AMOL Magazine 38 - Fevereiro 2013

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arquitectura · cinema · fotografia · moda · música · teatro

espec ial festa anive rsári o

#38

Fevereiro 2013 amolmagazine.net

Moda

joana madureira teatro

2 motivos para ir ao teatro música

Entrevista com Starlie e cátia tavares Arquitectura

Souto moura eo ano da arquitectura Portuguesa

Liliana ANdrade A paixão pela fotografia

Portefólio de Rui neto New faces / new models: cátia trindade

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João azevedo é O nosso New Face boy de janeiro. Para conhecer a partir da pág 66 Amol magazine_2


Cátia Trindade é a nossa New Face de fevereiro. Para conhecer a partir da pág 71


3º anivesário a Não é fácil escrever sobre a nossa festa de 3º aniversário, uma vez que estamos a escrever sobre alguma coisa que nós organizamos e em que estivemos emotivamente envolvidos. Nos dias que antecederam a festa anunciamos várias presenças de “amigos” que já passaram pela Amol e, quase na totalidade, cumpriram-se . Daqueles que não puderam vir (muito poucos) recebemos mensagem explicando a ausência. A festa decorreu dentro do previsto. Num espaço privilegiado, Rivoli Club, foi possível receber os nossos amigos e colaboradores que quiseram partilhar connosco este momento. Foram muitos os fotógrafos que estiveram connosco que aproveitaram a oportunidade para fazer algumas fotos e contactar as modelos presentes. A apresentação dos diferentes momentos de animação estava “entregue” ao Miguel Ribeiro e Karina Ferro, apresentadores do novo programa RIRticências da RTV. O Miguel a actuar no Sá da Bandeira deveria saír e vir “a correr” para o Rivoli…ali mesmo ao lado. Mas como o espectaculo do Miguel sofreu algum atraso, tivemos que o substituír nesta apresentação, recorremos ao mágico João Luís que nos trouxe alguma magia e que tentou coordenar a apresentação com a Karina Ferro. Conforme estava no nosso programa iniciamos com um momento de magia,

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seguido pela intervenção musical de duas jovens cantoras, Starlie e Cátia Tavares. Após esta intervenção tivemos uma passagem de modelos, com a presença de 12 modelos que os nossos leitores já conheciam das nossas páginas. A Florisa Nogueira e a Meirydiane Garcês prepararam algumas peças para as vestir, a que se juntou a Blackspider, vestindo também seis modelos. Acessórios de moda Luís Balão e Barroso’s joalheiros colaboraram dando um toque final , toque final para que bicicletas Ympek também contribuíram. Nos bastidores Nuno Pereira com a sua equipa de cabeleireiros e Jhenne Gomez com Florisa Nogueira (maquilhagem)


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davam os últimos retoques na tentativa de tornar as nossas modelos ainda mais bonitas. Uma tarefa que não foi difícil ... pois beleza não faltava. Uma palavra de apreço para a Sílvia Magalhães a quem pedimos para assumir a responsabilidade de coordenaçãoo da passagem de modelos e que fez um optimo trabalho. Claro que a mvm esteve presente e certamente veremos em breve, a reportagem da festa no canal. De referir ainda o espaço onde realizámos a festa do nosso 3º aniversário – o Rivoli Club e a colaboração de todo o staff da casa para que tudo corresse pelo melhor.

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fotos: pedro pinho

blackSpider


fotos: ant贸nio maia

florisa Nogueira


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fotos: pedro pinho

meirydiane GarcĂŞs


o final/ agradecimentos

As modelos – foto Pedro Pinho

Nuno Pereira – Hairstylist – foto Pedro Pinho

Florisa Nogueira – Estilista – foto António Maia

Meirydiane Garcês – Estilista – foto Pedro Pinho Amol magazine_9


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Ficha técnica: Capa

Liliana Trindade Fotografia

Pedro Cabral

Coordenação:

Pedro Cabral IT Manager

Tiago Silva

Design Gráfico

André Araújo

Relações públicas

Lili Lopes

Fotógrafos

Patrícia Ferreira Pedro Cabral Leandro – Madeira Elena Di Girolamo – Itália Loris Gonfiotti – Itália equipa editorial:

Elena Di Girolamo, Elsa Afonso, Fernando Bagnola, Florisa Nogueira, Helena Oliveira, João Alves, Leandro Loris Gonfiotti, Nuno Pinheiro e Pedro Cabral Sara Cecília Gomes Anuncie na Amol magazine! Seja nosso patrocinador. Basta contactar: geral@amolmagazine.net Tenha o seu nome associado aos concursos que pormovemos, oferecendo os prémios para os nossos concursos! Divulgue a sua marca na nossa revista e o seu anúncio será visto por milhares de pessoas. Edição Impressa: Agora maior e mais barata! 8.00 euros Já podes encomendar a versao impressa da tua Amol Magazine em tamanho A4. Vai a www.euedito.com e trata de tudo online … Em breve divulgaremos através do nosso Facebook o endereço directo para encomendas. A Amol cresceu e baixou de preço, encomendar ficou mais fácil. Amol magazine_12

Editorial Amol Mag nº 38 Como o tempo passa depressa, parece que acabamos de colocar uma nova revista online e já aqui está outra. Ou talvez tenha sido porque este mês tivemos , para além da Amol 38, a organização da nossa festa de aniversário de que, no interior, damos notícia. Agradecemos a quantos nos deram feedback sobre o novo arranjo gráfico da Amol e o novo site .... Parece que ambos foram do agrado de quem nos segue mensalmente. Registamos também o aparente êxito da integração na nossa equipa de dois fotógrafos italianos .... A Amol tem vindo a suscitar o interesse de outros jovens fotógrafos o que justifica que tenhamos decidido abrir a fotógrafos e modelos de outras nacionalidades a oportunidade de participar nas nossas rubricas. Há ainda mais uma novidade que temos que assinalar, Karina Ferro, nossa capa de Setembro de 2012, é co-apresentadora de um novo programa da RTV, RIRticências. Para além da Karina, também a Maria João, capa de Outubro, tem uma breve participação no programa… Todas as semanas apresenta algumas rubricas da Amol Magazine do mês. A Amol passa assim a poder ser “lida”online ou vista na RTV. E é tudo por agora, temos o prazer de vos deixar com mais uma Amol. Equipa Amol 1 de Fevereiro de 2013


EDIçãoNº38 JANEIRO_2013

48 _ Em foco alexandre campinas

14 _ Portefólio: rui neto

Amol_Conteúdos

38 _ CAPA:

liliana andrade

58 _ Amol italy Loris Gonfiotti

27_Música

28_Entrevista Música

34_Teatro

46 _ MODA

joana madureira

51_Eu na Amol Eva solange

16 _ Cinema silver linigs

54 _ AMOL MADEIRA

36_Arquitectura

66_New Faces

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Portefólio Rui neto

“Um trabalho recentemente publicado que nos chamou a atenção. Um primeiro contacto, uma vista ao portfólio e a decisão de publicação... Este mês Rui Neto” Amol magazine_14


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Portefólio/Rui Neto Nstyle

O

lá Elodie, sabemos que és portuguesa, estudas e tens 22 anos, mas queremos saber muito mais. Quem és tu?

Nasci no Porto mas atualmente vivo em Vila Nova de Gaia, e sou um apaixonado pela fotografia. Com formação base em Engenharia Electrotécnica, e com MBA em Gestão de Empresas, acabei por ceder ao maravilhoso mundo da fotografia. Apesar de a fotografia não constituir a minha atividade principal, dedico-lhe quase todo o meu tempo disponível, procurando acima de tudo conciliar a minha profissão e este “bichinho” pelo “click”, com o máximo de profissionalismo, responsabilidade e respeito. Aliás, esse é um valor que eu sempre sigo ser responsável e exigente em tudo aquilo que faço e com o qual me comprometo. Claro que depois me falta tempo para muitas outras coisas, mas a vida é feita de escolhas e, por agora, estas foram as minhas. Onde começa a tua relação com a fotografia? De onde vem o teu entusiasmo? Sempre fui um entusiasta da fotografia. Mas foi em 2007, que dei um novo rumo à minha abordagem a esta arte, procurando especializar-me e dominar a técnica fotográfica. Foi então que fui percebendo que na máquina fotográfica existia algo mais para além do modo Automático. Autodidata na relação com a fotografia, li e leio muitos livros com esta temática e, acima de tudo, fui praticando ainda mais. E foi nesse descobrir constante de novas técnicas que fui sustentando e desenvolvendo este meu entusiasmo. Como tem sido o teu percurso? Desde início me orientei para a fotografia urbana, resultado de saídas regulares em grupo para fotografar (os meus dois irmãos também fazem fotografia). Entretanto formalizou-se o grupo GoUp – Grupo Olhares Unidos do Porto, com incursões regulares para fotografar motivos urbanos na zona do grande Porto, e foi aí que mais evoluí no domínio da técnica fotográfica. Entretanto em 2011 montei o primeiro Amol magazine_16


