Análise Brasil Global 2012

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A N U Á r i o 2012

Edição Bilíngue Inglês e português

BRASIL GLOBAL 57 7 a Edição

Parceiros Comerciais A análise detalhada do perfil, da pauta e da relação do Brasil com seus maiores clientes e fornecedores

74

Produtos Exportados

A lista dos setores que mais vendem ao exterior

26

Estados analisados

A fatia das unidades da federação no comércio

Inovacão na

Distribuição Dirigida

industria

Por que inovar é o caminho para ganhar o mundo e os passos necessários para chegar lá pág. 20

www.analise.com

IAL E S P EC i ca í st Lo g bre so dados de 0 0 0 . e 4 sport o tran no país s carga


Índice

A n u á rio

EVELSON DE FREITAS/ae

BRASIL GLOBAL

20 INOVAÇÃO

INDUSTRIAL NO BRASIL O caminho para conquistar o mercado global passa pela inovação

08 Editorial 10 Apresentação 16 Colaboradores

39

EMPRESAS As 432 maiores exportadoras e importadoras

48

Maiores por comércio total

52

Maiores exportadoras

58

Maiores importadoras

63

PARCEIROS Os 57 principais parceiros do Brasil em 2011

72 74 76 78 79 4

China Estados Unidos Argentina Alemanha Japão BRASIL GLOBAL

Clientes em supermercado na zona sul da cidade de São Paulo: as importações brasileiras cresceram 25% e superaram 200 bilhões de dólares pela primeira vez na história em 2011

81 82 83 84 85 86 87 88 90 91 92 94 94 95 96 96 96 97 97 98 98 99 100 100 101 102

Holanda Coreia do Sul Itália Chile França Nigéria Índia México Inglaterra Espanha Rússia Canadá Arábia Saudita

102 102 103 103 103 104 104 104 105 106 106 107 107

Cingapura Hong Kong Egito Santa Lúcia Portugal Austrália Suécia Emirados Árabes África do Sul Turquia Irã Marrocos Áustria

107 108 108 108 108 109 109 109 110 110 110 110 110

Noruega Ant. Holandesas Angola Belarus Finlândia Vietnã Israel Iraque Dinamarca Ucrânia Trinidad e Tobago Bangladesh Equador

Venezuela Taiwan Bélgica Argélia Suíça Bolívia Tailândia Colômbia Uruguai Malásia

web www.analise.com Para encontrar a Análise Editorial na internet, acesse um dos endereços abaixo. Mais informações sobre nossos produtos, conteúdos exclusivos e nossa loja online podem ser encontradas no nosso site facebook.com/AnaliseEditorial linkedin.com/company/analise-editorial

Paraguai Peru

twitter.com/analise_edit

Indonésia www.analise.com


Índice

111

PRODUTOS Os 74 produtos mais exportados pelo Brasil em 2011

117

Os produtos que mais avançaram

118

Os produtos mais exportados

120

Os itens mais exportados

126

Exportadoras por produto

128 129 130 131 132 132 134 135 135 136 136 137 137 138 138 138 139 140 141 141 141 142 143 143 144 144 146 146 147 6

Minérios Petróleo Soja Veículos e peças Açúcar Ferro e aço Café Aves Papel e celulose Produtos químicos Máquinas e equip. Carne bovina Aeronaves Plásticos Aparelhos elétricos Fumo Milho Suco de laranja Ouro Couro Pneus Algodão Bombas e compr. Alumínio Calçados Álcool Carne suína Farmacêuticos Madeira BRASIL GLOBAL

147 148 148 148 149 149 149 150 150 151 151 151 152 152 152 152 153 153 153 153 153 154 154 154 154 154 155 155 155 155 155 156 156 156 156 157 157 157 157 157 157

Têxteis Rochas Plataformas petró. Telefonia Fertilizantes Cobre

157 157 157 157

159

Borracha

Cutelaria

O comércio exterior nos 26 estados e no DF

186

Aeroportos

162

Exportações por município

190

Rodovias

164

Produtos exportados por estado

194

Ferrovias

168

Exportadoras por estado

198

Dutos e armazenagem

Arroz

Ferramentas

Estanho

Portos e hidrovias

Trigo

Ferragens

A movimentação de carga nos portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias

Ovos

178

Perfumaria

Energia elétrica

logística

ESTADOS

Móveis

Frutas

173

Ceras

Bovinos vivos Vidros Equip. ferroviários Armas Cerâmica Pedras e jóias Cacau Equip. médicos Imagem e som Castanhas Não-tecidos Níquel Camarão e pescado Bebidas Balas e doces Equip. de informática Sementes Zinco Refrigeradores Motos Ração Chocolate Material de limpeza Leite Embarcações Artigos de papelaria

NOTE TO the ENGLISh READERS The English language content was totally reformatted to make the searching process for foreign readers more practical

I

n the seventh edition of ANÁLISE GLOBAL BRAZIL the English-language content gets revamped. The goal of the overhaul is to make reading more objective and practical. The new structure of the English section, starting on page 201, was created as a magazine within the magazine, which can be read or consulted separately. The new section has tables, graphs and photographs, in addition to translated news reports and articles, mirroring the structure of the Portuguese edition. As such, the reading of the English version becomes linear and no longer requires the reader to return to specific pages in the Portuguese content to acquire additional information. The bilingual content on the same page was maintained only in the tables that occupy entire sections. The table of contents of the publication in English on page 202 displays the location of

that content in the issue. All sections that include Portuguese and English content on the same page are idenCONTENT The tified with the seal .BILINGUAL ENGLISH AND PORTUGUESE numbers of the pages that list the Portuguese and English content have been maintained. At the beginning of each section, the symbol indicates the page where the content is located in English and the English version also includes a reference to the page in Portuguese. The contents of ANÁLISE GLOBAL BRAZIL have been available in bilingual format since its second edition in 2006. With this new organization, Análise Editorial’s team seeks to enhance the experience of foreign readers interested in understanding the role of Brazil and its companies in the global market. For more information about Análise Editorial and our publications please visit our website at www.analise.com.

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Apresentação

como Manter o país nos trilhos O Brasil está no caminho certo, mas precisa resolver seus gargalos internos para não perder as conquistas da última década Gabriel Attuy

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10

BRASIL GLOBAL

n

a apresentação da edição de 2008 desta publicação – então intitulada Análise Comércio Exterior e Negócios Internacionais – o jornalista e presidente do conselho editorial da Análise Editorial, Eduardo Oinegue, argumentou que para ganhar espaço no mercado global o Brasil precisava “correr atrás do óbvio”. O “óbvio” era que um dos principais empecilhos ao avanço das exportações de produtos e serviços nacionais estava dentro das fronteiras do país, e não além delas. Para a maioria, a colocação, provavelmente, remete à infraestrutura logística brasileira. As deficiências dos nossos portos, aeroportos, estradas e ferrovias são notórias, e fazem parte do que os empresários gostam de chamar de “custo Brasil”. Nessa conta entram, também, a carga tributária, a regulação, muitas vezes confusa, e a dificuldade na realização de investimentos públicos ágeis e de qualidade. Lá em 2008, o ponto de Oinegue era que, superando essas limitações internas, o Brasil emitiria sinais mais claros às empresas estrangeiras que quisessem investir no país e ganharia competitividade para ocupar mais espaço com seus produtos no mercado mundial. Desde então, muita coisa mudou. O mundo enfrentou uma crise financeira cujo catalisador foi o colapso do mercado imobiliário nos Estados Unidos, e ainda em 2012, lida com a instabilidade aguda na União Europeia. Além das crises, nos últimos três anos, o Brasil alcançou alguns objetivos de longa data. Para começar, o

acesso dos exportadores brasileiros a mercados antes fechados efetivamente avançou. Em 2011, por exemplo, foi finalmente derrubada a sobretaxa de 54 centavos de dólar cobrada sobre o galão de etanol brasileiro exportado aos Estados Unidos. Os americanos também sofreram derrotas importantes no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação a barreiras impostas ao suco de laranja nacional e aos subsídios americanos aos seus produtores de algodão. O Brasil também deu um passo efetivo para diversificar sua base de clientes. Em 2000, os americanos e europeus respondiam por mais da metade da corrente de comércio brasileira, ao redor de 54%, enquanto a Ásia representava apenas 14%. Uma década depois, a fatia dos dois maiores parceiros caiu para perto de 35% e os asiáticos compraram mais de um terço de tudo o que o Brasil vendeu em 2011, liderados pela China. A África e o Oriente Médio, apesar de ainda menos expressivos, tornaram-se opções reais e, juntos, estão próximos de uma fatia de 10% do comércio exterior nacional. O processo de internacionalização das companhias brasileiras também deu um salto. O Brasil e executivos brasileiros comandam hoje a maior cervejaria do mundo e uma das cinco maiores em produtos de consumo – a Anheuser-Busch InBev –, a maior fornecedora de produtos de proteína animal – a JBS –, e a maior produtora global de suco de laranja, formada em 2011 após a fusão entre Citrovita e da Citrosuco, apenas para dar alguns exemplos. Outros pesos-pesados, www.analise.com


paulo santos/agência vale

Planta da Alunorte no Pará: a competitividade dos produtos brasileiros no exterior passa por melhorias em logística e regulação interna

como a siderúrgica Gerdau, já contam com mais de metade da sua receita e de seus ativos no exterior. O país também se tornou líder tecnológico em alguns setores-chave, como a produção de biocombustíveis e de veículos com motores bicombustíveis, e é um dos mercados mais promissores para a próxima década quando o assunto é o avanço do consumo pela melhora da renda da população. Ou seja, multinacionais que estão sofrendo na Europa e nos Estados Unidos devem voltar mais recursos para cá. As conquistas do país vieram acompanhadas de mudanças no cenário internacional. Em 2008 havia ainda uma esperança de que negociações, como a Rodada de Doha da OMC ou acordos bilaterais pudessem alavancar o comércio brasileiro. Agora, a perspectiva é que essas discussões estão mortas e www.analise.com

enterradas, e a concorrência no mercado global só vai crescer. Analisando o avanço brasileiro de 2008 a 2011 é seguro dizer que o balanço é positivo. E – se possível – o óbvio citado por Oinegue ficou ainda mais óbvio. A única maneira de o Brasil ampliar sua competitividade e seguir conquistando novos mercados é investindo para arrumar a casa. No campo da infraestrutura de logística, alguns passos já foram dados, como o novo plano de investimentos nas ferrovias e as primeiras licitações para a concessão de aeroportos. Entenda o que está sendo feito e o que ainda precisa sair do papel a partir da página 173, em uma seção especial que analisa, em detalhes, a malha brasileira. O aumento de incentivos para a inovação no setor produtivo também é fundamental para que companhias bra-

sileiras possam ocupar mais e melhor o seu espaço no mundo. Os obstáculos e os bons exemplos de quem investe em pesquisa e desenvolvimento no país estão sendo tratados a partir da página 20, em uma reportagem especial. Além disso, esta sétima edição de ANÁLISE BRASIL GLOBAL continua trazendo o mais completo panorama da atuação do país no mercado mundial. As maiores empresas exportadoras estão ficando cada vez maiores: veja a partir da página 52 a lista de quem mais exporta e o avanço do processo de internacionalização das companhias. Um panorama detalhado do crescimento da atuação brasileira nos mercados da Ásia, do Oriente Médio e da África pode ser consultado a partir da página 63, e a análise exclusiva da pauta de exportações brasileiras por produto está na página 111. Boa leitura!  0 BRASIL GLOBAL

11


colaboradores

Os colaboradores da edição A produção de ANÁLISE BRASIL GLOBAL contou com a contribuição de dezenas de profissionais. Por sua disposição em compartilhar seu conhecimento e nos ajudar a produzir esta edição, deixamos nossos sinceros agradecimentos Airton Santos, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); Albertino de Oliveira e Silva, superintendente da Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (Ahimor); Alberto Alzueta, presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira de São Paulo (Camarbra); Alejandro Jara, diretor-geral adjunto da Organização Mundial de Comércio (OMC); Alessandro Pinheiro, gerente da Pesquisa de Inovação (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Alexandre Soares da Silva, assessor de imprensa Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp); Alvaro Augusto W. de Almeida, professor de Engenharia Elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); André Torres, consultor de mercados na Agência de Promoção e Investimento da Coreia do Sul, Kotra, Embaixada da Coreia do Sul no Brasil; Benjamin Sicsú, vice-presidente de novos negócios da Samsung; Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, almirante, vicepresidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde); Charles Tang, presidente da Câmara Brasil-China (CCIBC); Cláudio Patrick Vollers, diretor-geral da Bauen Plásticos; Cristine Barreto, gerente de comunicação interna da MRS Logística; Eduardo Wanick, presidente da DuPont América Latina; Fabio Castelo Branco, administração da Hidrovia do Paraná (Ahrana); Fabio Martins Faria, vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB); Frank Lavin, ex-secretário de Comércio Exterior dos Estados Unidos; Gennaro Oddone, diretor presidente da Tegma, empresa do grupo Cisa Trading; Gilmar Masiero, especialista em internacionalização de empresas brasileiras e professor da Universidade de São Paulo (USP); Hérica Righi, professora do núcleo Bradesco de Inovação da Fundação Dom Cabral (FDC); Isabel Sousa, analista de comu16

