AMBIENTAL Edição especial
Edição bilÍngue inglês e português
O BRASIL NA TRILHA da ECONOMIA VERDE • ESTUDO EXCLUSIVO Estabelecemos os
padrões das práticas de gestão ambiental do setor produtivo nacional com base em mais de 50 mil informações coletadas pág. 31
• LEGISLAÇÃO Uma reportagem especial
traz a análise das leis ambientais do Brasil e de dez outros países que estão na lista das maiores economias do mundo pág. 15
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no estado do Amazonas
28 840 1.200
setores analisados
empresas entrevistadas
indicadores de gestão
www.analise.com
Rodrigo Baleia/Folhapress
ÍNDICE
AMBIENTAL
Edição especial
15 LEGISLAÇÃO Ambiental Os desafios enfrentados pelo Brasil e a análise comparada da legislação ambiental de dez países
08 APRESENTAÇÃO Na rota entre a Eco-92 e a Rio+20, a Análise Editorial dá sua contribuição na busca pela sustentabilidade
06 EDITORIAL Uma das contribuições mais inovadoras da Análise Editorial para o debate do desenvolvimento sustentável
31 Avaliação Setorial A análise da atuação ambiental de 28 ramos da economia brasileira em nove assuntos relevantes
36 Gestão Ambiental
A implementação das práticas e a sua relevância nas empresas
4
Especial RIO+20
Depois de 20 anos, a discussão do novo Código Florestal voltou à pauta no Brasil
42 Stakeholders
70 Emissões e clima
46 ISO 14000
74 Áreas verdes
O relacionamento com os públicos interno e externo
A certificação entre as empresas e a adoção de normas da série
As políticas para monitorar e reduzir emissões atmosféricas
Conservação de áreas nativas e plantio de árvores
50 Água
Uso e monitoramento do recurso no processo produtivo
56 Eficiência energética Medidas para reduzir e monitorar o consumo
60 Fontes renováveis
Os tipos de fonte usados e a participação no consumo
64 Resíduos
Ações para reduzir, reciclar e gerenciar o lixo gerado
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ÍNDICE
90 Tabela de resultados 54
Energia limpa
88
O mapa da gestão de resíduos
78 DEstaques O desempenho ambiental de indústria, comércio, serviços e bancos
97 ONGs O perfil de 330 entre as mais atuantes ONGs ambientais do país e os seus projetos
102 Totalização
NOTE TO the ENGLISh READERS This publication is also available in its entirety in English format starting on page 119
108 Perfil
78 Indústria
Metodologia
10
80 Serviços
Colaboradores
13
82 Comércio
Expediente
14
84 Agroindústria
Foto da capa: Bruno Maia/naturezafotos.org - Foto ao lado: Pedro Silveira/Folhapress
86 Concessão de crédito
T
his first edition of ANÁLISE ENVIRONMENTAL MANAGEMENT - RIO+20 EDITION is a complete bilingual publication (Portuguese-English) designed to provide an objective and practical structure to readers of both languages. As such, the Portuguese and English content is completely separated, in effect providing the reader with two magazines in one. The first section of the magazine (which starts at the table of contents and ends on page 118) contains the Portuguese content in its entirety. The English part starts on page 119 and contains the same content, including all texts, tables, graphs and photographs. Adjustments have been made on some pages to accommodate the particulars of each language without affecting the content. A reference to the page number where the same text can be found in the other language is included at the beginning of each section of the magazine in both the English and the Portuguese parts. The symbol indicates the page where the content is located. Análise Editorial offers bilingual editions of most of its publications to help foreign readers better understand the role of Brazil, its cities, companies and policies, within the global market. Current publications available in English include Análise Environmental Management, Análise Global Brazil, São Paulo Outlook and Análise Energy. For more information about Análise Editorial and its publications visit us at www.analise.com or www.analise.com/site/english.
Brasil é pioneiro na tecnologia de carros flex: 40% da frota com motores bicombustíveis www.analise.com
especial RIO+20
5
editorial
No caminho da evolução English version page 122
É
com grande orgulho que apreutilizam como fonte primária de inforsentamos esta edição especial mação em suas pesquisas, avaliações e do anuário ANÁLISE GESapresentações sobre as potencialidades do mercado brasileiro. TÃO AMBIENTAL, desenvolAMBIENTAL EDIÇÃO ESPECIAL vida com base em uma análise Com isso, a Análise Editorial tornoudos dados coletados em cinco se referência no mundo da advocacia. anos de pesquisa, e lançada por ocasião Pioneira na sistematização de informada RIO+20. Esta é, possivelmente, uma ções sobre as práticas ambientais das EDIÇÃO BILÍNGUE INGLÊS E PORTUGUÊS das contribuições mais inovadoras da maiores empresas do Brasil. E acaba O BRASIL NA TRILHA Análise Editorial para o debate do dede ganhar seu primeiro prêmio de jor28 DA ECONOMIA VERDE SETORES ANALISADOS senvolvimento sustentável no Brasil. nalismo com o anuário Análise Ener840 Com a criação do Índice Análise de gia. Ou seja, estamos efetivamente EMPRESAS ENTREVISTADAS Gestão Ambiental, o que apresentamos contribuindo com o esforço para cons1.200 INDICADORES DE GESTÃO nas páginas seguintes é um trabalho de truir um ambiente de negócios mais orfôlego e inédito. Obra de um grupo de ganizado e mais transparente, no qual mais de 25 pessoas, a execução ficou a as empresas consigam produzir mais, cargo da jornalista Inaiê Sanchez, que lucrar mais e conquistar novos mercahá seis anos participou do desenvolvidos, livrando-se dos entraves que retarmento do anuário ANÁLISE GESTÃO dam o desenvolvimento do país. É importante que se diga que o nosso AMBIENTAL, e a edição foi coordenada por Gabriel Attuy, editor-executivo trabalho se viabiliza com o apoio coENVIRONMENTAL da Análise Editorial. mercial de parceiros. Apoio esse funMANAGEMENT O índice é uma ferramenta de medamental, uma vez que grande parte da BRAZIL SPECIAL EDITION dição que permite estabelecer padrões circulação é distribuída gratuitamente de gestão ambiental, e comparar o dea milhares de leitores escolhidos por sempenho de 28 ramos de atividade nós, por serem tomadores de decisão e dos quatro setores econômicos: indúsformadores de opinião. Aos nossos paBILINGUAL ENGLISH AND PORTUGUESE EDITION tria, agroindústria, comércio e serviços. trocinadores que, como nós, acreditam BRAZIL IS ON ITS WAY 28 O resultado é uma analise objetiva dos que o ambiente de negócios e, por conTO A GREEN ECONOMY SECTORS ANALYZED pontos em que as empresas brasileiras sequência, o próprio Brasil, beneficia840 COMPANIES INTERVIEWED mais avançaram e quais os desafios que se com informação de qualidade e inoainda têm de enfrentar no caminho da vadora, o nosso muito obrigado! 1.200 MANAGEMENT INDICATORS economia verde. A avaliação de desempenho, por meio Esta publicação resume em sua esda identificação de padrões de atuação sência tudo aquilo que motivou o surdos setores produtivos, é complemengimento da Análise Editorial: pioneiristada nesta edição com a apresentação mo, profundidade, seriedade, visão de da lista Análise de ONGs ambientais. futuro e sobretudo fé no Brasil! A atuação conjunta dessas duas ponHá pouco mais de sete anos, três jornalistas – Eduardo tas tem sido cada vez mais frequente e seguramente contriOinegue, Alexandre Secco e eu, Silvana Quaglio – se jun- bui para que empresas e sociedade organizada encontrem o taram com o objetivo de desenvolver publicações que aju- caminho do desenvolvimento sustentável. O conceito que dassem o Brasil a explorar melhor suas potencialidades e tomou forma na Eco-92 chega à Rio+20 ainda como um a superar suas limitações. A maneira de fazer isso, todos ideal a ser alcançado. Esperamos que este ANÁLISE GESconcordaram, era coletar, tabular, cruzar e analisar grandes TÃO AMBIENTAL ESPECIAL RIO+20 seja útil, mostrando massas de dados sobre áreas pilares da economia. o que já virou prática, o que caminha para se tornar e o que As 35 edições de anuários, que a Análise Editorial pu- ainda é teoria. Boa leitura! blicou até agora, comprovam que o caminho estava certo. Silvana Quaglio Publisher As publicações são aguardadas por nossos leitores, que as • ESTUDO EXCLUSIVO Estabelecemos os
padrões das práticas de gestão ambiental do setor produtivo nacional com base em mais de 50 mil informações coletadas
• LEGISLAÇÃO Uma reportagem especial
traz a análise das leis ambientais do Brasil e de dez outros países que estão na lista das maiores economias do mundo
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• EXCLUSIVE The environmental management practice standards of the Brazilian productive sector according to more than 50,000 data points collected by Análise Editorial
• ENVIRONMENTAL LAW A special report
with an in-depth analysis of Brazilian law and a comparison with the environmental laws of ten of the world’s largest economies
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6
Especial RIO+20
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A ANÁLISE EDITORIAL FALA COM QUEM FAZ O BRASIL CRESCER
e
d
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Conselho editorial Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio e Alexandre Secco
Diretora-presidente Silvana Quaglio
1.500 Empresas
A
s companhias brasileiras e seus executivos são as principais fontes de informação consultadas pela Análise Editorial em seus projetos. Com a meta de produzir conteúdo que analisa, explica e apresenta conclusões a respeito do Brasil, criamos Análise 1.500 Empresas. Um banco de dados constantemente atualizado e resultado de um esforço editorial para representar a economia brasileira de forma abrangente e criteriosa. Esse grupo de empresas inclui
as maiores companhias do país por receita líquida e as principais instituições financeiras: bancos, seguradoras, corretoras e companhias de crédito. Além disso, o conjunto de entidades consultadas agrega segmentos da economia que movimentam um volume financeiro menor, mas possuem uma perspectiva e opinião extremamente relevantes para entender o país. Alguns exemplos são universidades, ONGs, entidades beneficentes, institutos de pesquisa, hospitais, agências de publicidade e propaganda, e auditores. Essas empresas e entidades foram selecionadas criteriosamente pela equipe da Análise Editorial com o objetivo de retratar a elite dos administradores e empreendedores que atuam no país e suas companhias. A Análise Editorial fala com um universo de pessoas que enfrentam diariamente o desafio de crescer e melhorar. O resultado é uma visão única do Brasil e seu lugar no mundo.
