Mulheres Cientistas

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2022

MULHERES CIENTISTAS


RESOLUÇÃO DO QUIZZ 1. QUEM FOI A PRIMEIRA MULHER A GANHAR UM PRÉMIO NOBEL? Física francesa, Marie Curie nasceu a 7 de novembro de 1867, em Varsóvia, e morreu a 4 de julho de 1934, perto de Sallanches, França. Marie fez os estudos superiores na Universidade da Sorbonne, em Paris. Nesse contexto, o físico francês Henri Becquerel propôs-lhe como tema de doutoramento o estudo das radiações emitidas pelos sais de urânio. No decurso dos estudos e já em conjunto com o seu marido, Pierre Curie, descobriu o fenómeno da radioatividade, a partir de novos elementos que emitiam espontaneamente radiações. Em 1898 o casal conseguiu isolar dois novos elementos químicos: o polónio (nome dado em homenagem ao país de origem de Marie) e meses mais tarde o rádio (Ra). Em 1903 Becquerel, Marie e Pierre receberam, em conjunto, o Prémio Nobel da Física, pelos seus estudos sobre a radioatividade. Após a morte do marido, Marie Curie ocupou a cátedra deixada vaga por ele, tornando-se a primeira mulher a ensinar na Sorbonne. Dando seguimento às suas pesquisas na tentativa de isolar o rádio metal, em 1910 conseguiu obter uma pequena quantidade de rádio puro no estado metálico. Esta circunstância incitou-a a fundar e dirigir o Instituto de Rádio, em Paris. Por todo o trabalho e investigação laboratoriais desenvolvidos, em 1911 foi-lhe atribuído a título pessoal o Prémio Nobel da Química. Marie, que já havia sido a primeira mulher distinguida com o prémio Nobel da Física, tornou-se assim a primeira cientista a receber dois prémios Nobel em campos diferentes. Depois da sua morte foi publicado o livro Radioactivité , em que trabalhara durante vários anos. A sua filha mais velha, Irene Curie, seguiu o interesse dos pais pelas áreas da física e da química. Em 1935 também ela recebeu o Prémio Nobel da Química, pela obtenção de novos elementos radioativos, juntamente com o seu marido, Frederic Joliot.

Porto Editora – Marie Curie na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-03-15 12:15:52]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$marie-curie

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2. QUAL FOI A DESCOBERTA DE ROSALIND FRANKLIN? Cientista inglesa, Rosalind Elsie Franklin nasceu a 25 de julho de 1920, em Londres, e morreu

a

em Londres,

16

de

vítima

abril de

de

1958,

cancro

nos

também ovários.

Pioneira no estudo de Biologia Molecular, foi responsável pela maior parte do trabalho de pesquisa que conduziu à descoberta da estrutura do ADN. Em 1938, foi admitida na Universidade de Cambridge, formou-se em 1941 e, seis anos mais tarde, concluía o seu trabalho de doutoramento em microestruturas de carbono e de grafite. Nos três anos seguintes, em Paris, dedicou os seus estudos à utilização da técnica de difração de raios X. Em 1951, regressou a Inglaterra, como investigadora associada, a convite do King's College de Londres, para trabalhar com ADN. Os resultados de cristalografia, obtidos por Rosalind, viriam a ser utilizados, em 1953, por James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins para a proposta do modelo de dupla hélice da estrutura molecular do ADN - feito que acabaria por lhes valer o Prémio Nobel da Fisiologia e da Medicina, atribuído 1962. Nos anos que se seguiram, Rosalind Franklin orientou o seu próprio grupo de investigação em Birkbeck College, Londres, trabalhando no seu projeto inicial sobre as moléculas de carbono, amadurecendo os seus estudos com o ADN e dedicando a sua atenção ao estudo dos vírus. Porto Editora – Rosalind Franklin na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-03-15 12:17:26]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$rosalind-franklin

Link animação: https://www.youtube.com/watch?v=BIP0lYrdirI&t=23s

3. QUANTAS MULHERES GANHARAM O NOBEL DA QUÍMICA ATÉ HOJE? Sete mulheres:

- Emmanuelle Charpentier, 2020 - Jennifer A. Doudna, 2020 - Frances H. Arnold, 2018 - Ada E. Yonath, 2009 - Dorothy Crowfoot Hodgkin, 1964 - Irène Joliot-Curie, 1935 - Marie Curie, 1911

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4 QUAL FOI A MULHER CUJOS CÁLCULOS FORAM FUNDAMENTAIS PARA QUE OS AMERICANOS VIAJASSEM PARA O ESPAÇO? Katherine Johnson, a matemática que derrubou

