O EURO 2016 ESTÁ A CHEGAR!
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ANO III – NEWSLETTER Nº20
Desta vez, o Clube Open Your Mind decidiu dedicar mais um número da sua Newsletter ao Euro 2016. A importância deste desporto ultrapassa as fronteiras físicas e semeia as maiores emoções. Neste número, ficarás a conhecer as origens da prova e muitas outras curiosidades. Todas as informações constantes nesta Newsletter foram retiradas do site oficial da UEFA. Boas leituras! Força Portugal! CLUBE OPEN YOUR MIND
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ORIGENS DO CAMPEONATO DA EUROPA O Campeonato da Europa transformou-se numa enorme história de sucesso e goza atualmente do estatuto de um dos maiores eventos desportivos do Mundo, isto apesar da criação do torneio, há cinco décadas, ter sido mais difícil do que seria de esperar. Os torneios entre federações já tinham começado noutros continentes quando a ideia de uma competição europeia para seleções nacionais começou a tomar forma na década de 1950. Foram vários os motivos para o surgimento relativamente tardio de um torneio para o continente europeu - por exemplo, para além das diferentes opiniões e círculos de interesses em toda a Europa, havia receios de que
uma
competição
dessa
natureza
ameaçasse o estatuto do Campeonato do Mundo organizado pela FIFA. CLUBE OPEN YOUR MIND
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Na altura do nascimento da UEFA, em 1954, o principal impulso do Campeonato da Europa vinha do prestigiado jornal desportivo francês
L'Equipe,
que
propunha
uma
competição com eliminatórias a duas mãos disputadas a meio da semana, à noite. O principal apoio do desejo francês por um torneio dessa natureza veio de Henri Delaunay, primeiro Secretário-Geral da UEFA e antigo secretário-geral da Federação Francesa de Futebol. Em 1927, Delaunay propôs à FIFA, em conjunto com o austríaco Hugo Meisl, a criação de uma Taça da Europa, a ser disputada em paralelo ao Campeonato do Mundo, que envolveria uma competição de apuramento de dois em dois anos. Delaunay após
a
escreveu, assembleia
inaugural da UEFA em Basileia, em 1954, que a ideia era promover uma CLUBE OPEN YOUR MIND
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competição aberta a todas as federações europeias. Afirmou que um comité composto por três membros teria a responsabilidade de analisar este difícil problema. Delaunay insistiu ainda que a competição não deveria levar a um número infinito de jogos, nem deveria interferir com o Campeonato do Mundo e que os participantes não deveriam ser obrigados a encontrar sempre os mesmos adversários no mesmo grupo. Após a morte de Henri Delaunay, em 1955, o seu filho Pierre juntou-se aos jornalistas franceses na luta pelo início da Taça das Nações
Europeias.
subsequentemente
Pierre nomeado
Delaunay
foi
secretário
do
Comité de Organização da Taça das Nações Europeias e pôde, portanto, observar de perto o nascimento da competição que o seu pai tanto desejara. Depois do acordo para levarem avante o torneio, a nova competição recebeu o nome
de
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Taça
Henri
Delaunay,
em
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reconhecimento
dos
seus
extraordinários
serviços à causa do futebol europeu. O torneio inaugural teve a participação de cerca de metade das federações filiadas na UEFA - 17 no total, mais uma do que o mínimo exigido. A República da Irlanda seria eliminada pela
Checoslováquia
num
"play-off"
de
qualificação (as duas equipas encontraram-se por sorteio). O primeiro jogo propriamente dito foi disputado no dia 28 de Setembro de 1958 no Estádio Central de Moscovo - a URSS derrotou a Hungria por 3-1, tendo Anatoli Ilyin marcado o primeiro golo da equipa da casa aos quatro minutos - e a competição inaugural decorreu ao longo de 22 meses, entre 1958 e 1960. De pequenas bolotas nascem grandes carvalhos...