Alexandre Secco
Diretor comercial Alexandre Raciskas Rua Major Quedinho, 111, 16° andar CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 Fax (55 11) 3201-2310 contato@analisecom
www.analise.com AMBIENTAL Edição especial
PUBLISHER Silvana Quaglio EDITOR Alexandre Secco Editor executivo: Gabriel Attuy Gerente de pesquisa e distribuição: Ligia Donatelli Editora colaboradora: Inaiê Sanchez Coordenadora de conteúdo: Paula Quintas Coordenadora de pesquisa: Valquíria Oliveira Coordenadora de distribuição: Juliane Almeida Coordenador de arte: Cesar Habert Paciornik Equipe de conteúdo: Abrahão de Oliveira, Bruna Abjon, Patrícia Silva e Sumaya Oliveira Equipe de pesquisa: Adrieli Garzim, Alberto Barbosa, Ana Carolina Marquez, Ana Claudia Coelho, Anna Carolina Romano, Bianca Barros, Claudia Barbosa, Daniela Trindade, Danilo Souza, Fernanda Chiarato, Iuri Salles, Jessica Cidrao, Juliana Colognesi, Lucas Rodrigues, Paula Moreira, Raquel Aderne, Ricardo Borges, Taiane Silva, Tais de Souza, Thaís Bueno, Vinícius Oliveira, Yasmin Gomes e Yuri Damacena Designers: Bruna Pais, Danilo Pasa e Régis Schwert Coordenador de TI: Cristiano Carlos da Silva Equipe de TI: Felipe Cavaliere e Leandro Akira Colaboradores: Henrique Gonçalves do Carmo e João Carlos de Oliveira Revisão: Mary Ferrarini Tradução: Sogl Traduções Publicidade/Gerentes de negócios: Alessandra Soares e Márcia Pires Assistente: Felipe Ricelle
O peso das 1.500 fatia do pib do brasil
Diretor de conteúdo
Atendimento e apoio administrativo: Fábio Lopes e Giseli Monteiro
Por atuação
Auditoria
Agroindústria
9% 62%
Comércio
9%
Indústria
38%
14
Especial RIO+20
Serviços
44%
ISSN 1808-9240
Tiragem: 30.000 Impressão: Log & Print Gráfica e Logística S.A. Impresso em maio de 2012 Operação em Bancas: Assessoria: EdiCase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas: FC Comercial e Distribuidora S/A Manuseio: FG Press www.fgpress. com.br Distribuição Dirigida: Door to Door www.d2d.com.br
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APRESENTAÇÃO
uma ANÁLISE INÉDITA PARA UM NOVO BRASIL
Barcos no Rio Amazonas: a experiência brasileira é valiosa para a discussão da sustentabilidade
Esta edição especial da Análise Editorial compila dados de cinco anos de pesquisa para traçar um panorama e definir os padrões das políticas de gestão ambiental das maiores empresas do Brasil
8
Especial RIO+20
as convenções da Biodiversidade, do Clima e de Combate à Desertificação. Essas questões foram incorporadas nas agendas dos governos nacionais e se ramificaram pelos vários setores das sociedades até chegar ao nível local. Desde então, foram realizadas muitas conferências e assinados vários protocolos. É inegável a importância de uma cúpula internacional como a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20 – em que líderes mundiais, juntamente com milhares de participantes de governos, do setor privado e organizações não governamentais, sentam-se para discutir meios de reduzir a pobreza, tornar o mundo menos desigual e procurar assegurar proteção ao meio ambiente. Ainda mais porque demonstra continuidade dos esforços da comunidade internacional na busca de soluções. Para explicar e mostrar os avanços já consolidados por algumas das maiores economias do mundo, realizamos uma análise comparada da legislação ambiental do Brasil e de outros
dez países, que pode ser consultada a partir da página 15. As discussões no início de 2012, contudo, mostram que os resultados de duas décadas de acordos deixaram muito a desejar. A Rio+20 começa no clima de que é chegado o momento de colocar em prática tudo o que foi posto no papel e buscar abordagens de desenvolvimento possíveis de serem aplicadas. Muitos dos agentes da discussão sugerem que os gigantescos e burocráticos governos nacionais já extrapolaram a sua capacidade de realização, e que é necessário concentrar esforços em grupos que atuem em escalas menores, assumindo compromissos locais e objetivos mais manejáveis – ao invés de buscar um consenso global para realidades tão diversas quanto as do Brasil, China, Estados Unidos ou Rússia. São governos municipais, ONGs e outras organizações da sociedade civil, e companhias – de capital privado e público – as entidades vistas hoje como as que serão capazes de promover e incentivar as mudanças que queremos ver no mundo. www.analise.com
Alberto César Araújo/AE
N
os 20 anos que separam as duas conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) no Rio de Janeiro, muita água passou por debaixo da ponte. No que diz respeito ao Brasil, os progressos são incontestáveis. O país avançou tanto do ponto de vista ambiental – com conquistas como a redução dos índices de desmatamento na Amazônia e a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – quanto de uma perspectiva política, social e econômica, com a redução do nível de pobreza, a quitação de dívida com o FMI e sua maior projeção internacional como um player global. A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, conhecida como Eco-92, organizou uma série de ideias que estavam no ar. Foi essencial para a conscientização do público sobre a necessidade de integrar os cuidados com o meio ambiente e ao desenvolvimento. De lá, saíram três tratados internacionais importantes:
English version page 124
apresentaçÃO
É nesta discussão que a Análise Editorial vem dar a sua contribuição. Na publicação que você tem em suas mãos estão apresentados dados inéditos e exclusivos, resultado de cinco anos de pesquisas extensas realizadas com as maiores companhias brasileiras, que jogam luz em um ponto crucial e difícil de ser avaliado: as políticas ambientais das empresas. Na prática, a equipe da Análise Editorial realizou mais de três mil entrevistas entre 2007 e 2011, coletando – em todo o período – mais de 250 mil dados a respeito das políticas de gestão ambiental das 1.500 companhias brasileiras por receita líquida. Os resultados desses levantamentos anuais são publicados no anuário ANÁLISE GESTÃO AMBIENTAL. É, de longe, o levantamento jornalístico mais abrangente sobre o assunto feito no Brasil. Com todas essas informações em mãos – e o auxílio de um time de estatísticos, advogados e especialistas em gestão e certificação ambiental – criamos um índice que mede o comprometimento de 28 ramos econômicos brasileiros (representados pelas companhias entre as 1.500 maiores do país) com nove tópicos-chave da gestão ambiental corporativa. O resultado pode ser consultado a partir da página 31. Para entender em detalhes como é feita a pesquisa e como o índice foi calculado, consulte a metodologia na página 10. O segundo grupo articulador pesquisado pela Análise Editorial é o composto das ONGs ambientais brasileiras. De ativistas na Eco-92, essas organizações passaram a ser verdadeiros articuladores e veiculadores globais. A partir da página 97 desta edição é possível conferir o resultado de cinco anos de levantamentos aprofundados no universo dessas entidades. Estão perfiladas 334 entre as mais atuantes organizações do Brasil com detalhes a respeito de seus programas e os seus sistemas de financiamento. O conteúdo é riquíssimo e a análise apresentada nesta edição – limitada pelo espaço do papel – destaca apenas algumas das possíveis observações e conclusões. O que fica claro é que a conversa está só começando. O desenvolvimento sustentável – termo que se tornou popular e dá nome à confewww.analise.com
OS AVANÇOS Confira, a seguir, a progressão de alguns entre os principais indicadores ambientais brasileiros da Eco-92 até a Rio+20 ABASTECIMENTO DE ÁGUA
COLETA DE LIXO
Em % de municípios com acesso
Em % do total gerado
99
96
coleta de esgoto 98
80
1989
2008
Em % de municípios com acesso
47
1992
2008
1989
reciclagem DE ALUMÍNIO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
ÁREA verde PROTEGIDA
Em % do total de latas produzidas
Em número de licenças novas emitidas pelo Ibama
Em milhões de hectares
98 39 1992
GASES nocivos à CAMADA DE O3 Emissão em mil toneladas
0,4 2009
2008
75
67
1992
2011
1992
2010
população Brasileira Em milhões de habitantes
8
1990
624
2 2010
55
192
147 1991
rência da ONU apelidada de Rio+20 – é uma meta, não uma realidade. No mundo dos negócios, o que define a sustentabilidade é o chamado triple bottom line, conceito que mede a viabilidade financeira, social e ambiental de empreendimentos. Se eles forem sustentáveis nesses três pontos a conta fecha. Entre as companhias em atividade hoje em todo o mundo, é raro que isso aconteça. A boa notícia é que os indicadores apresentados nas próximas páginas mostram um quadro positivo. As determinações da política de resíduos sólidos sancionada em 2010, por exemplo, já começam a aparecer nas práticas empresariais. As companhias têm investido mais no relacionamento com
2011
seus públicos, os chamados stakeholders, demonstrando um aumento de preocupação com a sociedade em geral. A adoção de fontes renováveis de energia, como a solar, hídrica e os biocombustíveis, aumentou. Tudo aponta para o caminho da sustentabilidade, e a Rio+20 é mais um passo nessa direção. Esperamos que as informações apresentadas nesta edição sejam úteis para esta conferência e as muitas que serão realizadas no futuro. Contribuindo para que governos, empresas, ONGs e indivíduos possam participar de discussões esclarecedoras e objetivas, baseadas em dados confiáveis e que tracem metas reais para que alcancemos, de fato, a sustentabilidade. 0 especial RIO+20
9
metodologia
CRITÉRIOS ADOTADOS NA EDIÇÃO English version page 126
A publicação e a base de dados
− ANÁLISE GESTÃO AMBIENTAL ESPECIAL RIO+20 é uma edição es-
pecial elaborada pela Análise Editorial com o objetivo de contribuir com as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre em junho no Rio de Janeiro. As informações apresentadas nesta edição têm como base os dados levantados entre 2007 e 2011 pela equipe da Análise Editorial durante a realização da pesquisa do anuário Análise Gestão Ambiental (saiba mais na página 12). Em cada ano, as 1.500 maiores companhias brasileiras por receita líquida foram procuradas pela equipe de pesquisa da Análise Editorial para responder a um questionário detalhado – com mais de 70 perguntas objetivas – a respeito de suas práticas e políticas de gestão ambiental. O resultado, no decorrer desses cinco anos, foi mais de três mil entrevistas realizadas. Os dados dessas entrevistas foram compilados para gerar as análises apresentadas nas páginas desta edição, fruto de uma base de dados exclusiva e abrangente, o que permitiu traçar um panorama preciso de atuação das companhias brasileiras de 28 ramos econômicos em nove recortes de atuação ambiental. O campo de pesquisa – Os 28 ramos econômicos selecionados para análise podem ser conferidos na tabela apresentada na página 11. Também está apresentado o número de companhias que foram procuradas em cada ano e quantas efetivamente responderam ao questionário. Em 2011, na edição mais recente da pesquisa até o fechamento desta publicação, 1.836 companhias e bancos foram convidados a participar do levantamento. Ao todo, foram entrevistadas 850 empresas com sede em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os estados do Acre (AC), Amapá (AP),
10
Especial RIO+20
Mato Grosso do Sul (MS), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO) não foram representados na pesquisa. A análise comparada – A análise dos ramos econômicos está dividida nos seguintes nove assuntos: 1) Gestão ambiental: referente à formalização da adoção de práticas ambientais pelas companhias; 2) Stakeholders: referente ao relacionamento das companhias com seus públicos internos e externos; 3) ISO 14000: referente à certificação e adoção de práticas necessárias para obtê-la; 4) Água: referente às políticas de uso e conservação da água; 5) Eficiência energética: referente às políticas de uso e conservação de todos os recursos energéticos utilizados; 6) Fontes renováveis: referente ao uso de fontes de energia renováveis; 7) Resíduos: referente às políticas de gerenciamento e redução da produção de resíduos; 8) Emissões: referente às políticas de controle, redução e compensação na emissão de gases que provocam o efeito estufa e outros; 9) Áreas verdes: referente às políticas para conservação de áreas verdes para uso como insumo ou não. Consulte na página 12, para cada um dos nove assuntos analisados, uma descrição detalhada de quais os fatores considerados na composição do índice. O índice Análise Gestão Ambiental – Com o objetivo de poder comparar o desempenho dos 28 ramos econômicos em cada um dos nove assuntos analisados nesta edição, foi desenvolvido um índice com pontuação entre 0 e 100% para cada grupo de empresas. Esse indicador foi criado com a consultoria de Avelino Pereira, Humberto Moura Ribeiro e Galo Lopez Noriega. Avelino criou um sistema de pesos específicos para o questionário aplicado pela Análise Editorial e determinou, com base em uma série de critérios de cada ramo de atividade, um peso para
cada resposta dada, que varia de 0 a 10. Foram levados em consideração o nível de impacto que cada ramo pode causar ao meio ambiente e se as práticas desenvolvidas pelas companhias são ou não obrigatórias para seu tipo de atividade. Para definir o grau de impacto ambiental dos ramos, foi utilizada a classificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por exemplo: uma companhia que atua no ramo de papel e celulose tem uma pontuação mais baixa quando afirma que planta árvores, já que essa ação está diretamente relacionada à sua atividade fim. Se uma transportadora logística, por exemplo, tem um programa que promove reflorestamento, essa ação tem um peso maior para o ramo no índice. Os pesos foram aplicados às respostas de todas as empresas. Caso a resposta tenha sido positiva, a companhia soma o número de pontos correspondentes àquela pergunta para aquele ramo. Caso tenha sido negativa, não soma nenhum ponto. Então, a pontuação final das companhias de um mesmo ramo foi somada e foi calculado que percentual do máximo possível de pontos foi atingido, o que resultou no índice. Os dados e o processo foram revisados com a consultoria de Galo Lopez Noriega, gerente-geral na Trevisan Escola de Negócios, mestre pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em controle estatístico de processos. As ONGs ambientais – A partir da página 97 esta edição apresenta uma análise detalhada do universo das principais ONGs ambientais que atuam no país. As informações mostradas também são exclusivas e têm como base os dados levantados pela equipe da Análise Editorial durante a realização da pesquisa do anuário Análise Gestão Ambiental. Para chegar à lista de ONGs apresentadas nesta edição, a Análise www.analise.com
metodologia
www.analise.com
Respondentes
Procuradas
Respondentes
2011
Procuradas
2010
Respondentes
conteúdo é apresentado em português e inglês. A versão em inglês começa na página 119. O símbolo é utilizado no início de cada seção para indicar em que página está o conteúdo traduzido. A Análise Editorial oferece edições bilíngues da maioria de suas publicações com o objetivo de auxiliar leitores estrangeiros interessados em compreender o papel do Brasil, de suas cidades, suas empresas e suas políticas, no mercado global. Para mais informações sobre Análise Editorial e nossas publicações, visite-nos em www.analise.com. 0
2009 Procuradas
LISE GESTÃO AMBIENTAL - ESPECIAL RIO+20 é bilíngue e todo seu
2008 Respondentes
Edição bilíngue – A edição ANÁ-
2007
Procuradas
As convenções e nomenclatura – Para facilitar a leitura, os valores e as quantias foram arredondados e publicados em números inteiros ou com até uma casa decimal, de acordo com a informação em questão. Os percentuais referentes aos resultados de pesquisas foram ponderados e englobam somente as instituições que lidam com o problema ou ação abordada. Portanto, foram eliminados da base de cálculo das questões os respondentes que assinalaram a alternativa “não se aplica à atividade da empresa”.
