CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO PARA AUTISTAS ANA CAROLINA P. M. MASAGÃO
Ana Carolina P. M. Masagão
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO PARA AUTISTAS
Trabalho de conclusão de curso para a obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientadora Prof.ª Angélica Costa.
UNIP RIBEIRÃO PRETO
AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus pоr ter mе dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades. À minha orientadora Angélica, pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho. À minha mãe Ana Silvia, qυе me incentivou nаs horas difíceis, de desânimo е cansaço. Ao mеυ pai Ricardo, por não medir esforços para que eu pudesse levar meus estudos adiante. À minha irmã Júlia, por todo conselho dado ao longo desse ano. Ao meu namorado André, por todo apoio e compreensão. E ao meu irmão Thiago, que foi minha inspiração para a realização desse trabalho.
RESUMO
As dificuldade que uma pessoa deficiente enfrenta no mundo já se percorre por centenas de anos, os modos em que eram tratadas sofreu diversas mudanças até os dias atuais. O Autismo é um transtorno que foi descoberto no início do séc. XX, mas foi somente nos últimos anos em que este assunto se destacou perante muitas pessoas. Este trabalho abordará as questões sobre os problemas existentes na sociedade, e a falta de um ambiente propício para não só para os tratamentos, mas para o cotidiano de uma pessoa autista. Através de levantamentos de informações e análises bibliográficas, serão colocadas em pauta discussões sobre o tema, de maneira a subsidiar a criação de uma estrutura adequada para as pessoas que sofrem do autismo na cidade de Ribeirão Preto.
SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................01 2. História da Deficiência no Mundo...............................................................02 2.1 Idade Antiga.................................................................................................02 2.2 Idade Média.................................................................................................03 2.3 Atualmente..................................................................................................03 3. História do Autismo....................................................................................04 4. AMA-RP......................................................................................................06 5. Leitura Projetual.........................................................................................13 5.1 Hospital Sarah Kutishek Fortaleza................................................................13 5.2 Sweetwater Spectrum Community..............................................................23 6. Caracterização da Área...............................................................................29 6.1 Localização...................................................................................................29 6.2 O Terreno.....................................................................................................30 6.3 Insolação e Clima.........................................................................................31 6.4 A Região.......................................................................................................35 6.5 Uso e Ocupação de Solo..............................................................................35 6.6 Hierarquia Viária..........................................................................................36 6.7 Ciclovias.......................................................................................................37 6.8 Linhas de Ônibus..........................................................................................37 7. Programa de Necessidades.........................................................................41 7.1 Direção e Administração..............................................................................41 7.2 Atividades....................................................................................................42 7.3 Vivências......................................................................................................44 7.4 Pomar (Detalhado).......................................................................................45 7.5 Serviço..........................................................................................................45 8. Fluxograma................................................................................................46 8.1 Fluxograma Inicial........................................................................................46 8.2 Fluxograma Atual.........................................................................................47 9. Organograma.............................................................................................48 9.1 Organograma Inicial.....................................................................................48 9.2 Organograma Atual......................................................................................49 10. Plano de Massas.......................................................................................50 10.1 Plano de Massas 2D Inicial........................................................................50 10.2 Plano de Massas 3D Inicial........................................................................51 11. O Projeto..................................................................................................52 11.1 Centro de Desenvolvimento e Tratamento para Autistas.........................52 11.2 Implantação...............................................................................................52 11.3 A Forma.....................................................................................................56 12. Sistema Construtivo.................................................................................58 12.1 Memorial Descritivo e Justificativo..........................................................58 12.2 Estrutura e Sistema Construtivo...............................................................58 12.3 Vedação.....................................................................................................61 12.4 Cobertura..................................................................................................61 12.5 Maquete Física..........................................................................................64 12.6 Conclusão..................................................................................................66 13. Referências Bibliográficas.........................................................................67
1. INTRODUÇÃO Vivemos em uma sociedade com padrões pré-estabelecidos, onde qualquer pessoa que esteja fora dele é, em primeira instância, excluído. O autismo é uma desordem neurobiológica que causa dificuldades em determinadas áreas do desenvolvimento, tais como: a comunicação, a interação e o pensamento. Essas dificuldades podem variar de acordo com o grau do transtorno que a criança tiver. Não existe um número exato para determinar quantas pessoas apresentam o diagnóstico, mas tem-se uma estimativa de que uma a cada 68 crianças é afetada. Mesmo não existindo uma cura é importante que o tratamento comece logo após o diagnóstico e quanto mais nova a criança for, melhor é a expectativa para seu desenvolvimento futuro. Sendo assim, é necessário que se conheça as especificidades do transtorno para sua intervenção.
Em Ribeirão Preto existe somente uma associação voltada totalmente para o autismo, conhecida como AMA (Associação de Amigos do Autista), que consegue oferecer um atendimento gratuito, mas, ocasionalmente, necessita de ajuda para conseguir recursos como compra de materiais escolares. Atualmente a AMA-RP1 conta com doações de alimentos e auxílio financeiro à sua instituição. Oferece parcerias com escolas, clubes, e outros locais para providenciar passeios e excursões aos pacientes. Desenvolver um Centro de Desenvolvimento e Tratamento para Autistas na cidade, que ofereça atividades e tratamentos, que conte com profissionais capacitados para executarem as tarefas e que trabalhe com a divulgação desse Centro para a população, procurando integrar as crianças que sofrem do autismo com a sociedade, vai melhorar não só a falta de atendimento, mas também auxiliar os pais ou familiares que não terão de enfrentar grandes distancias para encontrar institutos e associações existentes, em grande parte, em cidades grandes como, por exemplo, São Paulo ou Rio de Janeiro. O objetivo geral deste Centro é obter o conhecimento das especificidades dos diferentes graus autismo, assim como as intervenções pedagógicas. Sendo fundamental, para tanto, conhecer a história deste transtorno e de cada paciente em particular, compreendendo a realização dos diagnósticos, como as causas e seus sintomas e por fim, o tratamento mais adequado para a criança.
01 1
Associação de Amigos do Autista – Ribeirão Preto.
2. A HISTÓRIA DA DEFICIÊCIA NO MUNDO Atualmente existem diversos tratamentos para auxiliar um deficiente físico ou mental, tratamentos esses que buscam melhorar seu desenvolvimento para saber enfrentar os desafios do dia-a-dia. Mesmo com tanta evolução, nem sempre a sociedade foi compreensiva. Antigamente os deficientes, pobres, tímidos, ou qualquer um que não se encaixasse nos padrões da sociedade eram excluídos, humilhados e privados de sua liberdade.
Foram diversos os tipos de tratamentos que os deficientes sofreram no decorrer das décadas, muitas consideradas hoje como algo desumano e cruel, mas naquele período eram hábitos normais e corriqueiros para a sociedade. (SILVA, 1987).
2.1 Idade Antiga Na Grécia Antiga, em Esparta (400 a.C.), tinha-se o militarismo como sua principal característica. Com isso, qualquer criança que tivesse nascido recentemente, deveria ser levada e apresentada por seu pai ao Conselho dos Espartanos, independente se tivesse uma deficiência ou não. Se o conselho de sábios concluísse que o bebe era forte e normal, era devolvido ao pai e cuidado pela família até completar 7 anos, após isso o Estado assumia essa responsabilidade e educava a criança para guerrear. No entanto, se o bebe fosse considerado feio, fraco ou disforme, indicando algum tipo de limitação física ou mental, este permanecia com os anciãos e era levado até um abismo onde seria jogado, já que acreditavam que não seria bom nem para a população e nem para a criança que ela vivesse. Na Roma Antiga, apesar de existir também essa prática, as famílias nobres teriam outra escolha a ser feita: deixar os bebês considerados fora do padrão da sociedade nas margens dos rios ou locais sagrados para eventualmente serem acolhidos por plebeus. Tinha-se também o hábito de comercializar esses deficientes para fins de prostituição e/ ou entretenimento para as pessoas ricas. No séc. IV, a influência do Cristianismo e seus princípios de caridade e amor ao próximo contribuiu para o surgimento de hospitais com atendimento voltados para os deficientes, pobres e marginalizados. Já no século V foi aprovada, pelo concílio da Calcedônia2, uma diretriz que determinava que os bispos e outros párocos tinham a responsabilidade de organizar e prestar assistências aos pobres e enfermos de suas comunidades. Criando, dessa forma, instituições de caridade e auxílio em várias regiões.
