Tauromaquia

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TOURADA

Espanha


Ilustração da capa: Miquel Barceló. La cuadrilla, 1990


TOURADA



ÍNDICE TRADIÇÃO HISTÓRICA O RITUAL DA CORRIDA OS TOUROS E AS ARTES O TOURO

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PRAÇAS DE TOUROS

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PRINCIPAIS FEIRAS TAURINAS

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REGULAMENTAÇÃO DAS CORRIDAS DE TOUROS TEXTOS ILUSTRADOS CALENDÁRIO DE FEIRAS MUSEUS TAURINOS DADOS DE INTERESSE

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35

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TRADIÇÃO HISTÓRICA

As festas de touros desfrutam em Espanha de uma rica e

antiga tradição, pois a presença na Península Ibérica de

manadas selvagens destes animais desde tempos imemoriais, despertou o natural sentido lúdico dos seus aborígenes,

que depressa aprenderam a forma de burlar as perigosas

investidas deste animal feroz e submetê-lo, mais para usufruir do intenso prazer que provoca o exercício físico de perigo,

do que pelos benefícios derivados do consumo da sua carne.

A figura do touro na Península Ibérica esteve ligada além

disso desde as suas antigas origens a uma série de rituais mágicos e a crenças religiosas, que o consideravam como

animal sagrado em virtude do poder genésico que se atribuía à Manuel Revilla. Corrida de Toros

vigorosa rês. Desta maneira os jogos tauromáquicos na Ibéria,

Mosaico “Rapto de Europa”

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tal como em Creta, eram ritos dirigidos para implorar a fecundidade dos campos, assim como a procriação com êxito da espécie humana.

Séculos depois, estas antigas crenças impregnaram,

de certa maneira, o nascimento do cristianismo, de tal forma que as festas e os rituais taurinos que tanto progrediram em Espanha durante a Idade Média,

não eram senão vestígios de desaparecidos cultos e ritos pagãos, nos quais o toureiro assumia o papel de sacerdote oficial, e o touro o lugar da vítima

propiciatória. Um caso muito especial dentre estes

antigos ritos folclóricos é o “touro nupcial”, festa popular reproduzida nas Cantigas do rei Afonso X, o Sábio

(século XIII) jóia bibliográfica guardada na Biblioteca de El Escorial. Era costume em algumas localidades do norte da Estremadura que, quando um rico senhor

casava, comprava por sua conta o touro mais bravo e

poderoso que podia encontrar, e o fazia soltar pelas ruas e praças da localidade na véspera do casamento, para

entretenimento dos moços do povo; depois de ser corrido e toureado, o touro era conduzido pelos moços até à

porta da noiva, e ali o noivo devia pôr em contacto com o animal uma prenda ou um objecto que pertencesse à noiva, acção perigosa que constituía uma espécie de

conjuro ou invocação, com a finalidade de assegurar a fertilidade da recém-casada.

Cantigas do Rei Afonso X. Detalhe do “Toro Nupcial”

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Mas pouco a pouco as festas de touros foram

perdendo as conotações religiosas, para se

converterem em celebrações sociais, que os

grandes senhores da nobreza, os poderes públicos, e incluindo algumas vezes a própria Igreja,

ofereciam ao povo com motivo do casamento de um

filho, o aniversário da esposa, ou a comemoração da festividade do Santo Padroeiro. À cabeça destes

grandes acontecimentos figurarão em Espanha as

Festas Reais, oferecidas pela ocasião das coroações, casamentos de infantes, etc. Estas pomposas

celebrações eram financiadas e presididas pelos

próprios monarcas, e teriam lugar na praça principal da capital do reino, como podemos apreciar em muitas representações pictóricas.

É nesta época (século XVI) que os espanhóis

implantam as festas de touros na América.

No México a primeira notícia de que correm touros é de 24 de Junho de 1526, como é referido pelo

próprio Hernan Cortés em carta dirigida à “Sacra Católica Cesárea Majestade do Invictíssimo

Imperador Carlos V”, desde a cidade de Tenuxtitán no dia 3 de Setembro de 1526. No Peru, a primeira

corrida teve lugar em Lima, a 29 de Março de 1540,

Francisco de Goya. Pase de Capa

e nela é provável que o próprio conquistador

Francisco Pizarro tenha alanceado um touro.

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Nos magníficos espectáculos que eram as

Festas Reais de touros, não se olhavam a custos para que a magnificência e a ostentação fossem superiores aos de qualquer outro evento. Nobres cavaleiros, vestidos com as suas

melhores vestimentas, competiam entre si,

exercitando a sua destreza e prodigalizando

alardes a cavalo, perante as investidas do bravo animal. Ajudavam àqueles primeiros toureiros da Idade Moderna humildes homens do povo, que burlavam os touros a pé, os “chulos” ou “peões”, personagens aos quais o génio de

Goya pintou com trajes e traços mouriscos. José Gutiérrez Solana. Toros en Chinchón

Francisco de Goya. La Tauromaquia

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Na realidade, o toureiro a pé, ou o que hoje conhecemos como toureiro moderno, não surge até finais do século

XVIII, e o seu nascimento e desenvolvimento supõe um fenómeno de extraordinária influência entre as classes populares espanholas, que quiseram ver naqueles

valentes toureiros heróis saídos do próprio povo, mitos

que encarnavam os valores românticos, e representavam o ideal a que aspirar. O eminente filósofo espanhol

Ortega e Gasset expressou com lucidez a importância que o acontecimento taurino teve e que ainda continua a ter para os espanhóis.

