Instalações de Jaime Prades - Artigo

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO ANA PAULA FERREIRA

INSTALAÇÕES DE JAIME PRADES Instalação Artística na Arte Brasileira com foco nas obras de Jaime Prades

SÃO PAULO 2018


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ANA PAULA FERREIRA

INSTALAÇÕES DE JAIME PRADES Instalação Artística na Arte Brasileira com foco nas obras de Jaime Prades

Trabalho apresentado junto ao Curso de Artes Visuais, da Universidade Cidade de São Paulo como exigência parcial da disciplina Projeto Experimental I

SÃO PAULO 2018


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INSTALAÇÕES DE JAIME PRADES Instalação Artística na Arte Brasileira com foco nas obras de Jaime Prades

Ana Paula Ferreira

Resumo O presente trabalho aborda como tema a Instalação, modalidade artística que pertence à Arte Contemporânea, e foca nos trabalhos de Jaime Prades. Pretende-se conceituar a instalação como modalidade artística, bem como contextualizar o momento histórico em que o Artista em questão vem trabalhando com essa modalidade. Dando especial atenção a como o artista realiza seus trabalhos em questões de materiais e técnicas, como também sua linguagem artística e suas inspirações e referências, ideias e ideais que expressa e pretende expressar com sua arte.

Palavras chaves: Jaime Prades, Instalação Artística, Arte Contemporânea, Arte Contemporânea Brasileira.

Introdução Muitos ainda veem a arte como algo distante e algo que tem que ser belo. Muitos em pleno século XXI ainda tem uma visão conservadora da arte e muitos de nós nos vemos no direito de julgá-la e de encaixá-la em padrões. As diferentes formas da Arte Contemporânea, a maneira como ela absorve diferentes materiais e linguagens e muitas vezes nos faz refletir, possibilita com que ela possa ser próxima a nós. Linguagens como o grafite e a intervenção em locais públicos possibilitam que mesmo pessoas que nunca foram a uma galeria de arte possam estar em contato com a arte. Isso pode trazer um novo interesse a quem nunca se interessou por arte.


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A instalação como uma linguagem da arte contemporânea também tem o aspecto de trazer um contato não tradicional com a arte, fazendo com que o espectador adentre a ela, e não só a contemple, mas interaja de várias formas. Essa pesquisa tem o objetivo de estudar a instalação artística delimitando-a ao trabalho de um artista. Procurando entender a linguagem específica e suas proposições. O artista em questão, Jaime Prades, não trabalha somente com instalações, ele se utiliza de várias linguagens artísticas, como, Gravura, Pintura, Escultura e Grafite, e suas instalações muitas vezes surgem de outros trabalhos que já foram explorados nessas outras linguagens. Ele trabalha com temas. E esse trabalho tem o propósito de estudar esses temas e procurar entender como as instalações dialogam com eles.

Aspectos Conceituais A instalação é um tipo de arte tridimensional em que a obra abrange o espaço expositivo. Ela incorpora e dialoga com os elementos do ambiente a sua volta. Todo o ambiente, o espaço expositivo, que pode ser uma sala, um ambiente aberto, etc, ambienta a obra. A instalação acaba por ser um tipo de arte em que o espectador não apenas contempla, mas adentra a ela e a vivencia, podendo muitas vezes, interagir. Ela pode abranger vários sentidos, o toque, pode ter sons, cheiros, gerar sensações térmicas, etc. Além disso pode ser composta por elementos de várias linguagens das artes visuais e de outras áreas, como pintura, escultura, vídeo, música, ter objetos variados e maneiras de posicioná-los e afixá-los. Ela também pode evidenciar aspectos arquitetônicos do ambiente. Todas essas linguagens e sensações reunidas na obra fazem com que o espectador participe ativamente. Veja o que dizem as autoras Nereide Schilaro Santa Rosa e Tatiane Schilaro Santa Rosa, pág. 27, sobre a instalação: A partir da década de 1960 e 1970, os artistas adotaram uma forma de arte chamada instalação, inspirada nas obras de Marcel Duchamp e no dadaísmo. Instalações são conjuntos de objetos, podendo incluir sons, vídeos e até mesmo pinturas e esculturas. Às vezes, podem até lembrar esculturas tradicionais, espaços arquitetônicos ou cenários. Em uma instalação, os objetos podem ter sido comprados em lojas e modificados para servir à ideia do artista. A forma com que o artista posiciona os elementos em uma galeria, na rua ou no museu, e o significado que ele dá a esse conjunto, é o que torna a instalação uma obra de arte. A instalação muda o conceito de portabilidade de uma obra, e muitas instalações são site-specific, ou seja, feitas para um local específico. (ROSA; ROSA, 2015, p. 27)