2
Foi uma reunião de bispos cristãos que se realizou de 8 de outubro a 1 de novembro de 451 em Calcedónia, uma cidade da Bitínia, na Ásia Menor, frente a Constantinopla.
02
2.2 Idade Média Na Idade Média uma pessoa deficiente ou louca tinha como explicação para sua condição um castigo e/ ou uma fraqueza de espírito, o que levava o seu afastamento da proteção Divina.
(...) os loucos eram considerados possuídos; num preconceito inexato: que as pessoas definidas como possuídas eram doentes mentais; finalmente num erro de raciocínio: deduz-se que se os possuídos eram na verdade loucos, os loucos eram tratados como possuídos. (FOUCAULT, 1975, p. 52).
Entre os sécs. V e XV, houve um grande crescimento dos aglomerados urbanos, aumentando a dificuldade de manutenção da higiene e saúde, o que contribuiu para a permanente ameaça de epidemias e/ ou doenças mais sérias. Nessa época a Igreja Católica, que tinha grande poder e influência, adotara um comportamento de discriminação e perseguição a todos que fugissem dos “padrões da sociedade”, assim, qualquer pessoa que apresentasse limitação física ou mental, ou que defendesse crenças diferentes era considerada herege, e vivia na absoluta marginalidade, miséria e exclusão. Já nos sécs. XV a XIX, no Renascimento, ocorreram várias mudanças no quesito sociocultural, cujas marcas principais foram o reconhecimento do valor humano, o avanço da ciência e a libertação quanto a dogmas e crendices típicas da Idade Média. A partir dessa mudança, fortaleceu a ideia que os grupos de pessoas com deficiências mereciam uma atenção própria passando a ter melhorias nos seus atendimentos e não sendo mais descriminalizados. Com a chegada do século XX teve-se grandes avanços na assistência e qualidade do tratamento dado as pessoas com deficiência e, também, à população em geral, vinculando ao desenvolvimento de especialidades e programas de reabilitação específicos. (SILVA, 1987).
2.3 Atualmente
Da execução ao tratamento humanitário, são notórias as mudanças de que ocorreram ao longo dos séculos quanto ao modo que as pessoas deficientes eram tratadas. Mesmo com todas essas evoluções existem, ainda, discriminações e maus-tratos. Entretanto, o amadurecimento das civilizações e os avanços dos atos de cidadania e os direitos humanos resultaram em um novo olhar às pessoas com deficiência.
03
3. A HISTÓRIA DO AUTISMO A palavra “autismo” foi inventada em 1908 por Eugen Beuler, entre pacientes que apresentavam esquizofrenia severa e retraída. No entanto, sua definição só veio a surgir em 1943 pelo Psiquiatra Leo Kanner no artigo intitulado: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo (Autistic disturbances of affective contact), na revista Nervous Children.
Nessa publicação, Kanner ressaltava que a criança apresentava um distúrbio desde o início de sua vida o qual chamava esse sintoma fundamental de “o isolamento autístico”. O autor descreveu também o estudo de casos de 11 crianças que apresentavam em comum a necessidade de um isolamento extremo desde o inicio da vida e uma ansiedade obsessiva pela preservação de sua rotina, ficando conhecida como “autistas”. Na realidade sugere, primeiramente, “um retraimento” fora das relações sociais enquanto Kanner descreve uma incapacidade de desenvolver o relacionamento social; em segundo lugar, ele implica uma vida imaginária rica, enquanto que as observações de Kanner sugerem uma falta de imaginação; em terceiro lugar, ele postula uma ligação com a esquizofrenia dos adultos. São esses conflitos que explicam o fato de os psiquiatras terem algumas vezes, utilizados de forma permutável os diagnósticos de esquizofrenia infantil, psicose infantil e de Autismo. (MARINHO, E. A.R., MERKLE, V. L. B., 2009. 6086 p.).
Hans Asperger, trabalhando de forma diferente, estudou, em 1944, um grupo de crianças que apresentavam características semelhantes descritas aquelas estudadas por Kanner e em 1983 a Síndrome de Asperger fora reconhecida deixando de ser considerado autismo. A Associação Americana de Psiquiatria criara o termo Distúrbio Abrangente do desenvolvimento e em 1987, desta forma, o Autismo deixa de ser uma psicose infantil.
Segundo Bosa (2002), são chamadas Autistas as crianças que tem inadaptação para estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se desenvolve, uma incapacitação de lhe dar um valor de comunicação. Essas crianças apresentam igualmente estereótipos gestuais, uma necessidade de manter imutável seu ambiente material, ainda que dêem provas de uma memória freqüentemente notável. (MARINHO, E. A.R., MERKLE, V. L. B., 2009. 6086 p.).
Entre 1952 e 1972, dentro da Primeira edição do Manual Estatístico de Doenças Mentais da Associação Americana da Psiquiatria não havia menção alguma ao recém-descoberto “Distúrbio Autista do Contato Afetivo”.
04
O psicólogo Bruno Bettelhein protagonizou por anos o tratamento em pessoas autistas. Seus recursos terapêuticos consistiam somente em suas próprias crenças de que os familiares dos autistas eram os responsáveis por seus transtornos. Já o psicanalista Frances Tustin postulou que o autismo era uma condição normal da humanidade antes de adquirirem os meios para a comunicação. Ela dizia que o afeto materno poderia ser uma ponte entre o autismo e a vida social normal, mas caso este afeto apresentasse algum “defeito”, a criança viria a desabar no “autismo patológico”. Frances Tustin viria a renegar essa ideia futuramente nos anos 1990. No final do séc. XX, no Ceará, foi fundada por um grupo de mães de pessoas autistas A Casa da Esperança, que hoje conta com mais de 100 membros, uma equipe multidisciplinar que proporciona um ambiente de tratamento onde as pessoas com autismo são respeitadas como cidadão de direito. A revista Lancet chegou a publicar um artigo do cientista inglês Andrew Wakefield, que afirmava que algumas vacinas, tais algumas como sarampo, catapora e rubéola, poderiam causar o autismo, o que foi desacreditado por outros cientistas e, nos últimos anos, estudos confirmaram que, de fato, a associação da vacina ao autismo não tinha fundamento.
Em 2007 a ONU instituiu o dia 02 de Abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com a intenção de divulgar e despertar o interesse da sociedade nesse transtorno. E entre 2013 e 2014, com o lançamento da 5ª edição do DSM 3 os subtipos do transtorno do espectro do autismo são abolidos e as pessoas são diagnosticadas em um único espectro, com diferentes níveis de gravidade. Foi criada uma estimativa de que pelo menos 1% da população seja atingida pelo autismo, sendo 70 milhões no mundo e 2 milhões no Brasil. No mesmo ano, um amplo estudo realizado na Suécia afirmou que alguns fatores ambientais seriam tão importantes quanto a genética como a causa do transtorno. Incluindo aí o nível socioeconômico da família, complicações no parto, uso de drogas ocorridas antes e durante a gestação e assim como infecções sofridas pelas mães. Fato que surpreendeu aos autores da pesquisa, que viram que a genética teve um peso de 50%, bem menor do que esperavam com estimativas de 80% a 90%. Esse estudo, que teve uma analise de dados de mais 2 milhões de pessoas da Suécia entre os anos de 1982 e 2006, foi considerado o maior já realizado sobre as origens genéticas do autismo
05
05 3
Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5ª edição ou DSM-V.