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A EVOLUÇÃO TÁTICA DO FUTEBOL Todas as edições do Campeonato da Europa ficaram marcadas por evoluções táticas e o UEFA EURO 2016 não será, certamente, exceção,
devendo
também
apresentar
novidades interessantes. Nos primeiros Europeus, disputados na década de 60, a velha tática do 2-3-5, com dois defesas-centrais, dois médios-ala, um médiodefensivo,
dois
extremos,
dois
médios-
interiores e um avançado, começou a cair em desuso, sendo substituída por táticas cada vez mais sofisticadas, que refletiam uma nova mentalidade, em que a primazia era dada à defesa. O grande objetivo já não era marcar golos, mas sim tentar não sofrer. Os novos sistemas, como o 4-3-3 (em que muitas vezes não eram usados extremos), o 4-4-2 ou o 4-2-4 resultaram
da
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evolução
da
modalidade,
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obrigando a uma maior rapidez de pensamento e de execução. As posições individuais também evoluíram. A Itália, campeã da Europa em 1968, apostava na habitual solidez defensiva e nos atacantes rápidos, mas também no grande potencial ofensivo de Giacinto Facchetti, um defesacentral que ajudou a redefinir esta posição. Os organizadores de jogo também ganharam grande protagonismo, com destaque para o brilhante
Günter
Netzer,
que
integrou
a
esplêndida equipa da Republica Federal da Alemanha que conquistou o título em 1972. O expoente máximo de um organizador de jogo capaz de marcar golos, de livre ou em jogadas de bola corrida, foi atingido em 1984. Michel Platini levou a França ao título e sagrou-se o melhor marcador da prova, apontando nove golos em cinco jogos no Europeu organizado pelos gauleses.
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Na década de 70 surgiu o líbero. Nesta posição,
o
jogador
tinha
uma
função
predominantemente defensiva, jogando atrás do sector mais recuado, para cortar os ataques do adversário. O elegante Franz Beckenbauer, que capitaneou a seleção alemã ocidental de 1972, deu uma nova dimensão ao líbero, usando o seu talento e visão de jogo para subir no terreno e lançar os ataques da sua equipa. Ao longo dos anos, este desporto tornou-se mais sofisticado em termos táticos, com as defesas a serem cada vez mais difíceis de ultrapassar. Nos últimos Campeonatos da Europa, estas evoluções têm sido registadas pelo grupo de estudos técnicos de UEFA, que é composto
por
especialistas
técnicos
e
treinadores experientes que têm como missão identificar a evolução das tendências táticas a cada quatro anos. No EURO '96™, em Inglaterra, a tendência era a aposta em blocos defensivos fortes, CLUBE OPEN YOUR MIND
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quase impenetráveis, com um reforço do meiocampo. Grande parte das seleções jogou num sistema de 3-5-2, com o sacrifício dos extremos, obrigando os médios-ala a trabalho suplementar e os laterais a realizarem grandes subidas no terreno. O contra-ataque, apoiado em avançados muito rápidos e tecnicistas, era quase sempre a única forma de destabilizar as defesas. Um médio-defensivo, muitas vezes apelidado de "aspirador", tinha um papel importante para suster os contra-ataques. Nesta altura, os guarda-redes foram obrigados a evoluir tecnicamente, pois deixaram de poder agarrar as bolas atrasadas com os pés. Em 2000, na Bélgica e na Holanda, a moda era um meio-campo em losango, com um médio-defensivo,
dois
centrocampistas
intermédios e um elemento que jogava no apoio
aos
avançados.
Algumas
equipas
optavam por reforçar o meio-campo com um outro jogador de características defensivas, CLUBE OPEN YOUR MIND
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apostando apenas num ponta-de-lança. Os jogadores precisavam de ser cada vez mais completos, taticamente experientes, versáteis, adaptáveis, flexíveis, com pensamento rápido e, ainda, obrigados a possuir uma enorme capacidade física. Na fase final do Europeu de 2004, a mistura de técnica e velocidade tornou-se fundamental, pois o jogo ficou ainda mais rápido. O coletivo impôs-se como um bloco defensivo maciço, obrigando os adversários a apostarem nos contra-ataques rápidos para tentarem chegar ao golo. A construção de jogo lenta, com muita circulação de bola, mostrou-se ineficaz contra estes sistemas, levando as equipas a voltarem a apostar no jogo pelos extremos para tentar contornar os blocos defensivos. A disciplina tática, a organização e o espírito coletivo levaram a Grécia a contrariar todas as expectativas e a conquistar o título Europeu. CLUBE OPEN YOUR MIND
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As notícias que davam conta da morte do estilo de jogo criativo e à base da circulação de bola provaram ser prematuras. Quatro anos mais tarde, a Espanha chegou à Áustria/Suíça com
um
meio-campo
formado
por
Xavi
Hernández, Andrés Iniesta e o mais defensivo Marcos Senna, todos eles com menos de 1,77m.