empresas entrevistadas em cada ano Respondentes
Editorial se baseia nas entidades que responderam à pesquisa nas edições anteriores e nas que foram citadas por companhias ou por outras ONGs ao mencionarem parcerias e projetos. Essas informações são cruzadas com a lista de organizações cadastradas no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), no Programa Estadual de Apoio às ONGs (Proaong) da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e na Rede de ONGs da Mata Atlântica. Em 2011, na edição mais recente da pesquisa até o fechamento desta publicação, 916 ONGs foram convidadas a participar do levantamento. Ao todo, foram entrevistadas 334 empresas com sede em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os estados do Amapá (AP) e Roraima (RR) não foram representados na pesquisa. De 2007 a 2011, a equipe da Análise Editorial conduziu mais de 1,8 mil entrevistas com ONGs.
Açúcar e Álcool
13
34
18
71
25
56
37
55
35
Água e Saneamento
8
12
12
20
15
20
15
24
15
Alimentos
34
93
58
149
59
144
55
155
74
Bancos
13
37
15
60
14
63
21
290
24
Bebidas e Fumo
13
18
13
27
15
28
18
28
13
Comércio Atacadista
1
20
2
30
4
25
6
25
8
Comércio Varejista
5
44
14
93
13
79
21
88
22
Concessões Rodoviárias
6
24
12
30
10
26
17
27
26
Construção e Engenharia
17
33
28
81
27
82
33
97
53
Educação
3
9
7
25
22
18
5
31
8
Eletroeletrônica
16
49
26
67
24
59
23
55
36
Energia Elétrica
29
91
38
151
38
111
81
147
79
Farmacêutica e Cosméticos
17
30
27
47
22
37
21
40
24
Mat. Construção e Decoração
11
16
11
25
10
18
10
22
13
Mecânica
5
13
9
21
10
18
9
17
9
Metalurgia e Siderurgia
38
78
53
124
52
94
47
105
44
Mineração
5
32
5
45
7
43
17
50
26
Papel e Celulose
15
20
17
29
17
22
17
23
11
Petróleo e Gás
13
26
16
43
18
39
24
41
24
Plásticos e Borracha
13
22
20
31
19
28
17
28
19
Química e Petroquímica
35
70
53
100
44
16
43
73
39
Serviços Especializados
9
14
12
39
12
28
12
30
20
Serviços Médicos
10
24
17
58
18
43
16
55
20
Tecnologia da Informação
5
22
9
46
11
34
8
38
10
Telecomunicações
7
19
12
43
11
30
14
34
13
Têxtil, Couro e Vestuário
12
30
20
49
22
36
15
29
17
Transportes e Logística
19
38
29
80
32
66
32
80
38
Veículos e Peças
14
58
42
110
38
88
43
98
43
Outros
39
118
68
297
83
223
81
312
87
425
1.094
663
1.991
692
1.574
758
2.097
850
RAMO
TOTAL
* A base de empresas foi criada no decorrer da primeira edição da pesquisa em 2007, por isso o número de companhias procuradas não está disponível
especial RIO+20
11
especial
Legislação
O desafio de passar as leis ambientais do
papel A prAtica Desde os anos 1980 – passando pela Eco-92 e o Protocolo de Kyoto – as maiores nações do planeta implementaram e consolidaram sua legislação ambiental. Agora, no ano da Rio+20, a hora é de agir inaiÊ SANCHEZ English version page 132
N
as últimas três décadas, a maioria das grandes nações – em população e tamanho da economia – consolidou sua legislação ambiental após muitos debates e acordos. A discussão atingiu uma plataforma global a partir de 1992, com a realização da primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro, e pressionou os que ainda não estavam nesse caminho. No Brasil, por exemplo, o processo ocorreu em 1981 por meio do estabelecimento da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA). Os Estados Unidos deram esse passo ainda no fim dos anos 1960, estabelecendo padrões que serviram de modelo para outros países, e a Itália, por exemplo, viu seu arcabouço legal tomar consistência apenas em 2006. Nesse meio-tempo, tratados internacionais de peso emergiram – como as convenções da Biodiversidade, do Clima e de Combate à Desertificação –, todos assinados na Eco-92, e o Protocolo de Kyoto, em 1997. Na prática, contudo, os resultados que deveriam ser fruto da aplicação das leis ambientais ainda deixam muito a desejar. Mais do que nunca, especialistas, empresários e governos locais apontam que a hora é de achar as soluções práticas para a aplicação das regras que foram desenvolvidas nas últimas décadas. E, no ano da realização da conferência Rio+20 no Brasil, encontrar novas abordagens de desenvolvimento sustentável. As discussões no Brasil — A prin-
cipal mudança recente na legislação ambiental nacional foi a adoção da Política Nacional de Resíduos Sóli-
16
Especial RIO+20
dos (PNRS), em vigor desde agosto de 2010. A lei define uma série de novas obrigações para diferentes atores no gerenciamento de resíduos sólidos – o poder público, o cidadão comum e, principalmente, as empresas. Fruto de 20 anos de maturação, além de pretender ajudar o meio ambiente, a política é um instrumento de ordem econômica e social, à medida que busca criar um ciclo de aproveitamento e reinserção dos resíduos sólidos na cadeia produtiva – o conceito conhecido como logística reversa –, como também inserir na sociedade os catadores de resíduos, categoria profissional até hoje excluída do mercado formal. As duas outras principais discussões são as normas de licenciamento ambiental para projetos e a revisão do Código Florestal. No caso do licenciamento, atualmente, a competência divide-se entre um órgão federal, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), e órgãos estaduais e municipais. Tal multiplicidade de agentes licenciadores acaba gerando confusão e prejuízo para as empresas, que enfrentam gastos extras no processo e dificuldades para fazer seus planejamentos. A Lei Complementar 140, de dezembro de 2011, pretendeu minimizar tal confusão definindo quem faz o quê. No entanto, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra ela deixou o assunto em compasso de espera. A reforma do Código Florestal (Lei nº 4.771, de 1965) brasileiro é um debate desde meados da década de 1990, mas apenas em 2011 uma versão com alterações foi discutida, de fato, pelo Congresso. Após um período acalorado de debates e interferência do Executivo, o projeto foi aprovado em abril de 2012. Até o fechamento desta edição, em 25 de maio de 2012, a presidente www.analise.com
paulo whitaker/reuters
Logística reversa: Plano Nacional de Resíduos Sólidos diminui impostos para a criação de tecnologias de reciclagem de eletrônicos
Dilma Rousseff havia anunciado que vetaria 12 artigos do código e faria outras 32 modificações ao texto aprovado no Congresso. As mudanças seriam editadas por medida provisória. As alterações discutidas no código geraram insatisfação nos mais diversos setores da sociedade por diferenças relacionadas à área de terra de desmate, ao reflorestamento dessa área e à punição para quem já desmatou. Na verdade, a polêmica deve-se a uma falha na Política Nacional de Meio Ambiente, que prevê vários instrumentos para a aplicação do Código Florestal. Um deles, o zoneamento ecológicoeconômico, poderia pôr fim ao debate definindo áreas de desenvolvimento do agronegócio e áreas de conservação ou recuperação florestal. Ocorre, entretanto, que tal instrumento nunca foi devidamente definido, gerando uma discussão polarizada entre os interesses do agronegócio e outros setores sociais no âmbito da legislação de conservação florestal. A questão, portanto, está longe de ser resolvida. www.analise.com
15%
das empresas entrevistadas no levantamento de 2011 têm projetos atrasados por questões ambientais Cenário internacional – As polêmicas não se restringem ao Brasil. No fim de 2011, o Canadá retirou-se do Protocolo de Kyoto para evitar pagar multas de até 13,6 bilhões de dólares por não ter reduzido suas emissões. Após dizer que “Kyoto não funciona” – já que países como os Estados Unidos, China e Índia não estão sujeitos a ele –, o ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent, foi criticado por muitos. Ao mesmo tempo, integrantes
da União Europeia, como Polônia, Suécia e Alemanha, têm sido chamados à atenção pelas autoridades ambientais do bloco pelo não cumprimento de compromissos assumidos. Em fevereiro de 2012, a França foi levada à Corte de Justiça Europeia por poluição de água com nitratos. Em março, foi a vez de Chipre ir parar nos tribunais da UE também pelo não cumprimento de regras do bloco. O momento, portanto, é de colocar na prática o que já foi discutido, aprovado e consolidado. Consulte, a seguir, uma análise da legislação ambiental de 11 países: Brasil, Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia. O levantamento realizado pela Análise Editorial destaca 24 pontos principais das normas aplicadas em cada nação, incluindo como estão definidas as competências do governo e de agências reguladoras, alguns dos principais obstáculos enfrentados para a aplicação da legislação e explica as regras para licenciamento ambiental de projetos. 0 especial RIO+20
17
especial
legislação
nPrincipais desafios
As desigualdades regionais existentes na infraestrutura de saneamento fazem com que a universalização e a melhoria dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, coleta de lixo e drenagem figurem entre os principais objetivos a ser alcançados pelo Estado. De acordo com o IBGE, a quantidade de lixo que recebe destinação final adequada no Brasil, por exemplo, ainda é menos da metade do total; e o percentual do esgoto coletado que recebe algum tipo de tratamento é baixo, em torno de um terço. Outro grande desafio refere-se ao desmatamento, que atinge não somente a Amazônia como também outros biomas, como a caatinga, a Mata Atlântica e o cerrado. O Brasil ainda é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa do mundo.
