Portfólio 2019 Ana Flávia Maru

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PORTFÓLIO ANA FLAVIA MARU


ANA FLÁVIA MARÚ

anaflaviamaru.arq@gmail.com 62 982340101 portfólio online | cargocollective.com/maruu

Marú, nasceu na cidade de Itumbiara, sul do estado de Goiás. Estudou arquitetura e urbanismo na Universidade Federal de Goiás. Ainda durante o curso começou sua pesquisa artística, que se inicia a partir da observação cotidiana das maneiras de permanecer na cidade e dos objetos como insistência e subjetivação do sujeito que a pratica. Suas aquarelas de muros e tamboretes tecem a trama artística com as palavras bordadas de Foda-se.


2011 - 2016 | Graduação Arquitetura e Urbanismo UFG Título: A arte do fazer: o corpo no meio Orientador: Pedro Britto 2013 - 2014 | Projeto de Pesquisa: Setor Leste Universitário e suas histórias. PIBIC Orientadora: Adriana Vaz 2017 - 2017 | Grupo de Pesquisa: NuPAA - Núcleo de Práti cas Artísticas Autobiográficas: intersecções entre artes visuais, escritas de vida e decolonia- lidade. 2017 - 2017 | Mediadora Exposição Contrarquitetura MAC 2018 - 2018 | Residência Artística - Programa Trampolim | MAC GO | Curadoria Raphael Fonseca 2018 - 2018 | Exposição “Um corpo no ar pronto pra fazer barulho” | MAC GO | Curadoria Raphael Fonseca


Manifesto Corpofício - Goiânia, 2016 | ColaBora Fotografia | Zine Convite para refletir, questionar e ocupar os espaços da cidade. Ponto de partida e chegada, O Redondo da Araguaia, um edifício emblemático há dez anos mantem sua estrutura o desejo de solidão no centro de Goiânia. Histórias, lendas sobre seu estado e o porque do seu abandono nos instiga na produção deste zine. Para além do zine que tenta materializar a discussão, Nuno Ramos em seu livro “Nó” nos abre para a possibilidade de um desejo de solidão do edifício, uma “não-vida, de permanecer uma construção sem uso nem destino. Moradores pertubam a placidez de um espaço que sem eles é mais perfeito, não funcionando para nada e guardando, como um recem-nascido, suas possibilidade para si.” A questão que surge é: Quem, o que ocupa esses espaços? E se ele fosse tombado como ruina desocupada? Quem o tombaria? Estariamos nós impedindo esse desejo de solidão do edifício?



Ilha da Permanência - Goiânia, 2016 Trabalho de Conclusão de Curso “O que seria em tempos de hoje ter um espaço exclusivamente da permanência? Onde fosse permitido e planejado você praticar o seu cotidiano ao ar livre, em pleno centro cívico? Em momentos de cansaço você tirar um cochilo embaixo da sombra frondosa de uma árvore? Escutando o barulho dos pássaros e dos carros passando. Onde você pudesse até, burlar o que foi pensado para ser apenas um assento e engraxar um sapato? Onde você pudesse apenas sentar para contemplar o cenário da cidade pressa? Um espaço pensado para você, vendedor ambulante, onde ali seria o cenário ideial para vender o óculos de sol, uma revista, uma fruta fresca, uma meia... Este cenário irá se concretizar! A proposta de revitalização foi uma espetacular união entre o poder público e o privado para você praticante Goianiense.” Trabalho completo: https://issuu.com/anaflaviamaru/docs/cadernoteoricoissu https://issuu.com/anaflaviamaru/docs/cadernopraticodigital2 Link vídeo desenvolvido durante o TCC: https://vimeo.com/198839009



Dizer sobre a demora - Goiânia, 2017 Bastidores pintados e bordados a mão expostos no Evoé Café com Livros - Registro fotográfico Rodolpho Teixeira “Isso de se demorar parece merecer certa urgência de aparição, as alvenarias coloridas já tramaram este lugar na história nossa – nos lembremos de Barragan e sua urdidura em cor – do gesto em torno do laço escópico, o vazio surpresa, escuro ansiosamente aguardado. O branco este ente da abertura para as esperas, as plantas, estas que sabem mito bem dos enredos intimus da luz. É com a permanência persistente do vazio, dos bancos, das plantas e das alvenarias flambadas, que Maru vem nos dizer sobre a demora, esta que abriga a potência do aguardo, da espera, da contagem, da abertura para isso de se demorar naquilo que ampara a própria demora. “Não há tecido que não seja tecido”, teçamos pois, um pouco mais, um pouco ais, foda-se, teçamos pois, um pouco mais...” Octávio Scapin






Continuo na demora - Goiânia, 2018 Aquarela e bordado sobre o tecido de algodão cru.



