •
Identificar os contatos de 5 fornecedores. Fazer orçamento, informando as especificações do uniforme. Levantar os tamanhos do uniforme de cada aluno. Acompanhar a produção no fornecedor. Acompanhar a distribuição entre os alunos.
QUANDO?
COM QUEM CONTAMOS?
Cláudia, Igor e Waleska; Os demais membros do time darão apoio à organização dos materiais a serem apresentados.
1ª semana de março.
Os professores que acompanham o time ajudarão a agendar as reuniões com a direção.
Kelly, Mário e João Henrique. Todos os membros do time ajudam na organização e análise dos dados.
2ª semana de março (três dias para realizar a pesquisa e dois dias para organizar e analisar os dados. As fichas da pesquisa precisam ser criadas antes!
RESPONSÁVEIS • •
ESTRUTURA NECESSÁRIA • • • •
• •
• •
• • • •
Kelly, João Henrique e Waleska conversam com a direção. Todo o time conversa com o designer.
3ª semana de março. •
• •
Com todos os alunos, na realização da pesquisa. Com o professororientador do time, na organização e análise dos dados. Com o professororientador do time. Com a direção, que participará da conversa com o designer. Cézar, da turma C (o primo dele é designer e quer ajudar a encontrar alguém para fazer o trabalho). Com o professororientador do time. Com os professores das turmas, que vão ceder 30 minutos de suas aulas para que possamos apresentar e levantar sugestões.
•
•
Sala de reuniões. Cópia da pesquisa feita junto aos alunos. Cópia do projeto do time. Ficha da pesquisa para cada aluno. Local para alunos responderem a pesquisa (ver com direção). Computador para organização dos dados.
- PowerPoint com apresentação da situaçãoproblema e dos resultados da pesquisa feita com alunos.
•
PowerPoint com as imagens do novo uniforme (levar projetor e laptop). Impressão do desenho do uniforme para afixar nas salas.
Todos os membros do time. Revezaremos na hora de passar nas salas, pois são muitas.
2ª semana de abril.
Todos os membros do time.
3ª semana de abril.
Com a direção da escola.
PowerPoint com imagens do novo uniforme (levar projetor e laptop).
Mário, Lucas e Waleska.
4ª semana de abril. 1ª semana de maio.
Maíra, da turma B (a mãe dela tem loja de roupas e conhece vários fornecedores).
Telefone e e-mail.
• • Todo o time.
Cronograma a ser negociado com fornecedor.
Fornecedor escolhido. Direção da escola, na produção e distribuição. Na verdade, eles é que responderão por essa parte, vamos apenas acompanhar.
•
Planilha com os nomes de cada aluno e espaço para registrar os tamanhos dos uniformes.
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Passo 4
Apres entação ao conselho de projetos
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De novo, passar no Conselho? Sim, como vocês já sabiam, o planejamento tem de ser aprovado nessa instância, porque seus membros precisam conhecer as atividades que vocês planejaram, problematizar algumas coisas, ajudá-los em outras. É assim mesmo, tudo precisa ser negociado! O importante é vocês estarem preparados para esse diálogo e processo de negociação das propostas e saberem que o projeto só tem a ganhar com as contribuições que vai receber. Como vai ser?
1
Agendem a reunião com o Conselho.
2
No dia da reunião, dois jovens do time farão a apresentação do planejamento detalhado. Levem os registros feitos pelo time e o quadro com o detalhamento do que foi planejado (imprimam uma cópia para cada membro do Conselho).
3
Após a reunião, vocês concluirão o planejamento, discutindo no time as sugestões dadas pelo Conselho de Projetos e fazendo os ajustes necessários.
