Portfolio

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: portf贸lio





: portf贸lio Ana Louren莽o . 1909

ESAD 2010 Fundamentos do Design



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Portfólio: a história de um ano. “Construção de um objecto gráfico, livro ou suporte mulimédia. Coordenação da estrutura gráfica, fontes utilizadas, qualidade fotográfica, redacção de textos etc... Conte em 100 páginas como foi o ano - o que foi mais e menos relevante na descoberta dos fundamentos do design.”

No âmbito da última proposta de Fundamentos do Design, fomos convidados a contar a história do nosso ano através da elaboração de um portfólio. Assim, reuni todos os trabalhos elaborados ao longo do ano, comentários que tinha sobre eles, esboços e fotos tiradas durante a sua elaboração, assim como fotos de trabalhos de outros colegas da turma e combinei-os num livro. Dando especial atenção à organização das páginas, procurei dar-lhes um carácter limpo. 4




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Trazer 1 objecto 1 material e 1 imagem para se apresentar. 8


A apresentação, apesar de ponto fundamental para iniciar cada ciclo, é um enorme bicho de sete cabeças que acaba por nos deixar um tanto nervosos. A vontade de causar boa impressão e de ao mesmo tempo continuarmos a deter a nossa própria autenticidade pode levar a que uma simples escolha de um objecto, um material e uma imagem, seja algo bastante complexo. Foi bem mais difícil escolher do que justificar as minhas escolhas. Assim, após poucos segundos tinha decidido o objecto: o meu telemóvel. É fácil argumentar a sua escolha com base na minha personalidade, o facto de me esquecer constantemente das coisas leva a que a agenda do telemóvel seja um trunfo sempre à mão; o facto de estar sempre em contacto com as outras pessoas é igualmente importante e por ultimo, a grande paixão pelas tecnologias. 9

No que diz respeito à foto, datada de Janeiro de 2009, sempre me fascinou. O facto de estar meia cortada deixa só por si algo em aberto para o público a quem me estava a apresentar. A minha mota em segundo plano, uma das minhas grandes paixões não podia cá faltar. Por fim, o material que escolhi foi o papel. No caderno tinha apontado quatro palavras que justificavam esta escolha, continuo a concordar com estas para justificar a escolha: “vazio”, “novo”, “inicio” e “ponto de partida”. Como opinião em relação ao trabalho, penso que foi um óptimo exercício para criar os primeiros laços entre a turma.

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Na história, no dia-a-dia, na relação com os objectos,… Nas partes – cabeça, mão, pé, dedos,… 1. Quanto mede o meu palmo? 8 cm 2. Um metro meu são quantos 13

palmos? 12,5 palmos. 3. O que no meu corpo mede um metro? Distancia do ombro à ponta dos dedos da mão contrária. 4. Qual é a minha largura de ombros? 40 cm

5. Quanto mede o meu passo? 82 cm 6. Uma altura confortavel para estar sentado é x palmos - x cm? 4,5 palmos, 36 cm. 7. Uma altura confortável para estar ao balcao? 60 cm


“ O Corpo Humano é de tal forma projectado pela natureza que o rosto, do queixo até ao topo da testa e a mais baixa raiz dos cabelos, é a décima parte de toda a sua altura; a mesma medida tem a mão aberta do pulso até a ponta do dedo médio; a ponta do queixo à coroa da cabeça equivale a um oitavo de sua altura; e incluindo o pescoço e ombro, do topo até a mais baixa raiz de cabelo é um sexto; do meio do peito ao topo da cabeça é um quarto. Se tomarmos a altura da face, a distancia da parte inferior do queixo até a parte inferior das narinas é um terço dela; o nariz, a partir da parte inferior das narinas, até uma linha entre sombracelhas é igual; daí até a mais baixa raiz dos cabelos é tambem um terço, compreendendo a testa. O comprimento do pé é um sexto da altura do corpo;

o do antebraço, um quarto. Os outros membros também têm suas próprias proporções simétricas e foi o uso dessas proporções que os famosos pintores e ecultores da antiguidade atingiram renome mundial. ...Uma vez mais, o ponto central no corpo humano é naturalmente o umbigo. Se o homem for colocado deitado de costas, com as mãos e pés estendidos e um compasso for centrado em seu umbigo, os dedos das mãos e dos pés irão tocar toda a circunferencia descrita a partir daquele ponto. E da mesma forma que o corpo humano permite um traço circular, uma figura quadrada tam-

bém pode surgir dele. Pois , se medirmos a distancia das solas dos pés até o topo da cabeça, e então aplicarmos a medida aos braços estendidos e abertos a amplitude encontrada será a mesma que a altura, como no caso de superfícies planas que são perfeitamente quadradas.” “Eles (os gregos) extraíam dos membros do corpo humano as dimensões proporcionais, que pareciam necessárias em todas as operações construtivas, o dedo ou polegada. o palmo, o pé, o cúbito.”

