ANUÁRIO
2012
ENERGIA AS NOVE DISCUSSÕES VITAIS PARA DEFINIR O MODELO ENERGÉTICO
380
• Os investimentos
440
necessários e os desafios regulatórios
entre os maiores grupos empresariais perfilados
usinas de etanol, sua produção e controladores
• A era das grandes
700
usinas hidrelétricas e do pré-sal
obras e os projetos que vão abastecer o país
BIODIESEL • BIOMASSA • CARVÃO MINERAL • EÓLICA ETANOL • GÁS NATURAL • GLP • HIDRELÉTRICA NUCLEAR • PETRÓLEO • TERMELÉTRICA www.analise.com
Denis Balibouse/Reuters
ÍNDICE
ENERGIA 16
9 DISCUSSÕES ESTRATÉGICAS Os desafios e as decisões que vão definir o futuro da energia no Brasil
10 Apresentação O país tem muitas opções para desenvolver a matriz e enfrenta o desafio de fazer as escolhas certas para crescer
08
Editorial
12
Metodologia
12
Expediente
14
Colaboradores
1 COMBUSTÍVEIS As empresas que atuam na produção e no fornecimento de combustíveis
32 Petróleo
4
38
Campos de produção
41
Produção por empresa
41
Campos em desenvolvimento
42
Blocos em exploração
Operário monta painel solar na Suíça: Brasil lançou primeira usina comercial em 2011
59
Ranking das usinas
63
Ranking dos grupos
130 Comercializadoras
68
131 Distribuidoras
Produtores de biodiesel
2 geração elétrica Os rankings das usinas geradoras e análises detalhadas de cada setor
70 Hidrelétrica
48
72
Ranking das hidrelétricas
50 Carvão
78 Termelétrica
52 GLP
81
53
90 Nuclear
Distribuidores de GLP
Ranking das termelétricas
54 Biomassa
92 Eólica
56 Etanol
96 Solar
energia
130 Transmissoras
66 Biodiesel
46 Gás natural Distribuidores de gás natural
98 Grupos geradores
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ÍNDICE
204
Usinas hidrelétricas
de enerGia
204
PCHs
Análise da atuação dos maiores grupos empresariais de energia do Brasil
208
Usinas termelétricas
213
Usinas eólicas
136
Atuação abrangente
160
216 Petróleo e gás
Energia
176
Etanol
190
Autogeração
3 perfil dos grupos
4 projetos e obras Obras em execução e planejadas em todos os setores energéticos
202 Destaques
216
Plataformas de petróleo
216
Refinarias
216
Dutos
217 Etanol 218 Proinfa 218
PCHs
218
Biomassa
218
Usinas eólicas
Danilo Verpa/Folhapress
204 Usinas geradoras
NOTE TO ENGLISh READERS The English language content was totally reformatted to make the searching process for foreign readers more practical
I
n the fifth edition of ANÁLISE ENERGY the English-language content has been improved. The goal of the overhaul is to make reading more objective and practical. The new structure of the English section, starting on page 219, was created as a magazine within the magazine, which can be read or consulted separately. The new section has tables, graphs and photographs, in addition to translated news reports and articles, mirroring the structure of the Portuguese edition. As such, the reading of the English version becomes linear and no longer requires the reader to return to specific pages in the Portuguese content to acquire additional information. The bilingual content on the same page was maintained only in the tables that occupy entire sections. The table of contents of the publication in English on page 219 displays the location of that content in the issue. All sections that include Portuguese and English content on the same page are CONTENT ENGLISH AND PORTUGUESE identified with the seal .BILINGUAL The numbers of the pages that list the Portuguese and English content have been maintained. At the beginning of each section, the symbol indicates the page where the content is located in English and the English version also includes a reference to the page in Portuguese. The contents of ANÁLISE ENERGY have been available in bilingual format since its first edition in 2008. With this new organization, Analise Editorial’s team seeks to enhance the experience of foreign readers interested in understanding the role of Brazil and its companies in the global market. The English version is also available separately on Análise Editorial’s web site in PDF format. To view it, go to www. analise.com.
Linha de transmissão no interior de São Paulo: infraestrutura precisa de renovação
6
energia
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EDITORIAL
QUE SOPREM OS BONS VENTOS English version page 221
H
á cinco anos, quando a Análise Editorial lançou a primeira edição deste ANÁLISE ENERGIA, o cenário era de apreensão. Especialistas da área afirmavam que o Brasil AS NOVE DISCUSSÕES VITAIS PARA DEFINIR O não estaria livre de um novo apagão eléMODELO ENERGÉTICO trico até 2011. E, em 2007, com a economia crescendo bem acima dos 5%, os brasileiros torciam por chuva – como bem retratou a edição de estreia do anuário ANÁLISE ENERGIA, que circulou a partir de janeiro de 2008. O temor era de que – como em 2001 – o país não tivesse energia suficiente para sustentar um aumento mais forte no PIB. Em 2000, a economia crescia a um ritmo acima dos 4%. Uma estiagem prolongada baixou perigosamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Não que não houvesse água em lugar algum, mas a falta de linhas de transmissão não perNINE POINTS UNDER DISCUSSION ABOUT THE ENERGY MODEL mitia a transferência de energia de onde sobrava para onde faltava. O resultado foi uma freada no consumo, que jogou o PIB para perto de 1% em 2001. O governo sustentava que não havia risco de um novo apagão e enumerava suas razões. Àquela altura, a Análise Editorial já editara cinco outros títulos com a mesma marca: um extraordinário volume de informações, organizadas de tal forma a oferecer aos leitores uma compreensão ampla e profunda do tema tratado. São publicações jornalísticas convertidas em ferramentas preciosas para quem toma decisão e forma opinião. Era, então, o momento de a Análise Editorial contribuir com um anuário que apresentasse o setor para quem deseja entendê-lo não com base em palpites ou projeções duvidosas, mas com base em sua estrutura, naquilo que efetivamente existe ou está em vias de existir. Desta forma, o anuário ANÁLISE ENERGIA proporciona, a cada edição, um panorama único de um setor que tem a capacidade de ditar o ritmo do desenvolvimento não só do Brasil, mas da própria humanidade. Encerrado o ano de 2011, os temores de 2007 parecem cada vez mais distantes. A atualização anual dos dados de ANÁLISE ENERGIA indica existirem ainda muitos desafios para que se afaste de vez o risco de o suprimento de energia não ser suficiente para suportar o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida no Brasil. Há desafios de ordem regulatória, de crédito, entre outros. Ao mesmo tempo, a publicação demons-
tra os importantes avanços conquistados. As grandes hidrelétricas estão saindo do papel e novas fontes de energia atraem investimentos importantes. O crescente aumento da importância da energia eólica como fonte de eletri380 cidade é digno de nota. Há poucos anos, gerar energia dos ventos, no Brasil, era 440 visto por muitos entendidos do setor 700 mais como uma visão romântica que uma alternativa efetivamente viável. A maior razão é o custo. Em um país com o potencial hídrico brasileiro, ainda que vente muito, a energia gerada pela água sempre foi mais competitiva e continuará sendo a base do sistema. O quadro, entretanto, vem mudan2012 do rapidamente e, conforme se pode constatar nesta edição de ANÁLISE ENERGIA, a fonte eólica está não só se viabilizando como alternativa para complementar a geração hídrica como 380 também apresenta boas oportunidades 440 de negócio para quem atua na cadeia de valor dos ventos. 700 A Análise Editorial tem orgulho de oferecer um quadro detalhado, que há cinco anos registra as evoluções do cenário macro ao mesmo tempo que identifica continuamente quem é quem no mundo da energia nacional. Pelo interesse com que a publicação é recebida pelo mercado, sabemos tratar-se de contribuição valiosa. Dividimos o orgulho dessa contribuição com quem nos permite viabilizá-la: nossos anunciantes. São empresas que valorizam a informação de qualidade e sua importância para a tomada de decisão. Empresas que confiam na capacidade da Análise Editorial em produzir publicações que contribuam para que o Brasil desenvolva todo o seu potencial em um ambiente de negócios saudável e equilibrado. E que buscam a melhor forma de se relacionar com seus stakeholders, investindo na transparência e na igualdade de condições que só a análise objetiva de dados minuciosamente coletados e organizados pode proporcionar. A essas empresas parceiras, o nosso profundo agradecimento. Agradecemos, também, a todos os que contribuem com informações e com seu tempo para que nossas pesquisas sejam sempre as mais completas e precisas. E a você, que ora recebe esta edição, por seu interesse. Esperamos que lhe seja uma ferramenta útil. 0 ANUÁRIO
2012
ENERGIA s Os investimentos
necessários e os desafios regulatórios
s A era das grandes usinas hidrelétricas e do pré-sal
entre os maiores grupos empresariais perfilados
usinas de etanol, sua produção e controladores
obras e os projetos que vão abastecer o país
BIODIESEL s BIOMASSA s CARVÃO MINERAL s EÓLICA ETANOL s GÁS NATURAL s GLP s HIDRELÉTRICA NUCLEAR s PETRÓLEO s TERMELÉTRICA www.analise.com
YEARBOOK
ENERGY s The investments
and the regulatory challenges ahead
s The era of the mega
hydroelectric power plants and the pre-salt
of the largest corporate energy groups profiled
ethanol mills, their production and groups
ventures and projects that will supply the country
BIODIESEL s BIOMASS s ETHANOL s HYDROELECTRIC POWER LPG s MINERAL COAL s NATURAL GAS s NUCLEAR POWER OIL s THERMOELECTRIC POWER s WIND POWER www.analise.com
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ENERGIA
SILVANA QUAGLIO Publisher www.analise.com
METODOLOGIA
metodologia adotada English version page 223
Fontes de informação − As principais fontes usadas em ANÁLISE ENERGIA são a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Balanço Energético Nacional (BEN) 2011 do Ministério de Minas e Energia (MME). Dados adicionais foram apurados com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate). As informações referentes ao mercado de outros países foram extraídas da International Energy Agency (IEA) e do banco de dados do Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos, o Energy Information Administration (EIA). Os dados referentes aos resultados financeiros das companhias analisadas nesta edição, sua composição acionária, estrutura de seus grupos empresariais e listagem em bolsa foram apurados com as próprias empresas ou em fontes oficiais. As fontes oficiais consultadas para esta edição foram os sites das empresas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a BM&FBovespa. As informações referentes à matriz energética brasileira sempre utilizam como fonte o Ministério de Minas e Energia (MME). Entende-se por matriz energética, também definida como oferta interna de energia (OIE), a representação de toda a energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida no país. Período de levantamento de dados − O levantamento de dados com a Aneel foi realizado entre outubro e dezembro de 2011. As informações obtidas com as companhias analisadas e das demais fontes foram coletadas entre novembro e dezembro de 2011. 12
energia