UFA!!! Agora vocês estão prontos para a ação. Mas lembrem-se de que: •
•
O quadro construído por vocês não pode ficar perdido no fundo da mochila... Ele tem de estar sempre à mão, pois servirá como um mapa de tudo o que precisa ser feito por cada um. Por isso, imprimam uma cópia para todos do time. O planejamento não é uma camisa de força... Vocês vão perceber que, ao longo da execução das ações, muitas coisas mudam. Mas não tem problema, pois, se vocês já sabem planejar, estão prontos para replanejar as ações sempre que for preciso! A próxima e tão esperada etapa é a Execução! Mãos à obra!!!
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Chegou a hora de fazer com que tudo o que foi pensado e planejado por vocês aconteça de verdade. É o momento de mostrar o quanto a participação do time pode interferir positivamente na escola e descobrir o tanto que cada um vai aprender com essa vivência. Confiram o que vem a seguir e aproveitem muito!
12 dicas de ouro para uma experiência p�itiva
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Combinados para atuar como time. Assumir responsabilidade pelo próprio aprendizado e pelo dos companheiros. Se alguém do time está desmotivado ou desconectado das atividades, todos devem ajudá-lo a superar as dificuldades. Afinal, não se pode deixar ninguém para trás. Participação nas atividades, compartilhando conhecimentos e pontos de vista, ouvindo os colegas, dialogando sobre as conquistas e os próximos desafios. Todos precisam se envolver com o projeto. Por isso, conversem bastante sempre que surgir um obstáculo. As dificuldades não podem paralisá-los; ao contrário, devem ser vistas como possibilidades de aprenderem ainda mais. E uma coisa é essencial: a união do time! Resolver os problemas que surgirem ao longo do percurso é tarefa do time e não dos professores. Mas, sempre que necessário, contem com eles para colaborarem no enfrentamento dos desafios que virão por aí. Fazer rodízio na liderança das atividades. Cada hora um assume essa função, porque se aprende muito como líder. Sendo liderado também. O líder da vez deve, por exemplo, possibilitar que todos falem, garantir que todos sejam ouvidos, cuidar do tempo e mediar os momentos de decisão.
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Somar esforços para superar os problemas. Os conhecimentos, habilidades e experiências de cada um de vocês representam a força do time. Confiem nela! Ter foco nos objetivos. Vocês sabem bem aonde querem chegar, planejaram e se organizaram para realizar cada ação. Mantenham o foco para alcançarem os resultados pretendidos. Se, durante a execução, perceberem que estão saindo do rumo, reúnam-se para conversar e, juntos, coloquem o trem no trilho novamente! Administrar bem o tempo. Vocês não terão todo o tempo do mundo para executar as atividades planejadas. É preciso fazer uma boa gestão, cuidar que o tempo seja suficiente para que tudo aconteça. Sempre que sentirem necessidade, repensem a divisão do tempo entre as diversas ações. E não esqueçam de providenciar com antecedência os materiais e a estrutura previstos no planejamento, para que, no momento de cada ação, tudo esteja disponível e vocês, claro, não percam tempo! Replanejar durante a execução das ações. Vocês finalizaram o planejamento, mas não se iludam... Provavelmente, precisarão planejar de novo algumas das atividades, seus responsáveis, estrutura etc. É que a vida e a escola são dinâmicas: pode ser que vocês percebam a necessidade de inserir ou excluir alguma ação, talvez surjam novidades que facilitem a execução de uma atividade, ou vocês tenham novas ideias para solucionar um problema. O importante é ter atenção ao que foi planejado e se perguntarem, o tempo todo, se há necessidade de mudar alguma coisa. E bola pra frente! Dividir responsabilidades nas tarefas. Para que vocês consigam executar mais de uma atividade ao mesmo tempo, o apoio de um ou mais colegas será bem-vindo. Mas lembrem-se de que é importante trocarem informações entre si sobre o que está rolando em cada uma das atividades, para que o time não se perca de seu objetivo maior.