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Portefólio/Rui Neto Nstyle estúdio fotográfico tendo-me iniciado na área da moda. Atualmente estou com outra fotógrafa (Isabel Pires), a desenvolver um novo e aliciante projeto (Duplolhar Fotografia), com especial enfoque para fotografia de bebés e recém nascidos. Assim foi criado um novo e acolhedor estúdio em VN Gaia. O que é que te motiva? Motiva-me a interação com as pessoas, o reconhecimento de um trabalho bem feito, um sorriso de agrado, as palavras de apoio e uma crítica construtiva. Motiva-me perceber que através de um trabalho meu, a autoestima de alguém saiu reforçada. Motivome quando olho para trabalhos passados e reconheço evolução nos meu trabalhos. Motiva-me saber que num futuro distante permanecerão os meus registos a contar muitas historias de diferentes passados. E o contrário? Há, na tua atividade fotográfica momentos de desmotivação? Não gosto quando vejo por parte de fotógrafos e agencias, a utilização da fotografia como um meio de criar falsos sonhos e ilusões nas modelos, meramente para proveito próprio. Como dizia Henri Cartier Bresson, “é preciso fotografar sempre com o maior respeito pelo tema e por si próprio”. E entendo que esse respeito por nós próprios engloba obrigatoriamente o respeito pelos outros Dentro de vários géneros , o que é que, em fotografia, mais te atrai? Eu tenho feito muitos trabalhos fotográficos em diferentes géneros – bebés, moda, nu artístico, foto reportagens nocturnas, eventos, casamentos… Torna-se uma difícil escolha, pois em cada género existem diversos elementos que alimentam o gosto pela fotografia. Será mais facil identificar os que menos me atraem… Macrofotografia e Paisagem… talvez pela menor interacção com pessoas, e tambem porque nestes géneros fotográficos nunca temos o reconhecimento do nosso trabalho pelo objecto da fotografia. E para mim o mais importante é sempre o gosto e satisfação de quem é captado pela minha objetiva. É esse o meu combustível, que me faz mover e querer continuar a fotografar. Amol magazine_18


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Portefólio/Rui Neto Nstyle Tens mestres na fotografia? Quem te inspira? Para não me esquecer de nenhum, não faço referência a fotógrafos Portugueses… A nível externo são sempre de apreciar trabalhos de fotógrafos como Mario Testino, Mert Alas & Marcus Piggott, Vinoodh Matadin, Solve Sundsbo, Rankin e Nick Night. Qual é o teu projecto de sonho? Talvez um dia abrir uma Academia para ensino de fotografia e com espaço para um mega estudio para grandes produções. Se te dessem a possibilidade de escolher um/a modelo e um local para o/a fotografar… Quais seriam as tuas escolhas? O local seria Nova York… Adoro!!! Quando lá estive ainda não tinha equipamento em condições, e só conhecia o modo automático… Quanto à modelo… Bem, acho que vou abrir um casting! Sentes-te evoluir à medida que vais fotografando? Quais os aspectos em que sentes uma maior evolução? Se eu não me sentir a evoluir é sinal de preocupação. Não precisam ser grandes passos… se subirmos sustentadamente um degrau por dia, ao fim de um ano estaremos 365 degraus acima do ponto de partida. Os pontos em que vou sentindo maior evolução predem-se com a própria técnica fotográfica e domínio da luz.Para além da fotografia, quem és tu? Na realidade a fotografia é que vem para além da minha actividade profissional, que ocupa o meu dia a dia. Sou Diretor Industrial numa fabrica do ramo da metalomecânica. Além disso ainda tento conciliar a minha vida pessoal, as idas ao ginásio, e o estar com os amigos. Se é facil? Não… Não é… Mas se fosse fácil não teria o mesmo gosto. Consegues olhar o mundo com “olhos normais”, ou vês o mundo através do visor duma camara? Não me consigo dissociar da fotografia. Esteja a conduzir, a passear, no café, etc, dou por mim por diversas vezes a estruturar um enquadramento para algo que se depara na minha frente. E faço a fotografia… seja mentalmente, seja fisicamente, nem que seja com o telemovel, caso tenha oportunidade. Amol magazine_20


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Portefólio/Rui Neto Nstyle Qual a tua opinião sobre o projecto Amol? Desde que conheço este projecto que o aprecio imenso. Não só pela qualidade dos trabalhos e modelos apresentados, mas acima de tudo pelas oportunidades de desenvolvimento de carreira que proporciona às diversas partes interessadas – modelos, fotógrafos, maquilhadoras, etc Certamente muito ficará por dizer…. mas deixamos-te agora um pouco de espaço para em discurso directo nos falares um pouco mais de ti e nos mostrares um pouco mais do teu trabalho. Na realidade, procuro sempre sair da subjetividade da minha visão, e ser o maior critico dos meus próprios trabalhos e guardo esses resultados para mim, quer sejam bons quer sejam menos conseguidos. Assim, sobre os meus trabalhos, prefiro que sejam as pessoas a fazer essa avaliação, com a maior sinceridade possível, pois so assim se pode evoluir de uma forma continua e sustentada. Sou muito exigente na selecção de fotos e nunca entrego uma fotografia se aos meus olhos, tiver consciência que o resultado não é propriamente o esperado. Sou da opinião que na fotografia não há segredos e que não existem “donos” de determinados estilos. É a universalidade da fotografia… A partilha do conhecimento. Fico a aguardar a visita em: Rui Neto NStyle: www.nstylephoto.net www.facebook.com/NStylePhoto Duplolhar: www.duplolhar.com www.facebook.com/DuplOlhar

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Cinema João Alves é um biólogo marinho que abandonou a ciência para fazer desenhos animados. Em 2010 realizou a curta metragem "Bats in the Belfry", premiada em vários festivais, incluindo MOTELx, Fantasporto e Shortcutz Lisboa, e que permitiu fazer vários amigos, entre eles a Maria João Lima (repórter habitual desta rubrica). Actualmente é editor de video e designer de aplicações para smartphones, e está a realizar a sua segunda curta metragem - " inhuman". Escrever para a Amol é a sua primeira aventura no jornalismo.

Silver Linings Playbook

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om o aproximar dos Oscars, começam a chegar às salas de cinema nacionais filmes que trazem consigo o peso das nomeações e

a promessa de estarem entre os melhores dos últimos 12 meses. “Silver Linings Playbook”, “Guia Para Um Final Feliz” em português, está nomeado para 8 estatuetas, desde melhor actor e actriz, a melhor realizador. O filme, um dos grandes candidatos do ano, retrata a vida de Pat (Bradley Cooper) um ex-professor, que foi despedido e internado numa clínica psiquiátrica após um episódio de violência, e que agora tenta, com a ajuda dos pais, aprender a viver sem as drogas que controlam os seus impulsos violentos. A recuperação tem dias melhores que outros e a obsessão em recuperar o casamento destruído é um obstáculo sempre presente. Um dia ao jantar em casa de um amigo, Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence) que está a recuperar da morte recente do marido e é posta de parte por todos à sua volta. A relação de ajuda mútua entre estes dois “desajustados” desenvolve-se em torno de promessas, dança e superstição desportiva. A sociedade suburbana, o drama familiar de lidar com a doença mental e as escolhas emocionais estão retratados de forma incrivelmente realista e facilmente o espectador se identifica com uma das personagens, principais ou secundárias, em uma ou várias situações. Os actores estão brilhantes, e o casting surpreende pela positiva, como por exemplo Chris Tucker, mais conhecido das Amol magazine_24

comédias de acção “Rush Hour”, tem um papel pequeno mas surpreendentemente importante e sincero. E talvez esta seja a melhor forma de definir o filme, é um filme honesto. As duas personagens principais são “anormais”, mas entre eles há uma honestidade que as pessoas “normais” não têm, e por isso não são tão felizes como estes dois loucos. A realização é muito boa, mas a edição, consegue estar ainda melhor. Mas a estrela aqui é o guião, tem os moldes normais, a partir de uma certa altura há coisas previsíveis, mas os diálogos, a premissa e todos os pormenores, desde a linguagem específica de apostas às discussões das personagens estão fantásticos. Oscilando entre momentos de drama intenso e comédia hilariante, “Guia Para Um Final Feliz” é uma excelente comédia dramática, e um óptimo candidato aos Oscars, e uma lição de vida. 9/10


