Portfolio de Arquitectura

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A N A C A R N E I R O C A R R E I R A D A S I LVA portfolio arquitetura 2008 | 2014


CONTEÚDOS

01 P r o j e c t o e E m e r g ê n c i a | O H a b i t á c u l o 02 R e g e n e r a ç ã o d o V a l e d e S a n t o A n t ó n i o | A s á g u a s p a s s a d a s 03 O c i c l o d a á g u a e m m e i o u r b a n o | U m s i s t e m a l o c a l a l t e r n a t i v o 04 M a q u e t a s

CURRICULUM VITAE INFORMAÇÃO PESSOAL Nome Data de Nascimento Nacionalidade Morada Contactos

Ana Carneiro Carreira da Silva 1 de Maio de 1990 Portuguesa Praceta António Aleixo, nº25, 3ºC, 2790-021 Carnaxide accdsilva@gmail.com (+351) 912134064


EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO 2008 - 2014

- Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa Mestrado Integrado em Arquitetura na área de especialização em Urbanismo:

2011 - 2014 2011 - 2012

Mestrado na área de especialização em Urbanismo (Nota final Tese de Mestrado – 18 /20 valores)

- Escuela Técnica Superior de Arquitectura, Universidad Politécnica de Madrid Programa ERASMUS

2008 - 2011

Licenciatura em Estudos Arquitetónicos

2006 - 2007

-Instituto Unicenter Curso profissional de Master de Computação Gráfica

2005 - 2008

-Escola Secundária Professor José Augusto Lucas 12º ano completo no Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais - 16/20 valores

COMPETÊNCIAS -AutoCad | Adobe Photoshop | Adobe Illustrator | Adobe InDesign Sketchup | VRay | MS Office | ArcGis | Gimp | CorelDraw -Desenho à mão livre | Execução de Maquetas LÍNGUAS Português | Língua materna Inglês | Conhecimento avançado Espanhol | Conhecimento avançado Francês | Conhecimento básico

EXPERIÊNCIA RELEVANTE -Colaboradora no Projeto “2 de Maio todos os dias” – BIP/ZIP Câmara Municipal de Lisboa 2013: Funções principais: análise e levantamento arquitetónico de um fogo para reabilitação; colaboração no projeto de interiores de um fogo.

-Voluntária no Projeto “2 de Maio todos os dias” – BIP/ZIP Câmara Municipal de Lisboa 2013: Funções principais: organização de atividades e eventos.

-Gestão e recuperação de imóveis na empresa familiar imobiliária CarreiraSilva S.A: Funções principais: execução e gestão de projeto de interiores de um fogo para habitação (T7) na Alameda D.Afonso Henriques, Lisboa.

OUTRAS COMPETÊNCIAS -Formação musical e instrumental (piano) na Escola de Música da Nossa Senhora do Cabo de Linda-a-Velha. -Experiência como tutora pessoal de educação cognitiva para pessoas com deficiência intelectual e cognitiva no âmbito da música.

INFORMAÇÃO ADICIONAL -Membro associado da Associação LOCALS APPROACH. -Membro do grupo informal U:ICLC (U:Informal Collective for Living Cities). Carta de Condução: B,B1


PROJETO E EMERGÊNCIA |

O habitáculo

Orientador: Arq. João Pedro Costa Faculdade de Arquitetura, UL Laboratório de Projecto | 3º ano | 2011

O exercício seguinte teve como objectivo o estu-

Seguindo estes ideais de minimalismo o habitá-

do as condições de contingência, mutabilidade

culo resultou na sua forma e organização para

derivada da hiper-ocupação dos habitáculos.

conceitos que convergem na simplicidade, ra-

O habitáculo teria que dispor de todas as condições

cionalidade e ordem, com o objectivo de propor-

básicas: zona de dormir, zona para cozinhar, insta-

cionar conforto, flexibilidade e adaptabilidade

lações sanitárias e zona de estar para 4 ou 6 pessoas

a todos os habitantes, num espaço reduzido.

num volume total de 150m3.

Como tal o fio condutor para a concepção do

O conceito inicial derivou de influências como pro-

habitáculo foi a fusão das diferentes funções

jectos do arquitecto Gary chang, o apartamento

quotidianas na mesma área através de dispositi-

com 24 funcionalidades ou a “Suitcase House”, Mo-

vos móveis. O objectivo seria a existência de dif-

bile Shleter de Sanei Hopkins, a casa de campo de

erentes ambientes dependendo da posição dos

Jean Baptiste Barache…, todos estes que se concil-

dispositivos e as necessidades dos habitantes.

iam no mesmo pressuposto: Funções reduzidas ao mínimo.

Diferentes funções e flexibilidade espacial Patamar inferior


01

Patamar superior


Com a área reduzida predefinida, a solução foi dispor as funções na verticalidade, através de patamares, que possibilitassem a vivência dos diferentes actos do dia-adia na mesma área, mas em variadas situações. O habitáculo

foi pensado de forma

modular, de forma a poder ser agregado no momento da implementação.