Convenções e nomenclatura − Os dados referentes à potência de usinas geradoras de energia elétrica estão sempre apresentados em megawatt (MW). Para facilitar a consulta e a organização das tabelas, foram utilizadas abreviações e símbolos: indica participação no total; W indica watt; Wh indica watt-hora; mi indica milhões; bi indica bilhões; ton indica toneladas; tep indica toneladas equivalentes de petróleo; m³ indica metros cúbicos; bpd indica barris por dia; comb. indica combustível; RK indica ranking. Adotou-se o padrão de duas casas decimais para os valores percentuais que representam participação e nenhuma para os que representam variação. Estrutura da publicação − Esta edição está dividida em quatro seções: 1) Combustíveis − Apresenta reportagens, ranking e tabelas que analisam o desempenho, em 2011, de sete segmentos do setor de energia que atuam na exploração, produção e comercialização de combustíveis fósseis e renováveis, além de detalhar a atuação das companhias desses segmentos. 2) Energia elétrica − Apresenta reportagens, ranking e tabelas que analisam o desempenho, em 2011, das empresas geradoras, transmissoras, comercializadoras e distribuidoras de energia. 3) Perfil dos grupos de energia − Apresenta ranking e tabelas que retratam os maiores grupos empresariais que atuam no segmento de energia no Brasil. 4) Projetos e obras − Apresenta reportagens, ranking e tabelas que analisam os projetos em execução e planejados no setor energético brasileiro. Edição bilíngue − Todo o conteúdo do anuário é apresentado em português e inglês. As reportagens em inglês foram agrupadas em uma única seção, na página 224. O símbolo é utilizado para indicar a página em que começa o texto em inglês. No caso dos rankings, tabelas e legendas, a tradução foi incluída na mesma página do conteúdo original. 0
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Conselho editorial Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio e Alexandre Secco
Diretora-presidente Silvana Quaglio
Diretor de conteúdo Alexandre Secco
Diretor comercial Alexandre Raciskas Rua Major Quedinho, 111, 16° andar CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 Fax (55 11) 3201-2310 contato@analisecom
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ENERGIA
PUBLISHER Silvana Quaglio EDITOR Alexandre Secco Editor executivo: Gabriel Attuy Gerente de pesquisa e distribuição: Ligia Donatelli Coordenadores de conteúdo: Vinícius Cherobino e Vivian Stychnicki Coordenadora de pesquisa: Valquíria Oliveira Coordenadora de distribuição: Juliane Almeida Coordenador de arte: Cesar Habert Paciornik Equipe de conteúdo: Bruna Abjon, Carlos Larios e Paula Quintas Equipe de pesquisa: Abrahão de Oliveira, Adrieli Garzim, Alberto Barbosa, Ana Carolina Marquez, Ana Claudia Coelho, Beatriz França, Bianca Barros, Daniel Mendes, Ellen Lopes, Giulia Listo, Juliana Colognesi, Nathalia Bianchi, Nayara Matteis, Patrícia Silva, Paulo Andrade, Raquel Aderne, Santiago Boyayan, Sumaya Oliveira, Taiane Silva, Thaís Bueno, Yasmin Gomes e Yuri Damacena Designers: Danilo Pasa, Gustavo Moura e Régis Schwert Colaboradores: Irene Ruberti e Marcio Caparica Coordenador de TI: Cristiano Carlos da Silva Equipe de TI: Felipe Cavalieri e Ítalo Macellone Revisão: Mary Ferrarini Tradução: Sogl Traduções Publicidade/Gerentes de negócios: Alessandra Soares e Márcia Pires Assistente: Felipe Ricelle Atendimento e apoio administrativo: Fábio Lopes e Giseli Monteiro
Auditoria
ISSN 1808-9240
Tiragem: 35.000 Impressão: RR Donnelley Impresso em dezembro de 2011 Operação em Bancas: Assessoria: EdiCase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas: FC Comercial e Distribuidora S/A Manuseio: FG Press www.fgpress. com.br Distribuição Dirigida: Door to Door www.d2d.com.br
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Tiago Queiroz/AE
apresentação
Centro da cidade de São Paulo: os projetos hidrelétricos em construção no Norte serão a base para atender à demanda por energia
o momento de fazer BOAS ESCOLHAS ALEXANDRE SECCO
O país tem muitas opções para desenvolver sua matriz energética e enfrenta o desafio de definir quais são as estratégias que vão sustentar o avanço econômico da próxima década English version page 222
10
energia
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Apresentação
O
Brasil é um país em situação privilegiada no que diz respeito à disponibilidade de fontes de energia. Tem o terceiro maior potencial hidrelétrico do mundo, condições climáticas extremamente favoráveis para o desenvolvimento da geração eólica e é um dos líderes globais na produção de eletricidade com base em biomassa. Além disso, conta com a sexta maior reserva de urânio do planeta, entre as 20 maiores reservas de carvão, e pode tornar-se um dos dez principais produtores globais de petróleo e gás natural com as descobertas da camada do présal. No campo dos biocombustíveis, é o segundo maior produtor de etanol e biodiesel, contando com vantagens competitivas sem igual relacionadas ao perfil de sua produção agrícola e disponibilidade de área de plantio. O quadro dá ao país uma oportunidade com a qual quase nenhuma outra nação pode contar: a de efetivamente fazer escolhas em relação a como quer desenvolver seu modelo energético. É um luxo. Vale lembrar que os grandes consumidores mundiais de carvão, Estados Unidos e China, utilizam intensivamente esse modelo de geração de energia porque as alternativas são poucas e caras. E esses países estão fazendo investimentos gigantescos para limpar sua matriz energética e chegar ao nível de participação de fontes renováveis que o Brasil já tem. A definição dos rumos do modelo energético brasileiro também pode contribuir para superar os traumas do passado. O Brasil teve uma experiência amarga nos anos 1970 e 1980, quando a conjuntura econômica e política resultou no desenvolvimento de recursos energéticos a um altíssimo custo ambiental e social. O processo gerou passivos que, até hoje, refletem de forma negativa no debate a respeito do aproveitamento do potencial hidrelétrico da Amazônia e da continuidade do programa nuclear nacional. Não é para menos. O período produziu projetos ineficientes com enormes impactos. Um dos exemplos mais notórios é o da hidrelétrica de Balbina, localizada no rio Uatumã da bacia Amazônica, e que já foi chamada do “maior desastre ambiental do Brasil”. www.analise.com
Com uma área alagada de 2.360 quilômetros quadrados, a usina tem uma potência de 250 MW. O reservatório de Itaipu é 39% menor e tem potência total de 14 mil MW, quase 60 vezes mais. Concluído em 1989, o projeto emite quase dez vezes mais carbono do que uma termelétrica de tamanho equivalente movida a carvão. A usina de Tucuruí, a terceira maior do mundo com 8.370 MW de potência, foi construída entre 1974 e 1985 e gerou problemas ambientais. A área de 2.850 quilômetros quadrados de floresta que abriga o reservatório do empreendimento não foi desmatada antes do alagamento. A decomposição da vegetação coberta pela água causou efeitos negativos como a liberação de
40 %
da demanda por eletricidade no Brasil, até 2020, será suprida por hidrelétricas construídas na Região Norte
grandes quantidades de gases do efeito estufa e elevados índices de acidez da água, que afetam a biodiversidade e corroem as turbinas da usina. A discussão de hoje é como viabilizar os investimentos sem reproduzir os erros do passado. E sem esquecer que, em meio aos inúmeros problemas, também foram tomadas boas decisões. É o caso da Petrobras, criada em 1953 durante o governo Getúlio Vargas. Desde então, a companhia tornou-se líder global em exploração em águas profundas e conduziu o setor petrolífero brasileiro a protagonizar algumas das maiores descobertas dos anos 2000. Fazer a migração de um modelo de desenvolvimento estruturado às pressas – em que decisões precisavam ser tomadas rapidamente para atender o crescimento da economia nacional –
para um que explore os recursos de forma a preservar o meio ambiente e reduzir impactos sociais é um desafio imenso. E é esse desafio que o Brasil enfrenta. Não se trata de excluir opções com base nos erros do passado, mas de construir um modelo que seja sustentável para o futuro. Em 2011, a usina de Belo Monte, em construção no rio Xingu (PA), foi a bola de vez na discussão sobre o futuro energético do Brasil. Os temores de uma reedição de Balbina e Tucuruí voltaram e o projeto foi atacado por grupos ambientalistas e defensores dos interesses dos povos indígenas. Os parâmetros da usina não são os mesmos que os de 20 anos atrás: Belo Monte vai inundar 500 quilômetros quadrados e será construída no modelo fio d’água, que demanda reservatórios menores. Em consequência, são menos eficientes na produção de energia. Mesmo assim, o projeto vai gerar cerca de 80 megawatts-hora (MWh) para cada quilômetro quadrado alagado, índice 15% maior do que Itaipu nesse quesito. Apesar de contar com todos esses recursos, o Brasil ainda não conseguiu dar sinais claros que orientem sua própria economia de que haverá segurança energética para o país investir. Ainda patinamos na questão regulatória em diversos setores e, enquanto isso não estiver resolvido, o avanço dos investimentos ocorrerá em um ritmo muito menor do que poderia. Nas páginas desta edição, o leitor encontrará uma análise completa das empresas, os empreendimentos, os insumos e tudo o que diz respeito a produção, transporte e comercialização de energia no Brasil. A partir da página 204, estão listadas as mais de 700 obras em curso no país e os projetos nos setores de geração elétrica, etanol, e petróleo e gás. Na seção que começa na página 136, estão perfilados os 300 grupos empresariais mais relevantes do setor energético brasileiro – da transmissão de eletricidade à exploração de petróleo e distribuição de GLP – incluindo seus principais resultados financeiros e indicadores operacionais. Por fim, a reportagem especial desta edição, a partir da página 16, levanta nove pontos de discussão fundamentais para definir o futuro energético do país. 0 ENERGY
11
especial
as 9 discussoes
que irao definir o futuro da energia
no brasil gabriel attuy, com reportagem de Irene Ruberti
o
Brasil passa por um momento de definições estratégicas no setor energético. No campo de geração elétrica, enfrenta resistência de ambientalistas para a construção da segunda maior hidrelétrica da sua história, Belo Monte; ensaia retomar seu programa nuclear; e começa a ver a energia eólica se tornar uma real alternativa. No setor do petróleo, discute no Congresso Nacional o marco regulatório para a exploração das reservas de petróleo e gás natural do pré-sal, cujo potencial pode catapultar o país a uma posição entre os dez maiores produtores mundiais. As decisões tomadas nos próximos anos em energia vão definir como o Brasil vai avançar na sua matriz energética. Cerca de 45% da energia utilizada no país é proveniente de fontes renováveis, o maior índice entre os países industrializados. A questão a ser debatida é se o investimento nesse tipo de energia é o suficiente para garantir o abastecimento nacional na próxima década. O alto índice de energias limpas e as gigantes reservas estimadas para o pré-sal colocam o país em uma situação contrária à da maioria das nações. Com grande parte da matriz limpa, o Brasil provavelmente terá de considerar o aumento da participação de combustíveis fósseis nos seus planos de expansão.