4. AMA-RP Como dito anteriormente, existe em Ribeirão Preto a AMA-RP, que presta um atendimento gratuito, educacional, terapêutico, clinico e assistencial às pessoas com Autismo e também orientação aos seus familiares. De acordo com a psicóloga Juliana Borges Duarte, atualmente a AMA-RP atende 26 cidades da região e conta com 94 alunos/ pacientes em sua instituição. Esta unidade conta com uma equipe com 3 psicólogos, 2 fonoaudiólogos, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta, 1 fisioterapeuta ocupacional, 1 educadora física, 1 coordenadora, 1 psicopedagoga que também é a diretora da Associação, e várias pedagogas. Todos os funcionários são uniformizados e iniciam seus trabalhos às 07h40 da manhã. As atividades são de meio período, sendo das 08h às 11h30 da manhã e da 13h às 17h da tarde. A cada 15 dias a Associação procura fazer alguma atividade fora do local, como ir à um parque por exemplo.
Os tratamentos utilizados variam de acordo com a dificuldade do paciente, o que cabe aos profissionais qualificados determinar qual é o mais adequado. Entre eles, tem-se os seguintes: Programa TEACCH (Treatment and education of Autistic and related communication handcapped children), ou seja, tratamento e educação para autistas e crianças com déficits relacionados à comunicação. Apresentam, também, o Programa PECS que é um sistema de comunicação através de figuras. A Psicopedagogia procura estudar o processo de aprendizagem e suas dificuldades de uma forma preventiva e terapêutica. Terapia Ocupacional “TO”, cujo tratamento foca em dois fatores comuns nas pessoas com autismo. Um é trabalhar a habilidade motora fina com alguns exercícios como pegar objetos, ou fazer gestos e assim por diante. A outra são os problemas sensoriais, onde vai ser manipulado a auto- estimulação. Outros tratamento passam pela fisioterapia, que tem como missão auxiliar as pessoas que apresentarem problemas com a capacidade motora e a Fonoaudiologia e Terapia Idioma, que é uma das terapias mais importantes para o transtorno. Esta se concentra nas habilidades de linguagem e comunicação exercendo atividades especiais para melhorar a comunicação social e o uso funcional da linguagem. O Atendimento Médico, que visa realizar o diagnóstico, oferecer orientação familiar, prescrição de medicamentos e prescrição à contenção quando necessária.
06 3
Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5ª edição ou DSM-V.
A Assistência Social, que procura desenvolver atividades socioeducativos e de participação social em exercícios como de cidadania. E a Musicoterapia, que ajuda no desenvolvimento do autista no que se relaciona à comunicação, além de aumentar a criatividade, diminuir a hiperatividade e movimentos repetitivos e contribuir para o desenvolvimento social e assim por diante.
Além de todas essas atividades, a AMA-RP ainda conta com o programa Vida Diária e Vida Prática, que consiste em, com a orientação de um educador, aprender o básico do dia-a-dia como colocar a mesa, comer, tomar banho, arrumar as coisas e etc. A Associação se encontra em uma antiga casa residencial (Fig. 1) que sofreu algumas adaptações para seguir com os atendimentos, mas mesmo com os esforços o ambiente apresenta alguns problemas e limitações como a existência de uma escada (Fig. 2) que leva ao segundo andar, por exemplo. Isso impede e dificulta a locomoção de uma paciente portadora de cadeira de rodas, que só consegue chegar ao outro pavimento com a ajuda de um educador.
Fig. 1 – Fachada principal da AMA-RP. Foto da autora.
Fig. 2 - Área da secretaria, diretoria e sala de espera no segundo andar. Foto da autora.
07
Fig. 3 – Sala de TO. Foto da autora.
Fig. 4 – Sala de TO em outra perspectiva. Foto da autora.
Apesar da existência de uma área externa (Fig. 4 e Fig. 5), a casa quase não tem uma área verde, o que é fundamental para o autista ter contato com a natureza e realizar outras atividades, como jardinagem, hortas e etc.
Fig. 5 – Área externa de recreação. Foto da autora.
08
Fig. 6 – Área externa da piscina. Foto da autora.
Fig. 7 - Área para atividades físicas. Foto da autora.
09 Fig. 8 – Cozinha externa para atividades de culinária. Foto da autora.
A sala de musicoterapia é pequena e se localiza onde era, antigamente, a garagem. (Fig. 9).
Fig. 9 – Sala de musicoterapia. Foto da autora.
Fig. 10 – Sala de fonoaudiologia para atendimento individual. Foto da autora.
No pavimento superior tem-se a secretaria, diretoria, coordenação, refeitório, área particular para os funcionários, banheiros e 6 salas de aulas para atividades com autistas crianças até a fase adulta. No refeitório se praticam atividades como os programas Vida Diária e Vida Prática. (Fig. 11).
10
Fig. 11 – Refeitório. Foto da autora.
Fig. 12 – Corredor que leva às salas de educação. Foto da autora.
Fig. 13 – Sala de aula para crianças. Foto da autora.
11
Fig. 14 – Sala de aula para crianças. Foto da autora.
Fig. 15 – Sala de aula para adultos e adolescentes. Foto da autora.
Fig.16 – Cozinha dos funcionários. Foto da autora.
Fig. 17 – Área externa do refeitório dos funcionários. Foto da autora.
12
5. LEITURA PROJETUAL 5.1 Hospital Sarah Kubitschek - FORTALEZA Localizado no estado do Ceará, em Fortaleza, esta unidade dedica-se à neuroreabilitação de adultos e crianças com lesão medular e lesão cerebral, à investigação diagnóstica de doenças neurológicas com repercussão motora e sensitiva, bem como atendimento clínico a adultos com dor na coluna vertebral. O Hospital Sarah Fortaleza foi projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima, mais conhecido como Lélé. Tendo uma área construída de 16.551,42 m² em um terreno com 77.545,42 m², teve sua conclusão em setembro de 2001. Por se localizar em um ambiente quente e abafado, os princípios arquitetônicos encontrados no projeto deste Hospital são: aberturas amplas e sombreadas, direcionadas de forma para a captação do vento; a adoção de ventilação vertical e cruzada; a construção de espaços internos fluidos, entre outros.
Fig. 18 – Vista área do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte – Google.
13
Fig. 19 – Formas dos sheds. Fonte – Montero (2006, p. 165).
“As características de topografia, natureza do solo e nível do lençol freático são muito favoráveis à execução da obra” (LATORRACA, 2000, p.199).
Fig. 21 - Localização do Hospital Sarah Fortaleza, orientado para receber os ventos dominantes vindo do litoral. Fonte – Latorraca, (1999, p. 46).
Fig. 22 - Dados do terreno e variáveis climáticas: Ventos predominantes, Norte magnético, área de bosque. Fonte – Montero (2006, p. 177).
A solução arquitetônica encontrada para o projeto foi mista horizontal-vertical mais compacta, ocupando menos o solo e garantindo a preservação da área verde arborizada que ocupa mais de 1/3 do terreno. (Fig. 23).
14
Fig. 23 - Relação da área construída e da área verde. Fonte – Montero (2006, p. 178).
Fig. 24 – Implantação. Fonte – Montero (2006).
Legenda: Serviço
15
Administração
Acesso Carro Pedestre
No bloco horizontal, no nível térreo, se encontram o ambulatório, a fisioterapia, a sala de gesso, a oficina de ortopedia, o raio-x, o centro cirúrgico, o laboratório, o primeiro estágio de tratamento e, com acesso independente, a biblioteca e o centro de criatividade.
