BIBLIOTECA ESCOLAR, LITERACIAS E CURRÍCULO Reflexão crítica final Curso de formação –An2
Formadora: Isabel Nina Formanda: Anabela da Conceição Costa
Coimbra Dezembro de 2010
BIBLIOTECA ESCOLAR, LITERACIAS E CURRÍCULO Dezembro de 2010
I – INTRODUÇÃO
“Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança.” António Gedeão, Pedra Filosofal
O Homem sonhou e o computador nasceu e daí até à Internet foi um “pulo” tão curto e rápido que apanhou muitos de nós, menos “desportistas”, desprevenidos. Agora, dispomos deste instrumento, ao mesmo tempo diabólico e fascinante, que nos auxilia a visualizar com mais rapidez, proximidade e nitidez o colorido do Mundo, como se fossemos crianças que brincam deslumbradas. Não há como negar esta evolução e voltar-lhe as costas. Actualmente, neste mundo tão competitivo, espera-se que o ser humano seja capaz de acompanhar o “torrencialmente” veloz e sempre em mutação projecto que a sociedade traçou para si a nível económico, tecnológico, político, cultural, mental e educativo e, nesse caminho, cabe também à Biblioteca Escolar ajudar a torná-lo “belo” e motivador, apetrechando devidamente o indivíduo para que este possa fazer face às múltiplas respostas que dele se espera. As Bibliotecas Escolares têm pois um papel extremamente importante e activo, nesta sociedade do conhecimento e no processo de ensino-aprendizagem, sendo imprescindível a sua função de agente facilitador do acesso à educação formal/informal e à aprendizagem ao longo da vida, num mundo em que o conhecimento, as competências para aceder, usar e produzir informação e a formação são decisivos para o desenvolvimento dos indivíduos, dessa sociedade e para a afirmação de uma cidadania activa, crítica e participativa Logo, é urgente uma nova postura do professor, seja ele bibliotecário ou não, pois o tempo da lousa, do quadro negro e do livro em formato exclusivamente tradicional findou. O professor bibliotecário, enquanto especialista em informação, tem agora a sua missão bastante facilitada se souber utilizar com propriedade o manancial precioso de novos suportes e ferramentas inovadoras que a era digital colocou também ao seu dispor. Com um clique a biblioteca expande-se pelo mundo. Com um clique podem-se abrir livros, mundos paralelos.
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Com um clique estreitam-se laços com utilizadores, partilham-se esforços, informações e materiais… A Web 2.0 está aí. É necessário aprender a aproveitá-la e a maximizar as suas potencialidades.
II – REFLEXÃO REFLEXÃO COMO FORMANDA Tendo em mente tudo o que referi anteriormente, relativamente ao papel do educador e da Biblioteca Escolar, é necessário pois que surjam acções de formação de qualidade, como a que frequentei, que saibam motivar e preparar os agentes educativos para este desafio na sua carreira. Considero que a acção, sobre a qual versa este relatório e que decorreu sob a forma de Curso de Formação, conseguiu responder a várias das minhas necessidades formativas ao nível da: aprendizagem in loco, com o apoio constante da formadora, onde poderíamos trocar e discutir ideias e contactar com pontos de vista consubstanciados por uma larga experiência e estudo no ramo; aquisição/ actualização de conhecimentos; cariz teórico-prático da formação. Confesso que os conteúdos desta acção se situaram exactamente nas áreas que eu havia traçado como prioritárias para a minha formação na temática das tecnologias da informação aliadas ao ensino e à Biblioteca Escolar. As temáticas e actividades aqui abordadas, que apresentaram bastante pertinência e proficuidade didáctica, pedagógica e técnica, ajudaram-me a perspectivar quer o meu trabalho como docente quer a minha função como professora bibliotecária, de uma forma muito mais ampla e coerente. Este Curso de Formação provou ser, no meu horizonte pessoal e profissional, uma excelente oportunidade para me actualizar, neste domínio, projecto que abracei com toda a vontade. Ao longo das sessões, fui levada a reflectir quer individualmente quer em pequeno e grande grupo sobre temáticas variadas e que se revestem de uma extrema importância na actual filosofia de ensino. A Biblioteca não é um mero recurso pedagógico, encarado ainda por alguns como um espaço estanque e até “sacramental”. Numa perspectiva actual, a Biblioteca é “o recurso” fundamental para a educação e formação de toda comunidade escolar, ajudando todos a “tornarem-se pensadores críticos e utilizadores efectivos da informação em todos os suportes e meios de comunicação”. Este Curso de Formação frisou uma constatação minha de há muito, ou seja, que há ainda um longo percurso a percorrer quer em termos pessoais quer a nível de escola, quanto à
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modificação de práticas e de concepções no que concerne a integração da Biblioteca Escolar no currículo, nos documentos fundadores da filosofia e das metas educativas pretendidas pelo agrupamento em que lecciono e em particular de todos os docentes na sua prática lectiva. Nesta acção, foram-me dados bastantes meios, agora há que saber utilizá-los devidamente e adequá-los à realidade da Biblioteca Escolar que coordeno e ao Agrupamento de Escolas a que pertenço. No entanto, face à abrangência das ferramentas disponíveis e aos conteúdos teórico-práticos que me foram transmitidos, considero que a minha formação neste âmbito continua a estar bastante aquém do que desejo pessoalmente e do necessário para que possa cumprir cabalmente a minha missão. Cabe-me também a mim dar continuidade à minha aprendizagem, numa perspectiva de auto-formação e de formação partilhada com outros colegas docentes e professores bibliotecários, alguns com mais experiência e know-how informático e digital. Por último, nesta parte do meu relatório, devo debruçar-me acerca do grau de adequação dos moldes em que assenta a avaliação dos formandos desta Oficina de Formação. Concordo com os critérios de avaliação estipulados, no entanto, devo referir que encontrei algumas “pedras” que me dificultaram a caminhada, nomeadamente ao nível: do número de horas atribuídas ao Curso, que, na minha opinião, foram claramente insuficientes tendo em conta a extensão e complexidade dos conteúdos a abordar; a concentração da formação numa semana; o horário tardio da formação, difícil de gerir para quem tem crianças pequenas em casa à sua espera. Não obstante o que acima referi, volto a frisar a importância desta formação para o meu crescimento pessoal, científico e profissional. No projecto que elaborei e que pretendo aplicar, ainda este ano lectivo, perspectivei a criação de um blogue da Biblioteca Escolar, lacuna intensa que desejo resolver, dada a relevância desta ferramenta da Web 2.0 para o trabalho e missão a desenvolver pela Biblioteca Escolar. Os blogues, desde que aliados a outras ferramentas Web, permitem à Biblioteca uma expansão cujo limite é o MUNDO... Cabe-nos a todos nós usar o conhecimento que vamos conquistando para que a Biblioteca Escolar adquira “novas qualidades” e cumpre-nos acreditar e tudo fazer para que do acesso ao mundo da leitura, ela passe a permitir o acesso à leitura do mundo.
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III– III– AUTOAVALIAÇÃO Chegámos agora ao momento mais difícil deste relatório, a auto-avaliação, pois é sempre intrincado fazer uma retrospectiva e auto-análise. Porém, uma vez que assim nos é agora exigido, considero que, face ao trabalho que desenvolvi e, após ponderados os critérios de avaliação a contemplar, o meu desempenho neste Curso de Formação merece a classificação de 9 valores.
Muito obrigada por tudo, Srª. Formadora! Fez um Excelente Trabalho!
Coimbra, 13 de Dezembro de 2010,
A Formanda,
Anabela da Conceição Costa
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