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ANA CAROLINA B. MINUTI
ARQUITETURA E URBANISMO
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AGRADECIMENTOS Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, autor da minha fé, meu guia e criador, ao meu pai Paulo Minuti, minha mãe Rosangela Minuti, minha madrinha Valéria Lima ao meu irmão Paulo Minuti Jr, e a todos meus familiares e amigos que me apoiaram em todos os momentos. Agradeço também а todos оs professores que me acompanharam durante а graduação, em especial ao Prof. César Elias, responsável pela realização deste trabalho, que posso dizer que а minha formação, inclusive pessoal, não teria sido а mesma sem а sua pessoa. Agradeço também ao Padre Paulo, da Paróquia Santa Teresinha Doutora, que de forma especial е carinhosa me atendeu e ajudou com livros e pesquisas.
RESUMO Por muitos anos a Igreja Católica é vista como um marco inicial para a criação de cidades. O objetivo deste trabalho é a implantação de uma igreja católica em um local estratégico para suprir a necessidade da sociedade de seu entorno, não deixando de mostrar a importância do simbolismo e da geometria na religião. Os conceitos utilizados abordam temas como a visão do sagrado e o desenvolvimento que esses temas podem proporcionar com toda a coleta de informações que ajudaram a chegar no resultado final. O trabalho propõe uma saída criativa e inovadora tornando a simbologia como início de criação.
ABSTRACT For many years the Catholic Church is seen as a starting point for the creation of cities. The objective of this study is the deployment of a Catholic church in a strategic place to meet the need of the society of its surroundings, not leaving to show the importance of symbolism and geometry in religion. The concepts used address issues such as the vision of the sacred and the development that these themes can provide with all collection of information that helped to arrive at the final result.
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SUMÁRIO
7 11 17 27 41 59
INTRODUÇÃO CAPÍTULO I 1.1 Religião na arquitetura
1.2 O Desenvolver do projeto
1.3 Características
CAPÍTULO II 2.1 O sagrado e suas formas
2.2 Formação da nave
2.3 Diferentes linguagens do sagrado
CAPÍTULO III CAPÍTULO IV 3.1 Métodos de desenvolvimento
3.2 Área de execução projetual
4.1 O Desenho no processo projetual e suas referências
1-Capela de São Pedro
2-Igreja do Jubileu 3-Igreja do Centro Administrativo da Bahia 4-Igrejinha Nossa Senhora de Fátima
CAPÍTULO IV 5.1 Anteprojeto
Detalhe técnico
Bibliografia
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INTROD
O trabalho Final de Graduação em Arquiteta e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda em Ribeirão Preto, tem como objetivo mostrar os conhecimentos adquiridos perante os 5 anos da graduação. A proposta arquitetônica é de um projeto de uma igreja católica que será localizado dentro da cidade. Segundo PASTRO, o catolicismo tem origem histórica bíblica, a igreja pode ser usada como um termo de designação de aglomeração de pessoas, sem estar necessariamente associado a uma edificação ou a uma doutrina específica. A religião católica, foi constituída por ensinamentos resultantes das ideias de Jesus Cristo, fundador do cristianismo. No contexto bíblico após a morte de Jesus Cristo, Pedro (apóstolo de jesus) foi o responsável por divulgar o cristianismo. No auge da civilização romana, Paulo, também apóstolo de Jesus, teve fundamental importância para a expansão do mesmo e da filosofia cristã. Paulo seguiu com seus ensinamentos e a religião desenvolveu-se inicialmente entre os romanos, pois os cultos cristãos eram proibidos em Roma e, nessa época, a grande maioria da população romana era pagã. Na história da arquitetura gótica
e românica encontramos as imagens das igrejas como um meio de ensinar os fiéis as histórias bíblicas. O aspecto monumental, grandioso e geométrico dos vitrais e estátuas tinham um sentido de impressionar os fiéis, não deixando com que eles desobedecem os mandamentos de Deus. Isso mostra como os símbolos são fortes para a formação e o desenvolvimento das igrejas. “Bem mais do que o povo hoje tem consciência, a Igreja Católica moldou o tipo de civilização em que vivemos e o tipo de pessoas que somos. Embora os livros textos típicos das faculdades não digam isto, a Igreja Católica foi a indispensável construtora da Civilização Ocidental”. Dr. Thomas Woo ds O Protestantismo, limitou-se às questões verdadeiras absolutas, não gerando uma tipologia arquitetônica própria. As edificações livres de ornamentos foram preferidas pelas adaptações ingênuas das antigas igrejas católicas, utilizadas para dar maior credibilidade à nova doutrina. Essa credibilidade foi uma ameaça para a igreja, e deu início ao movimento moderno. Novas formas e configurações foram testadas, até mesmo por líderes da
DUÇÃO 8
arquitetura moderna. A utilização das geometrias, linhas retilíneas, criaram espaços que abordavam o sentimento, algo sobrenatural. O novo catolicismo expressado nos edifícios continuavam crescendo, deixando claro a posição do programa de necessidades. Independentemente do tipo de comunicação, os símbolos têm outras modalidades de influência sobre a vida social, principalmente porque servem para concretizar, tornar visuais e palpáveis realidades abstratas, mentais ou morais, da sociedade, assim como, a igreja SaintPierre, concluída há mais de 40 anos após sua morte, desenhada por Le Corbusier, em 1954, em Firminy, na França, é um exemplo claro da igreja desenhada como escultura abstrata. A igreja é composta por uma casa de cultura, um estádio e uma unidade de habitação, que traz na mente de Le Corbusier a fusão perfeita entre três grandes atividades do homem. A forma da igreja se assume na paisagem. O estudo das diagonais, tanto nas plantas quanto na volumetria, é o que dará origem ao percurso helicoidal, ao volume piramidal e a sua laje de fechamento, e as aberturas de luz. Apesar de serem vários tipos de comunicação, os símbolos têm outras formas de influência na vida social, principalmente porque servem para concretizar, tornar visuais e palpáveis realidades abstratas, mentais ou morais, da sociedade. O simbolismo religioso tem como objetivo ligar o homem a uma ordem supranatural ou sobrenatural, não abrindo mão de ser profundamente social. Isso está
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ligado a uma questão cultural, econômica e política, onde os símbolos sustentam um sistema citado pela igreja católica que, com a sua estrutura simbólica congrega uma camada representativa da sociedade brasileira e, atende às necessidades da população sejam elas físicas ou espirituais, (Archdayli Brasil). Esses carregamentos de símbolos e tradições, alimentam-se do contexto social, que exprimem e alcançam as realidades e consequências sociais. Assim, serve para distinguir os fiéis dos nãofiéis, o clero dos fiéis, os lugares sagrados dos lugares profanos, os objetos puros dos impuros, mostrando presença nas manifestações populares, as quais estão associadas à cultura popular comum a todos os povos. Configura desse modo a própria textura da sociedade, para construir hierarquias. Seja pelo vestuário, por ritos, sacramentos, sinais invisíveis, a religião é rica em símbolos que dividem para melhor reunir. Cada consciência no Universo está integrada por imagens da geometria Sagrada e nos dá a chave para o tempo, onde o espaço e a dimensão, seguem níveis de consciência interpreta pela sua realidade a partir da geometria a qual está ligada.