“ Não pode compreender bem a história de Espanha desde 1650 até hoje quem não tenha elaborado com

rigorosa construção a história das corridas de touros (...) O efeito que (a corrida moderna) causou em Espanha foi fulminante e avassalador (...) São poucas as coisas ao longo da sua história que têm apaixonado tanto e têm feito tão feliz a nossa nação”.

Daniel Vázquez Díaz. Retrato de Manuel Rodríguez “Manolete”

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Prova da enorme influência que as corridas tiveram e têm em Espanha, resulta também no grande número de expressões da linguagem que se referem ou têm a sua origem em termos

taurinos ou em circunstâncias da tourada: “pegar o touro pelos cornos”, por exemplo, é a expressão que quer dizer enfrentar directamente os problemas e “tourear” alguém é enganá-lo.

Daniel Vázquez Díaz. Retrato de Juan Belmonte

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O RITUAL DA CORRIDA

A corrida de touros moderna conserva das antigas festas de

touros o sentido litúrgico, a formalidade estética e a seriedade. Nada se produz na corrida que não esteja sujeito a regras e a um ritual.

Um homem a cavalo, vestido ao estilo do século XVII,

representa a Autoridade, que faz a entrega da chave simbólica com a qual um empregado da praça abre as portas do touril, espaço onde estão fechados os touros, para que dê começo a

corrida. Logo que os destros saem para o “redondel” (o círculo da arena onde acontece o espectáculo), delimitado por duas circunferências concêntricas, como numa representação

mágica dos terrenos propícios. Os toureiros (“espadas” ou “mestres”) são seguidos pelos seus acólitos ou ajudantes, as quadrilhas, formadas por picadores e bandarilheiros, Paseíllo (desfile na arena da praça)

num desfile (o “paseíllo”) em que cada um tem o seu lugar

estabelecido em função do ofício ou da antiguidade do mesmo: o primeiro espada (o mais antigo) situa-se no lado esquerdo, o segundo espada no lado direito, e o mais jovem, no centro, como protegido e defendido pelos maiores do seu ofício, os “mestres” aos que deve respeito.

Callejón (espaço compreendido entre o redondel e a bancada)

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Na mesma ordem de prelação, mas em filas paralelas,

guardam os componentes das quadrilhas que vão atrás; uns vestem trajes com bordados de ouro, outros com

bordados de prata, também com referência às antigas

tradições. Os picadores, que vão a cavalo, vestem também

jaquetas bordadas a ouro, parecidas às dos espadas, porque

na tourada antiga os toureiros que iam a cavalo eram os chefes das quadrilhas, enquanto que os bandarilheiros, que toureiam a pé, vão sempre vestidos com trajes bordados a prata.

Trajes de luzes: Museu Taurino de Antequera

Alguacilillos (dois cavaleiros que antecedem à quadrilha)

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Praça de Touros de Madrid. Las Ventas

Os preciosos e adornados trajes dos toureiros (“trajes de

luzes”) muito justos e muito coloridos, fazem também parte

do ritual taurino. Os toureiros, por natureza supersticiosos,

apenas têm preferência por certas cores, às que se atribuem bons augúrios, mas o mesmo tipo de fetichismo os leva a afastar por completo outras cores. O verde-escuro,

por exemplo, tem sido uma cor tabu para alguns toureiros

muito famosos, e são muitas as histórias que se contam a esse respeito; embora, em geral, e como acontece no teatro,

a cor que deve ser desterrada das apresentadas, se não se quer ter sorte, é o amarelo.

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Quando um toureiro se inicia como matador de touros em

qualquer praça existe uma cerimónia chamada “alternativa”, e quando o faz pela primeira vez na praça de Madrid

repete-se a mesma cerimónia com o nome de “confirmação”;

uma espécie de liturgia semelhante às ordenações sacerdotais, em que o toureiro mais antigo cede ao “ordenado” os

instrumentos do ofício: a “muleta”, pedaço de tela vermelha com que se burla o touro e a espada; e lhe prodigaliza uma

série de conselhos secretos, na presença do segundo espada, que actua como testemunha. Depois deste acto altera-se a

ordem de intervenção dos participantes na corrida, e o toureiro que assegura a tourada alternativa toureia em primeiro lugar o touro que fora atribuído ao primeiro espada, isto é, o toureiro mais antigo cede ao mais novo a lide do seu touro.

Por fim, no dia em que o matador profissional actua por última vez, antes de se retirar definitivamente da vida profissional, dá-se início a outro acto cerimonial, no qual o primeiro

ajudante da quadrilha, o “peão de confiança”, corta com uma

tesoura a trança de cabelo da parte posterior da cabeça, que o toureiro recolhe com uma fita, a “coleta” do mestre. Por isso,

a esse facto de se retirar da vida profissional activa de toureiro

chama-se “cortar a coleta”. Hoje em dia, quando o toureiro leva uma pequena coleta postiça, esta cerimónia, com o mesmo

ritual e significado, faz-se habitualmente desprendendo um postiço de cabelo.

