jornal da Páscoa

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s Escola nto de e elo m M a e p el d u Agru n a M ncisco D. Fra

Notícias & Companhia & Educação Especial: O GATO JUBAS

Era uma vez um gato chamado Jubas. Ele era um gato muito especial devido à sua magnifica juba. Quando os outros gatos o viam, soltava-se um sorriso de uma ponta à outra, porque ficavam muito contentes de o ver. Este gato era muito especial porque era o único com juba de leão. Quando ele era pequeno parecia um leão bebé. Era maior e mais forte do que os outros gatinhos, por isso tinham medo de brincar com ele. Um dia, veio um cão e assustou todos os gatos, os bebés também, mas o Jubas foi muito corajoso e deu uma valente dentada ao cão para defender os outros gatos.

A Amizade ameniza as

Vencedores

Eu sou muito bem disposto! Filipe Rodrigues nº 11

6º 6ª

Poema de

tarefas difíceis

Amizade

Porque não as realiza-

A Amizade torna os far-

6º Ano Turma 3 — Kaiting Liu

dos mais leves,

7º Ano Turma C — Luís Frois

meio.

Porque os divide pelo A Amizade intensifica as alegrias, Elevando ao quadrado,

Problema da Matemática: Com uma ampulheta de 7 minutos e outra de 11 minutos, qual é o método mais rápido para controlar a cozedura de um ovo, que deve demorar 15 minutos? A solução vem na próxima edição do nosso Jornal!

Na matemática do cora-

São dois cérebros a pensar, E quatro braços a agir. A Amizade diminui dis-

A Amizade esvazia o

É alguém perto de nós.

Embora, longe, o amigo

sofrimento, Porque a simples lem-

Como o pó de talco na ferida.

A Amizade esbanja confidências redentoras, Problemas, partilhando percalços, Felicidade repartida,

A Amizade coloca a música e poesia

Alunos: Guilherme, Magda Nogueira, Ana Raquel, Filipe Rodrigues, Bruno Albuquerque, Marcela, Vitor Santos, Adriano Pereira, Andreia Chen, Ekaterina, Sergueivna, Armanda, Carina.

Clubes: Jardinagem, Eco-Escolas, Teatro.

no, A Amizade é a doce canção da vida E a poesia da eternidade. metade de nós, O lado claro e melhor, Sempre que encontramos um amigo, Encontramos um pouco mais de nós mesmos, O amigo revê, desvenda, comporta…

Agrupamento de ESCOLAS D. FRANCISCO MANUEL DE MELO, Biblioteca Escolar /Centro de Recursos Março 2009 Jornal Notícias & Companhia PÁSCOA

Visitas diárias à BE dos alunos do 4ºano: O que podes fazer na BE? Caixinha Mágica da Leitura

Exposição

da BE

Um Autor vem à Escola: Augusto Carlos

Leitura de poemas & outros textos

Feira do Livro

Dramatização de um conto, por Paulo Firmino — 5º 4ª

Ida ao Teatro com o Grupo de Teatro

Se eu fosse um Livro...

Entrevista

Esta Páscoa O Projecto Indie

4/ 6

Semana da Leitura

7/ 15

Concursos de Leitura

16/ 18

Dia dos Namorados

19

Liberdade & Vítimas do Holocausto & Internet

20/ 25

Museu de Macau & Língua Materna Pâques & Easter

26/ 28

Animação & Teatro

29 30/ 31

Os teus textos

32/ 33

Eco-Escolas

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Ed. Especial

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Rasmitália 5ª 2ª

Viva a Leitura! Semana da Leitura 2009 na BE/ CRE 7 a 13 de Março

Reprografia: Paula Marcelino.

2/ 3

Na lealdade do quotidia-

Participação: Professores: Paulo Serra, Maria José Barros, Carina Quental, Ana Isabel Quintas, Maria Luís, Graça Pinto, Clara Castanheira, Pedro Mota, Lurdes Silva, Paula Porfírio Silva. Funcionária: Paula Carvalho.

Aniversário da nossa Escola

Aventura acrescida.

A Amizade é a outra

tâncias,

Do amigo acalma

Coordenação: Prof. Filipa Beaumont

mos sozinhos.

ção.

brança Editorial

Nesta Edição:

Vamos receber esta Páscoa com muita Amizade!

Campeonato — ‖Jogo do 24‖ 5º Ano Turma 2 — Natália Nunes

Março de 2009

Notícias & Companhia

Desde então, o Jubas ficou muito conhecido. Todos o admiravam e queriam brincar com ele. O chefe dos gatos declarou o ―Dia do Jubas‖. Nesse dia, todos os gatos punham jubas de penas, flores e pêlo de ovelha. O Jubas ficou muito feliz porque nessa altura havia mais gatos como ele. Eu nunca vos deixarei mal, amigos!

Edição da Páscoa

E tu? Também foste um bom leitor? Consulta as páginas: Semana da Leitura Concurso de Leitura: 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo CNL Entrevista ao Autor Augusto Carlos Quem foi o melhor leitor neste 2º período lectivo? O que podes ler durante estas férias!


Aniversário da Escola D. Francisco Manuel de Melo 10 Janeiro 2009

É mesmo uma data especial e para quem não sabe é o dia do Aniversário da Nossa Escola! Mais um ano a acrescentar… Na nossa BE, celebrou-se com este pequeno painel, mas soubemos que decorreu na Biblioteca Nacional, no Brasil, uma Exposição sobre o nosso patrono! D. Francisco Manuel de Melo uma vida entre as armas e as letras/ Exposição de livros da Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (Brasil). Entre 19 de Dezembro de 2008-30 de Janeiro de 2009. ―…D. Francisco Manuel de Melo, erudito português e escritor polido, viveu numa época de mudanças, em que Portugal resgatou sua independência, libertandose do domínio espanhol. Testemunha ocular da história e militar de carreira, depois de participar de várias campanhas navais e terrestres e de batalhas a serviço do reino de Castela, retornou à sua pátria, aderindo ao movimento de libertação. Foi feito prisioneiro parte significativa da sua vida, chegando a cumprir pena Página 2

de degredo no Brasil, quando escreveu algumas das suas melhores obras. Consta que o verdadeiro motivo da sua prisão foi um encontro que teve com o rei de Portugal (o duque de Bragança, recém-coroado) na casa de uma dama da nobreza, ―senhora de mui bem fazer‖ (cujo nome a decência manda calar), que era do interesse de ambos. D. Francisco e o Rei desembainharam as espadas e lutaram. Parece que D. Francisco levou vantagem; pouco tempo depois, foi acusa-

mo tempo uma testemunha inteligente e articulada de seu tempo, marcado pela União Ibérica e por esse mosaico de conflitos que chamamos a Guerra dos Trinta Anos. Ele representa muito bem a geração de nobres portugueses que fazem carreira no contexto da Monarquia Espanhola e que experimentam o súbito desaparecimento do terreno político em 1640, com a Restauração, quando Portugal recupera a soberania. As

do de um assassinato em circunstâncias que indicavam um evidente desagravo da majestade ofendida. D. Francisco faleceu em 1666, em Lisboa, na véspera de completar 58 anos. Marcando a passagem dos 400 anos do seu nascimento e por sugestão de Jaques Brand, pesquisador da Divisão de Obras Raras, poeta, jornalista e estudioso de D. Francisco Manuel de Melo, a Biblioteca Nacional Brasileira mostra parte de sua colecção preciosa, com edições originais do autor. Segundo Jaques Brand: ―D. Francisco Manuel é um escritor intrigante, uma personagem histórica e ao mes-

dúvida fazem de Melo (como também pode ser chamado) uma das figuras mais interessantes das literaturas ibéricas, como aliás observou Menéndez y Pelayo. ―

peripécias de sua vida e a variedade de seus escritos sem

Visita de Estudo ao Museu de Electricidade :

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Notícias & Companhia

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Edição da Páscoa

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A Exposição apresentou D. Francisco Manuel de Melo em 7 pontos Um dos aspectos interessantes deste Programa onde cada escola passa a pertencer a uma Rede, reside no estímulo ao estabelecimento de laços entre as Eco-Escolas, que se tem traduzido na multiplicação de iniciativas onde se cruzam experiências e actividades (seminários, reuniões regionais, colóquios, iniciativas de autarquias, escolas, etc.). Na internet, foi por outro lado desenvolvido um sistema de linking em www.eco-schools.net . Esta mais recente ferramenta disponibilizada pela Fee, pretende contribuir para uma mais efectiva comunicação entre as diferentes escolas, facilitando o estabelecimento de intercâmbios a nível nacional ou internacional. Pretende-se desta forma contribuir para o alargamento de horizontes dos jovens que participam no Programa. Para informações actualizadas sobre o Programa consultar: www.abae.pt e o teu Painel Eco – Escolas (Pavilhão A).

