ANUÁRIO 2013
EDIÇÃO BILÍNGUE INGLÊS E PORTUGUÊS
BRASIL GLOBAL • AS CONTRIBUIÇÕES
E MAIS...
brasileiras para o mercado global
• AS COMPANHIAS
nacionais líderes em seus setores
• O SOBE E DESCE
do país e a sua posição no mundo
• OS EXPORTADORES
que mais avançaram e os que caíram
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
61
PARCEIROS COMERCIAIS
75
PRODUTOS EXPORTADOS
A balança de serviços • Negócios com o continente africano • Novas fábricas no país • Investimento estrangeiro direto • A lista das maiores empresas exportadoras e das importadoras
26
ESTADOS ANALISADOS ESPECIA LO G Í S L T I CA
8 a Edição
www.analise.com
4 .0 0 0 d ados so bre o transp ort cargas n e de o p a ís
Índice
A n u á rio
59
Um retrato da posição do país e de suas companhias no mercado mundial
10 16 22 24 26 28 30 31 32 35 36
Contribuições brasileiras
39
EMPRESAS
Empresas líderes Sobe e desce do Brasil Brasil e serviços digitais
Estrangeiros vão às compras Disputas e dumping Análise dos produtos Brasil e África Mapa das exportações
As 427 maiores exportadoras e importadoras
44 46 48
Maiores grupos empresariais Maiores por setor Maiores por comércio total
6 EDITORIAL 8 METODOLOGIA 4
64 66 68
Maiores parceiros
97
PRODUTOS
Fluxo global dos parceiros
Os 75 produtos mais exportados pelo Brasil em 2012
102 104 110
BRASIL GLOBAL
ESTADOS A atuação dos 26 estados e do DF no comércio
136 138
Exportações por município
143
Logística
Produtos por estado
Análise dos parceiros
Produtos mais exportados Itens mais exportados Análise dos produtos
Investimento direto Novas fábricas no Brasil
133
Os 61 principais parceiros do Brasil em 2012
BRASIL GLOBAL 10 o brasil no palco global
PARCEIROS
A movimentação em portos, aeroportos, rodovias e ferrovias
146 152 154 158 162
Portos e hidrovias Aeroportos Rodovias Ferrovias Dutos e armazenagem
NOTE TO the ENGLISh READERS The English language section was created to simplify the reading process, making the search for articles and tables more practical
I
n this eigth edition of ANÁLISE GLOBAL BRAZIL the Englishlanguage section startes on page 165. Working as a magazine within the magazine, which can be read or consulted separately by the reader, the English section has tables, graphs and photographs, in addition to translated news reports and articles, mirroring the structure of the Portuguese edition. As such, the reading of the English version becomes linear and does not require the reader to return to specific pages in the Portuguese content portion to acquire additional information. The bilingual content was maintained on the same page only in the cases of complex tables that occupy entire sections. The sections that include Portuguese and English content on the same page are identified with CONTENT the BILINGUAL seal. The numbers of the pages ENGLISH AND PORTUGUESE that list the Portuguese and English
content have been maintained. At the beginning of each section, the symbol indicates the page where the content is located in English. And the English version also includes a reference to the page in Portuguese. The table of contents for the English version is on page 166 and displays the location of that content in the issue. The contents of ANÁLISE GLOBAL BRAZIL have been available in bilingual format since its second edition in 2006. With this organization, Analise Editorial’s team seeks to enhance the experience of foreign readers interested in understanding in detail the role of Brazil and its companies in the global trade market. For more information about Análise Editorial and our publications please visit our website at www.analise.com or reach us on Facebook at www.facebook.com/ analiseeditorial.
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METODOLOGIA
OS CRITÉRIOS DA EDIÇÃO
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Conselho editorial English version page 167
Fontes de informação – A principal fonte de informação utilizada para a produção do anuário ANÁLISE BRASIL GLOBAL é a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Dados adicionais foram apurados com a Organização Mundial do Comércio (OMC), a base de dados de comércio exterior da Organização das Nações Unidas (ONU) – a UN Comtrade –, o World Factbook da Central Intelligence Agency (CIA), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e os aeroportos brasileiros que realizam transporte de cargas. Os dados referentes à sede, origem de capital e área de atuação das companhias analisadas nesta edição foram apurados nas próprias empresas e em fontes oficiais. Período do levantamento de dados – O levantamento de dados na
base de dados de comércio exterior da ONU – UN Comtrade – foi realizado entre 07 de janeiro de 2013 e 30 de março de 2013. Nesse período, as informações de 2012 de alguns países não tinham sido atualizadas. Nesses casos, estão apresentados os dados do ano anterior. Convenções e nomenclatura – Os valores de exportação, importação, comércio total e saldo estão em milhões de dólares FOB (Free On Board). Para facilitar a consulta e a organização das tabelas, em vários casos, foram usados abreviações e símbolos: EXP indica o valor das exportações, IMP indica o valor das importações, mi indica milhões, bi indica bilhões, ton indica toneladas e RK indica ranking. Adotou-se o padrão de duas casas decimais para os valores percentuais que representam participação e nenhuma para os que representam variação. Estrutura da publicação – Esta edição está dividida em quatro seções. 8
BRASIL GLOBAL
Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio e Alexandre Secco
1) Empresas – Apresenta o perfil Diretora-presidente das 427 maiores companhias por coSilvana Quaglio mércio total, segundo o ranking elaDiretor de conteúdo borado pela Secex, de acordo com as Alexandre Secco movimentações do ano de 2012. Nesta Diretor comercial seção está incluído o ranking dos 33 Alexandre Raciskas principais grupos empresariais exportadores do país, tomando por base as Rua Major Quedinho, 111, 16° andar empresas listadas entre as maiores exCEP 01050-904, São Paulo-SP portadoras. Tel. (55 11) 3201-2300 Fax (55 11) 3201-2310 2) Parceiros – Apresenta o perfil dos contato@analise.com 61 maiores parceiros comercias do www.analise.com Brasil. Os países analisados são aqueles em que, considerando a soma das exportações e importações, os valores do comércio superaram 1 bilhão de BRASIL GLOBAL dólares em 2012. PUBLISHER Silvana Quaglio 3) Produtos – Apresenta o perfil e o EDITOR Alexandre Secco desempenho dos 75 produtos mais Editor executivo: Gabriel Attuy exportados pelo Brasil em 2012, que Gerente de pesquisa e distribuição: Ligia Donatelli são todos os que somaram vendas su- Coordenador de conteúdo: Vinicius Cherobino periores a 90 milhões de dólares no Coordenadora de distribuição: Juliane Almeida de arte: Bruna Pais Equipe de ano. Para chegar a essa lista, a equipe Coordenadora conteúdo: Ana Carolina Freitas, Bruno Maddalena, de Análise Editorial analisou e clas- Patrícia Silva, Paula Quintas, Taiane Silva e Tais sificou todos os 8.026 itens discrimi- Souza Equipe de pesquisa: Alberto Barbosa, Otero, Anna Carolina Romano, Bárbara nados na Nomenclatura Comum do Amanda Saryne, Bianca Barros, Claudia Barbosa, Fernanda Mercosul (NCM), que cataloga todos Chiarato, Gabriel Magno, Janaina Neves, Jessica os itens exportados e importados pelo Cidrao, Leandro Lourenço, Luiza Chagas, Marcella Bertini, Mayara Rovick, Ricardo Borges, Txai Zerbeto, Brasil. Depois, agrupou os itens de Yago Rudá, Yasmin Gomes e Yuri Damacena acordo com a lógica da cadeia produ- Designers: Ágata Yamashiro e Régis Schwert de TI: Cristiano Carlos da Silva Equipe tiva – considerando o setor, a forma Coordenador de TI: Felipe Cavalieri e Leandro Akira Revisão: Mary de produção e os métodos de exporta- Ferrarini Tradução: Sogl Traduções ção similares – e somou os valores de exportação dos grupos resultantes de Publicidade/Gerentes de negócios: Alessandra Soares e Márcia Pires Assistente: Felipe Ricelle itens em 2012. 4) Estados – Apresenta o perfil e o de- Atendimento e apoio administrativo: Fábio Lopes, sempenho dos 26 estados brasileiros e Giseli Monteiro do Distrito Federal no comércio exteAuditoria rior, segundo uma série de indicadores ISSN 1808-9240 relativos ao ano de 2012. Edição bilíngue – Esta edição é biTiragem: 30.000 língue e todo o seu conteúdo é apresentado em português e inglês. Na página 165 tem início a versão em Impressão: Plural Editora e Gráfica Ltda. inglês. Em alguns casos, o conteúdo Impresso em setembro de 2013 de tabelas é apresentado em português Operação em Bancas: Assessoria: EdiCase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas: FC e inglês na mesma página. Essas páCONTENT e Distribuidora S/A Manuseio: FG Press www.fgpress. . Comercial ginas estão indicadas com o selo BILINGUAL com.br Distribuição Dirigida: Door to Door www.d2d.com.br O símbolo , no início das reportagens em português, indica a página em que é possível encontrar a versão em inglês daquele texto na edição. 0 A n u á rio
ENGLISH AND PORTUGUESE
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Claro Cortes/reUters
ESPECIAL
Trabalhadores montam jato ERJ-145 da Harbin Embraer na China: empresa brasileira é a terceira maior do mundo na produção de aviões e de jatos executivos
Especial
as CONTRibuições brasileiras PARA O mercado GLOBAL Conheça cinco áreas em que o Brasil e suas empresas são líderes em inovação e contribuíram com soluções que ganharam o mundo English version page 168
A
viões de médio porte, exploração de petróleo em águas profundas, celulose de eucalipto, compressores de geladeira e uso de etanol no transporte. O Brasil é líder global em todas essas áreas e teve papel fundamental no desenvolvimento e na disseminação de novas tecnologias relacionadas pelo mundo. Resultado de altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento dos setores privado e público nacional, os segmentos listados acima são exemplos de contribuições efetivas das empresas brasileiras para o mercado global, seja no desenvolvimento de tecnologia, na popularização de produtos mais eficientes e sustentáveis, ou com novas ideias que revigoraram áreas já estabelecidas do mercado. Nas últimas décadas, diversas inovações brasileiras passaram a ter um papel cada vez mais destacado no mundo e, em certos www.analise.com
casos, apontam o caminho para o futuro. A troca de conhecimento, tecnologia e produtos apontam para a inserção do país no mundo globalizado, influenciando e sendo influenciado por outros mercados. Um dos principais exemplos está no nicho dos biocombustíveis. Em nenhum outro lugar do mundo há uma experiência com a escala nacional do Brasil em usar etanol como combustível para veículos, incluindo o transporte público, o que indica que a utilização dos biocombustíveis como substitutos dos derivados de petróleo é algo factível em médio prazo. Confira, nas próximas páginas, cinco entre as principais contribuições brasileiras para o mercado global nos últimos anos. Os exemplos a seguir mostram como a combinação de planejamento, investimentos e parcerias entre os setores público e privado podem abrir cada vez mais espaço para o Brasil e suas companhias no mundo. BRASIL GLOBAL
11
ESPECIAL
1 liderança global em voos regionais A Embraer ganhou destaque mundial ao fabricar aviões de médio porte e jatos mais eficientes que os da concorrência. A parceria com o Instituto de Tecnologia de Aeronáutica (ITA) contribui com pesquisa e mão de obra
A
A parceria já resultou em grandes inovações e aeronaves que ganharam o mercado mundial. O Super Tucano, o turboélice militar da Embraer, é um exemplo. Não só por atuar tanto no patrulhamento quanto no treinamento de pilotos de caça com menor consumo de combustível, mas também pelo sucesso comercial. Destaque para a venda de 20 aviões, por 427,5 milhões de dólares para a Força Aérea dos Estados Unidos, em uma negociação inimaginável para a aviação brasileiras até então. Os aviões da Embraer foram vendidos para 90 países. Desafios para o futuro – A Embra-
er, agora, quer avançar nas grandes aeronaves. Contando com competidores mais estabelecidos no setor, contudo, a empresa vai precisar manter a estratégia agressiva para repetir o sucesso que teve com aviões menores.
Carlos Barria/reUters
Embraer é líder na entrega de jatos (com turbinas) e aviões (com hélices) de 70 a 120 assentos, tendo 60% da produção desse tipo de aeronave no mercado mundial em 2012. Em apenas uma década, a receita líquida da empresa brasileira cresceu 57% para 12,2 bilhões de reais, o que transformou a empresa na quarta maior companhia de aviação do mundo, atrás apenas das americanas Airbus e Boeing e da canadense Bombardier. Desde a privatização em 1994 (o
governo é sócio minoritário e pode vetar decisões estratégicas), a Embraer decidiu manter o foco em aeronaves menores para aviação regional. Foram dois os principais motivos. Primeiro, o nicho de aeronaves médias tem concorrência menos agressiva por oferecer lucratividade por assento menor que as grandes aeronaves. Segundo, a Embraer apostou no aumento da necessidade de transporte aéreo de pequenas e médias cidades. Foi essa visão estratégica que alimentou o crescimento da Embraer e garantiu ao Brasil destaque em um setor que mal atuava 50 anos atrás. Para dar conta dos desafios tecnológicos, a Embraer reforçou sua tradicional parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, que fornece funcionários qualificados e atua em pesquisa e desenvolvimento.