Fig.25 - Planta térreo. Fonte – Montero (2006).
Legenda: Serviço
Administração
Lazer
Circulação
Acesso Carro Pedestre
No subsolo estão os serviços gerais e as centrais de rebaixamento, ar condicionado e material. (Fig. 26).
Fig. 26 - Planta subsolo. Fonte – Montero (2006).
Legenda:
Serviço
Administração
Lazer
Circulação
16
Legenda: Serviço
Lazer
Circulação
Fig. 27 - Planta primeiro pavimento. Fonte – Montero (2006).
Legenda: Serviço
Lazer
Circulação
Fig. 28 - Planta segundo pavimento. Fonte – Montero (2006).
O bloco de enfermarias (bloco vertical) foi implantado no fundo do terreno de tal forma que evitasse a barragem dos ventos dominantes, permitindo a passagem da ventilação natural nos ambientes.
17
Os ambientes que contam com o ar condicionado foram colocados na parte posterior ou lateral do edifício, dando uma localização mais privilegiada para os ambientes ventilados naturalmente. (Fig. 29).
Fig. 29 - Ambientes do Hospital. Fonte – Montero (2006, p. 180).
O ginásio é o local onde se tem diversas atividades e tratamentos fisioterapêuticos para os pacientes, para isso foi projetada uma área de reabilitação com piscina, jardins internos, entre outros equipamentos adequados para a intervenção. Quando se tem atividades recreativas nesse pátio, as varandas ao lado que ligam às alas de enfermaria transformam-se num ótimo ponto de observação. (Fig. 30). Segundo Lélé: É importante que os pacientes possam assistir principalmente às sessões de reabilitações e reuniões, já que, [...] levam sempre artistas e todos podem assistir das galerias como se fosse nas frisas de um teatro. (LIMA, 2003b).
A grande cobertura em arco conta com a utilização de brises fixados de maneira a barrar a radiação solar e permitir a ventilação natural. (Fig. 31).
18
Fig. 30 - Vista do ginásio de atividades de uma das varandas da enfermaria. Fonte – Google.
Fig. 31 - Área de fisioterapia e recreação. Fonte – Google
19
Fig. 32 - Tratamentos e atividades. Fonte – Google.
Fig. 33 - Croqui . Fonte – Google.
As enfermarias se encontram com dupla circulação, tanto para visitantes ou familiares e para os serviços de apoio. Ambas se desenvolvem nas varandas ao longo das duas fachadas (NO e SE). Caso alguns pacientes queiram se isolar, existem também os apartamentos individuais que se encontram no último pavimento. (Fig. 34 e Fig. 35).
20
Fig. 34 – Croqui ala da enfermaria. Fonte – Montero (2006, p.186)
Fig. 35 – Croqui apartamentos . Fonte – Montero (2006, p.186)
Os solários foram montados após o prédio estar construído com o intuito de conseguir um pé direito maior para os funcionários tomarem banho de sol, fazendo com que cada um se comunique com a área social da respectiva enfermaria. No entanto, os solários dos apartamentos são individuais.
Fig. 36 - Diferentes tipos de vistas dos solários. Fonte – Montero (2006, p.187).
21
O Hospital Sarah Kubitschek de Fortaleza trouxe inspiração pelo método construtivo utilizado e os meios que foram trabalhados para torna-lo único. A argamassa armada é um material pouco utilizado no Brasil mas traz muitos benefícios como por exemplo ser apropriado para projetos de grande e pequenas proporções. Outro fator interessante é o uso de iluminação e ventilação natural que é uma das grandes marcas do Lelé, além do paisagismo existente no entorno que ajuda o paciente de forma indireta ao ter esse contato com a natureza.
Fig. 37 - Corte AA. Fonte – Montero (2006).
Fig. 38 - Corte BB. Fonte – Montero (2006).
Fig. 39 - Corte CC. Fonte – Montero (2006).
Fig. 40 - Fachada Suleste. Fonte – Montero (2006).
Fig. 41 - Fachada Nordeste. Fonte – Montero (2006).
Fig. 42 - Fachada Sudoeste. Fonte – Montero (2006).
22
5.2 Sweetwater Spectrum Community A Sweetrater Spectrum Community se localiza na cidade de Sonoma, Califórnia no Estados Unidos. Foi projetada pelo escritório Leddy Maytum Stacy Architects, sendo concluída em janeiro de 2013. Esse projeto é um centro de convivência que partiu de um novo conceito de complexo de residências que busca ajudar adultos com autismo a se desenvolverem e ganharem independência em situações do dia a dia.
Com isso o Centro conta com 16 casas, uma piscina, centro comunitário, academia, spa, hortas, pomares e jardins orgânicos. (Fig. 43).
Fig. 37 - Corte AA. Fonte – Montero (2006).
23 Fig. 44 - Centro de convivência para adultos autistas. Fonte - lmsarch.com
Fig. 45 - Piscina do Centro. Fonte - lmsarch.com
Fig. 47 - Centro comunitário. Fonte - lmsarch.com
Fig. 49 - Centro de convivência. Fonte - lmsarch.com
Fig. 46 - Área residencial do Centro. Fonte lmsarch.com
Fig. – 48 - Centro comunitário. Fonte lmsarch.com
Fig. 50 - Área residencial do Centro. Fonte lmsarch.com
Construído em um terreno com mais de 11.000 m², a comunidade se encontra próxima ao centro da cidade, facilitando para que os autistas consigam desenvolver suas atividades com maior independência, tendo fácil acesso aos transportes públicos, as ciclovias, parques, livrarias, lojas, comércios em geral e etc. (Fig. 51). Os materiais principais utilizados neste projeto foi o uso da madeira, vidro e concreto, além do uso de cores neutras que, de forma indireta, auxiliam os moradores no dia a dia
24
Fig. 51 - Localização do Centro de convivência na cidade. Fonte - lmsarch.com
As residências foram desenvolvidas com uma organização espacial simples, que define transições entre os espaços públicos e privados, sem utilizar tecnologias invasivas.
Fig.52 - Interior do Centro comunitário. Fonte - lmsarch.com
25
Fig.53 - Área de leitura do Centro comunitário. Fonte - lmsarch.com
Fig. 54 - Área de lazer do Centro comunitário. Fonte - lmsarch.com
26
Fig. 55 - Planta de uma residência e do centro comunitário. Fonte - aiatopten.org
Legenda Residência:
Legenda Centro Comunitário:
Área externa
Área externa
Área social
Área social
Área íntima
Área íntima/ social
Circulação
Jardim/ Área verde
Fig, 56 - Fachadas de uma residência e do Centro comunitário. Fonte - aiatopten.org
Fig. 57 - Corte transversal do Centro. Fonte - aiatopten.org
27
O complexo apresenta também sistemas de ventilação e iluminação natural, alto valor-R de isolamento nas paredes e telhados, clarabóias retráteis, fogões por indução, além de um sistema de gestão predial. (Fig. 58).
Fig. 58 - Perspectiva do Centro e o uso dos materiais. Fonte - lmsarch.com
A localização deste projeto foi uma grande e referência e inspiração para o Centro de Desenvolvimento e Tratamento para Autistas, assim como o uso dos materiais que trazem uma sensação de conforto e proteção e das cores neutras que foram utilizadas e ajudam ao Autistas a não se sentirem intimidados e/ ou distraídos, o que poderia vir ocorrer com o uso excessivo de cores mais fortes.
28
6. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA O terreno com 44.950 m² e uma inclinação total de quase 16m, se localiza na Av. do Café, principal via de circulação da Zona Oeste da cidade de Ribeirão Preto interligando a região central partindo da Alameda Botafogo até o Campus da USP. (Fig. 60).