― A ideia é todos participarmos, activamente, contribuindo para uma melhoria global do ambiente da escola e da comunidade. Podes participar de diferentes formas (clubes, trabalhos da turma/grupo, Área Projecto, Conselho Eco – escolas) e contribuir para essa melhoria, mesmo com pequenos gestos (deitar o lixo no local certo, reciclar, utilizares transportes alternativos, etc.)…‖ Conselho Eco - Escolas O seminário Eco Escolas 2009 decorreu em Seia nos dias, 16, 17 e 18 de Janeiro. O coordenador do projecto da nossa escola, foi

1 Informação biográfica, com a obra referencial de Edgar Prestage, publicada em 1914; 2 Um original manuscrito de 1653, da Aulla Politica, que se não foi autografado, pelo menos, teria circulado em vida do autor;

o professor Vítor Palminha e estiveram com ele neste evento os professores: Pedro, Dulce, António Gualdim, Filipa Beaumont, Ana Margarida, Maria Luís, Carina Quental, Paulo Sá e Maria José Barros… a nossa escola esteve representada neste evento e nele trocamos experiências e saberes para aplicar, de modo a facilitar e adequar aprendizagens, numa área que cada vez mais necessita de ser reforçada em comportamentos rumo a um futuro mais limpo e saudável. queremos em primeiro lugar agradecer aos responsáveis e a todos os envolvidos na logística, pela forma como nos receberam e planearam o evento, de modo que os participantes pudessem manter o interesse nas actividades propostas, nos painéis e ainda participarem activamente nos workshops. Os painéis escolhidos foram muito interessantes não só pelo conteúdo, mas também pelos comunicadores que estiveram à altura das expectativas do seminário. Eventos destes valem sempre a pena! Jornal Escolar / Pedro Mota

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Notícias & Companhia

3 Primeiras edições, como exemplares de "Epanaphora triumphante", que trata da restauração de Pernambuco em 1644, contando a vitória dos por-

7 A Sua visão política e social, em Apólogos Dialogais, (imagem à direita, em duas edições) que traz, por exemplo, um fascinante diálogo entre quatro moedas, guardadas na gaveta de um avarento. Cada moeda ―fala‖ de suas impressões do mundo, da condição humana, dos efeitos do dinheiro sobre o carácter e o comportamento do homem, na sociedade ibérica do século XVII; Para Jaques Brand, D. Francisco viveu ―uma vida entre as armas e as letras‖, foi uma espécie de Hemingway seiscentista, um homem que esteve no calor dos combates e nos bastidores das intrigas políticas das altas esferas, que viveu amores e ódios, dividido entre a cultura provinciana de Portugal e o cosmopolitismo castelhano. Em certo sentido, é possível afirmar também que D.

Edição da Páscoa

tugueses sobre os holandeses, em tom de elogio;

mento de Deus, o casamento do Diabo e o casamento da Morte. O casamento de Deus é o do jovem

4 Obras morais, publicadas em castelhano;

com a menina, porque podem viver com alegria. O casamento do Diabo é o da velha com o jovem, porque viverão em perpétua discórdia. E o

5 Cartas familiares que, segundo o próprio autor, foram mais de 22.600 só nos primeiros seis anos de ser prisioneiro; 6 A obra mais popular, intitulada Carta de Guia de Casados. Uma de suas passagens mais curiosas explica a existência de três tipos de casamentos: o casa-

Francisco Manuel forma um capítulo português do Siglo de Oro, razão a mais para tornar o acervo da sua obra um tesouro de valor inestimável para todos, que herdamos essa língua e essa cultura. Outras obras de e sobre D. Francisco Manuel de Melo, além dos 24 itens expostos, constam do acervo da Fundação Biblioteca Nacional.

casamento da Morte é o da menina com o velho – que pode apressar sua morte, ―ora pelas desconfianças, ora pelas demasias‖ – vale dizer que D. Francisco morreu solteiro;

Quando leres esta página, vais com certeza, ficar a saber muito mais coisas sobre o nosso patrono!

Rio de Janeiro, 19 de Dezembro de 2008. Ana Virginia Pinheiro

(Adaptado pela Equipa da BE)

Edições dos Apólogos Dialogais

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Os teus TEXTOS:

O que é a Páscoa?

-Sim, senhor! – dizem todos.

O que é a Páscoa? A celebração da Primavera: Muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera. Para os antigos, festejar a Primavera, sempre representou a imagem da passagem de um tempo escuro, para um mundo iluminado cheio de luz, a vida na natureza era agora feita do RENASCER… A palavra Páscoa vem do hebreu ―pessah‖ e significa ―passagem‖, ―mudança‖, refere-se ao êxodo, saída do Egipto de Moisés . As principais religiões têm celebrações importantes por altura da Primavera. Para muitas esta estação é um tempo de renovação e festejo da Vida. Vê aqui de que falamos. Cristãos Páscoa

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Ascensão Pentecostes Judeus Pessah (a saída do Egipto com Moisés) Shavuot (festa da Tora e das colheitas) Muçulmanos Ashura (a morte do neto de Maomé) Budistas Wesak (nascimento de Buda) Hindus Holl (festival de Krishna) Ram Navami (nascimento de Rama).

de banhar ovos em ouro e oferecê-los aos seus amigos e aliados. Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e fortuna. A oferta de ovos manteve-se até hoje e de várias formas a valorizar a Amizade. Amizade

Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster). Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, era Ceres. O nome de menina Ester também está relacionado, claro. Estes antigos povos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. Mas o costume de os decorar para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X.

A amizade é um tesouro Sem preço, Um gostar sem distância, Valiosa de mais para ser descartada, Grande de mais para ser perdida, E importante de mais para ser esquecida.

Noel 5º 7

Páscoa 2009

O rei Eduardo I tinha o hábito

Notícias & Companhia

A Nau Catrineta A Nau que navegava no mar com os seus marinheiros andava à procura de Portugal. Dizendo que o céu está espelhado no mar. - Capitão porque não seguimos pelo céu?! - Tendes coragem para fazer tal coisa, tens coragem de ficar à deriva? Não há problema capitão eu tratarei de tudo! De repente… -Capitão! Capitão aproxima-se uma tempestade! -Amarrem-se ao mastro para não caírem marinheiros!

Quando deram conta estavam à deriva no mar. Quando mais tarde estavam naufragados numa floresta com a Nau toda partida e rachada cheia de riscos. -Que fazemos capitão? -Não sei vamos explorar esta floresta, talvez tenha mantimentos. Bill ficas a arranjar a Nau? -Sim, capitão! E o capitão agarrou no seu binóculo… -Vejo terras e areias, mas não são de Portugal, acho eu… -Talvez de Espanha ou Inglaterra. Quando capitão observa tais coisas na terra desconhecidas o Bill chama-o… -Capitão já arranjei a Nau!

Jesus Cristo entrou na sala e disse ao médico que podia sair, dado que ele mesmo iria asseguJesus Cristo, certo dia, cansado rar o serviço. do tédio do Paraíso, resolveu voltar à terra para fazer o bem. E, decidido, gritou: Procurou o melhor lugar para descer e optou pelo Hospital - O PRÓXIMO ! Amadora Sintra, onde viu um médico a trabalhar há muitas Entrou no gabinete um homem horas e a morrer de cansaço. paraplégico que se deslocava numa cadeira de rodas. Para não atrair as atenções, decidiu ir vestido de médico. Jesus Cristo levantou-se, olhou bem para o homem, e com a palma Jesus Cristo entrou de bata, pas- da mão direita sobre a sua cabesando pela fila de pacientes no ça disse: corredor, até atingir o gabinete do médico. - LEVANTA-TE E ANDA! Jesus e os médicos...

Os pacientes viram e comentaO homem levantou-se, andou e ram: saiu do gabinete empurrando a cadeira de rodas. - Olha, vai mudar o turno...

Edição da Páscoa

Voltando ao barco, o capitão ficou pensativo falando em voz baixa: -Quem seriam eles? Onde é que estávamos?... Que floresta era aquela? Quando o capitão e sua tripulação chegam a Portugal, o capitão decide ir para casa vendo toda a tripulação abraçando e cumprimentando a família… De repente vem a lágrima ao olho. O capitão tinha perdido a sua família pois teria sido assassinada em sua ausência.

Quando chegou ao corredor, o paciente seguinte perguntou: - Que tal é o médico novo? Ele respondeu: - Igualzinho aos outros... nem examina a gente…

*O tabaco é uma planta carnívora que se alimenta de pulmões.* (aí está uma maneira de ver o problema e que tem alguma razão de ser) Coisas que se ouvem nas aulas!

