Leon, o diferentĂŁo
Era uma vez, no quintal da casa de João, um camaleão diferentão. Seu nome era Leon: o bicho mais colorido da turma.
Leon não era um camaleão comum. Ele nasceu já estampado. Suas cores eram variadas e sua textura era de mosaico, Como uma colcha de retalhos. toda sua família era assim...
Leon era exótico, o camaleão mais bonito das redondezas. Porém, ele não gostava de ser assim. ele queria ser igual a todos os outros, Pois como o achavam estranho e diferente, ele não era aceito nos grupos. para eles, Camaleão de verdade tinha que mudar de cor.
Leon tentava se esconder, se camuflar, se mimetizar, mas não conseguia. Sua textura estampada não mudava nunca... E todos caçoavam dele, chamando-o de toalha de mesa, de capa de sofá e outros apelidos que o faziam chorar...
Por onde ele passava era motivo de chacota... Cansado de ser zombado por todos os animais do quintal, Leon decidiu partir. Pegou suas coisas e fugiu para longe.
As borboletas e os bem-te-vis, que habitavam o quintal, sentiram falta de Leon e foram em busca dele. Voaram por toda a redondeza e não o encontraram... Acharam apenas um bilhete que dizia: ‘‘ Não me julgue por ser diferente, apenas me admire por não ser igual. Adeus! Leon.’’
! ! ! a a a Buuu Leon
Alguns dias se passaram e a tristeza tomou conta do quintal. O Jabuti ficou dentro do casco, a joaninha de triste perdeu as bolinhas, o jacarĂŠ ficou sem bater papo, a coruja chorou sem parar, o pequeno grilo fez voto de silĂŞncio e os passarinhos e as borboletas voaram dias sem parar.
AtÊ que a borboleta encontrou Leon e pediu que voltasse para o quintal. Todos os bichos abraçaram Leon, pediram desculpas e prometeram nunca mais zombar dele e perceberam que respeitar o diferente era legal e só fazia bem.
Fizeram uma festa, com as cores de Leon, para comemorar as diferenças e as qualidades que tornam cada um daqueles bichos do quintal, seres únicos e ao mesmo tempo diversos. Viva Leon! Viva as diferenças!
fim