Estilo Gótico Catedral de Chartres – França Foto: Google
Estilo Românico Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers – França | Foto: Google
Igreja Saint – Pierre / Le Corbusier – Firminy França 1954 - Foto: Site Vitruvius
CAPÍT
TULO I
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1.1 Religião na arquitetura
No mundo moderno encontramos obstáculos e desafios que temos o dever de enfrentar independente da complexidade. Por todo o canto da sociedade onde vivemos há problemas econômicos, sociais, políticos, culturais e ambientais que se expandem cada vez mais. Segundo PALEN, 1975 o processo histórico de formação das cidades iniciase pelo fato da modificação climática, onde o homem começa a buscar formas de se alimentar além da caça, e se fixavam em terras, dando início a aglomerações de pessoas. Após a decadência do Império Romano grande parte dos historiadores definem como fim da Antiguidade e início da Idade Média marcada pelo modo de produção feudal. No sistema feudal a base política era rural e tinha economia pautada na agricultura de subsistência. As poucas cidades que sobreviveram eram geralmente comandadas por bispos (cidades episcopais), com funções urbanas praticamente inexistentes. Nelas, os nobres e as Igrejas dominavam a propriedade de terra enquanto que os servos lavradores cultivavam porções destas propriedades e em troca trabalhavam e pagavam título de renda aos nobres. Desta forma, os núcleos urbanos começaram a existir, mostrando que a influência religiosa foi também um marco para o início de muitas cidades. A presença de grupos religiosos no Brasil gerou muitos questionamentos, pois é difícil relacionar ética com religião, e isso vem crescendo de forma intensa para todos os públicos. Para compreender esse discurso busca-se conceitos de conhecimentos religiosos trazendo uma
perspectiva sistemática. Temos de base um conceito de divindade que é composto de elementos considerados imutáveis que se relacionam com a santidade, o sagrado. Dentre este assunto, abordamos formas que envolvem os movimentos ao infinito, que dão a ligação do limitado que emerge dos limites. O homem tem a necessidade da troca do espaço, e assim, chegamos a sinais básicos manifestados nas construções sacras, que remetem ao aspecto sagrado. Esses sinais levam um conceito a ser seguido e é dele que vem o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto, que consiste nessa dificuldade de aceitação do novo com o antigo. O que muitos não sabem é que desde os primórdios dessas construções já se tiravam de base esses métodos sem saber que estavam utilizando.
coletivas, que se desenvolve no plano das relações sociais e diz respeito ao conteúdo das coisas sagradas, e o das categorias de entendimento, que se desenvolve no plano da mente humana. Todos os povos, ao longo da história, cultivaram as suas próprias expressões religiosas e fizeram desenvolver as suas sociedades de acordo com estas. A expressão religiosa de cada povo foise manifestando através de complexas simbologias, que se foram construindo, ao longo dos tempos, sempre com o propósito de fornecer explicações para o mundo e para as questões existenciais.
Representação do modo de vida no Feudalismo. Fonte:: Wikipedia
Hellern disse que “O homem foi criado por Deus”. Portanto, o homem por natureza é religioso, e que acima dele existe o Sagrado. E nesta relação de homem e Sagrado, ou seja, ao que se pode chamar transcendência e imanência, o homem corresponde ao mistério, àquilo que lhe é superior às suas possibilidades e conhecimentos, usando daquilo que chamamos de cerimônias, louvando, invocando e manifestando sua gratidão a Deus, estabelecendo desta maneira um contato com o sagrado. Isso, no entanto, temos em vista que o ser humano é um ser religioso complexo, que dependendo de sua cultura, lugar ou necessidade busca encontrar-se com o sobrenatural. O conceito de formas elementares nos remete a duas ordens de realidade distintas, como o mundo das representações
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1.2 O Desenvolver do projeto
A problemática abre um caminho para a implantação de uma edificação religiosa católica, abordando não só o lugar em si, mas também a relação com o entorno e as formas simbólicas estudadas. A proposta deve mostrar a importância de conceitos sagrados que abrem inovações para o projeto, não deixando de suprir a necessidade do local. Pensaremos em um espaço católico que tem como o principal objetivo elaborar um projeto para suprir a necessidade de um bairro da cidade que é destinado pela arquidiocese de Ribeirão Preto, para a construção de uma paróquia que consequentemente pela falta de verba não existe nenhuma no local. O interesse pela concepção desse espaço religioso e o fato de ser um tema pouco explorado nos dias atuais, me levou a esses levantamentos de informações, com as referências necessárias para a execução do projeto que será dividido em partes para melhor compreensão. Um Igreja necessita de infraestrutura adequada para que seus fiéis sintamse bem acomodados e acolhidos em um espaço de caráter religioso, e as comunidades religiosas já possuem tal demanda que clama direta e indiretamente por este contexto. As igrejas são conhecidas como ambientes que acolhem ao próximo sem fazer distinção de sua classe econômica ou social. Partindo deste princípio, também foram observados alguns tipos de necessidades físicas, que encontramos em locais religiosos, onde serão trabalhados para oferecer um espaço agradável, aos seus fiéis e que obedeça as exigências da Igreja com relação à liturgia,
Pensaremos para alcançar este objetivo, que ao longo do tempo, foram construídos e manifestados nas construções de igrejas e templos cristãos, a utilização da geometria sagrada, de forma com que esses métodos construtivos possam nos levar respostas físicas e simbólicas, para serem executadas no projeto. ‘’A nuvem e a luz. Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo Desde as teofanias do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória...’’ (Lc 9,34-35)
Assim como dito por Lucas, pesquisas foram feitas de acordo com relação a manifestação do divino na luz, ao longo do tempo, e pode ser usada como método para definir espaços divinos determinando a linha a ser seguida, bem como a mútua relação de influências entre a sociedade e segmentos religiosos. O objetivo seria elaborar um projeto fundamentado religioso, proporcionando um ambiente interno adequado para os diferentes tipos de celebrações que existem nas paróquias, criando espaços convidativos a população e ao mesmo tempo preservando as características da arquitetura sacra.
Chegamos a escolhas de alguns materiais para a execução, que seriam: o concreto armado, que é uma técnica utilizada em todo o mundo para construção de estruturas. Esta solução surgiu da necessidade de mesclar a resistência à compressão e durabilidade junto com as características do aço e do vidro. Uma boa vantagem seria que esse material pode assumir qualquer forma com rapidez e facilidade, além de proporcionar ao metal proteção contra a corrosão. O Aço, que nos dá vantagens como, prazos curtos; obra limpa e organizada; flexibilidade de reformas; Maior área útil e distância entre vãos e reciclagem. O vidro, que pode ser produzido de inúmeras maneiras para alcançar vários usos específicos. Para dar respostas ao projeto, esperamos que sejam alcançados no presente trabalho, de forma, a aprofundar o conhecimento do tema proposto, a fim de obter-se uma maior diversidade acerca de igrejas já construídas, para analisar soluções que possam vir a ser utilizadas no projeto a ser elaborado.
Fonte:: Google
1.3 Características projetuais
fazendo com que isso contribua para o bem estar da população, tornando-os eficientes para as celebrações, incluindo situações como, batizados e casamentos.