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Contar com os professores que estão orientando o time. Vocês já perceberam que eles trazem contribuições importantes, compartilhando conhecimentos, ajudando o time a mediar problemas, esclarecendo dúvidas sobre o projeto, dentre tantas outras coisas. Usufruam das experiências dos professores e compartilhem com eles os aprendizados de vocês, ao longo do trabalho. Acompanhar o andamento do projeto, com organização. Façam um checklist, ou seja, uma relação de todas as providências que precisam ser tomadas para que cada ação aconteça. Afinal, a memória não dá conta de tudo e algum item importante pode ser esquecido. Depois, verifiquem o que já foi feito, dando na listinha, ao lado de cada item realizado, um ok. E corram atrás do que falta fazer! Cuidar da comunicação no time e com os demais membros da escola. Quanto mais e melhor vocês se comunicarem entre si, mais preparados estarão para enfrentar os desafios. Além disso, é essencial que o time se comunique bem com os demais membros da escola; afinal, o projeto de vocês não está sendo realizado na Lua! Para que as pessoas conheçam e participem das ações propostas, é preciso pensar em estratégias de diálogo com elas.
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Executar e avaliar ao mesmo tempo. A avaliação não acontece apenas depois da execução, mas durante o processo também. Assim, ao perceberem que algo não vai bem, é possível criar soluções antes de o problema se agravar ou o projeto ser finalizado. Registrar tudo durante a execução das ações. Muita coisa vai acontecer. Não dá para confiar à memória todos os detalhes combinados e tudo o que aconteceu em cada atividade. Portanto, é essencial que vocês façam anotações dos combinados e dos principais acontecimentos do time em suas reuniões. A cada atividade, escolham um membro do time para cuidar dos registros. Uma dica é utilizar um único caderno para isso, para não perderem as anotações. Que tal criar um livro específico de registros para o projeto que estão desenvolvendo agora? Manter atenção às demais atividades da escola. Alguns jovens se envolvem tanto na execução do projeto que se esquecem das outras atividades que acontecem na escola e que são fundamentais para seu crescimento, tais como as aulas das várias disciplinas e os Projetos de Vida. Fiquem espertos, afinal há tempo para tudo!
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ANTES DE PARTIR PARA A EXECUÇÃO
!
Fazer o checklist (uma lista) das ações que farão no dia de trabalho
Organizar os materiais necessários com antecedência
Definir claramente quem serão os responsáveis pelo quê
Combinar com o professor em qual local da escola estarão trabalhando
Escolher um membro do time para se responsabilizar pelo contato com o professor e os gestores da escola, enquanto estiverem fora da sala de aula
O que mais vocês podem fazer para planejar o dia de trabalho do time?
DURANTE A EXECUÇÃO Levar o checklist das ações e consultá-lo sempre que necessário Cuidar das regras de convivência da escola e não atrapalhar as demais turmas Envolverem-se nas ações e dividirem tarefas para que todos participem
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Conversar com o professor antes de mudar algo que estava planejado, dialogando sobre os motivos que levam o time a alterar o planejamento Conversar com o professor quando encontrarem desafios não previstos no planejamento
Cuidar para não fazer bagunça durante a execução das ações Executar as ações cuidando para manter o bom convívio no time e com as demais pessoas da escola Respeitar os horários de início e finalização das atividades
O que mais vocês podem fazer para que o dia de trabalho do time seja produtivo e organizado?
DEPOIS DA EXECUÇÃO
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Avaliar o que deu certo e o que não deu durante a execução, buscando aprender com a experiência
Avaliar se estão correspondendo, de fato, às expectativas do próprio time e da escola
Identificar o que é necessário mudar para as próximas ações
Criar novas metas para a continuidade do projeto.
O que mais vocês podem fazer depois de um dia de execução do projeto?
Avaliar o que estão aprendendo durante a
Pronto! Somando todas as dicas à motivação, à dedicação, ao compromisso e à força de vocês, esse projeto só pode dar certo! Porém, antes de iniciar o trabalho, há uma providência a tomar, tão importante quanto divertida: criar um grito de força do time! Vocês têm de pensar em uma palavra ou frase para repetirem todas as vezes que quiserem chamar a atenção para a força que têm, seja diante de uma dificuldade ou no momento de comemorar um resultado positivo! É legal ser algo que tenha relação com a proposta de vocês. E um lembrete que não quer calar: Todas as dicas enunciadas precisam ser praticadas a cada dia, em cada ação do time!