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Página dedicada à AMIZADE “VENTOS DE INCLUSÃO”

A minha Gruta A minha gruta não é uma gruta qualquer. É uma gruta que me dá prazer ter, porque lá dentro dela há AMIZADE.

A AMIZADE é abrir o nosso coração aos outros. Guilherme, 5º 5ª

Ela está fechada a cadeado para não deixar perder nenhuma AMIZADE. Mas se um dia isso acontecer a gruta vai apanhar essa AMIZADE e acarinhála.

Para mim a minha gruta é o meu ponto de encontro, é onde faço AMIGOS, é onde guardo as AMIZADES.

Na minha gruta só entram AMIGOS de verdade e do bem. Na minha gruta entram AMIGOS de todas as raças, de todas as cores, porque somos todos deferentes por fora, mas por dentro somos todos iguais. A minha gruta é imaginária.

Na minha gruta há de tudo o que preci-

Colega, lê o nosso jornal, pois estás a mostrar que te interessas pelo que se está a passar à tua volta. Mais ainda, podes ser mais activo se escreveres mais textos, se continuares a dar sugestões… Obrigado! Participa! O nosso Jornal agradece!

E vieram textos tão bonitos da Escola da Venteira! Parabéns aos meninos do 4º ano! Gostámos muito que visitassem a BE/ CRE na SEMANA da LEITURA!

A Amizade A AMIZADE é ter igualdade para com os outros;

so; e o que preciso é de AMIZADE. Tiago Pedro Martins, 4º ano EB1 Venteira

Votos de Boa Páscoa, oferece ao teu melhor amigo(a). Este sorriso. Podes aproveitá-lo… como sugestão...pois um sorriso é uma prenda muito valiosa!

A AMIZADE é o fogo que arde dentro de nós; A AMIZADE é uma vida partilhada; AMIZADE é respeito.

Boas Férias!

A minha Gruta No outro dia saí da escola e fui ao campo e vi uma gruta. Uma misteriosa grutas que dizem ter aparecido do nada. E decidi entrar. A gruta era escura. No final tinha uma grande luz azul e aproximei-me. De repente ouvi uma voz que disse: ― Que queres desta gruta?‖ E logo respondi: ― Queria pedir que ajudasses todos os meninos bons e que ajudes os meninos maus a ficarem bons!‖‖ José João Alves, 4º ano EB1 Venteira

Obrigada!

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A Páscoa cristã Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que muitas celebrações antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados com Cristo. A festa da Páscoa refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, a sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucifixão e ressurreição (Jesus voltou a viver e subiu ao céu). A celebração começa no Domingo de Ramos (quando Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de

A Páscoa judaica Em hebraico, existe a "Pessah", a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos). Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação. A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), Edição da Páscoa

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Páscoa (com a Ressurreição de Cristo): é a chamada Semana Santa. A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa com o equinócio da Primavera. Cuidado: isto é complicado de entender... Com esta definição, a data da Páscoa varia de ano para ano, sendo, em limite, entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".

Sabias que a sequência exacta de datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do nosso calendário? E para os curiosos, ficam aqui as datas da Páscoa até 2010: 2005 - 27 de Março 2006 - 16 de Abril 2007 - 08 de Abril 2008 - 23 de Março 2009 - 12 de Abril

0 2010 - 04 de Abril

ervas amargas e muito vinho. A Páscoa em Portugal É nesta altura em que se limpam muito bem as casas, se pintam (ou caiam, nas zonas em que isso é habitual) e se arranjam, pois irá passar o Compasso (a Visita Pascal), que é uma ida do padre a cada casa para abençoar (e benzer) aquele lar e os que ali vivem. Tudo isto ligado à Ressurreição de Cristo e à celebração da Vida. Para além de todas as celebrações e significados da Páscoa, em Portugal é também uma festa especial dos padrinhos (e madrinhas).Tradicionalmente, para além das amêndoas (porque parecem ovos pequeninos) e dos ovos (símbolo da vida), existe o pão-de-ló e os folares que se oferecem às crianças (especialmente pelos padrinhos). Estes doces também estão em cada casa para receber o Compasso. É um sinal de hospitalidade para o padre e os seus acompanhantes (que, para não ficarem embuchados, têm também à disposição um copinho de licor ou um cálice de vinho do Porto). BE/CRE

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Projecto Indie/ Levi Tafari a13 de Fevereiro va para alunos. Das 11:40h às 13:00h, outra Sessão exclusiva para professores. Depois do almoço, entre as 15:05h e as 15:50h as actividades foram encerradas com uma ―performance‖, aberta a professores, alunos e restantes convidados.

Fomos ao Teatro ver o Ícaro, o Balão Azul: Enchemos a Sala, um grande grupo de ―Amigos de Teatro‖ foi assistir à peça, dia 7 de Março , resta-nos o ―Bravo‖!!!

Foi no dia 7 de Março, no sábado, às 21h. Chegamos aos bombeiros de Queluz um bocado mais cedo, entrámos quando já estávamos todos.

Embora a língua de trabalho fosse o Inglês, qualquer professor pode participar ( mesmo não dominando o idioma), sendo-lhe atribuído um certificado de participação, assinado pelas entidades proponentes, que não deixou de consistir como prova de envolvimento dos professores nas actividades da Comunidade Educativa.

No âmbito do Projecto Indie decorreu na nossa escola, no passado dia 13 de Fevereiro, uma actividade aberta a toda a comunidade educativa, para a qual contamos com a colaboração de professores da escola. Esta iniciativa, patrocinada pelo British Council, Instituto Português da Juventude e Ministério da Educação através DGIDC, consiste em actividades formativas, no âmbito da escrita criativa, subordinada à temática da Interculturalidade e integração, âmbito do nosso Projecto Educativo de Agrupamento. O formador foi Levi Tafari, um poeta das culturas. Entre as 10:00h e as 11:30h decorreu um Sessão FormatiPágina 6

De repente, as luzes apagaram-se, a acção ia começar... Um Pierrot surgiu entre as cortinas vermelhas. A peça prosseguiu despertando sorrisos e emoções aos espectadores. Os gestos, as Expressões das personagens eram únicas, e reais. As músicas, os cenários, muito cómicos.

Quem é Levi Tafari? Levi Tafari nasceu em Liverpool. Obras: Duboetry (1987), Liverpool Experience (1989) e Rhyme Don't Pay (1998). A maior parte das suas obras foram apresentadas no Playhouse Theatre, em Liverpool, assim como no Teatro em Blackheath Stafford.

Ele trabalha em projectos educacionais de escrita criativa executando oficinas em escolas, colégios, universidades, centros da juventude, prisões e Bibliotecas.

A peça falava do Ícaro, um balão azul, com um único sonho, alcançar o sol.

Este é um projecto pan-europeu promovido pelo British Council tendo como parceiros em Portugal, o Ministério da Educação, o Instituto Português da Juventude e a Associação Portuguesa de Professores de Inglês. Participam cinco escolas do país, entre elas a nossa escola. O seu objectivo principal é promover a coesão social e elevar os padrões educativos em escolas culturalmente inclusivas, de forma a estabelecer padrões de melhores práticas para as escolas na Europa. Através deste processo, e onde for necessário, alterar o espírito dos decisores políticos na área da educação e também dos dirigentes escolares. Prof. Paula Silva

Notícias & Companhia

Vai superando cada problema que aparece no seu caminho para alcançar o seu sonho. Ele também recebe ajuda dos amigos balões e das outras personagens. Este espectáculo serviu-nos de inspiração para a nossa peça. Vamos dar o nosso melhor! O Grupo de Teatrinho da BE/CRE Pierrot

Edição da Páscoa

& Colom bin

a

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Semana da Leitura: o Paulo Firmino ANIMOU MESMO! Sem palavras valeu a pena assistir… Margarida Fonseca Santos!

“Um nome um , Sentido” de

Notícias & Companhia & Educação Especial Na sequência da leitura da versão portuguesa de Elmer da autoria de David McKee, no apoio de Educação Especial, os alunos reflectiram sobre o tema da diferença, chegando à conclusão que a diferença pode ser algo de positivo. Nesta sequência produziram os seguintes trabalhos: Eu gostava de ser bem disposto como o Elmer.

1

2

O Cenário

Eu sou o Elmer, um elefante diferente e gosto de fazer partidas divertidas aos meus amigos elefantes.

O Animador.

3

4

Vou rebolar-me nestes frutos para ficar igual aos outros elefantes.

Bravo! Bravo!

O Público... A turma do 5º 4ª ficou fascinada com a apresentação do

Lê a história da última Página! É tão gira!

Paulo Firmino, assim como quem esteve presente. Para-

Eu sou feliz assim e não da cor dos outros elefantes.