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CAPÍTU
ULO II 18
2.1 O Sagrado e suas formas representativas
Do nosso ponto de vista, a arquitetura manifestada em uma edificação, pode criar um significado que comunica algum aspecto simbólico, focado na religiosidade. Que sempre é um foco presente nas construções sagradas ao longo do tempo e ajuda na elaboração da proposta. Pastro diz em, Guia do espaço Sagrado, que ‘’ o símbolo realiza a união dos opostos e manifesta-se em sinais básicos’’. Para o Catolicismo, a total compreensão dos símbolos não é bem vista fora do contexto litúrgico, pois mesmo que tentem estudá-los fora disto, só é possível ter essa experiência concreta dentro do contexto de fé a que ela pertence. Para melhor entender a questão simbólica na liturgia, podemos dizer que para cada religião ou crença existem significados diferentes ou até mesmo a proibição do uso de alguns símbolos. Tudo depende da crença de cada lugar, e isso implica, muitas vezes na elaboração de um projeto específico, pois no catolicismo, por exemplo, existem símbolos que não fazem parte da crença. Desta forma, a dimensão simbólica cristã, tem inúmeros elementos sensíveis onde o homem, seguindo a vitalidade das imagens, capta explicações que mostram a realidade concreta, contudo, nota-se que essa experiência do simbolismo, não é vista da mesma forma em que se encontra a abstração dos conceitos, dificilmente vai ser confundida ou concluída como a percepção imediata que se tem da realidade concreta. Observando ao longo dos tempos, entendemos que as construções religiosas católicas, eram
Primeira coisa que precisamos entender em questão ao simbolismo, é a associação as edificações as igrejas. Isso é naturalmente representado por essas edificações, como uma tese de que ali dentro você estará ‘’ protegido’’. Pensando por este lado da construção, teremos o templo cristão como um microcosmo, ou seja, todo cosmo tem essa necessidade de ordenação. Este tema é vasto, e existem alguns elementos que podemos exemplificar esta teoria. Quando nós aqui da Terra precisamos nos orientar, temos formas naturais como, frente, traz, direito, esquerdo. Quando pensamos no céu temos uma visão aparente, como a de uma abóbada, até onde nossa vista alcança, dando uma impressão de que sempre estaremos no centro. O templo cristão normalmente tenta associar aquilo que está no alto sendo como a abóbada e as paredes divididas em 4 direções. É natural relacionar essas quatro direções com a cruz, e nos força a imaginar a planta de um templo em formato de cruz, e sobre a parte mais nobre, não desprezando as outras, o centro, parte do altar onde acontece o ritual. Toda forma manifesta uma ideia que tem relação com conceitos simbólicos e isso dá abertura para a combinação de elementos estudados para concretizar fundamentos. O centro é a parte principal de qualquer construção religiosa, é o princípio de tudo, e isso gera o círculo fixo, que significa o primeiro símbolo perfeito gerado pelo
centro, manifestando uma harmonização. A partir desse ponto podemos criar os graus mais próximos e distantes do centro, representando uma hierarquia de círculos concêntricos. Em tudo é preciso buscar o centro gerador, assim como a espiral, que por excelência da vida em movimento. Vários pontos criam círculos que se encontram e dão novas formas de vida, assim como a cruz, que surge do encontro de círculos formando um novo ponto, que representa a presença do homem a milhares de anos antes de Cristo.
Croqui Ana Carolina Minuti
formadas na relação homem e espaço. Isso nos possibilita que a arquitetura expresse a existência intima de cada indivíduo, em relação à fé de cada cristão.
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Também podemos ver que o quadrado é uma figura fundamental como a materialização do espaço pois constrói limites do próprio espaço. Assim com Pastro diz: ‘’ Nas culturas arcaicas, uma construção (o quadrado) é manifestação hierofânica de um ponto gerado ao nascer do Sol ou de uma pedra jogada por alguém com alto grau na hierarquia. Cruz e quadrado formam o número 4, os pontos cardeais, a terra.’’ Dentre essas junções, entramos nos números, que são também a concretização simbólica de uma linguagem. Porquê construir igrejas hoje em dia? Sabemos que com a tecnologia e os avanços, cada vez mais, foram aparecendo novidades e fazendo com que as pessoas se afastem. Em João 1,14 diz: ‘’ A palavra se fez carne e habitou entre nós’’, ou seja, Deus está entre nós então porque não estar com ele. E estar com ele não significa só pensar ou orar em sua casa, é estar junto ao povo e mostrar que nada substitui o contato humano. Pastro diz: O lugar cristão reúne os cristãos ‘’ Daquele lugar’’, entre si e com seu bispo (Eclésia) e juntos celebram seu Deus e os sacramentos para a vida da própria comunidade. Para muitos cristãos a igreja não é apenas um lugar, e sim um modo de vida, e essa educação tem uma dimensão de ‘’ povo de Deus’’ e ‘’ Corpo do Senhor’’ que faz história há muitos anos. O espaço cristão distingue-se dos demais em essência. É, sobretudo, não só lugar de reunião, mas de qualidade de vida, experiência antecipada da plenitude evangélica, lugar onde primeiro se vive a caridade, o mandamento novo. É
sempre bom ressaltar que tentar copiar algo do passado ou de outra edificação já existente, será um desastre, pois cada construção tem uma história, e a nova igreja deve ter a sua também. Nigel Pennick diz em Geometria Sagrada, ‘’ Dizendo respeito em primeiro lugar ás razões e as relações, a expressão da geometria em termos de números pertence a um período posterior do seu desenvolvimento’’ ...’’ A interpretação da geometria em termos de relações numéricas é uma racionalização intelectual posterior de um sistema natural para a divisão do espaço. Tal interpretação surgiu com o divórcio entre a geometria e o corpus de ciência, magia e metafísica que agora se conhece pelo nome da religião antiga.’’ A geometria vem do termo ‘’ GEO’’ + ‘’ METRIA’’, que significa medição da terra, e nos mostra o estudo das ligações entre as proporções e as formas contidas no pequeno e grande mundo, tendo um propósito de compreensão do que a permeia. Essas relações de forma e proporções consideradas sagradas na geometria, na arquitetura, também acontecem igualmente em outras áreas da expressão humana. A Geometria Sagrada é a linguagem mais próxima da Criação.
termo indica um lugar consagrado e, na antiguidade, significa particularmente o quadrado traçado imaginariamente no céu pelo áugere (espírito)...’’ Quando o simbolismo chegou no Brasil, foram encontrados problemas como a transcendência espiritual, a integração cósmica, o Sagrado, e até mesmo as imagens que de alguma forma usavam letras maiúsculas com a finalidade de dar um valor maior alguns termos. A letra maiúscula era usada apenas a divindade e esse processo de adequação para outras finalidades foi muito discutido no catolicismo até entenderem seu tipo de uso. Tadao Ando em A Igreja da Luz, mostra que sua obra se move na dualidade, brinca com os cheios e vazios, e a forma com que a luz se movimenta deixando um ar escuro com serenidade, que dá sentido à proposta. O espaço interior se relaciona com seu ambiente a partir do contraste. Isso mostra como a forma tem um papel significativo. Essa foi uma forma que Tadao encontrou de produzindo um cruzamento que dá um significado simbólico para o espaço, pois em um outro momento ele não tinha a intenção de criar um espaço religioso.
O Universo se expressa através de Geometria e seus padrões e formas emitem frequências que podem harmonizar, sintonizar, concentrar energias e intenções, reproduzir o que há de mais puro e perfeito em todo o cosmos. Raimón Arola diz em o simbolismo do tempo: ‘’ A palavra contemplativo é composta de cum e templum. Este último Igreja da Luz – Tadao Ando / Foto: Site Word Press
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A arquitetura é considerada, como fruto da manipulação de sólidos geométricos e suas composições, em um jogo de luz e sombra, obtendo um resultado construído. Pennick (2009) relata que a geometria está presente em toda a natureza, pois é ela quem coordena a estrutura de todas as coisas, pequenas ou grandes, amarrando os seres humanos, mesmo que de modo imperceptível, às leis naturais que regem o universo. Esta talvez tenha sido uma das primeiras manifestações do início das civilizações, pois se trata de uma habilidade primitiva, a manipulação da medida. A harmonia provida pela geometria foi, então, reconhecida como a maior expressão da existência de um plano divino (um padrão metafísico determinando o padrão físico), sendo esta a base para as estruturas sagradas. Pennick (2009) afirma que "é tão válido construir hoje um edifício moderno de acordo com os princípios da geometria sagrada quanto o era no passado". Entram então neste assunto a verticalidade, profundidade e iluminação, que são bases que pretendo seguir para a elaboração do projeto arquitetônico. Desta forma, o autor completa ainda que a geometria sagrada não é baseada apenas nas proporções das figuras geométricas frias e sólidas obtidas com o uso da régua ou compasso, mas de relações harmônicas entre as partes de um ser humano. Assim, para que seja possível a elaboração de conceitos necessários para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico, se faz necessário algumas teses geométricas, como medidas, escalas, entre outras. Ele ainda afirma que é possível concluir
1-) Altar – Dado como sentido básico de orientação de um povo de batizados, de uma assembleia ‘’ voltada para o Senhor ‘’ Só uma assembleia que tem uma orientação para onde se voltar será modelada e permitirá modelar o edifício. Esse espaço existe para renovar a aliança =Memorial Pascal. Quem renova e orienta é o próprio senhor da criação e o espaço não será mais caótico (Tohu – Webohu) mas, o espaço cristão é sinal da transfiguração de todo o cosmo, da sua recapitulação em Cristo – é um microcosmo.