E aí, gente? Tudo em cima para entrar ação? Nas próximas páginas, vamos conhecer as atividades de Avaliação, etapa que se desenvolve com a de Execução, isto é, enquanto vocês realizam as ações planejadas! Bom trabalho!!!
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Espelho, espelho meu... Como andam as coisas? Como o time está caminhando no projeto? Como eu estou me saindo nesse percurso? É preciso checar, ou seja, avaliar... Mas alguém do time pensa que avaliação é sinônimo de prova? Se sim, é hora de começar a refletir melhor a esse respeito. Vamos nessa?
Primeira Questão
Segunda Questão
Terceira Questão
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O QUE É UMA PROVA? Uma resposta possível a essa pergunta seria: é um instrumento bastante usado pela escola para que os alunos expressem aquilo que aprenderam sobre um assunto ou tema. Em geral, traz perguntas abertas (com espaços para que os alunos escrevam suas respostas) ou fechadas (com opções para marcar – verdadeiro ou falso, por exemplo). A PROVA É O ÚNICO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO QUE AS ESCOLAS ADOTAM? Em geral, as escolas utilizam a prova com frequência, mas ela não é o único instrumento. Muitos professores propõem a realização de exercícios, trabalhos individuais ou coletivos, estudos dirigidos, autoavaliação, elaboração de relatórios etc. Esses são, também, instrumentos de avaliação muito adotados. PARA QUE SEREVEM AS PROVAS, TRABALHOS, RELATÓRIOS E OUTROS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO? Simples assim: servem, por exemplo, para medir os conhecimentos ou as competências e habilidades que uma pessoa aprendeu a respeito de um determinado conteúdo.
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[pergunta prêmio-plus-ultra megaimportante:] HAVERÁ AVALIAÇÃO DO PROJETO? COMO VAI SER? Claro que sim! Mas não em forma de prova. O esperado é que vocês aprendam a olhar, de maneira crítica, o caminho que estão percorrendo, identifiquem o que estão aprendendo e, mais ainda, que reconheçam o que precisa ser mudado em seus passos para vencerem os desafios. Não é, então, um momento para encontrar culpados disso ou daquilo. O objetivo, muito diferente, é que a avaliação contribua para que todos tenham ganhos com cada experiência, observando-se e aprimorando-se em um tanto de coisas. E, prestem atenção, a avaliação não acontecerá somente no último dia de trabalho do time. É coisa bem pensada, com duas estratégias principais. Vejam: AVALIAÇÃO DE ROTINA
AVALIAÇÃO PARCIAL E FINAL
O QUE É? Um olhar sobre o cotidiano de trabalho do time, com a intenção de verificar o que está caminhando bem, as dificuldades, os focos de atenção.
O QUE É? Um olhar mais profundo sobre uma etapa ou o todo do projeto, com a intenção de analisar a aprendizagem dos membros do time e a execução dos objetivos.
COMO É FEITA? Rodas de conversa entre os jovens, com a participação dos professores que orientam o time. É usada uma lista com questões que apoiam o diálogo do time.
COMO É FEITA? Rodas de conversa entre os jovens, com a participação dos professores que orientam o time. É usada uma lista com questões que apoiam o diálogo do time.
QUANDO OCORRE? Diariamente ou uma vez por semana
QUANDO OCORRE? Logo após o primeiro mês de atuação e ao final do projeto.
Ao participarem dessas duas estratégias de avaliação, vocês descobrirão o tanto que avaliar pode ser prazeroso. É que começamos a olhar, com cuidado, muitas coisas que passavam despercebidas. E, assim, as experiências fazem mais sentido para a vida de cada um.
