Caderno de TGI II_Ana Lígia

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REAPROPRIAÇÃO DO PARQUE DAS MONÇÕES NA CIDADE DE PORTO FELIZ ESCOLA LIVRE DE MÚSICA E ESPAÇO PARA APRESENTAÇÕES

t.g.i

ana lígia de campos mendes


REAPROPRIAÇÃO DO PARQUE DAS MONÇÕES NA CIDADE DE PORTO FELIZ ESCOLA LIVRE DE MÚSICA E ESPAÇO PARA APRESENTAÇÕES

Ana Lígia de Campos Mendes São Carlos, SP TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO II Caderno Final


Agradecimentos: Aos meus amigos da Arquitetura, em especial àqueles que acompanharam mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, me ajudaram e proporcionaram os melhores momentos , Isabela, Camila, Tatiane e Eduardo. Aos professores orientadores, Lúcia Shimbo, e Paulo Fujioka. Dedico o trabalho aos meus pais e ao meu irmão, por todo o apoio, incentivo e carinho que recebi durante a minha graduação.



...’’Algumas vezes as paredes manifestam um poder que chega a ser violento, pois têm poder de dividir espaços, transfigurar o lugar e criar novos domínios. As paredes são um dos elementos mais básicos da arquitetura e um dos mais gratificantes’’ Tadao Ando



ÍNDICE 1.INTRODUÇÃO AO TGI REFERÊNCIAS CONCEITOS OBJETO

2.PROCESSO INVESTIGAÇÃO CONCEITUAL UNIVERSO PROJETUAL AÇOES PROJETUAIS A ÁREA ESTUDOS E PARTIDOS

3.PROJETO PROGRAMA CONCEPÇÃO PRODUTOS

8 9 10

12 13 17 22 35

37 40 43


TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I Universidade de São Paulo Junho de 2012


INTRODUÇÃO AO TGI TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I Universidade de São Paulo No meu desenvovimento conceitual na Disciplina de Pré-TGI tentei trabalhar Junho deda forma 2012mais expontânea possível, busquei as referêcias em campos bem divesos fugindo das referencias arquitetônicas, com objetivo de uma experimentar o que as diversos aspéctos formadores da minha personalidade, minhas preferências nos divesrsos campos artíticos, pessoais poderiam se refletir num projeto de arquitetura. A seguir um resumo de imagens que apareceram nas minhas referecias ilustram esse processo


REFERÊNCIAS PRÉ-TGI TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I Universidade de São Paulo Junho de 2012


CONCEITOS pre-TGI

Durante o desenvolvimento dos meus conceitos na disciplina de Pré-TGI, no ano de 2011, partiu, em sua faze inicial de referencias não arquitetônicas, na maioria das vezes, fundamentadas, sobretudo em experiências pessoais. Cheguei com essa estratégia a alguns denominadores comuns que me auxiliaram no desenvolvimento das minhas propostas de arquitetura. A busca dos efeitos fugazes num edifício fenômenos e elementos da natureza e a relação que esse edifício estabeleceria com estes, resultando num espaço de contemplação. Esta proposta de arquitetura não tem como motivação as necessidades cotidianas, ao contrário, atuaria como escape a estas. Uma interferência nesse cotidiano.A palavra interferência traz consigo o significado de quebra de uma atividade ritmada devido a aspectos externos a ela. A busca de um local de tranquilidade, reflexão e enfim uma possível introspecção. A aproximação desta às artes imateriais , como a música que ao meu ver é a mais eficaz na capacidade de captar nos e transportar-nos para outro espaço, tempo, ou estado de espírito.A nostalgia é uma vertente explorada com o intuito de efeito sobre o espirito humano, de maneira racionalista de mais, apontam-se iam aspectos pejorativos, ideia de retrocesso, porém em seus aspectos psicológicos podem atuar positivamente a ajudando o homem a escapar da realidade e nesse escape lançar um olhar para dentro dele, centrar-se em si, em detrimento daquilo que o rodeia.No desenvolvimento do objeto essa nostalgia demonstrou-se no meu primeiro objeto, industrializado, e com claras referencias a objetos antigos, no caso um objeto da década de 70, as referencias cinematográficas e musicais apresentam também essa nostalgia.A saudade de algo e de um tempo em que não se viveu (um bordão que para mim exprime muito bem essa necessidade humana, ainda que não universal), preenchimento das “necessidades desnecessárias” se não quando para-se e busca-se algo a mais a que pensar e sentir


OBJETO DE PRÉ TGI

O MEIO NO EDIFÍCIO ‘

INTERFERÊNCIA

TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I Universidade de São Paulo EDIFÍCIO OBSERVADOR Junho de 2012

DO EXTERNO


OBJETO DE PRÉ TGI TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I Universidade de São Paulo Junho de 2012