16
energia
English version page 224
Em muitos dos casos, as discussões passam por questões regulatórias e o estabelecimento de regras claras para atrair investimentos. É o caso do setor de gás natural, que, após mais de seis anos de discussão, viu a Lei do Gás ser regulamentada em 2010. A mudança para o setor é significativa e permite que investidores privados construam gasodutos e importem o combustível diretamente, o que antes era exclusividade da Petrobras. Os investidores precisam, agora , desenvolver seus projetos e correr atrás de financiamento. No segmento do biodiesel, por exemplo, a situação é inversa. Os produtores investiram de forma pesada na produção nos últimos anos sob a chancela do programa nacional administrado pelo governo federal, que estabelece metas de adição do biocombustível ao óleo diesel convencional comercializado no país. Desde 2004, o programa andou de vento em popa, antecipando metas e atingindo 5% de adição três anos antes do prazo. Em 2011, no entanto, o avanço em velocidade acelerada perdeu fôlego. As usinas estão com capacidade ociosa e aguardam movimentação do governo para estabelecer o próximo passo. Caso a solução não venha logo, os produtores podem começar a buscar outras oportunidades de investimento. Outro caso emblemático é o do etanol. O Brasil passou de estrela em ascensão, pronto para fornecer o combustíwww.analise.com
Robson fernandjes/Ae
Robson Fernandjes/AE
Usina de Itaipu, no Paraná: estimativas indicam que o potencial do Brasil para grandes projetos hídricos deve se esgotar até 2030
vel ao mundo todo, a importador para abastecer o seu mercado interno. E a maior parte do combustível vem dos Estados Unidos, que usa o milho para a sua produção – insumo mais caro e menos eficiente – e tornou-se o maior fabricante mundial em meados dos anos 2000. Aqui o caso é de um descompasso entre o setor produtivo e a estratégia energética nacional estabelecida pelo governo. Os usineiros apontam que não recebem incentivos adequados (seja para produzir etanol ou energia elétrica com a queima do bagaço da cana) e nos últimos anos voltaram grande parte da sua safra para o açúcar, mais rentável no mercado internacional. O governo ainda não definiu claramente como pretende incentivar o segmento e tem pouco controle sobre a produção do combustível. Para tentar mudar a situação, em 2011, definiu que o setor passaria a ser regulado pela Agência www.analise.com
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com o poder de definir condições de estoque na tentativa de evitar o desabastecimento do mercado interno. Setores como o de geração elétrica contam com grande parte das suas questões regulatórias definidas, e dependem de uma definição mais clara de que caminho o Brasil vai tomar. Na geração nuclear, após o aciden-
12 %
da energia hidrelétrica global é gerada no Brasil
te de Fukushima, no Japão, o Brasil precisa decidir se vai em frente com o plano que vinha sendo traçado desde que foi anunciada a construção da usina de Angra 3. O setor termelétrico aguarda uma definição clara de que combustíveis serão incentivados para direcionar seus investimentos. Os projetos movidos a carvão mineral, por exemplo, estão a perigo com a perspectiva de que o governo federal possa banir o combustível definitivamente dos leilões de energia, dos quais não participa desde 2008. Nas próximas páginas, são apresentadas as nove discussões fundamentais para entender quais são as oportunidades e os desafios do setor energético brasileiro. A definição do planejamento energético do país passa pelas respostas às perguntas colocadas a seguir. São elas que vão (Cont. definir o futuro da energia e da matriz pág. 20) energética do Brasil. ENERGY
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especial
8
EXPANSÃO DA MALHA BRASILEIRA DE GASODUTOS DEPENDE DE DIRETRIZES ESPECÍFICAS
O
Brasil convive há mais de uma década com a instabilidade no fornecimento de gás natural. Na segunda metade da década de 1990, quando foi tomada a decisão de investir no desenvolvimento do mercado de gás e em termelétricas movidas pelo combustível para afastar o perigo de apagões - relacionados ao baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas - a solução encontrada foi um acordo com a vizinha Bolívia e a construção de um gasoduto. Isso gerou falta de gás para consumidores industriais e residenciais com a alta do consumo das térmicas. Depois, com a volta das chuvas, o gás sobrou, mas muitos setores já haviam trocado de combustível. O Brasil viu-se amarrado a um contrato caro e que não atendia as suas necessidades. Para flexibilizar o fornecimento e os preços no mercado nacional, a Petrobras investiu em navios e terminais para adquirir gás natural liquefeito (GNL) em outros países e regaseificá-lo por aqui. Em meio a esse cenário, em 2010 e após mais de sete anos de discussão e quase dois desde a sanção do projeto, foi regulamentada a Lei do Gás, que efetivamente acabou com o monopólio da Petrobras sobre a distribuição do combustível e prevê concessões de 30 anos para grupos priva-
dos interessados em investir na malha do país. Até o fim de 2011, o assunto havia avançado muito pouco. O mercado ainda espera a publicação do Plano Decenal de Expansão da Malha Dutoviária de Transporte (Pemat), ponto necessário para estabelecer as áreas de expansão dos gasodutos e definir os projetos que serão licitados. A previsão, em dezembro de 2011, era que a primeira versão do Pemat fosse divulgada em meados de 2012. Especialistas apontam que acelerar o processo é essencial, principalmente considerando que as gigantescas reservas estimadas para o pré-sal demandarão enormes investimentos para o escoamento da produção. Os modelos de licitação precisam ser testados e, sem uma perspectiva de como serão estruturadas as concessões, o mercado não tem como se planejar para investir. Além disso, uma parte importante da regulamentação não foi abordada pela lei: aquela que trata da contingência no suprimento de gás natural em casos considerados prioritários ou emergenciais pelo governo. A sinalização atual é que as regras do contingenciamento serão objeto de uma regulamentação específica e separada, mas ainda não existem prazos definidos para a sua divulgação.
O TAMANHO DO SETOR DA ENERGIA Entenda a influência e o peso do segmento de energia na economia brasileira English version page 230
Peso na economia
O setor energético correspondeu a 4,3% do PIB total brasileiro em 2009, considerando as atividades de extração de petróleo, gás natural e carvão; refino de petróleo; destilação de álcool, geração de eletricidade e produção de coque.
a fatia da energia na economia
4,3% 1 trilhão 686 bi 5,9% 28
do PIB brasileiro é a fatia do setor na economia de reais previstos em investimentos totais até 2020 de reais em aportes no setor de petróleo e gás até 2020 de alta na bolsa em 2011, ante queda de 16% do mercado
energia
Mercado financeiro
O Índice Setorial de Energia Elétrica (IEE) da BM&FBovespa aponta que as empresas do setor com capital aberto tiveram desempenho superior ao registrado pela média das companhias
que operam na bolsa. O IEE acumulado em 2011 até o mês de outubro apontou uma valorização de 5,9% no desempenho das ações das companhias do setor listadas na bolsa, enquanto o Ibovespa – índice referência da BM&FBovespa – teve retração de 15,8% no mesmo período. Investimento
O setor de energia no Brasil receberá investimentos de cerca de um trilhão de reais até 2020, de acordo com previsão do Plano Decenal de Expansão de Energia 2020, da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). Desse montante, 686 bilhões de reais serão aplicados em petróleo e gás e o restante em
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especial
9
Investimentos na rede de transmissão de energia são o gargalo do sistema nacional
O
sistema de transmissão de energia foi alvo de críticas por conta dos recentes apagões no Brasil. No fim de 2009, o corte de energia atingiu 18 estados, e, no início de 2011, prejudicou principalmente o Nordeste. Falhas na rede também foram apontadas como causa de problemas semelhantes ocorridos em 2005 e 2007. Atualmente, os grandes empreendimentos geradores de energia estão concentrados no Norte e Nordeste do país, enquanto o maior consumo é registrado no Sul e Sudeste, o que exige estruturas gigantescas para o transporte de energia. A rede de transmissão cresceu 36% desde 2002 e alcançou 100 mil quilômetros de linhas de alta-tensão. A meta é ter a 116 mil quilômetros em 2012. Dados do Programa de Expansão de Transmissão (PET) 2011/2015 apontam que os investimentos em transmissão de energia no Brasil vão superar os 8,5 bilhões de reais até 2015. Para especialistas, o esforço na produção de energia nos últimos anos deixou a transmissão de lado. Os recursos para o setor não acompanharam o ritmo da demanda. A usina de Belo Monte, por exemplo, ainda não tem definições sobre a linha de transmissão para escoar sua produção. O leilão deve acontecer apenas no fim de 2012.
outros setores da área de energia. Segundo os últimos dados disponíveis do Banco Central, o ramo de extração de petróleo e gás natural recebeu 2,5 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2009, o que representou 8,3% dos recursos totais que ingressaram no país. Gestão ambiental
Segundo levantamento da Análise Editorial na publicação Análise Gestão Ambiental 2011/2012, entre 30 segmentos de atuação econômica analisados os ramos de açúcar e álcool, energia elétrica, e petróleo e gás têm desempenho acima da média das maiores companhias brasileiras. Mais de 85% das produtoras de etanol, por exemplo, publicam informações sistematizadas sobre sua
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A distribuição de energia também tem problemas. A falta de mudança na plataforma tecnológica é uma das causas , já que as cargas estão cada vez mais adensadas e concentradas. A política de buscar mitigação dos efeitos tarifários está reduzindo a margem das distribuidoras e pressionando os investimentos. Especialistas reclamam também do pouco rigor da fiscalização na manutenção das redes. A Agência Nacional de Energia Elétrica afirma que 2011 foi o terceiro ano seguido que a duração Linhas em das interrupções no fornecimento expansão de energia superou o limite de ho- Projeção da rede de ras permitido às distribuidoras. Na transmissão em mil km capital paulista, um apagão em fe- 150 vereiro deixou cerca de 2,5 milhões de pessoas sem luz. Por causa de uma falha no sistema de transmissão entre a hidrelétrica de Itaipu e a 120 subestação de Foz do Iguaçu, Acre, Rondônia, Mato Grosso e áreas das regiões Sul e Sudeste ficaram sem 90 2020 energia elétrica por 40 minutos. 0 2010
gestão ambiental, ante a média de 67% entre mais de 837 empresas consultadas. Em média, 40% das companhias conhecem os impactos ambientais de toda sua cadeia produtiva, incluindo seus fornecedores e terceirizados. No segmento de óleo e gás, o índice é de 50%. E 97% das empresas de energia elétrica definem a responsabilidade da gestão ambiental de maneira formal em seus cronogramas, ante 72%, na média. Relações diplomáticas
As questões ligadas ao setor elétrico permeiam as relações diplomáticas brasileiras com os países vizinhos. Um dos casos mais emblemáticos é a Usina de Itaipu, na fronteira com o Paraguai. A descoberta do potencial hidrelétrico aumentou o
litígio, mas os dois países entraram em acordo diplomático e uniram forças para erguer o empreendimento nos anos 1970. Depois de longas discussões, o Brasil fechou acordo com o Paraguai em 2010 para reajustar a tarifa paga pela energia excedente da hidrelétrica. A também vizinha Argentina importa energia elétrica brasileira, principalmente no inverno, para suprir o aumento da demanda naquele período. A relação mais delicada, contudo, é com a Bolívia. Fortemente baseada na importação de gás natural pelo Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), o país tem a estatal Petrobras operando campos de gás em território boliviano. Com as reservas do pré-sal, o Brasil pode assumir um novo papel no cenário mundial dos produtores de petróleo.
ENERGY
29
Sergio Moraes/Reuters
petróleo
Operário na Petroquímica Suape (PE) que entra em operação em 2012: setor aguarda definição regulatória do pré-sal para investir 32
energia
www.analise.com
petróleo
falta de acordo sobre royalties trava exploração Ocorreram avanços técnicos no pré-sal, mas com a disputa dos estados pelo dinheiro do óleo a ANP atrasa novas rodadas English version page 232
1
RITMO DE EXPANSÃO
A produção brasileira de petróleo avançou, em média, 5% ao ano desde 2000. Em 2010, foram extraídos 750 milhões de barris, crescimento de 66% ao longo da década. Até outubro de 2011, foram 634 milhões de barris, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), alta de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desde 2008, quando foram anunciadas as primeiras descobertas na região do pré-sal brasileiro, o setor aguarda por definições regulatórias e estudos técnicos que vão determinar como e quando a área será explorada. O ritmo do avanço da extração no Brasil, portanto, reflete ainda um panorama
antigo. Naquele ano, o Brasil tinha 11,4 bilhões de barris em reservas provadas, segundo a ANP. No fim de 2010, o volume havia crescido para 14 bilhões de barris, avanço de 23%. As previsões mais conservadoras a respeito do pré-sal estimam reservas totais da ordem de 16 bilhões de barris, o que colocaria o Brasil com um total de 30 bilhões de barris de petróleo, a décima maior reserva do mundo, na frente dos Estados Unidos e México. Os especialistas mais otimistas estimam que o volume de petróleo possa chegar a 65 bilhões de barris, catapultando o Brasil para o sétimo lugar entre os produtores mundiais, à frente da Rússia e Nigéria, com reservas totais aproximadas de 80 bilhões de barris.