Planta Patamar Inferior


Planta Patamar Superior


Corte Longitudinal Agregação



REGENERAÇÃO NO VALE DE SANTO ANTÓNIO As águas passadas Orientador: Arqª. Sofia Morgado Faculdade de Arquitetura, UL Laboratório de Projecto | 4ºAno | 2012

Considerando as atuais circunstâncias socioeconómicas, e o presente panorama internacional no que se refere às dinâmicas demográficas, o exercício abre a oportunidade de reflexão fundamentada e de ensaio de soluções inovadoras para o impacte urbanístico de uma sociedade em progressivo envelhecimento. O trabalho foi desenvolvido numa área antiga e central de Lisboa, o Vale de Santo António na qual a degradação do tecido urbanístico preexistente, o valor patrimonial, a oportunidade em face de um localização central e o declinio da sua população constituiram os principais desafios a considerar.


02


A estratégia para o Vale de Santo António baseou-se então na convivência intergeracional, através de um processo de educação recíproca. O objectivo seria e integração de todas as faixas etárias, providenciando emprego à população activa através de novos equipamentos e serviços e ao mesmo tempo, dar a possibilidade da participação em actividades sociais nesses mesmo equipamentos e serviços. Sendo a zona de intervenção uma linha de água, a proposta ao nível formal passou pela criação de um parque que se organiza com base na implementação de um arroio intermitente de aspecto natural, dando lugar a um ovo equilibrio ambiental e criação progressiva de um ecossitema. O parque organiza-se em diferentes zonas, sendo estas a zona do parque florestal e protegida (protecção área do solo), uma zona de produção energética de paineis fotovoltaicos no ponto mais alto o vale e a zona do espaço permeável canal, onde se organizam todos os equipamentos.

Carvalhal Zona Húmida Quente

Corte Longitudinal da implementação no vale

Seara

Vegetação Ripícola

Mata Ribeirinha

Carvalhal Zona Húmida Quente

Seara


MERCADO CENTRO RECREATIVO AMBIENTAL CENTRO DE DIA

HABITAÇÃO REABILITADA (VILA MACIEIRA) PAVILHÃO CULTURAL

MUSEU DA ÁGUA

Planta de Implementação


O arroio intermitente conecta todos os equipamentos

O centro recreativo ambiental, composto pelas

propostos

piscinas biológicas e ludoteca e com a finalidade de

O pavilhão cultural, com o objectivo de ser uma zona

promover actividades intergeracionais. Este centro

de reunião para a comunidade, com organização de

seria o maior ponto atrativo para a proposta, com

eventos e exposições de cariz de educação ambiental

a ctividades duranto o ano inteiro, sendo que no

e história da freguesia.

verão seriam usados os dois equipamentos, tanto por

O centro de dia para população com necessidades

residentes como por visitantes e no inverno davam

especiais, com uma zona exterior para fins agrícolas.

lugar actividades relacionadas com a observação do

A Vila Macieira, propondo-se a sua requalificação, para

ecossistema.

a realojação da população que reside actualemente nas barracas, evitando o crescimento despropositado de bairros sociais.

Alçado Poente


Perspectiva da zona desportiva coberta


3

2 4

5

6

1

Planta Cota 44.0

1

Planta Cota 47.0 1- Ludoteca piso 1/ piso2 2- Zona de recreio exterior 3- Zona desportiva coberta 4- I.S 5- Cozinha 6- Bar



O CICLO DA ÁGUA PLUVIAL EM MEIO URBANO Um sistema local alternativo

Orientação: Arq. Pedro George Projecto Final de Mestrado, 2014 Faculdade de Arquitetura, UL

A gestão da água em meio urbano é um tema que assume um papel crucial na atualidade. A crise socio económica atual não só afeta a socie-

BACIAS HIDROGRÁFICAS DE LISBOA

dade, como afeta este recurso tão precioso. No esforço de responder às necessidades da população em constante crescimento, o modo de gestão de água foi igualmente evoluindo até aos dias de hoje. No caso específico da cidade de Lisboa acresce a desadequação do sistema de CHELAS

gestão de águas e a sua administração.

79ha ALCÂNTARA 409ha

BAIXA 62ha

S.BENTO 18ha

1856 - 2% impermeabilização

Solo permeável

1904 - 4% impermeabilização

Solo impermeável

Limite bacia hidrográfica

Evolução da Impermeabilidade da Bacia Hidrográfica de Chelas

1951 - 17% impermeabilização

1975 - 40% impermeabilização

2007 - 72% impermeabilização


03

Tendo como ponto de partida a zona de Xabregas, na freguesia do Beato, foi então abordado o modo como a ocupação do território ao longo dos tempos alterou esta zona de forma tão extrema, gerando as consequências, como a degradação do espaço e as inundações frequentes, que são hoje vividas e visíveis em Xabregas.