Investigação conceitual

PROCESSO

símbolo

religião templo

tradição

museu

natureza emoções infancia

TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I Universidade de São Paulo Junho de 2012


Investigação conceitual

PROCESSO SOBRE ANSEIOS E RESULTADOS EM ARQUITETURA

Geometria, jogo de luz e sombra, claro e escuro, paisagem natural em harmonia com a paisagem construída pelo homem podem direcionar a emoção humana? A emoção pode ser um objetivo ou dá se apenas como um resultado impossível de ser previsto Para Tadao Ando e emoção é um resultado e não um objetivo do seu trabalho. Até que ponto o resultado separase do objetivo? Como podemos afirmar que não pode ser um objetivo do arquiteto, quando ela é um fator recorrente na obra de arquitetos como Tadao Ando, Peter Zumthor? Podemos então encará-la como um anseio, isto é um resultado incerto, a certeza se daria apenas a forma, a proporção, a inserção da iluminação natural etc


PROCESSO universo projetual

MUSEU HISTÓRICO CHIKATSU-ASUKA(1990-94), OSAKA tadao ando

ELEMENTOS

O MUSEU CHIKATSU É UM EXEMPLO DE ARQUITETURA ATUANDO COMO UMA CONTINUAÇÃO DA PAISAGEM, DO RELEVO E TAMBÉM SISTEMA VIÁRIO, ELE SE ENCAIXA MAGNIFICAMENTE NO MEIO EM QUE ESTÁ INSERIDO. UM GESTO DE UMA ARQUITETURA ELEGANTE

projeto

ESCADA LINEARIDADE-RIO

essência do projeto na paisagem


josé mário nogueira

PROCESSO universo projetual

RESIDENCIA DOS MISSIONÁRIOS CLARETIANOS-BATATAIS

affonso risi

ELEMENTOS TRADIÇÃO RELIGIÃO SIMBOLOGIA


universo projetual

PROCESSO

Minhas referencias arquitetônicas, desde o curso da disciplina de Introdução a TGI tendiam para arquiteturas em suas expressões mais clássicas, tanto no que diz respeito a sua dimensão material como em seus usos. Templos, mosteiros, capelas, internatos eram recorrentes em minhas reflexões, mesmo que querendo me livrar dessas referencias, por considerá-las genericamente descontextualizadas da realidade contemporânea. Cheguei a um denominador comum ao notar que tais questões sempre partiam da conformação do espaço, muito mais que nos aspectos formais do edifício. Nas investigação sobre a tradição de determinados ambientes arquitetônicos para alguns usos determinados de que são exemplos a arquitetura sacra, a arquitetura medieval como também arquiteturas regionalistas e como a conformação do espaço poderia muitas vezes dar conta das sensações que se pretende naquele determinado espaço segundo o uso a que se destinaria. Uma releitura desses ambientes ou elementos em um novo contexto como retomada das experiências desses locais, que eu resolvi, por mim mesma, denominar ambientes icônicos. Igrejas, capelas, mosteiros, cemitérios, e até mesmo sanatórios e prisões antigas, pátios, habitações da arquitetura árabe, claustros, calabouços, florestas fechadas e sombrias e suas cargas simbólicas e de sensações. Pretendo um projeto de uma edificação pouco permeável devido ao caráter de refúgio ao qual me referi anteriormente, outras objetivo é da descoberta do local no ato da visita, da experimentação e não antecipadamente, pelo olhar, esta questão se expressará na escolha do local para implantação do projeto, este local deverá seja por questões de localização, de relevo apresentar uma certa resistência a permeabilidade. O objetivo em termos de uso do edifício é permitir as pessoas uma maior concentração na atividade que se realizará no local, seja como autoras , como expectadoras. A relação do homem com a natureza é um elemento a ser considerado, como também a fuga do cotidiano, da vida exacerbadamente urbana, muitas vezes indesejáveis quando se busca momentos de concentração e tranquilidade para estudo de artes, de leitura etc.


Um projeto de um espaço onde as sensações permaneçam na memória do usuário por acreditar que um gesto arquitetônico tem a faculdade de atuar na formação psicológica do usuário, como uma obra cinematográfica, teatral, etc. e a memória é um campo de atuação nesse sentido. por tanto não pensei na concepção de um local de visita, mas sim de estada, e também um local de calma, de refúgio, um respiro em meio ao urbano. A proposta de Arquitetura a qual me refiro embasa se inicialmente em uma transposição das experiências pessoais, notadamente as situadas na infância, em que a apreensão das ideias, objetos, seres se dá mais por sensações, por imagens memorizadas do que por um processo puramente cognitivo. Minhas experiências na minha cidade natal, na minha escola, dos filmes que assisti sem completamente entende-los, lembranças primordiais na construção da personalidade adulta entraram constantemente na minha imaginação na busca do que mais me moveria para realização de um projeto de arquitetura. Fundamental para minha conceituação, o livro “Thinking Architecture” , Peter Zumthor, propiciou segurança para um processo de criação mais livre e espontâneo pois, nesse trabalho, Zumthor afirma a importâncias das experiências de Infância. Woody Allen também compartilha esta afirmação, e mostra que seus filmes tratam simplesmente daquilo que ele gostava quando era criança. .