BRASIL GLOBAL

nicação da DuPont; Jair Paula de Souza Junior, gerente de gestão estratégica da Mineração Caraíba; Jorge Py Velloso, vice-presidente sênior da Forjas Taurus; José de Freitas Mascarenhas, presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e membro do Conselho de Administração da Braskem; José Wanderley Scucuglia, diretor-executivo da Nastek Indústria e Tecnologia; Leduar Guedes de Lima, diretor-técnico do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe); Linney Gatto, assessora de comunicação da DuPont; Lívia Barakat, professora e pesquisadora do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral (FDC); Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança; Luiz Gerbase, presidente da Altus; Luiz Teixeira, presidente da IACIT; Marcos Dillenburg, diretor de tecnologia da Novus; Marcos Silveira, diretor presidente da Pelenova Biotecnologia; Maurício Aveiro, presidente da OrbiSat; Mauro Salgado, diretor da Santos Brasil, presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop); Michel Abdo Alaby, diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB); Naldo Dantas, secretário-executivo da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei); Paulo Renato Jotz, diretor de marketing da AEL Sistemas; Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral (FDC); Petras Amaral Santos, gerente de design da Marcopolo; Rafael Navarro, gestor de planejamento estratégico de inovação corporativa da Braskem; Raquel Matrone, executiva de conta da Fundação Dom Cabral (FDC); Régis Vargas, assessor de imprensa da Castertech; Renata Firace, assessora de imprensa da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham Brasil); Renato Peng, gerente executivo da Castertech; Ricardo Magnani, gerente de projetos da Associação Nacional

de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei); Ricardo Pires Thomé, gerente de cadastramento e credenciamento de Armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Ricardo Vellutini, presidente da DuPont Brasil; Roberto Nicolsky, diretor-geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec); Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex); Ronaldo Galletti, gerente da Lean Enterprise; Salim Taufic Schahin, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), Samar Razzak, assessor chefe da administração dos Portos de Paranaguá e Antonina; Selma Bellini, assessora de imprensa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip); Sergio Goldbaum, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em conflitos em comércio internacional; Sérgio Queiroz, professor associado do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da agência de inovação Inova Unicamp, Sérgio Teixeira Dias Junior, professor de comércio exterior da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC); Silvia Goulart, assessora de imprensa da Samarco; Silvio Andrade, assistente administrativo da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar); Silvio Farnese, coordenador-geral de cereais e culturas anuais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Sylvia Mie, assessora de comunicação da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei); Thomas Connelly Jr, vice-presidente executivo e diretor de inovação da DuPont; Victoria Brady, vice-presidente de tecnologia e inovação da DuPont para a América Latina; Wagner Cardoso, secretário executivo e gerente de infraestrutura da Unidade de Competitividade Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI).  0 www.analise.com


A ANÁLISE EDITORIAL FALA COM QUEM FAZ O BRASIL CRESCER

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Conselho editorial Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio e Alexandre Secco

Diretora-presidente Silvana Quaglio

1.500 Empresas

A

s companhias brasileiras e seus executivos são as principais fontes de informação consultadas pela Análise Editorial em seus projetos. Com a meta de produzir conteúdo que analisa, explica e apresenta conclusões a respeito do Brasil, criamos Análise 1.500 Empresas. Um banco de dados constantemente atualizado e resultado de um esforço editorial para representar a economia brasileira de forma abrangente e criteriosa. Esse grupo de empresas inclui

as maiores companhias do país por receita líquida e as principais instituições financeiras: bancos, seguradoras, corretoras e companhias de crédito. Além disso, o conjunto de entidades consultadas agrega segmentos da economia que movimentam um volume financeiro menor, mas possuem uma perspectiva e opinião extremamente relevantes para entender o país. Alguns exemplos são universidades, ONGs, entidades beneficentes, institutos de pesquisa, hospitais, agências de publicidade e propaganda, e auditores. Essas empresas e entidades foram selecionadas criteriosamente pela equipe da Análise Editorial com o objetivo de retratar a elite dos administradores e empreendedores que atuam no país e suas companhias. A Análise Editorial fala com um universo de pessoas que enfrentam diariamente o desafio de crescer e melhorar. O resultado é uma visão única do Brasil e seu lugar no mundo.

Diretor de conteúdo Alexandre Secco

Diretor comercial Alexandre Raciskas Rua Major Quedinho, 111, 16° andar CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 Fax (55 11) 3201-2310 contato@analise.com

www.analise.com A n u á rio

BRASIL GLOBAL PUBLISHER Silvana Quaglio EDITOR Alexandre Secco Editor executivo: Gabriel Attuy Gerente de pesquisa e distribuição: Ligia Donatelli Coordenadores de conteúdo: Vinicius Cherobino e Vivian Stychnicki Coordenadora de pesquisa: Valquíria Oliveira Coordenadora de distribuição: Juliane Almeida Coordenador de arte: Cesar Habert Paciornik Equipe de conteúdo: Abrahão de Oliveira, Bruna Abjon, Carlos Larios, Patrícia Silva e Sumaya Oliveira Equipe de pesquisa: Adrieli Garzim, Alberto Barbosa, Ana Carolina Marquez, Ana Claudia Coelho, Anna Carolina Romano, Bianca Barros, Claudia Barbosa, Daniela Trindade, Danilo Souza, Ellen Lopes, Fernanda Chiarato, Giulia Listo, Iuri Salles, Jessica Cidrao, Juliana Colognesi, Lucas Rodrigues, Nathalia Bianchi, Paula Moreira, Paulo Andrade, Raquel Aderne, Rebeca Rodrigues, Ricardo Borges, Santiago Boyayan, Taiane Silva, Tais Souza, Thaís Bueno, Vinícius Oliveira, Yasmin Gomes e Yuri Damacena Designers: Bruna Pais, Danilo Pasa e Régis Schwert Coordenador de TI: Cristiano Carlos da Silva Equipe de TI: Felipe Cavalieri e Leandro Akira Colaborador: Eduardo Belo Revisão: Mary Ferrarini Tradução: Sogl Traduções Publicidade/Gerentes de negócios: Alessandra Soares e Márcia Pires Assistente: Felipe Ricelle

O peso das 1.500

Atendimento e apoio administrativo: Fábio Lopes, Giseli Monteiro

fatia do pib do brasil

Por atuação Agroindústria

9% 62%

Comércio

9%

Indústria

38%

18

BRASIL GLOBAL

Auditoria

Serviços

44%

ISSN 1808-9240

Tiragem: 35.000 Impressão: IBEP Gráfica Impresso em julho de 2012 Operação em Bancas: Assessoria: EdiCase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas: FC Comercial e Distribuidora S/A Manuseio: FG Press www.fgpress. com.br Distribuição Dirigida: Door to Door www.d2d.com.br

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ESPECIAL

Inovar para

SOBREVIVER NO MERCADO GLOBAL Após duas décadas de investimentos abaixo da média, o Brasil e as suas empresas precisam alcançar um novo patamar de inovação para não perder espaço no mercado Eduardo Belo com reportagem de Vivian Stychnicki e Juliana Colognesi

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BRASIL GLOBAL

escritor irlandês George Bernard Shaw disse que “o homem razoável adapta-se ao mundo; o irrazoável persiste em tentar adaptar o mundo a si. Portanto, todo o progresso depende do homem irrazoável”. Shaw, que viveu até 1950, certamente não estava se referindo ao ambiente de negócios globalizado do mundo moderno, mas a sua ideia remete a um dos pilares do desenvolvimento industrial: para progredir é necessário ser irrazoável, sair do convencional e inovar. É um consenso entre empresários, acadêmicos, órgãos governamentais e centenas de estudos e levantamentos que as companhias inovadoras são as que conseguem melhores resultados. Elas também são aquelas que tem mais chances de resistir quando o ambiente econômico não é favorável, e a se saírem melhor que seus concorrentes na disputa por novos mercados. É importante deixar claro que a inovação que fortalece os negócios não é apenas aquela que cria produtos ou tecnologias. Muitas das ideias que impulsionam empresas são o que

especialistas chamam de incrementais. Ou seja, são desenvolvimentos que melhoram conceitos já existentes, resultam em ganho de eficiência nos processos de produção e reduzem custos, aumentando a produtividade. As inovações também não são necessariamente dependentes de grandes investimentos. Um exemplo é o da Rexam Beverage Can South America (leia mais sobre a empresa na pág. 30), que reduziu pela metade o tempo de rotulagem de latas de alumínio na sua fábrica de Brasília (DF) com um aporte inicial de apenas oito mil reais. Nesta reportagem especial da sétima edição de ANÁLISE BRASIL GLOBAL vamos analisar como as empresas brasileiras inovam, qual o papel do governo nesse processo e explicar como funcionam alguns dos modelos de financiamento pelo mundo. Se é necessário inovar para se manter no mercado, o Brasil tem pela frente um grande desafio: ampliar significativamente o empenho do setor privado e os incentivos oficiais para alcançar um novo patamar. Segundo entidades e empresas consultadas pela Análise Editorial, para alcançar essa meta será necessário um esforço para ampliar www.analise.com


Steve Marcus/REUTERS

ESPECIAL

Demonstração do Windows 8 nos Estados Unidos: Brasil investe 1,1% do PIB em inovação tecnológica; média mundial está em 2,4%

em até 30 vezes os atuais índices de inovação – e mais do que duplicar o valor que o país gasta para chegar lá. Desde que a indústria brasileira se abriu à competição internacional, no início da década de 1990, o investimento local em inovação e pesquisa e desenvolvimento (P&D) foi pequeno na comparação com os principais mercados mundiais. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que, enquanto países membros da entidade gastam, em média, 2,4% de seu PIB com inovação – chegando a 3,4% no Japão e 2,7% nos Estados Unidos –, o Brasil aplica 1,1%. Em 2011, a taxa foi equivalente a 23 bilhões de dólares. A China, nosso maior parceiro comerwww.analise.com

cial, investiu 1,5% do seu PIB, ou 112 bilhões de dólares no mesmo ano. Duas décadas de aportes abaixo do ideal colocaram o país em uma posição de desvantagem. Um dos principais indicadores é o crescente déficit da balança comercial de produtos tecnológicos. Um estudo da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) - organização composta de federações e associações setoriais nacionais - indica que em 2011 o saldo negativo foi de 105 bilhões de dólares, 24% maior que no ano anterior, e chegou a 4,2% do PIB – quase quatro vezes o que o país investe em inovação. Em 2006, o déficit era de 21 bilhões de dólares. Segundo os dados da Protec, ano após ano, o déficit avança nos

setores de alta, média e até de médiabaixa tecnologia, como as indústrias de plásticos, naval, siderurgia e de produtos mecânicos. Apenas o grupo de produtos de baixa tecnologia, como têxteis, calçados, alimentos e bebidas, permanecem com o saldo positivo. Para interpretar os dados adequadamente é preciso dar um passo atrás e analisar a economia brasileira nos anos 1980 e 1990. As nações que colheram os benefícios econômicos de um setor industrial inovador a partir do início do século 21 começaram a incentivar o seu parque produtor décadas antes. Até meados de 1990, o Brasil tinha outras prioridades, ainda lidava com uma economia instável e era extremamente dependente de capital externo. BRASIL GLOBAL

21


destaques

o destino das exportações do brasil

europa

53 américa do norte

33

bilhões de US$

As exportações brasileiras para os parceiros do Mercosul cresceram 23% em 2011 para 28 bilhões de dólares. Os produtos industrializados responderam por 25,6 bilhões de dólares, 92% de tudo que foi vendido para o bloco.

américa do Sul e central

57 32

BRASIL GLOBAL

bilhões de US$

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bilhões de US$


destaques

O quadro indica o total de exportação do Brasil por região do globo em 2011. Nas próximas páginas confira a análise das vendas para os 57 principais parceiros comerciais do ano

ásia e oceania

81

bilhões de US$

áfrica e oriente médio

19

bilhões de US$

A China respondeu por 57% de todas as exportações para a Ásia e 17% das vendas globais do Brasil. Minério de ferro, soja e petróleo somados representaram 83% das compras do parceiro em 2011. Fotos: Jonas Oliveira/FolhaPress

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BRASIL GLOBAL

33


Agência Vale/DIVULGAÇãO

empresas

Vale e Petrobras são 25% do que o Brasil exporta Foram 303 as empresas que exportaram mais 100 milhões de dólares em 2011, 20% mais do que no ano anterior English version page 213

40

BRASIL GLOBAL

A

Vale manteve sua posição no topo da lista das maiores companhias exportadoras pela segunda vez consecutiva em 2011. No ano, a empresa exportou 35 bilhões de dólares, 44% a mais do que em 2010, e ampliou ainda mais sua distância em relação à Petrobras, que ocupou a primeira posição entre 2002 a 2009. A vantagem da mineradora cresceu em 5,8 bilhões de dólares, para chegar a um total de 11,7

bilhões de dólares em relação à petrolífera estatal. Considerando os maiores grupos empresariais brasileiros a Vale – que conta com sete companhias entre as 249 maiores exportadoras do ano – também continuou na frente. Líder desde 2009, as várias empresas do grupo exportaram, juntas, 41 bilhões de dólares, avanço de 42%. Com o resultado, o conglomerado passou a representar uma fatia de 16% do total das exportações no Brasil, avanço de www.analise.com


Empresas

Mina da Vale, no Terminal Marítimo Ponta da Madeira, no Maranhão: a empresa foi a maior exportadora do Brasil pelo segundo ano consecutivo

2 pontos percentuais sobre 2010. Albras, Hispanobrás, Mineração Corumbaense Reunida (MCR), Mineração Rio do Norte (MRN), Samarco e Vale Manganês, além da matriz Vale, são as empresas do grupo que figuram entre as maiores exportadoras de 2011. O preço do minério de ferro avançou 14% no ano sobre os já altos patamares registrados em 2010, ficando com valor médio de 136 dólares por tonelada métrica, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). www.analise.com

Considerando apenas os primeiros nove meses de 2011, a alta foi ainda mais agressiva, e chegou a 25% com o valor médio da tonelada métrica em 177 dólares. A Vale aproveitou a conjuntura global extremamente favorável dos últimos anos e, entre 2009 e 2011, quase dobrou sua participação no total das exportações brasileiras em valor, de 7% para 13,5%. A companhia foi a quinta empresa mais lucrativa das Américas em 2011, com resultado de 20,2 bilhões de dólares, atrás apenas das norte-americanas Exxon Mobil, Apple, Chevron Texaco e Microsoft. A Petrobras viu suas exportações subir 26% e totalizar 22,9 bilhões de dólares. Com o resultado, a estatal continuou como a segunda maior exportadora, posição que ocupa desde 2010. A subida da faixa do preço do petróleo, que cresceu 32% no mercado internacional para 111 dólares por barril, garantiu os bons números da empresa, mas não foi o suficiente para impedir o aumento da distância da Vale. A estatal se manteve como o segundo maior grupo empresarial exportador. As vendas da matriz somadas à Petrobras Distribuidora e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) somaram 24 bilhões de dólares, alta de 26% sobre o ano anterior, e 9,5% das exportações totais brasileiras no ano. O aumento de 33% nas importações do grupo significou um aprofundamento no déficit de toda Petrobras, que triplicou para chegar aos oito bilhões de dólares no ano. Juntos, os dois grupos empresariais venderam mais de 65 bilhões de dólares, o equivalente 1/4 do total de exportações brasileiras em 2011 e 36% mais do que no ano anterior. Nas posições seguintes ficaram a Bunge Alimentos, com vendas de 6,5 bilhões de dólares e 52% de avanço, seguida pela Samarco Mineração – subsidiária da Vale – com 4,2 bilhões de dólares e 31% de alta, e a Embraer, que ficou estagnada ao exportar 4,2 bilhões de dólares e acabou perdendo uma posição no ano, caindo para o quinto lugar do ranking. Combinadas, as cinco maiores exportadoras representaram 29% do total vendido pelo Brasil em 2011, o que indica a continuação da tendência de concentração