Incapazes
de
se
superiorizarem,
optaram por dominar de outra forma: o seu tikitaka não deu hipóteses. Aperfeiçoaram a arte de tal forma ao longo dos quatro anos seguintes que, quando David Villa se viu forçado a falhar o UEFA EURO 2012, os espanhóis optaram por jogar sem um ponta-de-lança. Em vez disso, beneficiaram de um falso número nove, um atacante que joga mais adiantado e arrasta consigo os defesas de forma a criar espaço para os colegas. No ataque, o 4-3-3 transformou-se num 3-4-3, com um médio a recuar para a defesa e os laterais a subirem no terreno. Os adversários tinham de CLUBE OPEN YOUR MIND
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se adaptar e acabavam por conceder espaços fatais. O jogo nunca para de crescer - o que podemos esperar em França, no UEFA EURO 2016?
A equipa espanhola a celebrar a vitória de 2008
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ALGUMAS CURIOSIDADES JOGOS COM MAIS GOLOS NA HISTÓRIA DO EURO O
primeiro
jogo
da
história
dos
Campeonatos da Europa de futebol pode ter tido mais golos do que qualquer outro encontro de fases finais da prova, mas, ainda assim, foram muitas as partidas ao longo da história em que a festa do golo foi uma constante. O UEFA.com recorda algumas dessas ocasiões, que certamente muitos defesas gostariam de esquecer.
1960, meias-finais: França 4-5 Jugoslávia
O jogo inaugural do primeiro Campeonato da Europa de futebol dificilmente encontra, a nível de emoção, paralelo ao longo dos 52 anos que passaram desde então. Depois de CLUBE OPEN YOUR MIND
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um golo para cada lado logo a abrir, a França fez o 2-1 pouco antes do intervalo, mas nada deixava antever aquilo a que se viria a assistir no
segundo
tempo.
A
seleção
gaulesa
conseguiu por duas vezes uma vantagem de dois golos (com Ante Žanetić a marcar pelo meio, aos 55 minutos, para a Jugoslávia) e chegou ao último quarto-de-hora a vencer por 4-2. Porém, três golos em cinco minutos deram, de forma memorável, a volta ao marcador.
1976, meias-finais: Jugoslávia 2-4 República Federal da Alemanha (após prolongamento)
A perder por 2-0 à passagem da meiahora de jogo, a campeã em título estava encostada às cordas. Contudo, os pupilos de Helmut Schön, campeões do Mundo em 1974, não baixaram os braços e chegaram ao empate a apenas oito minutos dos 90, graças a golos CLUBE OPEN YOUR MIND
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de Heinz Flohe e Dieter Müller, que havia saltado do banco pouco antes. Müller marcou, depois, por mais duas vezes nos últimos seis minutos do prolongamento, selando um "hattrick" que colocou a RFA na final, frente à Checoslováquia. Nada mau para um ponta-delança no jogo de estreia pela seleção do seu país.
1996, fase de grupos: Rússia 3-3 República Checa Um
jogo
cheio
de
reviravoltas
no
marcador, que quase ditou o adeus dos checos ao EURO '96. A vencer por 2-0 logo aos 20 minutos, a seleção checa viu a sua vantagem desaparecer ainda antes do intervalo e, a cinco minutos do 90, estava a perder. Uma derrota ditava que seria a Itália e não a República Checa a seguir em frente na prova como segunda classificada do Grupo C, mas Vladimír Šmicer salvou os pupilos de Dušan Uhrin a CLUBE OPEN YOUR MIND
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apenas dois minutos do apito final. Uma conclusão de jogo emocionante, que acabaria por ser o ponto de partida para um torneio memorável para os checos.