PROCESSO

universo projetual

ESPAÇOS DE INTROSPECÇÃO


PROCESSO

açoes projetuais

Proporção

A- Difusas

Iluminação Ilumina o objeto e o usuário

Proporção Áurea Sobre o ponto de interesse

Ao redor do centro d einteresse

Ilumina o objeto e o usuário

B- Incisivas-Pontuais Opressão Movimento cerceado (maior sensação de introspecção)

Menor sensação de Introspecção Iluminação

Homogênea, Torre porém sua forma deixa-se mostrar

Subsolo

Contraponto `a escuridão

InteriorxExterior

2 Formas de Isolamento

Tectonicidade

Linhas de Força

Distanciamento Escalonamento Fincamento

Feixes muito esguios, luz que penetra

Usadas de forma simbólica Tadao Ando


PASSARELA-CORREDOR LEVA O USUÁRIO ATÉ O EDIFÍCIO

WATER TEMPLE(TADAO ANDO)

PROCESSO

REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS E CINEMATOGRÁFICAS

ações projetuais

POSSIBLIDADES DE UTILIZAÇÃO


PROCESSO

ações projetuais

Ambientes Icônicos Claustro Clássico

Reinterpretações

CLAUSTROS


ações projetuais

PROCESSO edifício gruta: ideia de uma arquitetura que se faz de forma “[...] Eram casas semelhantes a cavernas, opondo-se ao fluxo existente na sociedade de demandar uma vida moderna luminosa” (Tadao Ando, em “ARQUTEITURA DE GUERRILHA” )

descendente, que cresce para baixo e incrusta na terra, no trecho citado de Tadao Ando, a vida moderna luminosa, pode ser entendida como a vida de ostentação, podemos, entretanto, desprender a ideia de luz e sombra, isto é de um edifício que se organiza na sombra e não na luz, isto é na parte em evidencia da cidade e que por ter o caráter de refugio que apresenta uma caverna guarda se também da luz em seu interior.


LOCAL

parque das monções

Entrada Principal do Parque pela Rua Bandeirantes Entrada Secundária pela Rua Antônio Magnati Acesso do Parque à Escola

Acesso do Parque á Área de Projeto Proposta de Novo Acesso( Expansão da Rua Conde) Entrada da Cidade ao Parque


PORTO FELIZ-SP

O Parque na Cidade



O local escolhido para a implantação do projeto retoma muito dos conceitos que constam no desenvolvimento do meu universo projetual e posteriormente das minhas ações projetuais. A localização em minha cidade natal retoma os elementos da memória e da infância, o Parque das Monções apresentava certa aura mítica para mim, pelos seus aspectos naturais, o enorme paredão de salitre que de certa forma intimida o observador, por ser uma enorme massa vegetal sombria, úmida que, que o via com olhos curiosos, porém com um pouco de medo, devido a seus aspectos naturais, em relação a eles pode se citar, o paredão salitroso, a pedra aparece em minhas referencias de arquitetura, e nos meus partidos também, uso o termo arquitetura de pedra, edifício gruta, numa tentativa de tradução das minhas intenções. O elemento pedra apresenta possibilidades de ser referenciado no projeto, em sua forma, ou em sua própria materialidade. O parque se configura num terreno de elevada declividade, que contribuí para dar ao local um caráter de refúgio, de respiro, pois a vista da cidade não é possível de dentro do parque, pois ela se encontra num nível mais elevado, a visão exterior ao parque é a do Rio Tietê e de áreas rurais e, no entanto, o parque está incrustado na cidade, e seus acessos se dão pelo centro dela. O local é bastante sombreado, com elevada umidade e frescor, decorrentes da mata, do rio e dos próprios cortes feitos no terreno para a construção do parque, principalmente suas escadarias que levam até o antigo porto fluvial de onde partiam as expedições denominadas monções e a área de implantação do meu projeto. Além da natureza há outros aspectos que fazem com que o local apresente uma carga simbólica, são eles: Fatores históricos, bandeirismo, que deu inicio a cidade e coloca a cidade nas Rotas das Monções,o local, portanto apresenta um elevado valor simbólico como parte das expedições que auxiliaram no conhecimento e posse das terras brasileiras. Em 1726 saiu de Porto Feliz para Cuiabá a maior expedição fluvial do Brasil: 3.000 pessoas. No parque há encenações dessa partida na Semana das Monções