Maiores por origem do capital Exportadoras capital brasileiro Exportações US$ mi

11

10

VALE

34.653

PETROBRAS

22.912

SAMARCO MINERAÇÃO

4.215

EMBRAER

4.209

BRASKEM

2.836

SADIA

2.628

7º 10º

JBS

2.552

BRASIL FOODS (BRF)

2.320

10º 11º

COPERSUCAR

2.181

CIA. BRAS. MET. E MINERAÇÃO

1.885

Exportadoras capital estrangeiro Exportações US$ mi

11

10

BUNGE ALIMENTOS

CARGILL AGRÍCOLA

4.024

ADM DO BRASIL

3.338

6.539

LOUIS DREYFUS BRASIL

2.620

5º 95º

THYSSENKRUPP CSA

2.129

ARCELORMITTAL BRASIL

1.976

VOLKSWAGEN DO BRASIL

1.946

GENERAL MOTORS DO BRASIL

1.857

9º 12º 10º 14º

CATERPILLAR BRASIL

1.819

seara

1.659

das exportações em um número cada vez menor de empresas. Em 2005, as cinco maiores responderam por 16% das vendas. Entre os grupos empresariais, a Bunge superou a Brasil Foods em 2011 e passou a ocupar a terceira posição entre os maiores grupos, recuperando a colocação perdida no ano anterior. O grupo agroindustrial vendeu 6,5 bilhões de dólares, o que representa um avanço de 49% sobre 2010. A Brasil Foods avançou 12% no ano e exportou 4,9 bilhões de dólares. O grupo de capital francês Louis Dreyfus manteve a quinta posição conquistada no ano anterior com vendas de 3,8 bilhões de dólares e crescimento de 36%. BRASIL GLOBAL

41


Empresas Companies

exportadoras por setor EXPORTERS BY SECTOR Os quadros listam os principais setores de exportação, suas maiores empresas e a movimentação no ranking em relação a 2011 The tables list the main exporters sectors, the biggest companies and their performance in the ranking compared to 2011 Agroindústria  Agribusiness 11

10

Sid. e metalurgia  Steel and metallurgy

Exportação Exports U$$ mi

11

11

Exportação Exports U$$ mi

10

1

1 BUNGE ALIMENTOS

6.539

1

- THYSSENKRUPP CSA

2.129

1

1 BRASKEM PETROQuímica

2

2 CARGILL AGRÍCOLA

4.024

2

1 ARCELORMITTAL BRASIL

1.976

2

- ALCOA ALUMINA BRASIL

442

3

3 ADM DO BRASIL

3.338

3

- CBMM

1.885

3

2 BASF

414

4

4 SADIA

2.628

4

4 GERDAU AÇOMINAS

1.449

4

3 RHODIA

380

5

7 LOUIS DREYFUS BRASIL

2.620

5

7 CSN

1.002

5

5 QUATTOR PETROQUÍMICA

309

6

8 JBS

2.552

6

5 ALBRAS

964

6

4 LANXESS DO BRASIL

246

7

5 BRASIL FOODS (BRF)

2.320

7

3 USIMINAS

817

7

9 CIA BRA. DE ESTIRENO

190

8

6 COPERSUCAR

2.181

8

391

8

6 SYNGENTA

189

1.659

9

- GERDAU

298

9

8 RECOFARMA

153

1.374

10

- CLAREX

286

10

- Rio Polímeros

139

9 10

10 SEARA ALIMENTOS - NOBLE BRASIL

Mineração  Mining 11

10

10 WELLSTREAM DO BRASIL

Veículos e peças  Autos and parts

3.125

Máq. e equipamentos  Machinery and equip.

Exportação Exports U$$ mi

11

34.653

1

1 VOLKSWAGEN DO BRASIL

1.946

1

1 WEG EQUIP. ELÉTRICOS

783 295

10

Exportação Exports U$$ mi

11

Exportação Exports U$$ mi

10

1

1 VALE

2

2 SAMARCO MINERAÇÃO

4.215

2

3 GENERAL MOTORS DO BRASIL                 1.857

2

7 FMC TECHNOLOGIES

3

4 NAMISA

1.525

3

6 CATERPILLAR BRASIL

1.819

3

4 THYSSENKRUPP METALÚRGICA                       259

4

3 ALUNORTE

1.432

4

5 FIAT

1.653

4

2 FLEXIBRÁS

244

5

5 KINROSS BRASIL MINERAÇÃO

702

5

4 FORD BRASIL

1.537

5

3 TECSIS

232

6

6 MINERAÇÃO MARACÁ

692

6

2 MERCEDES-BENZ DO BRASIL                                 1.303

6

6 STIHL FERRAMENTAS

202

7

7 ANGLOGOLD ASHANTI

552

7

7 RENAULT DO BRASIL

1.106

7

5 TECUMSEH DO BRASIL

152

8

10 ANGLO FERROUS AMAPÁ

495

8

9 SCANIA LATIN AMERICA

985

8

- KOMATSU DO BRASIL

147

9

8 VOTORANTIM M. NÍQUEL

467

9

8 TOYOTA DO BRASIL

704

9

8 EATON

146

- MCR

379

10

579

10

9 metso

136

10

11

10

10 VOLVO DO BRASIL

Papel e celulose  Paper and pulp

Combustíveis  Fuel Exportação Exports U$$ mi

11

22.912

1

1 FIBRIA CELULOSE

10

Eletroeletrônicos  Electronics

Exportação Exports U$$ mi

11

Exportação Exports U$$ mi

1.763

1

1 WHIRLPOOL

620

10

1

1 PETROBRAS

2

- RAÍZEN

1.793

2

2 SUZANO PAPEL E CELULOSE                                     1.392

2

2 BOSCH

564

3

- RAÍZEN COMBUSTíVEIS

1.623

3

3 CENIBRA

663

3

- ERICSSON TELECOM.

269

4

4 CHEVRON BRASIL

1.326

4

5 VERACEL CELULOSE

492

4

6 FLEXTRONICS INT. TEC.

260

5

3 PETROBRAS DISTRIBUIDORA                                  1.218

5

6 KLABIN

450

5

4 MOTOROLA

248

6

2 SHELL BRASIL

1.072

6

- FIBRIA-MS

421

-

-

7

7 FRADE JAPÃO PETRÓLEO

433

7

7 BAHIA SPECIALTY CELLULOSE                                       375

-

-

8 9 10

46

10

Químicos  Chemicals

Exportação Exports U$$ mi

10 ONGC CAMPOS

411

8

4 INTERNATIONAL PAPER BRASIL                     294

-

-

- STATOIL BRASIL

373

9

- INTERNATIONAL PAPER EXPORT.        226

-

-

9 REPSOL DO BRASIL

245

10

8 JARI CELULOSE

-

-

BRASIL GLOBAL

187

www.analise.com


BILINGUAL CONTENT

ENGLISH AND PORTUGUESE

importadoras por setor IMPORTERS BY SECTOR Os quadros listam os principais setores de importação, suas maiores empresas e a movimentação no ranking em relação a 2011 The tables list the main importers sectors, the biggest companies and their performance in the ranking compared to 2011 Combustíveis  Fuel 11

10

Eletroeletrônicos  Electronics

Importação Imports US$mi

11

30.470

1

1 SAMSUNG DA AMazônia

1

1 PETROBRAS

2

2 REFAP

2.184

2

3

4 UNIVEN REF. DE PETRÓLEO                                                                  222

4

10

Farmacêuticos  Pharmaceuticals

Importação Imports US$mi

11

Importação Imports US$mi

10

3.003

1

1 ROCHE FARMACÊUTICA

787

5 FLEXTRONICS

835

2

2 NOVARTIS

596

3

9 MOTOROLA

833

3

5 ABBOTT LAB. DO BRASIL

432

6 COSAN COMBUSTÍVEIS E LUB.                                        213

4

2 LG ELECTRONICS DA AM.

829

4

4 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ                                                                 401

5

- SCHLUMBERGER

5

3 LG ELECTRONICS

789

5

7 SANOFI-AVENTIS FARMACÊUTICA                325

-

-

6

4 NOKIA DO BR. TECNOLOGIA                                                                   770

6

6 ASTRAZENECA DO BRASIL

283

-

-

7

7 SONY BRASIL

646

7

8 MERCK

234

-

-

8

8 BOSCH

573

8

9 PFIZER

234

-

-

9

6 PHILIPS DO BRASIL

552

9

- ELI LILLY DO BRASIL

231

-

-

10

- ERICSSON

415

10

- ROCHE DIAGN. BRASIL

209

145

Veículos e peças  Autos and parts 11

Comércio exterior  International trade

Importação Imports US$mi

10

11

10

Indústria aeronáutica  Aircraft industry

Importação Imports US$mi

11

Importação Imports US$mi

10

1

1 VOLKSWAGEN DO BRASIL

2.236

1

1 CISA TRADING

3.141

1

1 EMBRAER

2.775

2

2 CAOA

2.012

2

2 COTIA VITÓRIA

1.368

2

2 GE CELMA

866

3

4 FORD BRASIL

1.816

3

4 BRAZIL TRADING

961

-

-

4

3 TOYOTA DO BRASIL

1.741

4

3 COPER TRADING

903

-

-

5

6 FIAT

1.590

5

6 SERTRADING

619

-

-

6

9 RENAULT DO BRASIL

1.465

6

8 COLUMBIA TRADING

588

-

-

7

8 PEUGEOT-CITRÖEN DO BRASIL              1.394

7

5 TROP COM. EXTERIOR

582

-

-

8

5 MERCEDES-BENZ DO BRASIL                                 1.327

8

431

-

-

9

7 HONDA DO BRASIL

999

9

9 FIRST

363

-

-

994

10

- KOMPORT

327

-

-

10

10 CATERPILLAR BRASIL

Químicos  Chemicals 11

10

10 SAINTE MARIE

Sid. e metalurgia  Steel and metallurgy

Importação Imports US$mi

11

10

Importação Imports US$mi

Informática  IT equipment 11

Importação Imports US$mi

10

1

1 BRASKEM

2.569

1

3 ARCELORMITTAL BRASIL

1.564

1

1 DELL DO BRASIL

2

5 BUNGE FERTILIZANTES

1.379

2

4 PARANAPANEMA

1.219

2

3 POSITIVO INFORMÁTICA

471

3

3 SYNGENTA

1.351

3

1 USIMINAS

1.175

3

2 ENVISION

460

4

6 FERTILIZANTES HERINGER

1.236

4

5 CSN

1.145

4

- HP BRASIL

292

5

9 MOSAIC FERTILIZANTES DO BR.              1.146

5

2 THYSSENKRUPP CSA

1.021

5

6 ITAUTEC

219

6

2 BASF

1.078

6

6 GERDAU AÇOMINAS

666

6

- DIGITRON DA AMAZÔNIA

174

7

7 YARA BRASIL

998

7

7 COIMPA INDUSTRIAL

512

7

4 SMART MODULAR TEC.

148

8

4 BAYER

958

8

- VALLOUREC & SUMITOMO

461

8

7 DIGIBRÁS IND. DO BRASIL

146

9

8 DU PONT DO BRASIL

707

9

8 AÇO CEARENSE INDUSTRIAL                                                        255

9

8 IBM BRASIL

122

420

10

- UNIGAL USIMINAS

-

-

10

10 DOW BRASIL

www.analise.com

211

BRASIL GLOBAL

685

47


maiores EXPORTADORAS Exporter ranking Sede

exporters 1 — 50

exportadoras

RK 2011     2010

Sector

Exportação Exports

US$ mi

1

1 VALE

RJ

BRA

Mineração  Mining

34.653

2

2 PETROBRAS

RJ

BRA

Combustíveis  Fuel

3

3 BUNGE ALIMENTOS

SC

BMU

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

4

5 SAMARCO MINERAÇÃO

MG BRA

5

4 EMBRAER

SP

6

6 CARGILL AGRÍCOLA

7

7 ADM DO BRASIL

Variação Change

10/11

Participação Brasil Brazil share

44%

13,53%

22.912

26%

8,95%

6.539

52%

2,55%

Mineração  Mining

4.215

31%

1,65%

BRA

Indústria aeronáutica  Aircraft industry

4.209

1%

1,64%

SP

USA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

4.024

33%

1,57%

SP

USA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

3.338

27%

1,30%

8

8 BRASKEM

SP

BRA

Químicos  Chemicals

2.836

15%

1,11%

9

9 SADIA

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

2.628

15%

1,03%

10

16 LOUIS DREYFUS BRASIL

SP

FRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

2.620

49%

1,02%

11

17 JBS

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

2.552

47%

1,00%

12

10 BRASIL FOODS (BRF)

SC

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

2.320

9%

0,91%

13

14 COPERSUCAR

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

2.181

34%

0,85%

14 174 THYSSENKRUPP CSA

RJ

DEU

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

2.129

1253%

0,83%

15

12 ARCELORMITTAL BRASIL

MG LUX

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

1.976

(-3%)

0,77%

16

15 VOLKSWAGEN DO BRASIL

SP

Veículos e peças  Autos and parts

1.946

11%

0,76%

17

19 CIA. BRAS. DE METALURGIA E MINERAÇÃO

MG BRA

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

1.885

22%

0,74% 0,73%

DEU

18

20 GENERAL MOTORS DO BRASIL

SP

USA

Veículos e peças  Autos and parts

1.857

27%

19

26 CATERPILLAR BRASIL

SP

USA

Veículos e peças  Autos and parts

1.819

68%

0,71%

20

37 RAÍZEN

SP

BRA

Combustíveis  Fuel

1.793

149%

0,70%

21

11 FIBRIA CELULOSE

SP

BRA

Papel e celulose  Paper and pulp

1.763

12%

0,69%

22

29 SEARA ALIMENTOS

SC

BMU

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

1.659

56%

0,65%

23

24 FIAT

MG ITA

Veículos e peças  Autos and parts

1.653

35%

0,65%

24

42 RAÍZEN COMBUSTíVEIS

SP

BRA

Combustíveis  Fuel

1.623

(-16%)