Vitrúvio I a.c Roma _ 14


Sala durante o levantamento das medidas e desenho do corpo no papel de cenรกrio.

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Andar a medir a sala em palmos ou pés foi algo bastante diferente. Reconheço a importância do exercício pois nunca me havia lembrado de medir áreas tão grandes através de pés (no meu caso foi a medida escolhida – all star, tamanho 6). Foi igualmente interessante comparar os limites dos diferentes corpos delimitados no papel de cenário. No desenho original, 1,7 cm (ou seja a largura de um dedo, corresponde a 8 pés.

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"Colour helps to express light, not the physical phenomenon, but the only light that really exists. that in the artist's brain." Henri Matisse

experimentação dos contrastes de côr das proporções aúreas trabalho em suporte construido também de forma harmónica e segundo uma estrutura montada também a partir da proporção áurea .

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Resultado final do contraste entre azul (frio) e salm達o (quente).

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no contraste quente-frio falamos da sensação de temperatura. A cor azul acalma a circulação e a cor vermelha activa-a; O que faz com que uma transmita a sensação de frio e a outra de calor; ou que uma acalme ou excite os ânimos de uma pessoa. O óxido de manganés é a cor mais fria e o vermelho de Saturno a cor mais quente. A propriedade quente ou fria de uma cor está igualmente relacionada com a cor que com esta contrasta, já que, o verde pode ser quente quando em contacto com cores frias ou fria quando em contacto com cores quentes.

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12meses52semanas365dias8760horas _ escolher um mês e identificar, seleccionar e agrupar os conceitos e ideias. _ organizar e justificar 4 painéis temáticos referentes ao mês es-

colhido, de um modo experimental e especulativo…. 1.painel música; 2.painel cheiro/ sabor; 3.painel cor; 4.painel objectos: cada painel tem por dimensão 15x15cm; cada painel deve ter a informação organizada segundo uma retícula regular que tenha em conta a composição e a hierarquia de todos os elementos/imagens; cada painel deve vir acompanhado por uma memória justificativa das opções.

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Começando num brainstorming à cerca do mês, Julho, surgiram as palavras: praia, fruta, férias, areia, festas, noite, amarelo, laranja, vermelho, melancia, melão, meloa, flores, havaianas, bikinis, brilhos, sete, churrascos, manga, leão e sol. Partindo destes conceitos resolvi a disposição dos quadrados.

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Apesar de recortar quatrocentos quadrados de um por um centĂ­metro ter parecido ao inicio algo absurdo e primĂĄrio, veio-se a revelar um trabalho bem complexo quando tentei conjugar esses quadrados num quadrado maior e que, por si sĂł, conseguisse revelar ou apelar a um sentido.

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Textura _ dando um olhar so-

bre o um dia do mês de Julho, podemos sentir todas as texturas dos vestidos, bikinis, da areia e outras. Assim, recorri a recortes de texturas ricas em cores, pro29

curando tons de azul e laranja, criando um padrão que compilado num só nos apelasse ao tacto. A principal dificuldade foi a combinação dos recortes. Através

de tentativas acabei por criar uma espécie de xadrez com os tons quentes e distribuir os azuis de uma forma um pouco mais aleatória. _


Sabor _

Sendo Julho um mês quente de verão, seleccionei alimentos vegetais para apelar ao sentido do sabor.

faces, peras e maçãs, jogando o verde com o vermelho que invade grande parte das refeições deste mês.

um degrade que contrastava as cores, de uma forma equilibrada, tendo cada tom igual numero de quadrados.

Utilizei desde tomates a al-

A composição foi pensada como

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Cor _

No painel da cor procurei transmitir a força dos dias no mês de Julho. Fazendo um contraste entre cores frias e quentes, procuro confrontar os tons azuis do mar e os laranjas, vermelhos 31

e amarelos que recordam, tanto o sol, como todas as cores presentes na praia. Para compor a imagem final procurei contrastar, de certa forma,

aleatoriamente as cores.

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Som _

Verão é sinonimo de férias e estas estão ricas em sons. Através do recorte de pessoas nas mais variadas situações (praia, concertos, multidões, etc.) procurei transmitir o som das con-

versas, risos, brincadeiras características de um bom dia de Julho passado em boa companhia. A ordem segundo foram organizados os recortes foi aleatória,

procurando apenas não concentrar as bocas nos mesmos locais criando, assim, alguma confusão nos outros recortes. _

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Um olhar geral para outros trabalhos da turma.

