Bauhaus

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Teoria do Design

Bauhaus 1919 - 1933

Ana Catarina Marques Lourenço Número 9328 , 12º Ag



e c i d

Ín

o uçã ntes s d e io ro Int ced fíc d un ais 3 Ante es e O a v erkb ent t o r 4 A e N W dam 5 Art utsch s fun o 7 De cípio esã t o n i r c 0 i 1 Pr es síva -A óg a ta to edag s 13 Fas pres n ti Ar a Ex mal al o qua o - p 16 do râne r on çã c o 8 ti F i m 1 o ac iza nc age emp Fu cter s did tivo 20 m i t a a n o i el e co 22 Car pect so cr ap ade p As ces o o ed Pro duct ção d soci 24 Pro ifica as na 25 d i 6 2 Mo uênc ão s fl 7 u n 2 I cl afia 28 Con liogr 30 Bib 32



Introdução A Staatliches Bauhaus (casa estatal de construção, mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitectura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. Até aos dias de hoje, o termo Bauhaus tem uma aura de romance. Marca o início do Modernismo, desencadeando associações com formas básicas e cores primárias assim como mobiliário de aço tubular, arquitectura cúbica branca e funcionalismo. Ao longo dos anos, um misto de facto e interpretação tem obscurecido a história desta pequena escola alemã, uma das primeiras escolas de design do mundo. Passando por 3 fases artísticas diferentes, 3 directores e 3 sedes, a Bauhaus revolucionou o pensamento artístico da época e, apesar de fechar um ano após da tomada Nazi no poder Alemão, o seu ensino inovador havia já se espalhado pelas principais capitais de arte no mundo. A Bauhaus transformou-se num fenómeno e cada geração redescobre-a por si própria.

Página da esquerda: Edificio da Bauhaus em Dessau 3



Antecedentes A cultura industrial iniciou-se com a revolução industrial. O avanço técnico já iniciado no século XV, origina em Inglaterra, a partir do século XVIII uma série de inventos que incrementarão a produção em todos os domínios, acabando por modificar profundamente a própria estrutura social. O processo de industrialização espalhou-se por toda a Europa, em parte devido ao rápido desenvolvimento dos meios de comunicação (ferrovias e locomotivas a vapor). Os efeitos devastadores da industrialização no ambiente humano e o mau gosto dos produtos presente na Exposição de 1851 gerou agitação no mundo da arte o que faz com que mais tarde surjam três movimentos opositores: Artes e Ofícios, Arte nova e Deutscher Werkbund. Estes três movimentos questionaram o processo industrial e tornaram-se os antecedentes pessoais da Bauhaus.

Fábrica Inglêsa aquando da revolução industrial Página da esquerda: “Maquinaria” - fotografia alusiva à revolução industrial 4


Antecedentes:

Artes e Ofícios A pré-história da Bauhaus inicia-se com o Arts and Crafts, um movimento estético social oriundo de Londres na segunda metade do século XIX e fundado por John Ruskin e William Morris.

Papel de parede

Um elevado número de artistas e artesãos trabalharam no movimento Artes e Ofícios contribuindo para a renovação no equipamento e na decoração da arquitectura doméstica. Este movimento era caracterizado por dois pontos ou ideias fundamentais: em primeiro, propunha a divisão da arte em duas designações distintas, a arte pura e a arte aplicada, também conhecidas por belas-artes e artesanato. Nessa época, os objectos desenvolvidos industrialmente eram denominados como arte decorativa ou arte industrial. O segundo ponto do movimento artes e ofícios era então rejeitarem os objectos produzidos industrialmente, criticando a sua baixa qualidade. Defendia acima de tudo o artesanato criativo como alternativa à mecanização e produção em massa. Os ideais de William Morris, principal fundador do movimento, baseavam-se na criação de formas simples, honestas e funcionais, de harmonia com a natureza dos materiais e os processos de fabrico, pretendia estabelecer o bom gosto em todos os lares: “Uma arte feita pelo povo e para o povo, como meio de felicidade, quer para o artífice, quer para o utente”. Apesar de muitos dos ideais do movimento terem um carácter utópico para a sua época, o pouco tempo que o movimento durou influenciou bastante toda a arte que lhe seguiu, especialmente o movimento francês da Art Noveau.