0,63%

25

21 FORD BRASIL

SP

USA

Veículos e peças  Autos and parts

1.537

14%

0,60%

26

31 NACIONAL MINÉRIOS (NAMISA)

MG BRA

Mineração  Mining

1.525

52%

0,60%

27

30 GERDAU AÇOMINAS

MG BRA

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

1.449

42%

0,57%

28

22 ALUNORTE

PA

BRA

Mineração  Mining

1.432

10%

0,56%

29

23 SUZANO PAPEL E CELULOSE

SP

BRA

Papel e celulose  Paper and pulp

1.392

12%

0,54%

30

34 NOBLE BRASIL

SP

HKG

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

1.374

61%

0,54%

31

54 CHEVRON BRASIL

RJ

EUA

Combustíveis  Fuel

1.326

126%

0,52%

32

18 MERCEDES-BENZ DO BRASIL

SP

DEU

Veículos e peças  Autos and parts

1.303

(-16%)

0,51%

33

28 AMAGGI EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

1.279

20%

0,50%

34

36 PETROBRAS DISTRIBUIDORA

RJ

BRA

Combustíveis  Fuel

1.218

51%

0,48%

35

40 COAMO

PR

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

1.129

46%

0,44%

36

27 RENAULT DO BRASIL

PR

FRA

Veículos e peças  Autos and parts

1.106

4%

0,43%

37

13 SHELL BRASIL

RJ

NLD-GBR

Combustíveis  Fuel

1.072

-

0,42%

38

32 MINERVA

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

1.043

4%

0,41%

RJ

FRA-SGP

Plataformas Marítimas  Offshore Platforms

1.043

-

0,41%

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

1.028

33%

0,40%

1.002

67%

0,39%

985

76%

0,38%

39 40

52

Setor

HQ

- FSTP BRASIL 41 SUCOCíTRICO CUTRALE

41

53 COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL (CSN)

RJ

BRA

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

42

58 SCANIA LATIN AMERICA

SP

SWE

Veículos e peças  Autos and parts

43

33 ALBRAS

PA

BRA-JPN

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

964

7%

0,38%

44

49 PARANAPANEMA

BA

BRA

Metalurgia  Steel and metallurgy

954

48%

0,37%

45

46 BIANCHINI

RS

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

940

39%

0,37%

46

38 MARFRIG FRIGORÍFICOS

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

929

19%

0,36%

47

48 NIDERA SEMENTES

SP

NLD

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

897

34%

0,35%

48

45 USINA DE AÇÚCAR SANTA TEREZINHA

PR

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

858

26%

0,34%

49

25 USIMINAS

MG BRA-JPN

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

817

(-27%)

0,32%

50

39 LDC-SEV BIOENERGIA

SP

Agroindústria  Agribusiness

798

5%

0,31%

BRASIL GLOBAL

FRA

www.analise.com


BILINGUAL CONTENT

ENGLISH AND PORTUGUESE

Sede

RK 2011     2010

51

Setor

HQ

55 WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Sector

SC

BRA

Exportação Exports

US$ mi

Variação Change

10/11

Participação Brasil

Brazil share

Máquinas e equipamentos  Machinery and equip

783

34%

0,31%

52

35 MULTIGRAIN

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

743

(-9%)

0,29%

53

83 COOP. CAFEICULTORES EM GUAXUPÉ

MG BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

736

111%

0,29%

54

44 TOYOTA DO BRASIL

SP

Veículos e peças  Autos and parts

704

2%

0,27%

55

56 KINROSS BRASIL MINERAÇÃO

MG CAN

Mineração  Mining

702

22%

0,27%

56

62 MINERAÇÃO MARACÁ

GO

BRA-CAN

Mineração  Mining

692

37%

0,27%

57

61 PIRELLI

SP

ITA

Borracha  Rubber

691

32%

0,27%

58

43 CELULOSE NIPO BRASILEIRA (CENIBRA)

0,26%

JPN

MG JPN

Papel e celulose  Paper and pulp

663

(-7%)

59 111 TERRA FORTE CAFÉ

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

653

145%

0,25%

60

59 SOUZA CRUZ

RJ

GBR

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

647

20%

0,25%

61

57 FISCHER AGROINDÚSTRIA

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

621

11%

0,24%

62

47 WHIRLPOOL

SP

USA

Eletroeletrônicos  Eletronics

620

(-8%)

0,24%

63

79 CHS DO BRASIL

SP

USA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

606

66%

0,24%

64

67 SUCDEN DO BRASIL

SP

FRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

591

27%

0,23%

52 DOUX FRANGOSUL

RS

FRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

590

(-4%)

0,23%

65 VOLVO DO BRASIL

PR

SWE

Veículos e peças  Autos and parts

579

23%

0,23%

67

70 TUPY

SC

BRA

Metalurgia  Steel and metallurgy

568

31%

0,22%

68

63 BOSCH

SP

DEU

Eletroeletrônicos  Eletronics

564

14%

0,22%

69

73 ANGLOGOLD ASHANTI CÓRREGO DO SÍTIO

MG ZAF

Mineração  Mining

552

128%

0,22%

70

82 COPERTRADING

AL

BRA

Comércio exterior  International trade

542

54%

0,21%

71

68 CARAMURU ALIMENTOS

GO

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

516

13%

0,20%

72

96 AJINOMOTO DO BRASIL

JPN

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

513

66%

0,20%

SP

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

507

384%

0,20%

74 110 ANGLO FERROUS AMAPÁ MINERAÇÃO

AP

ZAF

Mineração  Mining

495

83%

0,19%

SP

BR-FI-SE

Papel e celulose  Paper and pulp

492

11%

0,19% 0,19%

75

69 VERACEL CELULOSE

76

80 PEUGEOT-CITRÖEN DO BRASIL

RJ

FRA

Veículos e peças  Autos and parts

485

33%

77

90 LOUIS DREYFUS AGROINDUSTRIAL

SP

FRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

484

53%

0,19%

78

50 UNIVERSAL LEAF TABACOS

RS

USA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

477

(-26%)

0,19%

79

74 VOTORANTIM METAIS NÍQUEL

SP

BRA

Mineração  Mining

467

17%

0,18%

80

71 USINA CAETÊ

AL

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

456

5%

0,18%

ES

BRA

Comércio exterior  International trade

451

63%

0,18%

SP

BRA

Papel e celulose  Paper and pulp

450

14%

0,18%

SP

EUA

Químicos  Chemicals

442

93%

0,17%

81 108 UNICAFÉ 82

75 KLABIN

83 124 ALCOA WORLD ALUMINA BRASIL (AWAC) 84

81 CNH LATIN AMERICA

85 125 FRADE JAPÃO PETRÓLEO 86

- GRUPO PETRÓPOLIS DO CENTRO OESTE

87 100 MAHLE METAL LEVE

MG ITA

Veículos e peças  Autos and parts

436

22%

0,17%

RJ

JPN

Combustíveis  Fuel

433

89%

0,17%

MT

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

431

-

0,17%

SP

DEU

Veículos e peças  Autos and parts

431

49%

0,17%

USA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

422

(-20%)

0,16% 0,16%

88

60 ALLIANCE ONE BRASIL

RS

89

11 FIBRIA CELULOSE

MS BRA

Papel e celulose  Paper and pulp

421

(-10%)

90

78 BASF

SP

DEU

Químicos  Chemicals

414

13%

0,16%

RJ

IND

Combustíveis  Fuel

411

243%

0,16%

91 211 ONGC CAMPOS 92

99 NOVO NORDISK DO BRASIL

SP

DIN

Farmacêuticos  Pharmaceuticals

403

33%

0,16%

93

87 USINA CORURIPE

AL

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

400

22%

0,16%

94 105 WELLSTREAM DO BRASIL

SP

EUA

Siderurgia e metalurgia  Steel and metallurgy

391

41%

0,15%

SP

FRA

Químicos  Chemicals

380

19%

0,15%

96 149 EISA

ES

BRA

Agroindústria e alimentos  Agribusiness and foods

379

100%

0,15%

97 150 MINERAÇÃO CORUMBAENSE REUNIDA (MCR)

95

89 RHODIA

MS GBR

Mineração  Mining

379

105%

0,15%

98

98 MAN LATIN AMERICA

SP

DEU

Veículos e peças  Autos and parts

375

23%

0,15%

99

94 BAHIA SPECIALTY CELLULOSE

BA

CHN

Papel e celulose  Paper and pulp

375

20%

0,15%

RJ

NOR

Combustíveis  Fuel

373

-

0,15%

100

- STATOIL BRASIL www.analise.com

BRASIL GLOBAL

53

exporters 51 — 100

SP

73 236 SÃO MARTINHO

exportadoras

65 66


Parceiros Partners

Os 57 principais parceiros The 57 main partners O quadro lista os países que atingiram mais de 1 bilhão de dólares em comércio total com o Brasil em 2011 The table lists the countries that reached more than 1 billion dollars in total trade with Brazil in 2011 Comércio total

RK 2011 2010

Total trade

US$ mi

Variação Participação Exportação Variação Participação Importação Change

Share

10/11

Exports

US$ mi

Change

Share

10/11

Saldo

Variação

Imports

Change

Share

Balance

Change

US$ mi

Variação Participação 10/11

US$ mi

10/11

1

1 CHINA (CHN)

77.103 + 37%

15,99%

44.315 +44%

17,31%

32.788

+28%

14,49%

11.526

+122%

2

2 EUA (USA)

59.767 + 29%

12,39%

25.805

+34%

10,08%

33.962

+26%

15,01% (-8.158)

(-5%)

3

3 ARGENTINA (ARG)

39.615 + 20%

8,21%

22.709

+23%

8,87%

16.906

+17%

7,47%

5.803

+42%

4

4 ALEMANHA (DEU)

24.252 + 17%

5,03%

9.039

+11%

3,53%

15.213

+21%

6,72% (-6.174)

(-40%)

5

5 JAPÃO (JPN)

17.345 + 23%

3,60%

9.473

+33%

3,70%

7.872

+13%

3,48%

1.601

-

6

7 HOLANDA (NLD)

15.905 + 33%

3,30%

13.640

+33%

5,33%

2.265

+28%

1%

11.374

+35%

7

6 CORÉIA DO SUL (KOR)

14.791 + 21%

3,07%

4.694

+25%

1,83%

10.097

+20%

4,46% (-5.403)

(-16%)

8

8 ITÁLIA (ITA)

11.663 + 29%

2,42%

5.441

+28%

2,13%

6.222

+29%

2,75%

(-782)

(-30%)

9

10 CHILE (CHL)

9.988 + 18%

2,07%

5.418

+27%

2,12%

4.569

+9%

2,02%

849

-

10

9 FRANÇA (FRA)

9.781 + 17%

2,03%

4.319

+21%

1,69%

5.462

+14%

2,41% (-1.143)

(-7%)

11

14 NIGÉRIA (NGA)

9.578 + 41%

1,99%

1.192

+38%

0,47%

8.386

+42%

3,71% (-7.194)

(-42%)

12

12 ÍNDIA (IND)

9.282 + 20%

1,92%

3.201

(-8%)

1,25%

6.081

+43%

2,69% (-2.880)

-

13

13 MÉXICO (MEX)

9.090 + 20%

1,88%

3.960

+7%

1,55%

5.130

+33%

2,27% (-1.170)

-

14

11 INGLATERRA (GBR)

8.606 + 10%

1,78%

5.202

+12%

2,03%

3.376

+7%

1,49%

1.826

+24%

15

15 ESPANHA (ESP)

7.973

+20%

1,65%

4.675

+21%

1,83%

3.298

+19%

1,46%

1.377

+26%

16

16 RÚSSIA (RUS)

7.160 + 18%

1,48%

4.216

+2%

1,65%

2.944

+54%

1,30%

1.272

(-43%)

17

18 CANADÁ (CAN)

6.683 + 33%

1,39%

3.130

+35%

1,22%

3.553

+31%

1,57%

(-424)

(-8%)

18

17 ARÁBIA SAUDITA (SAU)

6.569 + 27%

1,36%

3.476

+12%

1,36%

3.093

+50%

1,37%

383

(-63%)

19

21 VENEZUELA (VEN)

5.861 + 25%

1,22%

4.592

+19%

1,79%

1.269

+52%

0,56%

3.323

+10%

20

20 TAIWAN (TWN)

5.811 + 20%

1,20%

2.302

+32%

0,90%

3.509

+13%

1,55% (-1.208)

+12%

21

19 BÉLGICA (BEL)

5.811 + 17%

1,20%

3.960

+14%

1,55%

1.851

+23%

0,82%

2.109

+7%

22

26 ARGÉLIA (DZA)

4.631 + 45%

0,96%

1.494

+78%

0,58%

3.137

+33%

1,39% (-1.643)

(-8%)

23

22 SUIÇA (CHE)

4.493

+ 3%

0,93%

1.647

+12%

0,64%

2.846

(-1%)

1,26% (-1.199)

+14%

24

23 BOLÍVIA (BOL)

4.375 + 29%

0,91%

1.511

+30%

0,59%

2.863

+28%

1,27% (-1.352)

(-26%)

25

24 TAILÂNDIA (THA)

4.217 + 27%

0,87%

1.818

+22%

0,71%

2.399

+30%

1,06%

(-581)

(-65%)

26

25 COLÔMBIA (COL)

3.962 + 21%

0,82%

2.577

+17%

1,01%

1.384

+28%

0,61%

1.193

+7%

27

29 URUGUAI (URY)

3.928 + 26%

0,81%

2.175 +42%

0,85%

1.753

+11%

0,77%

422

-

28

30 MALÁSIA (MYS)

3.906 + 32%

0,81%

1.619

+35%

0,63%

2.287

+31%

1,01%

(-668)

(-22%)

29

28 PARAGUAI (PRY)

3.684 + 17%

0,76%

2.969

+17%

1,16%

716

+17%

0,32%

2.253

+16%

30

31 PERU (PER)

3.640 + 24%

0,75%

2.263

+12%

0,88%

1.377

+52%

0,61%

886

(-20%)