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Contexto Histórico Jaime Prades é artista plástico e designer gráfico. Nasceu na Espanha em 1958, vive em São Paulo desde 1975. Fez parte da Primeira geração de grafiteiros em São Paulo. Trabalhou durante cinco anos na Editora Oboré com ilustrações sindicais, durante o período da ditadura. Fez parte nos anos oitenta, de 1985 a 1989, do coletivo de artes Tupinãodá, criado em 1983, era um grupo que tinha a arte como um instrumento político, fazia intervenções e instalações na cidade. Na época em que começou seus trabalhos como artista de rua, na década de oitenta, era um ato perigoso ir para a rua e se expor com as intervenções por causa das repressões, mesmo assim pintou na década de oitenta juntamente com o grupo Tupinãodá os túneis da avenida Rebouças. Jaime Prades no decorrer de sua carreira produziu pinturas em diversos suportes, esculturas, desenhos, objetos e instalações. O discurso ecológico sempre esteve presente em sua obra. Na década de 90 expôs a série absurdos no MASP, em São Paulo. A partir de 91 começou uma onda de Pichações por toda a cidade e os artistas deixaram as ruas, nesse momento Jaime trabalhou em outros projetos. Viveu alguns anos da venda de obras de arte e a partir de 2002 começou a fazer grafite em ambientes internos de casas e apartamentos. Em 2007 ele voltou para as ruas coletando objetos desprezados e começou a desenvolver a coleção Natureza Humana que tem trabalhos até 2015, composta em sua maioria por instalações. Em 2018 Participou da Mostra DB/ARTEFACTO 2018 com a intervenção em um painel no espaço da arquiteta Denise Barreto, Mostra Decor + Cinema 2018.

Contextualização Arte Contemporânea A arte Contemporânea é a arte feita a partir da década de 1980 até os dias atuais. Segundo Luciano Trigo, pág. 47, a partir de 1980 as manifestações artísticas já haviam se desligado do modernismo, porém ainda eram chamadas de Arte Moderna. O sentido e a natureza da expressão “arte contemporânea” tal como é usada atualmente , foram se sedimentando aos poucos, de forma tal que hoje é consensual, no mundo da arte, o reconhecimento de que houve uma


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mudança de paradigma, isto é, que arte produzida nos últimos trinta anos obedece a um conjunto de valores diferente daquele que caracterizava a arte moderna, incluindo os últimos movimentos de vanguarda, dos anos 1960 a 1970. (Luciano Trigo, pág. 47).

Segundo Nereide Schilaro Santa Rosa e Tatiane Schilaro Santa Rosa, pág. 26, até o modernismo os artistas contestaram o passado e buscavam o novo através de movimentos e das vanguardas. Hoje isso perdeu um pouco do sentido, pois muito do que parece ser novo já foi feito no passado, embora cada artista seja único e continue buscando o ineditismo. Com os movimentos de vanguarda, a partir do impressionismo, a arte veio se modificando, os movimentos artísticos contestavam as gerações passadas e a forma de fazer e ver a arte. A arte contemporânea uniu várias linguagens em uma só para se compor, não há mais movimentos para que ela se caracterize, ela se utiliza de diferentes veículos para expor suas mensagens. A arte contemporânea trabalha muito mais que o visual, faz refletir e expõe questões do ser humano, da vida, imateriais e filosóficas.

Jaime Prades – O Artista Jaime Prades é um artista que se preocupa com o meio ambiente. Seus trabalhos sempre se direcionam a mostrar às pessoas e fazê-las refletirem em como estão lidando com os recursos naturais: ao desperdício, ao lixo na cidade, aos dejetos nos rios, etc. Seus trabalhos falam da conscientização da água potável, sobre a utilização da madeira, que é um recurso natural, e que está sendo utilizado de forma indiscriminada para o conforto e a vaidade do homem. Utiliza linguagens que fazem refletir sobre a vida, sobre como a vida do próprio homem pelo próprio homem se consome pelo trabalho indigno e exploratório. Suas obras também fazem referência à espiritualidade do homem. Ele traz para elas elementos e linguagens que dizem respeito a temas voltados ao passado. Ele insere elementos que discursam com objetos religiosos, nomeia uma série Totens1,

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Totem significa o símbolo sagrado adotado como emblema por tribos ou clãs por considerarem como seus ancestrais e protetores. O totem costuma ser um poste ou coluna e pode ser representado por um animal, uma planta ou outro objeto. (Disponível em: https://www.significados.com.br/totem/. Acesso em: 05 de maio de 2018).