2
perspectiva de crescimento
Avaliação Os raios indicam a situação geral em cada um dos seis tópicos analisados no texto ao lado Indica perspectiva mais favorável
+
Indica perspectiva neutra ou indefinida Indica perspectiva menos favorável
– www.analise.com
Em curto prazo, a expansão do petróleo no Brasil depende da abertura de novas áreas para exploração. Como a ANP não realiza uma nova rodada de licitações para o combustível desde 2008, o setor está sentindo o aperto. As empresas privadas de petróleo reclamam que os prazos da devolução das áreas em exploração se aproxi-
mam sem que novas áreas possam ser exploradas. Dados da própria ANP dão conta de que o país terá apenas 100 mil quilômetros licitados e explorados em 2011, o menor número desde que a agência foi criada em 1997. Apesar da pressão, o governo não cedeu aos pedidos. Depois de ser aprovado pela ANP e pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o leilão precisa da autorização da presidente Dilma Rousseff, algo que não aconteceu até a segunda semana de dezembro de 2011. Na 11ª Rodada está prevista a oferta de blocos nas bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. A grande expectativa da licitação está na oferta de áreas que podem ser muito atrativas, como blocos no Piauí, com potencial de reservatórios de gás gigantescos. Vale lembrar que não há blocos do pré-sal neste leilão. A camada está fora dos certames desde 2007. Ainda não há clareza sobre quando – e como – as regiões do pré-sal serão oferecidas nos leilões. Para médio e longo prazos, os planos para a expansão do petróleo no Brasil com as perspectivas do pré-sal são bastante ambiciosos. A meta da Petrobras é saltar dos 2,37 milhões de barris por dia em 2010 para 5,63 milhões em (Cont. 2020. A chegada comercial do pré-sal pág. 36) deve ocorrer a partir de 2013, segundo ENERGY
33
Petróleo E gás Oil and gas
CAMPOS DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO OIL DRILLING FIELDS Operador Operation RK
Jan-Set 2011 Petróleo Oil
Gás Gas
(1000 barris)
RK
(1000 m3)
Operador Operation RK
Jan-Set 2011 Gás Gas
Petróleo Oil (1000 barris)
RK
(1000 m3)
50.134
1 RONCADOR (Campos)
Petrobras
80.899
1
1.480.869
51 ENCHOVA (Campos)
Petrobras
946
40
2 MARLIM SUL (Campos)
Petrobras
67.273
2
1.295.230
52 FAZENDA BALSAMO (Recôncavo)
Petrobras
874
134
1.104
3 MARLIM (Campos)
Petrobras
61.724
5
864.927
53 PARGO (Campos)
Petrobras
838
95
4.840
4 MARLIM LESTE (Campos)
Petrobras
46.655
6
686.587
54 LINGUADO (Campos)
Petrobras
825
316
0
5 BARRACUDA (Campos)
Petrobras
31.318
11
385.267
55 BM-S-11 (Santos)
761
53
32.395
6 JUBARTE (Campos)
Petrobras
28.528
10
517.527
7 FRADE (Campos)
Chevron Frade•
19.345
19
8 CACHALOTE (Campos)
Petrobras
18.705
15
9 ALBACORA (Campos)
411.294
Petrobras 56 CAMARUPIM NORTE (Espírito Santo) Petrobras•
660
7
223.995
57 TAQUIPE (Recôncavo)
Petrobras
647
77
10.205
253.627
58 PILAR (Alagoas)
Petrobras
634
34
68.573
Petrobras
18.547
12
374.852
59 RIO DO BU (Recôncavo)
Petrobras
604
152
644
10 ALBACORA LESTE (Campos)
Petrobras•
18.456
17
235.590
60 UBARANA (Potiguar)
Petrobras
595
25
97.304
11 OSTRA (Campos)
Shell Brasil•
16.586
36
61.808
12 CARATINGA (Campos)
Petrobras
13.840
20
195.600
61 ALTO DO RODRIGUES (Potiguar)
Petrobras
591
156
499
62 LAGOSTA (Santos)
Petrobras
578
14
274.340 40.438
13 GOLFINHO (Espírito Santo)
Petrobras
9.490
30
79.018
63 RIACHO DA FORQUILHA (Potiguar)
Petrobras
554
47
14 ESPADARTE (Campos)
Petrobras
7.807
38
56.238
64 AGUA GRANDE (Recôncavo)
Petrobras
539
317
0
15 LULA (Santos)
Petrobras•
6.635
21
181.934
65 ESPADA (Ceará)
Petrobras
526
89
6.032
16 MARIMBA (Campos)
Petrobras
5.826
33
73.195
66 GUARICEMA (Sergipe)
Petrobras
523
318
0
17 TLD TIRO (Santos)
Petrobras
5.724
54
28.764
67 RIACHUELO (Sergipe)
Petrobras
520
177
237
18 CHERNE (Campos)
Petrobras
5.004
51
33.927
68 MIRANGA (Recôncavo)
Petrobras
458
16
252.536
19 NAMORADO (Campos)
Petrobras
4.944
29
80.242
69 CONGRO (Campos)
Petrobras
456
85
8.955
20 CANTO DO AMARO (Potiguar)
Petrobras
4.570
78
10.174
70 XAREU (Ceará)
Petrobras
447
104
3.244
21 POLVO (Campos)
BP Energy•
4.432
73
10.913
71 PEROA (Espírito Santo)
Petrobras
406
4
1.061.214 3.911
22 PAMPO (Campos)
Petrobras
4.304
43
46.897
72 FAZENDA PANELAS (Recôncavo)
Petrobras
399
100
23 CARAPEBA (Campos)
Petrobras
4.152
69
15.812
73 FAZENDA POCINHO (Potiguar)
Petrobras
397
148
678
24 RIO URUCU (Solimões)
Petrobras
3.970
8
443.462
74 C-M-401 (Campos)
Petrobras
367
99
3.918
25 BIJUPIRA (Campos)
Shell Brasil•
3.373
49
36.293
75 CIDADE ENTRE RIOS (Recôncavo)
Petrobras
355
151
647
26 URUGUÁ (Santos)
Petrobras
2.980
26
95.934
76 SALINA CRISTAL (Potiguar)
Petrobras
335
74
10.903 34.870
27 LESTE DO URUCU (Solimões)
Petrobras
2.899
9
415.642
77 FAZ. SAO RAFAEL (Espírito Santo)
Petrobras
324
50
28 CARMOPOLIS (Sergipe)
Petrobras
2.683
80
9.743
78 MATA DE SAO JOAO (Recôncavo)
Petrobras
301
123
1.700
29 BM-S-9 (Santos)
Petrobras
2.378
32
75.404
79 BADEJO (Campos)
Petrobras
297
84
9.257
30 BALEIA FRANCA (Espírito Santo)
Petrobras
2.345
35
63.955
80 CAMORIM (Sergipe)
Petrobras
292
37
61.123
31 VERMELHO (Campos)
Petrobras
2.202
75
10.717
81 CAMARUPIM (Espírito Santo)
Petrobras
290
18
227.186 1.295
32 SALEMA (Campos)
Shell Brasil•
1.898
44
46.109
82 RIACHO DA BARRA (Recôncavo)
Petrobras
274
129
33 FAZENDA ALEGRE (Espírito Santo)
Petrobras
1.739
125
1.650
83 FAZENDA MALAQUIAS (Potiguar)
Petrobras
271
253
22
34 ESTREITO (Potiguar)
Petrobras
1.699
157
497
84 FAZ. BOA ESPERANCA (Recôncavo) Petrobras
269
116
2.091 10.039
35 MALHADO (Campos)
Petrobras
1.578
62
20.384
85 CURIMA (Ceará)
Petrobras
255
79
36 BICUDO (Campos)
Petrobras
1.534
60
22.971
86 ATUM (Ceará)
Petrobras
251
126
1.474
37 SIRIRIZINHO (Sergipe)
Petrobras
1.503
76
10.702
87 FAZ. SANTA LUZIA (Espírito Santo)
Petrobras
248
108
2.796
88 JANDAIA (Recôncavo)
Petrobras
195
110
2.635
89 CANAPU (Espírito Santo)
Petrobras
180
13
315.484 25.003
38 PIRANEMA (Sergipe)
Petrobras
1.360
48
38.785
39 PEREGRINO (Campos)
Statoil Brasil•
1.360
102
3.439
40 CORVINA (Campos)
Petrobras
1.308
71
12.790
90 ANAMBE (Alagoas)
Petrobras
154
57
41 ENCHOVA OESTE (Campos)
Petrobras
1.275
59
23.197
91 CIOBA (Potiguar)
Petrobras
153
187
169
42 BONITO (Campos)
Petrobras
1.133
23
116.273
92 CASSARONGONGO (Recôncavo)
Petrobras
153
130
1.231 24.940
43 GAROUPA (Campos)
Petrobras
1.115
68
16.180
44 BURACICA (Recôncavo)
Petrobras
1.079
158
492
93 LIVRAMENTO (Potiguar)
Petrobras
149
58
94 REDONDA PROFUNDO (Potiguar)
Petrobras
145
230
45 VOADOR (Campos)
Petrobras
1.027
66
18.995
57
95 ANEQUIM (Campos)
Petrobras
134
103
3.309
46 SERRA (Potiguar)
Petrobras
1.013
105
47 PIRAUNA (Campos)
Petrobras
989
82
3.229
96 FAZENDA ALVORADA (Recôncavo)
Petrobras
133
205
109
9.429
97 FURADO (Alagoas)
Petrobras
132
52
33.161
48 VIOLA (Campos)
Petrobras
983
92
5.477
49 ARGONAUTA (Campos)
Shell Brasil•
972
90
5.813
98 REC-T-155 (Recôncavo)
Petrobras
130
138
1.006
99 DOM JOAO (Recôncavo)
Petrobras
129
220
50 ARACAS (Recôncavo)
Petrobras
960
67
17.044
74
Petrobras
127
237
49
100 BAIXA DO ALGODAO (Potiguar)
• Indica campos que não são controlados exclusivamente pelo controlador, confira a composição desses campos ordenados pelo ranking. Indicates fields that are not controlled exclusived by the operator. The composition of the control group fields is presented here, ordered by their ranking. 7º Frade Chevron Frade(51,7391), Petrobras (30) , Frade Japão (18,2609). 10º Alcobacora Leste Petrobras (90), Repsol (10). 11º Ostra Shell Brasil (50), Petrobras (35), ONGC Campos (15). 15º Lula Petrobras (65), BG Brasil (25), Petrogal Brasil (10). 21º Polvo BP Energy 60), SK Brasil (40). 25º Bijupira Shell Brasil (80), Petrobras (20). 32º Salema Shell Brasil (80), Petrobras (20). 39º Peregrino Statoil Brasil (60), Sinochem Petróleo (40). 49º Argonauta Shell Brasil (50), Petrobras (35), ONGC Campos (15). 56º Camarupim Norte Petrobras (65), El Paso (35). 101º Manati Manati (45) Petrobras (35), Brasoil Manati (10), Rio das Contas (10). 104º Pescada Petrobras (21), Unopaso (79). 125º Tartaruga UP Petróleo Brasil (67,5), Petrobras (25), TDC (7,5) 144º Arabaiana Petrobras (21), Unopaso (79). 149º Cardeal Partex Brasil (50), Petrobras (50). 180º Andorinha Petrogal Brasil (50), Petrobras (50). 189º Guanambi Petrobras (80), Guanambi (20). 236º Colibri Partex Brasil¹ (50) / Petrobras (50). 238º Andorinha Sul Petrogal Brasil (50), Petrobras (50). 239º João de Barro UTC Engenharia (50), Aurizônia Petróleo (50). 265° Periquito UTC Engenharia (38), Aurizônia Petróleo (37), Phoenix (25). 267º Carcará Norberto Odebrecht (50), Central Resources (50). 273º Harpia Nord (60), Mercury (40). 307º Rolinha UTC Engenharia (50), Potióleo (50). 309º Morro do Barro Panergy (30), ERG (70). 313º Aracua Sonangol Starfish (30), Petrobras (70).- Indica campos que estão em transição, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombusíveis (ANP),e não foram contabilizados no ranking por empresas. Indicates the fields that are in transition, according to the ANP, and were not included in the company ranking.