31

27 INDONÉSIA (IDN)

3.638 + 14%

0,75%

1.718

+3%

0,67%

1.920

+27%

0,85%

(-201)

-

32

35 CINGAPURA (SGP)

3.613 + 67%

0,75%

2.786 +113%

1,09%

827

(-3%)

0,37%

1.960

-

33

33 HONG KONG (HKG)

3.176 + 30%

0,66%

2.176

+26%

0,85%

999

+37%

0,44%

1.177

+19%

34

36 EGITO (EGY)

2.969 + 39%

0,62%

2.624

+33%

1,02%

345 +104%

0,15%

2.279

+27%

35

32 SANTA LÚCIA (LCA)

2.944

0,61%

2.943

+7%

1,15%

-

2.943

+7%

70

BRASIL GLOBAL

+ 7%

-

-

www.analise.com


BILINGUAL CONTENT

ENGLISH AND PORTUGUESE

Comércio total

RK 2011 2010

Total trade

US$ mi

Variação Participação Exportação Variação Participação Importação Change

Share

10/11

Exports

Change

Share

US$ mi

10/11

Saldo

Variação

Imports

Change

Share

Balance

Change

US$ mi

Variação Participação 10/11

US$ mi

10/11

36

37 PORTUGAL (PRT)

2.891 + 38%

0,60%

2.055

+36%

0,80%

836

+44%

0,37%

1.219

+31%

37

41 AUSTRÁLIA (AUS)

2.762 + 42%

0,57%

804

+37%

0,31%

1.958

+45%

0,87% (-1.154)

(-51%)

38

38 SUÉCIA (SWE)

2.710 + 31%

0,56%

543

+53%

0,21%

2.167

+26%

0,96% (-1.624)

(-19%)

39

40 EMIR. ÁRABES UNI. (ARE)

2.648 + 30%

0,55%

2.169

+17%

0,85%

1.691

+1%

40

39 ÁFRICA DO SUL (ZAF)

2.593 + 26%

0,54%

1.681

+28%

41

43 TURQUIA (TUR)

2.377 + 41%

0,49%

1.460

+41%

42

34 IRÃ (IRN)

2.367

+ 5%

0,49%

2.332

43

46 MARROCOS (MAR)

2.007 + 47%

0,42%

44

42 ÁUSTRIA (AUT)

1.898 + 12%

45

45 NORUEGA (NOR)

46 47

479 +170%

0,21%

0,66%

912

+21%

0,40%

769

+38%

0,57%

917

+40%

0,41%

543

+44%

+10%

0,91%

35

(-71%)

0,02%

2.297

+15%

811

+15%

0,32%

1.196

+80%

0,53%

(-385)

-

0,39%

423

+51%

0,17%

1.475

+4%

0,65% (-1.053)

+7%

1.744 + 23%

0,36%

944

+31%

0,37%

800

+14%

0,35%

144

-

50 ANT. HOLANDESAS (ANT)

1.635 + 59%

0,34%

1.073

+13%

0,42%

562 +637%

0,25%

510

(-42%)

44 ANGOLA (AGO)

1.512

+ 5%

0,31%

1.074

+13%

0,42%

438

(-11%)

0,19%

636

+40%

18 (-15%)

0,01%

1.478

+119%

0,65% (-1.460)

(-116%)

0,29%

736

(-11%)

0,33%

6

-

48

- BELARUS (BLR)

1.496 +115%

0,31%

49

48 FINLÂNDIA (FIN)

1.479 + 13%

0,31%

- VIETNÃ (VNM)

742

+56%

1.441 + 54%

0,30%

794

+71%

0,31%

647

+37%

0,29%

147

-

51

47 ISRAEL (ISR)

1.403

+ 4%

0,29%

499

+47%

0,19%

904

(-11%)

0,40%

(-406)

+40%

52

51 IRAQUE (IRQ)

1.299 + 27%

0,27%

400

+39%

0,16%

898

+22%

0,40%

(-498)

(-10%)

53

53 DINAMARCA (DNK)

1.141 + 25%

0,24%

408

+11%

0,16%

733

+35%

0,32%

(-325)

(-84%)

54

54 UCRÂNIA (UKR)

1.091 + 71%

0,24%

425 +44%

0,17%

666

+94%

0,29%

(-241)

-

55

55 TRINIDAD E TOBAGO (TTO)

1.048 + 12%

0,22%

727

+35%

0,28%

321

(-19%)

0,14%

406

+184%

56

56 BANGLADESH (BGD)

1.034 + 65%

0,21%

877 +63%

0,34%

157

+78%

0,07%

721

+60%

57

49 EQUADOR (ECU)

1.028

0,21%

933

0,36%

95

+67%

0,04%

838

(-9%)

50

(-1%)

e

d

i

t

o

r

(-5%)

i

a

l

Rua Major Quedinho, 111, 16° andar • CEP 01050-904, São Paulo-SP • Tel. (55 11) 3201-2300 • Fax (55 11) 3201-2310 • www.analise.com www.analise.com

BRASIL GLOBAL

71


Parceiros Partners Ranking

1

Trade balance Brazil—CHN

CHN

45 US$ mi

11

10

1º Comércio bilateral Total trade

77.103

2º Saldo comercial Brazil’s trade balance

11.526

1º Exportações do Brasil para a 44.315 CHN Brazil's exports to CHN 2º Exportações da CHN para o 32.788 Brasil CHN's exports to Brazil

1º 2º

45 US$ bi

Exp. Brasil 1º

6º 7º

36

27

27

18

18

Importações Imports

9

CHN

0

US$ mi

20.143 45%

Soja

11.726 26%

Soybeans

Petróleo

4.884 11%

Papel e celulose

1.385

3%

Açúcar

1.217

3%

Oil

Paper and pulp

Sugar

Ferro e aço

656

1%

Aeronaves

619

1%

Iron and steel

Aircrafts

Algodão

567

Cotton

Aves

9º 10º

1%

423 1,0%

Poultry

Couro

01

Minérios Ores

8º 12º

10º

10

386 0,9%

Leather

03

05

07

09

11

Comércio global da CHN Global trade of CHN

US$ mi

2010

Comércio total Total trade

Saldo da balança

Trade balance

Valor das exportações Total exports

2.973.765 376.117 1.577.764

Variação das exportações

31%

Change in exports

Valor das importações Total imports

1.396.002

Variação das importações

39%

Change in imports

Exportações do Brasil Brazil exports

chn

Sobe e desce – Pelo terceiro ano

Exportações Exports

36

9

11

Comércio em perspectiva

Balança comercial Brasil—CHN

CHINA

Exportação Export 15% Industrializados

Exp. CHN 11

10

9º 14º 10º

09

Hong Kong (HKG)

218.301 18%

Japão (JPN)

121.044 10%

7%

Coréia do Sul (KOR)

68.766

6%

Alemanha (DEU)

68.047

6%

Basic products

Brasil US$ mi

Aparelhos elétricos

Electrical equipment

2.163 2.122

6%

Equip. de informática

1.868

6%

Holanda (NLD)

49.704

4%

Índia (IND)

40.914

3%

Inglaterra (GBR)

38.767

3%

Singapura (SGP)

32.347

3%

Brasil (BRA)

24.461

2%

Telecom equipment IT equipment

Imagem e som

1.813

6%

Máquinas e equip.

1.037

3%

Image and sound

Machinery and equipment

Veículos e peças

922

3%

Têxteis

726

2%

Ferro e aço

554

2%

Fertilizantes

458

1%

Auto and parts Textiles

Iron and steel

Fertilizers

Produtos químicos

370

Chemicals

97% Industrializados

1%

Básicos 3%

Industrialized products

Basic products

A importância de cada país The importance of each country

...como fornecedor da CHN

...as product supplier of CHN

72

Estados Unidos (USA) 283.780 24%

Telefonia

Exportações da CHN CHN exports

Brasil...

US$ mi

10

Básicos 85%

Industrialized products

CHN...

...como fornecedor do Brasil

...as product supplier of Brazil

BRASIL GLOBAL

14º 19º

Importação Import US$ mi

09

08

Japão (JPN)

130.938 13%

Coreia do Sul (KOR)

102.552 10%

Estados Unidos (USA)

6º 7º

77.755

8%

Alemanha (DEU)

55.764

6%

Austrália (AUS)

39.439

4%

Malásia (MYS)

32.331

3%

Brasil (BRA)

28.281

3%

Tailândia (THA)

24.897

2%

Arábia Saudita (SAU)

23.620

2%

Rússia (RUS)

21.283

2%

10º 10º

consecutivo, a China manteve a posição de principal parceiro do Brasil. Em 2011, a corrente comercial foi de 77,1 bilhões de dólares, alta de 37% em relação ao ano anterior. • A corrente de comércio com a China foi 29% superior ao total registrado na relação com os Estados Unidos em 2011, uma diferença de 17,3 bilhões de dólares. No ano anterior, a distância entre os dois maiores parceiros do Brasil foi de dez bilhões de dólares. • O superávit brasileiro deu um salto de 122% em 2011, para 11,5 bilhões de dólares. As exportações brasileiras avançaram 44%, entre os dez melhores resultados, considerando os 57 parceiros analisados nesta edição, e as importações cresceram em ritmo mais moderado, com aumento de 28%, para 32,7 bilhões de dólares.

Causas e efeitos – O minério de ferro e a soja são os principais responsáveis pelo avanço das exportações brasileiras para a China em 2011. Em 2011, os minérios geraram 20,1 bilhões de dólares nas exportações, alta de 49%, enquanto a soja faturou 11,7 bilhões de dólares, 48% a mais. Somadas, as duas categorias representam 71% da pauta de produtos brasileiros exportados. • O crescimento da indústria chinesa de papel pode gerar benefícios para os exportadores de celulose no Brasil. O país produziu 90 milhões de toneladas métricas em 2011, valor que deve saltar para 125 milhões de toneladas métricas em 2015. Estimativas dão conta que a fibra brasileira será a principal responsável por suprir a demanda. Em 2011, 40% da celulose importada pela China foi brasileira. Negócios e investimentos – A Xuzhou Construction Machinery Group vai investir 334 milhões de reais na instalação de uma fábrica em Minas Gerais para a produção de guindastes, escavadeiras hidráulicas e outros maquinários para a construção civil. As obras da nova unidade estão previstas para começar em 2012. • A chinesa China Northern Railway (CNR) vai fornecer 34 trens para o governo do Rio de Janeiro em 2012. www.analise.com


BILINGUAL CONTENT Jianan Yu/Reuters

ENGLISH AND PORTUGUESE

A produção vai acontecer também em solo brasileiro em parceria com a companhia carioca T'Trans. No acordo de cooperação técnica, a CNR vai investir 200 milhões de reais para a aquisição de maquinário e modernização da planta já existente. • A JAC Motors anunciou a construção, para 2014, de uma fábrica de 900 milhões de reais no complexo de Camaçari, na Bahia. A Chery é outra montadora que anunciou planos para se instalar no Brasil no segundo semestre de 2013, na cidade de Jacareí, interior de São Paulo, com investimento de 700 milhões de reais. Além dessas duas montadoras, que já comercializam carros no Brasil, a Great Wall Motors também tem planos para ter uma fábrica no país com capacidade anual de 100 mil veículos, mas até meados de junho de 2012 não havia divulgado detalhes do investimento. • Os planos da chinesa Foxconn de investir até 12 bilhões de dólares em novas fábricas no Brasil para montar produtos da Apple – conforme anunwww.analise.com

ciado em 2011 pela presidente Dilma Rousseff – não se concretizaram até junho de 2012. A companhia apenas iniciou a montagem de iPhones em território nacional no início do ano. Acordos e disputas – Em visita oficial ao Brasil, o vice primeiro-ministro chinês Wang Qishang ouviu o pedido do governo brasileiro para que a China fizesse “dimensionamento voluntário” das suas exportações, especialmente nos setores de têxteis, calçados e eletrônicos. Até o início de junho de 2012, contudo, nenhuma medida prática de restrição voluntária das exportações chinesas havia sido tomada pelo governo asiático. • A China iniciou a abertura do seu mercado para a carne suína do Brasil em maio de 2011, e começou o cadastramento de unidades aptas a exportar. Até meados de junho de 2012, haviam sido cadastrados frigoríficos nacionais exportadores de suínos da Brasil Foods, Aurora e Marfrig, e a BRF havia realizado o primeiro embarque direto

de carne para o país parceiro. A expectativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) é exportar 200 mil toneladas de carne suína para o país asiático em cinco anos. • O Brasil aplica, desde março de 2010, sobretaxa de 13,35 dólares por par de calçados provenientes da China como medida antidumping. Em 2011, o governo brasileiro começou a investigar o uso de triangulação para driblar a tarifa. A suspeita é de que produtos chineses estejam chegando ao país pelo Vietnã, Malásia e Indonésia. • A decisão do governo de aumentar em 30 pontos porcentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros produzidos fora do Mercosul, instituída em setembro de 2011, gerou um mal-estar diplomático e levou empresas chinesas a ameaçarem cancelar seus planos de construir linhas de montagem no Brasil. Depois de negociação, as chinesas garantiram que o investimento será feito, mas aguardam flexibilização do imposto. BRASIL GLOBAL

73

chn

Trabalhador em fábrica de escavadeiras em Hefei, na China: maior parceiro brasileiro ampliou suas compras em 44% no ano de 2011


Produtos

A Vale, maior empresa do setor no mundo, vendeu 300 milhões de toneladas de minério de ferro em 2011, ultrapassando o seu recorde histórico, de 296 milhões de toneladas, alcançado em 2007. E, considerando os investimentos anunciados, a estimativa do Ibram é de que a produção de minério de ferro dobre no Brasil até 2014. A produção de petróleo também quebrou recordes em 2011, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foram 768 milhões de barris no ano, alta de 2,5% ante 2010. Nas exportações, o petróleo gerou para o Brasil 30,4 bilhões de dólares, aumento de 33%.