nComo a sociedade se defende no caso de danos
ambientais? Os ministérios federal e das províncias para o meio ambiente têm o poder de inspecionar e investigar o não cumprimento da legislação ambiental. A aplicação da legislação pode ser feita por meio de processo ou pela emissão de ordem administrativa. Isso pode resultar em multas, prisão ou custos para remediar ou prevenir o dano ambiental. Em algumas jurisdições, os cidadãos têm o direito de iniciar investigações.
nFundos para financiar prevenção e políticas
Canadá Idade da legislação ambiental consolidada: 24
anos (1988).
Estrutura para aplicação das leis: Normalmen-
te, as leis ambientais federais são aplicadas pelo Ministério do Meio Ambiente (Environment Canada) e as leis ambientais das províncias são aplicadas por ministérios do meio ambiente provinciais. Em geral, as leis das províncias baseiam-se em um sistema de comando e controle, em que os descartes no meio ambiente são proibidos, a não ser que permitidos pelo governo. Portanto, as atividades industriais geralmente requerem uma autorização do governo antes de ser implementadas.
nDiretrizes básicas
O primeiro ato foi a lei de criação do Departamento de Meio Ambiente, em 1971. A legislação ambiental federal do país, a Lei Ambiental Canadense, foi aprovada, pela primeira vez, em 1988 e reformada em 1999. Enfoca o controle dos impactos de substâncias tóxicas sobre o meio ambiente e a saúde humana. As diretrizes baseiam-se nos conceitos do princípio da precaução e do poluidor pagador. nCompetência Divisão de poderes entre o governo federal e dez províncias autônomas. Há acordos entre os dois níveis de governo para evitar duplicidade, mas os projetos podem ter de passar pelo escrutínio de ambos. nTipo de responsabilidade Geralmente, a legislação ambiental se faz cumprir de uma forma que pode resultar em multas ou prisão, ou por poderes de ordem administrativa que dão às autoridades ambientais o poder de exigir que o dano ambiental seja prevenido ou corrigido. A maioria das jurisdições também prevê penalidades monetárias administrativas que permitem a imposição de penas sujeitas a um processo de revisão administrativa. A responsabilização também pode ser imposta por meio de uma ação civil por danos.
nRegras mais restritivas
Proibições sobre a disposição de resíduos tóxicos. nPrincipal obstáculo Dificuldade de aplicação da legislação, que varia dependendo do distrito, província ou cidade. 20
nÓrgãos reguladores Em nível federal, o Ministério do Meio Ambiente (Environment Canada) aplica as leis ambientais federais. A Agência de Avaliação Ambiental Canadense faz a avaliação de impacto ambiental de empreendimentos. As províncias possuem suas próprias agências ambientais.
Especial RIO+20
ambientais O principal é o Fundo para Danos Ambientais, instituído em 1999 pela Lei de Proteção Ambiental. nImpostos e taxas ambientais Não há uma taxa ecológica específica. Entretanto, algumas províncias têm implementado um imposto de carbono ou taxa para financiar medidas de redução de gases do efeito estufa.
nExigência de plano preventivo contra riscos ambientais
Os reguladores podem impor condições como parte do processo de licenciamento. Planos de prevenção podem ser incluídos como uma condição para a licença. Os planos de prevenção também podem ser solicitados em regulamentos que tratam de emergências ambientais. nAcidentes As multas são aplicadas no ato quando o dano ambiental é mínimo e não apresenta risco maior para a saúde humana e o meio ambiente. A aplicação de multa e a defesa do acusado são regulamentadas pela Lei de Contravenção. Os órgãos ambientais também possuem poder de embargo nas situações em que advertências e multas não forem suficientes para cessar o dano ambiental. nVenda de ativos Em geral, a responsabilidade recai sobre a pessoa que causou a poluição em uma propriedade. As leis ambientais também impõem a responsabilidade sobre os ocupantes ou as pessoas que tenham a custódia da propriedade. Portanto, um comprador poderá ser responsável por remediar danos preexistentes. Geralmente, questões ambientais são negociadas entre as partes em qualquer venda de ativo.
nVenda de ações
A venda de ações não extingue qualquer passivo existente antes da transação. Licenciamento
nÓrgãos responsáveis
Cada ministério ambiental das províncias exigirá uma licença para tratar de atividades industriais ou comerciais que poluam o meio ambiente. O processo de licenciamento também pode incluir um estudo de impacto ambiental, informação pública, consulta ou participação na decisão sobre a licença, dependendo da natureza do projeto.
nEstudos ambientais O órgão federal tem autoridade limitada. Sua jurisdição envolve o uso de certas substâncias tóxicas, proteção do habitat aquático, parques nacionais e terras aborígines. Em geral, as empresas lidam com os órgãos ambientais das províncias para obter suas licenças. nRegistros públicos Algumas províncias, como Ontário, possuem registro público de informação ambiental. Além disso, todas as jurisdições têm legislação de liberdade de informação que permite à população acessar dados mantidos pelos órgãos governamentais. nTempo médio para obtenção de licença ambiental
Pode variar de três meses, para negócios de impacto potencial pequeno, até três anos, para projetos mais complexos.
nQual o período para renovação da licença
ambiental? Em geral, não precisa ser renovada. Contudo, há exceções que dependem do tipo da licença e das províncias. nNecessidade de auditoria ambiental Não é obrigatória.
nA lei prevê a participação da sociedade no
processo de licenciamento? Sim. A Lei de Proteção Ambiental. A Avaliação de Impacto Ambiental é discutida nas audiências públicas.
nParticipação da sociedade nos órgãos
normativos de Meio Ambiente Não existe um conselho deliberativo em nível federal com participação da sociedade.
nPrincipais desafios
O governo federal retirou-se do Protocolo de Kyoto, em 2011, por não ser capaz de cumprir suas metas. Algumas provisões, entretanto, comprometem-se a seguir as metas de Regulação dos Gases de Efeito Estufa, apesar da decisão do governo federal. Outras questões referem-se à qualidade da água e do ar, principalmente nas áreas urbanas.
China Idade da Legislação ambiental consolidada:
23 anos (1989).
Estrutura para aplicação das leis: A competência é de responsabilidade do governo central. Contudo, as províncias têm autonomia limitada para criar regras próprias. A regulação é feita pela Administração Estatal de Proteção Ambiental, ligada ao Conselho de Estado. Também há órgãos regionais e locais.
nDiretrizes básicas
O ato regulatório geral para questões de meio ambiente é a Lei de Proteção de Meio Ambiente, de 1989. Além dela, existem 35 leis separadas para cada tema. As mais antigas são as de proteção do ambiente marinho e de controle de poluição hídrica de 1982 e 1984, respectivamente. Ainda nos anos 1980, foram aprovadas leis para a gestão de recursos florestais e minerais. Tal legislação paswww.analise.com
Aaron Black/Corbis
especial
Legislação
Licenciamento
nÓrgãos responsáveis
A Administração Estatal de Proteção Ambiental é o orgão que regula grandes projetos. Nas províncias, os departamentos regionais ou municipais fazem a avaliação de impacto ambiental. nEstudos ambientais A Lei de Avaliação de Impacto Ambiental, de 2003, obriga os departamentos do Estado, as províncias e cidades a promover a avaliação de projetos, com estudos sobre terrenos a ser utilizados e planos de consumo de recursos naturais. Já a Lei de Fomento da Produção Mais Limpa, também de 2003, obriga empresas a planejar a construção e o fornecimento de matéria-prima. nRegistros públicos Os departamentos responsáveis por avaliar o impacto ambiental devem elaborar registros de suas conclusões.
nTempo médio para obtenção de licença ambiental
A avaliação governamental é rápida e sempre inferior a um ano. Em média, um empreendimento é autorizado em seis meses.
nQual o período para renovação da licença ambiental? Não há necessidade de renovação.
nNecessidade de auditoria ambiental O Canadá saiu do Protocolo de Kyoto porque teve um aumento de 17% em suas emissões de gases, sendo que o acordo previa uma redução total de 6% até o ano de 2012 sou por revisão no início dos anos 2000, quando foi aprovada também a Lei de Avaliação de Impacto Ambiental (2003). nCompetência A proteção e o controle do meio ambiente são de responsabilidade do governo central. Contudo, as províncias têm autonomia para criar regras próprias, contanto que não sejam mais restritivas que a lei nacional. nTipo de responsabilidade As leis preveem sanções administrativas às empresas, com fechamento por descumprimento da legislação. Causar dano ambiental também implica responsabilidade civil e penal. nRegras mais restritivas O Projeto de Proteção de Bosques Naturais, criado em 1998, proíbe totalmente o corte de vegetação em áreas com floresta nativa. nPrincipal obstáculo Baixa implementação das leis em razão da autonomia das províncias. A prioridade ao tema social, com destaque para a geração de empregos, dificulta o embargo de empresas poluidoras. nÓrgãos reguladores O órgão superior de Meio Ambiente é federal. Trata-se da Administração Estatal de Proteção Ambiental, ligada ao Conselho de Estado. Ela, no entanto, não está presente em diversas regiões. O controle regional é feito por órgãos das províncias e, principalmente, por órgãos municipais. www.analise.com
nComo a sociedade se defende no caso de danos
ambientais? Os promotores públicos são os principais responsáveis por denúncias de dano ambiental.
nFundos para a prevenção e política ambientais
Fundo formado por taxas de poluição. nImpostos e taxas ambientais Toda a disposição de resíduos, seja de poluentes hídricos ou substância tóxica, é taxada pelo governo.
nExigência de plano preventivo contra riscos ambientais
Sim. Deve haver a notificação e o cadastro de operações de risco, como no caso do transporte de cargas tóxicas. nAcidentes Aplicação de multas de baixo valor é o procedimento mais usual. O país possui um centro nacional de emergência e de investigação de acidentes. nVenda de ativos Não existem regras específicas para transações. Geralmente, o passivo ambiental pode ser solucionado com o pagamento de multas de baixo valor. nVenda de ações Empresas listadas na bolsa de valores não são obrigadas a reportar informações ambientais. Como na venda de ativos, os passivos ambientais não são considerados detalhes importantes em razão da responsabilização pouco efetiva.