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Estratégia 1 A ideia, agora, é que vocês compreendam como podem funcionar os momentos de AVALIAÇÃO DE ROTINA. Vamos lá? Reúnam todo o time, ao final de uma atividade ou de uma semana de trabalho, e examinem suas ações a partir das questões apresentadas a seguir.
avalição de rotina Para iniciar, relembrem o que aconteceu de mais importante na atividade ou semana. Busquem recordar: • • • •
O que foi feito? Com quais intenções? Quem participou do quê? Outras questões que julgarem importantes.
Mais que recordar, é preciso analisar como foi a execução das ações e os resultados alcançados: • • • •
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A execução da atividade foi tranquila? Que dificuldades enfrentaram durante o trabalho? Conseguiram criar soluções ou os problemas continuam rondando o time? O time avançou quanto aos resultados previstos? Em quê?
É importante, também, checar a participação do time: •
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O time foi realmente um time, ou seja, houve colaboração e participação ativa de todos os membros? Contaram uns com os outros? Deram uma injeção de ânimo em alguém que tenha perdido o pique na atividade? Dialogaram diante de problemas de convívio? O time conseguiu solucionar os problemas e dificuldades surgidos, sem depender do professor para dar todas as respostas? Buscou o apoio dos professores para ampliar os conhecimentos, compartilhar experiências e mediar conflitos que fugissem à alçada do time?
Por fim, é essencial um olhar adiante: • •
O que aprendemos com essa atividade que pode ser importante nas próximas ações? Será necessário mudar o planejamento dos próximos passos do trabalho do time?
Pronto, se vocês conversarem sobre esses pontos no dia a dia, certamente conseguirão aprender ainda mais com a experiência vivida. E levarão esses aprendizados para as próximas atividades. As questões podem ser usadas sempre que fizerem uma avaliação de rotina, combinado?
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Estratégia 2 Como vocês sabem, em alguns momentos é importante ir mais fundo para compor um retrato abrangente de nós mesmos e da vivência em que estamos inseridos. É do que trata a AVALIAÇÃO PARCIAL E FINAL, feitas, respectivamente, a cada mês e no encerramento das atividades do projeto. Elas exigirão de vocês um tempo maior de dedicação a reflexões e diálogos sobre a experiência. Para essas ocasiões, sugerimos que vocês promovam rodas de conversa, seguindo estes passos:
avalição parcial e final Releiam, coletivamente, o planejamento do time. Não é necessário ler todos os detalhes. Busquem relembrar: • • •
A situação-problema que enfrentaram. Os principais objetivos do time. As ações gerais planejadas para alcançar os resultados previstos.
Agora, coloquem os “óculos” com as “lentes da crítica apurada” e observem: • •
• •
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Quais foram os principais resultados alcançados? O que foi importante para que o time chegasse lá? Quais as principais dificuldades enfrentadas? Por causa delas, o time deixou de conquistar algum resultado, ou vocês conseguiram criar soluções? A partir dessa experiência, que outras ações o time acha que poderia ter realizado para alcançar os objetivos? Alguma ação realizada poderia ter sido descartada, pois não foi importante? Qual e por quê?
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Reúnam-se em círculo, time e professores-orientadores, para um momento dedicado apenas à avaliação, em espaço confortável, com pouco barulho.
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Escolham um membro do time para anotar as principais questões discutidas. É interessante que ele faça isso no computador, para enviar a todos na sequência. Tentem imprimir e colar esse conteúdo no caderno ou agenda individual. Os orientadores vão dialogar com vocês sobre essa experiência.
E pensando na participação do time: • • •
O que de melhor aconteceu na relação entre os membros do time? O que vocês manteriam e o que fariam diferente, na maneira de organizar o time? Que aprendizados vocês conseguem tirar do trabalho em time?
Analisem como foi a vivência de cada etapa do projeto até aqui (iniciativa, planejamento, execução): • • •
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De qual etapa vocês sentiram mais vontade de participar? Por quê? Qual foi a etapa mais desafiadora? O que vocês aprenderam de mais importante nessa etapa? Em que etapa vocês precisam de um apoio maior dos professores, nos próximos projetos que realizarem? Por quê?