Entevista Cinema

SHORT CUTZ N

o início do seu terceiro ano de existência, com mais de 120 sessões em Lisboa e mais de 80 no Porto, SHORTCUTZ é um exemplo de que a crise não é razão nem desculpa para a a cultura parar. Dia 23 de Fevereiro celebra-se a gala de entrega dos Prémios SHORTCUTZ 2012 onde as melhores curtas-metragens nacionais serão mais vez premiadas e os seus autores reconhecidos e incentivados a continuar a produção cinematográfica nacional. O SHORTCUTZ não discrima géneros, tem sempre presentes membros das equipas de produção das curtas, e o que começou no bar Bicaense em Lisboa, e se expandiu depois para o Hard Club no Porto, agora é uma rede internacional que chega a Madrid, Londres, Berlin e Amsterdão. Falámos com Rui de Brito, o criador do movimento SHORTCUTZ e director executivo, e com Sandra de Almeida e Luisa Sequeira, Produtoras Executivas dos SHORTCUTZ de Lisboa e Porto respectivamente. – Como surgiu a ideia para o SHORTCUTZ? Rui de Brito (RdB) - Eu acho sinceramente que quem vai ‘salvar’ o mundo serão os jovens talentos criativos. Novas ideias, novos negócios, novas maneiras de ver o Mundo, criar as próximas Microsofts, Apples, Googles e trazer riqueza e prosperidade às cidades onde estão inseridos. A melhor maneira para uma cidade vingar no

futuro é criar as infra-estruturas e condições necessárias para se tornar o mais funcional e excitante possível, de forma a potenciar o seu lado criativo, cultural e artístico, assim como social de maneira a conseguir fixar e/ ou atrair esses jovens criativos. Serão estes jovens que farão a diferença na grande revolução económica que se aproxima. Uma economia do futuro, baseada na criatividade, na arte, na investigação. A Economia do Conhecimento. E este é o princípio por trás do meu projecto LABZ. Arranjar formas de tornar as nossas cidades mais estimulantes criativamente, de forma a atrair e fixar esta nova geração de talentos criativos. Da plataforma LABZ fazem parte o SHORTCUTZ (curtas-metragens), o OFFBEATZ (música e videoclips), o TRENDWAYZ (moda) e o MASS MINDZ (tertúlias). – O que diferencia o Shortcutz de outros festivais? RdB - O principal é ser um formato semanal. Nós não queremos ser um ‘hype pontual’ mas sim um hábito. O SHORTCUTZ tem como objectivo criar o hábito de, todas as semanas, se poder tomar contacto com o que de novo se anda a produzir em curtas-metragens e possibilitar conhecer e interagir com as respectivas equipas criativas e técnicas. O objectivo é assim, mais do que um evento, criar um movimento semanal de referência nas várias cidades, Amol magazine_25


Entevista Cinema para dinamizar e estimular todo o meio da produção de ficção nacional, promovendo a sua exibição, discussão, divulgação e a interacção entre produtores, criadores, técnicos, ‘opinion makers’ e futuros cineastas e videastas bem como com o público entusiasta. Mais do que apenas outra mostra ou festival de curtas-metragens, trata-se, e isso sim, de uma verdadeira revolução na forma de ‘viver intensamente’ toda esta nova geração de produção de curtas, tornando-a uma parte constante, acessível e indissociável do pulsar vibrante do dia-a-dia das nossas cidades, quebrando com todos os estigmas de um passado por vezes elitista e distante do público em geral. – Como tem sido a adesão dos cineastas e do público? RdB - Tem sido óptima, como se pode comprovar ao vivo nas sessões. – Os Prémios SHORTCUTZ, têm a particularidade de premiar áreas do cinema normalmente ignoradas por outros eventos, podes falar-nos o porquê desses prémios e revelar alguma coisa sobre a cerimónia deste ano? RdB - O SHORTCUTZ é toda uma nova forma de pensar as curtas-metragens e, para nós, é tão importante o realizador, como o são todas as pessoas que também estão por trás do resultado final dessa mesma curta. Assim, é natural também darmos atenção a todas essas pessoas que normalmente são esquecidas pelos vários festivais de cinema. – Com o SHORTCUTZ actualmente presente em cinco capitais europeias, quais os maiores desafios em gerir uma rede mundial? RdB - Uma vez que não consigo estar pessoalmente presente em todas as cidades, o mais difícil é conhecer a fundo as equipas e mantê-las motivadas. Mas tenho tido muita sorte com as equipas. – Planos futuro, a curto e longo prazo? RdB - Primeiro solidificar o projecto nas cidades já pertecentes à network para depois a poder expandir com segurança. Outros planos passam por criar um canal de televisão internacional de curtas. – Os espaços e as gentes de Lisboa e Porto são muito diferentes, no que é que sentem que os vossos Shortcutz são únicos na rede mundial? Sandra Almeida – As cidades são todas elas diferentes, são vividas de forma diferente e não faria sentido o SHORTCUTZ não ter isso em consideração. Dou-te um exemplo: em Londres a sessão começa às 19h, em Lisboa começamos às 22h e, mesmo assim, há quem considere ser demasiado cedo. Amol magazine_26

Os espaços onde, todas as semanas, acontecem as sessões também têm características diferentes. No Porto, no Hardclub, a sala é mais “convencional”, muito maior que em Lisboa, com muitos lugares sentados. Em Lisboa estamos no Bicaense, um espaço mais acolhedor, numa zona de circulação entre Bairro Alto, Bica e Cais do Sodré. Temos duas salas, se não quiseres estar sentado a ver os filmes, podes estar no bar, na outra sala, a vê-los enquanto bebes um copo, fumas um cigarro e pedes ao Ivo Canelas para entrar na tua próxima curta-metragem. Mas o melhor mesmo é irem à sessão de terça-feira em Lisboa e darem um salto ao Porto na quarta, para poderem testemunhar tudo isto! Luisa Sequeira – Acho que o mais interessante no projecto SHORTCUTZ é a diversidade e o facto de cada espaço que acolhe o SHORTCUTZ ter características distintas que imprimem uma identidade própria ao festival, aqui no Porto o SHORTCUTZ é realizado em pleno coração da cidade, no Mercado Ferreira Borges, que é também Património Mundial (UNESCO) um edifício histórico onde actualmente funciona o Hard Club um espaço de animação cultural. A escolha do local também foi preponderante não só por ser um dos locais mais emblemáticos da cidade, mas também pelas excelentes condições técnicas. Cada SHORTCUTZ tem a sua programação e a sua equipa no entanto tentamos estar em comunicação com as outras cidades, para trocar curtas, ideias e contactos. O SHORTCUTZ serve para ser uma plataforma de contactos entre os convidados realizadores e público. O SHORTCUTZ Porto é um espaço de exibição e de discussão a volta das curtas mas também sentimos que pelo facto de ser semanal e com entrada gratuita estamos a formar novos públicos para o formato das curtas-metragens . Aqui no Porto estamos na 80ª edição, com excelentes curtas e um público muito generoso.

Shortcutz Porto Todas as quartas-feiras às 22h na sala 2 do Hard Club

Shortcutz Lisboa Todas as terças-feiras às 22h no bar Bicaense


MÚSICA Nuno Pinheiro, 30 anos, jornalista sem carteira. Nasceu e mora em Lisboa, numa casa com janela para o rio. Talvez por isso esteja muitas vezes bem-disposto e nunca escreva mal de nada. Colabora com a AMOL há uns bons meses e, que se saiba, não escreve sobre Música em mais lado nenhum. Também não precisa.

Toro Y Moi ANYTHING IN RETURN

Antes de começar a escrever sobre o este disco, abri o e-mail e tinha lá uma mensagem de um amigo meu que dizia: - “Já ouviste o álbum novo de Toro y Moi? Tem tanta coisa boa. É uma pérola” Coincidência ou magia do alinhamento dos astros, é de facto uma pérola. Toro Y Moi é o nome de palco do produtor Chazwick Bundick, um americano de 26 anos que tem trazido novos sons e novos ambientes à música do seculo XXI. Mexe-se entre o synthpop, o chillwave e eletrónica e embrulha tudo numa genial toada funk emocional. O single Say That, para além de perfeito, representa bem a sonoridade do resto do albúm. Quero com isto dizer que, quem gostar do single, gosta de tudo. Anything in return é homogéneo e nunca desilude ao longo das 13 canções por que é composto. Eu, se a vocês, ouvia. http://www.youtube.com/watch?feature=player_ embedded&v=gGmfOsdla2Y

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MÚSICA_ENTREVISTA Helena Oliveira é jornalista, licenciada em Ciências da Comunicação. Actualmente, integra um projecto televisivo na área da Música e, desde Outubro de 2011, é também colaboradora editorial da AMOL.