Bomba de etanol imita uma espiga de milho em evento nos Estados Unidos: o Brasil criou a maior alternativa renovável ao uso dos derivados de petróleo como combustível para transporte
ESPECIAL
2 Combustível renovável e motor flexível Ao criar a nova categoria de motores flex alimentados pelo biocombustível de cana-de-açúcar, o Brasil mostrou a viabilidade da substituição dos derivados de petróleo para veículos em escala nacional
F
oram consumidos, no Brasil, 17,7 bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar em 2012. No mercado total, o etanol responde por uma fatia de 14% de todo o combustível consumido no país. O que esses números retratam é a principal iniciativa em escala comercial no mundo para substituição dos derivados de petróleo como combustível para transporte pelos biocombustíveis. E tudo foi feito no Brasil. As origens do biocombustível estão no Proálcool. Desenvolvido no fim da
92%
dos veículos leves em circulação no Brasil contam com motores flex
década de 1970, o projeto foi imaginado como uma maneira de diminuir a dependência da gasolina e do diesel importados, especialmente por conta do aumento do preço internacional do petróleo. O projeto do governo também apostou em uma cultura agrícola – cana-de-açúcar – bastante desenvolvida no país. Ocorre que, alguns anos depois do seu lançamento, a estabilização do preço do petróleo acabou retirando os investimentos governamentais e a motivação para a continuação e expansão do projeto. Pouco a pouco, tanto o Proálcool quanto o uso do etanol de cana como combustível acabaram se transformando em um nicho menor no Brasil. E continuaria assim se não fosse uma evolução tecnológica criada no país pelas montadoras internacionais, por centros de pesquisa em universidades e órgãos governamentais, como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). A virada acontece no início dos anos 2000. Os carros flex revolucionam o mercado ao oferecer, no mesmo motor, a possibilidade de uso de dois combustíveis com praticidade. O primeiro modelo comercial, produzido pela Volkswagen, começou a ser vendido em 2003 e marcou o renascimento do setor. Dois anos depois do lançamento, os flex já representavam 40% do mercado de veículos nacionais. Em 2012, responderam por 92% do mercado. Desde então, o Brasil, que conta com a quarta maior frota de automóveis no mundo, tem nada menos que 20 milhões de carros flex rodando, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Caminho para a internacionalização – Com o avanço do biocom-
bustível no Brasil, o governo brasileiro passou a investir na imagem do etanol de cana e tentar vendê-lo como alternativa ao mercado internacional. O etanol passou a ser propagandeado como uma das soluções para as
discussões internacionais sobre a redução das emissões de carbono. Na época, ficou famosa a declaração do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizendo que o Brasil era “Arábia Saudita verde” por conta do etanol. Estava aberto um novo mercado com o biocombustível. O Brasil começou a exportar para uma série de países como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul que, em linha geral, passaram a usar o etanol na mistura com os derivados de petróleo (se a taxa de etanol na mistura for de até 10% do total, os motores a gasolina não precisam ser modificados). Em 2012, esse setor gerou 2,1 bilhões de dólares para a balança comercial do país. O promissor mercado de etanol passou a atrair outros países do mundo. O exemplo mais bem-sucedido são os Estados Unidos. De um importador líquido do etanol brasileiro em 2009, o país passou a vender o seu etanol de milho aos brasileiros dois anos depois, ajudando a suportar a oferta enfraquecida por conta de problemas na safra nacional e do aumento no preço do açúcar no mercado internacional. Juntos, os brasileiros e os americanos são responsáveis por cerca de 87% da produção do setor. Paralelamente ao avanço do etanol de cana brasileiro, várias outras iniciativas de motores flexíveis ganharam espaço ao redor do mundo. Entre os principais destaques estão os motores híbridos, desenvolvidos inicialmente pela japonesa Toyota, que podem utilizar eletricidade e os derivados de petróleo no mesmo carro. O sucesso futuro do etanol como um biocombustível global depende de uma série de fatores. Avanços tecnológicos que garantam rendimento equivalente ao da gasolina e do diesel surgem como fatores críticos, assim como o aproveitamento de todos os resíduos da planta (conhecido como etanol celulósico). Além disso, o etanol precisa superar a concorrência com a eletricidade para transporte, usada em vários países, e o petróleo no pré-sal no Brasil. BRASIL GLOBAL
13
ESPECIAL
Empresas brasileiras líderes Conheça sete casos de companhias de capital nacional que dominam os mercados em que atuam no mundo
16
BRASIL GLOBAL
A
chegada do Brasil na posição de sexta maior economia do mundo, em 2007, aconteceu paralelamente ao surgimento de grandes corporações nacionais que, com o avanço da globalização, estão entre as líderes mundiais ou conquistaram grande destaque em seus setores de atuação. Para chegar a esse patamar, as empresas brasileiras contaram com uma série de fatores. Primeiro, foram beneficiadas por um contexto macroeconômico favorável. A crise financeira, iniciada em 2008, atingiu especificamente corporações internacionais em mercados desenvolvidos, em especial na União Europeia. A movimentação enfraqueceu a concorrência internacional, facilitando a adoção de políticas agressivas de fusões e aquisições. Assim, estabelecidas no Brasil, essas companhias passaram a buscar espaço em outros países. O bom ritmo econômico no país também teve influência. O crescimento do produto interno bruto do país nos últimos dez
English version page 171
anos foi, em média, 3,8% e garantiu fôlego para as empresas se expandirem para outras partes do mundo. Outro dado importante que ajuda a entender o surgimento dessas empresas, é o fomento governamental. A política de criação de campeões nacionais, estruturada em meados dos anos 2000, apostou em financiamentos com juros menores fornecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre 2007 e 2013, estimativas apontam que o BNDES desembolsou 18 bilhões de reais em projetos de internacionalização de empresas brasileiras. A aposta teve consequências no investimento de empresas brasileiras no exterior, chamado de Investimento Brasileiro Direto no Exterior (IBD). O IBD registrou, segundo dados do Banco Central, 13,7 bilhões de dólares em 2012, alta de mais de seis vezes ante os 2,3 bilhões de dólares registrados em 2002. Nas páginas a seguir, o leitor encontrará sete entre os principais exemplos de empresas brasileiras que dominam seus mercados globalmente. www.analise.com
Vladimir Weiss/Bloomberg via Getty Images
Linha de produção de cerveja em fábrica em Praga, na República Tcheca: AB InBev produziu 40 bilhões de litros de cerveja em 2012
AB InBev (Grupo 3G Capital) Fundação: 2004 Nº de funcionários: 118 mil Países em que atua: 23 Uma típica família americana que almoça na rede de fast-food Burger King, coloca ketchup Heinz nas suas batatas-fritas e bebe uma garrafa da americaníssima cerveja Budweiser, está consumindo produtos de empresas controladas por brasileiros todos os momentos. O cenário ilustra o crescimento do país em bebidas e alimentos no mundo na última década. A empresa brasileira de investimentos 3G Capital, fundada por Jorge Paulo Lemann, um dos sócios da Ambev, é a controladora da AB InBev, da rede Burger King e assumiu, em fevereiro de 2013, o controle da Heinz. Tudo começou com a formação da AB InBev, a maior cervejaria do mundo com produção de 40 bilhões de litros anualmente (20% do total www.analise.com
mundial). Em 2012, a companhia teve receita de 39,8 bilhões de dólares, avanço de 1,8% em relação ao ano anterior. O grupo, que conta com aproximadamente 200 marcas de cervejas, tem presença em 23 países e emprega mais de 118 mil pessoas. A AB InBev foi formada por uma série compras iniciadas em agosto de 2004 quando as maiores cervejarias brasileira e belga, Ambev e Interbew, anunciaram fusão formando a InBev. A partir do acordo de integração, o grupo passou a adotar uma agressiva política de fusões e aquisições de cervejarias espalhadas pelo mundo. Entre os destaques estão a compra da chinesa Fujian Sedrin, da canadense Lakeport e da argentina Quinsa. Finalmente, da aquisição da norte-americana Anheuser-Busch, em 2008, por 52 bilhões de dólares, nasceu o grupo AB InBev, a quinta maior companhia de produtos de consumo do mundo. A expansão da 3G Capital para o setor de alimentos acontece nos anos seguintes. A empresa adquiriu o Burger King por quatro bilhões de dólares em 2010 e, na sequência, abriu o
seu capital. Hoje, a rede de fast-food é a segunda maior do mundo, com 12 mil lojas distribuídas em 76 países. A mais recente compra no setor de alimentos aconteceu em parceria com o investidor americano Warren Buffett. O fundo brasileiro e Buffett compraram a Heinz por cerca de 28 bilhões de dólares no início de 2013. A maior produtora de ketchup do mundo tem 60% do mercado americano e 26% do mercado mundial. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste brasileiro, aprovou a operação sem restrições meses depois do anúncio. Investimentos futuros – No início de 2013, a AB Inbev anunciou a compra de 50% do capital da empresa mexicana Modelo por 20,1 bilhões de dólares. Após a negociação, o órgão antitruste do governo dos Estados Unidos abriu um processo para analisar a negociação. O Departamento de Justiça, que no início alegou temor de aumento dos preços da cerveja no país por conta da concentração, aprovou a negociação em agosto de 2013. BRASIL GLOBAL
17
ESPECIAL
Básicos lideram avanço Os cinco produtos que mais ganharam espaço na pauta, entre 2007 e 2012 geraram 6,1 bilhões de dólares a mais em vendas
E
ntre 2007 e 2012, as exportações brasileiras em dólar de milho, arroz, algodão, amendoins e embarcações tiveram os maiores avanços percentuais. Em cinco anos, os produtos, juntos, passaram de 2,5 bilhões de dólares para 8,1 bilhões de dólares. As exportações de milho saltaram de 1,9 bilhão de dólares em 2007 para 5,3 bilhões de dólares em 2012, um avanço de 179%. O crescimento da produção do grão no Brasil, que culminou na safra recorde em 2011/2012, com 72,7 milhões de toneladas segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ajuda a explicar o avanço. Além disso, o apoio governamental também beneficiou a produção da cultura. Outra cultura beneficiada por subsídios do governo federal, o arroz, tam-
bém avançou nas exportações. Na safra 2010/2011, o apoio oficial chegou a 1,1 bilhão de reais e as vendas avançaram 930% nos cinco anos para 546 milhões de dólares em 2012. O algodão viu suas exportações chegar a dois bilhões de dólares em 2012, ante 510 milhões vendidos em 2007. Ao manter o ritmo de vendas, o algodão caminha para transformar o Brasil no segundo maior exportador do mundo na safra 2012/2013, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A demanda global do setor têxtil e a estiagem que atingiu os Estados Unidos durante o ano de 2012 também beneficiaram o produto nacional. As vendas externas de amendoins aproveitaram o crescimento do preço internacional do produto, enquanto as safras se mantiveram estáveis. A safra
930%
Arroz
357%
Embarcações
292%
Algodão
Amendoins
206%
179%
Milho 34
1000
800
600
0
em %
400
200
Avanço das exportações entre 2007 e 2012
2011/12 caiu 3% em relação à safra 2007/2008, com a produção de 294,7 mil toneladas. Os preços melhores incentivaram os produtores no Brasil a ampliar a área plantada para atender, principalmente, o mercado europeu. As exportações dos amendoins foram de 110 milhões de dólares em 2012 ante 36 milhões em 2007. O salto nas exportações de óleo de amendoim também foi expressivo, saindo de 11 milhões de dólares em 2007 para 84,7 milhões de dólares em 2012. O setor de embarcações, por conta do longo período de fabricação, oscila bastante na balança comercial. Em 2012, as exportações registraram 768 milhões de dólares, enquanto, em 2007, as vendas estavam em 168 milhões de dólares. Cingapura, Holanda e Inglaterra são os principais clientes dos estaleiros nacionais.
BRASIL GLOBAL
8,1 bi
de dólares foi o valor somado das exportações dos cinco produtos em 2012 www.analise.com
ESPECIAL
O Brasil no continente africano Confira o avanço das exportações brasileiras para o continente africano na última década e os principais destaques no comércio os Maiores clientes 2012
O Egito, tradicionalmente o principal parceiro brasileiro no continente, comprou 1,2 bilhão de dólares de açúcar e carne bovina do Brasil em 2012, o que representou 47% de tudo o que o parceiro adquiriu no mercado brasileiro.
Exportação do Brasil US$ mi
1
Egito
2.712
2
África do Sul
1.765
3
Argélia
1.170
4
Angola
1.145
5
Nigéria
1.067
6
Congo
A África do Sul aumentou a compra de produtos nacionais em 5%, para 1,8 bilhão de dólares. O resultado fez o Brasil ultrapassar os índices registrados com os sulafricanos antes da crise financeira de 2008.
352
As exportações do Brasil para a Argélia caíram 22% em 2012 ante o ano anterior, para 1,1 bilhão de dólares. O parceiro diminuiu as importações de petróleo, milho e trigo brasileiro, o que contribuiu para o resultado.
Evolução das exportações brasileiras por região A variação, de 2002 a 2012, das vendas externas de produtos brasileiros por continentes
80 US$ bi
A África registrou o segundo maior crescimento, em porcentagem, na compra de produtos brasileiros na última década. As vendas para o continente saltaram de dois bilhões de dólares para 12 bilhões de dólares, o que significa um avanço de 517%. O resultado foi reflexo da diversificação da pauta brasileira, com a redução das exportações aos Estados Unidos e à União Europeia. Egito, África do Sul, Argélia, Angola e Nigéria puxaram as vendas aos africanos. Apenas a Ásia teve desempenho melhor nesses dez anos. As compras saltaram de nove bilhões de dólares em 2002 para 75 bilhões de dólares em 2012, alta de 733%. A demanda do mercado asiático por produtos básicos ajudou o Brasil a ampliar as exportações, com destaque para minério de ferro e soja.