2000,
fase
de
grupos:
Jugoslávia
3-3
Eslovénia Dizer que tudo parecia estar perdido para a Jugoslávia a meia-hora do fim do encontro é pouco: os jugoslavos tinham pela frente uma tarefa hercúlea. A Eslovénia não só vencia por 3-0, graças a dois golos de Zlatko Zahovič e um de Miran Pavlin, de cabeça, como tinha mais um jogador em campo, após a expulsão de Siniša Mihajlović, à passagem dos 60 minutos. Mas a Jugoslávia não se deu por vencida e chegou ao 3-3, com golos aos 67, 70 e 73 minutos. Um corte de Ivan Dudić sobre a linha de golo nos derradeiros instantes da partida evitou que todo o esforço despendido nessa recuperação fosse por água abaixo. CLUBE OPEN YOUR MIND
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2000,
fase
de
grupos:
Jugoslávia
3-4
Espanha Espanha parecia derrotada à beira do final deste encontro da última jornada da fase de grupos. A seleção orientada por José Antonio Camacho necessitava de vencer para seguir para os quartos-de-final, mas, à entrada para o período de descontos, perdia por 3-2 diante de uma Jugoslávia reduzida a dez jogadores. Um livre direto cobrado na perfeição por Gaizka Mendieta restabeleceu a igualdade no marcador, porém os espanhóis ainda necessitavam de mais um golo. Alfonso Pérez acabou por o conseguir, bisando assim na partida. Para a Jugoslávia ficou, ainda assim, a consolação de também ela seguir em frente na prova.
2000,
quartos-de-final:
Holanda
6-1
Jugoslávia CLUBE OPEN YOUR MIND
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Este foi um jogo de um só sentido, marcado por uma excelente exibição dos holandeses, e permanece como o único encontro de fases finais de Campeonatos da Europa em que uma selecção conseguiu marcar por seis vezes no mesmo jogo. Três desses golos tiveram a assinatura de Patrick Kluivert, um ponta-de-lança que, no ponto alto da sua carreira, só tinha olhos para a baliza, e outros dois tentos vieram dos pés do sempre imprevisível extremo Marc Overmars. Contudo, não se tratou, de todo, de uma exibição individual de um ou outro jogador. O que mais impressionou foi mesmo a forma como a selecção orientada por Frank Rijkaard anulou por completo uma Jugoslávia que se tinha exibido em excelente plano na fase de grupos.
2004, fase de grupos: Croácia 2-4 Inglaterra Após ter dado nas vistas com dois golos frente
à
Suíça
CLUBE OPEN YOUR MIND
no
anterior
encontro
da
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Inglaterra na prova, este foi o jogo em que Wayne Rooney se afirmou em definitivo como uma das estrelas do futebol europeu. A seleção inglesa, orientada por Sven-Göran Eriksson, viu-se em desvantagem ainda nos primeiros minutos da partida, mas dois golos de Rooney, com um de Paul Scholes pelo meio, lançaram os britânicos na rota da vitória. Ainda houve mais um tento para cada lado nos derradeiros 20 minutos do encontro, mas Rooney havia já feito o suficiente para garantir que, pela primeira vez na sua história, a Inglaterra ultrapassava
a
fase
de
grupos
de
um
Campeonato da Europa disputado em solo estrangeiro.
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CALENDÁRIO DOS JOGOS DE PORTUGAL Fase de Grupos (1ª fase)
14 de junho (20h00): PORTUGAL-ISLÂNDIA, no Estádio Geffroy Guinch, em Saint-Étienne.
18 de junho (20h00): PORTUGAL-ÁUSTRIA, no Parque dos Príncipes, em Paris.
22 junho (17h00): PORTUGAL-HUNGRIA, no Estádio de Gerlan, em Lyon.
Kinas, a mascote do Euro 2004 realizado em Portugal.
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HINO DE APOIO À EQUIPA PORTUGUESA, DA AUTORIA DE PEDRO ABRUNHOSA
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