Fig. 60 – Metragem e localização do terreno.
Fig. 59 – Localização do terreno em Ribeirão Preto
A escolha da localização do terreno se deu pela existência de outras Associações e Instituições que se concentram na Zona Sul da cidade. A Av. do Café se encontra na Zona Oeste, estando mais próxima da população de baixa renda, do centro da cidade, rodoviária e do Hospital das Clínicas no Campus da USP, tendo um acesso mais rápido e fácil. Além disso, por se encontrar num ponto forte de concentração de comércio, permite a realização de atividades com os pacientes para lidarem com situações do dia a dia. Por exemplo, como a comprar um produto numa loja e a lidar com o dinheiro, aprender a pegar um ônibus ou táxi e assim por diante.
29
Fig. 61 – Concentração de fundações, associações e centro para pessoas que apresentam algum transtorno mental na Zona Sul de Ribeirão Preto. Fonte – Google Maps com alteração da autora
Legenda: Terreno
Associações existentes em Ribeirão Preto com prestam atendimento à pessoas com Autismo
6.2 O Terreno O terreno está inserido em uma área da cidade considerada como preferencial para a construção de edificações, conhecida como ZUP (Zona de Urbanização Preferencial), e a ZPM (Zona de Proteção Máxima) correspondente com a APP (Fig. 62).
30 Fig. 62 – Mapa do macrozoneamento do terreno. Fonte – ribeiraopreto.sp.gov.br.
6.3 Insolação e Clima O clima dominante da cidade é considerado tropical, com características de ser quente e úmido no verão e ameno e seco no inverno. Sendo as direções leste e sul melhores para a utilização de aberturas para a entrada de iluminação natural. A ventilação dominante é proveniente do ESE (Fig. 64).
Fig. 63 – Direção do vento no mês de Abril. Fonte – pt.windfinder.com. Acesso em: 28/04/2016
Fig. 64 – Maior incidência de vento e estudo de insolação no terreno. Fonte – Google Maps.
31
Fig. 65 – Imagem panorâmica do terreno. Fonte – Foto da autora.
Fig. 66 – Imagem panorâmica do terreno. Fonte – Foto da autora.
Fig. 67 – Presença de árvores no terreno. Fonte – Foto da autora.
32
Fig. 68 – Interior do terreno. Fonte – Foto da autora.
33 Fig. 69 – Interior do terreno e prédios residenciais ao seu lado. Fonte – Foto da autora.
Fig. 68 – Interior do terreno. Fonte – Foto da autora.
Fig. 71 – Presença de outdoors no interior do terreno. Fonte – Foto da autora.
34
6.4 A Região Dentro do entorno da região, os elementos que mais se destacam são o Campus da USP, parques próximos, rodoviária e o centro da cidade, que abrange a maior concentração de comércio e serviços além dos existentes na Av. do Café. Esse fator foi fundamental para a escolha do terreno por possibilitar uma comodidade maior devido ao fato dos elementos serem próximos uns dos outros e ser mais fácil a realização de atividades e passeios que o Centro de Autismo vier a organizar.
Fig. 72 – Elementos de maior importância no entorno do terreno. Fonte – Google Maps.
Legenda: Campus da USP
Terreno
Parque
Rodoviária
Centro
6.5 Uso e Ocupação do Solo Quanto ao uso e ocupação do solo da Vila Tibério, o bairro possui maior predominância no uso residencial, porém grande parte do eixo comercial e de serviços locais se concentram por toda a Av. do Café de forma continua até a proximidade do Centro da cidade. No interior do bairro ainda se encontram alguns pontos de comércio, áreas de lazer, serviços, entre outros pontos que atraem um fluxo maior de pessoas, além do uso misto das edificações utilizando o pavimento superior como a área intima e o térreo para uso comercial (Fig. 73).
35
Fig. 73 – Mapa de uso e ocupação do solo. Fonte – Foto da autora.
Legenda: Comércio
Residência
Indústria
Lazer
Misto
Depósito
Serviço Religioso
Institucional Área verde
Vazio
6.6 Hierarquia Viária O trânsito da região foi distribuído de forma linear através das vias arteriais que se interligam a Vila Tibério e outros bairros. Da mesma forma que a vias coletoras se interligam ao Centro da cidade e importantes avenidas tais como a Avenida do Café, Avenida Antônio e Helena Zerrener, Avenida Gerônimo Gonçalves e Avenida Fábio Barreto, o que aumenta o fluxo do tráfego destas (Fig. 74).
Fig. 74 – Mapa da hierarquia viária da Vila Tibério. Fonte – Foto da autora.
Legenda: Via arterial
Via local
Via coletora
Via expressa
36
6.7 Ciclovias O projeto “Entre Rios” foi elaborado com o intuito de estimular a população à utilizar as bicicletas para locomoção, com isso foi previsto várias diretrizes para essa adequação na malha urbana de Ribeirão Preto. Dentro delas desenvolveuse trajetos para a instalação de ciclovias e ciclofaixas utilizando o leito dos córregos como eixo estruturador. A ciclovia (marrom) demarcada, é a que passa próxima à Av. do Café com uma extensão de até 3,5km, chegando até o Parque Maurílio Biagi e recebendo o nome de Ciclovia do Café (Fig. 75).
Fig. 75 – Mapa da ciclovia que se passa próxima à Av. do Café. Fonte – cicloviasrp.wordpress.com.
6.8 Linhas de Ônibus Existem sete linhas de ônibus que passam pela Avenida do Café, circulando pelo interior do bairro da Vila Tibério até outras Zonas da cidade. Os ônibus circulam pelo Campus da USP, o Centro de Ribeirão Preto e até o Estádio Palma Travassos. Dentre as sete linhas que circulam próximo ao terreno estão as linhas N 307, N 370, U 399, U 499, O 407, E/N 437 e a linha noturna Q 7. Todas essas linhas percorrem por praticamente todas as zonas existentes da cidade, facilitando a circulação. Esse detalhe é importante, já que traria um benefício para o paciente ao aprender a utilizar o transporte público e qual a melhor rota para se chegar ao seu ponto de destino.
37
Fig. 76 – Linha N 307. Fonte - Foto da autora.
Fig. 77 – Linha N 370. Fonte – Foto da autora.
Fig. 78 – Linha U 399. Fonte – Foto da autora.
38
Fig. 79 – Linha U 499. Fonte – Foto da autora.
Fig. 80 – Linha O 407. Fonte – Foto da autora.
39
Fig. 81 – Linha E/N 437. Fonte – Foto da autora.
Fig. 82 – Linha noturna Q 7. Fonte – Foto da autora.
40
7. PROGRAMA DE NECESSIDADES 7.1 Direção e Administração A recepção e a sala de espera serão destinadas para os pacientes e seus responsáveis no momento que precisarem aguardar algum atendimento. Também se destina para os pacientes que, ao finalizarem suas atividades do dia, terem um lugar adequado para esperar pelos responsáveis para irem embora. A secretaria e diretoria/ coordenação são de uso dos funcionários do Centro, pais e pacientes irão ter acesso a esses ambientes somente com o acompanhamento de um funcionário. Nessas salas é que estarão guardados os arquivos e documentos do Centro. O programa também contempla 2 banheiros para os pais e os pacientes.
Ambiente
Quantidade
Mobiliário
Área unit. (m²)
Recepção
1
Sofás, mesinhas, cafeteira, água, área da recepção c/ cadeiras, mesas, computadores e objetos decorativos
61,68
Sala de espera
1
Secretaria
1
Mesas, cadeiras, estantes, computadores e elementos decorativos
28,43
Diretoria/ Coordenação
1
Mesa, cadeiras, estantes, computador e elementos decorativos
28,43
Copa
1
Banheiros Masc. e Fem.