Sim. Emissões de poluentes devem ser reportadas à Administração Estatal de Proteção Ambiental.
nA lei prevê a participação da sociedade no
processo de licenciamento? Não existe na legislação uma indicação de participação direta da sociedade. Mas, em caso de projetos específicos, o governo promove consultas populares.
nParticipação da sociedade nos órgãos
normativos de meio ambiente. Não há participação em órgãos normativos. nPrincipais desafios A poluição do ar tornou-se o principal desafio ambiental dos chineses que, juntamente com os EUA, são os maiores poluidores do mundo. A matriz energética chinesa é considerada suja, já que se baseia na queima de carvão. Entre outros desafios a ser encarados pelas autoridades estão a falta de água e energia elétrica, poluição dos recursos hídricos, desertificação e perda de biodiversidade.
Estados Unidos Idade da Legislação ambiental consolidada:
43 anos (1969)
Estrutura para aplicação das leis: Competên-
cia dividida entre autoridades federais, estaduais e municipais. Regulação feita pelo órgão federal EPA e agências estaduais.
nDiretrizes básicas
São baseadas na Lei de Proteção Ambiental de 1969, que posteriormente foi regulada pelas leis do Ar Limpo (1970) e Água Limpa (1977), entre outras. especial RIO+20
21
AVALIAÇÃOSEtorial SETORIAL Avaliação
índice compara desempenho do setor produtivo A Análise Editorial desenvolveu indicador a partir dos dados coletados entre 2007 e 2011 em mais de 3 mil entrevistas com companhias brasileiras; avaliação mostra o avanço das empresas em nove pontos fundamentais da gestão ambiental corporativa
A
English version page 148
té os anos 1960, a questão ambiental era um tema de interesse restrito a pequenos grupos, como o de ecologistas, considerados então visionários entretidos com temas que não faziam parte dos problemas concretos da sociedade. Muita água passou por debaixo dessa ponte e, hoje, a questão ambiental ocupa o topo da lista dos assuntos que mobilizam o planeta. A ocorrência de desastres ambientais provocados por fenômenos naturais – como chuvas excessivas, invernos rigorosos e secas prolongadas – tem crescido à medida que a própria urbanização se acelera. Apesar disso, levantamentos substanciais de práticas ambientais são escassos, e para lidar com a grave crise ambiental que está aí e assola todos nós é preciso saber o que está sendo feito. Movida, portanto, por essa urgência, a Análise Editorial foi pioneira em pesquisar em profundidade as práticas ambientais das maiores empresas do Brasil, que vêm sendo publicadas nos anuários ANÁLISE GESTÃO AMBIENTAL desde 2007. Nos levantamentos, as maiores empresas do Brasil são convidadas a responder a um questionário com cerca
32
Especial RIO+20
de 70 perguntas, que traçam seu perfil, quais os procedimentos adotados e como organizam sua gestão ambiental. Nesta edição especial de ANÁLISE GESTÃO AMBIENTAL, a Análise Editorial foi além e, pela primeira vez, utilizou todos os dados de pesquisa coletados entre 2007 e 2011 para publicar aspectos específicos das práticas ambientais desenvolvidas pelas maiores companhias do Brasil, a partir de recortes setoriais e de ramos de atividade econômica. Para comparar o avanço da implementação de práticas de gestão ambiental em cada ramo, desenvolvemos um índice baseado nas informações obtidas em nossa pesquisa (saiba mais na página 10). Assim, foi possível verificar quais segmentos se destacam, quais avançaram mais e quais ainda têm desafios pela frente. Dividimos o trabalho em nove grupos temáticos: estrutura de gestão ambiental, relacionamento com stakeholders, ISO 14000, uso da água, eficiência energética, uso de fontes renováveis de energia, gerenciamento de resíduos, políticas referentes a emissões atmosféricas, e conservação de áreas verdes. As respostas das empresas ganharam um peso específico de acordo com seu ramo, envolvendo critérios
como potencial poluidor e dificuldade de implantação das medidas. Dessa maneira, é possível comparar o desempenho dos 28 ramos econômicos analisados na pesquisa em cada um dos nove grupos temáticos. As porcentagens apresentadas sinalizam o quanto um ramo conseguiu em relação ao total da pontuação possível para as respostas, sendo o mínimo zero e o máximo 100%. Os números, inéditos, revelam como a produção brasileira busca a sustentabilidade a partir das questões ambientais. Uma grande e boa notícia – Qua-
se todos os segmentos apresentaram progresso nos temas tratados ao longo dos anos. Na estrutura da gestão ambiental, a média da pontuação alcançada por todos saltou de 78,9%, em 2007, para 83,2%, em 2011. No relacionamento com stakeholders, passou de 37,7% para 41%; uso da água, de 56,6% para 65,4%; eficiência energética, de 39,7% para 45%; gerenciamento de resíduos, de 50% para 54,9%; e uso de fontes renováveis de energia, de 15,3% para 18,4%. No caso de ISO 14000 e políticas referentes a emissões atmosféricas, as amostragens foram consideradas a partir www.analise.com
R. KOLLAR/UN PHOTO
Metade das empresas ouvidas declara ter programa de controle de emissões de gases; mineração é o setor mais bem posicionado
de 2008. Suas médias cresceram, respectivamente, de 24,5% para 32,2% e de 36,9% para 41,8%. A conservação de áreas verdes foi o único tema que apresentou uma ligeira queda, com sua média deslizando de 41,3%, em 2007, para 40,5%, em 2011. Tais médias foram, em geral, ascendentes ano a ano. Contudo, em certos casos apresentaram alguma variação, relacionando-se, em maior ou menor grau, a fatores econômicos – como os advindos da crise internacional iniciada em 2008 – regulatórios, como a entrada em vigor da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010; e à dinâmica dos próprios negócios dos ramos abordados. Este é um ponto primordial a ser considerado nesta apresentação. O fato de um segmento não se destacar muito em determinado tema não significa, necessariamente, que a questão em pauta está sendo ignorada por aquele grupo econômico. Os assuntos mais diretamente ligados às atividades de um determinado setor recebem www.analise.com
mais atenção do que os não tão relacionados ao seu processo produtivo. O próprio arcabouço das leis ambientais prevê enfoques específicos para os diferentes casos. Em outras pa-
64 %
das empresas entrevistadas em 2011 possuem uma política ambiental integrada com as demais políticas da companhia
lavras: não se pode esperar que o setor de bancos, por exemplo, apresente um sistema de controle de resíduos complexo e sofisticado como o de petró-
leo e gás, obrigado a lidar em seu dia a dia com rejeitos que exigem processamento especial em seu descarte. Da mesma forma, ramos nos quais existem empresas cujas atividades implicam desmatamento ou uso de solo terão uma performance mais significativa, por exemplo, em plantio de árvores. É o caso de mineração e açúcar e álcool, que registram os desempenhos mais altos quando somada a pontuação de todos os anos. O primeiro segmento registrou 74,5% dos pontos possíveis da somatória das respostas, e o segundo, 69,1%. Quando a performance dos ramos é analisada por esse enfoque, ou seja, os que obtiveram os melhores scores durante toda a amostragem, nota-se, em geral, que entre os cinco primeiros colocados sempre se encontram alguns setores com alto impacto ambiental. Mineração, por exemplo, alcançou a pontuação mais alta em todos os temas, exceto em fontes renováveis de energia (liderado por açúcar e álcoespecial RIO+20
33
Marcos de Paula/AE
gestão ambiental
Obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro: ramo da construção registra o maior avanço nas ações de gestão ambiental
A busca por metas ambientais tornou-se regra e não exceção A instituição de políticas formais de gestão ambiental foi o aspecto que mais avançou entre as companhias brasileiras de 2007 a 2011 na comparação entre os nove temas analisados nesta edição English version page 152
O índice de 2007 a 2011
19
ramos avançaram em gestão ambiental
6
ramos ficaram estagnados
o
3
ramos regrediram
s dados colhidos de 2007 a 2011 pela Análise Editorial mostram que o sistema de gestão ambiental se consagrou como um aspecto essencial da própria governança cor-
36
Especial RIO+20
porativa. Não apenas pelas razões de responsabilidade social e cuidados com o meio ambiente, mas também por uma visão estratégica: as companhias que incorporam ao seu dia a dia práticas ambientais mais desenvolvidas agregam valor e segurança a seus ativos e proporcionam maior retorno aos investidores. E o empresariado brasileiro tem pagado para ver.. Considerando-se a pontuação máxima obtida por todos os ramos econômicos pesquisados nos nove temas abordados, a definição de uma política ambiental corporativa no período ficou em primeiro lugar, com 94% do total da pontuação possível após as
maiores empresas do país responderem a um questionário sobre suas práticas ambientais. A metodologia para a formulação do índice considera quais são as práticas adotadas pelas companhias no que diz respeito a implementação de uma política ambiental, a sua relevância dentro do organograma da empresa, qual o nível de conhecimento dos impactos ambientais da atividade da companhia e quem é responsável pelos resultados. A relevância de cada ação é medida de acordo com o impacto específico para cada um dos 28 ramos de atuação analisados, o que permite comparar atividades econômicas diferentes. www.analise.com
gestão ambiental
Nesse estudo inédito e exclusivo, a Análise Editorial mostra que todos os cinco segmentos que mais evoluíram no tema nos últimos cinco anos implementaram, de maneira documentada, mais programas de gestão voltados para a melhoria de objetivos e metas ambientais. Não é pouca coisa. Entre os cinco que mais avançaram, o setor de construção e engenharia aparece em primeiro lugar, com um aumento significativo na implementação da estrutura de gestão ambiental. Em 2007, atingiu 77,6% do máximo possível de pontuação no questionário e 91,4% em 2011 (+13,7 pontos percentuais). O número de empresas que reconheceram ter uma política ambiental integrada com as demais políticas da empresa passou de 60%, em 2007, para 94,7%, em 2011. Já as que declararam ter a responsabilidade pela gestão declarada no organograma pularam de 66,7% para 94,7%. Os impactos ambientais dos processos, atividades e serviços da empresa são conhecidos pela administração, de acordo com 73,3% dos respondentes em 2007, e 96,5% em 2011. E a implementação de programas de gestão que buscam a melhoria de objetivos e metas passou de 60% para 89,5% delas no período. De acordo com especialistas consultados pela Análise Editorial, o aumento dos números do ramo de construção e engenharia deve-se, em parte, a uma grande pressão de mercado para a realização de construções sustentáveis e da legislação de âmbito federal e, até, municipal. A aprovação da nova Lei de Resíduos Sólidos, de 2010, já pode ter influenciado o desempenho do setor, que naquele mesmo ano registrou um aumento em sua porcentagem do total de respostas possíveis para 90,1%, ante 84,4% de 2009. Em segundo lugar, veio o ramo de educação, com um total de respostas possíveis indo de 63,8% para 76,3% (+12,5 pontos percentuais). Aí a evolução em gestão pode estar ligada a dois fatores: a conscientização sobre a importância da gestão ambiental, não só como ferramenta de governança empresarial, mas também na construção de uma mentalidade voltada para a sustentabilidade. O número de empresas do setor que declararam ter a www.analise.com
A Movimentação dos ramos Os gráficos abaixo mostram os cinco ramos que mais avançaram e os que menos avançaram nas práticas de gestão ambiental entre 2007 e 2011
Os que mais avançaram 92 92%
Construção e Engenharia +14
86 86
Transportes e Logística +10 Concessões Rodoviárias
80 80
+12
educação +12
74 74
Comércio Varejista 68 68
+10
62 62 2007
2008
2009
2010
2011
Os números em destaque indicam a variação em pontos percentuais de 2007 a 2011
Os que menos avançaram 92% 92
Plásticos e borracha
86 86
80 80
(-0,5)
telecomunicações
(-1)
74 74
serviços Médicos
(-2)
Banco (-10)
68 68
Comércio Atacadista
(-6)
62 62 2007
2008
2009
2010
2011 especial RIO+20
37
BRASIL: DA ECO-92 À RIO+20
Virada social English version page 156
A
zona rural brasileira agora tem luz. Em 2003, foi inaugurado o programa “Luz para Todos”, que, em dez anos, atendeu cerca de três milhões de famílias e tem a meta de ligar todas as residências do país na rede de energia elétrica até 2014. Em meados de 2012, apenas 1,3% dos domicílios do país não contam com energia elétrica. Em 2003 eram 12%. O programa foi referenciado pela Organização das Nações
Unidas (ONU) e o Brasil já estabeleceu intercâmbios técnicos com pelo menos 17 países na América Latina, África e Ásia para trocar experiência e ajudar a desenvolver iniciativas similares. Na frente social também estão em funcionamento os programas “Minha Casa, Minha Vida” – que oferece crédito habitacional subsidiado – e o Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudo em instituições privadas para a graduação ou formação específica.