O pé no freio das vendas foi acompanhado por um aumento no total de carros importados – 24% ante os 19% no ano anterior. O quinto produto mais exportado foi o açúcar, que manteve a posição em relação a 2010, e faturou 17% a mais em 2011, registrando 14,9 bilhões de dólares. Produtos agrícolas foram os que mais avançaram – O café foi um dos destaques da pauta brasileira em 2011. Além de quebrar o recorde de exportação em quantidade – foram embarcadas 33 milhões de sacas no

quebra da safra em importantes mercados mundiais como soja e algodão contribuiu para o cenário. O Brasil é o quinto maior produtor e o quarto maior exportador de algodão do mundo. A safra de 2010/2011 gerou produção de 2 milhões de toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Para 2012, a expectativa é que o cenário não seja tão favorável para o segmento. As exportações para China – principal cliente brasileiro – deverão ser reduzidas em razão da recuperação dos estoques no país. A forte concorrência de produtos sintéticos, como o poliéster e o raiom, mais baratos que o algodão, e o desaquecimento do mercado doméstico também podem afetar a balança comercial do setor. Os dois produtos que mais cresceram percentualmente no ano, trigo e arroz, mais do que triplicaram as suas exportações. Tradicionalmente um grande importador de trigo, o Brasil recebeu investimentos da ordem de 108 milhões de reais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o setor em forma de compras subsidiadas. A ação foi tomada para garantir o abastecimento de regiões deficitárias do país, como o Nordeste, e o excedente foi comercializado no mercado internacional As exportações de trigo somaram 699 milhões de dólares em 2011 e fi-

A concentração da pauta de exportação aumentou em 2011: minério e petróleo foram 29% das vendas em dólar

Soja desbanca setor automotivo – A recuperação das vendas de soja em 2011 fez com que o produto desbancasse o setor automotivo, para voltar a ocupar a terceira posição entre os mais exportados pelo Brasil. O grão aumentou as suas exportações em 41% no ano, para 24 bilhões de dólares. Além da boa safra no período 2010/2011, o setor se beneficiou do preço médio 26% maior no período. O setor de veículos e autopeças diminuiu o ritmo sensivelmente em 2011. O avanço das exportações foi de 12% no ano para 19,9 bilhões de dólares, ritmo que não figurou nem entre os 30 melhores de 2011, considerando os 74 produtos analisados nesta edição.

período – o grão foi o oitavo que mais avançou no ano e o maior entre os dez primeiros produtos, com alta de 52% nas exportações, para 8,7 bilhões de dólares. Com isso, o café saltou três posições no ranking dos mais vendidos, para ocupar o sétimo lugar. Desde 2009, as exportações de café brasileiro em valor duplicaram. O algodão viu suas exportações registrar alta de 95% no período, para 1,6 bilhão de dólares. Foi o quinto setor que mais avançou em 2011. O aumento da demanda externa aliado à

As commodities ganham terreno 62 % 62 58 54 54 50 46 46 42 38 38 34 30 30 26 22 22

1992

114

Manufaturados

48 36

Básicos

1996

BRASIL GLOBAL

2006

%

foi a participação dos produtos básicos nas exportações do Brasil em 2011

%

foi a participação dos produtos manufaturados nas exportações do Brasil em 2011

2011

www.analise.com


Produtos

Paulo Whitaker/Reuters

zeram o cereal subir 15 posições no ranking, para ocupar o 38º lugar. Condições climáticas, contudo, limitam a qualidade do cereal brasileiro e, na prática, a sua maior parte não está apta a ser usada para alimentação humana, apenas como base outras aplicações como ração animal. O arroz subiu 21 posições entre os produtos mais vendidos pelo Brasil em 2011. As exportações do grão foram equivalentes a 613 milhões de dólares, ante 268 milhões registrados há dois anos. O governo investiu 980 milhões de reais na safra de 2010/2011 do produto, que produziu 13,7 milhões de toneladas, aumento de 18%, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Álcool – No ano em que os exportadores brasileiros de álcool conseguiram uma de suas principais reivindicações – o fim da sobretaxa de 54 centavos de dólar por galão aplicado sobre o etanol brasileiro para entrar nos Estados Unidos – as importações do produto aumentaram 21 vezes em 2011 e chegaram a 841 milhões de dólares. A safra abaixo do esperado de cana-de-açúcar em 2010/2011 somada à valorização do açúcar no mercado internacional culminou com problemas de abastecimento e alta no preço do álcool combustível no mercado interno. O ano marcou a guinada do Brasil de exportador do produto para se tornar também importador. Estimativas dão conta que o Brasil se viu obrigado a importar 1,1 bilhão

Mulher participa de evento no aeroporto de Congonhas, São Paulo: setor de aeronaves fechou 2011 com 4,6 bilhões de dólares em exportações, uma retração de 0,5% ante 2010

de litros de álcool combustível, em sua maioria dos Estados Unidos, volume 15 vezes maior que o comprado no ano anterior. Por conta de contratos pré-estabelecidos, as exportações subiram 47% no período e chegaram a 1,4 bilhão de dólares – o que reforçou os problemas no mercado interno. O saldo comercial se manteve positivo

para o álcool, mas teve queda de 33% para 651 milhões de dólares, o menor valor desde 2004. O fim da taxa para entrar no mercado norte-americano foi anunciado em dezembro de 2011, e seus efeitos devem ser sentidos em 2012, mas a expectativa é de que a grande demanda no mercado interno faça com que o Bra-

A tendência do saldo comercial 8,2 % 8250

Petróleo

4,5 5500 2,7 2750

5,4

bilhões de US$

O setor de petróleo registrou o 2º maior superávit da história em 2011

-10,3

bilhões de US$

O déficit do setor automotivo brasileiro triplicou entre 2009 e 2011

00 -2,7 -2750 -4,5 -5500 -8,2 -8250 -11 -11000

1999

Veículos e peças 2003

www.analise.com

2007

2011

BRASIL GLOBAL

115


PRODUTOS Products

os itens mais exportados THE MOST EXPORTED ITEMS O quadro lista os 173 itens mais exportados pelo Brasil em 2011 e o produto do qual eles fazem parte The table lists the 173 most exported items by Brazil in 2011 and the product of which they are a component RK 2011 2010

Item

Produto

Item

Product

Exportação

Variação Participação Importação

Exports

Change

US$ mi

09/10

Share

Variação Participação

Saldo

Imports

Change

Share

Balance

US$ mi

09/10

US$ mi

Variação Comércio total Change

Total trade

09/10

US$ mi

1

Minério de ferro

Minérios  Ores

41.817

+45%

16,33%

0,4

(-97%)

-

41.817

+45%

41.818

2

Óleos brutos

Petróleo  Oil

21.603

+33%

8,44%

14.081

+39%

6,22%

7.523

+21%

35.684

3

Soja em grãos

Soybeans

Soja

Soybeans

16.327

+48%

6,38%

16

(-63%)

0,01%

16.311

+48%

16.344

4

4

Açúcar bruto  Raw sugar

Açúcar

Sugar

11.549

+24%

4,51%

0,01

(-95%)

-

11.549

+24%

11.549

5

6

Café em grãos  Coffee beans

Café

Coffee

8.000

+54%

3,12%

-

-

-

8.000

+54%

8.000

6

5

Frango in natura

Aves

Poultry

7.194

+24%

2,81%

7 +136%

-

7.187

+24%

7.201

7

8

Soymeal

Soybeans

Soja

5.712

+21%

2,23%

17

(-7%)

0,01%

5.695

+21%

5.729

9

Autopeças

Auto parts

Veículos e peças  Auto and parts

5.327

+18%

2,08%

9.312

+18%

4,12% (-3.985)

(-17%)

14.639

7

Celulose

Pulp

Papel e celulose

Paper and pulp

5.100

+5%

1,99%

394

(-6%)

0,17%

4.706

+6%

5.494

13

Combustível de aviação

Petróleo  Oil

4.849

+35%

1,89%

1.420

+32%

0,63%

3.429

+36%

6.269

19

Semimanuf. de ferro e aço

Ferro e aço  Iron and steel

4.613

+78%

1,80%

51

+9%

0,02%

4.563

+79%

4.664

10

Automóveis

Automobiles

Veículos e peças  Auto and parts

4.376

(-1%)

1,71%

11.900

+39%

5,26%

(-7.524)

(-82%)

16.276

12

Carne bovina in natura

Carne bovina

4.166

+8%

1,63%

217

+42%

0,10%

3.949

+7%

4.384

14

16

Produtos plásticos e resinas  Plásticos  Plastic products and resins

Plastics

3.964

+23%

1,55%

8.365

+24%

3,70% (-4.401)

(-25%)

12.329

15

11

Aviões

Airplanes

Aeronaves  Aircrafts

3.930

(-2%)

1,53%

566

(-10%)

0,25%

3.364

(-0,2%)

4.496

16

20

Óleos combustíveis

Petróleo  Oil

3.773

+46%

1,47%

7.882

+52%

3,48% (-4.109)

(-57%)

11.655

17

15

Organic chemicals

Chemicals

Produtos químicos

3.722

+13%

1,45%

6.925

(-12%)

3,06% (-3.203)

+30%

10.648

17

Motores

Engines

Veículos e peças  Auto and parts

3.398

+23%

1,33%

3.023

+20%

1,34%

375

+56%

6.421

14

Açúcar refinado  Refined sugar

Açúcar

Sugar

3.391

(-2%)

1,32%

0,3

+72%

-

3.391

(-2%)

3.392

21

Químicos inorgânicos

Inorganic chemicals

Produtos químicos

Chemicals

2.922

+29%

1,14%

2.376

+11%

1,05%

546

+321%

5.298

18

Fumo em folhas

Fumo

Tobacco

2.879

+6%

1,12%

32

(-52%)

0,01%

2.846

+8%

2.911

22

Milho em grãos

Corn grains

Milho  Corn

2.723

+23%

1,06%

141

+86%

0,06%

2.581

+21%

2.864

23

Veículos de carga

Veículos e peças  Auto and parts

2.676

+30%

1,05%

2.849

+27%

1,26%

(-173)

+3%

5.526

24

24

Ferro-ligas

Iron alloys

Ferro e aço  Iron and steel

2.496

+22%

0,97%

320

+22%

0,14%

2.176

+22%

2.816

25

27

Ouro em barras

Gold in bars

Ouro  Gold

2.239

+25%

0,87%

3

+75%

-

2.236

+25%

2.243

26

25

Papel  Paper

Papel e celulose

Paper and pulp

2.125

+9%

0,83%

1.416

+11%

0,63%

709

+6%

3.542

27

28

Couro

Couro

2.080

+17%

0,81%

50

(-39%)

0,02%

2.030

+20%

2.130

36

Máq. para terraplan. e perf.  Máquinas e equip.

Earthwork equipment

Machinery and equipment

2.032

+71%

0,79%

1.651

+15%

0,73%

381

-

3.683

26

Laminados de ferro e aço

Laminated iron and steel

Ferro e aço  Iron and steel

2.009

+11%

0,78%

2.426

(-29%)

1,07%

(-417)

+74%

4.435

30

Tratores

Tractors

Veículos e peças  Auto and parts

1.886

+23%

0,74%

523

(-7%)

0,23%

1.364

+40%

2.409

35

Óleo bruto  Raw oil

Soja

Soybeans

1.857

+56%

0,73%

0,1

(-99%)

-

1.857

+58%

1.857

33

Máquinas industriais

Industrial machinery

Máquinas e equip.

Machinery and equipment

1.760

+31%

0,69%

8.302

+26%

3,67% (-6.542)

(-24%)

10.063

31

Geradores elétricos

Eletrical generators

Aparelhos elétricos

Electrical equipment

1.681

+15%

0,66%

3.043

+23%

1,35% (-1.362)

(-35%)

4.725

34

42

Fundidos de ferro e aço

Cast iron and steel

Ferro e aço  Iron and steel

1.609

+65%

0,63%

12

+38%

0,01%

1.596

+65%

1.621

35

45

Algodão em bruto  Raw cotton

Algodão

Cotton

1.604

+95%

0,63%

396 +461%

0,18%

1.208

+61%

2.000

36

32

Bombas e compressores

Bombas e comp.

1.600

+12%

0,62%

1,00%

(-664)

+27%

3.863

1 2 3

8 9 10 11 12 13

18 19 20 21 22 23

28 29 30 31 32 33

120

Iron ore

Crude oil

Chicken in natura

Farelo de soja

Aircraft fuel

Semimanufactured iron and steel

Beef in natura

Fuels

Químicos orgânicos

Tobacco leaves

Cargo vehicles

Leather

Pumps and compressors

BRASIL GLOBAL

Beef

Leather

Pumps and compressors

2.264

(-3%)

www.analise.com


BILINGUAL CONTENT

ENGLISH AND PORTUGUESE

RK 2011 2010

Item

Produto

Item

Product

Exportação

Variação Participação Importação

Exports

Change

US$ mi

09/10

Share

Variação Participação

Saldo

Imports

Change

Share

Balance

US$ mi

09/10

US$ mi

Variação Comércio total Change

Total trade

09/10

US$ mi

-

Minérios de cobre

Copper ores

Minérios  Ores

1.573

+119%

0,61%

1.141

-

0,50%

432

(-40%)

2.714

29

Calçados

Footwear

Calçados

Footwear

1.499

(-9%)

0,59%

493

+34%

0,22%

1.006

(-21%)

1.992

40

Álcool etílico

Ethanol

Álcool  Ethanol

1.492

+47%

0,58%

841 +2.051%

0,37%

651

(-33%)

2.333

40

38

Suco de laranja não cong.

Unfrozen orange juice

Suco de laranja  Orange juice

1.488

+37%

0,58%

-

1.482

+37%

1.495

41

34

Carne suína in natura

Pork in natura

Carne suína  Pork

1.286

+5%

0,50%

42

37

Alumínio em bruto

Raw aluminum

Alumínio

1.166

+5%

0,46%

43

43

Carne bovina industrializada  Carne bovina

Industrialized beef

Beef

1.141

+26%

0,45%

4

(-39%)

41

Medicamentos

Farmacêuticos  Pharmaceuticals

1.136

+14%

0,44%

3.734

(-13%)

Plataformas de petróleo

Plat. de petróleo

1.043

-

0,41%

-

-

47

Máquinas agrícolas

Máquinas e equip.