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Campos e estruturas p.4.1 CAMPO com variação na grelha (regular) OBJECTO/FORMA constante DESENHO MODULAR DE 1 CAMPO (20cmX20cm) _ Construção de campos modulares: variação na grelha regular _ Definição de um módulo: características dos objectos/formas e campos _ Distribuição do módulo no campo: Interacções simples entre objectos/formas e campos e modelos simples de repetição 37

p.4.2 CAMPO com grelha regular (com intervalos) OBJECTO/FORMA com transformação progressiva DESENHO MODULAR 10 CAMPOS X 10 OBJECTOS/FORMAS EM MUTAÇÃO (1, 03m) _ Definição e progressão do módulo: interacções espaciais entre e campos objectos/formas (gradiente, contraste, concentração) _ Distribuição do módulo nos campos: variações da composição entre objectos/formas e campos (transformações progressivas, alinhamentos, posição, escala, forma).


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O primeiro exercicio sobre campos e estruturas baseou-se o desenho do espaço que envolvia os clips e o espaço que estes ocupavam quando sobrepostos. São desenhos à mão livre através de lápis de grafite e tinham como objectivo perceber o espaço.

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Quadrado com 20x20 cm, grelha fixa de 2x2 cm e com um modulo de 1x1 cm repetido ao longo do quadrado maior. 40


Quadrado com 20x20 cm, grelha fixa de 2x2 cm em que o m贸dulo (ret芒ngulo) varia a sua espessura ao longo da grelha. 41


Um olhar geral para outros trabalhos da turma.

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Composição MODULAR DE 1 CAMPO ( cmX cm /50 páginas) explorar a figura e o fundo.

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1. flip book é uma coleção de imagens organizadas sequencialmente, em geral no formato de um livro para ser folheado dando impressão de movimento, criando uma sequência animada sem a ajuda de uma máquina.


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Para nos ajudar a perceber um pouco melhor todo o campo da composição e integração das figuras no seu fundo, assistimos à curta metragem produzida por Jorge Neves.

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Para a elaboração do meu flipbook pensei contar inicialmente uma história. Uma espécie de mutação da qual iria resultar uma figura simpática. Apesar de pensar que toda a forma 49

funcionou bem, deveria ter-me abstraído mais do aspecto figurativo e concentrar-me apenas na relação que as formas geométricas teriam com o espaço e o fundo.

Um outro problema foram os acabamentos pois foi um pouco difícil controlar, em certos casos, a utilização da tinta-da-china. _


A elaboração do flipbook passou desde a escolha de um tema até à concretização do livrinho. Apesar dos acabamentos não terem ficado o mais perfeitos, penso que no fim até funcionou bastante bem.

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Resultado final do flipbook.

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Um olhar geral para outros trabalhos da turma.

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Campos Bidimensional e Tridimensional construção a partir de PLANOS SERIADOS

(...) Para compreender um objecto tridimensional temos que vêlo a partir de ângulos e distâncias diferentes e reunir na nossa mente todas as informações para compreender a sua realidade tridimensional. Através da mente humana o mundo tridimensional ganha o seu significado.

Planos seriados

Para construir uma forma volumétrica, podemos pensar nas suas secções transversais, e montar cada plano obtido com intervalos regulares. Cada plano seriado pode ser considerado como um

módulo, que poderá ser utilizado em repetição o em gradação. Na repetição a figura e a dimensão dos módulos fica igual. Na gradação há uma variação gradual do módulo e pode ser obtida por três vias: a)Gradação de dimensão e repetição de figura; b) Gradação de figura e repetição de dimensão; c) Gradação de figura e de dimensão. Variação de posição e direcção. A direcção dos planos pode ser variada de três maneiras: a) Rotação sobre um eixo vertical; b) Rotação sobre um eixo horizontal; c) Rotação sobre o mesmo plano.

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Planos seriados

são um conjunto de planos que determinam um volume, ou seja, são a representação do movimento do plano que forma o volume. 57

Para construir um volume podemos pensar em termos das suas secções transversais, como por exemplo, os cortes em intervalos regulares.

Cada plano seriado é o correspondente a um módulo que pode ser utilizado através de repetição ou gradação. _


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Resultados finais dos dois volumes.

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Um olhar geral para outros trabalhos da turma.

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Após a criação de um volume através de planos seriados adquiri vários conhecimentos no que diz respeito aos objectos tridimensionais. Ao imaginarmos um objecto, geralmente pensamos nele apenas como um volume compacto e nunca na sua origem. Um volume parte sempre de um conjunto de planos e a sua forma é alterada conforme a forma do plano. Este pode ser tratado como um módulo pois será repetido ao longo dos planos. No caso dos meus volumes, optei por pensar primeiro num paralelepípedo; ao subdividi-lo em planos é fácil de concluir que este se torna um quadrado.

repetição da figura; gradação de figura e repetição do tamanho; ou gradação da figura e do seu tamanho. Para testar algumas destas vias, no meu primeiro módulo repeti o módulo com a mesma figura e mesma dimensão em todos os planos, o que resultou num paralelepípedo regular. Já no segundo, optei por manter a figura mas alterar a sua posição em relação aos restantes. Ao torcer o quadrado, resultou num volume dinâmico com algum movimento. Assim, pude concluir que o mesmo módulo poderá dar origem a diferentes tipos de volumes consoante o modo como o repetimos.