preconceitos

e

cujos

cálculos

ajudaram a NASA a enviar astronautas para o espaço, morreu no dia 24 de fevereiro de 2020. Katherine tinha 101 anos. “Katherine G. Johnson recusou-se a ser limitada pelas expectativas da sociedade relativamente a género e raça, ao mesmo tempo que expandia os limites do alcance da humanidade”, disse Barack Obama quando concedeu a Katherine Johnson a Medalha Presidencial da Liberdade, em 2015. Durante décadas, Katherine Johnson, uma mulher afro-americana, esteve entre as pioneiras pouco reconhecidas da NASA. Na década de 1960, as suas capacidades requintadas em geometria analítica formaram a base para as missões espaciais mais ousadas da agência espacial, incluindo os primeiros voos tripulados à lua. Mas, tal como aconteceu com as outras mulheres negras que trabalhavam para a NASA na época, Katherine ficou praticamente na sombra – até 2016, quando Margot Lee Shetterly publicou o livro Elementos Secretos: O Sonho Americano e a História Desconhecida das Mulheres Negras Matemáticas Que Ajudaram a Vencer a Corrida Espacial. O livro e o subsequente filme nomeado para os Óscares contam a história dos “computadores” da NASA – as mulheres que literalmente traçaram e computaram trajetórias aeronáuticas e astronáuticas – e colocaram Katherine Johnson no centro das atenções mundiais, quando esta já estava perto dos 100 anos de idade. “De forma silenciosa, a qualidade da minha contribuição começou a superar as leis arbitrárias da segregação racial e os limites de género”, escreveu Katherine sobre os seus primeiros dias a trabalhar como computador. “Eu adorava mesmo ir trabalhar todos os dias.” […] A carreira de Johnson transformou-se em 1957, quando a União Soviética lançou o Sputnik, o primeiro satélite artificial, e iniciou uma corrida espacial com os EUA. No final da década de 1950, quando a NASA estava a ponderar uma forma de enviar humanos para o espaço, as responsabilidades de Johnson passaram a ser os cálculos das trajetórias orbitais. Durante a década que se seguiu, os homens que corajosamente voaram para além da atmosfera confiaram na precisão dos cálculos feitos por Katherine. Em 1961, calculou a trajetória da cápsula Freedom 7 de Alan Shepard, a primeira nave espacial dos EUA a transportar um humano que voou até à fronteira com o espaço antes de mergulhar no Oceano Atlântico. E no ano seguinte, quando John Glenn se tornou no primeiro astronauta dos EUA a circular a Terra, John só subiu a bordo da cápsula Friendship 7 depois de Johnson ter conferido os

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cálculos feitos por um computador IBM. (Katherine demorou um dia e meio a validar os cálculos, e os números correspondiam.) Mais tarde, em 1969, quando os astronautas da Apollo 11 – Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins – estavam a caminho da lua, fizeram-no com a matemática de Johnson. “Eu calculei o caminho que os levaria até lá”, recordou Johnson à MAKERS. “Dissemos-lhes as velocidades com que iriam viajar e que a lua estaria lá quando chegassem.” Katherine Johnson aposentou-se da NASA em 1986, depois de ter desempenhado um papel em todos os programas espaciais tripulados da agência até àquele momento, desde o Projeto Mercury, o primeiro programa tripulado, ao vaivém espacial. “A senhora Johnson ajudou a nossa nação a alargar as fronteiras do espaço, ao mesmo tempo que fazia progressos enormes e abria as portas para as mulheres e pessoas de cor”, disse em comunicado Jim Bridenstine, o administrador da NASA. “Nunca esqueceremos a sua coragem e liderança, e os marcos que teriam sido impossíveis de alcançar sem ela.”

Este artigo foi publicado originalmente em inglês no site nationalgeographic.com, consultado no dia 15/03/2022 às 12.20.

4. QUEM FOI A PRIMEIRA PROGRAMADORA DE COMPUTADORES?

Augusta

Ada

Byron,

condessa

de

Lovelace, mais conhecida por Ada Lovelace, nasceu a 10 de Dezembro de 1815 e é conhecida por ser a primeira pessoa a programar. Com a ajuda de uma invenção muito

importante

para

o

futuro

da

Humanidade, e com um enorme trabalho académico, Lovelace conseguiu marcar a sua existência na história dos computadores. Desde cedo, a mãe de Ada Lovelace encorajou a filha a estudar matemática e ciência de modo a tentar afastá-la de seguir os caminhos percorridos pelo pai, Lorde Byron, no mundo da poesia romântica. Assim, Ada Lovelace passava grande parte do seu tempo a desenhar e construir barcos e máquinas voadoras. No entanto, foi só aos 17 anos, quando conheceu Charles Babbage, na altura Professor Catedrático na Universidade de Cambridge no Reino Unido, que Ada Lovelace começou a desenvolver o seu fascínio por matemática avançada. Ada Lovelace morreu de cancro no útero a 27 de novembro de 1852, aos 36 anos.

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Durante toda a sua vida, Ada Lovelace quis aprender mais sobre ciência e o seu marido, William King, com quem casou em 1835, sempre a apoiou nos seus estudos. Ambos adoravam cavalos e tiveram 3 filhos juntos. Ada e o seu marido socializavam com algumas das pessoas mais interessantes da época, nomeadamente Michael Faraday e Charles Dickens. Independentemente das críticas que Ada Lovelace recebeu devido ao seu trabalho em volta da Máquina Analítica de Babbage e das cartas que trocava com outros matemáticos da época (homens), as pessoas começaram a pensar que estas máquinas poderiam ser muito mais importantes para o futuro da humanidade do que aquilo que que originalmente se pensava. Apesar de Lovelace nunca ter sido treinada formalmente como matemática, outros matemáticos da época admiravam imenso o seu trabalho. As suas notas e a tradução do artigo científico escrito pelo engenheiro italiano chegaram até a ser publicados numa revista científica inglesa assinados com as iniciais A.A.L. Nas décadas seguintes, Babbage tornou-se muito famoso devido ao seu trabalho em volta da Máquina Analítica, mas as contribuições de Lovelace permaneceram escondidas durante até aos anos 40 do século XX. Hoje, podemos ver programas de computador em todo o lado, e alguns deles até podem ser escritos numa linguagem de programação chamada Ada. Ada Lovelace foi o primeiro Ser Humano a perceber que uma máquina, a que hoje chamamos computador, poderia fazer muito mais do que uma coisa, ou seja, podia ser reprogramada. As suas contribuições nos ramos da matemática e ciência de computadores perduram e são estudadas até aos dias de hoje.

(in https://pplware.sapo.pt/informacao/opiniao/ada-lovelace-mae-da-programacao/, consultado no dia 15/03/2022 pelas 12.30)

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