Bruno Albuquerque, nº 4 , 5º 7ª

béns ao animador que nos presenteou com um espectáculo de qualidade ímpar! Muito obrigado(a)... O Espectáculo! Página 30

Notícias & Companhia

Edição da Páscoa

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Semana da Leitura 7 a13 de Março Programa: A Semana da Leitura decorreu entre os dias 7 e 13 de Março. Entre as Actividades Realizadas destacaram-se as Visitas que os meninos do 4º ano da Escola da Venteira nos fizeram, ao longo da Semana. Vieram conhecer a nossa BE/CRE! Como são uns meninos muito interessados pela LEITURA, também lá na Escola fizeram um

Concurso de Leitu-

ra,

fazer BE?

na

Caixinha Mágica da Leitura: Os alunos que frequentaram a BE, retiraram de uma Caixa Mágica um texto surpresa, quem ―LEU‖ melhor recebeu um prémio imediato. Os textos relacionaram-se com o gosto pela LEITURA.

ao lerem um poema ―Os Caminhos da minha Vida‖, de Luísa Ducla Soares durante os intervalos grandes aos professores da escola e os vencedores foram distinguidos com um Certificado/ Diploma. ―Os Caminhos da minha vida‖ (…) Eu nasci na Aldeia Velha Entre rochas de granito. Na montanha, o horizonte Era azul e infinito. (…)

(…) Fui à escola numa vila E nos livros aprendi Que o mundo é muito maior Que (…) os horizontes que eu vi. Visitas diárias à BE dos alunos do 4ºano: O que podes Página 8

que colaboram na redacção do nosso Jornal, (e esta ajuda já vem do primeiro período da parte da Carina e a Armanda do 8º A). Feira do Livro Livros e mais Livros vieram da Verbo e da Nova Vaga. Ida ao Teatro com o grupo de teatro da BE

Pâques & Easter

Pâques est une fête mobile qui se fête entre le 22 mars et le 25 avril. C’est une fête religieuse qui commémore le passage de la Mer Rouge pour la religion juive et la réssurection de Jesus pour la religion chrétienne. C'est aussi une fête païenne qui annonce l'éveil du printemps.

Fomos assistir, alunos, professores, pais e Encarregados de Educação, à peça Ícaro, o Balão Azul, de Fernando

La tradition des oeufs de Pâques en chocolat ou en sucrerie pour les enfants est très répandue en France. On cache les oeufs dans l'appartement ou dans le jardin et les enfants doivent les trouver.

En Alsace, il y a une tradition analogue à la tradition allemande. C'est le lapin qui met les oeufs pour les enfants dans les nids qui ont été préparés.

Manger du chocolat sous différentes formes est une tradition importante : oeufs en chocolat, poules en chocolat, cloches en chocolat ... Au repas du jour de Pâques, on mange souvent un gigot d'agneau, mais il n'y a plus de plats traditionnels.

actuellement aucune significa-

Le lundi de Pâques est un jour férié en France, mais il n'a tion religieuse.

Easter is the time of springtime festivals, a time to welcome back

Exposição Um conjunto de caixas, muito curiosas, de todas as cores e feitios abrilhantaram a BE nesta Semana da Leitura, o tema dos textos escritos era livre, mas houve ainda alguns textos que falaram de LER e de GOSTAR de LER! Um Autor vem à Escola: Augusto Carlos Este autor já cá esteve, isto porque escreve para crianças e jovens... Entrevista

Lobo, pelo Grupo de Teatro Som das Letras, no Salão Nobre dos Bombeiros, a peça que levaremos a cena em 21 de Maio, aos Recreios da Amadora na X Mostra de Teatro das Escolas; ( Abertura da Semana da Leitura, Sábado dia 7 de Março, 21:00h)

the Tulips, the Crocuses and the Daffodils. Its a time of new suits, new

dresses and

shoes. A time for Christians to celebrate the life, death and resurrection of Christ. And a time of

chocolate

bunnies,

marshmallow

chicks, and color Happy Easter!

Leitura de poemas & outros textos

As with the Easter Bunny and the holiday itself, the Easter Egg predates the Christian holiday of Easter. The exchange of eggs in the springtime is a custom that was centuries old when Easter was first celebrated by Christians. From the earliest times, the egg was a symbol of rebirth in most cultures. Eggs were often wrapped in gold leaf or, if you were a peasant, colored brightly by boiling them with the leaves or petals of certain flowers.

Dramatização de um conto, por Paulo Firmino—5º 4ª, da obra Contos de um mundo com Esperança, de Margarida Fonseca Santos. BOAS PRÁTICAS!

Today, children hunt colored eggs

and

place

them

in

Easter baskets along with the modern version of real Easter eggs - those made of plastic or chocolate candy. The Easter Bunny is not a modern invention. The symbol originated with the pagan festival of Eastre. The goddess,

Eastre,

was

wor-

shipped by the Anglo-Saxons through her earthly symbol, the rabbit. Departamento de Línguas

Ficou à responsabilidade dos Notícias & Companhia

patent leather

The Easter Egg

Edição da Páscoa

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Passatempo do 21 de Fevereiro 2009 Países e capitais onde se fala português ?

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CAIXINHA DA LEITURA

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Ela adere à matéria porosa, à madeira do vento. Desce pelos bosques como uma menina descalça. Aproxima-se das praias onde o corpo se eleva em chama de água. Na imaculada superfície ou na espessura latejante, despe-se das formas, branca no ar.

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A leitura abre o espaço num sopro subtil. Lê na violência e no espanto da brancura. Principia apaixonada, de surpresa em surpresa. Ilumina e inunda e dissemina de arco em arco. Ela fala com as pedras do livro, com as sílabas da sombra.

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É um torvelinho harmonioso, um pássaro suspenso. A terra ergue-se inteira na sede obscura de palavras verticais. A água move-se até ao seu princípio puro. O poema é um arbusto que não cessa de tremer.

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António Ramos Rosa, in "Volante Verde"

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E quando agora levantar os olhos deste livro, nada será estranho, tudo grande. Aí fora existe o que vivo dentro de mim e aqui e mais além nada tem fronteiras;

Horizontais: 1. Capital de Moçambique; 2. Capital da Guiné; 4. Capital de Angola; 5. Capital de S. Tomé e Príncipe (Meia); 6. O maior país lusófono da África; 8. O que liga estes países; 10. O mais novo país lusófono; 11. País da Costa Ocidental de África; 13. Continente Africano; Verticais: 2. O maior país lusófono; 4. País lusófono situado na Europa; 6. Capital do país mais pequeno da Península Ibérica; 7. Capital de Cabo Verde; 11. Capital do Brasil; 14. Arquipélago formado por duas ilhas, na Costa Ocidental da África;

apenas me entreteço mais ainda com ele quando o meu olhar se adapta às coisas

Nas estantes os livros ficam (até se dispersarem ou desfazerem) enquanto tudo passa. O pó acumula-se e depois de limpo torna a acumular-se no cimo das lombadas. Quando a cidade está suja (obras, carros, poeiras) o pó é mais negro e por vezes espesso. Os livros ficam, valem mais que tudo, mas apesar do amor (amor das coisas mudas que sussurram) e do cuidado doméstico fica sempre, em baixo, do lado oposto à lombada, uma pequena marca negra do pó nas páginas. A marca faz parte dos livros. Estão marcados. Nós também.

Pedro Mexia, in "Duplo Império"

e à grave simplicidade das multidões, — então a terra cresce acima de si mesma. E parece que abarca todo o céu: a primeira estrela é como a última casa.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"

Verticais: 2. Brasil; 4. Portugal; 6. Lisboa; 7. Praia; 11. Brasília; 14. São Tomé (e )Príncipe; Soluções:1. Maputo; 2. Bissau; 4. Luanda; 5. Santo; 6. Angola; 8. Lusofonia; 10. Timor; 11. Guiné; 13. África; Página 28

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Semana da Leitura 11 de Março: Decorreu o

Celebrou-se a 21 de Fevereiro & para LER nas Férias da Páscoa: Comemorou-se no passado dia 21 de Fevereiro, o «Dia Internacional da Língua Materna» que, no caso da Língua Portuguesa é falada por 240 milhões de cidadãos em todo o Mundo e de que, pela recente comemoração dos 400 anos do seu nascimento – 6 de Fevereiro de 1 608, se recorda a excelsa figura do seu grande cultor, que foi o Padre António Vieira, de quem o Poeta Fernando Pessoa, cognominou de «Imperador da Língua

Concurso de

Leitura,

meninos de várias turmas do 4º ano da EB1 da Venteira leram um poema ―Os Caminhos da minha Vida‖, de Luísa Ducla Soares dia 11 de Março, todos ficaram com um Certificado/ Diploma.