vitché palacin/folhapress
Casas em Porto Seguro, na Bahia
1%
dos domicílios rurais do país não possuíam energia elétrica em 2011. Em 2003 eram 80%
1mi
de famílias já foram atendidas no Minha Casa, Minha Vida. A meta é chegar a 2 milhões até 2014
1mi
de jovens receberam bolsas de estudo através do ProUni entre 2004 e 2012
ENERGIA LIMPA
O Brasil vem investindo muito para manter sua matriz energética como uma das mais limpas do mundo. Entenda a evolução da energia brasileira e a evolução nacional no ramo de energia
ENERGIA RENOVÁVEL
O QUE AS EMPRESAS FAZEM
da matriz energética do Brasil é renovável
das empresas monitoram o consumo de energia elétrica com indicadores específicos
83%
73%
66%
71%
de toda energia elétrica consumida no país vem de hidrelétricas
delas têm metas de redução no consumo
Geração total de energia eólica brasileira
2.177
(Em GWh de 2006 a 2011)
1.183
Utilização de combustíveis fósseis
47% das empresas tem metas de redução do consumo
1.238
668
53
342 56
63
74 74
2001 02
03
04
05
06
07
08
09
Investimento em energia renovável em 2011
2010
(US$ bilhões)
8,3
Os maiores avanços da geração de energia renovável em seis anos
PÚBLICO PRIVADO 6
China 92%
Turquia 85%
3
Brasil 49%
0,7 Itália
Itália 47%
54
Especial RIO+20
(Em GW de 2006 a 2011)
EUA
China
Alemanha
www.analise.com
0,3 Brasil
English version page 170
A ENERGIA USADA PELAS EMPRESAS
FROTA
das empresas utilizam energia hídrica
de veículos flex foram vendidos desde 2003 no país
52%
15,3 milhões
41%
75%
das empresas usam biomassa
é a estimativa de carros flex na frota nacional para os anos 2017/2018
Fatia das empresas que usam biocombustíveis
Brasil 23%
40% da frota é flex
24%
17%
13%
14%
2007
2008
40,4 milhões é a frota total de carros 2009
2010
2011
Investimento por tipo de energia em 2011 42,7
(US$ bilhões) 41,9
BIOCOMBUSTÍVEL SOLAR EÓLICA 30
4% da frota americana é flex
27,8
8,6
China
EUA
Alemanha
www.analise.com
Itália
Estados Unidos
250 milhões é a frota total de carros
Brasil
especial RIO+20
55
REsíduos
de forma constante ano a ano. O maior desafio do segmento é lidar com as borras oleosas que, devido à sua alta toxicidade, não podem ser processadas como os demais resíduos gerados. Vamos conferir, então, as práticas em que o ramo se destacou, com as porcentagens referindo-se ao número de respondentes da pesquisa Análise Gestão Ambiental. O monitoramento cresceu de 66,7% para 88% das empresas. O percentual de empresas que afirmaram reutilizar seus resíduos subiu de 25% para 56% do total. E a taxa de adoção de metas de reciclagem passou de 41,7% para 80%. Subiram também os percentuais de respondentes que dizem investir em tecnologia e em processos para reduzir o impacto ambiental dos seus resíduos. Mas foi o item garantia de conformidade legal que apresentou o maior crescimento. Metade das empesas afirmou adotar a prática em 2007, contra 92% em 2011. Em termos de efluentes, cuidados especiais devem ser dispensados ao tratamento das águas residuais procedentes do processo de refino e da exploração do petróleo. O número de empresas com monitoramento subiu de 58,3% para 84% do total. Das empresas que reutilizam seus resíduos, o percentual foi de 33,3% para 64%. Das que têm processo para diminuir a geração, o aumento foi de 41,7% para 60% do total. E das que investem em novas tecnologias, passou de 33,3% para 60% do total. Em 2011, 72% das empresas de petróleo e gás afirmaram manter unidade de tratamento de efluentes, ante 66,7% em 2007. O monitoramento de ruídos e vibrações subiu de 42,9% das respondentes em 2007 para 87,5% do total, em 2011.
Setor de transportes começa adequar-se à lei Em terceiro lugar, vem o setor de transportes e logística, cuja porcentagem do total de respostas possíveis subiu de 30,11%, em 2007, para 48,1%, em 2011. O desempenho do setor só não cresceu ininterruptamente ano a ano porque, em 2009, registrou 38,4% ante os 39% alcançados em 2008. É interessante notar o fato de que os três 66
Especial RIO+20
ramos que completam o grupo dos que mais evoluíram em resíduos – ou seja, transportes e logística; concessões rodoviárias; e construção e engenharia –, também ficaram entre os cinco que mais se desenvolveram em relação à definição de uma política ambiental corporativa no período (leia mais na pág. 36). Tal correlação é natural, já que uma prática leva à outra. Voltando a transportes e logística, um dos desafios com que o setor tem de lidar, principalmente após a logística reversa prevista na PNRS, refere-se ao retorno das embalagens utilizadas no transporte dos materiais. Provavelmente, por essa razão, o setor evoluiu em todas as práticas relacionadas aos resíduos sólidos. Com as porcentagens
Gerenciamento corporativo de resíduos As três ações mais difundidas na disposição de resíduos em 2011 Faz coleta seletiva
92%
Tem garantia de destinação
Monitora com indicadores
83%
80%
referindo-se ao número de respondentes da pesquisa Análise Gestão Ambiental no setor de transportes e logística, entre 2007 e 2011, o monitoramento cresceu de 38,1% para 71,1% das participantes do setor; e o reúso, de 9,5% para 36,8% das empresas. Já o número de companhias deste ramo que adotaram metas de redução passou de 30% (2008) para 52,6% no fim do período. Por sua vez, entre 2007 e 2011, as empresas com metas de reciclagem saltaram de 33,3% para 52,6% do total. Quanto ao processo para diminuir geração, de 28,6% das empresas foram 50%, em 2011; em coleta seletiva, de 66,7% para 89,5%; e em investimentos, de 9,5% para 28,9%. Já as empresas do ramo com processo para di-
minuir o impacto ambiental foram de 42,9% para 63,2%; e as com garantia de plena conformidade legal passaram de 57,1% para 81,6% . Nos destaques de efluentes, as empresas com monitoramento subiram de 28,6% para 52,6%; com reúso, de 23,8% para 34,2%; processo para diminuir geração, de 19% para 57,9%; investimentos em tecnologias, de 14,3% para 39,5%; e conformidade legal, de 47,6% para 60,5%. Já em relação aos ruídos e vibrações, os números para monitoramento foram de 47,4% para 62,9%; processo para diminuir geração, de 26,3% para 40%; investimentos, de 26,3% para 37,1%; e procedimentos para diminuir impacto, de 15,8% para 45,7% das participantes.
Preocupação é recente para alguns segmentos Em quarto lugar, vem o setor de concessões rodoviárias, cuja porcentagem do total de respostas possíveis cresceu de 8,7%, em 2007, para 28,2%, em 2011. O segmento evoluiu seguidamente, ano a ano, mas iniciou em um patamar bem baixo, com a gestão ambiental ganhando impulso só após a privatização. Em relação aos resíduos sólidos, começou com nenhuma ação específica em 2007, para várias práticas adotadas. Em 2011, os porcentuais eram os seguintes, em: monitoramento (16,7%), reúso (33,3%), metas de reciclagem (16,7%), processo para diminuir geração (33,3), investimentos (20,8%) e garantia de plena conformidade legal (70,8%). Já o número de companhias que adotou coleta seletiva subiu de 75% para 91,7%; e processo para diminuir o impacto ambiental, de 25% para 66,7%. As que abraçaram meta de redução passaram de 22,2%, em 2008, para 33,3%, em 2011. Em relação a efluentes, o setor também começou praticamente com nenhuma ação em 2007. Chegou a 2011 com as seguintes porcentagens de empresas com: monitoramento (20,8%), processo para diminuir geração (12,5%) e unidades de tratamento (37,5%). Em garantia de plena conformidade legal, os respondentes cresceram de 25%, em 2007, para 62,5%, em www.analise.com
rESíduos
2011. Quanto aos ruídos e vibrações, em 2007 nenhuma companhia monitorava, investia ou tinha procedimentos para diminuir o impacto ambiental. Já em 2011, o número de participantes que adotou tais ações, foi, respectivamente, de 20,8%, 20,8% e 29,2%.
os ramos em 2011
O gráfico abaixo indica o valor do índice Análise Gestão Ambiental no tema resíduos, em 2011, para todos os 28 ramos analisados Mineração 75% Metalurgia e siderurgia 73%
Reúso de materiais avançou na construção O quinto colocado foi construção e engenharia, cuja porcentagem do total possível de respostas subiu de 41,8%, em 2007, para 54,8%, em 2011. O segmento apresentou evolução praticamente seguida em todos os anos, mas subiu significativamente entre 2010 e 2011 (início da PNRS), quando registrou aproveitamento de 46,1%. Com as porcentagens referindo-se ao número de respondentes, entre 2007 e 2011, o monitoramento cresceu de 66,7% para 87,7%; e o reúso, de 20% para 68,4% das participantes. Já o número de companhias que adotaram metas de redução passou de 26,9% (2008) para 50,9% em 2011. As empresas com metas de reciclagem subiram de 46,7% para 59,6% do total do ramo. Com processo para diminuir a geração, o número foi de 40% para 68,4% do total; em coleta de lixo, de 80% para 98,2%; e em investimentos, de 33,3% para 43,9%. As empresas com processo para diminuir impacto ambiental foram de 66,7% para 75,4% e as com garantia de conformidade legal, de 66,7% para 82,5%. Em efluentes, o destaque foi para as empresas que declaram fazer reúso: de 6,7% das participantes em 2007 para 40,4% do total e em meta de reciclagem, de nenhuma para 7%. As com processo para diminuir a geração saltaram de 33,3% para 57,9% do total. Quanto aos cinco ramos que menos evoluíram entre 2007 e 2011, são eles: educação, que deslizou de 65,6% do total de respostas possíveis para 31,8%; comércio atacadista, de 59% para 34%; bancos, de 66,2% para 45,6%; telecomunicações, de 40,9% para 33,1%; e serviços especializados, de 36,3% para 30,5%. Mas, diferentemente da maioria dos ramos acima citados, seus negócios não estão tão ligados à geração de descartes. 0 www.analise.com
Têxtil, couro e vestuário 72% Bebidas e fumo 72% Material de construção e decoração 71% Plásticos e borracha 70% Eletroeletrônica 70% Farmacêutica e cosméticos 70% Veículos e peças 70% Papel e celulose 66% Química e petroquímica 64% Mecânica 61% Alimentos 58% Petróleo e gás 58% Construção e engenharia 55% Serviços médicos 51% Água e saneamento 50% Açúcar e álcool 48% Transforte e logística 48% Bancos 46% Energia elétrica 45% Comércio varejista 45%
79%
dos bancos disseram realizar coleta seletiva de lixo e 25% têm metas de reciclagem
Tecnologia da informação 42% Comércio atacadista 34% Telecomunicações 33% Educação 32% Serviços especializados 31% Concessões rodoviárias 28% especial RIO+20
67
indústria AGROIndústria
ÁREAS VERDES
A
agroindústria brasileira é o setor que tem maior foco em questões referentes a áreas verdes, segundo o índice Análise Gestão Ambiental (veja o quadro abaixo), entre os setores da economia analisados nesta seção. O uso da água e a disposição de resíduos também são preponderantes
no índice (que vai de 0 a 100%), e foram os pontos que tiveram os maiores avanços de 2007 a 2011. A natureza das atividades do setor justifica a atenção ao uso da terra. A certificação ambiental e o uso de fontes de energia renováveis são as questões menos desenvolvidas pelas companhias agroindustriais entre os nove assuntos analisados.