O espaço para ser constituído é pensado para Deus e para o homem, como um espaço que chama, convoca, fala e celebra a aliança. Existem três exigências básicas para o estabelecimento do espaço, segundo Pastro: 1-) sentido
O
de
altar
– o orientação
2-) O atrium – o sentido de missão 3-) O decoro – o sentido de beleza
2-) Atrium – Dado como um lugar por excelência que dá sentido à missão. É o lugar da acolhida, do receber o outro, o hóspede (que poderão ser os ‘’ anjos ‘’). É o espaço para os pagãos rezarem a seu modo, pois trata-se de uma zona de transição, de purificação. É a porta da entrada no espaço d’Aquele que nos santifica e nos envia ao espaço do ‘’ mundo ‘’. 3-) Decoro – Dado como o sentido da beleza, de um acontecimento. É a afirmação da primeira página da bíblia: ‘’ E Deus viu que era belo-bom ‘’. A presença da beleza em nossas igrejas é sinal de não indiferença, da presença do invisível d’Aquele que ‘’ renova todas as coisas ‘’ (AP 21,5).
Representação altar / google
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Átrio da Basilica di Sant'Ambrogio, em Milão/ / wikipedia
2.2 O Formação da nave
que tudo que o homem constrói, utilizando como base a geometria, incorpora, também, estes símbolos, mesmo que de maneira inconsciente, transformandose no melhor meio para conceber suas ideologias. Como no caso da verticalidade, caracterizada pela vontade do homem em alcançar o céu por meio da altura de suas edificações sagradas, da profundidade, adquirida através dos variados meios de se constituir e atribuir significado à planta de uma edificação e a iluminação, em que os contrastes de luz e sombra trazem diferentes sensações à construção. Essas geometrias cheias de simbolismos foram à base para a criação da arquitetura sagrada.
2.3 Diferentes linguagens do Sagrado
A arte sacra surgiu como a tradução de uma realidade que ultrapassa largamente os limites da individualidade humana. A crença no valor das produções, tornam mais discutíveis neste domínio trazendo uma concepção individualista e literária da arte sacra. Transborda o lado supra humano. Uma igreja não é simplesmente um monumento, é um santuário, um templo. A sua finalidade não é apenas reunir esses fiéis, mais sim criar para eles um ambiente que permita a graça de Deus a sua melhor manifestação, e consegue-o na medida certa, em que consegue canalizar para o interior, num fluxo de sensações, sentimentos e ideias. O termo do Sagrado, tem seu sentido religioso e seu sentido moral, que constitui uma limitação da religião, mostrando como prioridade a liberdade e a justiça. O Sacerdote vem do Latim SACERDOS”, literalmente “aquele que oferece sacrifícios”, de SACER, “sagrado”, mais a raiz de DARE, “dar e oferecer”, e isso constitui uma dimensão de alicerce da vida religiosa e indica um leque de lugares e coisas, que de uma forma diferente estão separados do mundo profano, podendo manifestar-se apenas ritualmente. Esse contato do homem com o sagrado transcende as características manifestadas, e aparece como uma categoria sensível, que na verdade, assenta a atitude religiosa e dá um caráter específico, a quem impõe respeito além da razão. Muitos símbolos das religiões pagãs, que antecederam os cultos monoteístas (e no seio das quais estes nasceram), incorporaram, na atualidade, o imaginário simbólico do cristianismo. Para
Ao longo da história espiritual da humanidade, números e formas geométricas sempre foram considerados entidades especiais dotadas de um poder de criação e sustentação da vida. Enquanto os números são mais abstratos e conceituais, as figuras geométricas carregam maior apelo emocional, já que podem ser vistas e usadas para a construção de objetos no mundo físico. O estudo aprofundado das relações geométricas nas formas fez com que o homem as usasse de uma maneira que extrapola o meramente humano e prático, se tornando uma ferramenta de contato com o que é sobre-humano, com o divino e até com o extraterrestre.
são o meio mais eficaz para ilustrar à nossa mente lógica a unidade de todas as coisas. O estudo das relações entre essas proporções e formas nos leva à compreensão de que tudo o que existe advém de uma única Verdade, uma única fonte e que somos parte dela. Habitamos num Universo semiótico, é dizer, construído a partir de processos de significação. Elaboramos estes significados com base em códigos, estruturas, linguagens e símbolos.
Representação Alfa e Ômega / Google
melhor compreender esta relação entre simbologia cristã e mitologia, levamos em consideração algumas linhas à forma como as mitologias transmitiram, à concepção estética e religiosa dos cultos cristãos, alguns dos seus mais potentes símbolos que dominavam a religião dos antigos gregos, e atribuía a regulação de todos os aspectos do mundo a entidades divinas, ou deuses.
Croqui C. Pastro
Este ato significava uma fraternidade entre as pessoas, no seu relacionamento, e um ato de respeito perante Deus. Nos primeiros séculos do cristianismo, eram também utilizadas, como símbolo cristão, a primeira e a última letra do alfabeto grego, o Alfa e o Ómega. A conjugação gráfica destas duas letras fazia referência à ideia de Cristo ser o princípio e o fim de todas as coisas. Esse tipo de ensinamento é utilizado para mostrar a verdade ancestral de que toda a vida emerge de um mesmo padrão. As verdades simples da Geometria Sagrada
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ULO III 28
3.1 MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO
Para desenvolver o projeto pretendemos, de acordo com o nosso estudo enfatizar os aspectos sagrados e religiosos, pensando no bem estar, na luz que transcende do divino. O projeto contará com um terreno na Av. Luiz Eduardo Toledo Prado, que tem um entorno rico em moradores, sem contar que não tem nenhuma igreja católica naquela área. O partido arquitetônico baseia-se nos dados levantados e observações realizados no entorno do local, onde foram observados questões pertinentes a localização geográfica do terreno na cidade, a topografia, o clima, a orientação solar, os sentido dos ventos, entre outros. Pretende-se concluir o projeto, tendo como partido arquitetônico o aproveitamento do desnível do terreno.
Google Maps
Google Maps
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Perante aos estudos simbólicos e geométricos iremos chegar a junção de formas ficando bem claro que toda ação que desenvolve nesse espaço é um mistério (sagrado) e, portanto, não é um lugar simplesmente humano. No espaço sagrado, não vamos ao encontro de nós mesmos, mas ao encontro de Deus, que dá sentido à vida comum do Povo de Deus. (PASTRO, 2012) “O programa iconográfico deve ser considerado desde o início do projeto arquitetônico, de acordo com as exigências litúrgicas e a cultura local. Deve ser resultado de um trabalho multidisciplinar que envolva arquitetos, liturgistas, artistas e a comunidade.” (CNBB. 2013, p.43) Será disposto o altar, a sédia, a cruz processional e a credência. Tendo como centro do presbitério o altar, é preciso deixar em todas as direções um espaço em torno dele de, no mínimo, 2,50 m. O altar é a mesa do sacrifício de Cristo, e deve-se o respeito necessário para tal. Iniciando com o material a ser utilizado. No recinto da igreja, deve existir um lugar elevado, fixo, adequadamente disposto e com a devida nobreza, que ao mesmo tempo corresponda à dignidade da Palavra de Deus e recorde aos fiéis que na missa se prepara a mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, e que ajude da melhor maneira possível a que os fiéis ouçam bem e estejam atentos durante a liturgia da palavra. Por isso se deve procurar, segundo a estrutura de cada igreja, que haja uma íntima proporção e harmonia entre o ambão e o altar. A sédia do presidente ou a cátedra do bispo fecha o conjunto principal do edifício, juntamente com o altar e o ambão.