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outra como Xamânicos2, nomeia obras como Prana3, usa um tipo de grafismo que lembra desenhos da arte rupestre, a ancestralidade, como ele chama, está presente em suas obras. Veja o que diz o crítico e curador Paulo Klein: A arte de Jaime Prades nunca foi fácil, nunca foi fútil. Sempre teve interesses além da estética vazia, além da moda e dos modismos, da farsa ou da falsa ideologia. Arte resistente de uma mente vivaz, conectada com questões fundamentais para a continuidade saudável da raça humana, JP cria para enaltecer o homem, para comentar - entre a ironia e a pantomima - o limite do nosso mundo. (CATÁLOGO 1..., 2013, p. 4).

O próprio Jaime Prades sempre faz referência a isso escrevendo dizeres e poesias, tais como essa: Sem a dimensão do sagrado o homem torna-se um bruto Realiza sua crueldade numa guerra contra si mesmo, os outros e o mundo Reinará sobre os escombros da ignorância da sua cultura de morte Recuperar o sentido sagrado da vida. Água, Ar, Terra e o Fogo que tudo anima Manifestar uma arte que se eleve do Coração restaurando o centro do mundo (CATÁLOGO 1..., 2013, p. 7).

A obra de Prades discursa com a obra de artistas como, Antoni Gaudi, Antoni Tapiés, Joseph Beuys, Anselm Kieffer, Hundertwasser. Paulo Klein cita várias referências para o Trabalho de Prades: Numa trajetória que sempre aliou grafismo de figuras icônicas - que transitam entre cartum e simbologias ancestrais (da arte rupestre — que encontramos no antropomorfismo de Penck, por exemplo) aos processos híbridos desenvolvidos atualmente, especialistas aludem a suas simpatias e referências. Ele mesmo concorda, deita e rola com citações ao Cubismo, Miró e Picasso. Antoní Tapiés, Torres Garcia e até Penck. Mas, lembro também, de Antonio Mingote, artista amigo de seu pai, que conheceu na infância em Madri e que o marcou como desenhista hábil e de Álvaro Apocalipse, criador de sonhos e bonecos, com quem realizou oficinas de arte num remoto Festival de Ouro Preto. (PAREDE... 2012, p.12).

Jaime utiliza materiais diversos para compor suas obras, tanto tintas convencionais como acrílica, bronze para as esculturas, placas de MDF, como também materiais retirados de lixo e caçambas na cidade, como madeira de móveis velhos, portas, entulho, cano de PVC, etc. Segundo Fábio Magalhães:

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O xamã é o líder espiritual em quem as comunidades reconhecem capacidades sobrenaturais. É uma figura poderosa que estabelece uma ponte entre o mundo natural e o espiritual. A ele são atribuídos poderes de magia, profecia e cura. (Disponível em: https://www.significados.com.br/xamanismo/. Acesso em: 05 de maio de 2018). 3

O princípio da vida. (Disponível em: https://www.dicio.com.br/prana/. Acesso em: 05 de maio de 2018.)


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Sua obra está agrupada em cinco séries principais: Máquinas, Totens, Absurdos, Xamânicos e Natureza Humana. Estes grupos organizam os principais temas desenvolvidos pelo artista, respectivamente: a desumanização; a ancestralidade; a alegria; o sagrado; a loucura materialista.” (DENTRO... 2016, p. 41).

A pesquisa está delimitando as séries “Máquinas” e “Natureza Humana”, nas quais serão apresentadas quatro instalações. Na série máquinas ele utiliza uma linguagem que lembra a forma de maquinários e peças de máquinas, trabalha o hibridismo da figura humana e de animais com as máquinas. Utiliza a linguagem mural, pintura em tela e em outros suportes, como lona de caminhão e madeira, esculturas em bronze e instalação. Ele inaugurou essa série na década de oitenta nos túneis da avenida Rebouças. Na série “Natureza Humana” ele utiliza resíduos de vários materiais, como madeira, metais, ossos, pneus velhos, galões de água, lona de caminhão, compondo instalações, esculturas e pinturas. Também usa a arte digital. Nessa série ele trabalha com a representação da natureza em confronto ao ser humano.