Cátia Tavares “… chegar ao prémio máximo que o nosso país entrega à melhor peça de teatro do ano nunca me passou sequer pelos sonhos!” –Cátia, como surgiu este gosto pela representação e pela música? Era muito novinha e os meus pais matricularam-me na Academia de Música de Vilar do Paraíso, iniciei no Ballet depois aprendi orgão, flauta transversal, piano e canto. Esta Academia proporciona aos alunos porem em prática os seus conhecimentos e o bichinho começou a crescer lá. Foi nessa Academia que me estreei no teatro musical, interpretei o papel de Nala no “Rei Leão”, de Jasmim no “Aladino”, participei no “Godspell, “Scents of Light”, “Feiticeiro de Oz”, “Musicais. com” e no Concerto “Missão Sorriso”. Todas estas experiências fizeram que o gosto pela música e representação fosse crescendo ao longo dos anos. –Como começou a sua carreira? Profissionalmente começou com um simples casting que fiz sem prespetivas, nem sabia bem para o que era, e ao fim Amol magazine_28

de um mês chamaram-me para integrar o elenco da novela Chiquititas e depois foram surgindo sempre propostas. –Este bichinho já é de família? Tal como eu o meu pai foi sempre fascinado por musicais. Desde sempre esteve ligado a grupos corais que dirige na paróquia e encenou peças de teatro musical. Posso dizer que sim, é um bichinho que me foi e continua a ser transmitido pelo meu pai. –Foi a Cátia que incutiu isso na sua irmã? Penso que sim, mesmo sem intenção isso acabou por acontecer. Geralmente um irmão mais velho é uma referência para o mais novo, e a minha irmã, por esse motivo entre outros, talvez tenha seguido o mesmo caminho que eu. Curiosamente mesmo estando as duas ligadas a

mesma área, cada uma de nós tem o seu próprio estilo e o gosto apurado para áreas diferentes. –Como foi a participação na novela Chiquititas? Foi excelente! Um ano fantástico na minha vida e que sem duvida me marcou enquanto pessoa e profissional. –Foi um marco importante para a sua carreira na representação? Sem duvida. Primeiro porque foi a minha primeira experiência em televisão e porque foi no seguimento da minha ida para Lisboa que os trabalhos nesta área foram surgindo, felizmente, sem parar até eu própria querer fazer uma pausa. –Como se sentiu quando ganhou um globo de ouro da SIC pela peça “West Side Story”? É inexplicável! Antes de ter sido convidada para interpretar a “minha


Maria” como carinhosamente lhe chamo, já tinha sonhado e já me tinha passado pela cabeça um dia vir a interpreta-la, mas daí a chegar ao prémio máximo que o nosso país entrega à melhor peça de teatro do ano nunca me passou sequer pelos sonhos!! Não por não acreditar no produto mas porque naquele mesmo ano estavam a concorrer connosco peças fantásticas, com atores maravilhosos e nunca pensei que o nosso musical ganhasse . –Foi um marco até ao momento na sua carreira? Foi sem duvida até hoje o papel da minha vida. Não por ser a protagonista, mas por todas as coisas boas e menos boas que foram consequência deste trabalho. Porque com as coisas boas diverti-me e desfrutei, com as coisas menos boas cresci, amadureci e torneime num bocadinho da mulher que sou hoje. Por isso só tenho a agradecer a esse projeto. –É versátil Cátia? Não sei se o sou. Mas tento ser ao máximo tanto a nível profissional como pessoal. Em termos profissionais direcionei toda a minha formação para poder ser o mais versátil possível, tanto a nível da musica, como da representação como da dança e por

isso a minha grande paixão pelo teatro musical que reúne todas estas áreas. A nível pessoal, por ser demasiado exigente comigo e tentar entender os outros mas ao mesmo tempo explicar os meus pontos de vista para me entenderem a mim também, acho que me torna uma pessoa versátil pois aceito toda a gente tal como é e tento, com isso , enriquecer-me enquanto ser humano. –Já participou em vários musicais do Filipe Lá Féria. É uma apaixonada pelo canto? É sem duvida a minha maior paixão. A vida sem musica para mim, literalmente, não faz sentido. Cantar e ouvir os outros cantar e fazerem musica é o oxigénio perfeito para quando as coisas por vezes não correm tão bem como nós queremos. –É uma forma de conciliar a música com a representação? Não há nada melhor para conciliar o canto e a representação. E para mim é um orgulho e um privilegio muito grande ter tido o prazer de trabalhar com o grande mestre do teatro musical em Portugal. –Actualmente está a participar no tributo dos Pink Floyd. Como está a

correr o projecto? Muito bem. Adoro musica dos anos 70, 80 e 90 e esta banda tem músicas que já eram muito comuns estar na minha playlist pessoal. Fazer parte deste projecto fez-me sentir ainda mais perto de uma geração musical que adoro e ter trabalhado com um grupo de pessoas novas e cheias de talento. Foi muito positivo. –Que projectos tem para 2013? Pode parecer cliché mas muito sinceramente o meu maior projeto para 2013 é ser feliz e depois de tantos anos só dedicada ao meu trabalho e a minha curta carreira, quero desfrutar da minha família, dos meus amigos e de tudo o que estes anos de trabalho me proporcionaram e, claro, abraçar os projetos que venham a ser vantajosos e desafiantes para mim enquanto profissional e pessoa. –Que gostaria de dizer aos seus fãs? Que não há palavras para agradecer todo o carinho e apoio que sinto da parte deles desde o primeiro momento. São eles que quando estamos mais desanimados nos dão força e animo para continuar. OBRIGADA não chega mas prometo fazer de tudo para nunca os desiludir. Amol magazine_29


MÚSICA_ENTREVISTA

Starlie (Mafalda) “Relativamente aos concertos é a minha paixão, entro em palco e esqueço tudo, vivo aquele momento com muito Amor, Energia e Satisfação.” –Como nasceu o gosto para a música? Muito cedo. Julgo eu que por influência da minha irmã que é mais velha do que eu 5 anos, que muito novinha iniciou os seus estudos musicais na Academia de Musica de Vilar do Paraíso, e como acompanhei os seus projetos daí começa o meu entusiasmo, inicialmente pela dança e depois pela musica, propriamente dita. Até aos meus 3 anos, era uma maria rapaz, só gostava de jogar a bola com os rapazes. Nessa altura pedi aos meus pais para ir para o ballet, foi uma surpresa muito grande para eles, mas como é óbvio deram-me a oportunidade, mesmo tendo consciência que não tinha jeito nenhum.
 A surpresa vem depois quando começaram a ver os meus projetos na Academia, e aí perceberam que eu nasci para dançar, ainda hoje é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, para além de cantar. –Foi preciso muita força de vontade para chegar até onde chegou? Sim, é verdade, não é fácil atingir os nossos objetivos, isto porque existem pessoas a fazerme críticas construtivas e isso é muito bom e faz-me crescer muito como pessoa e como Amol magazine_30

artista. No entanto por vezes deparámonos com obstáculos difíceis de ultrapassar, mas a minha força de vontade e a minha personalidade fez-me lutar sempre e conseguir tudo o que quero por mérito próprio. –Quem é a Mafalda e quem é a Starlie? Ora bem, a Mafalda é uma menina com 18 anos como todas as outras, que estuda, ri, chora, diverte-se, melhor dizendo faz tudo aquilo que as meninas de dezoito anos fazem. Mas tem um gosto muito especial pela representação, quer de teatro quer de televisão.
A Starlie é uma “personagem”, uma “Pin up”, criada com muito brilho e cor, para transmitir esperança, alegria e mostrar às pessoas que também existem coisas boas na vida para a levarmos de uma forma mais positiva e mais feliz. À imagem juntamos a música Pop Rock e a dança que faz um espetáculo diferente do que existe em Portugal. Os Portugueses e Portuguesas também têm o direito de sonhar como os restantes habitantes do Mundo. –A sua família tem um peso importante na sua carreira? Sem dúvida, sem ela não teria chegado onde


estou, sempre senti a minha família na retaguarda a darem-me apoio. Quando desanimo por qualquer motivo, logo eles estão para me apoiar a continuar a lutar por aquilo que eu quero. –Como foi entrar no mundo dos musicais? Iniciei os musicais na Academia de Musica de Vilar do Paraíso, onde fiz o “Rei Leão”, entre outros. Fiz também a “Loja dos brinquedos”, o “ Godspell”, “Música no Coração”, “ Um Violino no Telhado” e “A Gaiola das Loucas”. –O Rei Leão o que lhe faz lembrar? Ora bem. O Rei Leão é um Musical maravilhoso com muita energia, cor e com várias mensagens, uma delas é que a família é muito importante na nossa vida. É ela que nos ensina a seguir os melhores caminhos, que por vezes não os seguimos e só mais tarde é que percebemos que erramos, pois poderíamos ter sofrido menos no nosso percurso, para chegarmos àmeta. Ensinanos que a família está sempre presente nas nossas vidas, e quando nós precisamos ela está lá. –Como foi trabalhar como o Filipe Lá Féria? Comecei a trabalhar com o SR. FILIPE LÁ FÉRIA aos 12 anos, era uma criança, que já sabia o que queria. Trabalhar com o Filipe Lá Féria foi muito importante para mim, ele é realmente um MESTRE do TEATRO MUSICAL. Com ele cresci muito tanto a nível profissional como pessoal, sendo ele uma pessoa extremamente exigente, fez com que me tornasse mais responsável em tudo o que faço, profissionalmente. Ele sabe o que quer de nós e sabe

onde nós podemos chegar, daí ele consegue tirar de nós aquilo que temos e o que pensávamos que não tínhamos. Foi uma experiência para a vida. –Depois deu-se também a participação em Morangos com açúcar?