80
Ásia África América do Norte
60
60
América do Sul e Central Europa
40
40
20
20
0
002
04 www.analise.com
06
08
10
12 BRASIL GLOBAL
35
ESPECIAL
O destino das exportações
AMÉRICA DO NORTE
34
bilhões de US$
As exportações brasileiras para os parceiros do Mercosul caíram 18% em 2012, para 23 bilhões de dólares. Os produtos industrializados responderam por 21,1 bilhões de dólares, 91% de tudo o que foi vendido para o bloco. AMÉRICA DO SUL E CENTRAL
45
36
BRASIL GLOBAL
bilhões de US$
www.analise.com
ESPECIAL
O quadro indica o total de exportação do Brasil por região do globo em 2012
EUROPA
53
bilhões de US$
ÁSIA ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO
24
75
bilhões de US$
bilhões de US$
OCEANIA
0,5
www.analise.com
bilhão de US$
BRASIL GLOBAL
37
Empresas
as maiores importadoras Os gráficos detalham dados sobre as 250 maiores importadoras no ranking do comércio brasileiro em 2012
As 10 maiores empresas importadoras em 2012 2012 2011
Importação US$ mi
32.088
1
1
PETROBRAS
2
3
SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA
3
2
CISA TRADING
2.882
4
5
BRASKEM
2.804
5
4
EMBRAER
2.763
6
6
VOLKSWAGEN DO BRASIL
2.580
7
10
TOYOTA DO BRASIL
2.320
8
9
9 10
3.497
FORD BRASIL
1.871
11
FIAT
1.656
13
RENAULT DO BRASIL
1.589
20%
Os 10 maiores déficits
O déficit da Petrobras na pauta do comércio exterior avançou 30%, para 9,9 bilhões de dólares, e registrou o maior déficit da empresa desde 1995, quando este número chegou a 11,8 bilhões. A demanda interna por combustível fóssil cresceu junto com a renda da população, além da queda no consumo de etanol. Além disso, o governo manteve os preços da gasolina subsidiados nas bombas. Assim, a estatal teve de importar 5% a mais do derivado de petróleo em relação a 2011. A LG Electronics elevou as importações em 70% e saltou sete posições no ranking dos maiores déficits, da 12ª colocação para a quinta.
2012 2011
Déficits US$ mi
1
1
PETROBRAS
(-9.978)
2
3
SAMSUNG ELETRÔNICA DA AM.
(-3.497)
3
2
CISA TRADING
(-2.882)
4
9
TOYOTA DO BRASIL
(-1.400)
5
12
LG ELECTRONICS
(-1.341)
6
7
SYNGENTA
(-1.321)
7
6
FERTILIZANTES HERINGER
(-1.255)
8
5
BUNGE FERTILIZANTES
(-1.224)
9
10
YARA BRASIL
(-1.102)
10
8
MOSAIC FERT. DO BRASIL
(-1.003)
A Petrobras representa 14% das importações brasileiras, o que a faz a maior importadora do país. As compras da estatal no mercado externo chegaram a 32 bilhões de dólares em 2012, crescimento de 5% ante o ano anterior. Com a procura cada vez maior por tablets e smartphones no Brasil, a Samsung importou mais. Assim, a empresa de eletrônicos ultrapassou a Cisa Trading e passou a ocupar a segunda colocação. Entre as dez principais importadoras, cinco são montadoras de automóveis, o principal setor na importação.
A pauta de importação O perfil das 10 maiores empresas deficitárias em 2012
Produtos básicos
10%
90% Produtos industrializados
45
40
número de empresas importadoras
40
Em milhares
45
42 mil
35 35
30 30
25 25 20 20 02
42
04
06
BRASIL GLOBAL
08
10
12
A chegada contínua de produtos das empresas asiáticas ao mercado interno atingiu setores como o de calçados, têxteis e peças. Fábricas fecharam e a fatia da importação aumentou. Isso significou um crescimento no número de empresas importadoras. Em 2012, foram 42 mil empresas, alta de 35% ante o total em 2002.
origem do capital Nacionalidade do controlador entre as 250 maiores importadoras de 2012
Brasileiro
48% Estrangeiro www.analise.com
52%
Empresas
o que mudou de 2011 a 2012 Informações mais detalhadas sobre as empresas que mais avançaram no ranking de exportação e importação
As 10 maiores exportadoras em valor adicionado 2012 2011
Exportação US$ mi
1
10
LOUIS DREYFUS BRASIL
+780
2
29
STATOIL BRASIL
+777
3 147
EMBRAER
+742
4
-
ESTALEIRO BRASFELS
+675
5
55
SINOCHEM PETRÓlEO BRASIL
+614
6
14
ADM DO BRASIL
+504
7
49
BG E&P BRASIL
+456
8
43
NIDERA SEMENTES
+409
9
-
ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL
+405
10
-
CONSÓRCIO RIO PARAGUAÇU
+382
As 10 maiores importadoras em valor adicionado 2012 2011
As fabricantes de plataformas de petróleo, Estaleiro Brasfels, Estaleiro Atlântico Sul e Consórcio Rio Paraguaçu, apareceram pela primeira vez na lista das empresas exportadoras com maior valor adicionado. O tipo de negócio, com produção de anos, gera essa movimentação.
Importação US$ mi
+1.619
1
1
2
71
TOYOTA DO BRASIL
3
18
GENERAL MOTORS DO BRASIL
+558
4 243
LG ELECTRONICS
+553
5
3
SAMSUNG ELETRÔNICA DA AM. +495
6
-
PORTO DO PECÉM GER. DE EN.
PETROBRAS
+579
+375
7 215
COMANDO DA AERONÁUTICA
+371
8
-
CAL-COMP INDÚStria E COM.
+344
9
6
VOLKSWAGEN DO BRASIL
+344
10
25
VALE FERTILIZANTES
+331
As montadoras de automóveis alavancaram as importações no ano passado, e três empresas do setor tiveram os maiores valores adicionados em importações. Os maiores avanços nas importações ficaram com a Toyota, 33%, e a General Motors, com 60% a mais ante o ano de 2011.
As novas empresas exportadoras e importadoras na lista O quadro lista o desempenho das novas exportadoras e importadoras que figuraram no ranking das 250 maiores em 2012 2012
Exportação US$ mi
2012
Exportação US$ mi
2012
Importação US$ mi
2012
1
CITROSUCO AGROINDÚSTRIA
745
24
FIAGRIL
176
1
PORTO DO PECÉM GER. DE ENER. 414
24
WELDMATIC AUTOMOTIVE
146
2
ESTALEIRO BRASFELS
733
25
SLC AGRÍCOLA
173
2
CAL-COMP IND. E COM.
405
25
SOUTH SERVICE TRADING
146
3
CHS AGRONEGÓCIO
722
26
OGX PETRÓLEO E GÁS
172
3
TP VISION IND. ELETRÔNICA
296
26
MASA DA AMAZÔNIA
141
4
U T C ENGENHARIA
470
27
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA
164
4
HYUNDAI MOTOR BRASIL
290
27
GE OIL & GAS DO BRASIL
141
5
BRASKEM QPAR
409
28
BAYER
158
5
THINKTECH IND. E COM. DE INF. 276
28
ALPARGATAS
141
6
ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL
405
29
VALE MINA DO AZUL
149
6
SECRET. DE Estado DE T. DO RJ 272
29
MONSANTO DO BRASIL
137
7
ANGLO AMERICAN BRASIL
386
30
O TELHAR AGROPECUÁRIA
146
7
REFINARIA ABREU E LIMA
230
30
VESTAS DO BRASIL EN. EÓLICA 136
8
CONSÓRCIO RIO PARAGUAÇU
382
31
VALLOUREC & SUMITOMO
142
8
ELDORADO BRASIL CELULOSE
211
31
IND.S NUCLEARES DO BRASIL
9
AURORA
350
32
CIA. SIDER. VALE DO PINDARÉ
142
9
UTE PORTO DO ITAQUI
210
32
METSO PAPER SOUTH AMERICA 134
10
GLENCOREIMP. E EXP.
342
33
EMPRESA BRA. DE ENGENharia 136
10
ESTAÇÃO TRANS. DE ENERGIA
198
33
FERTIGRAN FERTILIZANTES
127
11
GE OIL & GAS DO BRASIL
292
34
OXÍTENO NORDESTE
135
11
PLASINCOIMP. E EXP.
191
34
FERTILIZANTES TOCANTINS
127
12
JBS AVES
264
35
BUNGE FOOD SERVICE
132
12
FERTIPAR FERT. MATO GROSSO 187
35
CLIMAZON INDUSTRIAL
126
13
SJC BIOENERGIA
237
36
COMANDO DA AERONÁUTICA
132
13
MAN LATIN AMERICA
181
36
SOUZA CRUZ
126
14
DOW CORNING S. DO BRASIL
230
37
CONTINENTAL PROd. AUTOM.
132
14
CHEMINOVA BRASIL
179
37
CHS AGRONEGÓCIO
125
15
MARSAM METAIS
223
38
RANDON
131
15
MILÊNIA AGROCIÊNCIAS
174
38
HALLIBURTON SERVIÇOS
124
16
FRONTEIRA COM. DE CEREAIS
221
39
NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA 131
16
PENÍNSULA INTERNATIONAL
165
39
NORTOX
123
17
MARASCA COM. DE CEREAIS
208
40
NOVARTIS
130
17
DUFRY DO BRASIL
164
40
LOJAS RENNER
122
18
D.E CAFÉS DO BRASIL
204
18
DURATEX
161
41
FERRERO DO BRASIL
121
19
AGROEXPORT TRAD. E AGRONEG. 196
19
DAX OIL
157
42
BOSTON SCIENTIFIC DO BRASIL 121
20
VOITH PAPER MÁQ. E EQUIP.
191
20
SHELL BRASIL
153
43
ZARA BRASIL
21
CEAGRO
187
21
PROMONLOGICALIS
147
44
VALTRA DO BRASIL
119
22
COOAMAT
183
22
HELICÓPTEROS DO BRASIL
147
45
DENSO DO BRASIL
118
23
SIEMENS
181
23
ARYSTA LIFESCIENCE DO BRASIL 147
46
SALOBO METAIS
118
www.analise.com
Importação US$ mi
BRASIL GLOBAL
135
120
43
Empresas Companies
exportadoras por setor EXPORTERS BY SECTOR
Legenda Footnote ▲ Subiu no ranking Gained positions ▼ Caiu no ranking Lost positions
Os quadros listam os principais setores de exportação e suas maiores empresas The tables list the main exporters sectors and the biggest companies Sid. e metalurgia Steel and metallurgy
Agroindústria Agribusiness Exportação Exports US$ mi
12 11
12 11
1 THYSSENKRUPP CSA
1.980
▲
2
3 CBMM
1.900
▼
3
2 ARCELORMITTAL BRASIL
1.200
4
4 GERDAU AÇOMINAS
1.094
5
7 USIMINAS
1.085
▲
6
6 ALBRAS
752
▲
★
7
- PARANAPANEMA
610
2.146
▼
8
5 CSN
529
9 SEARA ALIMENTOS
1.725
★
9
- FLEXIBRAS TUBOS FLEXÍVEIS
- AMAGGI
1.604
1 BUNGE ALIMENTOS
6.321
2
2 CARGILL AGRÍCOLA
4.151
3
3 ADM DO BRASIL
3.843
▲
4
5 LOUIS DREYFUS BRASIL
3.399
▲
5
6 JBS
2.847
▲
6
7 BRASIL FOODS (BRF)
2.602
▼
7
4 SADIA
2.586
8
8 COPERSUCAR
9 10
12 11
▲
10 10 CLAREX
Mineração Mining 12 11
12 11
Exportação Exports US$ mi
1
1 BRASKEM
▲
2
3 BASF
346
▼
3
2 ALCOA ALUMINA BRASIL
308
4
4 RHODIA
284
5
6 LANXESS DO BRASIL
207
6
9 RECOFARMA
203
7
7 CIA. BRA. DE ESTIRENO
200
★
8
- BAYER
158
427
▼
9
8 SYNGENTA
150
253
★
10
- OXITENO
134
Veículos e peças Autos and parts
Exportação Exports US$ mi
Nova empresa no ranking New company
Químicos Chemicals
Exportação Exports US$ mi
1
1
★
★
3.468
Máq. e equipamentos Machinery and equip.