Instalações de Jaime Prades A seguir uma pequena introdução de cada uma das séries abordadas e após serão apresentadas as instalações.

Máquinas Nessa série o artista tem como foco o homem e as máquinas. Vendo as obras dessa série nos remetemos à história e aos dias atuais, percebendo que desde que o homem inseriu máquinas para ajudá-lo no seu trabalho, desde que o mundo passou a se industrializar, a natureza vem sofrendo. O meio ambiente vem sendo consumido, as matas estão se esvaindo para o homem utilizar sua madeira. Os animais que vivem nas matas estão se extinguindo. Quando o petróleo cai no oceano devasta os seres marinhos. A poluição acaba com a saúde de todos nós. As máquinas são criação do homem e é o homem que destrói. Depois que tudo foi industrializado e feito lindo, o lindo passa se desgasta e não queremos mais, e o que era lindo e bom vira um resíduo e não temos mais o que fazer com tanto resíduo.


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Natureza humana Nessa série o artista tem como foco a natureza. Apresenta temas que remetem à natureza através de diversas linguagens. Quando vemos suas obras e pensamos em natureza humana lembramos do que está se passando com a natureza e com o ser humano, ele nos lembra como o ser humano tem destruído a natureza. Quando pensamos nessa sentença natureza humana, pensamos no que é natural para o ser humano, e sempre pensamos que o natural é ser mau, que o natural é ter uma série de sentimentos que nos afastam uns dos outros e da natureza. Mas será que a natureza humana é mesmo essa? Será que estamos perdendo nosso natural fugindo da natureza? A obra de Jaime Prades nos faz refletir sobre essas questões.

À Deriva

Figura 1 - Á Deriva. Feita com 800 galões de água usados, 25 m³ de entulho e barco de madeira. Ibirapuera, 2014. Fonte: http://www.jaimeprades.art.br/?area=3&sec=101#sub=121&item=1009

Essa instalação faz parte da série Natureza Humana. Feita para o Circuito Causa + Arte, que faz parte da 4ª edição da virada Sustentável de São Paulo, e foi um circuito composto por cinco instalações a céu aberto no Parque do Ibirapuera, São Paulo de 30 de agosto a 28 de setembro de 2014, em favor da sustentabilidade. A instalação foi montada com 800 galões de água de 20 litros vazios, 20m3 de entulho e resíduos encontrados em caçambas, e um barco vazio. Faz refletir sobre a ameaça do fim da água potável e outras consequências


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causadas pela influência do homem no meio ambiente na busca de riquezas e bens materiais. Jaime Prades vê o tema de forma bem abrangente, dizendo: Diante desse impasse eminente chegou a hora de evoluirmos para uma nova cultura que consiga aliar uma ciência multidisciplinar a favor da vida com os saberes ancestrais espiritualizados de respeito e amor pela água, pela terra, pelos ventos e pela energia combustível da criação e da permanência do homem no planeta. (À DERIVA 1... 2014, p. 13)

Terra bruta

Figura 2 – Terra bruta – Instalação com escultura e resíduos, 2014. Fonte: http://www.jaimeprades.art.br/?area=3&sec=101#sub=121&item=1004

Instalação que faz parte da série Natureza Humana. É composta por uma estrutura em forma de árvore feita com pedaços de madeira encontrados em caçambas. A base é formada por vários resíduos, como metais, fio emborrachado, pneu velho, etc. É interessante ver como resíduos no nosso mundo industrializado servem de material para essa obra. O artista dialoga com a vida e a morte. Ele está nos apresentando uma árvore morta, e se formos a fundo, podemos refletir no que está acontecendo com a natureza. As árvores que são seres vivos estão perdendo a vida com os desmatamentos, com a exploração do homem. O homem está ocupando todo o espaço que antes era natural e fértil e o que está sobrando são entulhos, resíduos descartados que só poluem e estragam ainda mais o meio ambiente. E o que o homem está fazendo, literalmente é morte.