Machinery and equipment

934

+22%

0,36%

655

48

Suco de laranja congelado

Frozen orange juice

Suco de laranja  Orange juice

888

+29%

0,35%

52

Bar., fios e chp. de cobre

Cobre  Copper

858

+37%

0,34%

2.504

+9%

44

Granito

Granite

Rochas

Stones

855

+3%

0,33%

4

+74%

50

49

Fio-máquinas e barras

Iron and steel cords and bars

Ferro e aço

854

+26%

0,33%

473

51

46

Móveis e mobiliário médico  Móveis

Furniture including medical

Furniture

759

(-4%)

0,30%

549

52

51

Pneus para veículos leves

Tires for light vehicles

Pneus  Tires

705

+12%

0,28%

725

53

87

Trigo em grãos  Wheat grains

Wheat

Trigo

699

+208%

0,27%

39

Telefones celulares  Mobile phones

Telefonia

Telecom equipment

690

(-33%)

55

Café solúvel

Soluble coffee

Café

Coffee

674

57

Silício

Silicium

Minérios  Ores

98

Arroz

Rice

Arroz

71

Energia elétrica

53

37 38 39

44 45 46 47 48 49

54 55 56 57 58 59

-

6

+54%

-

-

-

1.286

+5%

1.286

283 +578%

0,13%

883

(-17%)

1.449

-

1.137

+26%

1.145

1,65% (-2.599)

+21%

4.870

-

1.043

-

1.043

+37%

0,29%

278

(-4%)

1.589

0,0002 (-100%)

-

888

+30%

888

1,11% (-1.646)

+1%

3.363

-

851

+3%

859

+11%

0,21%

380

+53%

1.327

+18%

0,24%

209

(-36%)

1.308

+33%

0,32%

(-20)

-

1.430

1.833

+20%

0,81%

(-1.134)

+13%

2.532

0,27%

1.040

+75%

0,46%

(-350)

-

1.731

+26%

0,26%

0,2

+74%

-

674

+26%

675

637

+38%

0,25%

47

+36%

0,02%

590

+39%

684

Rice

613

+276%

0,24%

273

(-27%)

0,12%

340

-

886

Electric energy

Energia elétrica

Electricity

552

+59%

0,22%

28 (-0,1%)

0,01%

524

+64%

580

Confecções

Garments

Têxteis

Textiles

537

(-12%)

0,21%

1,26% (-2.302)

(-69%)

3.377

Pneus para ônib. e cam.

Pneus  Tires

535

-

0,21%

606

-

0,27%

(-71)

-

1.141

Tomadas e interruptores

Aparelhos elétricos

+17%

0,20%

2.230

+19%

0,99%

(-1.706)

(-20%)

2.753

Medicinal drugs

Oil rigs

Agriculture machines

Copper bars, wires and plates

Aluminum

Oil rigs

Iron and steel

2.839

+44%

60

-

61

58

Sockets

Electrical equipment

524

62

64

Máq. de óptica e precisão

Máquinas e equip.

Machinery and equipment

484

+19%

0,19%

3.167

(-7%)

1,40% (-2.683)

+11%

3.651

63

63

Tools

Tools

Ferramentas

475

+15%

0,19%

950

+37%

0,42%

(-475)

(-69%)

1.425

60

Inseticidas e herbicidas

Insecticides and herbicides

Fertilizantes

Fertilizers

472

+11%

0,18%

1.957

+28%

0,86% (-1.485)

(-34%)

2.428

66

Tintas e extratos

Paints

Produtos químicos

Chemicals

468

+18%

0,18%

1.345

+11%

0,59%

(-877)

(-8%)

1.812

77

Borracha sintética  Synthetic rubber

Borracha

Rubber

452

+43%

0,18%

860

+27%

0,38%

(-408)

(-13%)

1.312

50

Bovinos vivos

Bovinos vivos  Live bovines

440

(-30%)

0,17%

3

(-17%)

-

437

(-31%)

443

56

Frango industrializado  Industrialized chicken

Aves

Poultry

434

(-7%)

0,17%

0,1

-

-

434

(-7%)

434

59

Fios e condutores  Wires and conductors

Aparelhos elétricos

Electrical equipment

416

(-5%)

0,16%

2.175

+8%

0,96%

(-1.759)

(-11%)

2.591

70

62

Madeira serrada

Sawn wood

Madeira  Wood

409

(-2%)

0,16%

18

+20%

0,01%

391

(-3%)

426

71

76

Adubos

Fertilizers

Fertilizantes

397

+25%

0,16%

9.073

+83%

4,01% (-8.675)

(-87%)

9.470

72

75

Máquinas de uso doméstico  Máquinas e equip.

396

+22%

0,15%

2.885

(-1%)

1,28% (-2.489)

+4%

3.282

64 65 66 67 68 69

Tires for buses and trucks

Precision tools

Ferramentas

Live bovines

Fertilizers

Domestic use machines

www.analise.com

Machinery and equipment

BRASIL GLOBAL

121

Cont.


PRODUTOS Products

1

O setor em perspectiva

Minérios Ores 2011 Variação

11

Change

10

1° Exportações US$ mi Exports US$ mln

44.913

-

1° Participação 2011

17,54%

+2pp

12°

Share 2011

3° Variação 10/11

+43% (-80pp)

Change 10/11

Importações US$ mi 22° 39° Imports US$ mln

1.392

+14%

1° Saldo US$ mi Balance US$ mln

43.521 +44%

3° Com. total US$ mi

46.306

Total trade US$ mln

+41%

Itens vendidos Items sold 11

10

-

2° 5°

-

-

41.817 93%

Iron ore

Minérios de cobre

1.573

4%

Silício

637

1%

Minérios de alumínio

319 0,7%

Minérios de manganês

306 0,7%

Outros

261 0,6%

Copper ores Silicium

Aluminum ores

Manganese ores Others

Os clientes The clients ores

minérios

US$ mi

Minério de ferro

Sobe e desce – Os minérios conti-

nuaram no topo da lista dos produtos mais exportados pelo Brasil em 2011, mantendo a posição conquistada no ano anterior. As exportações avançaram 48%, para 45 bilhões de dólares. O produto representou 17,5% das vendas externas brasileiras em 2011.

Causas e efeitos – Os preços do minério de ferro mantiveram, em 2011, o alto patamar registrado no ano anterior. Nos primeiros nove meses, a cotação média foi de 177 dólares por tonelada métrica, valor 25% maior que o do mesmo período em 2010. Negócios e investimentos – A ex-

tração de minério de ferro vai concentrar quase 65% de todo o investimento da indústria de mineração no Brasil até 2014. A estimativa, do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), indica que serão aportados quase 40 bilhões de dólares, o que resultaria em um aumento da atual produção de 370

milhões de toneladas para 720 milhões de toneladas por ano em 2014. • O plano de investimentos anunciado pela Vale, em 2011, prevê o total de 24 bilhões de dólares em aportes. O maior projeto é a expansão em Carajás, no Pará. Com conclusão prevista para 2014, Carajás Serra Sul será a maior mina de minério de ferro do mundo, com capacidade de produzir 90 milhões de toneladas por ano. • A Mineração Usiminas anunciou que vai investir 4,1 bilhões de dólares para ampliar sua produção de minério de ferro de 7 milhões de toneladas para 29 milhões de toneladas até 2015. Acordos e disputas – O governo si-

nalizou que vai reestruturar a cobrança de royalties e tributos na área de mineração. O novo marco regulatório, composto por três projetos de lei, deve ser enviado ao Congresso pelo Ministério de Minas e Energia em 2012. Os principais objetivos são triplicar a arrecadação do setor, que gerou 1,5 bilhão de reais em 2011, e criar a Agência Nacional de Mineração.

US$ mi

11

10

China (CHN)

20.143 45%

Japão (JPN)

4.456 10%

3° 10°

Holanda (NLD)

2.088

5%

Coréia do Sul (KOR)

2.037

5%

Alemanha (DEU)

1.978

4%

Itália (ITA)

1.679

4%

Argentina (ARG)

1.355

3%

França (FRA)

1.003

2%

Inglaterra (GBR)

952

2%

10°

Arábia Saudita (SAU)

791

2%

-

-

Outros

Pedro Silveira/Folhapress

Ranking

8.431 19%

Others

Exportações de minério de ferro Iron ore exports 335

Em bilhões de toneladas In bilions of tons

298

261

224

187 Fonte Source: MDIC 01

128

03

05

07

BRASIL GLOBAL

09

11

Mina de minério de ferro em Itabira, no interior de Minas Gerais: o produto foi o mais vendido pelo Brasil pelo segundo ano consecutivo em 2011 com 45 bilhões de dólares www.analise.com


BILINGUAL CONTENT Ranking

2

Fabio Motta/AE

ENGLISH AND PORTUGUESE

Petróleo Oil 2011 Variação

11

Change

10

2° Exportações US$ mi Exports US$ mln

30.443

2° Participação 2011

11,89% +0,6pp

18°

Share 2011

7° Variação 10/11

-

+33% (-20pp)

Change 10/11

3° Importações US$ mi

5° Saldo US$ mi Balance US$ mln

2° Com. total US$ mi

25.032 +50%

Imports US$ mln

5.410 (-12%) 55.475 +40%

Total trade US$ mln

Itens vendidos Items sold 11

10

US$ mi

Óleos brutos

21.603 71%

Crude oil

Combustível de aviação

4.849 16%

Óleos combustíveis

3.773 12%

Aircraft fuel Fuels

Gasolina

217 0,7%

Gasoline

Os clientes The clients US$ mi

Estados Unidos (USA)

5.836 19%

China (CHN)

4.884 16%

Santa Lúcia (LCA)

2.941 10%

Chile (CHL)

2.184

7%

Índia (IND)

1.703

6%

Holanda (NLD)

1.402

5%

Portugal (PRT)

1.157

4%

Ant. Holandesas (ANT)

935

3%

Singapura (SGP)

803

3%

10° 10°

Argentina (ARG)

750

2%

-

-

Outros

7.847 26%

Others

Exportações de petróleo Oil exports

250

250 Em milhões de barris In milions of barrels

200 200

150 150

100 100

50

50

0

01

Fonte Source: ANP 03

05

07

09

www.analise.com

11

Unidade de produção, armazenamento e transferência de óleo e gás da OSX, no Rio de Janeiro: Brasil vendeu 50% em valor de petróleo em 2011 para 30,5 bilhões de dólares

O setor em perspectiva Sobe e desce – Mantendo a segunda

colocação na pauta dos produtos mais exportados pelo Brasil pelo quarto ano consecutivo, o petróleo registrou aumento de 33% nas vendas em 2011, com 30,4 bilhões de dólares. • A importação de petróleo chegou a 25 bilhões de dólares, 50% mais do que em 2010. O avanço das compras resultou em redução de 12% no superávit do segmento, que ficou em 5,4 bilhões de dólares. É a primeira queda registrada desde 2007.

Causas e efeitos – Os Estados Unidos voltaram a ocupar a primeira posição entre os compradores de petróleo brasileiro, após ficarem praticamente empatados com os chineses em 2010. Juntos, os dois maiores clientes brasileiros responderam por 36% das vendas totais de petróleo em 2011. • A maior importação de petróleo foi motivada, principalmente, pelo aumento do consumo da frota brasileira, em especial de gasolina. Dados

da Petrobras mostram que a empresa aumentou em cinco vezes o ritmo de importação, de 9 mil litros por dia em 2010 para 45 mil litros em 2011. Negócios e investimentos – O se-

tor privado deve investir 42 bilhões de dólares no segmento brasileiro de petróleo e gás até 2014, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Os investimentos da estatal Petrobras até 2015 devem chegar a 225 bilhões de dólares. • Até meados de junho de 2012, o governo brasileiro não havia definido datas para licitar blocos do pré-sal. No início do ano, o ministério de Minas e Energia afirmou que o pré-sal só voltará à pauta depois da mudança na lei dos royalties com acordo entre os estados produtores e não-produtores. • A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que duas rodadas devem acontecer até 2015. A primeira, que não vai incluir blocos do pré-sal, está formatada e aguarda apenas o sinal verde da presidente Dilma Rousseff. BRASIL GLOBAL

129

Oil oil

10 2°

Petróleo petróleo

11


Logística

o modelo para um novo salto na infraestrutura A malha logística brasileira avançou de maneira fragmentada para atender a demanda da última década. Agora, apontam os especialistas, a hora é de definir um novo modelo de crescimento VinIcius Cherobino

A

s deficiências da infraestrutura de logística brasileira são conhecidas e amplamente divulgadas. O famoso “custo Brasil” inclui as filas – de caminhões e de navios – nos portos, os altos preços dos fretes, as condições ruins nas estradas, o estado de abandono de muitas ferrovias e as poucas opções de hidrovias no país. Os custos com logística no Brasil foram estimados em 11,6% do PIB em 2010, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Nos Estados Unidos, que possuem uma matriz multimodal estabelecida, essa fatia foi de 8,7%. O fato é que o Brasil deixou de fazer os investimentos necessários. Nas décadas de 1980 e 1990, o aporte governamental em logística ficou ao redor de 0,2% do PIB ao ano – países como China e Tailândia mantiveram uma média anual de 3,4% do PIB. A falta de investimentos nesse período ainda cobra o seu preço dos exportadores brasileiros. Mas a percepção do mercado hoje – não obstante os obstáculos e desafios mapeados nas próximas páginas – é que, aos trancos e barrancos,

174

BRASIL GLOBAL

English version page 249

o Brasil chegou a um novo patamar. Na última década, as vendas externas nacionais de produtos agrícolas mais que triplicaram, e o segmento de mineração embarcou 330 milhões de toneladas em produtos em 2011, mais que duas vezes o total em 2000.