Exportação Exports US$ mi
12 11
Exportação Exports US$ mi
1
1 VALE
25.570
▲
1
3 CATERPILLAR BRASIL
1.879
1
1 WEG EQUIP. ELÉTRICOS
774
2
2 SAMARCO MINERAÇÃO
3.230
▼
2
1 VOLKSWAGEN DO BRASIL
1.708
▲
2
5 TECSIS
530
3
3 NAMISA
1.483
▲
3
5 FORD BRASIL
1.444
★
3
- MICHELIN
412
4
4 ALUNORTE
1.212
▼
4
2 GENERAL MOTORS DO BRASIL
1.429
▼
4
2 FMC TECHNOLOGIES
252
5
5 KINROSS BRASIL MINERAÇÃO
751
▲
5
7 RENAULT DO BRASIL
1.219
▼
5
3 THYSSENKRUPP METALÚRGICA
227
▲
6
7 ANGLOGOLD ASHANTI
610
▼
6
4 FIAT
1.155
6
6 STIHL FERRAMENTAS
208
▼
7
6 MINERAÇÃO MARACÁ
597
▼
7
6 MERCEDES-BENZ DO BRASIL
1.077
★
7
- VOITH PAPER
191
★
8
- ANGLO AMERICAN BRASIL
386
▲
8
9 TOYOTA DO BRASIL
920
▼
8
7 TECUMSEH DO BRASIL
148
▼
9
8 ANGLO FERROUS AMAPÁ
346
▼
9
8 SCANIA LATIN AMERICA
757
★
9
- CBC
147
★
10
- BHP BILLITON METAIS
292
716
▼ 10
9 EATON
143
10 10 VOLVO DO BRASIL
Papel e celulose Paper and pulp
Combustíveis Fuel Exportação Exports US$ mi
12 11 1
1 PETROBRAS
2 ▲
12 11
Eletroeletrônicos Electronics
Exportação Exports US$ mi
12 11
Exportação Exports US$ mi
22.110
1
1 FIBRIA CELULOSE
1.668
1
1 WHIRLPOOL
636
2 RAÍZEN
1.794
2
2 SUZANO PAPEL E CELULOSE
1.150
2
2 BOSCH
455
3
6 SHELL BRASIL
1.378
3
3 CENIBRA
601
3
3 ERICSSON
214
▲
4
5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA
1.255
4
4 VERACEL CELULOSE
517
★
4
- SIEMENS
181
▼
5
3 RAÍZEN COMBUSTÍVEIS
1.230
5
8 INTERNATIONAL PAPER BRASIL
454
▼
5
4 FLEXTRONICS INT. TEC.
172
▲
6
9 STATOIL BRASIL
1.150
6
6 FIBRIA-MS
433
★
6
- NOKIA DO BR. TECNOLOGIA
131
★
7
- SINOCHEM PETRÓLEO BR
808
▼
7
5 KLABIN
428
-
-
★
8
- BG E & P BRASIL
668
▼
8
7 BAHIA SPECIALTY CELLULOSE
373
-
-
▼
9
4 CHEVRON BRASIL
528
▲
9 10 JARI CELULOSE
200
-
-
8 ONGC CAMPOS
231
★
140
-
-
▼ 10
46
BRASIL GLOBAL
▲
10
- CMPC CELUL. RIOGRANDENSE
www.analise.com
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
importadoras por setor IMPORTERS BY SECTOR
Legenda Footnote ▲ Subiu no ranking Gained positions ▼ Caiu no ranking Lost positions
Os quadros listam os principais setores de importação e suas maiores empresas The tables list the main importers sectors and the biggest companies Combustíveis Fuel
Eletroeletrônicos Electronics
Importação Imports US$ mi
12 11
★
1
1 PETROBRAS
2
2 REFAP
445
▲
3
5 SCHLUMBERGER
★
4
- SHELL BRASIL
-
-
12 11
Farmacêuticos Pharmaceuticals
Importação Imports US$ mi
Importação Imports US$ mi
12 11
1
1 SAMSUNG DA AMazônia
3497
1
1 ROCHE FARMACÊUTICA
709
▲
2
3 LG ELECTRONICS
1341
2
2 NOVARTIS
647
156
▲
3
6 NOKIA DO BR. TECNOLOGIA
709
3
3 ABBOTT LAB. DO BRASIL
587
153
▼
4
2 FLEXTRONICS
604
4
4 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
421
▲
5
7 SONY BRASIL
595
5
5 SANOFI-AVENTIS FARMACÊUTICA
348
508
★
6
- WYETH
283
▼
7
6 ASTRAZENECA DO BRASIL
279
8
8 PFIZER
271
9
- GLAXOSMITHKLINE
215
7 MERCK
204
32.088
-
-
▲
6
8 BOSCH
-
-
▼
7
3 MOTOROLA
489
-
-
★
8
- ELECTROLUX DO BRASIL
456
-
-
★
9
- SIEMENS
453
★
-
-
★
10
- CAL-COMP IND. E COM.
405
▼ 10
Veículos e peças Autos and parts
Comércio exterior International trade
Importação Imports US$ mi
12 11
Nova empresa no ranking New company
1
1 VOLKSWAGEN DO BRASIL
2.580
2
4 TOYOTA DO BRASIL
2.320
3
3 FORD BRASIL
▲
4
▲
12 11
Indústria aeronáutica Aircraft industry
Importação Imports US$ mi
Importação Imports US$ mi
12 11
1
1 CISA TRADING
1
1 EMBRAER
2.763
▲
2
4 COPPER TRADING
831
2
2 GE CELMA
919
1.871
▲
3
5 SERTRADING
778
-
-
5 FIAT
1.656
▼
4
2 COTIA VITÓRIA
732
-
-
5
6 RENAULT DO BRASIL
1.589
▲
5
6 COLUMBIA TRADING
589
-
-
★
6
- GENERAL MOTORS DO BRASIL
1.495
▲
6
7 TROP COM. EXTERIOR
547
-
-
▲
7
9 HONDA DO BRASIL
1.217
▼
7
3 BRAZIL TRADING
538
-
-
▼
8
7 PEUGEOT-CITRÖEN DO BRASIL
1.092
8
8 SAINTE MARIE
447
-
-
▼
9
8 MERCEDES-BENZ DO BRASIL
1.047
9
- CAP. TRADE IMP. E EXP.
374
-
-
337
-
-
▼ 10
2 CAOA
★
10 10 KOMPORT
965
Químicos Chemicals
Sid. e metalurgia Steel and metallurgy
Importação Imports US$ mi
12 11
12 11
Informática IT equipment
Importação Imports US$ mi
Importação Imports US$ mi
12 11
1
3 USIMINAS
1413
1
1 DELL DO BRASIL
736
2
2 PARANAPANEMA
1057
2
2 POSITIVO INFORMÁTICA
485
3
1 ARCELORMITTAL BRASIL
912
3
3 ENVISION
415
1.255
4
4 CSN
838
★
4
- THINKTECH IND. E COM.
277
2 BUNGE FERTILIZANTES
1.224
5
5 THYSSENKRUPP CSA
750
▼
5
4 HP BRASIL
272
6
7 YARA BRASIL
1.102
6
6 GERDAU AÇOMINAS
571
6
6 DIGITRON DA AMAZÔNIA
246
7
5 MOSAIC FERTILIZANTES DO BR
1.003
7
7 COIMPA INDUSTRIAL
453
7
5 ITAUTEC
198
8
8 BAYER
985
▲
8
9 AÇO CEARENSE INDUSTRIAL
269
▲
8
9 IBM BRASIL
155
9
9 DU PONT DO BRASIL
743
★
9
- CONFAB
209
★
9
- PROMONLOGICALIS
147
- FMC QUÍMICA
446
★
10
- VOTORANTIM METAIS ZINCO
179
▼ 10
8 DIGIBRÁS IND. DO BRASIL
142
1
1 BRASKEM
2.804
▲
2
3 SYNGENTA
1.470
▲
3
6 BASF
1.276
4
4 FERTILIZANTES HERINGER
▼
5
▲ ▼
★
2882
10
www.analise.com
▲
▼
▼
BRASIL GLOBAL
47
Empresas Companies
empresas POR COMéRCIO TOTAL Companies by total trade O quadro lista as 427 empresas que figuraram entre as 250 maiores exportadoras e importadoras em 2012 The table lists the 427 companies among the top 250 exporters and importers in 2012 Sede
RK 2012 2011
Comércio total
HQ
Total trade
US$ mi
RK Share 2012
Exportação Exports
US$ mi
Variação
RK Change 2012
11/12
Importação
Variação
Imports
Change
32.088
+5%
US$ mi
11/12
1
1 PETROBRAS
RJ
BRA
54.198
11,64%
2
22.110
(-4%)
1
2
2 VALE
RJ
BRA
26.683
5,73%
1
25.570
(-26%)
19
1.113
+13%
3
4 EMBRAER
SP
BRA
7.714
1,66%
4
4.952
+18%
5
2.763
(-0,4%)
4
3 BUNGE ALIMENTOS
SP
BMU
6.693
1,44%
3
6.321
(-3%)
79
373
(-21%)
5
5 BRASKEM
SP
BRA
5.612
1,20%
10
2.808
(-1%)
4
2.804
+9%
6
8 ADM DO BRASIL
SP
USA
4.590
0,99%
6
3.843
+15%
40
747
(-21%)
7
6 CARGILL AGRÍCOLA
SP
USA
4.538
0,97%
5
4.151
+3%
76
388
+12%
8
9 VOLKSWAGEN DO BRASIL
SP
DEU
4.288
0,92%
19
1.709
(-12%)
6
2.580
+15%
15 SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMazônia
AM
KOR
3.497
0,75%
-
-
-
2
3.497
+16%
10
21 LOUIS DREYFUS BRASIL
SP
FRA
3.399
0,73%
7
3.399
+30%
-
-
-
11
7 SAMARCO MINERAÇÃO
159
+27%
9
48
Participação
MG
BRA
3.389
0,73%
8
3.230
(-23%)
183
12
11 FORD BRASIL
SP
USA
3.316
0,71%
23
1.444
(-6%)
8
1.871
+3%
13
23 TOYOTA DO BRASIL
SP
JPN
3.240
0,70%
42
920
+31%
7
2.320
+33%
14
18 JBS
SP
BRA
3.107
0,67%
9
2.847
+12%
115
260
+3%
15
19 GENERAL MOTORS DO BRASIL
SP
USA
2.924
0,63%
24
1.429
(-23%)
11
1.495
+60%
16
14 CISA TRADING
ES
BRA
2.882
0,62%
-
-
-
3
2.882
(-8%)
17
16 SADIA
SP
BRA
2.853
0,61%
12
2.586
(-2%)
111
267
+10%
18
12 FIAT
MG
ITA
2.811
0,60%
33
1.155
(-30%)
9
1.656
+4%
19
22 RENAULT DO BRASIL
PR
FRA
2.808
0,60%
30
1.219
+10%
10
1.589
+8%
20
17 CATERPILLAR BRASIL
SP
USA
2.783
0,60%
16
1.879
+3%
33
904
(-9%)
21
13 THYSSENKRUPP CSA
RJ
DEU
2.731
0,59%
14
1.980
(-7%)
39
750
(-26%)
22
25 BRASIL FOODS (BRF)
SP
BRA
2.602
0,56%
11
2.602
+12%
-
-
-
23
31 USIMINAS
MG
BRA-JPN
2.498
0,54%
39
1.085
+33%
13
1.413
+20%
24
26 COPERSUCAR
SP
BRA
2.337
0,46%
13
2.337
(-2%)
-
-
-
25
20 MERCEDES-BENZ DO BRASIL
SP
DEU
2.124
0,46%
40
1.077
(-17%)
23
1.047
(-21%)
26
10 ARCELORMITTAL BRASIL
MG
LUX
2.112
0,45%
32
1.200
(-39%)
32
912
(-42%)
27
32 CIA. BRAS. DE METalurgia E MINERAÇÃO
MG
BRA
1.901
0,41%
15
1.901
+1%
-
-
-
28
34 RAÍZEN energia
SP
BRA
1.794
0,39%
17
1.794
+0,02%
-
-
-
29
38 SEARA ALIMENTOS
SC
BMU
1.725
0,37%
18
1.725
+4%
-
-
-
30
35 FIBRIA CELULOSE
SP
BRA
1.668
0,36%
20
1.668
(-5%)
-
-
-
31
27 PARANAPANEMA
BA
BRA
1.666
0,36%
62
610
(-36%)
22
1.057
(-12%)
32
29 GERDAU AÇOMINAS
MG
BRA
1.665
0,36%
38
1.094
(-24%)
57
571
(-14%)
33
43 BASF
SP
DEU
1.622
0,35%
109
346
(-16%)
15
1.276
+18%
34
40 SYNGENTA
SP
NLD
1.621
0,35%
214
150
(-21%)
12
1.471
+9%
35
50 AMAGGI exportação e importação
SP
BRA
1.604
0,34%
21
1.604
+25%
-
-
-
36
53 HONDA DO BRASIL
SP
JPN
1.537
0,33%
112
320
+51%
18
1.217
+22%
37
63 SHELL BRASIL
RJ NLD-GBR
1.531
0,33%
26
1.378
+29%
192
153
+28%
38
37 ALUNORTE
PA
BRA
1.517
0,33%
31
1.212
(-15%)
91
305
+5%
39
41 NACIONAL MINÉRIOS (NAMISA)
MG
BRA
1.483
0,32%
22
1.483
(-3%)
-
-
-
40
33 PEUGEOT-CITRÖEN DO BRASIL
RJ
FRA
1.475
0,32%
97
383
(-21%)
21
1.092
(-22%)
BRASIL GLOBAL
www.analise.com
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
Sede
RK 2012 2011
Comércio total
HQ
Total trade
US$ mi
Participação
RK Share 2012
Exportação Exports
US$ mi
Variação
RK Change 2012
11/12
Importação
Variação
Imports
Change
741
(-19%)
US$ mi
11/12
41
42 VOLVO DO BRASIL
PR
SWE
1.457
0,31%
55
717
+24%
42
42
47 NOBLE BRASIL
SP
HKG
1.403
0,30%
25
1.403
+2%
-
-
-
43
28 CSN
RJ
BRA
1.367
0,29%
69
529
(-47%)
35
838
(-27%)
44
36 SCANIA LATIN AMERICA
SP
SWE
1.346
0,29%
47
757
(-23%)
54
589
(-21%)
45
84 LG ELECTRONICS
SP
KOR
1.341
0,29%
-
-
-
14
1.341
+70%
46
75 NIDERA SEMENTES
SP
NLD
1.306
0,28%
27
1.306
+46%
-
-
-
47
44 PIRELLI
SP
ITA
1.296
0,28%
57
669
(-3%)
49
627
(-14%)
48
52 PETROBRAS DISTRIBUIDORA
RJ
BRA
1.255
0,27%
28
1.255
+3%
-
-
-
49
51 FERTILIZANTES HERINGER
SP
BRA
1.255
0,27%
-
-
-
16
1.255
+2%
50
58 JOHN DEERE BRASIL
RS
USA
1.237
0,27%
125
274
(-17%)
28
963
+23%
29
1.230
(-24%)
-
-
-
51
- RAÍZEN COMBUSTíVEIS
SP
BRA
1.230
0,26%
52
46 BUNGE FERTILIZANTES
SP
BMU
1.224
0,26%
-
-
-
17
1.224
(-11%)
53
45 SUZANO PAPEL E CELULOSE
SP
BRA
1.150
0,25%
34
1.150
(-17%)
-
-
-
RJ
NOR
1.150
0,25%
35
1.150
+208%
-
-
-
55
71 BAYER
SP
DEU
1.143
0,25%
207
158
+43%
26
985
+3%
56
54 CNH LATIN AMERICA
MG
ITA
1.135
0,24%
91
402
(-8%)
44
733
+3%
57
57 COAMO
PR
BRA
1.117
0,24%
36
1.117
(-1%)
-
-
-
58
64 MINERVA
SP
BRA
1.111
0,24%
37
1.111
+7%
-
-
-
59
67 YARA BRASIL
RS
NOR
1.102