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Primeiro Tércio

Sai o touro à praça, e desde este momento até ao da sua morte, espaço de tempo que se chama lide,

tanto a ordem de intervenção dos toureiros em cada

fase da corrida, como o que a cada um corresponde fazer

(as “sortes”), são matérias predeterminadas pelas “regras da arte”; e zelosamente guardadas e custodiadas tanto pelos profissionais como pelo público aficionado, pois quando o espectáculo sai da sua liturgia, deixa de ser uma autêntica corrida de touros.

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A lide divide-se em três tércios ou terceiras partes.

Nos dois primeiros tércios os toureiros realizam sortes

artísticas, burlando o touro com o “capote” (peça de tela de grande tamanho, com a forma da antiga capa

espanhola, de cor vermelha na face que se mostra,

e geralmente amarela no seu reverso), picando-o a

cavalo, e colocam-se bandarilhas em vistosos encontros de touro e toureiro a corpo descoberto; durante todo

este tempo os toureiros devem ter à cabeça o gorro ou

toucado tradicional, chamado de “montera”; mas antes de começar o terceiro e último tércio, o mestre deve

Corrida de rojões

destapar a cabeça, enquanto pede permissão à

autoridade que preside o festejo, para continuar com a lide e a morte do touro, utilizando a partir desse momento apenas a muleta, troço de tela vermelha bastante menor que o capote.

Um espectáculo muito especial de touros é a corrida de

rojões, ou toureação a cavalo, espectáculo muito vistoso, em que, além do touro e do toureiro, o principal

protagonista é o cavalo espanhol, domado e ensinado

para burlar e esquivar-se das investidas do touro, com rápidos quebros e movimentos, que constituem uma espécie de dança, de extraordinária beleza.

Picadores

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OS TOUROS E AS ARTES

A plasticidade, o simbolismo e a força da corrida de touros

têm sido desde sempre objecto de interesse de muitos artistas: literatos, pintores, músicos, cineastas, etc., não só espanhóis, mas também de outras nacionalidades, que quiseram

demonstrar na sua obra a estética e a grandiosidade dos

lances do espectáculo, desde a imponente figura do touro à graciosidade dos movimentos e gestos do toureiro; pois a

tourada é, em definitivo, uma espécie de dança de extrema

plasticidade, o que unido ao risco sempre latente, transmite ao que contempla uma fortíssima, única e inigualável emoção.

O escritor José Bergamín definiu poeticamente esta arte

peculiar da tourada como a música calada; Ernest Hemingway Daniel Vázquez Díaz. Las cuadrillas

impressionou-se profundamente perante a heróica e dramática

figura do toureiro, que o inspirou em alguns dos seus melhores relatos; Federico García Lorca soube sublimar na sua poesia o

ambiente e a tensão de risco, Francisco de Goya representou na sua Tauromaquia o espírito da época antiga da tourada e Pablo Ruiz Picasso apelou na sua obra ao enorme simbolismo e às raízes mitológicas da arte taurina.

Pablo Picasso. Corrida de toros

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Miquel Barceló. Toros

Mas também Rafael Alberti, Gerardo Diego, Mariano

Fortuny, Guitérrez Solana, Vázquez Díaz, Ignacio Zuloaga, Edouard Manet, Botero, Miquel Barceló, penas e pincéis

gloriosos de Espanha e doutras localidades, inspiraram-se na estética do soberbo espectáculo das corridas de touros para criar uma singular obra artística.

Ignacio Zuloaga. Torerillos de pueblo

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Pablo Picasso. Toro en la dehesa

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O TOURO

Sem as corridas de touros há muito tempo que se teria

perdido esta formosíssima raça da espécie animal, cujos

traços genéticos singulares, que se manifestam pela ferocidade e nobre bravura, comportamentos insólitos noutros animais

de criação, são preservados por grandes ganadeiros de reses bravas mediante uma custosa e delicada selecção, exemplar em muito aspectos.

O touro bravo é criado no campo em grandes extensões de terreno chamadas de “dehesas” (pasto), sendo alimentados com uma dieta completa, sã e equilibrada, sujeito a mil

cuidados, entre os quais se esmeram os sanitários, e em estado de semi-liberdade, sendo durante toda a sua vida o dono

absoluto de grandes espaços onde exercita e desenvolve os

hábitos próprios da sua espécie. A ganadaria de reses bravas é, certamente, a única actividade ganadeira na Europa que

respeita o ecossistema autóctone original do animal alvo de

exploração, ecossistema de enorme beleza paisagística, como é o bosque mediterrâneo de azinheiras e sobreiros, garantindo

com ele a conservação do mais elevado número de endemismos vegetais do continente europeu. Os pastos destinados à criação de touros bravos em Espanha são espaços naturais a proteger, em favor da manutenção da biodiversidade ecológica,

a sobrevivência dos corredores naturais, a conservação dos bosques e da fauna, e a prevenção da desertificação.

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Os trabalhos de campo de manejo dos animais bravos são,

além do mais, um espectáculo em si mesmo. Contemplar as camadas de touros bravos no seu próprio habitat é uma

experiência emocionante e única, que se produz além disso num quadro estético incomparável. Algumas propriedades

ganadeiras admitem visitas guiadas em veículos apropriados, que permitem o contacto directo com um meio natural

extraordinário, e o conhecimento do difícil e arriscado ofício que é a criação do belo e imponente animal.