11,6% é a fatia do PIB brasileiro que os custos com transporte e logística representam

Considerando apenas as vendas de soja, por exemplo, houve crescimento de 16 mil toneladas em 2001 para 33 milhões de toneladas em 2011, enquanto o comércio de minério de ferro chegou a 287 milhões de toneladas no

ano, o maior volume da história. O fato é que portos, ferrovias e estradas brasileiras deram conta do significativo aumento da carga transportada e exportada na última década. “Uma coisa é certa: os portos brasileiros conseguiram escoar o que tinha de ser escoado para o exterior. Em nenhum momento, eles foram inibidores do crescimento do comércio externo brasileiro”, diz Mauro Salgado, diretor administrativo e comercial da Santos Brasil, a maior operadora de contêineres do país, com três terminais, em Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA). O caso do Porto de Santos é sintomático. A movimentação total de carga nos últimos 11 anos mais que dobrou, saltando de 43 milhões de toneladas em 2000 para 97 milhões de toneladas em 2011. Os especialistas ouvidos pela Análise Editorial apontam que a próxima década deve ser positiva. A percepção é que os programas de concessão que foram colocados em prática desde o início dos anos 1990 e os investimentos governamentais mais recentes sugerem um quadro em que o Brasil finalmente poderá “tirar o pé da lama”. www.analise.com


STRINGER Brazil/Reuters

Apoio

Criança aguarda no Aeroporto de Guarulhos, estado de São Paulo: leilão do empreendimento, em 2012, arrematou 16,2 bilhões de reais

A partir de agora, é possível atacar as deficiências da infraestrutura logística nacional de maneira mais focada, buscando resolver obstáculos pontuais que efetivamente resultarão em ganho de eficiência para os exportadores. Na próxima página estão listados quatro desses gargalos, segundo os especialistas consultados. Um dos exemplos em torno dos quais existe mais otimismo é o atual projeto de expansão das ferrovias do Brasil. A percepção dos operadores logísticos é que, sendo cumpridas as metas pelos projetos em curso e aqueles previstos até 2020, o Brasil terá uma malha ferroviária satisfatória, pela primeira vez, em três décadas. Leia mais na página 177. Outro passo foi a realização das primeiras licitações para concessão da www.analise.com

operação dos aeroportos brasileiros à iniciativa privada no fim de 2011. O projeto começou com o aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, e passou para alguns dos maiores do país: Guarulhos e Campinas, no estado de São Paulo, e o aeroporto de Brasília. A partir de 2013, a expectativa é que outros locais sejam licitados. Leia mais na página 186. Seção especial logística 2012 – Esta seção especial de ANÁLISE BRASIL GLOBAL 2012 faz uma análise pontual da situação dos cinco principais modais de transporte no Brasil e lista as principais obras em andamento em cada área. Uma tabela com a movimentação dos portos brasileiros pode ser consultada na página 180, assim como a ficha completa dos oito

maiores portos e 14 maiores terminais por carga total, incluindo os principais produtos transportados e os pontos de acesso. Além disso, a edição apresenta o mapa das quatro mais relevantes hidrovias do país na página 184. As principais obras em curso nos aeroportos brasileiros podem ser consultadas na página 187, além de uma tabela com a movimentação de carga para importação e exportação, e uma descrição detalhada dos sete principais aeroportos que movimentaram mais de 10 mil toneladas em 2011. A análise das rodovias brasileiras e sua participação no sistema logístico nacional está na página 190, acompanhada do mapa dos principais sistemas rodoviários do país. Além das ferrovias, na página 194, e o mapa da malha dutoviária do Brasil. Boa leitura!  0 BRASIL GLOBAL

175


1

TABLE OF CONTENTS

yearbook

global BRAZIL

205 Special report

203 presentation

The way to gain the global market is through innovation

Brazil needs to tackle its bottleneck in order to gain competitive advantages

213 Companies

248 States

Analysis of Brazilian exporters and importers

The performance of Brazilian states in international trade

48 Largest by total trade

162 Exports by city

52 Exporter ranking

164 Products exported by state

58 Importer ranking

168 Exporters by state

216 Partners

249 Logistics

Profile of the 57 main trade partners of Brazil in 2011

The transport of cargo at ports, airports, roads, railways and waterways

231 products

251 Ports and waterways

The 74 main products exported by Brazil in 2011

253 Airports

2

254 Roads

118 The 74 most

exported products

255 Railways

120 The most exported items

3

256 Pipelines and storage

126 Exporters by product 203 Editorial

web

www.analise.com

To see the online version of this edition go to our web site

204 Methodology

PDF

Adobe

205 Staff

1 Ship of Brazilian mining giant Vale in Beijing 2 Model walks down the runaway at the 2012 Milan Fashion Week 3 Cattle in Miranda, Mato Grosso state Photos: 1. Biaman Prado/reuters, 2. Max Rossi/reuters, 3. Alex Almeida/Folhapress

202

BRASIL GLOBAL

www.analise.com www.analise.com


PRESENTATION

EDITORIAL

BRAZIL BLOOMS AMID TWO CRISES Refers to page 8

I

n the fifth edition of this yearbook, in 2010, Análise Editorial drew attention to the fact that Brazil had consolidated its share in the international market and that the time was right to think ahead. That year had 2009 as a reference, the period in which not only Brazil, but the world, felt the impact of the crisis triggered by the subprime sector in the United States. As mentioned earlier, also in that edition, our understanding was that 2009 was marked more by the strengths of the Brazilian economy than by its weaknesses. After the crisis subsided, the country collected itself and moved on. The figures of Brazil's international trade in 2011, included in the present edition of the ANÁLISE GLOBAL BRAZIL yearbook, leave no doubt that our perception was correct. Even though international trade was the economic sector that most suffered from the international crises, Brazil's insertion into the global market was unquestionable. An objective fact is trade flow, the result of exports plus imports during a period. In 2011, this figure amounted to US$ 482 billion – an all-time record for the country. And, except for the year of 2009, Brazil's overall international trade has grown steadily since 1999. Also in 2011, the index of the country's share in world exports was 1.6% - the best result since 1950, when international trade was led by the United States and United Kingdom. This does not mean that Brazil has overcome its major challenges nor that the international crisis, now shifted to the euro zone, will not cause hitches in the country's economic activity. The year of 2012 has produced enough indicators to show that the effects are definitely being felt over here. But, in regard to Brazil's position as a global market player, the results depend, in the very short term, more on external and cyclical factors, such as commodity prices and exchange rates, than precisely on the steps that can be taken internally. And this is troubling. The country’s export agenda continues diversified, as well as the commercial destinations. But the trend of concentrating on commodities and semi-finished products and the strong growth of China as Brazil's main trade partner are not viewed favorably by the www.analise.com

experts. It is not a problem for Brazil to become one of the largest exporters of commodities on the planet. After all, the country has enormous comparative advantages and should definitely exercise its vocation to gain markets. The problem is the very low productivity gains registered in the country. According to an article by economist Marcos Troyjo, director of BRICLab of Columbia University, published in May on the BBC website, Brazilian productivity grew 0.2% a year, meanwhile China registered an index of 4%. Productivity derives from investment costs. Production costs in Brazil are notoriously high and investments low. Therefore, the risk of manufactured products losing more and more space in the export agenda is high. And Brazil needs to reverse this equation, not only to increase its international market share but simply to keep what it has achieved until now. A part of the task is the responsibility of the government, which has shown a commitment to cut taxes on production, particularly in industry, and make the necessary investments to improve the logistics infrastructure, in addition to harnessing public spending. Another step, which is no less important, is up to the companies. They can not stop investing, especially in research and development, the so-called R&D, which is the driver of innovation. Aiming to look ahead, the team of Análise Editorial has focused on the two topics of this issue of ANÁLISE GLOBAL BRAZIL. Besides the traditional tables and rankings that characterize the yearbook, the special edition features two surveys. One refers to the importance of innovation to Brazil’s productivity gain and competitiveness and starts on page 20. The other offers a complete survey of the modal logistics, pointing out what is being done and what still needs to be done to improve Brazilian international trade (p. 173). Last but not least, we can not fail to thank our advertisers, who lend their support by financing this publication. They recognize the quality and usefulness of the work of Análise Editorial and its importance to Brazilian and international decision makers and opinion formers. As such, they help to finance the production of a publication with differentiated content so that more than 30 thousand readers can receive their copy on their desks free of charge. We would also thank the experts and companies that help us to create a better edition every year. Hopefully this is a good read and it will be useful to you! Silvana Quaglio

Publisher

PRESENTATION ApresentAção Apresent ApresentA ção

como manter o país nos trilhos O Brasil está no caminho certo, mas precisa resolver seus gargalos internos para não perder as conquistas da última década Gabriel attuy a

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a apresentação da edição de 2008 desta publicação – então intitulada Análise Comércio Exterior e Negócios Internacionais – o jornalista e presidente do conselho editorial da Análise Editorial, Eduardo Oinegue, argumentou que para ganhar espaço no mercado global o Brasil precisava “correr atrás do óbvio”. O “óbvio” era que um dos principais empecilhos ao avanço das exportações de produtos e serviços nacionais estava dentro das fronteiras do país, e não além delas. Para a maioria, a colocação, provavelmente, remete à infraestrutura logística brasileira. As deficiências dos nossos portos, aeroportos, estradas e ferrovias são notórias, e fazem parte do que os empresários gostam de chamar de “custo Brasil”. Nessa conta entram, também, a carga tributária, a regulação, muitas vezes confusa, e a dificuldade na realização de investimentos públicos ágeis e de qualidade. Lá em 2008, o ponto de Oinegue era que, superando essas limitações internas, o Brasil emitiria sinais mais claros às empresas estrangeiras que quisessem investir no país e ganharia competitividade para ocupar mais espaço com seus produtos no mercado mundial. Desde então, muita coisa mudou. O mundo enfrentou uma crise financeira cujo catalisador foi o colapso do mercado imobiliário nos Estados Unidos, e ainda em 2012, lida com a instabilidade aguda na União Europeia. Além das crises, nos últimos três anos, o Brasil alcançou alguns objetivos de longa data. Para começar, o

acesso dos exportadores brasileiros a mercados antes fechados efetivamente avançou. Em 2011, por exemplo, foi finalmente derrubada a sobretaxa de 54 centavos de dólar cobrada sobre o galão de etanol brasileiro exportado aos Estados Unidos. Os americanos também sofreram derrotas importantes no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação a barreiras impostas ao suco de laranja nacional e aos subsídios americanos aos seus produtores de algodão. O Brasil também deu um passo efetivo para diversificar sua base de clientes. Em 2000, os americanos e europeus respondiam por mais da metade da corrente de comércio brasileira, ao redor de 54%, enquanto a Ásia representava apenas 14%. Uma década depois, a fatia dos dois maiores caiu para perto de 35% e os asiáticos compraram mais de um terço de tudo o que o Brasil vendeu em 2011, liderados pela China. A África e o Oriente Médio, apesar de ainda menos expressivos, tornaram-se opções reais e, juntos, estão próximos de uma fatia de 10% do comércio exterior nacional. O processo de internacionalização das companhias brasileiras também deu um salto. O Brasil e executivos brasileiros comandam hoje a maior cervejaria do mundo e uma das cinco maiores em produtos de consumo – a Anheuser-Busch InBev –, a maior fornecedora de produtos de proteína animal – a JBS –, e a maior produtora global de suco de laranja, formada em 2011 após a fusão entre Citrovita e da Citrosuco, apenas para dar alguns exemplos. Outros pesos-pesados,

Planta da Alunorte no Pará: a competitividade dos produtos brasileiros no exterior passa por melhorias em logística e regulação interna

como a siderúrgica Gerdau, já contam com mais de metade da sua receita e de seus ativos no exterior. O país também se tornou líder tecnológico em alguns setores-chave, como a produção de biocombustíveis e de veículos, com motores bicombustíveis, e é um dos mercados mais promissores para a próxima década quando o assunto é o avanço do consumo. Ou seja, multinacionais que estão sofrendo na Europa e nos Estados Unidos devem voltar mais recursos para cá. As conquistas do país vieram acompanhadas de mudanças no cenário internacional. Em 2008 havia ainda uma esperança de que negociações, como a Rodada de Doha da OMC ou acordos bilaterais pudessem alavancar o comércio brasileiro. Agora, a perspectiva é que essas discussões estão mortas e

enterradas, e a concorrência no mercado global só vai crescer. Analisando o avanço brasileiro de 2008 a 2011 é seguro dizer que o balanço é positivo. E – se possível – o óbvio citado por Oinegue ficou ainda mais óbvio. A única maneira de o Brasil ampliar sua competitividade e seguir conquistando novos mercados é investindo para arrumar a casa. No campo da infraestrutura de logística, alguns passos já foram dados, como o novo plano de investimentos nas ferrovias e as primeiras licitações para a concessão de aeroportos. Entenda o que está sendo feito e o que ainda precisa sair do papel a partir da página 173, em uma seção especial que analisa, em detalhes, a malha brasileira. O aumento de incentivos para a inovação no setor produtivo também é fundamental para que companhias bra-

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sileiras possam ocupar mais e melhor o seu espaço no mundo. Os obstáculos e os bons exemplos de quem investe em pesquisa e desenvolvimento no país estão sendo tratados a partir da página 20, em uma reportagem especial. Além disso, esta sétima edição de ANÁLISE BRASIL GLOBAL continua trazendo o mais completo panorama da atuação do país no mercado mundial. As maiores empresas exportadoras estão ficando cada vez maiores: veja a partir da página 52 a lista de quem mais exporta e o avanço do processo de internacionalização das companhias. Um panorama detalhado do crescimento da atuação brasileira nos mercados da Ásia, do Oriente Médio e da África pode ser consultado a partir da página 63, e a análise exclusiva da pauta de exportações brasileiras por produto está na página 111. Boa leitura! 0 11

How to keep the country on track Brazil is on the right track but needs to find a solution for its internal bottlenecks so it doesn’t lose the progress made in the past decade Refers to page 10

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n the 2008 edition of this publication, formerly named Análise International Trade, journalist and editorial board president of Análise Editorial Eduardo Oinegue stated that to become a global market player, Brazil needs to “pursue the obvious.” What is “obvious” is that one of the main obstacles standing in the way of local product and service exports lies within the country’s boundaries and not beyond them. For most, this statement likely refers to Brazil's logistics infrastructure. The flaws of our ports, airports, roads and railways are notorious and are part of what entrepreneurs like to call the “Brazil Cost.” This bill also includes the tax burden, the regulations which are often confusing and the difficulty to make public investments with speed and quality. Oinegue's point was to say that in 2008 if the internal limitations had been overcome, Brazil would have given clearer signs to the foreign companies wishing to invest in the country and would have become a greater competitor in the global market. Since then, many things have changed. The world faced a financial crisis triggered by the subprime mortgage crisis in the United States and in mid-2012 it had to face the growing instability of the European Union. Despite the crises, Brazil managed to achieve some long-awaited targets in the past three years. To start off, the access of Brazilian exporters to markets that were formerly closed to them has grown significantly. For instance in 2011, the US$ 0,54 surcharge on every gallon of BrazilBRASIL GLOBAL

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