38
energia
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2,8%
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
Operador Operation RK
foi a participação do Brasil na produção mundial de petróleo em 2010
Jan-Set 2011 Petróleo Oil
Gás Gas
(1000 barris)
RK
(1000 m3)
101 MANATI (Camamu)
Petrobras•
122
3
1.222.514
102 ARATUM (Potiguar)
Petrobras
116
155
103 CANCA (Espírito Santo)
Petrobras
115
104 PESCADA (Potiguar)
Petrobras•
109
Operador Operation RK
Jan-Set 2011 Gás Gas
Petróleo Oil (1000 barris)
RK
(1000 m3)
158 RIO PRETO OESTE (Espírito Santo)
Petrobras
32
209
104
520
159 S. MIGUEL DOS CAMPOS (Alagoas)
Petrobras
32
64
20.161
159
469
160 BREJO GRANDE (Sergipe)
Petrobras
30
322
0
42
47.255
161 RIACHO OURICURI (Recôncavo)
Petrobras
30
219
85
162 BENFICA (Potiguar)
134
105 MASSAPE (Recôncavo)
Petrobras
104
56
26.956
Petrobras
29
197
106 LORENA (Potiguar)
Petrobras
98
39
53.611
163 COR. CEDRO NORTE (Espírito Santo) Petrobras
29
273
5
107 SUDOESTE URUCU (Solimões)
Petrobras
93
65
19.566
164 RIO PRETO SUL (Espírito Santo)
Petrobras
29
169
307 1.831
108 INHAMBU (Espírito Santo)
Petrobras
93
194
138
109 CANDEIAS (Recôncavo)
Petrobras
91
70
13.230
165 CACHOEIRINHA (Potiguar)
Petrobras
28
122
166 REDONDA (Potiguar)
Petrobras
27
269
110 FAZENDA BELEM (Potiguar)
Petrobras
91
146
7
692
167 MORRINHO (Potiguar)
Petrobras
27
265
9
111 FAZENDA BELEM (Potiguar)
Petrobras
91
153
613
168 SOL-T-171 (Solimões)
Petrobras
26
45
44.356
112 FAZ. SAO JORGE (Espírito Santo)
Petrobras
82
180
218
169 CNP
-
25
46
43.138
113 DOM JOAO MAR (Recôncavo)
Petrobras
75
234
52
170 PORTO CARAO (Potiguar)
Petrobras
25
266
9
114 MEXILHÃO (Santos)
Petrobras
74
24
101.588
171 CASTANHAL (Sergipe)
Petrobras
25
221
66
115 MERLUZA (Santos)
Petrobras
72
28
82.815
116 PAJEU (Potiguar)
Petrobras
72
229
57
172 JAÇANÃ (Potiguar)
Petrobras
25
182
213
173 CANARIO (Recôncavo)
Petrosynergy
25
166
346
117 POT-T-749 (Alagoas)
Petrobras
71
184
198
174 LAGOA PIABANHA (Espírito Santo)
Petrobras
23
235
51
118 MONTE ALEGRE (Potiguar)
Petrobras
70
196
134
175 LAGOA PAULO NORTE (Recôncavo)
Recôncavo E&P
23
203
124 422
119 LESTE DE POCO XAVIER (Potiguar)
Petrobras
70
170
300
176 MATO GROSSO NORTE (Sergipe)
Petrobras
22
161
120 RIO ITARIRI (Recôncavo)
Petrobras
69
199
132
177 RIO ITAUNAS (Espírito Santo)
Petrobras
22
189
157
121 TRILHA (Campos)
Petrobras
68
117
2.088
178 SESMARIA (Recôncavo)
Petrobras
21
106
3.200 5.508
122 REMANSO (Recôncavo)
Petrobras
67
83
9.353
179 PONTA DO MEL (Potiguar)
Petrobras
21
91
123 FAZENDA IMBE (Recôncavo)
Petrobras
65
114
2.215
180 ANDORINHA (Potiguar)
Petrogal Brasil•
19
244
31
124 SERRARIA (Alagoas)
Petrobras
65
238
37
181 CAIOBA (Sergipe)
Petrobras
19
22
175.211
125 TARTARUGA (Sergipe)
UP Petróleo Brasil•
62
141
812
126 OESTE DE UBARANA (Potiguar)
Petrobras
59
55
27.256
127 MASSUI (Recôncavo)
Petrobras
58
139
899
128 PARU (Alagoas)
Petrobras
58
31
76.935
182 PARATI (Campos)
Petrobras
18
171
281
183 FAZENDA CURRAL (Potiguar)
Petrobras
17
191
148
184 ANGELIM (Sergipe)
Petrobras
16
283
3
185 COR. DOURADO (Espírito Santo)
Petrobras
15
249
24 763
129 GAROUPINHA (Campos)
Petrobras
58
167
345
186 TATUI (Sergipe)
Petrobras
14
143
130 BAGRE (Campos)
Petrobras
58
118
2.077
187 RIO PRETO (Espírito Santo)
Petrobras
14
208
107
131 MATO GROSSO (Sergipe)
Petrobras
55
121
1.859
188 FAZENDA AZEVEDO (Recôncavo)
14
150
669
189 GUANAMBI (Recôncavo)
Petrobras Petrobras•
14
174
251
190 APRAIUS (Recôncavo)
Petrobras
13
185
192
191 LAGOA AROEIRA (Potiguar)
Petrobras
13
243
34
192 BT-POT-10 (Potiguar)
Petrobras
13
163
410
132 LAGOA PARDA (Espírito Santo)
Petrobras
54
142
768
133 POT-T-748 (Potiguar)
Petrobras
54
211
97
134 RIO POJUCA (Recôncavo)
Petrobras
53
137
1.018
135 SALGO (Sergipe)
Petrobras
53
222
66
136 PINTASSILGO (Potiguar)
Petrobras
52
256
18
137 TANGARA (Recôncavo)
Petrobras
51
178
230
138 GUAMARE (Potiguar)
Petrobras
51
319
0
139 SOCORRO (Recôncavo)
Petrobras
49
226
59
140 CANDEIAS (Recôncavo)
Petrobras
48
115
2.104
141 AGULHA (Potiguar)
Petrobras
46
149
677
142 DOURADO (Sergipe)
Petrobras
46
133
1.153
143 BOA VISTA (Potiguar)
Petrobras
45
186
178
144 ARABAIANA (Potiguar)
Petrobras•
45
27
193 FAZ. CEDRO NORTE (Espírito Santo) Petrobras
12
173
254
194 BIQUARA (Potiguar)
Petrobras
12
112
2.412
195 BONSUCESSO (Recôncavo)
Petrobras
11
239
36
196 ASA BRANCA (Potiguar)
Petrobras
11
113
2.234
197 S. MATEUS LESTE (Espírito Santo)
Petrobras
11
215
93
198 FAZENDA ONCA (Recôncavo)
Petrobras
10
248
26 12
199 TRES MARIAS (Potiguar)
Petrobras
10
260
200 ATALAIA SUL (Sergipe)
Petrobras
10
289
2
88.182
201 SOCORRO EXTENSAO (Recôncavo)
Petrobras
9
109
2.744
145 SAO MATEUS (Espírito Santo)
Petrobras
43
195
137
202 COR. DAS PEDRAS (Espírito Santo)
Petrobras
9
232
55
146 AGUILHADA (Sergipe)
Petrobras
42
240
36
203 UPANEMA (Potiguar)
Petrobras
9
147
680 29
147 MALOMBE (Recôncavo)
Petrobras
40
216
90
204 SERIEMA (Espírito Santo)
Petrobras
9
247
148 FAZ. SANTO ESTEVAO (Recôncavo)
W. Petróleo
40
214
94
205 LAGOA DO PAULO (Recôncavo)
Recôncavo E&P
9
245
31
149 CARDEAL (Potiguar)
Partex Brasil•
39
320
0
206 TRINCA FERRO (Campos)
Petrobras
8
183
204
150 TABULEIRO MARTINS (Alagoas)
Petrosynergy
39
193
140
207 MATO GROSSO NOROESTE (Sergipe) Petrobras
8
164
398
37
96
4.769
208 VARGINHA (Potiguar)
Petrobras
8
136
1.019
209 FAZENDA CANAAN (Potiguar)
Petrobras
7
284
2
210 POCO XAVIER (Potiguar)
Petrobras
7
165
346
151 NORTE FAZ. CARUACU (Recôncavo) Petrobras 152 BOA ESPERANCA (Potiguar)
Petrobras
37
120
1.912
153 RIO DOS OVOS (Recôncavo)
Petrobras
36
212
95
154 CEXIS (Recôncavo)
Petrobras
36
41
49.512
211 MANDACARU (Recôncavo)
Petrobras
7
93
5.143
155 LAGOA SURUACA (Espírito Santo)
Petrobras
35
321
0
212 MATO GROSSO SUL
Petrobras
7
154
525
156 MOSSORO (Potiguar)
Petrobras
35
264
11
213 CANABRAVA (Recôncavo)
Petrobras
7
227
157 FAZ. QUEIMADAS (Espírito Santo)
Petrobras
35
172
262
214 BREJINHO (Potiguar)
Petrobras
7
140
www.analise.com
ENERGY
57 (Cont.) 829
39
termelétricas
Planejamento deve privilegiar uso de fontes mais limpas As termelétricas ganham espaço na matriz e o foco nos próximos anos deve ficar nos projetos movidos a gás natural e biomassa English version page 243
1
RITMO DE EXPANSÃO
As usinas termelétricas são a principal base de apoio do sistema de geração brasileiro para épocas em que as chuvas não favorecem as hidrelétricas, responsáveis por 70% da potência de geração de eletricidade do país. Desde a crise de abastecimento de eletricidade, em 2001, este tipo de usina registrou um crescimento contínuo de participação na potência de geração brasileira, saindo de menos de 17% em 2002 para quase 27% em 2011. Recentemente, a rede de segurança brasileira teve de ser utilizada novamente quando ocorreram problemas nas linhas de Itaipu, em novembro de 2009, que culminaram na operação Avaliação Os raios indicam a situação geral em cada um dos seis tópicos analisados no texto ao lado Indica perspectiva mais favorável
+
Indica perspectiva neutra ou indefinida Indica perspectiva menos favorável
78
em capacidade reduzida de uma das principais hidrelétricas brasileiras até junho de 2010. Outras hidrelétricas compensaram a queda até maio de 2010, mas isso significou um estresse nos reservatórios. Pouco antes do segundo semestre do ano, as termelétricas começaram a entrar em ação para garantir o abastecimento. A demanda foi tanta que, em setembro de 2010, aconteceu o pico histórico de produção de eletricidade termelétrica, com 8 mil MW médios no mês, valor oito vezes maior que o 1 mil MW médios no mesmo período do ano anterior. A alta nas termelétricas causou aumento do consumo de gás natural, combustível de 55% das térmicas nacionais. O Balanço Energético Nacional de 2011, do Ministério de Minas e Energia, aponta alta de 180% no consumo das usinas de geração, saltando de 8 milhões de metros cúbicos por dia em 2009 para 22,1 milhões de metros cúbicos diários em 2010.
2
perspectiva de crescimento
– energia
No fim de 2011, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), havia 1.492 empreendimentos de fonte termelétrica operando no país, e outros 41 em construção, totalizando 4.640 MW, quase 20% do total de projetos em andamento. As boas perspectivas para a geração COMBUSTÍVEL DAS térmica ficam TERMELÉTRICAS evidentes ao analisarmos os Outros dados de proje- 2% tos outorgados. São 161 usinas com 11.600 MW de potênBiomassa Fóssil cia, quase 50% 28% 70% do total autorizado entre 1998 e 2010, o que indica uma forte inserção desse tipo de geração de eletricidade nos próximos anos. Apesar de ser quase sempre mais poluente que as alternativas de geração, o modelo térmico se justifica pela capacidade de gerar energia quando necessário e em grandes quantidades muito mais rapidamente que as alternativas. O panorama do esgotamento do potencial hidrelétrico para grandes projetos em 20 anos e a crescente disponibilidade de bagaço de cana, com o aumento da produção de etanol e do gás natural do pré-sal, são fatores que apontam para um avanço. www.analise.com
STRINGER SHANGAI /REUTERS
Planta de gás natural na província de Sichuan, China: com alta na produção local, combustível terá destaque nas térmicas brasileiras
Enquanto as térmicas de biomassa seguem nos planos do governo, o mercado espera que as usinas de gás natural voltem aos leilões em 2014. Apesar de até o fim de 2011 não ter feito nenhum anúncio oficial, especialistas apontam que o governo deve optar por esses dois combustíveis, podendo excluir o carvão mineral como alternativa e fazendo pesadas restrições ao óleo combustível ou diesel.