Página da direita: “Red House”, 1859 5



Antecedentes:

Arte Nova O segundo movimento artístico na arte pós-revolução foi a Arte Nova. Este movimento surge na 2ª metade do século XIX e que se evidenciou pela ocasião da Exposição Universal de Paris de 1889. A Arte Nova caracteriza-se por um gosto de renovação na forma e decoração dos objectos de uso e também da arquitectura, tentando modernizar, criar algo de novo, autêntico e actual como reacção aos revivalismos que vinham a suceder-se. Artistas e arquitectos como Mackmundo, Emile Gallé, Hecton Guimand, Henry Von de Velde, Victor Honta, etc, foram os criadores deste movimento, cultivaram a simbolizarão da Natureza, influenciados pelas descobertas das ciências naturais – biologia, botânica e fisiologia. Usaram e combinaram materiais, cores surdas, decorando fachadas e interiores, produzindo artesanalmente mobiliário, objectos de uso e adorno, desenhando cartazes, ilustrações, etc, conseguindo transpor as barreiras entre as várias actividades artísticas podendo atingir dentro da arte nova as correntes curvilíneas, desenvolvidas na Cerâmica da Arte Nova França e Belgica e a Arte Nova Rectilinea. A primeira aplicava curvas e contra-curvas excêntricas e assimétricas e a segunda mais simples e funcional que viria a dominar o século XX. O segundo movimento artístico na arte pós-revolução foi a Arte Nova. Este movimento surge na 2ª metade do século XIX e que se evidenciou pela ocasião da Exposição Universal de Paris de 1889. A Arte Nova caracteriza-se por um gosto de renovação na forma e decoração dos objectos de uso e também da arquitectura, tentando modernizar, criar algo de novo, autêntico e actual como reacção aos revivalismos que vinham a suceder-se. Artistas e arquitectos como Mackmundo, Emile Gallé, Hecton Guimand, Henry Von de Velde, Victor Honta, etc, foram os criadores deste movimento, cul7


tivaram a simbolizarão da Natureza, influenciados pelas descobertas das ciências naturais – biologia, botânica e fisiologia. Usaram e combinaram materiais, cores surdas, decorando fachadas e interiores, produzindo artesanalmente mobiliário, objectos de uso e adorno, desenhando cartazes, ilustrações, etc, conseguindo transpor as barreiras entre as várias actividades artísticas podendo atingir dentro da arte nova as correntes curvilíneas, desenvolvidas na França e Belgica e a Arte Nova Rectilinea. A primeira aplicava curvas e contra-curvas excêntricas e assimétricas e a segunda mais simples e funcional que viria a dominar o século XX. A Arte Nova entra em declínio por volta de 1910, sendo substituído pela Art Deco.

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Antecedentes:

Deutcher Werkbund A Deutscher Werkbund, associação de trabalhadores Alemães, foi fundada em 1907 por um grupo de designers e arquitectos e foi fortemente influenciada pelas ideias reformistas de William Morris e do movimento Arts and Crafts. Apesar das suas raízes, o movimento de Muthesius aceitava e concordava com a dualidade entre arte pura e arte aplicada mas não aceitava, porém, o facto de ser contra o processo de industrialização, já que o seu principal objectivo seria juntar artistas e artesãos qualificados e a indústria para conseguir a melhor qualidade de produtos industrializados. A união de empresários, comerciantes, artistas, artesãos e publicitários (dos quais podemos destacar Henry Van de Velde e Walter Groupius) pretendia reunir a arte, a indústria e o comércio para que, em conjunto, criassem obras que superassem, tanto em aspecto como em qualidade, os produtos comercializados na época. Para poderem aplicar estes conceitos, os criadores dos produtos propuseramse a simplificar e geometrizar as formas de modo a harmonizar os produtos às necessidades da sociedade e das máquinas disponíveis. Nesta nova era industrial, o artista ficava encarregue de desenvolver a forma segundo os seus cânones, enquanto o operário ou artesão tinha a função de executar a obra já estabelecida.

Página da Esquerda: Caricatura de Karl Arnold, 1914 10



Página da Esquerda: Edificio da Bauhaus em Dessau

Estes três movimentos foram então o alicerce no qual se apoiou e fundou a escola da Bauhaus.