parque das monções

NATAL

Escolha da Area

ELEMENTOS EXISTENTES NO LOCAL EM DIÁLOGO COM MEUS CONCEITOS PROJETUAIS: SÍTIO FLORESTAL, CIDADE


Escolha da Area

parque das monções

A ÁREA DEMANDA UMA MAIOR APROPRIAÇÃO, TENDO EM VISTA A IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DA CIDADE DE PORTO FELIZ, QUE É FUNDADA AS MARGENS DO RIO TIETÊ DEVIDO A ATIVIDADE DOS BANDEIRANTES NA ÁREA, SENDO POSSIVELMENTE A PRINCIPAL FONTE DE ATRAÇÃO TURÍSTICA DA CIDADE

Para a cidade de Porto Feliz, o projeto visa a uma maior aproximação da cidade de Porto Feliz com o Rio Tietê, tendo em vista que foi a partir do rio que a cidade se originou, a partir das expedições bandeiristas que partiam da localidade, Vila de Araritaguaba, rumo a Cuiabá. A cidade possui poucos pontos de abertura para o Rio, sendo o Parque das Monções um deles. Na rua Wilma Antunes Garcia, vizinha ao parque, situa-se uma área de piscinas pertencente ao Lions Clube As piscinas estão desativadas há longa data por problemas estruturais apresentados logo no inicio de sua instalação, o local encontra-se abandonado e bastante degradado e atualmente, após ter sido leiloado, é propriedade particular. O local apresenta uma vista privilegiada do Rio Tietê, foi construído em cima de um grande platô, que será aproveitado parcialmente para a instalação do projeto, após a demolição da Piscina e também há uma vista para o “porto” de onde partiam as embarcações bandeirantes. O local foi escolhido por se tratar da única clareira existente no parque densamente arborizado, haja visto que a manutenção da área florestal é um partido guia na minha proposta de intervenção nesse sítio f l o r e s t a l . A rua citada situa-se no centro da cidade, sendo portanto seu acesso muito privilegiado, ficando um pouco escondida apenas pelas características do relevo local, sua utilização também está prejudicada por estar apenas parcialmente pavimentadas com paralelepípedos, na parte em que se localiza a Piscina ela não é pavimentada, fazendo se necessária a pavimentação para a instalação do novo projeto. A Rua, porém é larga, com faixa de estacionamento de ambos os lados, que poderá auxiliar no suprimento das vagas para estacionamento do projeto.


SALVAGUARDAR A MAIOR PARTE DA ÁREA FLORESTAL,O LOCAL É UMA DAS ÚNICAS CLAREIRAS NA MASSA VEGETAL TRATA-SE DE UMA PROPRIEDADE PARTICULAR, SENDO QUE A DEMOLIÇÃO E IMPOSSIBILIDADE DE RETOMADA DAS ATIVIDADES FUTURAMENTE NÃO TRARÁ PREJUÍZOS PARA A POPULAÇÃO.

LEVANTAMENTO DA ÁREA

PROPONHO UTILIZAR A ÁREA PARA INSTALAÇÃO DE PARTE DO PROJETO, A ESCOLHA EMBASOU-SE EM DOIS CRITÉRIO: DEGRADAÇÃO EXTREMA APRESENTADA PELA ÁREA

parque das monções

PISCINA DESATIVADA




LEVANTAMENTO DA ÁREA

parque das monções


RESIDENCIAL COMERCIAL SERVIÇOS MISTO INSTITUCIONAL

LEVANTAMENTO DA ÁREA

USO DO SOLO ADJACENTE

PARQUE


USO DO SOLO ADJACENTE

GABARITO DO SOLO ADJACENTE

PARQUE 1 PAVIMENTO 2 PAVIMENTOS 3 PAVIMENTOS

A OCUPAÇÃO DA ÁREA É BASTANTE ANTIGA, SENDO O POLO DE FORMAÇÃO DA CIDADE E É FUNDAMENTALMENTE RESIDENCIAL, OBSERVA SE A TRANSFORMAÇÃO DO USO RESIDENCIAL EM COMERCIAL OU MISTO EM ALGUMAS DESSAS CASAS. O ACESSO A ÁREA FLORESTAL DO PARQUE É IMPEDIDA PELA PRESENÇA DESSAS CASAS E CASARÕES ANTIGOS QUE DÃO AS COSTAS PARA O PARQUE


PLANO DIRETOR AMBIENTAL DE PORTO FELIZ O Parque das Monções Implantado à margem do rio Tietê, junto ao porto de origem da cidade, o Parque das Monções, por inúmeras características, é potencialmente o principal atrativo cultural e turístico da Cidade. Com vocação para ser um parque urbano, por sua localização próxima ao núcleo inicial da cidade, ele apresenta uma vegetação exuberante, permite o acesso ao Rio e é contemplado visualmente com a margem oposta do Tietê, ainda sem ocupação.