Portuguesa». Elemento aglutinador e principal congregador dessa realidade grandiosa que é a Comunidade Lusíada, a Língua Portuguesa, hoje um dos grandes idiomas utilizados à escala universal, tem referências no plano intelectual, entre grandes figuras da literatura mundial, para além dos já referidos, de, como referiu Barbosa du Bocage, o «grande Camões».

Nesta data da comemoração do «Dia Internacional da Língua Materna», fizemos um passatempo com as cidades e países onde se fala português.

2 minutos. com Luís Vaz de Camões

Barbosa du Bocage

É considerado o maior poeta

Fernando Pessoa

português;

Considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX. Por ter vivido a maior parte de sua adolescência na África do Sul, a língua inglesa também possui destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo, trabalhando e estudando no idioma. Teve uma vida discreta, em que actuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e, principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades conhecidas como heterónimos.

nunca existiu, nem em Portugal nem em qualquer outra parte do mundo, poeta algum que igualasse nem muito menos superasse a dedicação que Camões deu à sua pátria por meio de uma tão próspera obra épica como são Os Lusíadas. A culminação de toda uma cultura e de uma civilização. Camões é considerado um poeta fora do seu tempo, pois a sua modernidade chegou

Poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.Era primo em segundo grau do zoólogo José Vicente Barbosa du Bocage.

aos nossos dias.. Página 10

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CONVITE Exposição Instrumentos Musicais Chineses Gongo

Visitas das Turmas de 4º ano à BE/CRE: Estes

meninos

leram

uma

história Puzzle … Foi assim: A cada um coube

CCCM

ler uma letra do Alfabeto. Depois

CON

de

alguns

minutos

E VIT

todos ficaram a conhecer a

IÇÃ

OS EXP

Rua da Junqueira nº30—Lisboa

O

História do Menino que não

Gostava de Ler, da autora Susana Tamaro.

As Turmas dos 8º anos A e C convidam .a comunidade escolar para inauguração da exposição a decorrer no

CCCM — Centro Cientifico e Cultural de Macau - 14 de Maio 2009 Turmas 8ºA e 8º C

Realizaram-se algumas acções de sensibilização da comunidade escolar para a diversidade da Língua Portuguesa, mas, sobretudo divulgou-se o intercâmbio das culturas que constituem a nossa Escola: a caboverdiana, a brasileira e a portuguesa.‖Ventos de Inclusão‖ ou não falamos todos português!?

Estes meninos perguntaram muitas coisas sobre o que se faz na BE! E depois quiseram consultar a última edição do nosso Notícias & Companhia e jogaram à Caixa Mágica da Leitura.

Alunos da Prof. Fátima Loureiro e Prof. Fernando

Fotos dos Painéis da Entrada da BE que celebraram o Dia da Língua Materna

E tu sabes o que quer dizer BE/CRE? R: Biblioteca Escolar Centro de Recursos Educativos Página 26

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Entrevista ao autor Augusto Carlos

Semana da Internet Segura

Augusto Carlos nasceu em 1955, em Gaza, Moçambique. Formado em Engenharia, frequentou o curso de Filosofia iniciando um processo de descobrimento e reflexão que o levaria à escrita. Revela-se assim ao mundo em 2005, com a idade de 50 anos e uma vida de histórias e reflexões sobre as pessoas e o mundo em torno. Escritor pródigo e acarinhado por todos aqueles que o lêem, publicou já oito livros de imenso sucesso, onde procura com a magia dos contos e histórias africanas entender o lugar da história na vida das pessoas, a sua identidade e relação com os locais onde nasceram.

Bom livro, bom amigo.

A escrita mágica de Augusto Carlos está alicerçada na memória de um país imenso, estando sempre presente a necessidade de compreender quem somos, o que fazemos e aquilo que nos move.

Sou de longe, longe venho, não sou feio nem bonito, tudo quanto tenho dou.

Poderemos dizer que a obra de Augusto Carlos corresponde a uma "autobiografia" do sentimento do autor.

Não se pode julgar um livro pela capa. De livro fechado não sai letrado. Sou um nobre muito rico Feito por sábio engenho. Dou-vos tudo quanto tenho, Com quanto tenho me fico. Quem me saberá dizer daquele mudo avisado, que fala tudo o que quer e que quando está calado

Desde muito cedo, Augusto Carlos foi tentando compreender o mundo que o rodeava: a natureza, as relações humanas, o Homem, Deus e a sua obra. Portanto, a sua obra é o resultado do seu trabalho interior. Este trabalho interior prossegue, e é sua intenção que a obra vá acompanhando os resultados… Casado, com dois filhos já adultos, Augusto Carlos vive actualmente na região de Sintra, procurando o Amor como forma de nos levar ao Bem, fonte de Felicidade. 1.

Cada livro é mesmo uma fonte de felicidade?

2.

Gosta de ler? E de escrever?

3.

―Ventos de Inclusão…‖ a sua obra insere-se no nosso grande tema… encontra nos seus livros sempre espaço para todos?

4.

Qual o lugar do Racismo?

5.

Que livro está a ler neste momento? E a escrever?

dá mostras de grã saber? O que nestas terras estranhas e mais nas suas também, conta trezentas façanhas e para nos fazer bem, lhe abrem sempre as entranhas. Página 12

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Este ano Lectivo com o objectivo de promover uma utilização esclarecida, crítica e segura da Internet, quer pelos mais novos e adolescentes, quer pelas famílias, comunidade escolar em geral, a BE/CRE promoveu a Semana da Internet Segura. Foi feito um Panfleto que visava os perigos inerentes à Internet, com um pequeno questionário dirigido aos Encarregados de Educação dos nossos alunos, mas infelizmente, vieram muito poucas respostas. O que nos impossibilitou a um estudo sobre ―Os receios que os pais têm sobre o uso e abuso da Internet‖. Também foi elaborado um pequeno dossiê para consulta na BE, sobre principais perigos da Internet. Aconselhamos sítios de apoio e oferecemos livros sobre computadores.

Portugal envolveu-se nesta iniciativa com um conjunto de acções, entre as quais um encontro em Lisboa, onde foi feito o ponto de situação sobre a utilização das tecnologias de informação e comunicaEste dia deve cada vez mais, ção pelas famílias, crianças e inserir acções de sensibilização e jovens. promoção a uma utilização segura da Internet. O Dia Mundial da Internet Segura, é comemorado

Seguranet.pt

N@ Bibliotec@ Inform@-te sobre InternetSegur@

Já Conheces... ?????

no dia 10 de Fevereiro. O movimento foi criado em 2003 pela Comissão Europeia, contou este ano a participação de 65 países. Esta iniciativa envolve vários sectores da sociedade, bem como visa o apoio e a divulgação de iniciativas relativas à utilização mais segura e esclarecida da Internet.

Perguntamos aos pais:

@ Sabem que milhões de utilizadores de todas as idades usam diariamente a Internet?

@ A Internet, apesar de ser um meio versátil e uma fonte de inesgotáveis recursos, apresenta alguns perigos associados?

@ O cidadão deve conhecer esses perigos, a fim de se proteger da melhor forma e educar os mais jovens a fazer o mesmo?

ouviram falar de: Chats? Cybernautas? Vírus? Firewall? SPAM? Email?

Novas ideias? Quer partilhá-las?

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Aristides de Sousa Mendes Fotos para recordar a Visita do autor Augusto Carlos:

Aristides começou por ignorar a circular para, depois de instado a fazê-lo, a desrespeitar totalmente. Passava vistos a quantos lho solicitassem. Quando a 8 de Julho de 1940, já sem mais hipóteses de transgressão, regressou a Portugal tinha salvo milhares de vidas, assinando vistos de dia e de noite, até à exaustão física. Nada na biografia de Aristides, até então, fazia prever este acto. Com 55 anos à data dos acontecimentos, casado e pai de 14 filhos, servia o "salazarismo ― tal como antes servira a I República. Era de tradição monárquica e católico. Foi simplesmente comovido pela aflição de "toda aquela gente" que não "podia deixar de me impressionar vivamente", como ele disse no seu processo de defesa em Agosto de Página 24

Do recheado solar da família, em Cabanas de Viriato (Viseu), tudo ia sendo vendido. Os filhos de Aristides iam-se dispersando, a mulher Angelina, morreu em 1948 , e ele casou novamente mais tarde. No dia 3 de Abril de 1954, Aristides morre de uma trombose cerebral e de uma pneumonia no Hospital da Ordem Terceira em Lisboa. Embora o epitáfio na sua lápide reconheça os méritos de Aristides com as palavras "Quem salva uma vida, salva o mundo", a sua morte não veria qualquer comentário ou informação na imprensa portuguesa. Coube-nos também homenageálo a 27 de Janeiro. BE/CRE

―Os homens maus tiraram a LIBERDADE e estragaram o futuro dos inocentes...torturaram e fizeram sofrer crianças.‖ André Silva, 6º 2ª

―O Holocausto foi um acontecimento terrível. Fez muitas vítimas e causou muita dor e sofrimento. Sou solidário com todos aqueles que foram torturados, porque provocou muitas lágrimas, ódio e desespero em pessoas inocentes‖. Rúben Fonseca, nº 24, 6º 7ª

PASSATEMPO

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2. Augusto Carlos apresenta-se aos meninos do 4º ano;

Coloca por ordem cronológica (1º, 2º, 3º…) os seguintes acontecimentos: Ocupação da França pela Alemanha. Deflagra a 2ª Guerra Mundial. Morte de Aristides de Sousa Mendes. Aristides de Sousa Mendes emite vistos aos refugiados em Bordéus, à revelia do Governo Português. Aristides de Sousa Mendes é acusado de concessão abusiva de vistos.