3
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Um dos principais desafios tecnológicos das termelétricas está na ampliação da utilização de insumos renováveis e na redução de danos ambientais, no caso de combustíveis fósseis. Nessa área estão em projetos para o aproveitamento do gás produzido em aterros sanitários. O biogás produzido nesses locais, prioritariamente dióxido de carbono e metano, pode ser usado para www.analise.com
gerar energia. E esses projetos já começam a ganhar escala no Brasil. Com investimentos de 50 milhões de reais, a Termoverde Salvador foi inaugurada em março de 2011 usando essa técnica para produzir 20 MW de potência. No total, existiam 15 usinas desse tipo operando no país no fim de 2011, com potência somada de 70,8 MW. As termelétricas de biomassa, principalmente o bagaço de cana, também enfrentam problemas em relação ao atraso tecnológico das usinas. Nesse caso, a tecnologia está ao alcance dos produtores –, em grande parte produtores de açúcar e álcool que aproveitam os resíduos do processo para gerar energia – mas faltam investimentos.
4
REGULAÇÃO E INSTITUCIONAL
A principal mudança na legislação no ano para as termelétricas foi a Lei nº 12.385, de março de 2011. Nascida
como medida provisória, ela permite, na prática, que o combustível das termelétricas seja trocado desde que a capacidade de produção não seja alterada e não haja prejuízo para os consumidores. Especialistas apontam que essa é uma boa notícia para o setor, já que beneficia antigas usinas interessadas em abandonar o óleo combustível ou o carvão mineral pelo gás natural ou outros insumos mais limpos, e principalmente projetos já outorgados que – por preocupações ambientais ou para ampliar a viabilidade econômica dos projetos – também tenham interesse em trocar de combustível que alimenta as turbinas. A regulamentação da Lei do Gás, em 2010, que permite a importação de gás natural diretamente por companhias privadas – antigamente atividade exclusiva da Petrobras –, deve ser um ponto de incentivo para novos projetos. Com liberdade para comprar o insumo no mercado e sem a obrigatoriedade de pagar taxas de transporte para a estatal, as usinas tornam-se mais atraentes. ENERGY
79
Grupos geradores Generating groups
AS EMPRESAS, SUAS USINAS E PRODUÇÃO THE COMPANIES AND THEIR PRODUCTION Eletrobras Chesf
1°
4° Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Cesp Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Brasil
Potência Power
Brasil
MW
MW
1 Xingó
AL/SE 100% UHE
HD
3.162
2,72%
1 Ilha Solteira
MS/SP 100% UHE
HD
3.444
2 Paulo Afonso IV
AL/BA 100% UHE
HD
2.462
2,12%
2 Jupiá
MS/SP 100% UHE
HD
1.551
1,34%
3 Luiz Gonzaga (Itaparica)
BA/PE 100% UHE
HD
1.480
1,27%
3 Porto Primavera
MS/SP 100% UHE
HD
1.540
1,33% 0,70%
2,97%
BA 100% UHE
HD
1.050
0,91%
4 Três Irmãos
SP 100% UHE
HD
808
5 Paulo Afonso III
AL/BA 100% UHE
HD
794
0,68%
5 Paraibuna
SP 100% UHE
HD
85
0,07%
6 Paulo Afonso II
AL/BA 100% UHE
HD
443
0,38%
6 Jaguari
SP 100% UHE
HD
28
0,02%
7 Apolônio Sales (Moxotó)
AL/BA 100% UHE
HD
400
0,34%
TOTAL
7.455
6,42%
BA 100% UTE
GN
347
0,30%
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
4 Sobradinho
8 Camaçari 9 Boa Esperança
MA/PI 100% UHE
HD
237
0,20%
10 Paulo Afonso I
AL/BA 100% UHE
HD
180
0,16%
BA 100% UHE
HD
30
0,03%
11 Funil 12 Pedra
BA 100% UHE
HD
20
0,02%
13 Araras
CE 100% PCH
HD
4
-
14 Curemas
PB 100% PCH
HD
4
-
15 Piloto
BA 100% PCH
HD
2
-
TOTAL
10.615
9,15%
5°
Itaipu Binacional MW
1 Itaipu (Parte Brasileira)
6°
HD
7.000
6,03%
TOTAL
7.000
6,03%
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
PR 100% UHE
Cemig MW
2°
Eletrobras Furnas Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
1 São Simão
GO/MG 100% UHE
HD
1.710
1,47%
Brasil
2 Emborcação
GO/MG 100% UHE
HD
1.192
1,03% 0,44%
3 Nova Ponte
MG 100% UHE
HD
510
1 Itumbiara
GO/MG 100% UHE
HD
2.081
1,79%
4 Jaguara
MG/SP 100% UHE
HD
424
0,37%
2 Marimbondo
MG/SP 100% UHE
HD
1.440
1,24%
5 Miranda
MG 100% UHE
HD
408
0,35%
3 Serra da Mesa
GO 100% UHE
HD
1.275
1,10%
6 Três Marias
4 Furnas
MG 100% UHE
HD
1.216
1,05%
7 Volta Grande
MW
MG/SP 100% UHE
HD
1.048
0,90%
8 Irapé
RJ 100% UTE
GN
1.000
0,86%
9 Aimorés
7 Mar. Masc. de Moraes
MG 100% UHE
HD
492
0,42%
8 Corumbá I
GO 100% UHE
HD
375
0,32%
5 Estreito 6 Santa Cruz
HD
396
0,34%
HD
380
0,33%
MG 100% UHE
HD
360
0,31%
49% UHE
HD
162
0,14%
10 Igarapé
MG 100% UTE
OU
131
0,11%
11 Salto Grande
MG 100% UHE
HD
102
0,09%
MG
49% UHE
HD
88
0,08%
GO/MG
83% UHE
HD
87
0,07%
ES/MG
MG/SP 100% UHE
HD
319
0,28%
12 Funil
10 Funil
RJ 100% UHE
HD
216
0,19%
13 Queimado
11 Manso
MT
70% UHE
HD
148
0,13%
14 Sá Carvalho
MG 100% UHE
HD
78
0,07%
12 Campos
RJ 100% UTE
GN
30
0,03%
15 Baguari
MG
HD
69
0,06%
TOTAL
9.640
8,31%
16 Rosal
9 Porto Colômbia
3°
Eletrobras Eletronorte Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
MW
98
MG 100% UHE MG/SP 100% UHE
49% UHE
ES/RJ 100% UHE
HD
55
0,05%
17 Itutinga
MG 100% UHE
HD
52
0,04%
18 Amador Aguiar I
MG
21% UHE
HD
51
0,04%
19 Camargos
MG 100% UHE
HD
46
0,04%
20 Amador Aguiar II
MG
21% UHE
HD
44
0,04%
1 Tucuruí I e II
PA 100% UHE
HD
8.370
7,21%
21 Ipatinga
MG 100% UTE
GF
40
0,03%
2 Samuel
RO 100% UHE
HD
217
0,19%
22 Porto Estrela
MG
33% UHE
HD
37
0,03%
3 Santana
AP 100% UTE
OD
178
0,15%
23 Igarapava
MG/SP
15% UHE
HD
31
0,03%
4 Electron
AM 100% UTE
OD
120
0,10%
24 Pai Joaquim
MG 100% PCH
HD
23
0,02%
5 Coaracy Nunes
AP 100% UHE
HD
77
0,07%
25 Piau
MG 100% UHE
HD
18
0,02%
6 Rio Acre
AC 100% UTE
OD
46
0,04%
26 Gafanhoto
MG 100% UHE
HD
14
0,01%
7 Rio Madeira
RO 100% UTE
OD
43
0,04%
27 Barreiro
MG 100% UTE
GF
13
0,01%
8 Rio Branco II
AC 100% UTE
OD
32
0,03%
28 Peti
MG 100% PCH
HD
9
0,01%
9 Curuá-Una
PA 100% UHE
HD
30
0,03%
29 Rio de Pedras
MG 100% PCH
HD
9
0,01%
10 Rio Branco I
AC 100% UTE
OD
19
0,02%
30 Poço Fundo
MG 100% PCH
HD
9
0,01%
TOTAL
9.132
7,87%
31 Tronqueiras
MG 100% PCH
HD
9
0,01%
32 Joasal
MG 100% PCH
HD
8
0,01%
33 Salto Voltão
SC 100% PCH
HD
8
0,01%
34 Martins
MG 100% PCH
HD
8
0,01%
energia
www.analise.com
12%
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
da potência do Brasil é detida por empresas cuja atividade principal não é a produção de energia
35 Cajurú
MG 100% PCH
HD
7
0,01%
28 Alcoa Porto
PA 100% UTE
BC
6
0,01%
36 São Bernardo
MG 100% PCH
HD
7
0,01%
29 Atalaia
SE 100% UTE
GN
5
-
37 Paraúna
MG 100% PCH
HD
4
-
30 Asfor
CE 100% UTE
GN
3
-
38 Pandeiros
MG 100% PCH
HD
4
-
31 Macau
RN 100% EOL
EL
2
-
39 Paciência
MG 100% PCH
HD
4
-
32 Aeroporto de Maceió
AL 100% UTE
GN
1
-
40 Marmelos
MG 100% PCH
HD
4
-
TOTAL
5.931
5,11%
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
41 Salto do Paraopeba
MG 100% PCH
HD
3
-
42 Dona Rita
MG 100% PCH
HD
2
-
43 Salto Morais
MG 100% PCH
HD
2
-
44 Sumidouro
MG 100% PCH
HD
2
-
8°
Tractebel Energia MW
45 Anil
MG 100% PCH
HD
2
-
1 Salto Santiago
PR 100% UHE
HD
1.420
1,22%
46 Xicão
MG 100% PCH
HD
2
-
2 Salto Osório
PR 100% UHE
HD
1.078
0,93%
47 Salto do Passo Velho
SC 100% PCH
HD
2
-
3 Itá
RS/SC 40% UHE
HD
573
0,49%
48 Machado Mineiro
MG 100% PCH
HD
2
-
4 Cana Brava
GO 100% UHE
HD
450
0,39%
49 Luiz Dias
MG 100% PCH
HD
2
-
5 Jorge Lacerda IV
SC 100% UTE
CM
363
0,31%
50 Poquim
MG 100% PCH
HD
1
-
6 Jorge Lacerda III
SC 100% UTE
CM
262
0,23%
51 Santa Marta
MG 100% PCH
HD
1
-
7 São Salvador
TO 100% UHE
HD
243
0,21%
52 Pissarrão
MG 100% CGH
HD
1
-
8 Jorge Lacerda I e II
SC 100% UTE
CM
232
0,20%
53 Jacutinga
MG 100% CGH
HD
1
-
9 Passo Fundo
54 Santa Luzia
MG 100% CGH
HD
1
-
10 Machadinho
55 Lages
MG 100% CGH
HD
1
-
11 Modular de Campo Grande
56 Bom Jesus do Galho
MG 100% CGH
HD
0,4
-
12 Ponte de Pedra
TOTAL
6.636
5,72%
7°
HD
229
0,20%
19% UHE
HD
220
0,19%
MS 100% UTE
GN
206
0,18%
MS/MT 100% UHE
HD
176
0,15%
13 Charqueadas
RS 100% UTE
CM
72
0,06%
14 Alegrete
RS 100% UTE
RS 100% UHE RS/SC
OC
66
0,06%
TOTAL
5.590
4,82%
Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
Petrobras Controle Tipo/matriz Stake Type/matrix
Potência Power
Brasil
9°
MW
1 Gov. Leonel Brizola
RJ 100% UTE
GN
1.058
0,91%
2 Mário Lago
RJ 100% UTE
GN
923
0,80%
Copel MW
3 Cuiabá
MT 100% UTE
GN
529
0,46%
1 Gov. Bento M. Rocha Neto
PR 100% UHE
HD
1.676
1,44%
4 Araucária
PR 100% UTE
GN
484
0,42%
2 Gov. Ney A. Barros Braga
PR 100% UHE
HD
1.260
1,09%
5 Fernando Gasparian
SP 100% UTE
GN
386
0,33%
3 Governador José Richa
PR 100% UHE
HD
1.240
1,07%
6 Barbosa Lima Sobrinho
RJ 100% UTE
GN
379
0,33%
4 Gov. Parigot de Souza
PR 100% UHE
HD
260
0,22%
7 Jesus Soares Pereira
RN 100% UTE
GN
368
0,32%
5 Guaricana
PR 100% UHE
HD
36
0,03%
8 Luiz Carlos Prestes
MS 100% UTE
GN
258
0,22%
6 Figueira
PR 100% UTE
CM
20
0,02%
9 Euzébio Rocha
SP 100% UTE
GN
250
0,22%
7 Chaminé
PR 100% UHE
HD
18
0,02%
10 Termoceará
CE 100% UTE
GN
242
0,21%
8 Apucaraninha
PR 100% PCH
HD
10
0,01%
11 Aureliano Chaves
MG 100% UTE
GN
226
0,19%
9 Mourão I
PR 100% PCH
HD
8
0,01%
12 Celso Furtado
BA 100% UTE
GN
186
0,16%
PR 100% PCH
HD
7
0,01%
10 Derivação do Rio Jordão
13 Sepé Tiaraju
RS 100% UTE
GN
161
0,14%
11 São Jorge
PR 100% PCH
HD
2
-
14 REFAP
RS 100% UTE
OC
75
0,06%
12 Chopim I
PR 100% PCH
HD
2
-
15 Reduc
RJ 100% UTE
GR
63
0,05%
13 Rio dos Patos
PR 100% PCH
HD
2
-
16 RLAM
BA 100% UTE
GR
63
0,05%
14 Cavernoso
PR 100% PCH
HD
1
-
17 Replan
SP 100% UTE
GR
61
0,05%
15 Melissa
PR 100% CGH
HD
1
-
18 Revap
SP 100% UTE
GR
53
0,05%
16 Salto do Vau
PR 100% CGH
HD
1
-
19 Repar
PR 100% UTE
GR
32
0,03%
17 Pitangui
PR 100% CGH
HD
1
-
20 Bahia I Camaçari
BA 100% UTE
OD
32
0,03%
TOTAL
4.545
3,92%
0,02%
21 RPBC
SP 100% UTE
GR
25
22 CENPES
RJ 100% UTE
GN
16
0,01%
23 Alto do Rodrigues
RN 100% UTE
GN
12
0,01%
24 Alcoa Beneficiamento
PA 100% UTE
OD
10
0,01%
25 Gabriel Passos
MG 100% UTE
GP
9
0,01%
26 Recap
SP 100% UTE
GR
9
0,01%
27 Reman
AM 100% UTE
OC
6
0,01%
www.analise.com
(Cont.)