Todas as ganadarias de touros bravos existentes em Espanha,

que são cerca de um milhar, provêm de quatro ou cinco castas ou “raças” fundadoras, com origem no século XVIII.

Dependendo da “raça” e dos cruzamentos genéticos produzidos nos 250 anos, os touros de lide apresentam características

físicas e de comportamento muito diferentes aos olhos dos

entendidos. O tamanho e o peso do touro, a sua configuração fisiológica, as características da sua cornadura, a cor e os

traços da sua pelagem, etc., mas também a sua condição de

bravo ou manso, dependem fundamentalmente da selecção ganadeira que se veio efectuando ao longo dos séculos.

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PRAÇAS DE TOUROS

As praças de touros são o círculo mágico onde se produz o ritual da corrida. Recordam pela sua forma os coliseus do

mundo romano, e nelas as localidades estão diferenciadas

segundo estejam ao sol, ou à sombra, à hora de começo da corrida, que tradicionalmente é ao meio da tarde.

Algumas praças de touros espanholas são monumentos de

extraordinário valor artístico e arquitectónico, cuja visita se

torna obrigatória para o viajante. No bonito povo serrano de Béjar, na província de Salamanca, no coração de um idílico bosque de castanheiros encontra-se a praça de touros mais

antiga de Espanha, construída em silhares de granito em 1706. A Real Maestranza de Sevilha, de 1761, e a Real Maestranza de Ronda (Málaga), de 1785, são as praças de touros mais

Praça de Touros de Ronda

formosas da Andaluzia, visitadas cada ano por dezenas de

milhares de turistas. O viajante também não deve deixar de

admirar a Praça Monumental de Barcelona e a Monumental de Las Ventas, em Madrid, ambas de estilo arquitectónico

neo-mudéjar. A praça da capital de Espanha é a “primeira” praça do mundo, isto é, a de maior importância, e na sua visita inclui-se um interessante Museu Taurino.

Praça de Touros de Antequera

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Real Maestranza de Caballería de Sevilha

Outro museu taurino de excepcional beleza e interesse

é o de Córdova, destino turístico principal da Rota do

Califato, que desde há muitas décadas se alberga num

antigo palacete em plena “Judería”, neste museu e em

toda a cidade conserva-se um culto especial à figura de

Manolete, o legendário toureiro cordovês, morto por um touro a 28 de Agosto de 1947. Também de enorme

interesse artístico é o Museu Taurino da Praça de Ronda

(Málaga), o conjunto histórico monumental taurino mais visitado de Espanha.

Museu Taurino da Praça de Ronda

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PRINCIPAIS FEIRAS TAURINAS

Muitas localidades de Espanha engalanam-se por ocasião

das Festas Patronais, que em numerosos casos se celebram com grandes festejos taurinos, entre outros actos.

De indubitável interesse turístico são as Fallas de Valência, por volta de 19 de Março, a Feira de Abril em Sevilha, a de

San Isidro em Madrid, a meados do mês de Maio, o Corpus de Granada e de Toledo (Junho), os muitos conhecidos

Sanfermines de Pamplona, por volta de 7 de Julho, com as

suas tradicionais e emocionantes largadas de touros pelas ruas, que têm lugar à primeira hora do dia.

Mas em outras cidades de Espanha, como Castellón de la

Plana (Feira da Magdalena em Março), Córdova (Maio), Burgos e Alicante (em torno da festa de São João, a 24 de Junho), Santander (por volta de 25 de Julho), Málaga, Vitoria,

San Sebastián, Almería e Bilbau (Agosto), Salamanca, Albacete e Múrcia (Setembro), Logronho (por volta de 21 de Setembro), e Saragoça (Feira de El Pilar, por volta de 12 de Outubro),

celebram também grandes feiras de touros no quadro das suas preciosas festas patronais de interesse turístico,

às que o viajante não deve deixar de assistir se quer levar uma impressão completa do carácter e o espírito alegre, generoso e festivo dos seus habitantes.

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O ambiente nas ruas dos arredores das praças de touros

em dia de grande corrida é único; os bares que servem as

tradicionais tapas, onde não falta o rabo de touro estufado, transbordam de aficionados que acodem vestidos para a

ocasião. Todavia em muitos lugares as mulheres aparecem

com flores no cabelo, ou aproveitam para colocar o tradicional pente, a preciosa mantilha ou o colorido xaile de Manila;

em cidades como Pamplona, e em inúmeros povos ao longo da geografia espanhola, o ambiente criam-no os grupos,

ou associações de aficionados, que acodem uniformizados

com camisas e calças características, brancas ou de cores vivas, e boinas ou chapelas vermelhas, e acompanhados de ruidosas bandas de música, que não deixam de animar desde horas

antes do festejo até ao cair da noite. Nestas praças populares é costume, igualmente, merendar opiparamente durante a corrida, geralmente entre o terceiro e quarto touro.

Cartaz taurino

Taverna taurina

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REGULAMENTAÇÃO DAS CORRIDAS DE TOUROS

As festas de touros sempre estiveram regulamentadas e presididas por uma autoridade pública, que vela pelo

cumprimento das regras, proibindo e castigando o maltrato e o sofrimento injustificado que se poderia infligir nos animais. Basta dizer que as primeiras normas reguladoras de alguns

aspectos das corridas de touros datam de meados do século XIII. A vigente Lei Taurina de 1991, e o seu Regulamento de 1996, teimam na pureza do espectáculo, e na defesa da integridade e da dignidade do touro de lide.