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Híbrido

Figura 3 – HÍBRIDO – Desenho em adesivo vinílico e resíduos industriais coletados nas ruas, 510 x 380 x 80 cm, 2013. Fonte: http://www.jaimeprades.art.br/?area=3&sec=101#sub=121&item=1003

Essa instalação faz parte da série “Máquinas” e da série “Natureza Humana”. Nessa instalação vemos um ser híbrido de máquina e de humano, uma máquina se movendo como um humano. Essa máquina derrama uma porção de resíduos, coisas que agridem o nosso olhar. Lembramos do petróleo, um bem natural que está acabando. Podemos refletir no que tem acontecido desde o surgimento da era industrial, em que a máquina vai transformando nossos recursos naturais em coisas atraentes e úteis, mas depois de um tempo elas se tornam coisas desagradáveis e inúteis que poluem o meio ambiente.


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Natureza Humana

Figura 4 - Instalação Natureza Humana - Vista parcial no 2º Fórum Internacional de Sustentabilidade, Paulínia, 2011. Foto: Neta Novaes. Fonte: http://www.jaimeprades.art.br/?area=3&sec=101#sub=121&item=980

Essa instalação faz parte da série “Natureza Humana”. É uma instalação feita com esculturas de árvores formadas por estruturas de madeira residuais, encontradas em caçambas e no lixo da cidade, que lembram árvores. É o conceito de vida e morte. A árvore que antes era viva foi cortada e feita em outra forma e agora se tornou árvore de novo nas mãos do artista. Pela poesia abaixo, criada por Prades, podemos entende-la: Na floresta, uma semente milagrosamente brota. Muitos anos depois o broto é uma árvore. Um dia, a árvore é cortada e vira madeira. A madeira é trabalhada e vira uma coisa. Essa coisa é comprada e usada até não servir mais e, inevitavelmente, um dia é desprezada no


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lixo da cidade. Toneladas de floresta tombam diariamente nas cidades e viram lixo. Descartados em plena rua, esses ossos da floresta sĂŁo catados e reagregados em esculturas/ĂĄrvores numa tentativa impossĂ­vel de voltarem ao seu estado original imaculado. (A ARTE de..., 2009, p.238).


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Conclusão Essa pesquisa objetivou estudar as instalações artísticas de Jaime Prades, bem como contextualizar a Arte Contemporânea e a Instalação como modalidade artística. Atingiu seus objetivos, na medida em que esses temas foram abordados, dando um entendimento geral em arte contemporânea e instalação no aspecto artístico. O trabalho possibilita conhecer de uma forma geral o trabalho do artista e sua trajetória. Foram apresentadas obras de instalação de Jaime Prades e focou-se na conceitualização das mesmas. Demonstrou-se com base nos textos de pessoas ligadas às obras, como curadores, críticos de arte e o próprio artista, as proposições que seu trabalho apresenta. Também foi abordado o aspecto de linguagem artística, de materiais e referências em todo o trabalho do artista e nas instalações abordadas.


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Referências A ARTE de Jaime Prades. Editora Olhares, São Paulo, 2009. A ARTE de Jaime Prades 2009 - Fabio Magalhães - Editora Olhares/2009. Disponível em: http://www.jaimeprades.art.br/?area=5&sec=403&item=179. Acesso em: 08 de abril de 2018. À DERIVA 1 - mini catálogo. Publicado em 8 de setembro de 2014. Disponível em: https://issuu.com/jaimeprades/docs/___deriva_1. Acesso em 30 de abril de 2018. Disponível em: http://www.jaimeprades.art.br/?area=5&sec=403&item=179. Acesso em: 08 de abril de 2018. AMBRIZZI, Miguel Luiz. Instalação. Cursos Livres. Cruzeiro do Sul virtual. São Paulo. 2017. ARTE na paisagem Jaime Prades. Catálogo. 26 de setembro de 2017. Disponível em: https://issuu.com/jaimeprades/docs/arte_na_paisagem_jaime_prades. Acesso em: 30 de abril de 2018. CATÁLOGO 1 OSSO - Catálogo virtual da exposição OSSO. Publicado em 27 de abril de 2013. Disponível em: https://issuu.com/jaimeprades/docs/osso_virtual_1. Acesso em: 30 de abril de 2018. DE crime a arte: a história do grafite nas ruas de São Paulo - BBC Brasil. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38766202. Acesso em 07/04/2018 GRUPO Tupinãodá e o Começo do Graffiti. http://besidecolors.com/tupinaoda/. Acesso em: 08 de abril de 2018. DENTRO Inside catdigital. Catálogo da exposição DENTRO / INSIDE do artista brasileiro Jaime Prades na Galeria Mezanino de 13 de agosto a 19 de setembro de 2016, São Paulo, Brasil. Publicado em 24 de agosto de 2016.

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