Croqui C. Pastro
Todos eles são sacramentais, sendo também, o pré-requisito para a partes de um único mistério a maioria das atividades (ARNHEIM, 2004). ser celebrado, o Mistério Pascal. A claridade vista é totalmente A utilização dos mesmos materiais dependente da distribuição de luz no e estilo nessas peças, ajuda a perceber ambiente ou objeto, assim como sua a unidade entre eles, como sinais do capacidade física de absorver ou refletir único Cristo. O Missal Romano orienta esta luz que se está recebendo, sendo que sobre o uso da cruz processional em é ela que define o objeto e as cores como o vez de grandes crucifixos pendurados homem observa. Utilizaremos da maneira nas paredes, para simbolizar que a cruz correta, para animar um espaço ou acompanha o cristão em sua caminhada, entristecê-lo. As cores, os materiais e suas mas a meta é a ressurreição, a glória, a vida. texturas, por exemplo, serão encontradas em um determinado ambiente, que A luz é o meio de percepção visual poderão ser capazes de interferir na que precede todos os outros. Sem este luz refletida e, consequentemente, elemento, os olhos humanos perdem a fazerem com que haja uma variação capacidade de observar as formas, cores, na claridade, pois ela depende de espaço ou movimento. Esta é uma das superfícies que a reflitam para o ambiente. experiências a serem tomadas dentro do desenvolvimento do projeto. TornaPara o desenvolvimento do projeto foi se fundamental na arquitetura religiosa, levado em questão a junção de formas principalmente em suas cerimônias, que por si só nos leva a divisões internas
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e externas do edifício, fazendo com que tudo tenha uma justificativa. Seja na repetição desses símbolos, ou irradiação, que levou a um ambiente amplo. A sensação de monumento é representada pela altura da fachada que envolve o entorno. A nave principal dá a sensação de te levar ao céu, e ao mesmo tempo dispões suas funções com espacialidade. Olhando de fora parece ser algo fechado, mas por dentro suas aberturas e o teto, dão a sensação de um ambiente conjunto, tendo cada coisa em seu devido lugar.
Capela do Santíssimo / São Tomás de Aquino, 1961- Paris / Fonte: Guia do Espaço Sagrado
Saber encaixar cada geometria e símbolo em seu devido lugar, é um dos maiores desafios, e nem sempre o que for explícito no projeto será perceptível para um observador, pois algumas marcas serão apagadas para os olhos, mas não no porquê do desenvolvimento espacial.
3.2 Área de execução projetual
A área escolhida se localiza na Av. Luiz Eduardo de Toledo Prado, com a Av. Doutor Albert Sabin. É um terreno de aproximadamente 2000 metros quadrados, entre o colégio Sabin e o shopping Iguatemi. A escolha desse espaço veio através da dificuldade de encontrar igrejas católicas naquelas áreas, que suprissem a necessidade da população. Há uma grande quantidade de condomínios fechados nesta área, muitos ainda em construção, onde a população está crescendo a cada dia, e seu entorno respectivamente. Do outro lado da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, no bairro vizinho, encontramos uma igreja que está em
e de muito fluxo diariamente. Existe também ao lado o Colégio Sabin que pode influenciar a ida dos estudantes que já tem contato com a religião, nas atividades paroquiais que acontecem nas igrejas. Saindo do início dessa rua e seguindo para frente, você se depara com inúmeros condomínios fechados que seguem até Bomfim. A quantidade de moradores e pessoas que frequentam esse bairro cresce a cada dia. A proposta é facilitar e melhorar para todos, até mesmo em questão da locomoção.
reforma, mas devido a distância muitas pessoas não vão ao encontro. Segundo o site da arquidiocese de Ribeirão Preto, foram encontrados dados que dizem que dentro de algumas cidades, encontramos áreas destinadas a espaços religiosos, segundo assembleias feitas na pastoral. O bairro escolhido se encaixa a esses dados, porém não existe nenhuma igreja, capela ou paróquia por questões financeiras. Cada área é destinado a algo ligado a religião, assim como nome de santos. Esse é um dos pontos que leva a escolha do terreno, pois além de ter um espaço onde permite ter uma liberdade para projetar, tem uma causa para poder prosseguir. A localização é um ponto a destacar, pois se encontra como já dito na avenida Luiz Eduardo de Toledo Prado, que é de fácil acesso
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Área de execução projetual
Google Maps
Faculdade Unip
Colégio Sabin
VIÁRIO
Google Maps
Vias de fluxo médio - Av. Luiz Eduardo de Toledo Prado
Vias de fluxo baixo - Av. Dr. Albert Sabin
Google Maps
Vias de fluxo alto - Av. Ânngelo Gennaro Gallo
Para a escolha da área foi necessário fazer um estudo do entorno. Devido a falta de verba do local não existe nenhuma edificação católica, e como já tem uma destinação, se torna uma proposta de construção. O entorno é cercado por condomínios fechados de tosos os tipos, e sua população cristã se desloca para o outro lado da rodovia para ter acesso a uma igreja. Shopping Iguatemi
Posto
36
Google Maps Fonte: Ana Carolina B. Minuti
O estudo da área demonstrou que a infraestrutura tradicional das igrejas muitas vezes não atendem as necessidades de hoje. Foi observado que no bairro Vila do Golfe, onde se localiza o terreno, já se falava em necessidade de mudanças. Na análise podemos observar que o número de condomínios fechados se destaca referente aos bairros vizinhos que ultrapassam a rodovia. Esse estudo permitiu ilustrar, espacialmente, o quão diversas são estas novas propostas em relação a elaboração do projeto.
Google Maps
Área de execução projetual
Google Maps
Fonte: Ana Carolina B. Minuti
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T
ES
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Área de execução projetual
L
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O projeto procura aplicar o conhecimento adquirido nos estudos do tema e análises do lugar, o que pretende levar o produto final a união dos usos de cultura, educação e lazer públicos a um programa que supra as necessidades do local. Foram levadas em consideração o convívio dos habitantes da região que alegam ter que procurar atividades paroquiais longe do ambiente em que moram.
ESTAÇÃO ECÓLOGICA DE RIBEIRÃO PRETO (MATA DE SANTA TEREZA)
JD. NOVA ALIANÇA SUL
AV. LUIZ OLE OT ARD EDU
COND. BUENOS AIRES
DO PRA
QUINTA DA ALVORADA
DO
COND. IPÊ BRANCO
COND. VILLA VICTÓRIA
COND. IPÊ AMARELO COND. IPÊ ROXO
COND.COUNTRY VILLAGE
TENIS COUNTRY CLUB
COND. QUINTA DO GOLF
RODOVIA RIBEIRÃO PRETO - BONFIM
MIRANTE ROYAL PARK
ROYAL PARK
COND. FIRENZE
COND. VENEZA COND. GENOVA
COND. ARARA VERMELHA
COND. BOSQUE
COND. ARARA AZUL
COND. ARARA VERDE
MUNICIPAL
DAS COLINAS
VILA DOS PÁSSAROS
COND. COLINA
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COND. AURORA VILLAGE
LAGOA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
COND. SANTA HELENA
DOS SABIÁS
JARDIM SAN MARCO
COND. SANTA MÔNICA
COND. SANTA MÔNICA
COND. SANTA ÂNGELA
RESID.VILLA
FLORENÇA
JD. SAN LEANDRO
JD. JOSÉ ROBERTO TÉO
JD. DA ORA
ALV
N ESC: 1:20000
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CAPÍTU
ULO IV 42
Localização: Av. Dr. Ademar de Barros, 3001 – Bela vista, Campos do Jordão – SP, 12460-000, Brasil Ano de Conclusão – 1989 Ano do Projeto - 1987
Fotos: site Archdaily
4.1 O DESENHO NO PROCESSO PROJETUAL E SUAS 1-CAPELA DE SÃO PEDRO - PAULO MENDES DA ROCHA
Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha
O edifício conta com um pilar central, que chama a atenção pela sombra que faz. Na cobertura existe uma laje que olhando parece que se apoia nos caixilhos dos vidros que são alinhados de uma forma irregular. A altura da laje onde conseguimos enxergar é muito parecida com a altura livre do nível de entrada (2.5m x 2.20m). O concreto aparente é feito de uma massa sobre uma película de vidro. O edifício é localizado em um desnível de três metros e a entrada fica pela parte mais alta, onde os planos de vidro têm menos altura. A montanha ao fundo se encaixa na paisagem do local. Do lado oposto, na parte inferior do desnível, os planos transparentes descem até o solo, e definem o piso interior do edifício:
Tirando de base deste projeto para a execução do trabalho pude observar que a ligação de todo o edifício se envolve no centro com o pilar. De acordo com as teorias usadas, chego a uma observação de que as divisões são sempre distribuídas de acordo com a composição proposta pelo catolicismo.