 Estava a acabar a Gaiola das Loucas em Lisboa e fui convidada a fazer o workshop dos morangos com açúcar, fiz e fui escolhida para fazer o papel da Patrícia da série 8. Foi mais uma experiência que me fez crescer porque trabalhar em televisão é diferente de fazer teatro. Enquanto no teatro estamos a ter o feedback do público na televisão não, só mais tarde é que nos apercebemos se os fãs estão a gostar do nosso trabalho ou não. –Foi após os Morangos com açúcar que decidiu ter uma nova imagem porquê? Posso dizer que foi durante os morangos, como todos sabemos a representação tem períodos em que há trabalho e tem outros que não, como tinha consciência disso, achei que tinha de trabalhar noutra vertente, para isso queria fazer algo diferente para marcar a minha passagem nesta vida. Para ser algo que chamasse a atenção teria que mudar a minha imagem e tinha de ser radical. Reuni uma equipa espetacular e aqui estou com um projeto arrojado, tenho plena consciência, mas que ainda vai dar que falar. –Foi um reconhecimento? Posso dizer que sim, ainda não é reconhecido como eu queria, mas vou chegar lá, disso eu Amol magazine_31


MÚSICA_ENTREVISTA

tenho a certeza. –Como tem tempo para a música e para a representação? Acho que de uma forma organizada há sempre tempo para tudo, e ainda tenho tempo para os estudos, quando nós queremos algo arranjamos sempre um tempinho. Tenho tido várias solicitações, como fazer Tele filmes, curtas metragens e como não gosto de dizer que não arranjo sempre uma maneira de conciliar tudo. Relativamente aos Concertos é a minha paixão, entro em palco e esqueço tudo, vivo aquele momento com muito Amor, Energia e Satisfação. –Como é que a Starlie vê o mercado nacional da música? A Starlie acha que na maioria das vezes os Portugueses dão valor ao que é estrangeiro e ignoram o que é feito cá em Portugal. Acho e Apelo aos Portugueses que dêem oportunidade aos seus conterrâneos para que eles não tenham de sair de Portugal para serem reconhecidos, o que é muito triste. –Onde é que a Starlie quer chegar? A Starlie quer crescer com o seu Amol magazine_32

publico e quer ir tão longe quanto o publico a quiser levar. A Starlie não nasceu para um ano ou dois mas sim para a vida. Como está a agenda de concertos para 2013? A agenda está a começar a ficar composta, estamos no inicio do ano e é a altura da Produtora tratar da agenda. Estamos à espera de mais confirmações, as prespetivas são muito boas. –O que gostaria de dizer aos seus fãs? Aos meus fãs quero dedicar-lhes todo o meu trabalho, é para eles que o faço, quero agradecer-lhes o carinho e apoio que me têm dado. Quero contar sempre com esse apoio , porque o apoio dos fãs é a energia que me faz andar para a frente, mais e mais. A todos eles um beijinho do tamanho do Céu. “VOCÊS SÃO OS MAIORES”


ENTREVISTA/RTV

Rirticências

Não resistimos a fazer a cobertura da gravação do 1º RIRticências. Foram vários os motivos. RIRTicências é um programa do Miguel Ribeiro, um amigo da Amol, o 1º profissional a dar a cara por este projecto, numa entrevista publicada logo na nossa revista nº 2, em Março de 2010. Na apresentação do RIRticências, com o Miguel, está a Karina Ferro. Uma jovem que viu a passagem pela capa da Amol abrir-lhe as portas da televisão. RIRticências traz a Amol para a RTV, pois, todas as semanas, a Maria João Domingues, capa de Outubro, apresenta um pouco da revista do mês. E logo após a gravação fomos ouvir o Miguel e a Karina.

–Olá Miguel, Ajuda-nos um pouco. RIRticências é o teu primeiro programa numa televisão? Não. A televisão é parte importante da minha atividade profissional. RIRticencia é o 3 projeto em televisão. –Como é que nasceu a ideia deste programa? Ter um talk show era um desejo que alimentava à muito tempo. Depois de alguns projetos um pouco diferentes, pensamos que seria chegado o momento de apostar. Aproveitando também o presente ano, onde assinalo 25 anos de carreira ligado ao mundo do espetáculo. –Como foi para ti viver primeiro programa? A azáfama habitual de início de projeto. Há tanto para fazer e é sempre aquela confusão habitual, o receio e claro a vontade de melhorar cada vez mais e mais. –O dois primeiros programas já foram para o ar, estão quase a gravar o terceiro. Satisfeito?

Sim, claramente. Ainda existe muito caminho pela frente, mas a vontade de fazer mais e melhor também é grande. –Conhecemos-te do teatro, da stand up comedy e agora temos um Miguel “talk show”. Onde é que te sentes peixe na água? O palco é sem dúvida a “minha praia. Hoje respiro a arte da representação pois ela é a minha principal razão de viver, sem isto certamente seria apenas mais um simples ser vivo. Mas adoro muito fazer televisão. –Que desejas para o programa? Gostaria que ele crescesse com uma forte vertente de comédia. Os povos em todo o mundo estão famintos de sorrisos… –Olá Karina, assistimos à tua estreia em televisão, na gravação do primeiro RIRticências. O que significaram para ti aqueles momentos? Foram momentos de grande

satisfação, ao ínicio estava um pouco nervosa pois é a primeira vez que estou no mundo da televisão, mas é com enorme alegria que faço este trabalho. –Quando vieste fazer a capa da Amol imaginavas que se ia abrir, tão rápido, uma porta para uma televisão? Nunca imaginava que viria ser apresentadora tão rápido, agradeço à revista e ao Pedro Cabral que me ajudaram neste novo projecto. –Como viveste o primeiro programa? Entusiasmo e, claro, ficamos sempre um pouco nervosos pois a 1ª vez é sempre um pouco mais complicado. –Estás satisfeita com o evoluir do RIRticências? Sim, estou. E tenho a certeza que será um sucesso. –E agora? O que esperas para o futuro? Espero continuar no mundo da televisão e em especial no entretenimento pois é o que me faz feliz. Amol magazine_33


Teatro Sara Cecília nasceu em Vila das Aves, Porto, há vinte anos, mas reside actualmente em Cascais. Formada em Interpretação e Artes de Espectáculo pela Escola Profissional de Teatro de Cascais, concilia ser modelo com ser actriz, dois mundos que a fazem apaixonar-se diariamente e reinventar-se.

Em Fevereiro aproveite as nossas propostas e deixese levar pela visão do mundo colocada nas tábuas de madeira do palco nestes espectáculos diferentes para todos os gostos e idades.

NÓS ou ensaio sobre a metamorfose Textos e direcção: Pedro Baptista Elenco: André Faria, André Gonçalves, André Sobral, Carmen Isidoro, Carmén Mesa, Sara Cecília 21-24 Fevereiro (Quinta a Sábado às 21h, Domingo às 16h) Teatro da Comuna Reservas: 911 597 596 Casa do Homem de Branco. Dois homens e três mulheres, fechados naquele espaço pequeno e claustrofóbico. Parecem mais do que cinco pessoas. São muitas. Muitas pessoas em cada um. O Homem de Branco traz o número oito ao peito. É esse o seu testemunho, é essa a palavra que veio espalhar na Terra. Mas as pessoas parecem demasiado perturbadas, loucas, evasivas. Distantes demais para conseguirem ouvir a mensagem. Nesta casa, há várias almas intersectadas. Todas elas ligadas por nós que dificilmente se (des)fazem. Nós em nós. Ouçam a mensagem. O Homem de Branco quer falar. SOBRE A PEÇA “Partindo do cruzamento de vários textos de minha autoria, pretendo aqui traçar um breve olhar sobre diferentes homens e mulheres do quotidiano. Num mundo globalizado onde a comunicação interpessoal tende a desvanecer para dar lugar ao individualismo e ao culto pessoal do ego, as pessoas tendem a parecer (…) organismos mecânicos que vivem desenfreadamente uns com os outros, num espaço que parece cada vez mais pequeno, onde o indivíduo que conheci hoje faz-me lembrar aquele que conheci ontem. Amol magazine_34

