Histórias digitais

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO

HISTÓRIAS DIGITAIS

SEMANA DA LEITURA

ANO LETIVO 2013/2104


DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO

No âmbito da Semana da Leitura 2014, os alunos da disciplina de Comunicação elaboraram esta coletânea de breves narrativas que se encontra organizada em duas partes: na primeira, e a partir das propostas de A arca dos contos, são apresentados textos originais; na segunda, dadas a conhecer narrativas de autor. Para aguçar a curiosidade, é utilizada a ferramenta informática que permite a produção de livros digitais e pedido ao leitor que conclua essas narrativas de autor Boas leituras!

A professora de Comunicação Ana Cristina Fontes

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO

I – Textos Originais Chamo-me Bárbara Alves Lobo. Tenho 12 anos. Frequento o 6º ano de escolaridade da Escola Básica de Montemor-o-Velho. Gosto de brincar e estudar.

Era uma vez uma pequena história de três irmãos Certo dia, o Diabo apareceu a 3 irmãos. Com medo dele, os três irmãos fugiram para o reino longínquo, um reino cheio de crianças abandonadas. Ao chegarem, procuraram uma casa para viver. Encontraram uma casa grande, bonita e muito colorida, mas não conseguiram entrar nela porque a porta estava fechada e não tinham chave. Então, os três irmãos arranjaram uma solução: foram à loja das chaves mandar fazer uma chave. - Boa tarde.- Disseram- Queríamos mandar fazer uma chave para a casa colorida que se encontra ao fundo da rua. Quanto custa- Boa tarde, a chave custará 10€. - Nuno, pagas a chave?- perguntou o irmão mais velho. - Não tenho dinheiro. Paga tu. – Respondeu Nuno, com cara de maroto. O homem deu-lhes a chave. - Obrigada, senhor. - Então, boa tarde para os meninos. - Boa tarde para o senhor. Bom trabalho.- responderam os três irmãos. Os irmãos então foram para casa e perguntaram, todos ao mesmo tempo: - Quem é que vai abrir a porta? SEMANA DA LEITURA

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO - Eu não. - respondeu o Nuno.- Tenho medo. Às tantas, vamos encontrar um monstro! O Daniel disse que também não ia abrir a porta. - Eu tão pouco! - gritou, o Eduardo, assustado.- Que medricas! Vocês são uns tontos.- disse o Rafael.- Quem vai abrir a porta sou eu. Fiquem à minha espera. Vou provar-vos que nesta casa não há nada fantasmas. E assim foi. Ao final da tarde, já dentro de casa, fizeram uma grande lancharada.

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO

Chamo-me

Nuno

Fernandes.

Frequento

a

Escola

de

Montemor-o-Velho. Ando no 7ºano e tenho 14 anos. Gosto de ler, mas sou preguiçoso.

A bruxa e o lobo Era uma vez uma bruxa e um lobo que viviam numa gruta e estavam à espera que fossem horas de jantar. A bruxa usava roupas pretas, tinha um nariz muito grande e uma verruga. O lobo, por sua vez, tinha o corpo coberto de pelo, quatro patas, dois olhos, uma boca e um focinho. Estavam sempre a olhar para um relógio de parede, que tinham encontrado no caminho para a gruta, escondido nos arbustos. O relógio era estranho, com muitos ponteiros e com números gigantescos em numeração romana. A bruxa e o lobo estavam fartos de viver fechados na gruta, porque eram muito curiosos e gostavam de saber muita coisa. Certo dia, saíram da gruta. O lobo encontrou uma loba por quem se apaixonou e disse à bruxa que se ia embora para viver com ela. A bruxa desejou-lhe as maiores felicidades. Depois de se casarem, nasceram muitos filhotes ao casal de lobos, que convidou a bruxa para viver com eles. A bruxa aceitou o convite com muita alegria.

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Chamo-me Luísa Ramiro Monteiro, tenho 13 anos, vivo em Montemor-o-Velho e frequento a escola de EB 2,3 Jorge de Montemor-o-Velho.

A águia e o touro Era uma vez uma águia e um touro que viviam numa floresta. A águia era muito veloz e sentia-se muito sozinha. Por isso, tomou uma decisão: foi ter com um touro para o convidar para brincar com ela. Mas o touro não tinha asas para voar, e encontrou na floresta onde ele vivia uma poção mágica. Bebeu- a e, no mesmo instante, o corpo começou a ficar coberto de penas e os braços transformaram- se em asas. O touro ficou assustado, mas depois, quando viu que se tinha se transformado em águia, ficou muito feliz. Passou o dia a brincar com a águia, na floresta . A águia ficou muito feliz por ter um companheiro como ela. Ao fim do dia, cada um foi para sua casa. No dia a seguir o touro foi ter a águia. Mas ao se verem os dois apaixonaram-se, a águia disse lhe que estava apaixonada por ele, o touro ficou envergonhado. A águia e o touro ficaram namorados tiveram filhotes e ficaram muito feliz.

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Eu sou a Rafaela Valente, tenho 16 anos e frequento 9º ano de escolaridade da EB 2\3 Jorge de Montemor-o-Velho.