2
Área com cadeiras, mesinhas, pufs, brinquedos e objetos decorativos
Mesas, cadeiras, móveis e pequenos armários Vasos sanitários, sendo um de cada para deficiente físico e pias
Tabela 1 – Direção e Administração. Fonte – Tabela da autora.
41
86,60
52,69
11,51
7.2 Atividades O setor de atividades é onde vai ocorrer todos os tratamentos dos pacientes. Com um consultório de Psicologia e outro de TO, os autistas terão uma consulta individual para uma melhor avaliação. A existência de uma sala de reuniões permite que os profissionais possam se reunir e discutir assuntos afins ao do Centro ou melhorias que venham a surgir. As salas onde ocorrerão os tratamentos são diversas, tais como: Sala de TO, fisioterapia, ludoterapia e hidroterapia, onde irá ser trabalhado em maior foco a parte motora dos pacientes, com essa última sendo realizada em uma piscina. Nas salas de psicopedagogia e fonoaudiologia será trabalhado o emocional e a comunicação do paciente, auxiliando-o a lidar com essas dificuldades. A sala de medicação onde será guardado os remédios que possam vir a ser prescritos por um profissional para um paciente que necessite, e por fim, a Sala de Descanso onde o paciente autista poderá utilizar para acalmar-se nos momentos em que estiver muito agitado ou em algum tipo de crise. Esta última sala não pode conter muito objetos para não distrair os pacientes que irão utiliza-la.
Ambiente
Quantidade
Mobiliário
Área unit. (m²)
Sala de reunião
1
Mesa, cadeiras e elementos decorativos
42,43
Consultório de Psicologia
1
Mesa, cadeiras, armários, computador e elementos decorativos
18,82
Consultótio de TO
1
Mesa, cadeiras, armários, maca e computador e elementos decorativos
18,82
Psicopedagogia
1
Mesa, cadeiras, armários, computador e elementos decorativos
42,43
Fonoaudiologia
1
Mesa, cadeiras, armários, computador e elementos decorativos
13,77
Sala de medicação
1
Mesa, cadeiras, armários, estantes para os remédios e materiais e computador
13,77
Sala de TO
1
Camas, cadeiras, armários, estantes e aparelhos e materiais utilizados para o tratamento
70,58
42
Ambiente
Quantidade
Fisioterapia
1
Musicoterapia
1
Ludoterapia
1
Hidroterapia
1
Sala de descanso
1
Tabela 2 – Atividades. Fonte – Tabela da autora.
43
Mobiliário Camas, cadeiras, armários, estantes e aparelhos e materiais utilizados para o tratamento Mesa, cadeiras, armários, estantes e instrumentos musicais
Camas, cadeiras, armários, estantes e aparelhos e materiais utilizados para o tratamento Área coberta com piscina para a utilização de tratamentos Pufs, tapetes, armários, tv, e elementos decorativos
Área unit. (m²) 69,28
42,43
69,28
86,60 42,43
7.3 Vivência No setor de vivência ficará a cozinha e um espaço para serem realizadas as atividades de culinária, despensa e refeitório coberto para alimentação, terá também um pátio descoberto onde serão realizadas atividades como jogos. Terá também ao ar livre o pomar e a horta para atividades manuais, esse setor também contará com 2 banheiros, 1 feminino e 1 masculino, ambos com espaço para deficientes e chuveiros.
Ambiente
Quantidade
Mobiliário
Cozinha
1
Balcão, mesa, fogão, pias, geladeiras, freezer, armários e estantes
33,62
Atividades para culinária
1
Área destinada à atividades de culinária, com mesas, cadeiras e materiais adequados
32,52
Refeitório coberto
1
Mesas, cadeiras e lixeiras
86,60
Pátio aberto
1
Área livre para atividades e brincadeiras
183,75
Banheiros masc. e fem.
2
Vasos sanitários, sendo um de cada para deficiente físico, chuveiros e pias
27,14
Pomar
1
Árvores frutíferas para a realização de atividades ao ar livre
300
Horta
1
Espaço para a realização de atividades ao ar livre
Área unit. (m²)
91
Tabela 3 – Vivência. Fonte – Tabela da autora.
44
7.4 Pomar (Detalhado) As árvores selecionadas são as que se adequam melhor ao clima quente de Ribeirão Preto. Árvore
Quantidade
Laranjeira
5
Limoeiro
5
Jabuticabeira
3
Pessegueiro
5
Bananeira
10
Goiabeira
5
Tabela 4 – Pomar detalhado. Fonte – Tabela da autora.
7.5 Serviço No serviço se encontra a sala de limpeza, onde ficarão guardados os materiais de limpeza, um depósito de materiais onde será guardado equipamentos que poderão vir a ser usados em atividades e tratamentos. Terá também 2 vestiários para os funcionários, sendo 1 masculino e 1 feminino, onde os educadores poderão guardar seus pertences e se trocar.
Ambiente
Quantidade
Sala de limpeza
1
Estantes e armários para guardar os materiais de limpeza
15,86
Depósito de materiais
1
Estantes e armários para guardar os materiais
12,96
Refeitório coberto
1
Mesas, cadeiras e lixeiras
86,60
Vestiário masc. e fem.
2
Bancos, armário e chuveiros para a troca de roupa dos funcionários
15,86
Tabela 5 – Serviço. Fonte – Tabela da autora.
45
Mobiliário
Área unit. (m²)
8. FLUXOGRAMA
8.1 Fluxograma Inicial
Legenda:
Acesso funcionários Acesso pacientes Acesso serviço Acesso pais
Acesso principal e acesso secundário
46
Diagrama 1 – Fluxograma inicial. Fonte – Diagrama da autora.
8.2 Fluxograma Atual
ACESSO PRINCIPAL
ADM./ COORD.
Banheiros ACESSO SECUNDÁRIO
SERVIÇO
ADM./ COORD.
SERVIÇO
ADM./ COORD.
ATIVIDADES
ATIVIDADES
ATIVIDADES
ATIVIDADES ATIVIDADES
ATIVIDADES ATIVIDADES
ATIVIDADES
Legenda:
VIVÊNCIA
Funcionários Pais e pacientes Funcionários de serviço
47
Pais e pacientes c/ funcionários Acesso principal e secundário
ATIVIDADES
Diagrama 2 – Fluxograma atual. Fonte – Diagrama da autora.
VIVÊNCIA
VIVÊNCIA
9. ORGANOGRAMA 9.1 Organograma Inicial
Atividades
Administração/ Coord.
Área externa
Acessos
Serviço
Legenda:
Vivência
48 Diagrama 3 – Organograma inicial. Fonte – Diagrama da autora.
9.2 Organograma Atual
ACESSO PRINCIPAL
ADM./ COORD.
Banheiros ACESSO SECUNDÁRIO
SERVIÇO
ADM./ COORD.
SERVIÇO
ADM./ COORD.
ATIVIDADES
ATIVIDADES
ATIVIDADES
ATIVIDADES ATIVIDADES
ATIVIDADES ATIVIDADES
LEGENDA: Adm./ Coord.
ATIVIDADES
VIVÊNCIA Atividades Vivência Serviço
49
ATIVIDADES
Acesso principal e secundário Diagrama 4 – Organograma atual. Fonte – Diagrama da autora.
VIVÊNCIA
VIVÊNCIA
10. PLANO DE MASSAS
10.1 Plano de Massas 2D Inicial O plano de massas 2D mostra como foi disposto inicialmente os ambientes do Centro de Autismo dentro do terreno sem, ainda, a localização dos pontos específicos das árvores existentes.
Fig. 83 – Plano de massas 2D inicial. Fonte – Foto da autora.