Fotos: site Archdaily
Fotos: site Archdaily
um espelho d’água contínuo. A laje de cobertura define um perímetro que se inscreve num retângulo cujos lados 16.40m e 23m, dando uma relação entre os lados.
Fotos: site Archdaily
Na primeira imagem consta a representação do pilar e na segunda a ligação da laje com os caixilhos dos vidros. Fotos: site Archdaily
DESNÍVEL 3M
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- Coro; - Altar fixo; - Sacrário; - Base da pia batismal; - Escada que conecta altar e pia batismal;
Fotos: site Archdaily
Assim como a leitura da referência, o trabalho contém essa subdivisão, que vai crescendo ao encaixar mais formas. Na imagem a baixo podemos observar que os quatro pontos formados lavam a uma atividade de dentro do edifício. Na planta a baixo podemos observar que do centro segue duas linhas, uma vertical e uma na horizontal, formando uma cruz que nos dá um limite de um quadrado que é materialização do espaço. Da junção da cruz com o quadrado nos dá quatro lados, que significam os pontos cardeais da terra. Desta forma de leitura pessoal da referência, começo a elaboração da planta deste trabalho, usando as formas, e símbolos que me dão as espacialidades, sempre com um conceito de onde começou. Este edifício foi dividido em oito elementos, sendo 4 estruturais e quatro compositivos:
Todos esses elementos são de concreto aparente, introduzidos em um segundo retângulo, semelhante ao interno existente. O afastamento dado ao retângulo menor faz a forma de um quadrado e localizase no vértice leste do retângulo maior. Esse vértice é o único que coincide com um vértice da laje de cobertura: um dos segmentos é ortogonal aos eixos do edifício, e o segundo alinha-se à direção Leste-Oeste: deixa marcado, portanto, no próprio edifício seu deslocamento angular em relação aos pontos cardeais. Um segundo quadrado, menor, cujo lado mede oitenta centímetros, surge nesse mesmo vértice do retângulo menor: a pia batismal.
- Pilar cilíndrico central; - Laje plana sustentada por vigas invertidas; - Nave e Altar; Fotos: site Archdaily
Fotos: site Archdaily
Fotos: site Archdaily
O piso da nave e altar formam um volume único escalonado em plataformas descendentes que circundam o pilar central. Depois de descer os seis degraus da nave, o piso volta a subir levemente em rampa até o altar. O coro é acessado através do primeiro degrau da nave. Está em nível pouco mais elevado. Um pequeno volume trapezoidal justaposto à borda do degrau da nave faz-se de degrau ao coro. Sua forma é dada por uma viga em L que se apoia na viga transversal que leva ao pilar.
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Fotos: Vitruvius
2-IGREJA DO JUBILEU - ROMA
Igreja do Jubileu Local: Roma, Itália Projeto: 1996 Conclusão da obra: 2003 Área do terreno: 10 072 m2 Área construída: 2 501 m2 Arquitetura: Richard Meier & Partners Architects - Richard Meier, John Eisler, Matteo Pericoli e Alfonso D’Onofrio (equipe); Nigel Ryan (Roma) Estrutura: Arup, Guy Nordenson and Associates Luminotécnica: Fisher Marantz & Stone Fotos: Andrea Jemolo
A Igreja do Jubileu, em Roma, foi desenhada por Richard Meier e equipe. O projeto, em que as curvas marcam a ala sacra da edificação, foi escolhido em concurso fechado. Idealizada inicialmente para ser a Igreja do Milênio, a obra foi inaugurada no final de 2003, e daí a mudança de nome, já que a data coincidiu com o jubileu do pontificado do papa João Paulo 2º.
Ao sul, a esplanada comporta ritos religiosos ao ar livre, como procissões. A porção norte é ocupada por jardins e áreas de lazer. No volume construído, a forma é responsável pela clara distinção de funções. A área sacra, voltada para o sul, caracteriza-se pelas curvas e abriga nave principal, capela, confessionários e altares, entre outros. Ao norte, a porção profana, que se destina ao centro comunitário e à residência do pároco, revela o predomínio das linhas retas.
Fotos: Vitruvius
Tira-se de base desta referência a forma com que as curvas influenciam na decisão dos espaços internos. Assim como dito, são três curvas representando a santíssima trindade. No trabalho proposto a santíssima trindade entra como o início do projeto, subindo paredões que dão suas próprias aberturas, e também se organizam de acordo com as formas, (resultados no próximo capítulo). A materialidade segue a mesma base, com blocos estruturais e fechamentos em aço e vidro, que ajudam a entrada da luz e ao mesmo tempo dão o aspecto de integração com o exterior do edifício.
O templo está implantado no centro de um terreno de formato triangular. No vértice mais próximo ao conjunto de prédios, a leste, situa-se o acesso principal. No lado oposto, junto ao parque, fica o estacionamento.
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Fotos: Vitruvius Fotos: Vitruvius
As curvas do espaço sacro são formadas por círculos deslocados que se materializam em conchas de concreto protendido moldadas in loco, revestidas com mármore travertino. São três curvas, que, segundo o arquiteto, fazem discreta alusão à Santíssima Trindade Os intervalos entre as conchas são vedados por caixilhos e vidros que permitem a entrada de luz natural no templo. Dessa forma, de acordo com a estação do ano, o tempo, a hora e a de luz, modifica-se a percepção do espaço.
Fotos: Vitruvius
Fotos: Vitruvius
A ala profana é formada por sucessivas sobreposições de quadrados e retângulos, características da obra de Meier. O principal acesso a esse setor, que possui quatro pisos, se dá através do átrio leste-oeste que divide os dois volumes. No subsolo, duas grandes salas de reuniões e um auditório abre-se para um pátio.
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Fotografia: Ricardo Amado, Flickr Thiago Mendes, Felipe Paim
3-IGREJA DO CENTRO ADM. DA BAHIA - LELÉ
Arquiteto: João Figueiras Lima Localização: 3A Avenida Centro Administrativo da Bahia, Salvador - Bahia, Brasil Ano do Projeto: 1975 Fotografia: Ricardo Amado, Flickr Thiago Mendes, Felipe Paim O local destinado à construção da Igreja do Centro Administrativo da Bahia conserva intacta sua beleza natural característica da paisagem de Salvador. Era imposto preservá-la respeitando seu relevo e sua vegetação. Com este critério foi fixado o partido do projeto. A indispensável modelação do terreno se integra à topografia existente e limita-se exclusivamente aos trechos onde se localizam as construções. Para o estabelecimento do sistema viário foi levada em conta, ainda, a intenção de utilizar os espaços vizinhos à Igreja como áreas de lazer do Centro Administrativo. Tira-se de base deste projeto de referência para o trabalho a forma com que as partes administrativas se deslocam da nave central para um anexo externo não tirando a conexão existente entre eles. É interessante a forma com que foi resolvida as estruturas que dão apoio para a cobertura.
Fotos: site Archdaily
A construção principal foi localizada na parte mais alta da colina, com o piso na cota +47. O recinto da Igreja, cujo contorno se desenvolve segundo a forma de uma espiral está limitado por arrimos de pedra contendo o terreno que se eleva em taludes suaves até a cota +50. O acesso principal se faz ao nível do piso. Residência dos padres, salas para reuniões e sacristia foram projetadas em construção separada, no nível +44, com acesso por rampa ao recinto da Igreja. Todas as peças ligam-se a jardins internos que criam a necessária privatividade dos ambientes.