A bruxa Nini e os meninos perdidos Era uma vez uma bruxa chamada Nini que vivia sozinha numa casa no interior da floresta. A bruxa Nini era uma bruxa muito feia com um nariz grande, borbulhas na cara e um sinal preto na ponta do nariz. Anda sempre vestida de perto, com um chapéu na cabeça. A bruxa gostava muito de crianças. Certo dia, ela foi dar um passeio pela floresta e encontrou uns meninos perdidos - Olá, precisam de ajuda? – perguntou a bruxa. - Sim, nós não sabemos voltar para casa. Estamos perdidos na floresta. – disseram eles. - Não chorem que eu vou ajudar-vos. Levou-os consigo, deu-lhes comida e, nessa noite, dormiram na sua casa. No dia seguinte, foi entregá-los aos pais. Os pais, muitos agradecidos com ação da bruxa, ficaram muito amigos dela para sempre.

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II – Narrativas de autor

O hortelão e os caçadores (história selecionada por Bárbara Lobo da autoria de Henrique O’Neill) Um hortelão, afastado por' star da cidade à porta, Andava desesperado, Pois iam alguns coelhos comer-lhe as couves da horta. Não dormia sossegado: Assim é com muitos velhos, (Como ele era ) A quem a idade exagera A menor contradição; Querem só quietação: É caruncho e não maldade. Ora o velho na cidade tinha entre outros um freguês, com quem tratando uma vez dos coelhos se queixou. - « Você porque não falou Mais cedo? Já seus cuidados' stavam todos acabados: E eu cá então que me pelo por uns coelhos guisados!.... Amanhã vou-lhes ao pelo: E desde já lhe asseguro Que você para o futuro SEMANA DA LEITURA

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO Nem um láparo há de ter para amostrar, se o quiser. DESAFIO: O que acontecerá no dia seguinte? Continua a história.

Uma História À Solta Na Minha Rua

(história selecionada por Nuno Fernandes da autoria de António Torrado) Na minha rua, todos os dias se passam

histórias

fantásticas.

Podem

vocês achar que exagero, que não será bem assim, que todas as ruas são iguais e os dias iguais em todas as ruas…Pois aí é que vocês se enganam e eu vos direi porquê. Para caçar uma história na minha rua, como na rua ao lado e em outra ou outras ruas, não é preciso dar muitos passos nem ficar muito tempo à janela. É preciso, isso sim, estar à coca, cheio até aos olhos de atenção… Às duas por três a história vem ter connosco. Muito sorrateiramente ela acaba sempre por vir ter connosco. Depois agarra-se na história com muito cuidado, tiram - se- lhe as medidas, porque, o mais das vezes, as histórias são demasiado compridas e emaranhadas para caberem nas páginas destes livros, e passa- se tudo ao papel, de preferência pautado, para se meter mais umas coisas nas entrelinhas. Acabada a redação, lê- se em voz alta, por causa dum tal bichinho do ouvido, que aprecia muito a música das histórias. E, para terminar, põe- se a história à janela, a secar ao sol, ou não fosse ela da minha rua. É sempre

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO assim que eu faço. Não custa nada. Sucede que, no caso da história que vou contar, as coisas não se passaram infelizmente, com tanta perfeição.

António Torrado, Histórias de Animais e outras que tais

DESAFIO: Tens alguma história da tua rua que me queiras contar? Fico à espera da tua resposta.

Lago Bom Sossego

(história da autoria de António Torrado selecionada por Luísa Monteiro) Era uma pequena pátria de rã aquele harco. Viviam felizes e chamavam-lhe lago, lago do bom sossego, mais precisamente. Não fossem os mosquitos e o charco ou laguinho seria realmente sossegado, mas para as rãs era um paraíso, sobretudo por causa dos mosquitos. Não podemos avaliar tudo só do nosso ponto de vista. Estava uma rã, com a língua de fora, a caçar mosquitos, muito consolada, quando viu, na parte seca do terreno, dois enormes bois em discussão acesa. Porque discutiam? Ora, disputas de território, direitos de passagens, rivalidades. - Tudo o que a minha sombra cobre é da minha conta – dizia um dos bichos. - Se não andassem de um lado para o outro, concordava – dizia o outro. - Mas tu vieste comer no meu espaço de relva. És uma besta. O outro não se ficou. Começaram a trocar, de uma para outra banda, nomes pesados e feios, que aqui não se escrevem. Depois, mais chegados e desafiadores, deram em empurrar-se. Aquilo estava feio. SEMANA DA LEITURA

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DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO Já mais rãs se tinham aproximado da borda do charco para assistirem à contenda. Faziam-se apostas. Dizia uma: - Ganha o bragado – que era um boi de pelo escuro, com malhas claras no ventre. Dizia outra: - Jogo dez mosquitos no carvão – um boi vestido de negro e branco, em indistintas manchas. - Eu aposto vinte mosquitos no bragado – sustentava uma terceira rã. Parecia uma bancada corrida de cavalos. Uma distração de domingo. Uma tourada. Uma festa. António Torrado, Fábulas Fabulosas

DESAFIO: Como é que achas que a discussão vai terminar? Continua a história de António Torrado.

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