Legenda: Adminitração/ Coordenação
Atividades
Vivência
Serviço
50
10.1 Plano de Massas 3D Inicial O estudo do plano de massas 3D mostra como foi pensado de forma inicial a inclusão do projeto no terreno ainda sem a disposição das árvores.
Fig. 84 – Plano de massas 3D inicial . Fonte – Foto da autora.
Fig. 85 – Plano de massas 3D inicial. Fonte – Foto da autora.
Fig. 86 – Plano de massas 3D inicial. Fonte – Foto da autora.
Fig. 87 – Plano de massas 3D inicial. Fonte – Foto da autora.
51
Fig. 88 – Plano de massas 3D inicial. Fonte – Foto da autora.
11. O PROJETO 11.1 Centro de Desenvolvimento e Tratamento para Autistas Como dito anteriormente, o projeto visa atender as pessoas com autismo de todas as idades, oferecendo um tratamento de qualidade e contando com um diferencial: a arquitetura do projeto vai colaborar com todo o desenvolvimento do paciente. Localizado na Av. do Café, com uma grande gama de comércio existente pelas proximidades, o Centro irá realizar atividades como a Vida Diária e a Vida Prática, que consiste em ensinar o paciente autista a lidar com situações do dia a dia, como pegar um ônibus ou um táxi, comprar algum produtor em alguma loja e assim por diante. 11.2 Implantação
O terreno conta com um grande declive totalizando 16 metros de desnível, na sua frente contém algumas árvores existentes que foram trabalhadas junto ao projeto sem sofrer qualquer tipo de interferências, e ao fundo se encontra uma APP que impede dessas árvores de serem removidas. Pelo fato do projeto ser plano, o terreno irá ser trabalhado com platôs e taludes onde se encontra o Centro e após isso ele permanecerá com todo o desnível natural.
Fig.89 – Implantação. Fonte – Foto da autora.
52
Fig.90 – Perspectiva. Fonte – Maquete eletrônica da autora.
Fig.91 – Perspectiva. Fonte – Maquete eletrônica da autora.
53
Fig.92 – Implantação em 3D. Fonte – Maquete eletrônica da autora.
Fig.93 – Perspectiva de dentro da praça. Fonte – Maquete eletrônica da autora.
Fig.94 – Perspectiva de dentro da praça. Fonte – Maquete eletrônica da autora.
Fig.95 – Perspectiva de dentro da praça. Fonte - Maquete eletrônica da autora.
54
55
Fig.96 – Cortes do Centro. Fonte – Foto da autora.
11.3 A Forma Visando em trazer a arquitetura como um “adicional” ao tratamento, optou-se por utilizar uma forma lúdica. Como o hexágono por exemplo. Cada módulo do projeto apresenta cerca de 86m² e se encaixa uns com os outros, conseguindo integra-los quando necessário e ter a sua individualidade com a divisão das salas internas, cada uma com um formato diferente. Por ser projeto plano, não será necessário o uso de rampas e escadas no seu interior.
56 Fig.97 – Planta baixa do layout. Fonte – Foto da autora.
O Centro irá trabalhar com alturas que irão variar de 4,20m à 6,20m de altura no total, sendo que estes maiores irão abranger a caixa d’água.
57
Fig.98 – Elevações do Centro. Fonte – Foto da autora.
12. SISTEMA CONSTRUTIVO 12.1 Memorial Descritivo e Justificativo O Centro de Tratamento e Desenvolvimento para Autistas visa trazer um melhor atendimento, tratamento e atividades para seus pacientes, e isso inclui profissionais qualificados, aparelhos adequados e um ambiente propício, incluindo a arquitetura. Por conter uma forma lúdica, a proposta se deve ao fato de que a arquitetura do ambiente contribua para o desenvolvimento do autista. A forma do hexágono passa a sensação de proteção, ligação entre os módulos e acolhimento. 12.2 Estrutura e Sistema Construtivo O que diferencia a argamassa armada do concreto armado é sua mistura (cimento + areia + água) e a associação de uma armadura de aço com fios pouco espaçados entre si e de pequeno diâmetro. (Fig.x).
Fig.99 – Demonstração da argamassa armada com a armadura de aço. Fonte - Google
Para um efeito mais impactante é preciso ter a escolha certa do material, sendo o deste caso a argamassa armada que consegue ser trabalhada de forma mais fácil para lidar com os cantos existentes, além de poder ser revestida. Por ser um projeto plano e térreo, com o material escolhido não é necessário o uso de pilares e vigas já que a argamassa é a própria estrutura.
58
Vantagens
Desvantagens
Material “ecologicamente correto”
Uso de chapas de aço, que não estão sempre disponíveis em todos os lugares A proporção entre cimento, água e areia tem que ser respeitada à risca
Apropriado para projetos de pequenas e grandes proporções Facilidade de execução, adaptação e baixo custo de manutenção
Não exige trabalhos pesados de escavação
A retirada da água é por cima com a ajuda de uma pequena escada, ou por meio de uma torneira, o que aumenta o risco de um esvaziamento acidental A água esquenta com facilidade ao calor do sol, por isso a cisterna sempre tem que ser pintada de branco A obra não pode ser interrompida durante a construção, pois senão as subsequentes camadas de reboco não aderem suficientemente entre si -
Praticamente à prova de vazamentos
-
Resistente à água Uso de pouca matéria-prima
Tabela 6 – Vantagens e desvantagens da argamassa armada.
O passo-a-passo da construção da argamassa armada ocorre da seguinte forma:
Preparação das formas Preparação das montagens das armaduras Preparação da argamassa Lançamento e andensamento da argamassa Cura Transporte e montagem (pré-moldagem) Acabamento
Fig.100 – Composição da argamassa com areia, água e cimento. Fonte - Google
59
Fig.101 – Projeto Minha Casa Minha Vida de Lelé feito com argamassa armada. Fonte - Google
Fig.102 – Esquematização do passo a passo de construção de uma casa com argamassa armada. Fonte Google
60
Fig.103 – Projeto Minha Casa Minha Vida de Lelé feito com argamassa armada. Fonte - Google
12.3 Vedação As aberturas das janelas do projeto fogem da medida padrão o que é vantajoso para a utilização da argamassa já que esta consegue trabalhar com diversas formas e tamanhos de cada abertura. Diferente da alvenaria estrutural que é preciso ter as medidas dentro do padrão para funcionar. 12.4 Cobertura No total, o Centro completo vai ocupar 17 módulos e cada um desses módulos irá possuir 3 alturas diferentes: 6,20m, 5,20m e 4,20m, onde as maiores alturas vão abranger a caixa d’água. O telhado a vir a ser utilizado será a telha sanduíche, e pelo projeto conter alturas diferentes, cada módulo irá obter sua cobertura “individual”. A telha sanduíche é composta por duas chapas metálicas (aço galvanizado), e as telhas acústicas apresentam um isolante em seu interior, sendo esta última entre as duas chapas metálicas. (Fig.104)
Fig.104 – Exemplo de corte de uma telha sanduíche metálica. Fonte - Google
61
Por garantir o controle térmico essa telha pode ser apontada como econômica, já que é possível ter menos gastos com ar-condicionado e outras medidas que consomem energia, além de ser também um bom isolante acústico, fatores importantes para os autistas.
Fig.105 – Demonstração de uma telha sanduíche com o material isolante. Fonte - Google
Vantagens
Desvantagens
Alta durabilidade
Alto custo no mercado
Boa impermeabilização
Tem baixa capacidade de isolação térmica e acústica, e só pode se associar às telhas metálicas a aplicação de materiais isolantes
Flexibilidade
Precisa de mão de obra qualificada para sua montagem para não danificar a telha
Não-inflamável
-
São leves, não comprometendo a estrutura
-
Rapidez no transporte e na montagem
-
Tabela 7 – Vantagens e desvantagens da telha sanduíche.