Por seu lado, o Protocolo número 10, anexo ao Tratado Constitutivo da Comunidade Europeia, assinado em

Amesterdão a 2 de Outubro de 1997, aceita as corridas de

touros como acontecimentos regulados que constituem uma tradição cultural:

A Comunidade e os Estados membros terão plenamente em conta as exigências na matéria de bem-estar dos animais, respeitando ao mesmo tempo as disposições legais ou

administrativas e os costumes dos Estados membros relativos, em particular, a ritos religiosos, tradições culturais e património regional.

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TEXTOS ILUSTRADOS Lances de capa

Verónica: a verónica, o lance supremo de capa,

realiza-se pela frente, na rectidão do touro, levando a rês

para o centro da praça. Adopta o nome da mulher que no Novo Testamento limpou o sangue do rosto de Cristo a

caminho do Calvário, porque neste lance o toureiro deve empapar com a tela do capote a cara do touro.

Chicuelina

Chicuelina: Lance vistoso que inventou o toureiro

Chicuelo no século XIX. Executa-se pela frente, com as pernas juntas e girando sobre si na direcção contrária à que traz o touro, que deve passar muito perto da cintura do toureiro.

Farol: Lance muito adornado em que o destro passa o

capote por cima da cabeça ao mesmo tempo que gira sobre si.

Verónica

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Lances de muleta

Natural: O passe natural é o mais meritório de quantos

se realizam com a muleta. Em rigor, realiza-se com a mão

esquerda e com todo o pano solto, sem o apoio da espada, de modo que a superfície da tela que se oferece ao touro

reduz-se ao mínimo, e o touro na sua passagem abeira-se à coxa esquerda do toureiro.

Passe de peito: A melhor forma de rematar uma partida

Natural

de naturais é com o passe de peito. O toureiro inverte o sentido circular da trajectória descrita pelo touro,

dando-lhe à rês a saída de costas. Os cânones mandam

que a muleta entre pela cabeça do touro e saia pelo rabo.

Manoletina: Também chamado de “giraldilla”, é um

passo executado com ambas as mãos a meia altura e por detrás, em que o toureiro é ajudado pela espada para

sustentar a muleta, que deve passar sobre a cabeça e o lombo do animal, ao mesmo tempo que o corpo do

toureiro gira noventa graus. O seu nome deve-se ao grande toureiro Manolete.

Passe de peito

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Tipos de bandarilhas

A quebro: Tipo de bandarilhas muito vistoso e arriscado cuja

invenção se atribui ao toureiro Antonio Carmona “Gordito” em 1858. O toureiro deve “intimar” (chamar) o touro de frente,

e esperar a investida com os pés fixos no solo; quando o animal chega ao alcance do toureiro, este deve inclinar o corpo e os braços para um lado, marcando essa trajectória à rês, que baixa a cabeça para acometer, momento em que o

bandarilheiro deve recuperar rapidamente a posição inicial e aproveitar para pôr as bandarilhas no lombo do touro.

A quarteio: É a forma mais frequente de pôr bandarilhas.

O toureiro, depois de fixar a atenção do touro e provocar a sua investida, não espera o animal quieto, antes se desloca ao seu encontro, realizando um movimento em curva para um dos

lados, descrevendo um arco na sua trajectória, de modo que obriga o animal a mudar a sua direcção para esse lado,

o que permite ao toureiro chegar ao encontro com vantagem, em posição de cravar evitando o derrote da rês.

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De poder a poder: Meritória variação

das bandarilhas a quarteio, na que o toureiro, para provocar a investida, sai andando até à frente do touro,

e apenas quando o animal se encontra a uma curta distância é quando se inicia

a trajectória curva do quarteio, de modo que no encontro do touro e do toureiro, este permanece mais tempo entre os perigosos chifres da rês.

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Pintas ou pelagem do touro

Preto: O preto é a cor mais frequente do touro bravo,

embora se distinga entre o preto “zaino” dos touros de pêlo completamente preto, sem nenhum pêlo branco, do preto “bragado”, que tem uma mancha branca no ventre,

o “meano”, com pêlos grisalhos na região do prepúcio, e outras muitas variações.

Colorau: Dentro dos exemplares de pelagem avermelhada,

Preto

o que é muito frequente, a variação vai desde o vermelho sem matiz ao vivo, do violáceo ao avinagrado, e do mogno ao

retinto. Muitos touros coloraus apresentam uma coloração mais clara ao redor dos olhos, chamada “olho-de-perdiz”.

Cárdeo: Touro de pelagem cinzenta, composta por uma

mistura de pêlos brancos e pretos, nas suas muito variadas combinações e intensidades.

Malhado: Touro de pelagem branca, que apresenta grandes

Colorau

malhas em outras cores (preto, vermelho, castanho, etc.).

Albino: Touro de pelagem completamente branca.

Albino

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Cornaduras

Astifino: Touro cujos chifres, delgados desde a base,

finalizam em afiadas pontas.

Veleto: Touro que apresenta os chifres altos e direitos

orientados para cima.