Quem descaroçou o algodão - Goiânia, 2017 Caderno Tecido - Bordado e crochê | Trabalho NuPAA Angustias de uma tentativa de localizar o ponto de origem me levam a uma conversa com minha mãe e minha avó. Elas me ensinaram a bordar, a crochetar, a costurar. Lembro de estar na fazenda e minha avó colocar eu e minha prima para aprender ponto cruz. Minha mãe costurava, quando fiquei “moça” me ensinou os comandos básicos da máquina. “Assim você não precisa esperar ninguém, é só fazer”. Quem tinha ensinado ela? Minha vó deu uma máquina de costura para cada filha, menos para uma tia que não quis aprender a costurar e recusou o presente. “Quem ensinou a senhora?”. Ela diz sobre suas aulas de “trabalhos manuais” no colégio, sobre sua tia que a ensinou a bordar, sobre sua mãe, ela a via todos os dias na máquina de costura, mesmo fazendo comida para os peões, trabalhando na lavoura e cuidando dos filhos, ela ainda costurava. E era assim, que ela não dependia do marido para comprar o que queria. “Mamãe foi um exemplo de coragem e determinação”. As palavras tragas emaranham-se com as minhas. Para esse tecido ser tecido, quem descaroçou o algodão? Voltar, ser escuta e fazer com as mãos essa história que ainda continua a ser tecida em palavras bordadas.




Audição 15 - Goiânia, 2017 Entrevista e escrita | Trabalho Modos de habitar - disciplina aluna especial mestrado - Arquitetura UFG Colaboração: Henrique Borela Este trabalho começa com o desejo de ouvir pessoas falando sobre suas casas, suas construções simbólicas e imaginárias do lugar onde habitou, habita ou sonha habitar. Para isso foram utilizados dois dispositivos principais: #CHAMADA_NOS_CLASSIFICADOS #FILMAGEM_DA_FALA Ao final do processo, o relato mais emocionante desta experiência foi do Rodrigo, abandonado por Tatiane após pouco mais de oito meses de um namoro intenso, comovente e trágico.

https://issuu.com/anaflaviamaru/docs/taxonomia_amorosa_ das_casas_de_um_a




Foda-se ILTDA - Goiânia, 2018 Bastidores com tecido em algodão cru | pintura em aquarela e bordado manual Dizer foda-se na tentativa de reconhecer o meu desejo. Dizer foda-se para o devir imposto socialmente ao meu corpo. Dizer foda-se para o machismo que impede o meu gozo. Dizer foda-se para o que angustia o meu corpo e não me deixa reconhecer nele. Foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, vaicatacoquim, foda-se, foda-se, caguei, foda-se, foda-se, foda-se, todafodida, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se...







Foda-se ILTDA - Goiânia, 2018 Avental com tecido em algodão cru | Bordado manual


Sem título - Goiânia, 2018 Exposição: Um corpo no ar pronto pra fazer barulho | MAC GO Curadoria: Raphael Fonseca (MAC - Niteroi) Aquarela e nanquim sobre o tecido de algodão cru | 200 x 28 Registro fotográfico: Rafaela Pessoa



Sem título - Goiânia, 2018 Exposição: Um corpo no ar pronto pra fazer barulho | MAC GO Curadoria: Raphael Fonseca (MAC - Niteroi) Aquarela e nanquim sobre o tecido de algodão cru em bastidor Registro fotográfico: Rafaela Pessoa



Cartas ao curador - Goiânia, 2018 Exposição: Um corpo no ar pronto pra fazer barulho | MAC GO Curadoria: Raphael Fonseca (MAC - Niteroi) Apropriação em objeto / bordado, fotografia, madeira e tecido de algodão cru | Colaboração: Mathias Monios Registro fotográfico: Rafaela Pessoa




ANA FLÁVIA MARÚ anaflaviamaru.arq@gmail.com


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