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Fotos: site Archdaily Fotografia: Ricardo Amado, Flickr Thiago Mendes, Felipe Paim
Arruamentos estreitos, pavimentados em pedra e acompanhando as curvas de nível naturais são usados indistintamente por veículos e pedestres. Os gramados que margeiam as vias de acesso e vias secundárias ligadas ao tronco principal serão utilizados como áreas de estacionamento. As ruas se alargam em locais mais sombreados e aprazíveis criando áreas de estar e descanso e servindo também para manobras de automóveis.
Batistério e Capela do Santíssimo foram localizados também em edificação independente. Em sua cobertura foram previstos vãos de iluminação zenital de modo a permitir a incidência de luz natural sobre o altar e pia batismal. Essas duas construções, cujas paredes externas são também em pedra, contam discretamente na paisagem e seus contornos sublinham suavemente o perímetro da Igreja. A cobertura da nave ergue-se no topo da colina e constitui o único elemento construído que marca vigorosamente a paisagem. E formada por pétalas de
estrutura independente que se apoiam cada uma em pilar único situado no ponto em que as tensões de trabalho da peça se distribuem de forma mais homogênea.
Fotos: site Archdaily
Fotografia: Ricardo Amado, Flickr Thiago Mendes, Felipe Paim
As pétalas estão dispostas segundo um helicoide ascendente. Cada pétala se eleva em relação à anterior 50 cm com uma superposição de 1 m. No vão de 15 cm que resulta entre elas são fixados vidros do tipo “solar bronze”. Dessa forma, iluminação tangencial dourada incide internamente na superfície do concreto tornando a cobertura mais leve e mais rica. O vão de 6 m compreendido entre a primeira e a última pétala proporciona iluminação intensa no local do altar. Nesse vão forma projetados caixilhos de ferro com vidros do tipo “veneglass” que criam a proteção necessária da insolação Norte. Por imposição de ordem estrutural foram previstos alargamentos na parte superior dos pilares. Esses capiteis somam-se visualmente criando um contorno semelhante ao de arcadas sucessivas que define o espaço da nave. Estabelece-se assim, pela forma, um discreto contato com as igrejas do passado.
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4-IGREJINHA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - OSCAR N.
Fotografia: Marcel Gautherot. Via Blog do Instituto Moreira Salles, Acervo IPHAN DF
Arquiteto: Oscar Niemeyer Localização: CLS 307 - Brasília, Brasilia - Federal District, Brasil Engenheiro Calculista: Joaquim Cardozo Artista Plástico: Athos Bulcão Paisagista: Roberto Burle Marx Pintor: Alfredo Volpi Ano do Projeto: 1958
Fotografia: Marcel Gautherot. Via Blog do Instituto Moreira Salles, Acervo IPHAN DF
A Igrejinha Nossa Senhora de Fátima foi o primeiro templo de alvenaria inaugurado em Brasília, em 1958. Projetada por Oscar Niemayer, foi também a primeira obra de Athos Bulcão para a capital. Este santuário foi erguido para pagar a promessa feita por dona Sarah Kubitschek em agradecimento a Nossa Senhora de Fátima pela cura de sua filha que havia sido acometida por uma grave doença.
Fotos: site Archdaily
É um templo católico constituído por uma pequena nave, sacristia e secretaria, com planta em forma de ferradura. A estrutura em concreto armado é definida por três pilares de seção longitudinal triangular que sustentam a laje de cobertura, dando-lhe a forma de um chapéu de freira. As paredes externas são completamente revestidas com os azulejos criados por Athos Bulcão. Esse painel é o único trabalho figurativo de Athos em azulejos, com a pomba representando o Espírito Santo e a estrela, a Estrela de Belém aquela que guiou os reis magos até o menino Jesus.
Cinco vigas similares unidas num ponto e logo abertas em leque conformam o perímetro da laje de cobertura que em projeção horizontal forma um triângulo isósceles de vinte e cinco metros de base e vinte e nove metros de altura. Três pilares similares apoiam as vigas. Estão locados em cada um dos três vértices do triângulo isósceles da laje. O maior deles apoia o vértice que determina a extensão do triângulo da laje. Apresenta uma seção inicial inferior conformada por um trapézio simétrico de quatro metros e meio de altura alinhada com a bissetriz do vértice da laje, uma base menor de vinte centímetros e uma base maior voltada ao exterior de cinquenta centímetros.
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Fotos: site Archdaily Fotografia: Marcel Gautherot. Via Blog do Instituto Moreira Salles, Acervo IPHAN DF
A base menor do trapézio mantem-se constante em todos os oito metros de altura do pilar e eleva-se perpendicularmente à base. A base maior, por sua vez, eleva-se seguindo um desenho formado por um trecho inicial em arco de circunferência e um trecho final em reta, e diminui sua largura até encontrar num único ponto a aresta comum entre as cinco vigas da cobertura. A seção superior do pilar transforma-se assim num triângulo isósceles de vinte centímetros de base e trinta centímetros de altura. Uma sutileza marca o ponto de encontro entre esse pilar e esse vértice do triângulo da cobertura: enquanto que frontalmente a aresta comum entre as cinco vigas da cobertura dão continuidade colinear às arestas curvas do pilar em ascensão, a face lateral das vigas perimetrais não coincidem coplanarmente com as faces laterais do pilar, produzindo uma pequena região de sombra que destaca e delimita ambos elementos estruturais: pilar e coberta. Detalhe similar acontece com os dois pilares que sustentam os vértices que determinam a base do triângulo da laje: sutis recuos produtores de sombra que marcam os elementos estruturais. Contudo, estes dois pilares, ainda que similares em relação à curva lateral, diferenciam-se do primeiro pelo alinhamento horizontal em relação ao triângulo da laje e pela diminuição da base maior do trapézio que conforma a seção inferior do pilar, e claramente pelas dimensões básicas. Os dois pilares menores apresentam uma seção inferior conformada por um trapézio retângulo de três metros e meio de altura alinhada, descontado o sutil recuo, com a face lateral da viga perimetral, uma base menor de quinze centímetros e uma base maior de mesmos cinquenta centímetros. Seus desenhos são idênticos, ainda que espelhados. Suas alturas são de cinco metros. Como no primeiro pilar, a base menor mantem-se constante e a base maior diminui à medida que a altura aumenta, porém esta não se reduz a um ponto, senão a uma largura de quinze centímetros. A seção superior dos dois pilares transforma-se assim num retângulo de quinze por trinta centímetros. As vigas perimetrais apoiam-se nos pilares. As três vigas internas apoiam-se no pilar maior e, deixando as extremidades em balanço, em duas paredes estruturais de doze centímetros de espessura: a parede externa curva que delimita os fundos do interior da igreja e a parede interna reta de nove metros de extensão que divide os recintos da nave e da sacristia.
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CAPÍTU
ULO IV 60
EDIFÍCIO DA IGREJA - SANTUÁRIO - NAVE - ADRO - CAMPANÁRIO - SACRISTIA
5.1 ANTEPROJETO PROGRAMA DE NECESSIDADES
- BATISTÉRIO
1500 METROS QUADRADOS PARA ATENDER APROXIMADAMENTE DE 1200 PESSOAS.
- CORO - CAPELA DO SANTÍSSIMO - BANHEIRO - SECRETARIA/RECEPÇÃO - CONFESSIONÁRIO - SALA DO PADRE EDIFÍCIO COMPLEMENTAR - BANHEIROS - SALAS DE CATEQUESE - SALAS DE REUNIÕES - COPA - ÁREA DE ESTUDO - DEPÓSITOS - COZINHA
APROXIMADAMENTE 1300 METROS QUADRADOS
A nova concepção do projeto não descartou todas as outras formas utilizadas nas primeiras ideias. O ponto de partida se deu no símbolo da santíssima trindade que são três circunferências interligadas que simetricamente formam um eixo central. Deste eixo se irradiam círculos concêntricos que representam os graus mais pertos e distantes do centro mais que tem sempre uma ligação. Em seguida do formando quatro delimitados geram como um quebra brincando com as
centro surge a cruz, que gera uma harmonia de espaços, lados, ajudando a delimitar espaços. Os quatro lados mais quatro quadrados e assim vão se encaixando as formas cabeças que você tem uma liberdade de ir encaixando e diferentes maneiras, sempre seguindo de um eixo, ou ponto.