Todos estes pensamentos cimentaram a não existência de personagens nesta minha criação. Existem várias personas para cada actor.(…)E é aqui que também se pode falar de metamorfose –um fenómeno que está presente não apenas no facto de existirem personas que entram e saem pelo mesmo corpo físico durante toda a peça, mas também na mudança e na transformação do ser durante a evolução humana, no mundo real e actual. O crescimento através da anagnórise, a desfragmentação do eu. O eu anterior, eu agora e o eu que quero ser. (…)Por isso, cada actor é um ou dois de nós. Cada um encara o outro ou ele mesmo. Por vezes, no cruzamento destes textos, encontramos personas que têm de fazer escolhas; por outras, apenas lhes resta o peso das suas próprias acções. Há nós que foram feitos e desfeitos; e nessa medida, o título principal da peça é propositadamente ambíguo. Refere-se a “nós”, primeira pessoa do plural, retratando-nos enquanto pessoas, cidadãos, indivíduos, seres humanos. Por outro lado, refere-se aos “nós”, aos “laços” afectivos que construímos ao longo da vida, na nossa convivência em sociedade, em família; esses nós que nos unem e que, por vezes, estão fortemente apertados, aumentando a nossa urgência em querer desfazê-los, em querer rompê-los. Partir, voltar, destruir, reconstruir esses nós. Portanto, neste meu trabalho (e na minha vida) existem ainda muitas questões sem resposta. Questões essas que


eu próprio, enquanto autor (e enquanto ser humano), coloco ao público e a mim mesmo. Aqui pretendo fazer uma interrogação sobre o futuro. Uma tentativa de perceber a nossa evolução, questionando-a.(…) Como somos quem somos?” Pedro Baptista

O SOM DOS SONHOS Musical

SOBRE O AUTOR

Texto/Encenação: Sandra d’Andrade Coreografia: Pedro Simões Elenco: Alberto Sogorb, André Faria, Isabel Bernardo, João Fernandes, Mafalda Gomes, Marta Carilho, Raquel Mariano, Pedro Simões, Sara Barbosa e Sara Roberto Design: Ana Gaspar Auditório Carlos Paredes (Benfica) 9, 10, 16 e 17 de Fevereiro 2013 Bilhete: €8 Sábado: 21h30 Domingo: 17h30 Reservas e informações 218 400 213 / 911 155 558 producao@vozesemconserto.com

Pedro Baptista iniciou a sua formação artística em 2008, frequentando aulas de Teatro e Dança. Completou dois anos de formação em Teatro Musical e trabalhou com diversos artistas, dos quais Wanda Stuart, Henrique Feist, Isabel Campelo, Nicky Hallett Campbell, entre outros. Como bailarino, frequentou workshops e aulas pontuais de Dança Contemporânea e Sapateado. Em 2012, completou o curso anual de formação de actores no Teatro Amélia Rey Colaço, dirigido por Valéria Carvalho, onde foi também convidado para trabalhar como assistente de encenação do exercício final de curso. Interpretou as peças Lixo, de Francisco Nicholson, e Comédias da Vida Privada, de Luís Fernando Veríssimo. Ainda no mesmo ano, participa no espectáculo A Lã e a Neve, da coreógrafa Madalena Victorino, na Fábrica ASA (Guimarães - Capital Europeia da Cultura) e na Culturgest (Lisboa). NÓS ou ensaio sobre a metamorfose é o seu primeiro projecto enquanto autor e encenador.

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Arquitectura Elsa Afonso, de 28 anos, vive no Porto e terminou o curso de Arquitectura na FAUP em 2009. Paralelamente à sua actividade profissional como arquitecta, já fez alguns trabalhos como modelo fotográfico. Em janeiro de 2013 dá inicio à sua colaboração com a AmolMagzine

Eduardo Souto moura N

o início do ano Eduardo Souto Moura foi distinguido com o Prémio Wolf 2012, pela contribuição do seu trabalho no desenvolvimento da arquitectura contemporânea. Este prestigiado prémio israelita é atribuído desde 1978 pela fundação Wolf em áreas como a matemática, física e artes visuais. A somar a este prémio internacional, Souto Moura recebeu em 2011 das mãos do presidente Barak Obama, o prémio Pritzker, a mais alta condecoração na carreira de um arquitecto. Em Portugal foilhe atribuído por três vezes o prémio Secil da Arquitectura (Biblioteca Municipal do Porto (1992), Estádio Municipal de Braga (2004) e Casa das Histórias Paula Rego (2011).

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imagem tirada de: http://www.tura.pt/wp-content/uploads/2013/01/Souto+Moura.jpg

O arquitecto nasceu no Porto em 1952, concluindo a sua licenciatura na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1980. No seu início de carreira trabalhou com o arquitecto Alvaro Siza (1975-79). O trabalho com arquitecto foi acompanhado pela docência. Foi professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto entre 1981 e 1991 e professor convidado pela Graduate School of Design Harvard University e a École Polytechnique Féderale de Lausanne Section Architecture, entre outras. As suas primeiras obras são uma referência da arquitectura portuguesa dos últimos 30 anos e é a cidade do Porto, onde vive e trabalha que beneficia do desenvolvimento do seu trabalho.

Com uma arquitectura reconhecível, a sua obra cruza as linhas modernas com a as técnicas tradicionais do Norte de Portugal, onde os muros em granito estão intercalados com planos de vidro, numa interacção contraste com o exterior, tanto pelas relações visuais como na sua integração, como acontece na casa das Artes (1981-1991). A suas obras urbanas procuram completar e enriquecer a imagem urbana, através da volumetrias com identidade própria (Casa do Cinema Manuel de Oliveira 1998/2003, Torre Burgo 1991/2007). A nível de desenho urbano destacam-se as intervenções no âmbito do Metro do Porto. A qualidade da arquitectura contemporânea Portuguesa já tinha sido distinguida graças à


obra do arquitecto Álvaro Siza, que foi condecorado com o prémio Pritzker em 1992 e o prémio Wolf em 1978. Estes constantes prémios atribuídos a arquitectos portugueses, permitiram a nível político pensar na arquitectura como “um grande activo” para a afirmação internacional de Portugal, segundo o secretário de estado , Jorge Barreto Xavier. Assim a 14 de Janeiro Jorge

Casa na Rua do Castro – Porto

Barreto Xavier, anunciou o plano para 2013- Ano da Arquitectura Portuguesa. O objectivo é o aumento da empregabilidade dos arquitectos, com uma campanha de propaganda da arquitectura portuguesa como uma marca. O Ano da Arquitectura Portuguesa irá assentar na comunicação da marca arquitectura portuguesa junto dos intervenientes do sector económico, na promoção dos serviços de arquitectura,

principalmente no sentido da exportação. O terceiro patamar prende-se com o estímulo à empregabilidade em portugal. Aguardamos que o orçamento de estado permita que esta iniciativa tenha viabilidade, pois ainda não foram adiantados valores estimados para desenvolvimento deste projecto.

Artigo – Elsa Afonso Fotos – Cláudia Lopes

Casas em Nevogilde – Porto

Edifício Foz – Porto Amol magazine_37


CAPA/liliana andrade

LILIANA ANDRADE 24 ANOS / VILA DAS AVES

–Vamos começar por tentar saber um pouco de ti. Qual é o teu curriculum de moda/fotografia até ao momento? O meu currículo é muito pequeno a nível de moda/fotografia. Começa por ser preenchido com alguns trabalhos na publicidade e com alguns concursos de moda, mas fica mais completo quando falamos em trabalhos relacionados à fotografia, que é realmente aquilo que mais gosto de fazer. Até agora fiz algumas produções fotográficas para revistas nacionais, sendo a mais reconhecida, para a Revista J. –E o teu currículo pessoal, quem é a Liliana? Relativamente a mim, não posso dizer muito, pois sou suspeita daquilo que possa dizer. Todavia considero-me uma menina simpática, responsável e lutadora. Neste momento estou a terminar o Mestrado e pretendo continuar para Doutoramento. Será certamente o ponto alto da minha formação pessoal. –Percebemos que mais do que passerelle gostas de fotografia. Estamos a falar

duma vocação para a fotografia ou apenas um passatempo que te dá gozo? A realidade faz-me gostar mais da fotografia do que da passerelle, pois não tenho altura suficiente para fazer desfile nem o corpo devidamente formatado e modelado para tal. Por isso, a fotografia foi ganhando a minha preferência, e na realidade, tornou-se uma grande paixão. Se é vocação? Certamente poderá ser, mas que me dá gozo, dá! E sinto-me bastante satisfeita por fazer fotografia e pelas produções que faço. –Em que pensas quando fotografas? Como é o teu diálogo com a câmara? Sinceramente, não penso em nada! Sintome num mundo completamente à parte, onde tento mostrar realmente aquilo que gosto de fazer. Acho que para que haja um