0,24%
-
-
-
20
1.102
+10%
60
66 SUCOCíTRICO CUTRALE
SP
BRA
1.062
0,23%
41
1.062
+3%
-
-
-
61
76 MOTO HONDA DA AMAZÔNIA
AM
JPN
1.028
0,22%
203
164
+38%
34
864
(-3%)
62
55 MOSAIC FERTILIZANTES DO BRASIL
SP
USA
1.003
0,22%
-
-
-
24
1.003
(-13%)
63
88 FOXCONN INDústria DE ELETrônicos
SP
TWN
990
0,21%
-
-
-
25
990
+34%
64
30 CAOA
SP
KOR
965
0,21%
-
-
-
27
965
(-52%)
65
56 BOSCH
SP
DEU
963
0,21%
79
455
(-19%)
61
508
(-11%)
66
90 NISSAN DO BRASIL
PR
JPN
950
0,20%
-
-
-
29
950
+31%
67
68 MMC AUTOMOTORES DO BRASIL
SP
JPN
921
0,20%
-
-
-
30
921
(-5%)
54
167 STATOIL BRASIL
DF
BRA
921
0,20%
240
132
+29%
37
789
+89%
69
79 GE CELMA
RJ
USA
920
0,20%
-
-
-
31
920
+6%
70
69 WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
SC
BRA
905
0,19%
45
775
(-1%)
230
131
(-28%)
71
78 WHIRLPOOL
SP
USA
905
0,19%
60
636
+2%
109
269
+9%
72
59 ALBRAS
PA
BRA
873
0,19%
48
752
(-22%)
245
121
(-11%)
73
99 SOUZA CRUZ
RJ
GBR
858
0,18%
53
732
+13%
236
126
+93%
68
149 COMANDO DA AERONÁUTICA
SP
USA
848
0,18%
54
722
+19%
237
125
+129%
75
62 IVECO LATIN AMERICA
SP
ITA
844
0,18%
132
259
(-15%)
56
585
(-24%)
76
86 NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA
AM
FIN
839
0,18%
244
131
+5%
47
709
(-8%)
74 COPPER TRADING
ES
BRA
831
0,18%
-
-
-
36
831
(-8%)
RJ
CHN
808
0,17%
43
808
+317%
-
-
-
PR
BRA
805
0,17%
44
805
(-6%)
-
-
-
SP
BRA
802
0,17%
68
530
+129%
107
272
+100%
74
77 78 79 80
108 CHS agronegócio
277 SINOCHEM PETROLEO BRASIL 80 USina DE AÇÚCAR SanTA TEREZINHA 169 TECSIS
www.analise.com
BRASIL GLOBAL
49
Rupak De Chowdhuri/Reuters
parceiros
Produção de tecido no sul de Calcutá, Índia: relação comercial com o país foi a que mais avançou entre os parceiros asiáticos em 2012
Ásia Responde por 31% do Comércio Brasileiro Vendas à China e ao Japão somadas com o avanço de países menos tradicionais garantem maior participação do continente English version page 188
O
ano de 2012 viu a consolidação de um cenário iniciado em 2008. A crise financeira internacional atingiu especialmente os mercados desenvolvidos, o que abriu espaço para que as nações em desenvolvimento passassem a negociar mais. Em 2012, a Ásia foi responsável por 31% do comércio total brasileiro, valor que dez anos atrás era de 16%. O maior diferencial de 2012, contudo, foi a expansão dos laços comerciais do Brasil com parceiros menos tradicionais do bloco, como Índia, Tailândia e Cingapura. Os indianos registraram
60
BRASIL GLOBAL
o maior avanço entre os 15 primeiros parceiros brasileiros, com 14% de crescimento, para 10,6 bilhões de dólares. A compra de petróleo e açúcar brasileiro foi o principal responsável pelo aumento de 74% nas exportações ao parceiro, que chegaram a 5,6 bilhões de dólares. Isso refletiu no saldo da balança comercial, que saiu do déficit de 2,9 bilhões de dólares para registrar superávit de 534 milhões. Já a Tailândia comprou 14% a mais de produtos brasileiros, ou dois bilhões de dólares, enquanto as exportações brasileiras para Cingapura atingiram 2,9 bilhões de dólares (alta de 6%).
O avanço em países menores ajudou o Brasil a superar a queda do comércio com seus tradicionais parceiros, tanto na Ásia quanto em outras partes do planeta. Os quatro principais parceiros brasileiros, China, Estados Unidos, Argentina e Alemanha, registraram perdas na relação comercial em 2012 (7% em média). Outros tradicionais parceiros asiáticos, Japão e Coreia do Sul, também registraram queda no ano, com Tóquio comprando 16% a menos ao registrar 7,9 bilhões de dólares, enquanto as exportações brasileiras aos sul-coreanos caíram 4%, com um total de 4,5 bilhões de dólares no ano. 0 www.analise.com
Parceiros
os maiores parceiros Os gráficos listam o desempenho dos principais parceiros do ranking de comércio brasileiro em 2012
Os 10 principais parceiros do brasil por comércio total 2012 2011
Comércio Total US$ mi
CHINA
75.476
1
1
CHINA (CHN)
2
2
EUA (USA)
59.058
3
3
ARGENTINA (ARG)
34.442
4
4
ALEMANHA (DEU)
21.486
5
6
HOLANDA (NLD)
18.147
6
5
JAPÃO (JPN)
15.690
7
7
COReIA DO SUL (KOR)
13.599
8
8
ITÁLIA (ITA)
10.780
9
12
ÍNDIA (IND)
10.620
10
13
MÉXICO (MEX)
10.078
17% ARGENTINA
13%
japão
Alemanha
4%
holanda
8%
5%
4%
estados unidos e china na balança brasileira Na última década, há uma tendência de queda na compra de produtos brasileiros pelos Estados Unidos. No sentido inverso, a China avançou e passou a ser o principal parceiro brasileiro. Em 2012, os chineses importaram 41 bilhões de dólares. Já os Estados Unidos, que compraram 26 bilhões de dólares do Brasil, apresentou déficit de 5,7 bilhões.
25 25
A China segue na liderança entre os parceiros comerciais do Brasil desde 2009. O país conta com 17% de participação no comércio total brasileiro. Dos dez primeiros colocados, apenas Holanda, Índia e México tiveram aumento no comércio bilateral com os brasileiros. A maior queda neste grupo aconteceu na Argentina, que comprou, em 2012, 21% a menos de produtos brasileiros.
eua
produtos básicos Fatia da China nas vendas totais de produtos básicos brasileiros em 2012
Em % de participação no comércio total do Brasil
20 20
17%
Estados unidos
30%
15 15
13%
10 10 china
5 5 0
02
04
06
10
08
12
o comércio do brasil por região Comércio total US$ mi
RK 2012 2011
Variação Participação Exportação 11/12 US$ mi
Variação Participação Importação 11/12 US$ mi
Variação Participação 11/12
Saldo US$ mi
Variação 11/12
1
1 ÁSIA
144.192
(-2%)
30,96%
75.325
(-2%)
31,05%
68.867
(-2%)
30,86%
6.458
(-2%)
2
2 UNIÃO EUROPÉIA
96.521
(-3%)
20,72%
48.860
(-8%)
20,14%
47.662
+3%
21,36%
1.198
(-82%)
3
3 ESTADOS UNIDOS
59.453
(-1%)
12,77%
26.849
+3%
11,07%
32.603
(-5%)
4
4 MERCOSUL
48.105
+2%
10,33%
27.858 +0,02%
11,48%
20.247
+5%
5
5 ALADI
33.660
(-13%)
7,23%
17.192
(-21%)
7,09%
16.468
6
6 ÁFRICA
26.478
(-4%)
5,69%
12.213
(-0,1%)
5,03%
14.266
7
7 ORIENTE MÉDIO
18.921
+3%
4,06%
11.528
(-6%)
4,75%
7.394
+20%
3,31%
8.437
(-18%)
1,81%
4.327
(-16%)
1,78%
4.109
(-21%)
1,84%
218
-
6.527
+0,1%
1,40%
2.858
(-0,1%)
1,18%
3.669
+0,4%
1,64%
(-811)
(-2%)
8 9
8 EUROPA ORIENTAL 10 AELC
14,61% (-5.754)
+31%
9,07%
7.610
(-10%)
(-2%)
7,38%
724
(-86%)
(-8%)
6,39% (-2.053)
+36%
4.134
(-33%)
10
9 CANADÁ
6.152
(-8%)
1,32%
3.080
(-2%)
1,27%
3.072
(-14%)
1,38%
8
+102%
11
11 CARICOM
3.187
(-30%)
0,68%
2.481
(-41%)
1,02%
705
+90%
0,32%
1.776
(-53%)
12
12 OCEANIA
1.946
(-34%)
0,42%
592
(-36%)
0,24%
1.354
(-33%)
0,61%
(-762)
+30%
13
13 MCCA
1.594
+12%
0,34%
1.049
+11%
0,43%
545
+12%
0,24%
504
+11%
EUA inclusive Porto Rico. Siglas: AELC - Associação Europeia de Livre Comércio; Aladi - Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio; Caricom - Mercado Comum e Comunidade do Caribe; MCCA - Mercado Comum Centro-Americano; Mercosul - Mercado Comum do Sul.
www.analise.com
BRASIL GLOBAL
61
Parceiros Partners Ranking
ESTADOS UNIDOS
2
USA US$ mi
12
11
2°
2° Comércio bilateral Total trade
59.058
59°
57° Saldo comercial Brazil’s trade balance
(-5.656)
2° Exportações do Brasil para a 26.701 USA Brazil's exports to USA 1° Exportações da USA para o 32.357 Brasil USA exports to Brazil
2° 2°
Exp. Brasil 12
11
1°
1°
2°
2°
3°
9°
4°
6°
5°
3°
6° 7° 8°
4° 5° 7°
9° 13°
USA
10°
8°
11
1°
1°
2°
2°
3°
4°
4°
-
5°
3°
6°
5°
7°
7°
8°
6°
9°
9°
10° 12°
USA
Petróleo
5.752 22%
Ferro e aço
3.336 12%
Álcool
1.500
6%
Aeronaves
1.375
5%
Café
1.144
4%
Papel e celulose
984
4%
Veículos e peças
907
3%
Produtos químicos
784
3%
Aparelhos elétricos
752
3%
Máquinas e equip.
543
2%
Oil
Iron and steel Ethanol
Aircrafts
Coffee Paper and pulp
Auto and parts Chemicals
Electrical equipment
Machinery and equipment
Brasil US$ mi
Petróleo
3.495 11%
Aeronaves
2.574
8%
Veículos e peças
1.430
4%
Carvão
1.359
4%
Produtos químicos
1.322
4%
Fertilizantes
1.139
4%
Máquinas e equip.
1.015
3%
Plásticos
639
2%
Produtos farmacêuticos
618
2%
Aparelhos elétricos
453
1%
Oil
Aircrafts
Auto and parts Coal
Chemicals
Fertilizers
Machinery and equipment
Plastics
Pharmaceuticals
Electrical equipment
Balança comercial Brasil—USA
Trade balance Brazil—USA
35
35 US$ bi Importações Imports
29
29
23
23
17
17
Exportações Exports
11
11
5
02
70
04
06
08
BRASIL GLOBAL
10t
Sobe e desce – A corrente comercial entre o Brasil e os Estados Unidos caiu 1% em 2012, registrando 59 bilhões de dólares. Enquanto as exportações brasileiras subiram 3%, para 26,7 bilhões de dólares, as importações caíram 5%, para 32,3 bilhões de dólares. Causas e efeitos – Com a possibi-
US$ mi
Exp. USA 12
Comércio em perspectiva
12
lidade de se tornar um polo exportador do etanol, o que iria transformar o combustível em commodity mundial, o Brasil tornou-se importador do biocombustível. A combinação de safras problemáticas em dois anos consecutivos com o alto preço do açúcar no mercado internacional, a falta de renovação dos canaviais e os conflitos do setor com o governo brasileiro significaram, na prática, a inversão do fluxo comercial do etanol para os Estados Unidos. Na safra 2011/2012, foi exportado 1,7 bilhão de litros e importado 1,5 bilhão de litros. • O triênio da pós-crise – entre 2009 e 2012 – viu os Estados Unidos cair para a segunda posição entre os investidores em fusões e aquisições no Brasil, segundo o relatório do Credit Suisse. Os americanos, que ocuparam a liderança entre 2006 e 2008, tiveram 16,5 bilhões de dólares nesse tipo de operação, ficando com 14,6% do total e atrás dos chineses, com 17%.