English version page 200
A agroindústria em 2011
Desempenho do setor no índice Análise Gestão Ambiental 79%
Gestão Ambiental 61%
Água
Áreas Verdes
51%
Emissões
51%
44%
Eficiência Energética
Stakeholders
das empresas do setor sucroalcooleiro disseram manter programas para o plantio de árvores
41%
27%
Fontes Renováveis 22%
ISO 14000 84
97%
55%
Resíduos
Especial RIO+20
www.analise.com
paulo whitaker/reuters
Colheita de soja em Tangará da Serra, Mato Grosso do Sul
O avanço da agroindústria Os quatro temas em que o índice mais cresceu entre 2007 e 2011 90 90
85%
%
75 75
das companhias de bebidas e fumo afirmaram, em 2011, que contam com ações para promover reúso de água
Gestão ambiental
+6%
ÁGUA
+14
60 60
Resíduos
+9
STAKEHOLDERS
+8
45 45
30 30
2007
2008
2009
2010
2011
Os números em destaque indicam a variação, em pontos percentuais, de 2007 a 2011 www.analise.com
especial RIO+20
85
ricardo lisboa/ae
crédito
SOBE E DESCE
M
ais de 70% dos bancos brasileiros possuem políticas para medir riscos ambientais na hora de conceder crédito, mas poucos empregam regras formais ou são abrangentes na aplicação dessas normas em todo o seu processo. Esta é a conclusão de pesquisa realizada pela Análise Editorial, em 2011, com 24 instituições financeiras entre as maiores do
English version page 202
país. No gráfico de evolução ao lado, é possível consultar a progressão do índice Análise Gestão Ambiental para a concessão de crédito a partir de 2007 – o primeiro ano em que o levantamento foi conduzido. O índice (que vai de 0 a 100%) sofre uma queda a partir de 2010. No quadro “Os altos e baixos”, é possível identificar algumas das políticas mais comuns entre os bancos e as ações que eles menos adotam.
Painel de ações da BM&FBovespa, em São Paulo
crédito
ÍNDICE ANÁLISE: POLÍTICAS AMBIENTAis para CONCESSÃO DE CRÉDITO O índice tem como base mais de 50 dados apurados junto aos bancos. Atingir 100% significa que o banco implementa um grupo de políticas considerado abrangente por especialistas em gestão ambiental 59
A queda no índice, a partir de 2010, tem relação com a ampliação do número de bancos entrevistados. Os bancos com políticas sólidas participam da pesquisa desde a primeira edição.
%
56
53
50% 50
13
15
2007
número de bancos entrevistados
2008
Os altos...
14
21
24
2009
2010
2011
As práticas mais populares e as ações menos adotadas pelos bancos pesquisados em 2011
Tem produtos de crédito com foco ambiental
75%
Tem política de risco socioambiental para a concessão de crédito
71%
Estimula a melhoria das práticas socioambientais dos clientes
71%
Aplica política de risco no financiamento do agronegócio
67%
Monitora clientes para verificar política de risco socioambiental
62,5%
...E Baixos nas políticas de análise de risco de crédito Aplica os Princípios do Equador a projetos menores que US$ 10 mi
50%
Avalia oportunidades ambientais para desenvolver novos produtos
50%
Considera riscos ambientais para rating financeiro de clientes É signatário dos Princípios do Equador
33%
Tem profissionais especializados para análise de riscos na gestão de fundos www.analise.com
10
46%
25%
é o número médio de profissionais por banco que se dedicam à análise de gestão e risco sócioambiental na área de crédito especial RIO+20
87
tabela de resultados
OS NOVE ÍNDICES EM 2011
English version page 206
Gestão ambiental
Stakeholders
ISO 14001
Água
Eficiência energética
Fontes renováveis
Resíduos
Emissões
Áreas verdes
O desempenho comparado de 28 ramos nos nove assuntos medidos pelo Índice Análise Gestão Ambiental
Açúcar e Álcool
78%
40%
18%
55%
21%
27%
48%
53%
55%
Água e Saneamento
81%
45%
25%
79%
40%
17%
50%
30%
57%
Alimentos
81%
39%
26%
65%
54%
26%
58%
48%
48%
Banco
74%
33%
-
50%
44%
22%
46%
52%
29%
Bebidas e Fumo
91%
54%
41%
85%
60%
28%
72%
47%
68%
Comércio Atacadista
64%
22%
17%
48%
38%
4%
34%
12%
24%
Comércio Varejista
72%
38%
18%
58%
38%
18%
45%
40%
19%
Concessões Rodoviárias
81%
39%
14%
53%
38%
28%
18%
22%
50%
Construção e Engenharia
91%
39%
40%
53%
36%
11%
55%
34%
32%
Educação
76%
33%
3%
42%
35%
7%
32%
30%
51%
Eletroeletrônica
93%
47%
54%
83%
57%
16%
70%
55%
49%
Energia Elétrica
91%
63%
39%
55%
36%
34%
45%
51%
47%
Farmacêutica e Cosméticos
90%
48%
45%
78%
58%
27%
70%
54%
36%
Material de Construção e Decoração
88%
46%
43%
80%
51%
11%
71%
52%
61%
Mecânica
88%
34%
32%
83%
40%
13%
61%
32%
24%
Metalurgia e Siderurgia
90%
43%
49%
75%
43%
13%
73%
48%
46%
Mineração
94%
60%
64%
93%
80%
29%
69%
66%
75%
Papel e Celulose
88%
44%
32%
68%
38%
29%
66%
55%
50%
Petróleo e Gás
90%
54%
40%
63%
51%
36%
51%
55%
45%
Plásticos e Borracha
87%
40%
38%
81%
51%
3%
70%
37%
43%
Química e Petroquímica
88%
41%
37%
72%
48%
9%
64%
50%
48%
Serviços Especializados
75%
27%
15%
43%
35%
11%
31%
22%
19%
Serviços Médicos
74%
38%
15%
75%
41%
11%
51%
27%
16%
Tecnologia da Informação
76%
34%
40%
47%
28%
11%
42%
34%
20%
Telecomunicações
76%
31%
30%
56%
48%
30%
33%
35%
23%
Têxtil, Couro e Vestuário
82%
36%
24%
68%
56%
14%
72%
41%
35%
Transportes e Logística
83%
36%
24%
48%
41%
14%
41%
42%
22%
Veículos e Peças
89%
43%
45%
76%
55%
15%
70%
48%
42%
RAMO
90
Especial RIO+20
www.analise.com
tabela de resultados
Índice gestão ambiental
Índice Stakeholders
A evolução do desempenho dos 28 ramos no índice de práticas de gestão ambiental de 2007 a 2011
A evolução do desempenho dos 28 ramos no índice de relacionamento com stakeholders de 2007 a 2011