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–Em que pensas quando fotografas? Como é o teu diálogo com a câmara? Sinceramente, não penso em nada! Sinto-me num mundo completamente à parte, onde tento mostrar realmente aquilo que gosto de fazer. Acho que para que haja um diálogo temos que nos sentir à vontade, gostar daquilo que estamos a fazer e, naquele momento, sentirmo-nos sexy! Acho isso fundamental. –Como te sentes no papel de modelo? Sinto-me bem. Gosto daquilo que faço e do resultado que tenho tido. É bom sermos reconhecidos pelo trabalho que vamos fazendo, e isso torna-nos fortes e com confiança para lutarmos pelo que queremos. –Conhecemos-te através de alguns registos que poderemos considerar um pouco ousados. Como é que olhas para o teu corpo? Entusiasmam-te os registos mais ousados?Sim, o meu último registo foi bastante ousado e posso dizer que gosto do registo. Sinto-me bem com o meu corpo,mas não me sinto encorajada em ir mais além do que fui até agora!

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CAPA/liliana andrade

diálogo temos que nos sentir à vontade, gostar daquilo que estamos a fazer e, naquele momento, sentirmo-nos sexy! Acho isso fundamental. –Como te sentes no papel de modelo? Sinto-me bem. Gosto daquilo que faço e do resultado que tenho tido. É bom sermos reconhecidos pelo trabalho que vamos fazendo, e isso torna-nos fortes e com confiança para lutarmos pelo que queremos. –Conhecemos-te através de alguns registos que poderemos considerar um pouco ousados. Como é que olhas para o teu corpo? Entusiasmam-te os registos mais ousados?Sim, o meu último registo foi bastante ousado e posso dizer que gosto do registo. Sinto-me bem com o meu corpo, mas não me sinto encorajada em ir mais além do que fui até agora! –Há nas tuas sessões fotográficas um momento que seja mais marcante? O momento que mais aprecio nas sessões é quando já passou aquela fase de reconhecimento da área e do fotografo, onde se fica à vontade, onde não incomoda o número de pessoas que estão a ver. Acaba por ser aquele momento em que o corpo fica completamente solto e se expressa como se conseguisse falar! –E situações desagradáveis? Acho que nunca vivi uma situação desagradável. Posso dizer que aquilo que menos gosto é de ter pessoas por trás da câmara a olhar para mim enquanto fotografo. Parece que o nosso trabalho está a ser avaliado a cada instante e acaba por prender quer o fotógrafo quer a pessoa que está a ser fotografada. –Qual é a tua grande ambição? Ou, se preferires, a proposta irrecusável? A minha grande ambição é chegar a uma capa internacional! Era irrecusável e seria reflexo do trabalho e emprenho que tenho nesta área. –Em termos mais gerais, como vês o teu futuro? Quais são os teus sonhos? O meu futuro depende muito dos resultados que tenho ou que irei ter como modelo. Poderei ter oportunidades nacionais e internacionais, quer no mundo da moda quer no mundo da televisão, e

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certamente não recusaria propostas nessas áreas. Por outro lado, tenho sempre a vertente académica, de que não irei abdicar. –No teu dia a dia és uma mulher vaidosa? Sim, sou. Acho que se deve ser vaidoso. –Como são os teus tempos livres? Neste momento não tenho muitos tempos livres, pois estou a terminar a tese e isso rouba-me bastante tempo. Mas quando posso, opto por ver filmes e estar com as pessoas de quem gosto. –És capaz de deixar um conselho para as jovens que querem iniciar um sonho no campo da moda? Aconselho a não desistirem e a procurarem sempre agências credíveis e que lhes possam ajudar na concretização desse sonho. Nunca esquecer que uma boa agência não pede qualquer tipo de valor para iniciarem ou para fazerem book. Também é importante que se mantenham fiéis a vocês mesmos e que nunca se esqueçam de onde vêm! –Amolmagazine, que pensas do projeto? Acho que é um projeto inovador, visto os anos que já tem, e que mostra que realmente fazer uma revista não é apenas juntar várias pessoas! Há que trabalhar em conjunto e fazer uma equipa coesa de forma a obter os resultados que a Amol tem conseguido. –Foi difícil trabalhar connosco? Não! Foram bastante simpáticos e acho que se conseguiu bons resultados. Acho que poderá repetir-se pois senti-me muito bem.

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CAPA/liliana andrade

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Making of / Colaboradores

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Fotografia, produção e edição: Pedro Cabral Modelos: Liliana Andrade Make up: Marta Moreira Hairstylist: Clarisse Fernandes Jóias: Barroso’s Roupas: BlackSpider

Roupas: Amol magazine_45


MODA Florisa Nogueira nasceu em 1989, no Porto, e desde cedo se interessou por Moda. Seguiu Artes, em Produção Artística na Secundária Artística de Soares dos Reis em 2007, e está actualmente a estudar Design de Moda na mesma escola. Tem vindo a participar em diversos eventos e produções de Moda desde 2006.

procura acompanhar o espirito inquietante que gere as sociedades actuais. Por onde passa o teu percurso académico? Licenciatura em Artes Plásticas e Mestrado em Design de Ourivesaria descreve o meu currículo académico formal, contudo, é o percurso de vida e não o institucional, que nos molda. Desde Universidade, passando pela

joana madureira

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experiência de Erasmus, até a encontros improváveis sinto-me uma privilegiada por ter conhecido, manter contacto e trocar experiências com pessoas que se tornaram essenciais na minha formação e me ajudaram a concretizar ideias. Como surgiu o nome do projecto B’Rocked? A marca B’ROCKED aposta em novas formas criativas e

oana Madureira, a criadora da marca de acessórios B’ Rocked, está connosco na Amol para dar a conhecer o seu trabalho cheio de originalidade e

perícia que será o complemento ideal para a mulher que não tem medo de ser diferente. Quem é a Joana Madureira? Uma criativa que projecta a sua atenção sobre o mundo da moda, em particular nos acessórios. Alguém que reflete sobre o caracter individual e construção de imagem de cada um, numa perspectiva em que a jóia é o último detalhe que marca a assinatura de uma afirmação. Como surge a criação de acessórios na tua vida? É o corolário de um processo de maturação através do qual fui explorando a ideia de criação e composição, experimentando combinações de técnicas e artes procurando obter uma simbiose entre acessórios e corpo. O processo criativo tem como objectivo arranjar formas eficientes de comunicar em resposta ao que nos rodeia e sobre aquilo que cada um de nós é ou procura ser. A moda, tal como todas as áreas artísticas, Amol magazine_46

irreverentes de acessórios de moda. Senti a necessidade que o nome do projecto comunicasse esta perspectiva a um nível global. Depois de muito “Brainstorm” foi com a ajuda da minha amiga e designer de moda Carminda Faria, que criámos o nome. Surge do homofonismo entre as palavras “b’bocked”, “rock” (pedra e estilo musical), e “baroque” (barroco). O nome B’ROCKED espelha a associação de ideias que compõem a marca: Estilo, atitude e luxo arrojado. Como se caracteriza a mulher a quem se dirigem estas peças? Caracterizo-a como uma mulher que, gosta de si própria e tem a atitude de o demostrar. Um ser feminino que utiliza a moda e acessórios para promover a sua individualidade e ao mesmo tempo fazer sentir-se bem consigo própria. O acessório é um complemento, sem dúvida um detalhe importante, contudo sinto que nunca deverá sobrepor-se à pessoa que o usa. Daí a necessidade das minhas criações comunicarem com o corpo, precisarem deste e da sua forma para se tornarem inteligíveis e poderem ser apreciadas.