12 de Março 2009

Aristides de Sousa Mendes é nomeado cônsul de Portugal em Bordéus.

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Termina a Segunda Guerra Mundial.

3. A prof. Ana Isabel Quintas à Conversa com ...

Aristides de Sousa Mendes é reabilitado pelo Estado Português. Fim do regime salazarista em Portugal.

Soluções: 1º Aristides de Sousa Mendes é nomeado côn-

Em 1940, dado o avanço das tropas alemãs de Norte para Sul e de Leste para Oeste, só Portugal era porta de saída segura para um algures a salvo dos desígnios de Hitler. Eis porque, solicitando um visto, acorriam ao consulado português de Bordéus inúmeros refugiados, sobretudo judeus. Mas a 13 de Novembro de 1939 já Salazar proibira, por circular, todo o corpo diplomático português de conceder vistos a várias categorias de pessoas, inclusive a "judeus expulsos dos seus países de origem ou daqueles donde provêm".

Regressando o Portugal, Aristides foi dado como culpado no inquérito disciplinar e despromovido. Salazar reformá-lo-ia compulsivamente com uma pensão mínima. Os recursos de Aristides para os tribunais seriam em vão. Sem dinheiro, Aristides era socorrido pelo irmão e pela comunidade judia portuguesa.

1. A exposição de alguns dos seus livros / Feira do Livro;

sul.;..2ºAristides de Sousa Mendes emite vistos aos refugiados em Bordéus, à revelia do Governo Português; 3º ...é acusado de concessão abusiva de vistos; 4ºDeflagra a 2ª Guerra Mundial;

Quando os Nazis invadiram a França em 1940, Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordéus, contrariando as ordens de Salazar, assinou vistos para fugitivos. Assim conseguiu salvar milhares de vidas, antes de ser afastado do cargo pelo ditador.

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5º Ocupação da França…; 6ºAristides de Sousa Mendes é reabilitado...7º Termina a Segunda Guerra Mundial; 8º Morte…; 9º Fim do regime salazarista...

1940, que agiu.

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Augusto Carlos respondeu às Perguntas

1.Começou a escrever muito cedo? Porquê e como? R: Escre-

1.

Cada livro é mesmo uma fonte de felicidade?

2.

Gosta de ler? E de escrever?

3.

―Ventos de Inclusão…‖ a sua obra insere-se no nosso grande tema… encontra nos seus livros sempre espaço para todos?

4.

Qual o lugar do Racismo?

5.

Que livro está a ler neste momento? E a escrever?

6.

Novas ideias? Quer partilhá-las?

O Flamingo da Asa Quebrada

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via muitas composições, mas a escrever para os outros...foi só aos 45 anos! Mais ou menos há sete, oito anos... 2. Que livro gostou mais de escrever? R: Gostei de escrever todos meus livros, porque eles relatam as minhas vivências e a minha curiosidade de saber sempre mais, e um pouco de tudo! 3. Diz que a sua experiência pessoal o inspirou. Conheceu as personagens da sua obra? Ou melhor dizendo são inspiradas as suas histórias em factos reais? R: As personagens das minhas histórias podem ser reais, ou seja pode ser um menino sem pai nem mãe, um velho sábio, o flamingo do hotel onde passei férias na República Dominicana...l 4. Actualmente a sua terra Natal mudou muito em relação ao passado? Ainda há muitos vovôs Tsongonhana em Moçambique? R: Estive lá o ano passado...quis ir reconhecer a minha aldeia, no início só havia três casas, uma casa pequenina que era a maternidade, a que fazia de registo e outra já nem me lembro muito bem para que era… 5.Como descobriu estas personagens? R: As minhas personagens apesar de reais, não as conheço pessoalmente, podem ser todos os meninos e meninas, homens e mulheres que tenha valores como a Amizade, o Amor, o Respeito... 6. Qual é o tema da sua próxima obra? R: Estou a ler um livro sobre as religiões, e estou a inspirar-me num ou noutro pensamento dessa obra. 7. Os jovens são os seus principais leitores? R:Não, escrevo também para adultos. O Caroço da Manga é uma história, cujo tema tem a ver com os mais crescidos... 8. Já pensou ilustrar as suas obras? R: A capa de um deles tem uma história curiosa, quando o li a uma sobrinha de 7 anos, ela ficou a desenhar o menino que é a personagem, depois fez o desenho dele, que quando acordava e ia fazer ―xixi‖ ...quando viu que a sua ilustração tinha sido aceite na editora ficou muito admirada e ao mesmo tempo preocupada, pois segundo ela aquilo era uma asneira e assim ninguém iria comprar o livro! 9. Quem o apoia para poder ter a felicidade de se dedicar à escrita? R: Eu não vivo só desta actividade, eu profissionalmente exerço engenharia, escrever é um prazer, mas o meu ―ganha pão‖ vem sobretudo da minha actividade profissional.

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Apesar de Tudo Com Marta o caso era diferente. Não conseguia afastar da memória aquela manhã em que tinham empurrado Werner pela escada abaixo com alguns pontapés para depois lhe porem as algemas e o levarem no carro de polícia. Rolf estava ainda a dormir, e assim foi melhor para ele. Marta torturava-se: ―Como teriam matado o Werner? Com torturas lentas? Teriam utilizado chicote ou gás?‖ Depois houve a passagem pelos Pirenéus, a pé, como Rolf nos braços, cheio de febre. Mas foi ele que lhe fez aguentar a caminhada difícil, de longas e longas horas. As crianças activam a força das mães, muitas vezes as surpreendem, porque elas próprias julgavam não ser possível tê-las. É a energia animal, a vigorizar os músculos e, ao mesmo tempo, o instinto maternal a tomar conta do cérebro: ―Não desistas, não desistas…‖ Alcançaram o país onde resolveram fixar-se. Não compreendiam a língua estranha; a pensão barata era suja; Rolf estava doente. E havia tantos infelizes fugidos da guerra que queriam desabafar os seus lamentos e as suas tragédias! Todos tinham a sua história triste para contar e, em vez de oferecerem conforto, ofereciam lágrimas. Mas agora o pior estava passado. Marta e Rolf aprenderam a língua do novo país. Rolf até a falava como se nunca tivesse falado outra, sem hesitação, sem sotaque…

(continuação pág.18)

na mesma rua e quase na mesma altura em que ela ali chegara com o Rolf, esgotada de forças e sem confiança no futuro. Mas o criminoso viera cheio de bazófia, de Poder e de Arrogância para cumprir ordens dadas pelos odiosos déspotas a quem servia. Recebia pessoas de influência. Todas as noites paravam carros em frente da sua luxuosa vivenda. Certamente estava seguro da Vitória, pois a sua Vaidade não conhecia limites. Quando a guerra acabou deixando o seu país em ruínas, ele conseguiu escapar e nem o mais leve remorso parecia pesar-lhe na consciência. Em Marta, porém, continuavam vivos o passado, as feridas, a Repulsa. E aquela criança atrás do portão? Não sofrera nada, nem com a guerra nem com Derrota. Vivera sempre aconchegado no luxo e nos regalos, enquanto crianças como Rolf perderam entes queridos e passaram as mais terríveis privações…

nenhum, mãe. Não gostas dele? Olha, é simpático, já lhe falei muitas vezes na rua.

- Pode entrar, mãe? Perguntou Rolf, impaciente.

- Deixe-o entrar! É tão engraçado.

As outras crianças já se tinham aproximado do portão e estavam a conversar animadamente com o rapazinho, cujos olhos azuis espreitavam com curiosidade infantil para a mesa festivamente posta.