Negócios e investimentos – A empresa norte-americana UnitedHealth comprou 90% do capital da Amil por 4,3 bilhões de dólares. A negociação, fechada em novembro de 2012, significou a compra da maior seguradora de saúde do Brasil pela maior empresa do setor nos Estados Unidos. • A gigante norte-americana de agronegócios Bunge planeja aportar 2,5 bilhões EXP de dólares até 2017 no Brasil, com foco no setor sucroalcooleiro. • AoIMPORT comprar a Eco-Energy, em novembro de 2012, a Copersucar, gigante no ramo do açúcar, passou a ter 10% do mercado de etanol dos Estados Unidos. O investimento não foi divulgado, mas a aquisição deve adicionar à empresa uma receita de três bilhões de dólares e produção de 4,5 bilhões de litros do biocombustível de milho. • Depois de vários anos de ensaio, a gi-
gante varejista Amazon desembarcou no Brasil. A chegada da empresa, fundada por Jeff Bezos, tem o potencial de aumentar o setor brasileiro de venda de livros pela internet. Sua entrada no mercado coincidiu com a inauguração do serviço de livraria do Google e a entrada do leitor eletrônico Kobo em parceria com a Livraria Cultura. • A varejista de móveis Tok & Stok teve 60% do seu capital comprado pelo fundo americano Carlyle Group, por 700 milhões de reais, em setembro de 2012. Presente em dez estados brasileiros, a varejista é a maior rede especialista em móveis no Brasil. A negociação, que ainda precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores, pode abrir caminho para a abertura de capital da empresa. • Depois da primeira incursão no mercado americano com a compra da divisão de polipropileno da Dow Chemical, em 2011, a Braskem avança novamente neste mercado ao comprar ativos da Sunoco nos Estados Unidos. A empresa comprou ativos de separação de propeno, conhecido como “spliter”, por um valor não divulgado, para garantir o fornecimento para a refinaria Marcus Hook, em solo americano. • Em junho de 2012, a General Electric confirmou a compra da fabricante brasileira de equipamentos médicos XPRO. O investimento não foi revelado. Especialista na fabricação de máquinas de raios-X, a XPRO é vista como importante para a estratégia da GE de aumentar a participação no mercado latino-americano. Acordos e disputas – A visita da
presidente Dilma Rousseff à Casa Branca, em abril de 2012, teve poucos resultados práticos. Um dos acordos comerciais divulgados pelos governos foi em relação à cachaça brasileira e ao bourbon americano. Pela decisão, os produtos do acordo serão reconhecidos como distintos e serão comercializados com esse nome. • O esfriamento na relação entre os parceiros tem uma série de motivos. Um dos principais é a demanda do governo brasileiro na OMC sobre os efeitos, para o comércio exterior, da www.analise.com
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
Combustíveis dominam a pauta Fuel dominates the export agenda
Participação dos produto nas exportações do Brasil Share of each product in total Brazilian exports
60% Outros Others
28% 12%
Petróleo e etanol Oil and ethanol Ferro e aço Iron and steel
Republicano, que via a empresa como fundamental para a segurança nacional, e acabou bloqueada em outubro de 2012. Assim, a Hawker optou por se reestruturar sozinha, eliminou a divisão que produzia jatos com o nome Beechcraft Corporation. • Depois de comemorar a decisão da Organização Mundial do Comércio que definiu, em julho de 2011, que a medida anti-dumping dos Estados Unidos contra o suco de laranja brasileiro era ilegal, o setor não viu mu-
danças efetivas em 2012. A revogação da sobretaxa, prevista para 17 de março, não foi cumprida, de acordo com o Itamaraty. Por isso, o governo do país anunciou, em março de 2012, que estudava novo pedido à OMC para retaliar os Estados Unidos por conta dessas barreiras. Em fevereiro de 2012, a descoberta da presença, acima do limite, do fungicida carbendazim no suco brasileiro resultou no embargo do produto no primeiro trimestre do ano. • O Brasil pediu a Washington a retirada dos subsídios aos produtores de algodão do país. Brasília tem o direito de aplicar retaliações de 829 milhões de dólares por conta de decisão favorável concedida pela OMC, em 2009, mas um memorando de entendimento entre os países, em 2010, evitou a decisão por conta do pagamento de 147 milhões de dólares anuais até a criação de nova legislação agrícola nos Estados Unidos. Como não houve avanço na nova legislação durante o ano de 2012, o governo brasileiro levantou a possibilidade de aplicar as sanções. USA
JASON REED/REUTERS
política de estímulos com emissão de divisas. O argumento brasileiro é que a enxurrada de dinheiro acaba valorizando as moedas dos países em desenvolvimento, prejudicando as exportações e funcionando como uma estratégia protecionista. Os Estados Unidos, juntamente com a União Europeia, vêm usando essas políticas e discordam da alegação brasileira. • Depois de ter vencido a primeira licitação para a venda de 20 aviões Super Tucano, avaliada em 355 milhões de reais, para fornecer à Força Aérea dos Estados Unidos e ver o contrato cancelado, a Embraer venceu a nova licitação, em meados de 2012, e devefornecer as aeronaves militares, que devem ser usadas para patrulhas e apoio a tropas no Afeganistão. • Durante o ano, a Hawker Beechcraft – rival americana que pediu a impugnação da licitação – declarou concordata. Entre as interessadas na empresa estariam a Embraer e a chinesa Superior Aviation Beijing, mas a negociação foi bastante criticada pelo Partido
Motorista abastece caminhão com etanol nos Estados Unidos: país, junto com o Brasil, produz 90% de todo o combustível do mundo www.analise.com
BRASIL GLOBAL
71
Produtos
Commodities agrícolas ganham mais destaque Aumento do preço das commodities agrícolas no mercado internacional e boas safras reforçaram os números do setor English version page 202
A
Já os dois produtos principais da exportação brasileira, minérios e petróleo, não tiveram desempenho tão bom. As vendas de minérios caíram 24% em 2012, pressionadas pela queda do preço do minério de ferro de 23% no mercado internacional, enquanto o petróleo ficou estável ao vender 30 bilhões de dólares. Com isso, os produtos básicos responderam por 48% do total exportado pelo Brasil. Entre os dez produtos mais vendidos em 2012, sete são básicos: minérios, petróleo, soja, açúcar, ferro e aço, carne de aves e papel e celulose. As principais mudanças foram a queda
do café no ranking, da sétima para a 11ª colocação, e o avanço de 3% nas vendas de máquinas e equipamentos, para 6,9 bilhões de dólares, o que fez o produto subir da 11ª para a oitava posição no ranking dos mais exportados. Desde 2007, a participação de produtos manufaturados e semimanufaturados vem se reduzindo nas exportações do Brasil. Em 2012, o setor de veículos e peças caiu. A Argentina, principal cliente do segmento do Brasil, reduziu em 16% as compras do produto, o que contribuiu para a queda de 10% nas exportações, para chegar ao total de 17,8 bilhões de dólares. 0
Sérgio Ranalli/folhapress
s commodities agrícolas garantiram bons resultados para as exportações brasileiras em 2012. A inflação no preço dos produtos no mercado internacional aliada à quebra de safra de grandes países produtores pode explicar o desempenho superior do setor em relação a 2011. Destaque para a soja, com 8% de alta, para 26 bilhões de dólares, e para o milho, que cresceu 98% nas vendas, para 5,8 bilhões. A oleaginosa foi o terceiro principal produto exportado pelo Brasil, pelo segundo ano consecutivo, em 2012.
Colheita do milho no interior do Paraná: o Brasil atingiu safra recorde do grão em 2011/2012, produção de 72,7 milhões de toneladas
produtos
os produtos da balança Os gráficos detalham informações dos produtos mais importados e exportados na balança brasileira em 2012
Os 10 mais exportados 2012 2011
minérios
petróleo
Os seis produtos mais negociados pelo Brasil mantiveram as mesmas posições no ranking de mais exportados em 2011 e 2012. Juntos, minérios, petróleo, soja, veículos e peças, açúcar e ferro e aço representam 55% das exportações, ante 58% em 2011. As vendas do açúcar recuaram 14% por conta da queda de 10% no preço do produto no exterior.
Exportação US$ mi
1
1
Minérios
33.974
2
2
Petróleo
30.424
3
3
Soja
26.133
4
4
Veículos e peças
17.848
5
5
Açúcar
12.845
6
6
Ferro e aço
12.473
7
8
Aves
7.427
8
11
Máquinas e equipamentos
6.891
9
9
Papel e celulose
6.732
10
10
Produtos Químicos
6.576
13% soja
14% açúcar
Ferro e aço
5%
7%
Os 10 mais importados 2012 2011
11%
veículos e peças
5%
compras nacionais de petróleo e veículos
Importação US$ mi
35
35 US$ mi
1
1
Veículos e peças
29.581
2
2
Petróleo
24.467
28
3
3
Máquinas e equipamentos
20.069
28
4
4
Aparelhos elétricos
13.826
21
5
6
Produtos químicos
11.076
21
6
5
Fertilizantes
10.744
14
7
7
Plásticos
8.832
8
8
Têxteis
6.213
9
11
Produtos farmacêuticos
5.775
10
10
Ferro e aço
5.265
Veículos e peças
Petróleo
14
7 07 02
04
06
08
10
12
Os cinco produtos mais importados pelo Brasil em 2012 correspondem a 44% de tudo o que o país comprou de seus parceiros. O setor de veículos e peças é o que mais importa pelo quarto ano seguido. Enquanto o petróleo se manteve como segundo item mais comprado pelo segundo ano consecutivo.
Os produtos no topo da lista
exportações 2012
Os cinco maiores produtos de 2008 a 2012
A categoria dos produtos exportados
1º
PETRóleo
soja
minérios
minérios
minérios
2º
veículos
PETRóleo
PETRóleo
PETRóleo
PETRóleo
3º
minérios
minérios
veículos
soja
soja
4º
soja
veículos
soja
veículos
veículos
5º
Ferro e aço
AçÚcar
AçÚcar
AçÚcar
AçÚcar
2008
2009
2010
2011
2012
www.analise.com
Maquinário e veículos
18%
36%
Commodities agrícolas
46%
Commodities minerais BRASIL GLOBAL
99
PRODUTOS Products
Os 75 produtos mais exportados The 75 most exported products O quadro lista 75 produtos ranqueados por suas exportações em 2012 The table lists 75 products ranked by their exports in 2012
RK 2012 2011
Exportação
Variação
US$ mi
11/12
Exports
Change
Participação
Share
Importação
Variação
US$ mi
11/12
Imports
Change
Participação
Saldo
Share
Balance
(-42%)
0,35%
Variação Comércio total
Variação
Change
Total trade
33.170
(-24%)
34.777
(-25%)
US$ mi
11/12
US$ mi
Change
11/12
1
1
Minérios Ores
33.974
(-24%)
14,01%
804
2
2
Petróleo Oil
30.424
(-0,1%)
12,54%
24.467
(-2%)
10,76%
5.957
+10%
54.891
(-1%)
3
3
Soja
Soybeans
26.133
+8%
10,77%
166
+393%
0,07%
25.967
+8%
26.300
+9%
4
Veículos e peças Auto and parts
17.848
(-10%)
7,36%
29.581
(-2%)
13,01%
(-11.733)
(-14%)
47.430
(-5%)
5
Açúcar
Sugar
12.845
(-14%)
5,29%
1
+112%
-
12.844
(-14%)
12.845
(-14%)
6
6
Ferro e aço
12.473
(-3%)
5,14%