LEVANTAMENTO DA ÁREA

A SEGUIR TRANSCREVO O TRECHO DO PLANO DIRETOR AMBIENTAL CITADO, CONTUDO COM A VISÃO CRÍTICA DE QUE O MESMO NÃO PROPÕE MUDANÇAS, NÃO APRESENTA PROJETOS PARA UMA MAIOR EXPLORAÇÃO DO SÍTIO.

PLANO DIRETOR AMBIENTAL

O PLANO DIRETOR AMBIENTAL DE PORTO FELIZ DE 2008 FOI FONTE DE PESQUISA PARA O TRAÇADO DAS DIRETRIZES DO PROJETO PARA A ÁREA, ESTE CONFIRMA A NECESSIDADE DE UMA REVITALIZAÇÃO DESTA. ATUALMENTE A ÁREA PASSA POR ALGUMAS REFORMAS, TODAVIA POUCO EXPRESSIVA, NO QUE DIZ RESPEITO A UMA REAPROPRIAÇÃO DA ÁREA E PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES CULTURAIS, EDUCATIVAS O PROJETO EM REALIZAÇÃO DATA DE 2008, ELE ENGLOBA UM PROJETO DE RAMPAS PARA ACESSIBILIDADE UNIVERSAL, ENTRETANTO NÃO COBRE O PARQUE TODO, TENDO EM VISTA A ELEVADA DECLIVIDADE DO PARQUE E A PRESENÇA DAS ESCADARIAS QUE LEVAM ATÉ O RIO TIETÊ, PROJETO DE ILUMINAÇÃO, HIDRÁULICA E PAISAGÍSTICOS. ESTE ULTIMO TAMBÉM COM POUCO EMBASAMENTO JÁ QUE DESRESPEITA A CONFORMAÇÃO DA MATA DE QUE O PARQUE FAZ PARTE, QUE EM COMJUNTO COM AS ESCADARIAS, O MONUMENTO AOS BANDEIRANTES, A GRUTA ONDE SITUA-SE A PADROEIRA DA CIDADE SÃO PARTE DA HISTORIA LOCAL.


LEVANTAMENTO DA ÁREA

PLANO DIRETOR AMBIENTAL

O Parque estabelece, atualmente, pouca integração com a cidade. O maltrato e abandono prejudicam enormemente a apropriação e valorização deste espaço por parte da comunidade local. Fazem parte do parque importantes elementos do contexto histórico cultural da localidade, como por exemplo, o Paredão Salitroso, onde supostamente as araras pousavam para bicar, sugerindo então a origem do antigo nome da cidade em linguagem indígena, Araritaguaba. Outro exemplo é o Monumento às Monções e o conjunto de escadas de acesso a ele, inaugurados em 1920, pelo presidente do Estado de São Paulo, Altino Arantes. Decorridos 88 anos da inauguração do Monumento às Monções, tem-se, contudo, que não muita coisa foi acrescentada, no sentido de preservar a memória daquele fenômeno histórico e facilitar a sua compreensão pelos visitantes. Assim é que o conjunto de escadas também foi inaugurado à época. E o batelão ali colocado resultou de uma iniciativa do historiador Afonso de Taunay, que o encontrou em uma fazenda, tornado em cocho para alimentação de animais.Constam ainda no parque, uma gruta em louvor a Nossa Senhora de Lourdes, construída em 1924, um deck sobre o rio, e uma reprodução do primitivo oratório de Nossa Senhora da Penha, feito de pau-a-pique e coberto com sapê.O que falta àquele parque, indispensável para a compreensão da própria Porto Feliz, é um tratamento didático, a convicta adoção de linguagens efetivamente capazes de nortear um visitante. Note-se a exigüidade de painéis explicativos no local, o que se percebe há anos. Sugere-se, forçosamente, que as poucas placas informativas sejam substituídas por material planejado e criado de modo profissional. Em outras palavras, o espaçotodo carece de um tratamento museográfico profissional, que compreenda placas de direcionamento, espaço (galpão, sala ou anfiteatro) de acolhimento para classes de alunos e excursionistas em geral, equipamento para exibição de áudio-visual sobre as monções, painéis com iconografia pertinente. E, inclusive, um discurso claro acerca das navegações, que dissipe dúvidas e equívocos constantemente cometidos. É necessário tornar o espaço capaz de falar por si próprio, independendo dos níveis variáveis de conhecimento específico de guias e monitores que ali aportam.