- Falaste?! A voz de Marta tinha ressonâncias melancólicas. - Pois claro que falei. Ele chama por mim e depois falamos e brincamos. Marta não entende. O seu filho, o Rolf, falava e brincava com o filho do homem que ela odiava? Onde está a lógica? A sua Dor o seu Desespero, calados pelo próprio filho, que lhe pede para receber aquela criança ali, no seu Lar, onde, finalmente, alcançou o Sossego? O Sofrimento não cessaria nunca mais? Os olhos das crianças continuavam pousados nela. A rapariguinha que queria aprender a fazer o bolo, pede:

Marta não responde, e as crianças tomam o seu Silêncio por consentimento. Abrem o portão. O menino entra. Abraçam-no. Risos. Num instante são todos amigos. Marta não se move. Tudo nela é Incompreensão. Estarão a troçar das Lágrimas que chorou, das intermináveis horas amargas que viveu, do Ódio aos causadores de tudo isso?... - Dá uma fatia de bolo ao meu amigo. Ainda não lanchou.

Era tudo isso que Marta estava a recordar quando a voz do filho interrompeu os pensamentos…

Era a voz de Rolf. Com as mãos geladas Marta corta, mecanicamente, uma fatia de bolo e estende-a a o rapaz. Este agradece e sorri-lhe. Sorriso despreocupado, infantil. Daí um bocado

- Aquele menino pode entrar, mãe?

volta.

- Que menino, Rolf? Rolf apontou para um rapazinho a espreitar pelas grades do portão. Marta ficou estarrecida. Apertou as mãos uma contra a outra. O menino que estava por detrás do portão era filho dum dos adeptos que causaram a morte do marido, o sofrimento dela e o desespero de milhões de inocentes. Ele veio morar com o filho Edição da Páscoa

Ilse Losa - Não, não pode entrar! Respondeu Marta com frieza na voz. As crianças, viraram-se para ela assustadas e surpreendidas. - Mas mãe – insistiu Rolf – que é que tu tens? Eu não posso dizer àquele menino que tu não o queres cá. E porque é que não queres? Não te fez mal Página 23


Cont. do Dia das Vítimas do Holocausto 27 de Janeiro: Apesar de tudo O que é o Sofrimento? Porque tanta VAIDADE? Tanto PODER? Tanto ÓDIO? Se no futuro acabamos no DESESPERO, no SILÊNCIO, e na INCOMPREENSÃO dos inocentes! Porquê tanta ARROGÂNCIA? NÃO! Devemos viver em PAZ e SOSSEGO!

Para que caíam LÁGRIMAS VERDADEIRAS dos olhos das crianças. E assim já sabemos o que é a LIBERDADE e o que é o SOFRIMENTO! Vanessa, nº 24, Ronésia, nº 21 e Marcela, nº 16, 5º 11ª

Para compreenderes melhor a história Nos anos de 1933 a 1945 a Alemanha era dominada por um regime cruel e arrogante. Os governantes seus adeptos tinham-se como homens superiores; achavam-se no direito de torturar a até de matar todos os que não pertencessem à raça germânica, ― a raça superior‖ como a classificavam, e também aqueles que, mesmo pertencendo a essa raça, não concordavam com as práticas desumanas do regime e tinham coragem de o dizer. Reclamar liberdade e justiça era considerado crime e muitas vezes punido com a morte. Esses tiranos, convencidos de que eram super-homens, de que tinham o direito de dominar os outros e dispunham de força para tanto, desencadearam, em 1939, a segunda guerra mundial que durou 6 anos. A primeira guerra começou em 1914 e terminou em 1918; foi a mais horrenda guerra que houve até essa altura, mas a segunda guerra mundial ultrapassou-a de longe em barbaridade e desumanidade. À medida que formos avançando na sabedoria de produzir armas, as guerras para as quais elas se inventam, serão cada vez mais atrozes. Como não há super-homens, os alemães que julgaram sê-lo sofreram a derrota total e foram, finalmente, julgados e castigados. As personagens principais da história que vou contar são Marta e o seu filho Rolf, rapaz de mais ou menos dez anos de idade. O pai de Rolf, Werner, fora um daqueles que lutaram pela Liberdade e pela Justiça no seu país. Torturaram -no e mataram-no. Marta e Rolf conseguiram fugir para outro país. Não está indicado que país, pois isso não importa para o que pretendo relatar. Mãe e filho viviam numa rua onde, em determinada altura, se veio instalar também um dos criminosos que participaram activamente na tirania imposta à Alemanha. Esse homem tinha um filho da idade de Rolf, mas nem um nem

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outro dos dois rapazes sabiam dos horríveis acontecimentos que abalaram o mundo desde 1939 a 1945. Eram ainda muito novos. Por isso ignoravam o que fosse Ódio e juntavam-se alegremente com outros companheiros da rua. Mas Marta não tinha conhecimento. Certa tarde ela deu, no seu quintal, uma pequena festa para os amigos de Rolf. E agora ouvi: Rolf fazia dez anos. Era um dia de Verão e os pequenos convidados, ao todo cinco, estavam a merendar no quintal. Marta sentia-se feliz ao ver o filho em companhia daquelas crianças alegres e despreocupadas. Uma rapariguita, depois de ter comido várias fatias de bolo perguntou:

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CONCURSO de LEITURA 2º ciclo Álbum de Fotos:

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1. As professoras convidadas para Júri

2. Júri: Lúcia Rebelo, Isabel Páscoa e Mª José Cabral

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- Foi na sua terra que a senhora aprendeu a fazer este bolo tão bom? - Foi sim. Queres que te dê a receita? - Para eu depois a ensinar à minha mãe, acha bem? - Pois claro que acho. Marta sentou-se numa cadeira e ia seguindo com os olhos a viva actividade das crianças.

5 4. Filipe, um concorrente bem preparado.

―Tudo está bem agora‖, pensou. Ela e Rolf tinham um lar. A guerra tinha acabado. Souberam-no havia poucos meses e sentiram-se aliviados com a notícia. Rolf, apesar de ainda não saber o que significava uma guerra, parecia compreender que alguma coisa de muito trágico tinha chegado ao fim. Por isso perguntou: ―Já não choras mais, mãezinha, pois não?‖

3. Francesca, a nossa vencedora.

Não, ela não chorava, e o filho alegrava-se com isso. Uma criança não se agarra ao passado como as pessoas crescidas.

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Rolf, na altura em que soube que perdera o pai, tinha ficado assombrado, mas só com três anos e idade pensava que a morte era passageira e que o pai havia de voltar para junto dele. Depois ele e a mãe fugiram do país; viu terras novas, teve novos companheiros de jogo; vivia o presente e não as recordações. Notícias & Companhia

5. João Moniz, um dos concorrentes.

6. Ana Filipa, uma das concorrentes.

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CONCURSO DE LEITURA 2º Ciclo O Tema: Fábula de Amor Dia das Vítimas do Holocausto 27 de Janeiro: O tema desta 3ª edição do Concurso de Leitura para o 2º ciclo da BE/CRE foram:

O Macaco Apaixonado Certo dia o Macaco apaixonou-se por uma Zebra. O Amor deles era completamente impossível. O pai da Zebra encontrou o Macaco a trepar uma árvore para entrar em casa dela, não queria nada daqueles encontros secretos e deu-lhe um grande sermão! De seguida o Macaco perguntou ao tão pretendido futuro sogro:

Painel Informativo na BE

Fábulas de Amor, na comemoração do Dia dos Namorados. Este evento contou com a presença de 32 participantes e realizou-se no dia 18 de Fevereiro pelas 11:30h. Fizeram parte do júri as professoras Maria Isabel Páscoa, Maria Lúcia Rebelo e Maria José Cabral professoras de LPO da nossa escola sede, que já se encontram aposentadas e que, amavelmente, a convite da nossa equipa, participaram nesta iniciativa. Um dos textos escolhidos para leitura foi da autoria de uma aluna do 3º ciclo, Ekaterina do 8º ano, turma B:

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- Aceita o nosso namoro!?

- É um pouco difícil ver a minha filha sair com um macaco... mas podem tentar. Mas não tentes nada que me venha a chocar... - Muito obrigado! Agradeceu emocionado o Macaco apaixonado.

fazer uma tatuagem. Imaginem como ficou o seu pelo castanho?! Isso mesmo às riscas pretas e brancas… pensam que a Zebra se importou? Pelo contrário, só foi pena não poderem ter filhotes, ainda passeiam juntinhos e quem os vê lá ao longe pensa que são duas zebras a namorar. Ekaterina, 8º B Moral da História: Mesmo o Amor parecendo Impossível quando é forte acaba por vencer.

Votos de Uma Páscoa Feliz!