Quais são os objectivos futuros? Explorar todos os desafios possíveis dentro desta área artística. Continuar a desenvolver produtos personalizados para marcas e particulares, preparar novas colecções e trabalhar em conjunto com outros criadores em projectos que conciliam diferentes áreas de produção artística. Como te podemos contactar e encomendar uma das tuas criações? De momento, a minha página no facebook coloca ao dispor todos os contactos e locais de venda. Poderão encontrar criações minhas na Muuda – artesaboresdesign e na Escola de Joalharia Contemporânea Engenho & Arte instituição que continuo a frequentar. Com certeza muito ficou por dizer, gostarias de acrescentar algo mais? Aproveito esta oportunidade de divulgação, que desde já agradeço, para convidar os leitores da AMOL Magazine a estarem atentos e a acompanharem o projecto criativo B’Rocked. O que achas do projecto Amol? É importante dar voz aos novos criadores. A consagração de uma obra artística, permite-a apenas reivindicar o reconhecimento de uma reflexão sobre determinado instante, isto justifica o caracter pluridimensional da urgência de divulgação de contributos artísticos. www.facebook.com/B.Rocked. by.Joana Texto: Florisa Nogueira Fotografias: Pedro Pinho Modelo: Eliana Martins

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Em foco Enviem-nos os vossos trabalhos até dia 15 de cada mês, para geral@amolmagazine.net com “Em foco” no assunto. Em www.amolmagazine.net, no separador “Em foco” copiem a declaração de autorização de publicação que têm que nos enviar e aguardem a saída da revista. Se tivermos a vossa colaboração, todos os meses publicaremos um “Em foco”.

alexandre campinas Este trabalho surge da falta de fotografias com peles negras no meu portefólio. Iniciei um processo de candidaturas através da minha página no Facebook, procurando peles negras ou mulatas e decidi-me pela Jéssica Catoja.Convidei a maquilhadora Laura Zambujo, por apreciar os seus trabalhos, que se mostrou disponível para colaborar comigo. Curiosamente também procurava peles negras para maquilhar e portanto juntou-se o útil ao agradável.Escolhi os locais onde a sessão se realizou, e entre os cliques e a conversa foi um dia bem conseguido. A sessão deu para testar diferentes tipos de luz (natural e artificial). O objectivo foi cumprido, e em equipa demos o melhor de nós. Sinto-me feliz por a Jéssica ter conseguido com esta sessão despertar interesse por este mundo e transmiti-lo aos outros,. Ficha Técnica : Fotografia: Alexandre Campinas Modelo: Jéssica Catoia Make up: Laura Zambujo

Send us your photos until the 15th of each month for geral@amolmagazine.net with "Focus" in the subject. Go to http://www.amolmagazine.net/emfoco/ download the disclaimer you have to send us and get acquaintance with the rules of this editorial. We are waiting for you. Amol magazine_48


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FOTOS DOS LEITORES FOTO DO mês Categoria: tema livre Título: A sombra Autor: sandro porto

Categoria: retrato / Título: Korina / Autor: Renato Ferro

Categoria: Retrato / Título: Mirrors / Autor: Renato ferro

Categoria: moda glamour / Título: Where do we go from here / Autor: Renato ferro

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Categoria: moda glamour / Título: simplicidade com beleza/ Autor: Jorge alminhas


eu na amol “Eu, na Amol” é destinada a modelos/candidatas/os a modelo, que pretendam mostrar o seu trabalho. Enviem-nos os vossos trabalhos até dia 15 de cada mês, para geral@amolmagazine.net com “Eu, na Amol” no assunto. Em www.amolmagazine.net, no separador “Eu, na Amol” copiem a declaração de autorização de publicação que têm que nos enviar e consultem as regras da candidatura. Ficamos à vossa espera. Nome/Name: Joana Cunha Idade/age: 26 Vive em/Lives in: Porto Altura/Height: 172 cm Peso/Weight: 59 Kg

“Envio as minhas fotos porque gosto especialmente de fotografia e gostaria de mostrar ao ‘Mundo’ um pouco daquilo que consigo fazer a mim mesma…” “I’m sending my photos because I like photography very much and I’m willing to show the world what I can do with myself” Amol magazine_51


eu na amol

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“I am in Amol” is for those who are (or wish to be) models and want to share their work. Send us your photos until the 15th of each month for geral@amolmagazine.net with “I am in Amol” as the subject. Go to http://www. amolmagazine.net/eunaamol/ copy the disclaimer you have to send us and get acquaintance with the rules of this editorial. We are waiting for you. Amol magazine_53


Amol madeira Este é uma nova secção que está connosco desde Agosto. Contamos com a colaboração do Leo, que, da Madeira, procurará enviar-nos mensalmente uma “ flor”. Se resides na Madeira e queres participar podes contactar directamente o Leo ou a Amol magazine: leophoto@amolmagazine.net geral@amolmagazine.net Este mês trago-vos a modelo Eva Solange, com 18 anos. O seu interesse pela moda começou por volta dos 13 anos, através do contacto com amigos já inseridos nesta área. Além da dança, é a moda que a move e a faz sentir concretizada. Vestida por: Noivas Isabel

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Amol italy Loris Gonfiotti é um fotógrafo de Toscana, Itália. Considera que a aptidão para a fotografia de Glamour é inata e que o seu destino ficou traçado em 2003 quando encontrou a actual mulher e abraçou a fotografia de Glamour. Loris Gonfiotti è un fotografo italiano dalla Toscana. La fotografia Glamour è innata ed instintiva in lui e il suo destino si è proposto nel 2003, quando ha incontrato la sua attuale moglie/modella e ha intrapreso la strada della fotografia Glamour/Calendario. Ao fazer um teste fotográfico para uma marca de sapatos conheci a Zylfira e de imediato percebi o seu potencial como modelo – expressiva e com um físico harmonioso. De imediato decidimos fazer uma nova sessão para mostrar a sua beleza, elegancia e sensualidade. Facendo un test per delle foto commissionate per un brand di calzature, ho conosciuto Zylfira e mi sono subito reso conto delle sue potenzialità di modella espressiva e capace oltre che armoniosa nel fisico ed allora poi ho deciso di scattare con lei un set separato in studio per valorizzarne la bellezza , l’eleganza e la sensualità. Gi occorgimenti usati per la riuscita del mio set sono stati molto semplici ovvero lasciare che lei interpretasse la sua sensualità per poi farla catturare al mio obbiettivo.

A modelo Zylfira Bectyrganova nasceu em Petropavlovsk, Soltüstik Qazaqstan, Cazaquistão, há 22 anos, vive na Toscana (Itália) em Montecatini Terme (PT), manequim de publicidade em seu país. Foi fotografada por Loris Gonfiotti quase por acidente e, a partir desse momento decidiu tornar-se manequim. LA MODELLA Zylfira Bectyrganova nata a Petropavlovsk, Soltüstik Qazaqstan, Kazakhstan, 22 anni, vive in TOSCANA (ITALY) a Montecatini Terme (PT), fotomodella di pubblicità nel suo paese si è lasciata immortalare da Loris Gonfiotti Photographer quasi per caso e dal quel momento ha deciso di fare la fotomodella

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Amol italy Elena Di Girolamo tem 26 anos e vive em Anzio, perto de Roma. Fascinada pela fotografia desde muito jovem começou a fotografar há cerca de um ano e colabora com uma revista local desde que começou a fotografar. A partir de agora contaremos com a sua colaboração, desde Roma. Elena Di Girolamo ed ho 26 anni vivo a Anzio una località vicino Roma,ho iniziato da circa 1 anno con la fotografia ma sin da piccola ne rimasi affascinata! ha collaborato con una rivista locale ed un portale già da i miei primi scatti! A modelo Elsa Pinna nasceu em Anzio a 7 de dezembro de 1992. Fez a primeira sessão fotográfica em 2011 e, por razões diversas, só voltou a fotografar em Setembro com Elena Di Girolamo, numa sessão fotográfica que teve a colaboração de Deborah Tufano como maquilhadora. Elisa Pinna, sono nata a Anzio il 7 dicembre 1992. Il primo shoot l’ho fatto nel 2011 poi no ho più scattato per diversi motivi fino a settembre con un’altro fotografo e poi con Elena Di Girolamo dove la truccatrice Deborah Tufano si è presa cura del trucco..

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Fevereiro 2013

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Patrícia Ferreira, 24 anos, web designer. Vive em S. Felix da Marinha e possui uma paixão enorme pela fotografia e por isso é a nova colaborada da Amol Magazine que nos trás uma nova secção: New Face - Boys


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Nome/Name: João Carlos Azevedo Data nascimento / Date of birth: 17/07/91 Cidade onde reside / City: Santa Maria da Feira Medidas/details Altura/height: 1780cm Peso/weight: 65 Kg Torax: 95 cm Camisa: M Casaco: M Calça: 42 Sapato: 41 Cor/colours Olhos/eyes : castanhos / brown Cabelo/hair : preto / black Contactos: modelos@amolmagazine.net

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fevereiro 2013

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New faces/cรกtia trindade

Tipos de trabalho: Retrato / portrait Glamour Lingerie

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Nome/Name: Cรกtia Trindade Data nascimento / Date of birth: 12/08/1995 Cidade onde reside / City: Espinho

Medidas/details Altura/height: 168 cm Peso/weight: 53 Kg Peito/bust 34/36 cm Cintura/waist: 34 cm Ancas/hips: 90 cm

Cor/colours

Olhos/eyes : verdes / green Cabelo/hair : louro / blonde Contactos: modelos@amolmagazine.net

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