ENERGY
99
grupos abrangentes Groups broad operations
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
ATUAÇÃO ABRANGENTE
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
A seguir, o perfil dos principais grupos empresariais que possuem atuação abrangente no setor de energia brasileiro e são destaque em seus campos de atividade
Distribuição Distribution
Atuação em energia Energy activity Distribuição de energia elétrica Distribution of eletricity
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
Abengoa Concessões Brasil Holding S/A
Companhias subsidiárias Subsidiaries: 6 AES Eletropaulo, AES Infoenergy, AES Minas PCH, AES Sul, AES Tietê, AES Uruguaiana
Capital PRIVADO ESTRANGEIRO PRIVATE NONBRAZILIAN Controle Control -
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Atuação em energia Energy activity Comercialização de energia elétrica, Distribuição de energia elétrica, Geração de energia elétrica Sale of eletricity, Distribution of eletricity, Generation of eletricity
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
Geração Generation
Companhias subsidiárias Subsidiaries: 9 ATE II Transmissora de Energia, ATE III Transmissora de Energia, ATE IV - São Mateus Transmissora de Energia, ATE Transmissora de Energia, Ate V - Londrina Transmissora de Energia, ATE VI Transmissora de Energia, ATE VII, NTE, STE Sul Transmissora de Energia Atuação em energia Energy activity Transmissão de energia elétrica Transmission of eletricity
Número de usinas geradoras Number of power plants 18 Potência de geração Generated power 3.293 MW
RAP 2011/2012 553,5 milhões de reais Participação RAP Brasil Share in Brazilian RAP 4,42%
AES BRASIL
Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
jan-jun 2011
Var. 10/11
-
-
-
13.600
6.900
5%
2.200
937
(-22%)
4.200
2.100
(-9%)
R$ mi
2010
jan-jun 2011
Var. 10/11
2.800
1.530
9%
1.866
1.003
9%
199
103
36%
292
265
44%
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy
Número de clientes Number of clients 7,3 milhões
Atuação em energia Energy activity Distribuição de energia elétrica Distribution of eletricity
Distribuição Distribution Estados em que atua States RS
Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A
2010
Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control AES GUAÍBA II EMPREENDIMENTOS (99,7%), AÇÕES TESOURARIA (0,29%), OUTROS (0,01%)
Participação distribuição Brasil Share in distribution 14,7%
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA R$ mi
AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A
Energia distribuída 2010 Energy distributed 2010 42,9 mil GWh
AES Eletropaulo
Capital MISTO BRASILEIRO PRIVATE AND PUBLIC BRAZILIAN Controle Control AES HOLDINGS BRASIL (50,01%), BNDES PARTICIPAÇÕES (49,99%)
AES Sul
Estados em que atua States RS, SP
Participação clientes Brasil Share in Brazilian Clients 11,09%
Companhia Brasiliana de Energia S/A
Participação clientes Brasil Share in Brazilian Clients 9,29%
Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
Distribuição Distribution
Estados em que atua States AL, MA, PB, PI, PR, RS, SC, SP, TO
Participação distribuição Brasil Share in distribution 12,1%
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 2,84% Autoprodutor de energia Energy selfproducer Não
Transmissão Transmission
Energia distribuída 2010 Energy distributed 2010 35,3 mil GWh
Número de clientes Number of clients 6,1 milhões
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
ABENGOA BRASIL
Estados em que atua States SP
Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control OUTROS (52,59%), AES ELPA (30,97%), UNIÃO FEDERAL (7,97%), COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA (4,44%), GERAÇÃO FUTURO CORRETORA DE VALORES (3,59%), BNDES PARTICIPAÇÕES (0,44%) Listagem em bolsa Stock market listing BOVESPA ELPL3, ELPL5, ELPL6 NYSE EPUMY, ELPSY
Energia distribuída 2010 Energy distributed 2010 7,6 mil GWh Participação distribuição Brasil Share in distribution 2,6% Número de clientes Number of clients 1,2 milhões Participação clientes Brasil Share in Brazilian Clients 1,8%
AES Tietê AES Tietê S/A
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA R$ mi Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
136
energia
2010
jan-jun 2011
Var. 10/11
14.714
7.466
7%
9.697
4.800
4%
1.348
537
(-24%)
2.413
1.100
(-15%)
Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA (52,55%), OUTROS (39,51%), CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS (7,94%) Listagem em bolsa Stock market listing BOVESPA GETI3, GETI4 NYSE AESAY, AESYY
www.analise.com
grupos abrangentes Groups broad operations
BILINGUAL CONTENT
ENGLISH AND PORTUGUESE
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA R$ mi Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
2010
jan-jun 2011
Var. 10/11
1.844
869
(-4%)
1.754
826
(-4%)
737
354
(-5%)
1.320
643
(-5%)
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 0,23% Autoprodutor de energia Energy selfproducer Não
DADOS FINANCEIROS FINANCIAL DATA R$ mi Receita bruta Gross revenue Receita líquida Net revenue Lucro líquido Net profit Ebitda
Número de usinas geradoras Number of power plants 11
Potência de geração Generated power 266 MW
Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control GUARUPART PARTICIPAÇÕES (82,16%), FI - FGTS (17,84%)
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
Geração Generation
Número de usinas geradoras Number of power plants 12
Alupar Investimento S/A
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Atuação em energia Energy activity Geração de energia elétrica Generation of eletricity
Geração Generation
ALUPAR
2010
jan-jun 2011
Var. 10/11
1.390
620
8%
1.327
585
7%
448
219
2%
675
361
15%
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA
Potência de geração Generated power 2.648 MW
Setor de atuação Area of activity Energia Energy
Participação potência Brasil Share in Brazilian power 2,29%
Companhias subsidiárias Subsidiaries: 15 EATE, ECTE, Empresa de Transmissão do Espírito Santo (ETES), ENTE, ERTE, ETEP, Foz do Rio Claro Energia, Lumitrans, Sistema de Transmissão Catarinense (STC), STN - Sistema de Transmissão Nordeste, Transirapé, Transleste, Transmineira, Transudeste, Usina Paulista Queluz de Energia
Autoprodutor de energia Energy selfproducer Não
Água Vermelha A 15ª maior usina de geração do Brasil The 15th largest power plant in Brazil Potência de geração Generation power Participação na potência Share in Brazil power Localização Location Destino da energia Power destination
Atuação em energia Energy activity Geração de energia elétrica, Transmissão de energia elétrica Generation of eletricity, Transmission of eletricity
1.396 MW
Geração Generation
1,20%
Número de usinas geradoras Number of power plants 2
Rio Grande - Indiaporã (SP), Iturama (MG), Ouroeste (SP) Produção Independente de Energia (PIE) Independent Energy Production
Potência de geração Generated power 83 MW Participação potência Brasil Share in Brazilian power 0,07% Autoprodutor de energia Energy selfproducer Não
AES Uruguaiana AES Uruguaiana Empreendimentos S/A Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control AES URUGUAIANA (99,99%), OUTROS (0,01%)
Transmissão Transmission Estados em que atua States CE, ES, MA, MG, MT, PA, PI, RS, SC RAP 2011/2012 882,5 milhões de reais Participação RAP Brasil Share in Brazilian RAP 7,05%
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy Atuação em energia Energy activity Geração de energia elétrica Generation of eletricity
BRENNAND ENERGIA Brennand Energia S/A
Geração Generation Número de usinas geradoras Number of power plants 1 Potência de geração Generated power 640 MW Participação potência Brasil Share in Brazilian power 0,55% Autoprodutor de energia Energy selfproducer Não
Capital PRIVADO ESTRANGEIRO PRIVATE NONBRAZILIAN Controle Control -
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy Companhias subsidiárias Subsidiaries: 10 Arapucel Indiavaí, Arapucel Ombreiras, Brennand Energia Comerc., Itamarati Norte Agropecuária, Ouro Energética, Pampeana Energética, Planalto Energética, Santa Gabriela Energética, Tocantins Energética, Várzea do Juba Energética
BROOKFIELD BRASIL Brookfield Brasil Ltda. Capital PRIVADO PRIVATE Controle Control AÇÕES EM CIRCULAÇÃO (49,3%), BROOKFIELD BRASIL (40,62%), ACIONISTAS SIGNATÁRIOS DO ACORDO DOS ACIONISTAS (8,39%), TESOURARIA (1,68%), DIRETORIA (0,1%) Listagem em bolsa Stock market listing BOVESPA BISA3 NYSE -
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy Companhias subsidiárias Subsidiaries: 19 Barra do Braúna Energética, Brookfield Energia Renovável, Caçador Energética, Centrais Hidrelétricas Grapon, Cotiporã Energética, Energética Campos de Cima da Serra, Energética Ponte Alta, Energética Rio Pedrinho, Energética Salto Natal, Galera Centrais Elétricas, Itiquira Energética, Linha Emília Energética, Lumbrás Energética, Riachão Energética, Rio Glória Energética, Rio Pomba Energética, Salto Jauru Energética, Serra Negra Energética, Zona da Mata Geração Atuação em energia Energy activity Comercialização de energia elétrica, Geração de energia elétrica Sale of eletricity, Generation of eletricity
Geração Generation Número de usinas geradoras Number of power plants 33 Potência de geração Generated power 419 MW Participação potência Brasil Share in Brazilian power 0,36% Autoprodutor de energia Energy selfproducer Não
Brookfield Energia Renovável Brookfield Energia Renovável S/A Capital PRIVADO BRASILEIRO PRIVATE BRAZILIAN Controle Control Brookfield renewable power (100%)
ATUAÇÃO SETORIAL BUSINESS AREA Setor de atuação Area of activity Energia Energy Atuação em energia Energy activity Comercialização de energia elétrica, Geração de energia elétrica Sale of eletricity, Generation of eletricity
Atuação em energia Energy activity Comercialização de energia elétrica, Geração de energia elétrica Sale of eletricity, Generation of eletricity
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(Cont.)