PROJETO ESTUDOS PRELIMINARES


Estudo de População, Área e Programa: Os Parâmetros usados foram a Escola Municipal de Porto Feliz, “Romário antônio Barbosa” e Conservatório de Tatuí, e Escola Muncipal de Música (E.M.M) de São Paulo Escola Municipal de Porto Feliz, “Romário antônio Barbosa” Alunos: aproximadamente 100 Musicalização Infantil : crianças entre 6 e 8 anos( 2 anos de duração) Musicoterapia: Idade livre(duração ideterminada) Curso de Inicialização Musical Infantil: crianças entre 9 e 12 anos( 2,5 anos) Curso e Foramação Musical: pessoas entre 12 e 39 anos( 3,5 anos) Curso de Inicialização Musical Lúdica: pessoas acima de 39 anos( 2,5 anos) Curso DE Instrumentos: Bateria, Bombardino, Clarineta, Contra-Baixo, Flauta Doce , Flauta transversal etc Problemas: Os cursos tem pouca duaração, tendo os alunos que continuar seus estudos em outras ecola, notadamente, o Conservatório Musical de Tatuí. As Instalações são bastante modestas, não apresentando um conforto e infraestrutura para um melhor aproveitamento de aprendizado E.M.M Alunos: 800 Cursos de duração de 5 a 12 anos

Estudo de População: Com base nesses parámeros a estimativa de pupulação, baseada num programa que inclui um alojamento , além de Cursos de Musicalização, Musicoterapia, Worshops, Luteria alé dos tradicionais cursos de inicialização musical herudita e popular e instrumentos e um alojamentos de para cerca de 50 alunos. A faixa etária também é objeto de expeculação no projeto da Escola Crianças : 50 aprox. Jovens : 150 aprox.( foco maior) Adutos: 100 aprox. Jovens: Maior tempo de peramnência na escola, cursos com maior duração, alojamento e alimentação foca essa população. Aulas Matutinas, Vespertinas e Noturnas Professores : 25 a 30 Funcionários: 30


Bloco A: Coordenação Administrativa e Cursos diferenciados Térreo Recepção Sectretaria Sala de Reuniões Arquivos Luteria Decarte de Material Espaço de Musicalização Infantil e Musicoterapia Área de Espera Banheiro para funcionários e visitantes Primeiro Pavimento Luteria, Worshop e Estúdio de Gravação Experimetal 2 banheiros

Bloco B- “ a escola” Coordenadoria Diretoria Secretaria Arquivos Depósitos de Materiais de Limpeza Salas modulares de estudo prático Individual Salas modulares de ensino prático Individual 3 salas de ensino prático coletivo 4 salas de ensino teórico coletivo 2 Banheiros com a acessibilidade universal elevador

Bloco C- Auditório Público Auditório aberto ao Público Foyer—ligação com Subsolo Subsolo- Memória Exposições históricas, instrumentos antigos etc Acervo de instrumentos acessível por elevador e rampa( veículos- carga e descarga) 2 Banheiros e Camarins ou vestiários localizados em ambas extermidades do audiorio (Acesso do publico sem cruzar o Procênio)

Bloco D Térreo Cozinha Refeitório Servir refeições Lavagem de Pratos Frigorífico Dispensa Banheiros para funcionários Banheiro para refeitório Descanso de Funcionários Vestiário Carga e Descarga

Alojamento( primeiro e segundo pavimentos) 19 suítes duplas 6 suítes triplas Area de serviço no primeiro e segundo pavimentos Depósitos de Material de limpeza Almoxarifado Guarda e Zeladoria( Controle) Foyer

Bloco anexo ao D Sala de Audição

C

A B D

sem escala


Modelo de Estudo feito no Sketchup para estudo do terreno.

1.Sulcos no terreno determinam a circulação. 2.O terreno é puxado na região central, determinando a forma do edifício. 3. A parte central é deixada translúcida e as periféricas opacas( partido conceitual explicado no texto abaixo) 4. As superfícies resultantes da operação são elevadas e configurarão as coberturas do edifício.