Cornal贸n (Cornal茫o): Touro de galhada muito grande. Astifino

Cornal贸n (Cornal茫o)

Veleto

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IndumentĂĄria do toureiro

Capote de passeio

Montera

ChapĂŠu dos picadores

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CALENDÁRIO DE FEIRAS FEIRA DAS FALLAS VALÊNCIA - Ao redor de 19 de Março FEIRA DA MAGDALENA CASTELLÓN - Março FEIRA DE SEVILHA SEVILHA - Abril FEIRA DO CAVALO JEREZ DE LA FRONTERA - Maio FEIRA DE CÓRDOVA CÓRDOVA - Maio FEIRA DE SÃO PEDRO REGALADO VALHADOLIDE - Maio FEIRA DE SÃO ISIDRO MADRID - Maio e Junho FEIRA DO CORPUS GRANADA - Junho FEIRA DE BADAJOZ BADAJOZ - Junho FEIRA DE LEÃO LEÃO - Junho 35


FEIRA DE SÃO JOÃO ALICANTE - Ao redor de 24 Junho FEIRA DE BURGOS BURGOS - Junho FEIRA DE SÃO FERMÍN PAMPLONA - Ao redor de 7 de Julho FEIRA DE SÃO JAIME VALÊNCIA - Julho FEIRA DE SANTIAGO SANTANDER - Ao redor de 25 de Julho FEIRA DO VINHO FINO PUERTO DE SANTA MARÍA - Julho e Agosto FEIRA DA VIRGEM BRANCA VITÓRIA – GASTEIZ - Agosto FEIRA COLOMBINA HUELVA - Agosto FEIRA DE MÁLAGA MÁLAGA - Agosto FEIRA DA CORUÑA A CORUÑA - Agosto

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FEIRA DE SÃO SEBASTIÃO DONOSTIA – SÃO SEBASTIÃO Ao redor de 15 de Agosto FEIRA DE ALMERÍA ALMERÍA - Agosto FEIRA DE BILBAU BILBAU - Agosto FEIRA DE PALÊNCIA PALÊNCIA - Setembro FEIRA DE SALAMANCA SALAMANCA - Setembro FEIRA DE ALBACETE ALBACETE - Setembro FEIRA DE MÚRCIA MÚRCIA - Setembro FEIRA GOYESCA RONDA - Setembro FEIRA DE VALHADOLIDE VALHADOLIDE - Setembro FEIRA DE SÃO MATEUS LOGRONHO - Ao redor de 21 de Setembro 37


FEIRA DA MERCED BARCELONA - Setembro FEIRA DE ALGEMESÍ ALGEMESÍ - Setembro FEIRA DE OUTONO MADRID - Setembro e Outubro FEIRA DO PILAR SARAGOÇA - Ao redor de 12 de Outubro FEIRA DA COMUNIDADE VALENCIANA VALÊNCIA - Outubro FEIRA DE SÃO LUCAS JAÉN - Outubro

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MUSEUS TAURINOS

MUSEU TAURINO DE BILBAU Praça de Touros de Vista Alegre Martín Agüero, 1. 48012 Bilbao 9 944 448 698 www.torosbilbao.com/fra/museo MUSEU TAURINO “PEPE CABRERA” DE LA LÍNEA DE LA CONCEPCIÓN (CÁDIS) www.lalinea.com/pcabrera MUSEU TAURINO DE CÓRDOVA Casa de las Bulas Praça de Maimónides 14004 Córdoba 9 957 200 522 www.sol.com/cordoba/monumentos/bullfighting-musem-es MUSEU TAURINO DE MADRID Praça de Touros de Las Ventas Alcalá, 237 28028 Madrid 9 913 562 200 www.madrid.org/asuntos_taurinos/museo/museo MUSEU TAURINO MUNICIPAL DE ANTEQUERA (MÁLAGA) Praça de Touros da Antequera Paseo María Cristina. 29200 Antequera 9 952 702 505 www.sopde.es/cultura/museos/museo3 39


MUSEU TAURINO DE MIJAS (MÁLAGA) Algarrobo, 6 29650 Mijas 9 952 485 548 www.sopde.es/cultura/museos/museo23 MUSEU TAURINO DE RONDA (MÁLAGA) Praça de Touros da Real Maestranza de Caballería de Ronda Virgen de la Paz, 13 29400 Ronda 9 952 874 132 www.sopde.es/cultura/museos/museo29 MUSEU TAURINO DE SALAMANCA Doctor Piñuela, 5-7 37002 Salamanca 9 923 235 432 MUSEU TAURINO DE SEVILHA Praça de Touros da Real Maestranza Paseo de Colón 41000 Sevilla 9 954 215 539 www.maestranzasevilla.es/mf4 MUSEU TAURINO DE VALÊNCIA Pasaje Doctor Serra, 10 46004 Valencia 9 963 511 850 www.xarxamuseus.com/taurino 40


DADOS DE INTERESSE Indicativo internacional 34

TURISMO DA PROVÍNCIA DE SEVILHA Plaza del Triunfo, 1

INFORMAÇÃO TURÍSTICA

9 954 501 001

TURESPAÑA 9 901 300 600

www.turismosevilla.org

www.spain.info PATRONATO PROVINCIAL DE TURISMO DE PATRONATO PROVINCIAL DE TURISMO DE CÁDIS

SALAMANCA

Plaza de San Antonio, 3 – 2º

Plaza de Sexmeros, 2

9 956 807 061

9 923 280 136

www.cadiz.org/turis PATRONATO PROVINCIAL DE TURISMO DE PATRONATO PROVINCIAL DE TURISMO DE