RAMo
2007 2008 2009 2010
2011
RAMo
2007 2008 2009 2010
2011
Açúcar e Álcool
72%
78%
77%
87%
78%
Açúcar e Álcool
30%
33%
37%
39%
40%
Água e Saneamento
80%
75%
78%
74%
80%
Água e Saneamento
45%
43%
47%
42%
45%
Alimentos
74%
75%
77%
79%
81%
Alimentos
31%
30%
32%
35%
39%
Banco
84%
90%
76%
66%
74%
Banco
36%
38%
44%
36%
33%
Bebidas e Fumo
83%
86%
86%
86%
91%
Bebidas e Fumo
50%
49%
51%
46%
54%
Comércio Atacadista
70%
75%
79%
72%
64%
Comércio Atacadista
20%
29%
31%
29%
22%
Comércio Varejista
62%
65%
69%
71%
72%
Comércio Varejista
36%
29%
36%
39%
38%
Concessões Rodoviárias
69%
69%
73%
71%
81%
Concessões Rodoviárias
28%
35%
34%
35%
39%
Construção e Engenharia
78%
83%
84%
90%
91%
Construção e Engenharia
35%
33%
37%
38%
39%
Educação
64%
67%
66%
78%
76%
Educação
48%
38%
34%
37%
33%
Eletroeletrônica
85%
86%
85%
91%
93%
Eletroeletrônica
35%
38%
39%
42%
47%
Energia Elétrica
86%
88%
87%
89%
91%
Energia Elétrica
54%
54%
55%
61%
63%
Farmacêutica e Cosméticos
85%
82%
85%
88%
90%
Farmacêutica e Cosméticos
43%
37%
41%
41%
48%
Material de Construção e Decoração
85%
84%
84%
86%
88%
Material de Construção e Decoração
37%
41%
42%
44%
46%
Mecânica
84%
86%
83%
88%
88%
Mecânica
39%
33%
34%
37%
34%
Metalurgia e Siderurgia
85%
87%
87%
92%
90%
Metalurgia e Siderurgia
42%
40%
44%
45%
43%
Mineração
88%
89%
91%
92%
94%
Mineração
51%
56%
57%
61%
60%
Papel e Celulose
79%
81%
78%
86%
88%
Papel e Celulose
38%
40%
41%
41%
44%
Petróleo e Gás
83%
84%
85%
86%
89%
Petróleo e Gás
41%
45%
43%
60%
54%
Plásticos e Borracha
87%
82%
82%
83%
87%
Plásticos e Borracha
43%
39%
40%
38%
40%
Química e Petroquímica
86%
86%
88%
87%
88%
Química e Petroquímica
40%
39%
39%
36%
41%
Serviços Especializados
74%
68%
70%
74%
75%
Serviços Especializados
31%
35%
30%
26%
27%
Serviços Médicos
76%
75%
76%
73%
74%
Serviços Médicos
26%
30%
32%
37%
38%
Tecnologia da Informação
76%
71%
69%
77%
76%
Tecnologia da Informação
30%
25%
23%
23%
34%
Telecomunicações
77%
75%
73%
80%
76%
Telecomunicações
38%
34%
31%
31%
31%
Têxtil, Couro e Vestuário
82%
77%
79%
83%
83%
Têxtil, Couro e Vestuário
47%
39%
37%
38%
36%
Transportes e Logística
73%
75%
79%
86%
83%
Transportes e Logística
28%
33%
35%
37%
36%
Veículos e Peças
83%
86%
82%
89%
89%
Veículos e Peças
34%
37%
37%
40%
43%
www.analise.com
especial RIO+20
91
TOTALIZAÇão ONGs
QUALIFICAÇÃO DA AMOSTRA
ONDE ATUAM
1 Tipo de organização
9 O âmbito da atuação TOTAL DE EMPRESAS
Em % do total
Oscips
ONGs
2011
Outras
66,2
28,7
67,4
2010
334 328
29
5,1
3,7
2011201O
Não
2011 12,2
2010
87,8
89,9
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
2011 334
2010 328
3 As que possuem, que tipo de conselho têm?
2011 2010
Em % do total
Conselho diretor
57,8 56,7
Conselho consultivo
25,4 24,7 56 46,6
Conselho fiscal Não possui conselho
11,1 12,2 25,5 21,3
Outros TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
334 328
4 Possuem auditoria externa?
2011 2010
Em % do total
6,6
7,6
Nacional
26,3 23,2
Regional
28,4 31,4
Estadual
25,4 24,4
Local
13,2 13,4 334 328
Em % do total
2011 2010
Sim
52,1
50
Não
47,9
50
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
Em % do total
334 328
6 Contam com voluntários? Em % do total
2011 2010
Sim
88,9 88,4
Não
11,1 11,6
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
2011 2010
Sim
81,7 78,4
Não
18,3 21,6
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
Sudeste
71 68,7
Nordeste
42,6 35,2
Sul
26,8 26,8
Centro-Oeste
35 29,1 32,2 25,7
Norte TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
183 179
334 328
11 Os biomas onde atuam Em % do total
Amazônia
8 As que possuem como é?
2011 2010
2011 2010 18 16,8
Caatinga
18,3 17,7
Mata Atlântica
72,5 69,8
Pampas
Em % do total
2011 2010
334 328
7 Possuem assessoria jurídica? Em % do total
10 As que declaram ter atuação regional
Pantanal Cerrado
6,6
6,1
11,1
9,5
38 34,8
Sim
35,3 34,5
Própria
50 53,3
Centro Urbano
60,2 59,5
Não
64,7 65,5
Externa
50 46,7
Zona Costeira
37,4 33,8
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
102
2011 2010
5 Possuem funcionários remunerados?
Sim
11,1
Internacional
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
COMO SE ORGANIZAM 2 Possuem conselho?
Em % do total
334 328
Especial RIO+20
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
273 257
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
www.analise.com
334 328
TOTALIZAÇão ONGs
O QUE FAZEM 12 Tipos de atividade que desenvolvem
13 Em quais áreas temáticas trabalham?
2011 2010
Em % do total
Educação ambiental
94,9 95,1
Projetos com comunidades locais
85 84,8
Projetos de conservação ambiental Campanhas de mobilização
86,2 83,5 74,9 74,4
Assessoria e consultorias técnicas
60,8 61,9
Turismo sustentável
39,5 36,6
Pesquisa e desenvolvimento
58,4 55,5 44,6 42,1
Reciclagem Viagens e expedições Oferecimento de prêmios Publicações científicas
25,4 25,9 9,3
29 25,9 49,4 48,8
Políticas públicas
55,7 52,7
Outras
25,7 22,9 334 328
61,7 57,9
Água doce
65,6 64,3
Oceanos
18,9 18,3
Fauna e flora (biodiversidade)
76,6 71,6
Poluição
44,9 44,8
Lixo (resíduos)
56,9 55,2
Produtos químicos
9,3 10,1
Agrotóxicos
16,5 14,3
Segurança alimentar
22,2 21,6
Alimentos transgênicos
5,4
5,5
Saneamento
39,2 34,5
Tecnologias alternativas
31,1 29,6
Energia
21,6 22,3
Espeleologia
4,5
Em % do total
2011 2010
Estimular a consciência crítica
92,2 90,9
Transformar suas ações em políticas públicas
82,9 82,9
Fortalecer outras organizações ambientais Solucionar problemas imediatos Barrar formas de desenvolvimento econômico não sustentáveis
62 59,8 54,8 57,3
53 53,4
33,8 31,1
Outras TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
334 328
4
Agricultura sustentável e/ou orgânica
41,9 39,3
Pesca
16,8 18,9
Clima
29 26,5
Unidades de conservação
67,7 63,1
Legislação ambiental e políticas públicas
65,3 62,5
Povos indígenas
13,2 12,5
Populações tradicionais e extrativistas
26,6 25,6
Meio ambiente urbano (habitação, transporte, arborização, etc.)
61,1 59,5
Outras
18,9 18,3
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
www.analise.com
2011 2010
Florestas
9,1
Publicações diversas
TOTAL DE ORGANIZAÇÕES
Em % do total
14 Qual o objetivo dos programas desenvolvidos?
334 328
especial RIO+20
103
PERFIL ongs Biomas e/ou ambientes em que a ONG declara atuar
o perfil de 334 das principais ONGs ambientais do brasil
Ano de fundação
Número de funcionários remunerados
Número de voluntários
Amazônia
Caatinga
Mata Atlântica
Pampas
Pantanal
Cerrado
Centro Urbano
Zona Costeira
Educação ambiental
Projetos com comunidades locais
Projetos de conservação ambiental
Campanhas de mobilização
Assessoria e consultoria técnica
Turismo sustentável
Pesquisa e desenvolvimento
Reciclagem
Viagens e expedições
Oferecimento de prêmios
Publicações científicas
Publicações diversas
Políticas públicas
LEGENDAS
Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente - SODERMA
1985
-
10
-
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
-
✔
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
Sociedade de Ecologia de Itanhaém - Secita
1989
-
2
-
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
-
-
-
-
✔
-
-
✔
-
-
-
-
Sociedade de Est. Con. - Comis. Contra Enchentes do R. Iguaçu
1992
-
60
-
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
✔
✔
-
-
✔
-
-
✔
-
-
✔
-
Sociedade de Est. Múltiplos, Ecológico e de Artes - Soc. Semear
2001 233
20
-
✔
✔
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
-
✔
✔
57
10
-
-
✔
-
-
-
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
-
✔
✔
✔ = Resposta escolhida - = Não desenvolve a ação
Nome da organização
Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental - SPVS 1984
T
U
V w
Atividades que desenvolve
Sociedade de Preservação do Meio Ambiente - SUPREMA
2000
-
15
-
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
-
✔
-
✔
-
✔
✔
Sociedade de Proteção e Bemestar Animal Abrigo dos Bichos
2001
-
70
-
-
-
-
-
-
✔
-
-
✔
-
✔
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Sociedade dos Passaricultores de Embu Guaçu e Região - SPEGRE
1999
1
1.000
-
-
-
-
-
-
✔
-
✔
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Sociedade Ecológica Amigos de Embu - SEAE
1975
17
5
-
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
✔
-
-
-
✔
✔
Sociedade Ecológica de Osasco - SEO
1987
-
8
-
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
-
-
-
-
-
Sociedade Ecológica de Santa Branca - SESBRA
1992
-
16
-
-
✔
-
-
-
✔
-
-
-
-
✔
-
-
-
✔
-
-
-
-
✔
Sociedade Mineira de Pesq. do Manejo 1990 e Rep. da Fauna Silvestre - SOMMA
-
-
-
✔
✔
-
-
✔
-
-
✔
✔
✔
-
✔
✔
-
✔
-
-
-
-
-
SOCIEDADE ONDA VERDE
1999
-
20
-
-
✔
-
-
-
-
✔
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
-
-
-
-
✔
Sociedade para Conservação das Aves do Brasil - Save Brasil
2004
9
6
-
-
✔
✔
-
✔
✔
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
Sociedade para Pesq. e Des. Ambiental, Histórico e Cult. do RN
1999
-
3
-
✔
✔
-
-
-
✔
✔
-
-
-
-
✔
-
✔
-
-
-
-
-
-
Sociedade Rioclarense de Defesa do Meio Ambiente - Soridema
1978
-
58
-
-
✔
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
✔
✔
-
-
-
-
-
-
-
-
Sociedade Sinhá Laurinha
2004
2
14
-
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
-
-
-
-
✔
✔
SOS Amazônia
1988
14
-
✔
-
-
-
-
-
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
✔
-
-
-
✔
✔
SOS Cuesta de Botucatu - Movimento de Defesa do Meio Ambiente
2001
6
12
-
-
✔
-
-
✔
✔
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
✔
-
-
-
✔
-
SOS Mata Atlântica
1986
56
250
-
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
✔
-
-
✔
✔
✔
✔
SOS PEACE
2006
-
25
-
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
SOS Praias Brasil
2001
-
5
-
-
-
-
-
-
-
✔
✔
-
✔
-
✔
-
-
✔
✔
-
-
-
-
SOS Rio Dourado
1996
-
47
-
-
-
-
-
-
✔
-
✔
✔
✔
✔
-
-
✔
-
-
-
-
-
-
TEREVIVA - Associação de Fomento Turístico e Des. Sustentável
1996
-
2
-
-
✔
-
-
-
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
-
-
-
-
-
The NaturE Conservancy - TNC
1994 115
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
Turma do Meio Ambiente - TMA
2004
-
2
-
-
✔
-
-
-
✔
-
✔
✔
-
-
✔
-
-
✔
-
-
-
-
-
Unavale
1999
-
12
-
-
✔
-
-
-
-
-
✔
✔
✔
✔
-
-
-
-
-
-
✔
-
✔
União Sanjoanense de Proteção aos Animais - USPA
1997
-
12
-
-
-
-
-
-
✔
-
✔
✔
-
✔
-
-
-
-
-
-
-
✔
✔
Unidade de Conservação de Plantas Medicinais do Cerrado
2000
1
28
-
-
-
-
-
✔
-
-
✔
-
✔
-
✔
-
✔
-
✔
-
✔
✔
-
Universidade Livre do Meio Ambiente
1992 126
-
-
-
✔
-
-
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
-
-
-
✔
-
Valenatureza
2003
-
30
-
-
✔
-
-
-
-
✔
✔
✔
✔
-
✔
-
-
✔
-
✔
-
-
-
Verde Vida Programa Oficina Educativa
1994
90
20
-
-
-
-
-
-
✔
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
-
✔
-
-
-
-
✔
WWF Brasil - Brasília
1996 120
-
✔
-
✔
-
✔
✔
✔
-
✔
✔
✔
✔
✔
-
✔
✔
✔
✔
✔
✔
✔
118
Especial RIO+20
www.analise.com
Environmental
management
BRAZIL Special Edition
Bilingual English and Portuguese Edition
BRAZIL is ON ITS WAY TO A GREEN ECONOMY • EXCLUSIVE The environmental management practice standards of the Brazilian productive sector according to more than 50,000 data points collected by Análise Editorial page 147
• ENVIRONMENTAL LAW A special report
with an in-depth analysis of Brazilian law and a comparison with the environmental laws of ten of the world’s largest economies page 131
Mamirauá Sustainable Development Reserve in Amazonas state
www.analise.com
28 840 1.200
sectors analyzed
companies interviewed
management indicators
AMBIENTAL
Edição especial
Rua Major Quedinho, 111, 16° andar - CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 - Fax (55 11) 3201-2310 www.analise.com • contato@analise.com