ENERGY
137
projetos e obras
retomada dos mega empreendimentos Em 2011, o Brasil começou a construir sua segunda maior hidrelétrica e observa o aumento da competitividade da eólica English version page 248
O
setor da energia deve ser um dos carros-chefes da economia brasileira nos próximos anos. Estratégico e tendo o governo como protagonista, o segmento prevê receber cerca de um trilhão de reais em investimentos até 2020, de acordo com estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os aportes em petróleo e gás vão representar quase 25% do total de investimentos industriais brasileiros entre 2011 e 2014, com 378 bilhões de reais dos 1,6 trilhão de reais previstos. O montante é resultado de uma extensa lista de projetos, da construção de grandes hidrelétricas na Região Norte ao desenvolvimento da energia eólica na costa do Nordeste e do Sul e a produção de etanol no interior do estado de São Paulo. Apenas as obras hídricas devem gerar 152 mil empregos diretos, segundo estimativa da EPE, e outras 110 mil vagas diretas e indiretas serão abertas em petróleo e gás. O Brasil convive, ainda, com o trauma das repercussões dos grandes investimentos em energia das décadas de 1970 e 1980. Naquele momento, o crescimento gerou consequências devastadoras para a economia brasileira e deixou dívidas e passivos – econômicos, ambientais e sociais – gigantescos. Os resultados, em parte, foram projetos ineficientes viabilizados a custos que posteriormente foram avaliados como altos demais. Hoje, pare-
202
energia
ce que o Brasil encontrou mecanismos para evitar a repetição do passado e promover não apenas o abastecimento energético do país com segurança, mas também uma base sólida para o desenvolvimento econômico. Nas próximas páginas desta edição estão listadas mais de 700 obras e projetos planejados para construção no setor de energia brasileiro. Na geração de eletricidade, o destaque ficou por conta das grandes hidrelétricas, a base da geração de energia que o Brasil vai consumir na próxima década. O bom desempenho das eólicas nos leilões de energia sinalizam que esse tipo de geração entrou definitivamente no planejamento do governo e dos investidores privados. E o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, colocou o mundo todo em alerta e congelou os planos de expansão brasileiros. O governo declarou que a obra de Angra 3 será concluída, mas a decisão sobre o projeto de construção de até seis novas usinas nucleares ficou para 2012. Confira, a seguir, alguns dos principais destaques entre os investimentos em energia no Brasil. As grandes hidrelétricas − As próximas grandes hídricas no Brasil saíram do papel em 2011 e, considerando apenas os três maiores projetos já em construção, irão garantir mais de 17.700 MW de potência de geração ao país em dez anos. A capacidade adicionada representa um avanço de 15% sobre toda a potência nacional no final de 2011. A Usina de Santo Antônio www.analise.com
projetos e obras
iniciou a sua operação em 2011 e deve ter potência máxima em 2015, adicionando 3.100 MW para o país. O empreendimento de Jirau, em Rondônia, deve entrar em operação en 2013. A principal usina é Belo Monte, com capacidade total de 11.230 MW, no Rio Xingu, no Pará. Ela será a segunda maior no Brasil, atrás apenas de Itaipu. As obras começaram no primeiro trimestre de 2011 e a previsão inicial é de entrada em operação em 2015. Eólicas e queda de preços nos leilões − Em 2011, a energia eólica teve destaque ao bater a marca de
1.000 MW de potência a partir de 66 usinas. Há, ainda, 163 projetos em construção no fim de 2011 com mais de 5.000 MW de potência de geração. Nos leilões de energia realizados em 2011, a energia eólica atingiu níveis recordes de preço e contratações. No primeiro deles, foram comercializados 2.700 MW de 51 usinas (44 eólicas) que devem entrar no mercado em 2014. O leilão de energia reserva garantiu 1.200 MW em 41 projetos de parques eólicos e termo a biomassa com o MWh por 99,61 reais, deságio de 32%. No total, as construções estão estimadas em 3,2 bilhões de reais. Lalo de Almeida/Folhapress
Combustíveis − Apesar das grandes expectativas, os segmentos de petróleo e gás, etanol e biodiesel avançaram de forma cautelosa em 2011. No primeiro caso, o setor aguarda a definição de regras claras da exploração do pré-sal. A discussão, no fim de 2011, ameaçava parar no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão da disputa entre estados para definir a distribuição dos royalties das reservas. Enquanto isso, a Petrobras continuou com os seus projetos em andamento. No setor de gás natural, a sua malha de distribuição avançou em 1.600 quilômetros em 2010 para um total de 9.295 km. A maior penetração do combustível estimulou o consumo no país, 62,8 milhões de metros cúbicos por dia em 2010, alta de 8,5% sobre o ano anterior, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Após a conclusão do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, que começou a operar em setembro de 2011, a estatal iniciou a construção do Etanolduto Logum. Com extensão de 1.3 mil quilômetros e custo estimado de 6,5 bilhões de reais, o projeto vai ligar 45 municípios nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, com capacidade de transportar 21 bilhões de litros de etanol anualmente. 0
Usinas em construção Brasil
Número de usinas
Potência
Hidrelétricas
12
19.660
71,8%
Termelétricas
44
4.752
17,4%
1
1.350
4,9%
Eólicas
35
969
3,5%
PCHs
51
645
2,4%
1
848
-
144
28.224
-
Número de usinas
Potência
Brasil
Termelétricas
160
11.590
49,3%
Hidrelétricas
13
5.819
24,8%
Eólicas
130
4.113
17,5%
PCHs
139
1.935
8,2%
CGHs
63
42
0,2%
1
0,1
-
506
23.499
-
Nuclear
CGHs Total
MW
Usinas outorgadas
Undielétrica
Crianças observam o Rio Xingu, onde ficará a Usina de Belo Monte: maior projeto do país www.analise.com
Total
ENERGY
MW
203
1
ENGLISH TABLE OFVERSION CONTENTS
ENERGY 224 9
STRATEGIC DISCUSSIONS The challenges and decisions that will define the future of energy in Brazil
222 Presentation The country has many options to develop its energy matrix and faces the challenge of making the right choices
59
Ranking of power plants
63
Ranking of groups
68
GENERATION Power plants ranking and a detailed analysis of each sector
242 Hydroelectric power 72
Methodology
81
221
Staff
Detailed analysis of the companies that produce and distribute fuel
232 Oil 38
Production fields
41
Production by company
41
Fields under development
42
Blocks under exploration
234 Natural Gas 48
Natural gas distributors
Ranking of hydroelectric power plants
243 Thermoelectric power
223
1 FUELS
Biodiesel producers
2 ELECTRICITY
Editorial
Contributors
Ranking of thermoelectric power plants
244 Nuclear
248 Highlights
204 Generating
power plants
204
Hydroelectric power plants
204
Small hydroelectric power plants
208
Thermoelectric power plants
213
Wind farms
216 Oil and gas 216
Oil rigs
216
Refineries
216
Pipelines
218 Proinfa Small hydroelectric power plants
247 Solar
218
Biomass
218
Wind farms
98 Generating groups 130 Transmission companies 130 Trading companies 131 Distributors companies
3 profile of the
energy groups
Broad operation
160
Energy
237 Biomass
176
Ethanol
239 Ethanol
190
Self-generation
web
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1 Sugarcane harvest at the Cocamar distillery in São Tomé, São Paulo 2 Transmission line in the suburbs of São Paulo 3 Worker setting up a solar panel in Switzerland
Photos: 1. Paulo Liebert/AE, 2. Danilo Verpa/ Folhapress, 3. Denis Balibouse/Reuters
220
energia
2
217 Ethanol
Analysis of operations of Brazil’s major energy conglomerates
LPG distributors
Projects in progress and planned in all energy sectors
218
136
53
VENTURES
246 Wind
235 Coal 236 LPG
240 Biodiesel
221
14
4 projects and
3
EDITORIAL
editorial
may the good winds blow Refers to page 08
F
ive years ago, when Análise Editorial launched the first edition of ANÁLISE ENERGY, the feeling was of apprehension. Experts in the area claimed that Brazil would not be free of power cuts by 2011. And in 2007, with the growth of the economy well above 5%, Brazilians were hoping for rain, as we explained in the first edition of the ANÁLISE ENERGY yearbook, released in January 2008. The fear was that, likewise to 2001, the country would not have enough power to sustain a sudden increase in GDP. In 2000, the economy grew at a rate above 4%. A prolonged drought dangerously lowered the level of the reservoirs of the hydroelectric plants. The amount of water was not the problem. The problem was the lack of transmission lines to transfer it to where it was needed. The answer was to hold back consumption, which drove GDP down to around 1% in 2001. The government claimed that there was no risk of blackouts and listed the reasons. At that point, Análise Editorial had already published five different Análise editions, which added up to an extraordinary amount of information organized in such a way as to give readers a broad and deep understanding of the subject covered and to help those who needed this tool to make decisions and form opinions. It was at that time that Análise Editorial decided to launch a yearbook to explain the sector to those who wished to understand it, not based on guesstimates or dubious projections but on the structure of that which actually existed or was about to exist. As such, the ANALYSIS ENERGY yearbook is designed to give a unique view of a sector that has the ability to dictate the pace of development not only in Brazil, but of humanity itself. At the end of 2011, the fears of 2007 seemed increasingly more distant. ANÁLISE ENERGY’s annual update of the data indicates that there are still many challenges to face in order to reach a power supply scale that can uphold the development and improve quality of life in Brazil. There are challenges in the regulatory order, related to credit and others. Meanwhile, the publication shows the significant progress made. Large dams are coming up and new energy sources are attracting important investments. www.analise.com
The growing importance of wind energy as a source of electricity is noteworthy. Since recently, generating energy from wind in Brazil, was considered by many experts of the sector more as a romantic notion than an effectively viable alternative. Mostly due to cost. In a country with the hydroelectric potential of Brazil, even if quite windy, the energy generated by water has always been more competitive and will continue to be the foundation of the system. The scenario, however, is changing quickly and, as is evident in this issue of ANÁLISE ENERGY, wind power is not only becoming an alternative to complement hydroelectric power but also offers good business opportunities for those in the wind value chain. Análise Editorial is proud to offer a detailed picture, which for five years records the evolution of the macroeconomic scenario while continuously pointing out the who’s who in the world of national power. By the interest with which the publication is received by the market, we know that it is valuable contribution. We divide the pride of this contribution with those who make it possible: our advertisers. These are companies that value quality information and its importance to decision making. Companies that rely on the expertise of Análise Editorial to produce publications that help ensure that Brazil will develop its full potential in a healthy and balanced business environment. And those that seek the best way to relate with their stakeholders, investing in transparency and on equal conditions that only a painstaking analysis of collected and organized data can provide. To these partner companies, our deepest thanks. We would also like to thank all those who contributed with information and their time so that our research is always complete and accurate. And we thank you, the reader, for your interest. We hope that this edition will be a useful tool for you. Silvana Quaglio
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Publishing council Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio and Alexandre Secco
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