BADAJOZ

CÓRDOVA

Felipe Checa, 23

Avda. Ronda de los Tejares, 1 – 6ª planta

9 924 212 495

9 957 491 677 – 957 491 678 – 957 491 679 PATRONATO DE PROMOÇÃO DE TURISMO E

www.turiscordoba.es

ARTESANATO DA PROVÍNCIA DE CÁCERES PATRONATO PROVINCIAL DE TURISMO DE

Palacio de Carvajal – Amargura, 1

HUELVA

9 927 255 597

Fernando El Católico, 18 9 959 257 467 – 959 258 467

PATRONATO MUNICIPAL DE TURISMO DE MADRID

INSTITUTO DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Mayor, 69 (entrada por la calle Traviesa)

DA CIDADE JEREZ DE LA FRONTERA (CÁDIS)

9 915 882 900

Avda. Alcalde Alvaro Domecq, 5, 7 y 9

www.munimadrid.es

9 956 348 696 www.aytojerez.es

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HOTÉIS Central de Reservas Requena, 3. Madrid 28013 9 915 166 666 ) 915 166 657

www.parador.es TRANSPORTES Aeroportos www.aena.es Serviberia 9 902 400 500 www.iberia.es RENFE 9 902 240 202 www.renfe.es Informação de trânsito 9 900 123 505 www.dgt.es TELEFONES ÚTEIS Emergências 9 112 Urgências sanitárias 9 061 Guarda Civil 9 062 Polícia Nacional 9 091 Polícia Municipal (ou Autónoma) 9 092 Informação ao cidadão 9 010 Correios 9 902 197 197. www.correos.es 42



Sedes de turismo no exterior ALEMANHA Berlim Spanisches Fremdenverkehrsamt Kurfürstendamm 63 10707 BERLIN 9 4930/ 882 65 43 ) 4930/ 882 66 61 e-mail: berlin@tourspain.es

Frankfurt Spanisches Fremdenverkehrsamt Myliusstrasse 14 60323 FRANKFURT AM MAIN 9 4969/ 72 50 33 ) 4969/ 72 53 13 e-mail: frankfurt@tourspain.es

ARGENTINA Buenos Aires Oficina Española de Turismo Carlos Pellegrini, 1163, 3º piso 1009 BUENOS AIRES 9 5411/ 43 28 96 64 ) 5411/ 43 28 90 15 e-mail: buenosaires@tourspain.es

BÉLGICA Bruxelas Office Espagnol du Tourisme Rue Royale 97, 5º. 1000 BRUXELLES 9 322/ 280 19 26 ) 322/ 230 21 47 e-mail: bruselas@tourspain.es www.tourspain.be • www.tourspain.lu

Düsseldorf Spanisches Fremdenverkehrsamt Grafenberger Allée 100 “Kutscherhaus” 40237 DÜSSELDORF 9 49211/ 680 39 81 ) 49211/ 680 39 85 e-mail: dusseldorf@tourspain.es

Munique Spanisches Fremdenverkehrsamt Postfach 151940 80051 MÜNCHEN 9 4989/ 53 07 46 11 ) 4989/ 53 07 46 20 e-mail: munich@tourspain.es

ÁUSTRIA Viena Spanisches Fremdenverkehrsamt Walfischgasse 8 (Mzz). 1010 WIEN - 1 9 431/ 512 95 80 ) 431/ 512 95 81 e-mail: viena@tourspain.es

BRASIL São Paulo Escritório Espanhol de Turismo Rua Zequinha de Abreu, 78 Cep 01250 SAO PAULO 9 5511/ 38 65 59 99 ) 5511/ 38 72 07 33 e-mail: saopaulo@tourspain.es

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CANADÁ Toronto Tourist Office of Spain 2 Bloor Street West Suite 3402 TORONTO, Ontario M4W 3E2 9 1416/ 961 31 31 ) 1416/ 961 19 92 www.tourspain.toronto.on.ca e-mail: toronto@tourspain.es DINAMARCA Copenhaga Den Spanske Stats Turistbureau Ny Østergade 34,1 1101 KØBENHAVN-K 9 4533/ 18 66 30 ) 4533/ 15 83 65 www.spanien-turist.dk e-mail: copenhague@tourspain.es ESTADOS UNIDOS Los Angeles Tourist Office of Spain 8383 Wilshire Blvd, Suite 960 BEVERLY HILLS, CAL 90211 9 1323/ 658 71 95 ) 1323/ 658 10 61 www.okspain.org e-mail: losangeles@tourspain.es Chicago Tourist Office of Spain Water Tower Place, suite 915 East 845 North Michigan Avenue CHICAGO, ILL 60611 9 1312/ 642 19 92 ) 1312/ 642 98 17 www.okspain.org e-mail: chicago@tourspain.es Miami Tourist Office of Spain 1221 Brickell Avenue MIAMI, Florida 33131 9 1305/ 358 19 92 ) 1305/ 358 82 23 www.okspain.org e-mail: miami@tourspain.es