Principios Fundamentais Nos primeiros anos em Weimar, Gropius, artífice e modernista, lutou para harmonizar-se com um ideial que promovia o processo artesanal a um fim em si mesmo. Escreveu que “O objectivo último de toda a actividade criativa é a construção”. Com esta frase, Gropius destaca uma das finalidades da escola Bauhaus: reunir numa unidade todas as formas de criação artística, reunificar numa nova arquitectura todas as disciplinas da prática artística como a escultura, a pintura, as artes aplicadas e o artesanato. Ao tentar juntar todas as artes, a sua primeira preocupação era fazer com que a nova arquitectura fosse criada a pensar nos trabalhadores. O segundo ponto fundamental era abalar os fundamentos das hierarquias tradicionais levando a arte a todos e o seu terceiro ponto era fazer com que a arquitectura retomasse os seus princípios originais da arquitectura western. A Bauhaus preparou arquitectos, pintores e escultores de todas as classes de acordo com as suas capacidades para que tudo pudesse sair nas melhores condições para que fundassem uma comunidade de trabalho com artistas artesãos hábeis que trabalhariam com uma perfeita unidade de intenções e com concepções artísticas coincidentes na realização de obras arquitectónicas em toda a sua multiplicidade de aspectos. Na filosofia da Bauhaus podemos encontrar que a arte não tem método e é algo que não pode ser ensinado, ao contrário do que se passa com o artesanato que se pode aprender.

Página da direita: Edificio da Bauhaus 13




Caracterização das Fases Ao longo dos anos, historiadores e críticos têm procurado formas de dividir a história da Bauhaus por fases para explicarem as suas modificações internas e a sua evolução. Poderíamos dividir então a história da escola por três diferentes tipos: por estilos (expressionista, formal e funcional), por locais (Weimar, Dessau e Berlim) ou ainda por directores (Walter Gropius, Hannes Meyer e Mies Van der Rohe); optei por dividir as fases da história da escola por estilos:

Página da Esquerda: Cartaz “Bauhaus Typography” 16



Caracterização das Fases

Expressionista Em 1919, a Bauhaus abre as suas portas na cidade de Weimar sob a direcção de Walter Gropius e, nos primeiros anos, dá-se prioridade à expressão emocional e à individualidade dos estudantes e daí esta primeira etapa ter sido posteriormente chamada de «fase expressionista». Foi importante para libertar as forças criativas dos padrões estilísticos da produção artesanal do mobiliário, dos utensílios e da ornamentação da arquitectura. Mas, apesar da procura da libertação dos seus padrões, o artesanato e a produção artesanal acaba por ser vangloriada. Apesar de podemos considerar esta primeira fase da escola um pouco utópica e sonhadora, é importante percebermos as suas razões. Inserida na situação histórica do pós guerra e do irracionalismo político, o funcionalismo arquitectónico alemão, desenvolvido pela Bauhaus, nasce a partir do movimento expressionista, no qual se reflectiam simultaneamente a construção da catástrofe e da ânsia, não por uma vingança brutal, e sim por um renascimento Cadeira “Red and Blue”. Rietveld, ideal. Definiu-se então um estilo de produtos desprovidos de ornamentos, 1917 funcionais e económicos. A fase expressionista procurava o trabalho criativo, um desenvolvimento com naturalidade e estimulava a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do Homem. Gropius pretendia formar homens ligados aos fenómenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno e não tanto um profissional. Idealizava ainda a urbanização como um modelo ideal de comunidade de vida e de trabalho em conjunto. A arte devia integrar-se à arquitectura. Esta fase esteve em vigor desde 1919 até 1927, sendo substituída pela fase Formal. Página da Esquerda: Escritório do director em Weimar 18



Caracterização das Fases

Formal

Com a transferência da Bauhaus para Dessau, após a rescisão de contractos dos mestres, um novo plano de ensino surge reestruturando os currículos e criando uma nova fase na historia da escola: a fase formal, influenciada pelas formas, cor e movimento.

Nesta fase é possível observar um retorno ao básico é dado um ênfase às formas e cores. Com a entrada de Kandinsky e Klee no grupo de mestres da Bauhaus é incidido um maior peso na elementarização das formas e cores, que dominariam então as produções artísticas da época. As cores puras e de formas geométricas elementares e de sua interpenetração como o cubo, esfera, a pirâmide, o cilindro, o ponto, a linha, o circulo, o quadrado, o rectângulo e a elipse eram privilegiadas.