Muito unidos os dois namorados iam sempre muito juntinhos para onde quer que fossem. Até que um dia como prova do seu amor o Macaco decidiu Notícias & Companhia

De origem alemã e ascendência judaica, Ilse Lieblich Losa nasceu em 1913, em Bauer, cidade próxima de Hanover. Tendo vivido a primeira infância com os avós paternos, frequentou o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover. Ao regressar à Alemanha, após um período em Londres tomando conta de crianças, vê-se obrigada a abandonar a pátria, dada a sua condição de judia. Escapa desse modo à perseguição nazi e, chegada a Portugal em 1934 (ano em que Hitler assume o poder na Alemanha), radica-se no Porto, casando com o arquitecto Arménio Losa e adquirindo a nacionalidade portuguesa. Inicia, então, uma vasta obra

sem Ponte, 1952, Sob Céus Estranhos, 1962), além de contos, crónicas, trabalhos de índole pedagógica (Nós e a Criança, 1954) e sobretudo literatura para crianças. Traduziu para português autores alemães, colaborou em diversos jornais e revistas e foi também uma divulgadora da literatura portuguesa na Alemanha. Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra para crianças e, em 1998, o Grande Prémio de Crónica, da Associação Portuguesa de Escritores, pelo livro À Flor do Tempo (1997).

Os dois painéis que deram vida a esta data. Também foram muitos os trabalhos que ilustraram esta efeméride: Ilse Losa foi a escritora escolhida para ser recordada. Fica o obrigada a quem participou.

escrita em português, a qual abrange romances inspirados – ou pelo menos enraizados – na sua experiência de vida (como O Mundo em que Vivi, 1949, Rio

Revelando permanente abertura à diversidade temática, de géneros e de perspectivas que deve caracterizar a produção literária para crianças, foi a partir de finais dos anos 40 do século XX que Ilse Losa contribuiu, com os seus contos, recontos de histórias tradicionais e peças de teatro (por exemplo A Adivinha: peça em quatro quadros, 1ª ed.: 1967; 2ª ed. refundida: 1979), para a renovação da literatura portuguesa para crianças, enveredando muitas vezes por uma via «realista», de acentuada envolvência social, mesmo quando a voz que narra é a de um animal antropomorfizado, como sucede em Faísca Conta a Sua História (1949). Mas imbuiu também a ficção de dilemas morais e espírito crítico, sonho e sentido de esperança, numa escrita coloquial e despojada, pontuada contudo por expressivas comparações e prosopopeias e marcada por um uso rigoroso do adjectivo. Uma escrita que se abriu também ao maravilhoso, ao humor (v. Bonifácio, 1980) e a uma fantasia de cunho onírico (Viagem com Wish, 1984), sem nunca se esquivar a temas «problemáticos» como a guerra, a perseguição política e a tortura.

Edição da Páscoa

Veja-se, a este propósito, o conto «Apesar de tudo», de A Minha Melhor História, (na página seguinte) ou ainda Silka, que é difícil não ler como uma parábola focada na questão da intolerância étnica e como uma dolorida meditação sobre o destino do povo judeu.

Hoje, esta escritora merece sobretudo que Bibliotecas e Escolas (designadamente as do Porto, cidade que a «adoptou») dêem destaque aos livros que nos deixou, à sua vida e escrita, encontrando modos de continuar a dar a ler tais livros aos mais novos, mantendo-os assim vivos e actuantes.

Esta Semana na BE lemos Ilse Losa: Porque Vale a Pena! Dia 27 de Janeiro 2009 Vítimas do Holocausto. Trabalhos sobre a sua vida e a sua obra. O conto ―Apesar de tudo‖. (in, A minha melhor História)

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Dia da Mundial da LIBERDADE a 23 de Janeiro:

3ª Edição do Concurso Nacional de Leitura PNL:

Nesta 2ª fase os alunos que vão participar devem ter as obras lidas e ―discutidas‖, pois é já dia 28 de Março , pelas 10:30h— Sábado que os três concorrentes que representam a nossa Escola vão prestar provas à Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana, Cascais.

A Liberdade Liberdade é o fim à Guerra e à tristeza. Liberdade é uma coisa que toda a gente deve ter. Ter Liberdade é ter se libertar para

o poder de sempre.

Venenos de Deus e Remédios do Diabo, de Mia Couto

Ana Raquel Amoroso Ronésia, Marcela e Vanessa

André Pinto A Viagem do Elefante, de José Saramago

, de

Ekaterina P.

e a e rd d e a b ! Li rd de e a b d Li er b Li

Liberdade é ter amor livre. É um mundo melhor. Liberdade é ter mais que riquezas.

Os alunos suplentes são o Ovídiu e o Vitor Santos;

Liberdade é poder andar livremente sem preocupações. Mas não podemos abusar!

As obras de leitura obrigatória são estas três: As 3 meninas do 5º 11ª que escreveram o melhor texto, exposto no painel, a receberem o respectivo prémio! Parabéns! Devem continuar a escrever... (pág.18)

Talvez a Liberdade se dê bem com o Amor.

Sessões de Leitura na BE. Vamos saber o que é a Liberdade.

Talvez a Liberdade seja compatível a tudo.

Poesia sobre este tema. Provérbios sobre Liberdade. E para ti? O que significa a LIBERDADE?

Porque a Liberdade é ter Liberdade. É uma coisa que nem sempre se tem. E a Liberdade não se compra ganha-se! Guilherme, 5º 5ª

L

Livre é ser e querer

I

VIver com valores e Paz

B

aBraça-te ao Mundo

E

sEr feliz

R

Realizar os nossos sonhos

D

Direitos

A

pA z

D

liberDade

E Página 20

Expressão

A Liberdade é poder exprimir os nossos sentimentos medo.

Leandro, o Rei da Helíria, de Alice Vieira

sem

A Liberdade é poder falar à vontade. A Liberdade é um mundo, um exprimir de sentimentos, uma coisa boa e é como viver sem medo. Liberdade? A Liberdade é viver sem opressão. Poder viver à vontade sem ter medo. A Liberdade é pensar! A Liberdade é tudo na

Há um dossiê que dá dicas e explicações sobre as mesmas… (temas, autores, Guiões de Leitura) o que pode facilitar a compreensão das obras!

A Coordenadora do PNL

Outras fotografias do Concurso de Leitura 2º ciclo a 18 de Fevereiro:

vida!

É não permitir que o passado nos aprisione, é a partida do medo, a hipótese de falarmos. (Vários textos que chegaram à BE)

Notícias & Companhia

Estava tudo a postos para iniciar a grande final do Concurso de Leitura! Edição da Páscoa

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Resultado do Concurso de Leitura 2º ciclo:

5º Ano 1º Prémio: Soraia 5º 4ª; 2º Prémio: Mariana 5º 4ª; 3º Prémio: Natália 5º 2ª.

Dia dos Namorados 14 de Fevereiro & OUTRAS CELEBRAÇÕES:

6º Ano 1º Prémio: Francesca M. 6º 2ª; 2º Prémio: Carolina S. 6º 7ª; 3º Prémio: Lina Porhydayeva 6º 6ª.

Chamem-nos lamechas, mas haverá coisa mais bonita do que uma comovente Carta de Amor? Então quando é escrita com paixão e com a ingenuidade carregada de erros ortográficos e má pontuação, pode até vir a levantar algumas dúvidas... ―Não tamo…Kosto de ti‖…

Mas são sempre um mimo, um enlevo de alma. Nós pelo menos sentimos, aqui na BE/ CRE, houve muito amor e carinho! Queremos dar os parabéns pela iniciativa, que foi muito bem

sucedida! ( Professores de LPO e de EVT) Uma cartinha de um(a) fã, neste dia de namorados… Simples folha de papel, em forma de coração, projectava odor a flores, na tinta lilás… que tanto amor nos traz!

Cartas de Amor quem as não tem!?

Um simples e amoroso papel preso a um cartão, palavras doces, tão sexys, meu Deus! Tremi por dentro quando li o meu nome naquele sobrescrito branco… Nós também!!! A Equipa da BE/CRE

Amo-te tanto! Quem foi o(a) melhor Leitor(a) da nossa BE/ 2º período?

Magda Nogueira, 5º 5ª (LEITURA DOMICILIÁRIA 21 LIVROS)

E nunca te beijei … E nesse beijo, Amor, que eu te não dei Guardo os versos mais lindos que te fiz!

o lindo Lenço de Namorados que foi sorteado, na véspera do Dia de S. Valentim… Aqui

está

Coube em sorte à Paula Marcelino, a nossa funcionária da Reprografia! Rifa nº 54 !

LEONARDO Fernandes, 5º 5ª (Leitura Domiciliária 15 Livros) Carlos Lança , 5º 3ª ( Leitura Domiciliária 9 Livros)

ParabénsParabénsParabénsParabénsParabénsParabéns

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Notícias & Companhia

Edição da Páscoa

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