A Unidade Quadripartida No desenvolvimento do meu projeto em TGI II optei por uma reformulação da volumetria apresentada em TGI 1, mantendo o programa da escola e acrescentando funções que julguei pertinentes e coerentes com o programa da Escola. Acrescentei ao programa uma sala de audições , um estúdio experimental de gravações, um acervo de instrumentos musicais, espaço para exposições, luteria e workshops. Busquei uma maior relação com o local de implantação, segundo recortes baseados em cortes no terreno no qual busquei referencia nas operações formais realizadas como partido projetual nos projetos do Escritório de Arquitetura BIG, numa tentativa de uma volumetria que se erguesse do relevo . A circulação e os acessos foram repensados, partindo de um principio de acessibilidade independente a partir dos quatros cantos da área de implantação, cada um dos três blocos poderiam ser acessados , independentemente, bem como o Auditório e o espaço livre junto ao Rio. Para dar suporte ao acesso uma via foi continuada com um traçado orgânico ( Rua Conde) e outra descontinuada (Rua Wilma Antunes), ambas Forest Crematorium. BIG ARCHITECTURE( mostradas a seguir. Stocolmo, Suécia) Status do Projeto: Idealizado


Destacam -se a seguintes ideias no projeto:

Refúgio -Opacidade externa e translucidez interna Iluminação do Edifício - a noite Pira (em meio a pouca iluminada vegetação) Circulação e Acessos –acessibilidade independente a partir dos quatros cantos da área de implantação. Passeio em cruz -conformados como corredores, ruas medievais (estreitas, de pedra) funcionando como ruas de pedestres. A exploração do local pelo prisma do pedestre dialoga com o “Parque das Monções”. A forma da exploração não se modifica e faz referências também as ruas tombadas de paralelepípedos da cidade de Porto Feliz. Semi-independencia entre os blocos: Cada um dos 4 espaços formulados apresentam um controle independente, sendo, porém, o auditório de acesso livre ao público. Mantem-se fechado apenas o foyer que acessa o bloco de apoio subterrâneo.

AA

B

C

D

Deixar o auditório aberto ao publico, visa a aproximação da música popular e herudita as várias camadas da população, haja visto a incerção do projeto num parque público, com elevada importancia para a cidade de Porto Feliz. O auditório que busca uma integração com o Rio Tiete, projetado com o intuito de que não se fechasse para o Rio ao mesmo tempo que apresentasse um bom suporte para as apresentações ataravéz da disposição de sua cobertura , palco e assentos. A forma de meio círculo do Foyer também faz parte da conformação de um espaço com boas qualidades acusticas e de visão dos espetáculos. Os passeios em cruz foram conformados segundo corredores, ruas medievais( estreitas, de pedra) funcionando como ruas de pedestres. A exploração do local pelo prisma do pedestre é um partido que dialoga com o Parque das Monções, a forma da exploração não se modifica e faz referencias também as ruas de paralelepipedos da cidade de Porto Feliz.(


B A

D

C

Planta de Implantação (escala 1:2000)

Espaço onde acontecem as encenações da partida das Monções

N Possível integração

Rua Interrompida Área de interesse..relação com o parque e o Rio


c

N c

PLANTAS

Escala 1:500 planta do auditorio, foyer e subsolo( nivel -5)


C

D

Plantas

B

B

A

A

N planta tĂŠrreo(escala 1:100)

C

D


C

D

Plantas

B

B

A

A

N planta tĂŠrreo(escala 1:100)

C

Planta dos Primeiros Pavimentos( escala 1:500)

D


C

D

Plantas

B

B

A

A

N C

D

Planta dos Segundos Pavimentos( escala 1:500)


C

D

Plantas

B

B

A

A

N C

Planta da Coberturas ( escala 1:500)

D



Acesso por escadarias ( acesso as mesmas pela extensão da Rua Conde)

Bloco B Bloco D

Bloco A Bloco C (Auditório aberto)

Foyer

Subsolo

Acesso por rampa ao subsolo ( veículos e pessoas) Corte A.A. (escala 1:500) Acesso por escadarias ( acesso as mesmas pela Rua Wilma Antunes Garcia) Bloco A

Bloco D

Bloco B

Acesso por escadarias ( acesso as mesmas pela extensão da Rua Conde)

Sala de Audição

Bloco C (Auditório aberto)

Foyer

Subsolo Corte B.B. (escala 1:500)


Acesso por escadarias ( acesso as mesmas pela Rua Wilma Antunes Garcia)

Bloco B Bloco D Bloco A

Rio Tietê

Sala de Audição Subsolo

Foyer Corte C.C (escala 1:500)

Acesso por escadarias ( acesso as mesmas pela Rua Wilma Antunes Garcia)

Bloco B

Bloco D

Bloco D

Bloco B

BlocoA A Bloco

Rio Tietê

Subsolo

Corte D.D. (escala 1:500)


Elevação oeste (escala 1:500)

Elevação leste (escala 1:500)


Elevação Norte (escala 1:500)

Elevação Sul (escala 1:500)


Nessa perspectiva, as coberturas foram suprimidas para que as relações espaciais internas sejam melhores percebidas. As relações entre os diferentes materiais bem como suas junções também podem ser melhor visualizadas. Trabalhei com a relação dos materiais diferentes entre si a fim de criar ambientes que tenham uma maior identidade.