Marcel Breuer, 1923

As metodologias para o ensino das propriedades comunicativas das formas e das cores foram consideradas muito importantes para o design. A originalidade que surgiu no interior da Bauhaus, aplicada a todas as disciplinas não pode ser separada das teorias da criação e dos exercícios práticos propostos pelos mestres da cor e da forma. Sob a orientação de Meyer, a Bauhaus caminhava para um carácter mais industrial e cientifico na criação de objectos e a possibilidade de aceder mais facilmente ao povo. Os produtos construídos pelas oficinas apresentavam uma influência estética do elementarismo construtivista associado a uma intenção de produzir objectos convenientes. É durante o formalismo da Bauhaus que é organizada uma exposição e criada uma casa – “am Horn” – em que ambas tinham o objectivo de mostrar à sociedade o que se criava na escola. Apresar do valor e afirmação que a escola obteve na exposição, esta é mandada encerrar em Março de 1925 e ao mudar-se para Dessau marca o fim da fase formalista da Bauhaus.

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Caracterização das Fases

Funcional

A ultima fase da Bauhaus, de 1929 a 1933, decorreu entre as instalações da escola em Dessau e em Berlim sob a direcção de Mies van der Rohe. Esta fase caracteriza-se por uma espécie de retrocesso quando Rohe tenta salvar a escola do extremismo de Meyer e recuperar o conceito inicial da Bauhaus, ou seja, conciliar a forma, função e espiritualidade. Apesar da oposição por parte dos estudantes, Rohe viu-se obrigado a pôr ordem na escola e retirar poderes aos alunos proibindo actividades políticas, conferiu uma maior importância ao departamento de arquitectura tornando todos os outros dependentes deste e toda a actividade passou a ser orientada para a produção industrial.

kandinsky, 1930

A fase funcional foi a fase que esteve durante menos tempo em vigor na escola devido ao seu encerramento em 1933, acusada de actividades subversivas que levaram à aprovação da sua dissolução.

Página da Esquerda: Cadeiras, Breuer, 1925 22



Caracterização quanto a aspectos

Didáctico - Pedagógico A pedagogia da escola da Bauhaus estava principalmente assente no trabalho de grupo. A escola defendia a inclusão de todas as artes para poderem alcançar a perfeição. As com suas propostas pedagógicas avançadas chegaram mesmo a fazer uso de dança como elemento de apresentação das questões estéticas propostas pela escola. A experiência da oficina teatral dirigida por Oskar Schelemmer visava levar ao teatro e a dança a estética de formas simplificadas e cubistas que orientava o ideal da Bauhaus. A variedade de actividades presente na escola foi bastante importante para o ensino e progresso dos alunos funcionando como uma forma de cativar e ao mesmo tempo de ensinar. A introdução do artesanato na indústria, proposto pela escola, era também uma forma de recuperar os valores estéticos tradicionais. O paralelismo existente na escola entre o ensino teórico e o prático beneficiava em muito os aspectos didáctico – pedagógicos, já que, este sistema de ensino propunha a junção do saber teórico com o ideário da escola.

Plano dos cursos da Bauhaus 24


Caracterização quanto aos

Processo Criativos O processo criativo presente no ambiente da Bauhaus era influenciado por vários factores. O facto de alguns dos mestres que lá leccionavam serem artistas trazia grandes vantagens no processo criativo dos alunos já que estes adquiriam já algumas noções a nível da criação. A criatividade do aluno era também ampliada devido ao constante contacto deste com o mundo do trabalho. Um dos principais ideais de Gropius era o de transmitir mais responsabilidade para o aluno fazendo com que este estivesse em contacto com os materiais durante todo o processo de criação do design. Esta atitude fez com que diminuísse a distância entre a arte, o design e a sociedade em geral. Todos estes contactos inovadores entre o aluno e o mundo do trabalho foram a chave para que a escola recebesse inúmeras encomendas de produtos para fabrico e produção industrial por parte de varias empresas.

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Caracterização quanto ao

Producto O processo criativo presente no ambiente da Bauhaus era influenciado por vários factores. O facto de alguns dos mestres que lá leccionavam serem artistas trazia grandes vantagens no processo criativo dos alunos já que estes adquiriam já algumas noções a nível da criação. A criatividade do aluno era também ampliada devido ao constante contacto deste com o mundo do trabalho. Um dos principais ideais de Gropius era o de transmitir mais responsabilidade para o aluno fazendo com que este estivesse em contacto com os materiais durante todo o processo de criação do design. Esta atitude fez com que diminuísse a distância entre a arte, o design e a sociedade em geral. Todos estes contactos inovadores entre o aluno e o mundo do trabalho foram a chave para que a escola recebesse inúmeras encomendas de produtos para fabrico e produção industrial por parte de varias empresas.