CROQUIS
62
CROQUIS
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ANTEPROJETO Primeiras ideias de anteprojeto Essas são as priemiras tentativas de encaixar as formas devido ao sistema escolhido. Atravez do ponto central dado a junção das três circunferências, irradia-se circulos concêntricos, mostrando sempre o limite a ser seguido. A cruz que tamvém sai do ponto central gera os quatro lados iguais que geram mais 4 quadrados. A intenção desta repetição é sempre ter um significade de onde sai cada elemento.
Prime
Essas s as forma Atravez três circ concênt seguido A cruz q os quatr quadrad A intenç significa
Essas são as priemiras tentativas de encaixar as formas devido ao sistema escolhido. Atravez do ponto central dado a junção das três circunferências, irradia-se circulos concêntricos, mostrando sempre o limite a ser seguido. A cruz que tamvém sai do ponto central gera os quatro lados iguais que geram mais 4 quadrados. A intenção desta repetição é sempre ter um significade de onde sai cada elemento. A escolha desses pontos no lote vieram através do melhor local, que pegasse as duas fachadas e dando um bom espaço para o edifício complementar.
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PLANTA 0.00
59.42 + 1,00
Salão
75.04
A
+ 1,00
4.30
37.84
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Estacionamento + 2,00
PLANTA INFERIOR
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94.56
52.26m²
0,95 W.C Fem.
26.13m²
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26.13m²
Depósito 26.91m²
0,00
12.38
Cozinha
14.53
Bibli.
Sala 4 Sala 5 27m²
Sala 6
27m²
27m²
0,00
AV. LUIZ EDUARDO DE TOLEDO PRADO
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7.53
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26.91m²
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0,95
Sala 3
Sala 2
27m²
27m²
Sala 1 27m²
0,00 0,00
Alt
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Sala do Padre 25.42 m²
+ 1,00 -1.00
Confissão 21.90 m²
Depósito
Área de Convívio
22.70 m²
Capela do Santíssimo 0,00
290 m² 01,08
01,08
NAVE 1330 m² 00,10
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CORTES
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ILUSTRAÇÃO
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ILUSTRAÇÃO
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MEMORIAL DESCRITIVO A Paróquia é uma arquitetura vinda da geometria sagrada e do simbolismo religioso. A percepção de sólido, vazio e de monumentalidade, aparece de uma forma explícita. As diferenças coexistentes conformam uma igreja com poucos ornamentos, criando um espaço puro.
outros. Ao norte, a área de relações que se destina a sacristia, sala de confissão, sala do padre e uma área de convivência que revela uma continuidade com as extremidades em curva.
As curvas do espaço sacro são formadas por círculos deslocados que se encontram O uso de materiais simples reforça em pontos geométricos, são três círculos, a dualidade do espaço; a estrutura que remetem à Santíssima Trindade. de concreto mostra sua forma e O anexo é vedados por caixilhos e diferença perante a normalidade. vidros que permitem a entrada de luz O anexo é de uma estrutura natural. Dessa forma, será o estilo da também de concreto que comporta cobertura da nave principal, que de outras atividades paroquiais. A igreja acordo com a parte aberta a intensidade é composta por paredões pontudos da luz, modifica-se a percepção do espaço. de concreto; o material trabalha com o fechamento da igreja, criando um Existem vários acessos tanto para a espaço mais simples, de culto meditativo. igreja, quanto para o anexo, possui áreas verdes por toda a volta com jardins e O fechamento da cobertura da nave áreas de convívio, que chega até o salão principal é parecido com uma cúpula paroquial ou para o estacionamento. com mesclas de pranchas que irão decidir de onde vem a entrada da luz. No lado leste do terreno se localizam algumas vagas de estacionamento para O edifício um tanto quanto melhor acesso a paróquia.O estacionamento minimalista, simples e traz um ar de devido ao tamanho também pode monumentalidade. A estrutura principal ser destinado a festas ou até mesmo é composta por sete paredes, levando em destinado a atividades para a sociedade. consideração aos sete dias da criação, um pilar central e uma cobertura. Os volume A cobertura do anexo tem uma de concreto armado não apresentam leve inclinação que da queda para um qualquer tipo de ornamentos que não espelho d’água que fica pro lado do muro. façam parte do processo construtivo. No volume construído, a forma é responsável pela clara distinção de funções. A área sacra, voltada para o centro, caracteriza-se pelas curvas e o pilar central e abriga nave principal, capela do santíssimo, banheiros, entre
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12.40
37.30
DETALHE TÉCNICO
ALTURA DO CHÃO 16.18M
A estrutura da cúpula gerada pela união de arcos ao longo das seções verticais junto aos paralelos formam uma estrutura monolítica, possibilitando uma menor espessura e a formação de uma sólida superfície.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto desenvolvido procurou aplicar o conhecimento adquirido nos estudos do tema e análises do lugar, o que levou o produto final a explorar os conteúdos aplicados, unindo usos de cultura, da fé, do simbolismo e da geometria. Esta trabalho levou em consideração o difícil acesso dos habitantes do bairro Vila do Golfe, até uma igreja, e transformou um espaço tanto interno quanto externo, promovendo a instalação de atividades paroquiais. Assim pode-se concluir que as diferenças coexistentes conformam uma igreja com poucos ornamentos, criando um espaço puro de uma arquitetura vinda da geometria sagrada e do simbolismo religioso.
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BIBLIOGRAFIA LIVRO INICIAÇÃO À HISTÓRIA DA ARTE – H.W.JASON/ANTHONY F. JANSON LIVRO GUIA DO ESPAÇO SAGRADO – C. PASTRO, EDIÇÕES LOYOLA, JULHO 2001 LIVRO O SIMBOLISMO DO TEMPO – RAIMÓM AROLA LIVRO GEOMETRIA SAGRADA – NIGEL PENNICK LIVRO HISTÓRIA DE UMA ALMA – PAULUS/CARMELO DE COTIA LIVROO SIMBOLISMO DO TEMPLO CRISTÃO – JEAN HANI, EDIÇÕES 70, COLEÇÃO ESFINGE LIVRO SÃO BERNARDO E A ARTE CISTERCIENSE – G. DUBY, MARTINS FONTES MARÇO 1990 TEXTO A LUZ NATURAL COMO DIRETTRIZ DE PROJETO – PAULO MARCOS MOTTOS BARNABÉ LIVRO CATEDRAL DE CHARTRES A GEOMETRIA SAGRADA DO COSMOS – SONJA ULRIKE KLUNG 2001 VITRUVIUS – A IGREJINHA DE OSCAR NIEMEYER – BRASÍLIA, 1958, TEXTO DE FRANCISMO LAUANDE http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.125/3888
Igreja
Domingo . . .
Carlos Drummond de Andrade
Bem bão! Bem bão!
Tijolo areia
Os serafins, no meio, entoam quirieleisão.
andaime água tijolo. O canto dos homens trabalhando trabalhando mais perto do céu cada vez mais perto mais - a torre. E nos domingos a litania dos perdões, o murmúrio das invocações. O padre que fala do inferno sem nunca ter ido lá. Pernas de seda ajoelham mostrando geolhos. Um sino canta a saudade de qualquer coisa sabida e já esquecida. A manhã pintou-se de azul. No adro ficou o ateu, no alto fica Deus.
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