Evolução da Ocupação da Costa

1895 - Conventos e palácios

1904 - Indústria

1904 - 1951 - Indústria pesada

1951 - 2007 - Declínio da indústriae aparecimento de zonas de solo obsoleto

Factores agravantes das inundações em Xabregas


A estratégia geral visa o confronto de problemas que se repetem em várias zonas da cidade, por meio de soluções aplicadas a uma escala local. Como tal, o trabalho é pensado e desenvolvido a uma escala local, podendo ser direcionado até à escala “global”, ao nível da cidade de Lisboa. Deste modo, o sistema alternativo proposto localmente, poderá repetir-se em várias zonas da cidade, dependendo das caraterísticas destas P. B ISPO

mesmas. O conceito da proposta tem como base a multifuncionalidade dos espaços, através de soluções inseridas no sistema de águas pluviais, de modo a melhorar a qualidade dos espaços e das vivências e criar novas oportunidades de desenvolvimento, assim como a resolução dos problemas que caraterizam este território. XA BR EG AS

A criação formal do sistema foi essencial, sendo que a relação entre o pensamento e o desenho urbano exÓN

IA

pôs-se como o grande objetivo a atingir no processo de ST

A.

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todo o trabalho.

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O ciclo da água

Actividades e Usos

Acessibilidades



Na estratégia proposta, a água assume um papel con-

A ECOLOGIA DO VALE

dutor, na medida em que define um percurso, estando CARVALHAL

esta visível ou invisível, como anteriormente referido. O MATA

RIBEIRINHA

objetivo é fazer uma drenagem e infiltração das águas

RIPÍCOLA

LEITO DE MACRÓFITAS

1ª Fase

Amieiro Folha Caduca [20m/25m]

Medronheiro Folha persistente [5m/10m]

2ª Fase

Salgueiro frágil Folha Caduca [20m/40m]

Insectos e Inverterbrados

3ª Fase

de interior e de fim de tratamento de linha.

Mamíferos

Aves

ETAR

RIO

-

Pinheiro Manso Folha persistente [12m/30m]

Borrazeira Preto Folha Caduca [10m]

que é devolvida ao meio recetor. As soluções propostas estão implementadas ao longo da linha, com controlo

VEGETAÇÃO

Azinheira Folha persistente [25m]

pluviais controlada, de modo a evitar inundações em zonas mais propícias, assegurando a qualidade da água

ZONA

HÚMIDA QUENTE


O tipo de intervenções relativamente ao ciclo da água

Em ambas as soluções adotadas, o conceito de mu-

diferem nas soluções implementadas, sendo que a

tação visual e funcional está presente, possibilitando

zona norte será caraterizada por soluções de controlo

que o espaço funcione e permaneça funcional, compat-

na origem e a zona ribeirinha por soluções estratégicas

ibilizando diferentes usos.

e pontuais de tratamento de fim de linha.

vegetação herbácea e macrófita

Soluções Precipitação Regular

Leito de Macrófitas fluxo da drenagem

-Capacidade de adaptação e amplitude ecológica - Capacidade de suportar grandes periodos de seca -Tratamento de águas pluviais -Diminuição da velocidade de escoamento infiltração pavimento permeável

solo arenoso permeável água da etar tratada por vegetação macrófita

água adequada para banhos

pavimento permeável

solo arenoso permeável

vegetação macrófita

Células de Bioretenção -Aplicáveis em qualquer situação - Eliminação de poluentes através de reacções

h.max

biológicas provocadas pelo tipo de solo e vegetação usada -Diminuição da velocidade de escoamento solo arenoso permeável

Soluções Precipitação Extrema

Bacia de Retenção Seca -Recolha e detenção de águas pluviais por um

relvado

deternminado periodo de tempo - Descarregamento das águas no sistema de modo

h.max

gradual -Diminuição do caudal -Esvazia entre chuvadas, possibilitando outras actividades

infiltração solo arenoso permeável cascalho


Planta Propsta de Implementação

Corte Longitudinal


Partindo das ideias gerais estratégicas, é feita a ponte para a proposta de programação e desenho urbano. Como já foi referido, esta assenta no ensino e formação ao nível da gestão das águas, assim como a valorização cultural e artística existente, sendo o percurso definido pela água, o elemento de união entre os edifícios propostos para o centro de interpretação e zona de comércio e serviços, sendo que a sua formalização está inerente ao desenho do espaço público e aos dois eixos de acessibilidades distribuidores.




A proposta ao nível do edificado do complexo do centro

O edifício é desenhado longitudalmente, acompan-

interpretativo é composta por dois elementos, o equi-

hando a água, sendo composto por um corredor linear

pamento sede, onde tomará lugar a formação e inves-

que atravessa o conjunto de uma ponta à outra, com

tigação e um equipamento mais associado ao lazer e

a finalidade de abarcar uma galeria de exposição vis-

recriação educativa, as piscinas biológicas.

itável. Esta galeria estabelece uma relação visual e di-

A sede do centro interpretativo, será composta por

reta com o exterior e o leito de macrófitas, encadeando

salas de trabalho, laboratórios e uma sala de conferên-

uma analogia permanente com a água. A proximidade

cias, direcionada para a comunidade académica.

permite também que haja o fator de experimentação direta ao nível da educação e formação, havendo a possibilidade de interagir diretamente com o ecossistema existente.


Arrumações | I.S.| acessos internos Laboratórios

Bar | I.S.

Sala de conferências

Recepção cepção

Alçado Poente


Alรงado Sul


Alรงado Norte


MAQUETAS


04


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