“ Berço”, Peter Keler 26


Modificação da imagem e papel do

Artista e Artesão “Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a arrogância exclusivista que criava um muro de orgulho entre artesãos e artistas.”, Esta foi uma frase dita por Walter Gropius quando inaugura a Bauhaus em 1919. O principal contributo da Bauhaus para a modificação do papel e imagem do artista – artesão foi o facto de os tentar unir destruindo os “preconceitos” que existiam entre eles. Esta modificação estava intimamente ligada ao plano de estudos em vigor na escola. A formação partida em três partes: desenho, teoria académica e ofícios. A ideia de Gropius incluir na estrutura de formação a técnica e forma gerou polémica entre os mestres, mas acabou por ser aceite. Daqui observase uma evolução no ensino e uma inovação: cada aprendiz era ensinado por dois mestres, um mestre artista e um mestre artesão. Este método de ensino veio então tornar o ensino num misto, procurando assim, através do contacto com os dois mundos, juntar os dois conceitos – artista e artesão – fazendo desabar, então, o “muro” que existia entre eles.

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Influências na Sociedade

Contemporânea A escola Bauhaus, apesar de ter sido encerrada em 1933, não se ficou por aí. Todos os ideais de ensino e de design aqui desenvolvidos foram salvos e classificados como o “Estilo Bauhaus”. O encerramento da escola apenas contribuiu para a difusão do seu estilo à escala mundial. A Bauhaus é a base do design moderno. A noção de ensino de design artístico que aqui surgiu é o ponto base que moldou a sociedade contemporânea. Mas as influências não se ficam apenas pelo design de produtos, a Arquitectura da Bauhaus foi responsável pelas bases da arquitectura contemporânea e pela elevada preocupação com o funcionalismo das habitações e locais das cidades. Apenas nos finais do século XX é que a Bauhaus foi louvada e elevada ao nível clássico da vanguarda, foi considerada a base fundamental do design e arquitectura modernos. Muitas das organização das escolas específicas basearam-se nos modelos da Bauhaus no qual destacamos o curso preliminar e a concepção pedagógica na fusão entre a componente prática do atelier e da componente teórica das aulas.

Imagem no fundo: “Bauhaus again again”, 2006 28



Conclusão Após a elaboração deste trabalho descobri que a Bauhaus foi muito mais do que uma escola. Apesar da sua existência de apenas 14 anos, foi um marco bastante importante na construção do que chamamos arte e design contemporâneo já que ainda vivemos profundamente marcados pela sua existência. Actualmente tem uma reputação inigualável principalmente a nível da corrente de design na qual foi pioneira. Os seus conceitos de reformas pedagógicas estão reflectidos nos currículos das escolas demonstrando a sua real importância.

Página da Esquerda: “Queda da Bauhaus” 30



Bibliografia DROSTE, Magdalena; “Bauhaus - Reforma e Vanguarda”, Taschen, 2006 BARROS, Lilian Ried Miller; “A cor no processo criativo - Um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe”; edição on-line ARTHUR, Judith Carmel e MACHADO, Luciano; “Bauhaus”; edição online “Desígnio parte 1”, Alexandra LAGE, DIAS, Suzana; Porto Editora “Historia da Cultura e das Artes 3ª parte”, PINTO, Ana Lídia, MEIRELES, Fernanda, CAMBOTA, Manuela Cernadas; Porto Editora. Bauhaus, fotografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus http://www.arq.ufmg.br/lagear/cabral/Papers/performance.html http://tipografos.net/bauhaus/missao-bauhaus.html http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2005/03/12/001.htm

http://tracosdoarquiteto.blogspot.com/2007/05/bauhaus-walter-gropius.html http://www.esec-tomas-cabreira.rcts.pt/alunos/20012002/tiago/trabalhoescolar.htm

Fotocopias e apontamentos fornecidos nas aulas.

Pagina da Esquerda: Bauhaus em Berlin, Fotografia 32



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