Chegou o grande momento: olhar para dentro e verificar as habilidades e competências que cada um percebe que conseguiu desenvolver, ao longo da realização do projeto. O professor-orientador do time promoverá, agora, uma atividade para que vocês conheçam algumas competências importantes para pessoas que vivem no século 21, e, em seguida, identifiquem quais delas vocês consideram ter desenvolvido nos últimos dois meses.
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uhuhuhuh!!!!!!!! Nas etapas de Execução e Avaliação, o time analisou as principais conquistas e os aprendizados mais importantes. Agora é o momento de comemorar, e muito, cada vitória alcançada – da mais singela à mais importante! E, em meio às comemorações, aproveitar para refletir sobre o que a experiência trouxe de bom para a vida de cada um. Vamos nessa? A proposta é que cada jovem do time responda às questões do quadro ao lado. Reproduzam o quadro no computador, e vocês terão o espaço necessário para cada resposta.
tem a sua cara!
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Agora, que tal compartilhar, com os demais membros do time, o que você registrou nas questões “b”, “c”, “e” e “f”? Escreva as suas respostas em uma filipeta de papel, sem identificar o seu nome. Dobre a filipeta, colocando-a em um recipiente (caixa ou sacola). Depois que todos os alunos e professores tiverem feito o mesmo, cada um vai tirar uma filipeta de forma aleatória, ler e comentar o que está registrado. E, claro, tentar adivinhar quem é o autor da resposta! Com certeza, será uma conversa muito gostosa, que revelará o significado da vivência no projeto para cada um. As opiniões que vocês registraram nessa atividade trazem uma grande riqueza: representam a forma singular com que cada um olha a experiência no projeto. Esse é o motivo pelo qual os seus orientadores de Projetos de Vida dedicarão um tempo de conversa com vocês, individualmente, sobre as respostas dadas. Para isso, cada um imprime a ficha preenchida e a cola em seu caderno ou agenda.
VIVENDO O PRESENTE, OLHANDO O FUTURO Nome: Nome do projeto do qual você participou:
a) Por que você se interessou em participar desse projeto? b) Quais foram os sentimentos mais fortes que marcaram a sua participação no projeto?
c) Qual foi sua maior contribuição para o time? Em que essa contribuição foi importante ao longo da realização do projeto?
d) Como foi participar de cada etapa do projeto? O que aprendeu de mais importante em cada uma delas? - Mobilização: - Iniciativa: - Planejamento: - Execução: - Avaliação:
e) Você considera que esses aprendizados podem ser importantes para a sua vida de estudante, na sua relação familiar e comunitária e na sua preparação para o mundo do trabalho? Por quê?
f) Em que essa experiência inspira a vida de um jovem como você?
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Do time pra galera!
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A escola certamente acompanhou o trabalho que vocês realizaram. Afinal, o Conselho de Projetos (composto por gestores, professores e alunos) sabia de tudo, os membros da escola participaram de algumas das atividades... mas não seria legal vocês criarem um momento para contar de um jeito especial a todos o que significou essa experiência? Para isso, vai rolar um momento de comemoração nos tempos de Projetos de Intervenção e Pesquisa. Vocês e os demais times precisarão se comunicar muito bem para pensarem em como compartilhar o trabalho feito em cada projeto. Criatividade na veia, pessoal! E muita organização para que todos consigam transmitir o que aprenderam e os resultados que alcançaram com esse trabalho intenso, mas, com certeza, prazeroso! Chegou ao final essa ativa e importante trajetória! Como deve ser bom olhar para trás e ver o quanto foi possível crescer e contribuir para o bem coletivo. Comemorem bastante, descansem e retomem o fôlego. Porque... vocês e seus colegas de escola viverão novas aventuras num futuro próximo!
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