62
Fig.106 – Planta baixa de cobertura. Fonte – Foto da autora.
63
12.5 Maquete Física
Fig.107 – Planta baixa da maquete. Fonte – Maquete física da autora.
Fig.108 – Perspectiva da maquete. Fonte – Maquete física da autora.
64
Fig.109 – Perspectiva da maquete. Fonte – Maquete física da autora.
Fig.110 – Perspectiva da maquete. Fonte – Maquete física da autora.
65
Fig.111 – Perspectiva da maquete. Fonte – Maquete física da autora.
12.6 Conclusão A realização deste trabalho ajudou a compreender melhor as necessidades que os Autistas precisam. Não somente no seu tratamento, mas na conscientização da sociedade e no quesito arquitetônico.
O projeto atende as necessidades apontadas, oferecendo um espaço adequado ao paciente, contando também com uma arquitetura com forma lúdica que consegue trazer a sensação de conforto e proteção ajudando, de forma indireta, nos tratamentos realizados. A conscientização das pessoas sobre o Autismo é algo importante, a construção de um Centro de Desenvolvimento e Tratamento em Ribeirão Preto, acarretaria mudanças positivas, não só no cotidiano dos pacientes ao obterem um ambiente adequado e de qualidade, mas sim em toda uma sociedade que se encontraria mais humana e solidária em buscar obter o conhecimento de determinado assunto e ajudando a proporcionar soluções.
66
13. REFERÊNCIAS
Albedo do Brasil. Disponível em: <http://www.grupoalbedo.com.br/desvantagens-telha-termoacusticasanduiche.php> Acesso em: 15 de novembro de 2016. Arquitetando com a Iara. Disponível em: <http://arquitetandocomaiara.blogspot.com.br/2014/08/paineis-de-argamassaarmada-com-miolo.html>. Acesso em: 20 de novembro de 2016. Associação de Amigos do Autista. Disponível em: <http://www.ama.org.br/>. Acesso em: 11 de março de 2016. Autismo e Realidade. Disponível em: <http://autismoerealidade.org/informese/sobre-o-autismo/historia-do-autismo/>. Acesso em: 08 de março de 2016. Bengala Legal. Disponível em: <http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial>. Acesso em: 31 de março de 2016. Casa de David. Disponível em: <http://casadedavid.net.br/>. Acesso em: 29 de março de 2016.
Ciclovias em Ribeirão Preto. Disponível em: <https://cicloviasrp.wordpress.com/conheca-o-projeto/>. Acesso em: 27 de abril de 2016. Cursos CP. Centro de Produções Técnicas. Disponível em: <http://www.cpt.com.br/cursos-horticultura-agricultura/artigos/hortacaseira-7-tecnicas-para-o-preparo-dos-canteiros>. Acesso em: 07 de maio de 2016. Clube do Concreto. Disponível em: < http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/10/cisternas-de-argamassaarmada-como-fazer.html>. Acesso em: 14 de novembro de 2016.
Depósito Jotaerre. Disponível em: <http://depositojotaerre.com.br/tipos-detijolos-para-alvenaria/>. Acesso em: 12 de agosto de 2016. Desafios da Contemporaneidade: A Musicoterapia na Sala de Diálise no Tempo dos iPods. Pode?. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programacao_arquitetonica_so masus_v1.pdf>. Acesso em: 09 de maio de 2016.
67
Doc Player. Disponível em: <http://docplayer.com.br/10896988-Projeto-dearquitetura-arquitetura-hospitalar.html>. Acesso em: 09 de maio de 2016. DocSlide. Disponível em: <http://docslide.com.br/documents/a-epopeiaignorada-oto-marques-da-silva-corrigido.html>. Acesso em: 31 de março de 2016. Ebah. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUQEAF/dicasarquitetura>. Acesso em: 09 de maio de 2016. Estude Agronomia. Disponível em: <http://estudeagronomia.blogspot.com.br/2013/06/como-fazer-umahorta.html>. Acesso em: 07 de maio de 2016. Guia do Transporte Urbano de Ribeirão Preto. Disponível em: <http://www.ribeiraopontoaponto.com.br/static/pdf/guia_linhas.pdf>. Acesso em: 18 de abril de 2016. Hometeka. Disponível em: <https://www.hometeka.com.br/aprenda/o-que-etelha-termoacustica-sanduiche/>. Acesso em: 14 de novembro de 2016. Horta Orgânica Doméstica. Disponível em: <https://permacoletivo.files.wordpress.com/2008/06/manual-horta-organicadomestica.pdf>. Acesso em: 07 de maio de 2016. Iba Mendes Pesquisa. Disponível em: <http://www.ibamendes.com/2011/02/odeficiente-fisico-ao-longo-da.html>. Acesso em: 31 de março de 2016. LMSª. Disponível em: <http://www.lmsarch.com/projects/sweetwater-spectrumcommunity?f1=all>. Acesso em: 3 de abril de 2016. MARINHO, E. A.R., MERKLE, V. L. B. Um Olhar sobre o Autismo e sua Especificação. In: Congresso Nacional de Educação, 9., 2009, Paraná. Anais... Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/1913_1023.pdf >. Acesso em: 31 de março de 2016. MONTERO, Jorge. Dissertação de Mestrado: Ventilação e Iluminação Naturais na obras de João Filgueiras Lima, Lélé: Estudos dos Hospitais Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro. São Carlos 2006.
Movelaria Paranista. Disponível em: <http://www.movelariaparanista.com.br/index.php?option=com_content&view= article&id=70:salas-de-recepaao-e-espera-seja-bemvindo&catid=19&Itemid=400>. Acesso em: 09 de maio de 2016.
68
Normas para Projetos Físicos de Estabelecimento Assistenciais de Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programacao_arquitetonica_somas us_v1.pdf>. Acesso em: 09 de maio de 2016. Nosso Ritmo. Disponível em: <http://www.nossoritmoribeirao.com.br/servicosa-populacao/consultar-linhas/>. Acesso em: 18 de abril de 2016. Pomar Doméstico. Disponível em: <http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/domestico.htm>. Acesso em: 07 de maio de 2016. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Disponível em: <https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/J321/pesquisa.xhtml?lei=21377>. Acesso em: 26 de abril de 2016. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/principal.php>. Acesso em: 26 de abril de 2016.
Programação Arquitetônica de Unidades Funcionais de Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programacao_arquitetonica_somas us_v1.pdf>. Acesso em: 09 de maio de 2016. QUEIROZ, Jéssica. Trabalho Final de Graduação: Loucura ou Razão? Espaços de Alienação e uma Arquitetura de Reintegração. Ribeirão reto 2013. Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Disponível em: <http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidadefortaleza/>. Acesso em: 4 de abril de 2016. Reforma Fácil. Essa é a Ideia! Disponível em: <http://reformafacil.com.br/produtos/coberturas-e-telhados/telhasmetalicas-tipos-vantagens-e-aplicacoes/>. Acesso em: 15 de novembro de 2016. SlideShare. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/mayaravirgulino/desenvolvimento-do-trabalho38472455>. Acesso em: 4 de abril de 2016. The American Institute of Architects. Disponível em: < http://www.aiatopten.org/node/369>. Acesso em: 3 de abril de 2016.
69
Tua Saúde. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/autismo-infantil/>. Acesso em: 29 de março de 2016. Windfinder. Disponível em: <https://pt.windfinder.com/windstatistics/ribeirao_preto>. Acesso em: 28 de abril de 2016. Zé Moleza. Facilitando sua Vida Acadêmica. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programacao_arquitetonica_somas us_v1.pdf>. Acesso em: 09 de maio de 2016. 2 Quartos. Imóveis e Dicas para sua Casa! Disponível em: <https://www.2quartos.com/tipos-telhados-vantagens-desvantagens-cada/>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.
70