Bloco D -Alojamento e Refeitório

Planta do térreo (escala 1:750)

Esse bloco foi pensado como um bloco misto. No térreo localiza-se o refeitório bem como todo o apoio de cozinha industrial, pessoa( programa citado anteriormente). Conceito- interface de materiais, pedra, madeira e alvenaria que criam diferentes ambiências e dão a eles maior identidade com a função a que se destinam pensei o bloco 3 mezaninos de convívio, um destinado a estudos e os outros 2 ao lazer, a circulação no primeiro e segundo pavimento e a ligação com os estares dá se-por passarelas . Há um elevador no edifício para acessibilidade universal Ligação com mezaninos da sala de audição: Achei de especial interesse que os moradores pudesse-se apropriar dela de forma mais íntima, podendo ser usada mesmo fora do horário de funcionamento da escola.

Sala de Estudos Sala de Audição

Refeitório Refeitório Marquise, auxí lio na ventilação e

iluminação Elevador e escadas Planta do térreo (escala 1:750)


Bloco B - A Escola Esse bloco conta com uma biblioteca com marquise( acesso a cobertura do Espaço de convívio central da escola. Essa biblioteca faz parte do conjunto de mezaninos com revestimento em madeira presentes no centro do projeto, localizados nos blocos A(estúdio), e D( sala de estudos) .Fazem parte dos ‘’ambientes quentes’’. As salas de aula foram pensadas de forma que as salas teóricas tenham sua face envidraçada voltada para dentro e as salas teóricas tenham a face envidraçada voltada para o exterior( necessidade de isolamento acústico). As salas individualizadas e arranjáveis( placas de madeira movel) também necessitam de isolamento acústico. As propriedades acústicas da madeira foram exploradas nesses ambientes, bem como as suas proporções variáveis( placas móveis).

Planta do térreo (escala 1:500)



Bloco A

Bloco A

Destacados na Imagem: Luteria Estúdio Experimental de Gravação Recepção do público Cobertura da Área de Convívio( na imagem foi descontinuada para mostrar o interior da Sala de Audição) acessível pois encontras-se no mesmo nível da biblioteca do bloco C.

Planta pavimento térreo (escala 1:500)

Auditório aberto ao Púbico

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Nessa imagem pode se apreender a relação do mesmo com o Foyer, cuja forma circular foi pensada para auxiliar as qualidades acústicas do auditório. Foyer em forma circular: em razão desta forma pude projetar os acentos e o balcão de forma circula com passagens laterais garantindo uma boa circulação ao público e uma boa visualização do palco.

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Auditório aberto ao Púbico:

Distância do balcão ao palco:

19,22m Respeitou-se o limite de 25 metros 5m do acento mais longe até o centro d=19,85m ( distância de visão do espectador) do Palco, indicado para apresentações musicais.

Planta do térreo (escala 1:500)


Sala de Professores e Cordenadores Biblioteca Sala de Aulas ( terrĂŠo e primeiro pavimento) Banheiros Salas Individuais Planta do tĂŠrreo (escala 1:500)


Perspectiva explodida do edifício para melhor visualização Relações entre os diferentes materiais. Encaixes da estrutura da cobertura.


AUDITÓRIO






Subsolo


Estrutura da Cobertura, bem como os pilares foram desenvolvidos em madeira laminada colada, sendo os pilares em madeira laminada colada roliça A cobertura foi pensada em telha sanduiche de poliestireno. cuja materialidade e possiblidade de ser continuada suprem as necessidades do projeto, acrescidas de um material de isolamento termo acústico. A Estruturação se dá segundo uma grande viga curva localizada diagonalmente ao conjunto da cobertura e peças secundárias de madeira laminada colada, dispostas de forma radial.

Pano de Vidro Sem caixilhos: uso do vidro ‘’Spyder Glass’’



Bibliografia: Kenneth Frampton, Álvaro Siza:complete works/KennethFrampton.1933/1999, Milão, Italia ZUMTHOR, Peter, Thinking Architecure, 2006 HOFSTADTER, Douglas R. Gödel, Escher, Bach: An Eternal Golden Braid. Nova York, New York Vintage Books, 1980.

DOBNEY, Stephen. Eisenman Architects: Selected and Current Works (Série Master Architects). Melbourne, Images Publishing Group, 1996.

EMMITT, Stephen; GORSE, Christopher A. Barry's Introduction To Construction Of Buildings. Melbourne (Australia), Blackwell Publishing, 2005. BERNAL, Marcelo; YI-LUEN DO, Ellen. Variation From Repetition (26a Conferência eCAADe) Antwerpen (Bélgica), 2008, pp. 791-798. Disponível em: <http://cumincad.scix.net/cgi-bin/works/Show?ecaade2008_115>. Acesso em 08 de Maio de 2012.

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