5.265
+4%
2,32%
7.207
(-8%)
17.738
(-1%)
7
8
Aves
Poultry
7.427
(-5%)
3,06%
6
(-14%)
-
7.421
(-5%)
7.433
(-5%)
8
11
Máquinas e equipamentos
6.891
+3%
2,84%
20.069
(-0,3%)
8,83%
(-13.178)
+2%
26.961
+1%
4 5
9
9
10
10
11
7
Iron and steel
Machinery and equipment
Papel e celulose
Paper and pulp
6.732
(-7%)
2,78%
1.717
(-5%)
0,76%
5.015
(-7%)
8.450
(-6%)
Produtos químicos
Chemicals
6.576
(-8%)
2,71%
11.076
+1%
4,87%
(-4.501)
(-17%)
17.652
(-3%)
Café
6.439
(-26%)
2,65%
36
(-11%)
0,02%
6.402
(-26%)
6.475
(-26%)
Coffee
Carne bovina
12
12
Beef
5.744
+7%
2,37%
285
+16%
0,13%
5.459
+7%
6.030
+8%
13
13
Aeronaves Aircrafts
5.621
+21%
2,32%
4.895
+16%
2,15%
726
+63%
10.516
+19%
14
17
Milho
5.390
+98%
2,22%
171
+21%
0,08%
5.219
+102%
5.562
+94%
15
14
Plásticos
Plastics
3.614
(-9%)
1,49%
8.832
(-1%)
3,88%
(-5.218)
(-5%)
12.447
(-4%)
16
16
Fumo
Tobacco
3.257
+11%
1,34%
41
+6%
0,02%
3.216
+11%
3.297
+11%
17
15
Aparelhos elétricos
Electrical equipment
3.240
+7%
1,34%
13.826
(-2%)
6,08%
(-10.585)
+5%
17.066
(-1%)
18
19
Ouro Gold
2.366
+4%
0,98%
4
+3%
-
2.362
+4%
2.370
+4%
19
18
Suco de laranja Orange juice
2.276
(-4%)
0,94%
2
(-65%)
-
2.274
(-4%)
2.279
(-4%)
20
26
Álcool
2.186
+47%
0,90%
379
(-55%)
0,17%
1.807
+178%
2.565
+10%
21
20
Couro Leather
2.155
+1%
0,89%
91
(-10%)
0,04%
2.063
+1%
2.246
+0,4%
22
22
Algodão
Cotton
2.105
+31%
0,87%
16
(-96%)
0,01%
2.089
+73%
2.121
+6%
23
Bombas e compressores
1.714
+7%
0,71%
2.190
(-3%)
0,96%
(-476)
+28%
3.904
+1%
24
21
Pneus Tires
1.584
(-5%)
0,65%
1.583
(-8%)
0,70%
1
-
3.167
(-6%)
25
27
Carne suína Pork
1.484
+4%
0,61%
83
(-6%)
0,04%
1.401
+4%
1.568
+3%
24
Alumínio
1.335
(-16%)
0,55%
955
(-24%)
0,42%
379
+14%
2.290
(-20%)
27
28
Produtos farmacêuticos
Pharmaceuticals
1.305
+4%
0,54%
5.775
+23%
2,54%
(-4.470)
(-30%)
7.080
+19%
28
25
Calçados
Footwear
1.284
(-14%)
0,53%
614
+25%
0,27%
671
(-33%)
1.898
(-5%)
29
Madeira
1.243
(-1%)
0,51%
149
(-3%)
0,07%
1.094
(-0,4%)
1.391
(-1%)
30
31
Rochas
Stones
1.119
+6%
0,46%
92
(-2%)
0,04%
1.027
+7%
1.211
+6%
31
30
Têxteis
Textiles
964
(-10%)
0,40%
6.213
+5%
2,73%
(-5.250)
(-8%)
7.177
+3%
32
Plataformas de petróleo
Oil rigs
787
(-25%)
0,32%
-
-
-
787
(-25%)
787
(-25%)
33
69
Embarcações
Boats
768
+571%
0,32%
428
(-14%)
0,19%
340
-
1.196
+96%
34
34
Fertilizantes
Fertilizers
762
(-12%)
0,31%
10.744
(-3%)
4,73%
(-9.982)
+2%
11.506
(-3%)
36
Móveis
Furniture
730
(-4%)
0,30%
705
+28%
0,31%
25
(-88%)
1.436
+10%
37
Perfumaria
Beauty products
707
(-6%)
0,29%
802
+15%
0,35%
(-95)
-
1.509
+4%
37
33
Telefonia
Telecom equipment
664
(-35%)
0,27%
4.009
(-13%)
1,76%
(-3.346)
+7%
4.673
(-17%)
38
38
Trigo
620
(-11%)
0,26%
1.758
(-4%)
0,77%
(-1.138)
(-0,4%)
2.377
(-6%)
23
26
29
32
35 36
102
Corn
Ethanol
Pumps and compressors
Aluminum
Wood
Wheat
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RK 2012 2011
Exportação
Variação
US$ mi
11/12
Exports
Change
Participação
Share
Importação
Variação
US$ mi
11/12
Imports
Change
Participação
Saldo
Share
Balance
+2%
0,27%
(-0,3)
US$ mi
Variação Comércio total Change
Total trade
-
1.236
11/12
US$ mi
Variação
Change
11/12
39
39
Frutas Fruit
618
(-2%)
0,25%
618
40
42
Ferragens
Tools and cutlery
602
+10%
0,25%
1.739
(-2%)
0,76%
(-1.137)
+8%
2.341
+1%
41
45
Bovinos vivos Live bovines
582
+31%
0,24%
94
(-91%)
-
582
+32%
583
+30%
42
35
Cobre Copper
580
(-33%)
0,24%
2.390
(-5%)
1,05%
(-1.810)
(-10%)
2.970
(-12%)
43
40
Arroz
Rice
546
(-11%)
0,23%
341
+25%
0,15%
204
(-40%)
887
+0,2%
44
56
Níquel Nickel
436
+103%
0,18%
38
(-34%)
0,02%
398
+155%
474
+74%
43
Ferramentas
Tools
426
(-10%)
0,18%
1.022
+8%
0,45%
(-595)
(-25%)
1.448
+2%
46
41
Energia elétrica
Electricity
410
(-26%)
0,17%
46
+63%
0,02%
364
(-31%)
456
(-21%)
47
44
Borracha
Rubber
405
(-10%)
0,17%
854
(-1%)
0,38%
(-449)
(-10%)
1.259
(-4%)
48
Armas
Weaponry
377
+11%
0,16%
45
+26%
0,02%
332
+9%
422
+12%
46
Vidros Glass
308
(-10%)
0,13%
953
+2%
0,42%
(-645)
(-9%)
1.261
(-1%)
50
49
Cerâmica
Ceramics
302
(-4%)
0,12%
299
(-10%)
0,13%
3
-
601
(-7%)
51
58
Bebidas Beverages
299
+51%
0,12%
348
+10%
0,15%
(-50)
+59%
647
+26%
52
52
Equipamentos médicos
Medical equipment
263
(-3%)
0,11%
2.111
+6%
0,93%
(-1.848)
(-8%)
2.374
+5%
53
51
Cacau Cocoa
250
(-14%)
0,10%
262
+62%
0,12%
(-11)
-
512
+14%
54
60
Equip. de informática IT equipment
230
+21%
0,09%
4.856
+18%
2,14%
(-4.627)
(-18%)
5.086
+18%
55
50
Pedras e jóias
Gems and jewelry
229
(-26%)
0,09%
219
+4%
0,10%
10
(-90%)
449
(-14%)
56
64
Motos
Motorcycles
214
+24%
0,09%
680
(-6%)
0,30%
(-466)
+16%
894
(-1%)
57
54
Castanhas Nuts
212
(-12%)
0,09%
60
(-6%)
0,03%
152
(-14%)
272
(-11%)
58
55
Não-tecidos
Non-woven fabrics
191
(-14%)
0,08%
150
+1%
0,07%
41
(-44%)
340
(-8%)
59
57
Camarão e pescado
Shrimp and fish
186
(-13%)
0,08%
1.131
+24%
0,50%
(-946)
(-35%)
1.317
+17%
60
67
Material de limpeza Cleaning products
177
+49%
0,07%
151
+26%
0,07%
26
-
328
+38%
61
59
Candy
Balas e doces
168
(-13%)
0,07%
58
+15%
0,03%
110
(-23%)
226
(-7%)
45
48 49
Ração animal
Animal feed
(-0,1%)
62
-
168
-
0,07%
209
-
0,09%
(-41)
-
377
-
63
63
Refrigeradores
Refrigerators
164
(-9%)
0,07%
206
+35%
0,09%
(-41)
-
370
+11%
64
73
Estanho Tin
144
+36%
0,06%
15
(-72%)
0,01%
128
+156%
159
(-1%)
Gás natural
65
-
Natural gas
137
+371%
0,06%
4.884
+62%
2,15%
(-4.747)
(-58%)
5.021
+64%
66
66
Chocolate
Chocolate
125
(-3%)
0,05%
117
+46%
0,05%
8
(-83%)
241
+16%
53
Imagem e som Image and sound
121
(-53%)
0,05%
4.779
(-11%)
2,10%
(-4.658)
+9%
4.900
(-13%)
68
71
Ceras
Wax
119
+10%
0,05%
2
+207%
-
118
+9%
121
+11%
69
68
Leite
Milk
119
+1%
0,05%
622
+3%
0,27%
(-503)
(-3%)
740
+2%
70
Artigos de papelaria Stationery
114
+3%
0,05%
115
(-1%)
0,05%
(-1)
+84%
229
+1%
71
47
Equipamentos ferroviários
Railroad equipment
114
(-67%)
0,05%
1.019
(-6%)
0,45%
(-905)
(-21%)
1.133
(-21%)
72
61
Sementes
Seeds
112
(-40%)
0,05%
100
(-17%)
0,04%
12
(-81%)
212
(-31%)
73
-
Amendoins
0,05%
1
-
-
110
-
111
-
67
70
Peanuts
110
-
74
62
Zinco Zinc
110
(-39%)
0,05%
113
(-2%)
0,05%
(-3)
-
223
(-25%)
75
72
Ovos
100
(-5%)
0,04%
17
(-8%)
0,01%
84
(-4%)
117
(-5%)
Eggs
www.analise.com
BRASIL GLOBAL
103
PRODUTOS Products Ranking
1
O setor em perspectiva
Minérios Ores 2012 Variação
12
Change
11
1°
1° Exportações US$ mi Exports US$ mln
1°
1° Participação 2012
Variação 11/12 81° 12°
(-24%)(-67pp)
Change 11/12
Importações US$ mi 30° 22° Imports US$ mln
1° Saldo US$ mi Balance US$ mln
3°
3° Com. total US$ mi
-
14,01% (-4pp)
Share 2012
1°
33.974
804 (-42%) 33.170 (-24%) 34.777 (-25%)
Total trade US$ mln
Itens vendidos Items sold 12
11
1°
1°
2°
2°
3°
3°
4°
4°
-
-
US$ mi
Minérios de ferro
30.989 91%
Iron ores
Minérios de cobre
1.511
Cooper ores
4%
Silício
523
Minérios de alumínio
325
1%
Outros
625
2%
Silicium Aluminum ores Others
2%
Ores
Minérios
Os clientes The clients US$ mi
12
11
1°
1°
China (CHN)
2°
2°
Japão (JPN)
3.023
9%
3°
4°
Coréia do Sul (KOR)
1.656
5%
4°
3°
Holanda (NLD)
1.394
4%
5°
5°
Alemanha (DEU)
1.313
4%
6°
6°
Itália (ITA)
1.111
3%
7°
8°
França (FRA)
840
2%
8°
7°
9°
9°
10° 11° -
-
15.204 45%
Argentina (ARG)
805
Inglaterra (GBR)
697
Taiwan (TWN)
559
Outros
2% 2% 2%
7.371 22%
Others
Exportações de minério de ferro Iron ore exports
335 335
Em milhões de toneladas In million of tons
298 298
261
224 224
187 187
150
02
110
Fonte Source: MDIC 04
06
08
BRASIL GLOBAL
10
12
2
Sobe e desce – Pelo terceiro ano
consecutivo, os minérios mantiveram a posição de produto mais negociado pelo Brasil. As exportações da commodity caíram 24% em 2012, registrando 34 bilhões de dólares. década em alta, o preço do minério de ferro no mercado internacional caiu. Investimentos foram congelados, projetos parados e ativos vendidos por conta, principalmente, da queda do apetite chinês pelo minério de ferro e aço. • Entre 2011 e 2012, a desvalorização do preço do minério foi de 23%. O pico histórico de preço, em fevereiro de 2011, foi de 187 dólares por tonelada métrica, enquanto o patamar mais baixo foi de 99 dólares em setembro, o que faz a queda ser de 47%.
Negócios e investimentos – A Vale reestruturou suas operações para manter o foco em projetos prioritários e recuperar a lucratividade (o seu lucro caiu 52% em 2012). O primeiro passo foi o anúncio do corte de dez bilhões de dólares do plano de investimentos, que ficou com 12 bilhões de dólares em 2013. A mineradora também passou a vender ativos. Em novembro de 2012, a empresa negociou suas operações de ferroligas de manganês na França e na Noruega com a suíça Glencore, por 333 milhões de reais. Em fevereiro de 2013, vendeu a mina do Salobo, de ouro, no Pará, e a mina de níquel no Canadá, em Sudbury, por 1,9 bilhão de dólares. • A Gerdau vai construir, sozinha, seus ativos de minério de ferro em Minas Gerais com investimentos necessários de 1,8 bilhão de reais. • A Anglo American vendeu, por valor não divulgado, a mina de minério de ferro no Amapá, em janeiro de 2013.
sobre o novo Código de Mineração, com a definição da nova divisão dos royalties da atividade, avançaram em 2013. Em debate desde 2009, o novo marco regulatório está sendo negociado entre o governo brasileiro e os principais estados produtores. O governo quer dobrar a contribuição da exploração do minério de ferro para 4%.
Petróleo Oil 2012 Variação
12
Change
11
2°
2° Exportações US$ mi Exports US$ mln
2°
2° Participação 2012
30.424
-
12,54% +0,7pp
Share 2012
Variação 11/12 36° 18°
(-0,1%) (-33pp)
Change 11/12
Causas e efeitos – Depois de uma
Acordos e disputas – As discussões
261
Ranking
2°
2° Importações US$ mi
7°
8° Saldo US$ mi Balance US$ mln
1°
1° Com. total US$ mi
Imports US$ mln
Total trade US$ mln
24.467
(-2%)
5.957
+10%
54.891
(-1%)
Itens vendidos Items sold 12
11
1°
1°
2°
3°
3°
2°
4°
4°
US$ mi
Óleos brutos
20.306 67%
Crude oil
Óleos combustíveis
5.039 17%
Combustível de aviação
4.986 16%
Fuels
Aircraft fuel
Gasolina
93 0,3%
Gasoline
Os clientes The clients US$ mi
12
11
1°
1°
Estados Unidos (USA)
5.752 19%
2°
2°
China (CHN)
4.835 16%
3°
5°
Índia (IND)
3.432 11%
4°
6°
Holanda (NLD)
2.510
8%
5°
9°
Cingapura (SGP)
1.257
4%
6°
3°
Santa Lúcia (LCA)
1.251
4%
7°
8°
Ant. Holandesas (ANT)
1.240
4%
8°
4°
Chile (CHL)
1.072
4%
9°
7°
Portugal (PRT)
840
3%
745
2%
10° 12° -
-
França (FRA) Outros
7.490 25%
Others
Exportações de petróleo Oil exports
240 240
Em milhões de barris In million of barrels
208 208
176 176
144 144
112 112
80
02
Fonte Source: ANP 04
06
www.analise.com
08
10
12
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
O setor em perspectiva Sobe e desce – O petróleo foi o segundo produto mais vendido pelo Brasil pelo quinto ano consecutivo. No ano, foram exportados 30,4 bilhões de dólares, valor estável em relação total de 2011. As importações caíram 2%, para registrar 24,5 bilhões de dólares.