Nova Iorque Tourist Office of Spain 666 Fifth Avenue 35th floor NEW YORK, N.Y. 10103 9 1212/ 265 88 22 ) 1212/ 265 88 64 www.okspain.org e-mail: nuevayork@tourspain.es

ITÁLIA Milão Ufficio Spagnolo Del Turismo Vía Broletto, 30. MILANO - 20121 9 3902/ 72 00 46 17 ) 3902/ 72 00 43 18 www.turismospagnolo.it e-mail: milan@tourspain.es

FINLÂNDIA Helsínquia Espanjan Valtion Matkailutoimisto Mechelininkatu, 12-14 00100 HELSINKI 9 3589/ 44 19 92 ) 3589/ 44 26 87 e-mail: helsinki@tourspain.es

Roma Ufficio Spagnolo del Turismo Via del Mortaro, 19 - interno 5 ROMA - 00187 9 3906/ 678 28 50 ) 3906/ 679 82 72 www.turismospagnolo.it e-mail: roma@tourspain.es

FRANÇA Paris Office Espagnol du Tourisme 43, Rue Decamps 75784 PARIS. Cedex-16 9 331/ 45 03 82 50 ) 331/ 45 03 82 51 www.espagne.infotourisme.com e-mail: paris@tourspain.es

JAPÃO Tóquio Tourist Office of Spain Daini Toranomon Denki Bldg.4F 3-1-10 Toranomon. Minato-Ku TOKIO-105 9 813/ 34 32 61 41 ) 813/ 34 32 61 44 www.spaintour.com e-mail: tokio@tourspain.es

GRÃ-BRETANHA Londres Spanish Tourist Office PO BOX 4009 LONDON W1A 6NB 9 44207/ 486 80 77 ) 44207/ 486 80 34 www.tourspain.co.uk e-mail: londres@tourspain.es

MÉXICO México Oficina Española de Turismo Alejandro Dumas, 211 Colonia Polanco 11560 MEXICO DF 9 525/ 531 17 85 ) 525/ 255 47 82 e-mail: mexico@tourspain.es

HOLANDA Haia Spaans Bureau Voor Vreemdelingenverkeer Laan Van Meerdervoort, 8A 2517 AJ DEN HAAG 9 3170/ 346 59 00 ) 3170/ 364 98 59 www.spaansverkeersbureau.nl e-mail: infolahaya@tourspain.es

NORUEGA Oslo Den Spanske Stats Turistbyra Kronprinsensgate, 3. 0251 OSLO 9 47/ 22 83 40 92 ) 47/ 22 83 19 22 www.tourspain.no e-mail: oslo@tourspain.es

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POLÓNIA Varsóvia Biuro turystyki paƒstwa hiszpaƒÊkiego Al. Jana Paw a II 27. Atrium Centrum 00-867 WARSZAWA 00-867 Warszawa 9 4822/ 653 64 16 ) 4822/ 653 64 15 e-mail: varsovia@tourspain.es PORTUGAL Lisboa Delegaçao Oficial do Turismo Espanhol Av. Sidónio Pais, 28 - 3º dto. 1050 - 215 LISBOA 9 351 21/ 354 53 29 ) 351 21/ 354 03 32 e-mail: lisboa@tourspain.es RÚSSIA Moscovo Spanish Tourist Office Tverskaya - 16/2. Edificio 3 MOSCÚ 103009 9 70 95/ 935 83 97 ) 70 95/ 935 83 96 www.tourspain.ru e-mail: moscu@tourspain.es SINGAPURA Singapura Spanish Tourist Office 541Orchard Road Liat Tower # 09-04 238881 SINGAPORE 9 657/ 67 37 30 08 ) 657/ 67 37 31 73 e-mail: singapore@tourspain.es SUÉCIA Estocolmo Spanska Stat. Turistbyrå Stureplan, 6. 114-35 STOCKHOLM 9 468/ 611 19 92 ) 468/ 611 44 07 e-mail: estocolmo@tourspain.es


SUIÇA Genebra Office Espagnol du Tourisme 15, Rue Ami-Lévrier - 2º 1201 GENÈVE 9 4122/ 731 11 33 ) 4122/ 731 13 66 e-mail: ginebra@tourspain.es Zurique Spanisches Fremdenverkehrsamt Seefeldstrasse, 19 CH 8008 ZÜRICH 9 411/ 252 79 30 ) 411/ 252 62 04 e-mail: zurich@tourspain.es

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Texto: Carlos Bloch Rodríguez Tradução: Agoralingua, S.L. Fotografias: Archivo Turespaña © Miquel Barceló, José Gutiérrez Solana, Daniel Vázquez Díaz, Ignacio Zuloaga. VEGAP, Madrid, 2004 © Sucesión Pablo Picasso. VEGAP, Madrid, 2004 Desing gráfico: Manuel Revilla Bel Paginação: MEGACOLOR Publicado por: Turespaña Secretaría de Estado de Turismo y Comercio Ministerio de Industria, Turismo y Comercio Impresso por: EGESA D.L. M-XXXXXXX-2004 NIPO: 380-04-038-7 Impresso em Espanha 1ª edição

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TOURADA COMUNIDADE EUROPEIA Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

MINISTERIO DE INDUSTRIA,TURISMO Y COMERCIO

SECRETARÍA DE ESTADO DE TURISMO Y COMERCIO SECRETARÍA GENERAL DE TURISMO TURESPAÑA

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