Negócios e investimentos – O governo confirmou, para 2013, a realização de novos leilões, que não aconteciam desde 2008. A 11ª rodada deve incluir 174 blocos em cerca de 122 mil quilômetros quadrados. Os blocos em água estão na margem equatorial do Brasil e devem ser o destaque do leilão, já que o interesse na área subiu quando foi encontrado petróleo no leste da África, que tem formação geológica semelhante à brasileira, e com a descoberta de óleo leve nos testes em bacias como a do Ceará e a Potiguar. • O governo também tenta realizar novo leilão do pré-sal, previsto para novembro de 2013, que não acontece desde 2007. Vale ressaltar que esta rodada deve acontecer pelo novo modelo de partilha, aprovado pelo Congresso Federal e pelo então presidente Lula, em 2010. Assim, em vez de atuar em esquema de concessão, a Petrobras passa a ser sócia e operadora de todos os campos, pagando as empresas com parte da produção. Nos dois certames,
estimativa do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) coloca a negociação em 1 bilhão de dólares. • A indefinição em relação aos royalties, contudo, tem o potencial de adiar novamente os leilões. Ou, caso eles realmente sejam realizados, aconteçam esvaziados pela possibilidade de insegurança jurídica. Acordos e disputas – A exploração de novas áreas no Brasil, que está parada há cinco anos, pode estar ameaçada pelo impasse na questão dos royalties. Em março de 2013, o tema ainda não havia sido concluído, e tem o potencial de travar os leilões marcados pelo governo em 2013. A aprovação no Congresso Nacional de novo acordo no fim de 2012, que prevê que a nova distribuição seja aplicada aos contratos antigos, foi questionada pelos estados produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo, no Supremo Tribunal Federal. Em 19 de março de 2013, a ministra Cármen Lúcia, do STF, concedeu liminar para suspender a nova divisão dos royalties. A decisão final do STF ainda está pendente.
Luiz Claudio Marigo/Vale
Oil
Carregamento de minério no Terminal Ponta da Madeira, Maranhão: produto é o mais negociado pelo Brasil pelo terceiro ano seguido www.analise.com
BRASIL GLOBAL
111
Petróleo
Causas e efeitos – Os Estados Unidos mantiveram, pelo segundo ano consecutivo, a posição de principal comprador do combustível fóssil brasileiro. No ano, o parceiro comprou 5,8 bilhões de dólares, alta de 19%. Os americanos e os chineses compram 35% do petróleo do Brasil. • A decisão da Petrobras de manter os preços congelados na bomba de gasolina, em 2012, culminou com o aumento da importação do derivado do petróleo. A estratégia da estatal, vista como um subsídio governamental, reduziu a competitividade do etanol de cana e incentivou a compra da gasolina, o que significou aumento na importação para 90 mil barris ao dia em 2012, o triplo ante o ano anterior (e mais de 12
vezes ante os 7 mil barris diários em 2010), segundo a Petrobras.
logÍSTICA
em busca de Um novo cenário A nova política de centralização da logística do governo federal tem o potencial de mudar, efetivamente, o panorama do setor em longo prazo, mas falta resolver os gargalos de curto prazo English version page 214
E
m 2012, o governo apostou todas as suas fichas em uma série de projetos criados para centralizar a gestão e expandir os portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e dutos. Mais de 133 bilhões de reais foram previstos, entre investimentos públicos e privados, para revitalizar o setor. O esforço foi bem visto por especialistas que acreditam que a tentativa do governo de criar a gestão centralizada da logística é um passo no sentido certo. Historicamente, afirmam, os modais avançaram pontualmente e faltava uma visão sistêmica ao setor. O novo modelo tem a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que deve atuar nos moldes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para cuidar da parte prática do planejamento em logística, sendo responsável por acordos de transferência de tecnologia, criação de estudos técnicos, concessões e parcerias público-privadas (PPPs) em todos os modais. Acima dela, vai ser efetivada uma nova versão do Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit). Criado em 2001 para ser uma linha direta entre sociedade civil, especialistas, empresários de logística e a presidência, o Conit teve apenas uma reunião em 2009. Agora, sob novo estatuto, o con-
144
BRASIL GLOBAL
selho conta com seis representantes da sociedade civil e mais oito ministros de Estado. O braço financeiro da nova estrutura será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco, ao financiar 118 projetos estimados em 22 bilhões de reais (que chega a 50 bilhões de reais com as contrapartidas de investimento das empresas) em 2012, emprestou a maior quantidade de recursos já de-
45ª
É a posição da logística do Brasil no ranking mundial de infraestrutura, feito pelo Banco Mundial, em 2012
dicada ao setor e 40% a mais do que em 2011. Para longo prazo, o banco deve desempenhar papel importante, oferecendo garantias financeiras aos projetos para o setor, avaliados em 133 bilhões de dólares em 25 anos.
Ao avaliar por modal, várias iniciativas tiveram destaque em 2012. Entre elas está o Programa de Investimentos em Logística. Apresentado em agosto de 2012, ele combina concessões com parcerias público-privadas para reativar as rodovias e ferrovias que, na última década, viram o interesse da iniciativa privada cair e não tiveram expansão pelos investimentos públicos. Estão previstos 42 bilhões de reais até 2020 para as rodovias, enquanto as linhas de ferro devem ficar com 91 bilhões de reais. Outra decisão de grande importância, também em 2012, foi a Medida Provisória dos Portos, que, após enfrentar uma batalha no Senado e Congresso federais, foi aprovada e deve aumentar a concorrência das empresas nos portos e terminais, com o potencial de revitalizar o setor. As previsões do governo colocam, pósMP, aportes de 54,2 bilhões de reais até 2017 para os portos. Nos aeroportos, a política de concessões começa a dar os primeiros resultados, enquanto os dutos seguem em ritmo lento, sem grandes perspectivas de futuro. Gargalos – Se o cenário futuro parece positivo, a situação atual da logística do país mostrou mais do mesmo dos problemas conhecidos. Em 2012, as filas de caminhões nos portos, a www.analise.com
Lalo de Almeida/Folhapress
logÍSTICA
Passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo: governo federal acelerou política de concessão no setor em 2012
baixa qualidade das rodovias, a pouca penetração e ociosidade das ferrovias, os aeroportos funcionando acima da capacidade, a baixa penetração das hidrovias e a dificuldade de expansão dos terminais portuários; a faceta logística do chamado “custo Brasil”. Os números, certamente, comprovam essa impressão. Relatório do Banco Mundial aponta que o Brasil caiu quatro lugares, para ficar na 45ª posição no índice de desempenho logístico feito pela instituição em 2012. No ranking, o país está atrás de Cingapura (1º), Alemanha (4º), Estados Unidos (9º), Coreia do Sul (21º) e Portugal (28º). Nos Brics, a África do Sul (23º) e a China (26º) possuem melhor desempenho logístico. As consequências da infraestrutura são inúmeras, em especial no aumento de custos na produção. Dados da www.analise.com
Fundação Dom Cabral mostram que as empresas brasileiras possuem um custo logístico de 12% em relação ao Produto Interno Bruto, valor que nos Estados Unidos está em 8% do PIB. De acordo com a instituição, se o Brasil tivesse uma matriz logística tão eficiente quanto a norte-americana, teria um adicional de 83,2 bilhões de dólares de volta na economia. Especial logística – Nas páginas a seguir, o leitor encontra a seção de Logística da Análise Brasil Global 2013 com a análise detalhada dos cinco principais modais de transporte no Brasil, além de listar os principais desafios e conquistas brasileiras de cada área. Uma tabela com a movimentação dos portos brasileiros pode ser consultada na página 148, assim como a ficha completa dos oito maiores por-
tos com o número de armazéns, silos e os acessos rodoviários e ferroviários. Além disso, a edição apresenta o mapa das quatro hidrovias brasileiras mais importantes na página 151. A situação dos aeroportos brasileiros pode ser consultada na página 152, além de uma tabela com a movimentação de carga dos 34 aeroportos do Brasil para importação e exportação. Um detalhamento de como as rodovias brasileiras dominam a logística nacional, com 61% do total transportado, e como o governo espera reduzir sua participação está na página 154, acompanhado do mapa dos maiores sistemas rodoviários do Brasil. Além da análise das ferrovias e dos principais sistemas ferroviários, na página 158, também apresentamos o mapa da malha dutoviária e os armazéns do Brasil. Boa leitura! 0 BRASIL GLOBAL
145
1
TABLE OF CONTENTS
yearbook
global BRAZIL
168 Brazil in the global scenario An overview of the country’s position and influence and its companies in the global scenario
184 Companies
213 States
The 427 largest exporters and importers
The performance of the 26 states and the Federal District in trade
44 Largest corporate groups
136 Exports by city
46 Largest by sector
138 Exports by state
48 Largest by total trade
214 Logistics
188 Partners
The transport of cargo at ports, airports, roads and railways
Profile of the 61 main trade partners of Brazil in 2012
215 Ports ans waterways
64 Largest partners
216 Airports
66 Global trade with partners
216 Roads
192 Analysis of partners
202 products
2
217 Railways 218 Pipelines and storage 3
The 75 products most exported by Brazil in 2012
102 The 75 most exported
167
editorial
167
Methodology
169
Staff
products
104 The most exported items 206 Product analysis
1 Cargo ship for oil production in Lagos, Nigeria 2 Model posing in front of car at car fair in Shanghai 3 Mechanized harvester in soybean plantation in Bahia Photos: 1. Akintunde Akinleyer/Reuters, 2. Aly Song/Reuters 3. Paulo Whitaker/Reuters
166
GLOBAL BRAZIL
www.analise.com www.analise.com
Methodology
EDITORIAL
Time to collaborate Refers to page 6
P
oet Mário de Andrade said that “The past is a lesson to reflect upon, not to repeat.” This saying fits right in when the topic is the huge sums of Brazil’s international trade in 2012. If we look at the consolidated results, there really is nothing to write home about. Our exports last year fell 5% in value or 1.3% in volume. The country's share in world trade, which reached 1.4% in 2011, shrank 1.3%. And the Brazilian GDP rose less than one percentage point over the previous year. The international scenario was not any more encouraging. Global exports continued at the same level as in 2011, while the world GDP - the result of the sum of the economies of 190 countries - grew by less than 2%. The reflection proposed by Andrade is, in this case, referring to the care we need to take from now on so we don’t repeat the poor performance of 2012 - and to find ways to grow so we can overcome the setbacks of a changing world economy. It's time for Brazil to unleash itself from the rest of the world. For this not to sound crazy, let me explain myself. When China grows, we grow a lot. When it grows less, we grow less. We’re like a wagon. And China, the locomotive. Now it is the turn of the United States, the great locomotive of the world, whose economy is recovering. Until when are we going to depend exclusively on the success of others? If we find ways to improve our performance and increase our level of local competitiveness maybe we can start having our own "locomotive" and we can stop depending on the success or failure of others for our benefit (or hindrance). An example is the search for productivity in a sector where Brazil shines: the fields. The national agricultural modernization process began in the 1960s and gained momentum with the creation of Embrapa in the 1970s. In the 1990s, the farmers learned to plant almost with no subsidies. Brazilian agricultural production more than tripled in twenty years. The Brazilian countryside is currently the most powerful in the world. We have the largest global yield in cotton (the fifth largest producer of cotton and third largest exporter) as well as in soybeans (the second largest producer, second only to the United States). Unfortunately, due to transport costs, the gains achieved in the www.analise.com
fields is lost when the product reaches the port. Our profitability as a country could be higher with more consistent investments in infrastructure and logistics. Brazil, among the 20 largest economies in the world, stands in last place when it comes to percentage of paved roads. With less than 30,000 kilometers of tracks, Brazil has only the 11th largest railway network in the world. In the United States, the railroad carries 43% of the domestic cargo. In Canada, this figure jumps to 46%. In Russia, 81%. Brazil stands at around 26%, with a detail. Twothirds of the volume of freight transported by rail in the country is iron ore. Take this commodity out of the mix and the share of railways in the Brazilian matrix for the rest of the economy is only 10%. The cost to society of the low level of investments in this sector is evident. This eighth edition of the ANÁLISE GLOBAL BRAZIL yearbook will show you the steps that the country is taking with the current structure and how it is overcoming its challenges. We have included stories of sectors and companies that have reached the top ranks in their business areas in the international market. And we show opportunities that arise in the crisis. We are certain that in the next few issues, we will be presenting a more optimistic scenario. Enjoy! Silvana Quaglio
Publisher
METHODOLOGY
CRITERIA USED IN THIS EDITION Refers to page 8
Information sources – The main
source of information used to produce the ANÁLISE GLOBAL BRAZIL yearbook was the International Trade Department (known for short as Secex in Portuguese) of the Brazilian Development, Industry and International Trade Ministry Additional facts were obtained from the World Trade Organization, the United Nations Commodity Trade Statistics Database (Comtrade), the World Factbook of the Central Intelligence Agency (CIA), the Brazilian Airport Infrastructure Company (Infraero), the National River Transport Agency (Antaq) and the Brazilian airports that transport cargo. The data that refers to the headquarters, capital origin and business area of the companies analyzed in this edition were obtained from the companies themselves and from official sources.
Data assessment period – The data from the United Nations Commodity Trade Statistics Database (Comtrade) was collected from January 07, 2013 to March 30, 2013. In this period, the 2012 information of some countries had not yet been updated. In these cases, the data presented is that of the previous year. Conventions and nomenclature –
The export, import, total trade and balance figures are in million dollars FOB (Free On Board). In order to simplify searches and table organization, abbreviations and symbols were used in many cases: EXP means export value, IMP means import value, mln means millions, bln means billions, ton means tons and RK means ranking. The standard of two decimal points was used for percentages that represent shares and none for those that represent variations.
Structure of publication – This edition is divided into four sections. 1) Companies – Includes the profile of the 427 largest in total trade, according to Secex’s ranking, in line with the trends of 2012. This section also includes the ranking of the country’s 33 top corporate exporters, based on the companies listed among the main exporters. 2) Partners – Includes the profile of BraGLOBAL BRAZIL
167
BRASIL GLOBAL Rua Major Quedinho, 111, 16° andar - CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 - Fax (55 11) 3201-2310 www.analise.com • contato@analise.com