A realização da maqueta ajudou, em grande parte, na compreensão do conceito. O módulo pode ser repetido ao longo do volume através de três vias: gradação de tamanho e

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Experimentação Conceptual - MIMETISMO Escolha Tipografica - uma palavra /interpretação - uma fonte- um enquadramento Experimentação em fotocopia suporte quadrado 20x20 Contrastes tipograficos: pequeno BOLD grande LIGHT. Ampliação de letras até ao limite do seu reconhecimento. Palavra | Frase: construção em 4 paineis da entoação. A posição no espaço, a repetição, o ritmo, enunciar significados. Experimentação Conceptual – MIMETISMO Descobrir propriedades simbólicas de relação e expressão dos 65

objectos e dos materiais. Pesquisar em 5 objectos existentes a evidencia da forma do material do contexto ou do uso, o reforço da ideia ponto de partida e dos conceitos a ela associados. Re [criar] um objecto que contextualize e comunique a mensagem trabalhada na frase composta. Deve ser apresentado um objecto / protótipo a sua embalagem com instrução de uso / montagem, target, eventuais riscos, etc … Apresentação multimédia (musica/imagem) - definição de mimetismo e sinónimos - sequencia de palavras trabalhadas – Solução palavra – Solução frase - pesquisa de objectos deve conter nome, autor e ano - o objecto deve ser fotografado isoladamente Imagens de contextualização de uso e outros elementos gráficos associados.


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O mimetismo é uma espécie de ilusão criada por determinados animais para lhes possibilitar a fuga a ataques. Assim, o animal em questão, apresenta características semelhantes a outro que faz com que se confundam. Esta ilusão dáse principalmente no padrão da cor, textura, forma do corpo, comportamento ou características químicas. O mimetismo é frequentemente confundido com a camuflagem. Embora ambos tenham como objectivo a defesa do animal, a camufl agem ocorre quando o animal possui um aspecto semelhante ao meio que o envolve e que torna difícil a sua detecção, enquanto no mimetismo, o animal adquire características de outro o que o torna igualmente difícil de detectar. É possível dividir o mimetismo em três tipos, já que este pode ser adaptado a várias situações. O 67

primeiro, denominado de mimetismo Batesiano, o animal desprovido de armas de defesa é apenas semelhante a outro cujos espinhos ou outras defesas o que lhe proporciona protecção contra os predadores. O mimetismo quando uma coloração de dor receia e espécies.

Muellerian, surge espécie imita a outra cujo predaconfunde as duas

Por fim, o Auto-mimetismo, em que o animal imita outra parte do seu corpo para iludir o predador ou, no caso do predador, parecer inofensivo. Pode-se então concluir que o Mimetismo não é senão uma forma de ilusão.

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Começando num brainstorming em torno do significado da palavra Mimetismo, surgiram as palavras: disfarçar, omitir, proteger camaleão, defesa, ilusão, desaparecer, adequação, imperceptível, cópia, matreiro, duplo, igualdade, persuadir, representação, mimese, mutação, confundir, metamorfose, mimalho, mascara, desaparecer, coloração, mistério, semelhante, fenómeno, sósia, padrão, convencer, encarnar, variar, camuflar, mudar “consoante o meio”, irreconhecer, artificio, efeito, despercebido, enganar, mascarar, fantasia, imaginação, aldrabar, surpresa, misturar, invisível, traiçoeiro, aparência, arte, converter, induzir, incorporar. 68


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Ao pensar em imaginar surgiram-me algumas ideias sobre produtos de várias áreas pelo que tentei encontrar pontos comuns nestes. A palavra imaginar remete para algo mais infantil e os pontos comuns nos objectos revelam exactamente isso. Tendo o mundo infantil como referencia, lembrei-me de um episodio de uma serie de desenhos animados infantis na qual o protagonista entrava para uma caixa vazia e conseguia imaginar várias situações entre brincadeiras. Associada a esta ideia está outra em que, para uma criança, uma caixa pode ser um mundo de brincadeiras. Assim, como objecto, decidi adaptar o formato comum de uma caixa de papel para um espaço de brincadeiras. A caixa teria a mesma forma cúbica mas seria uma espécie de puzzle desmontável que permitia a sua fácil arrumação e transporte. Através de alguns estudos e projectos, conclui que a caixa seria constituída por 4 peças de cartão, cada uma com 80cm de

largura por 120cm de altura e cada uma teria uma dobra, que fazia com que a caixa montada ficasse com 80x80. Para encaixar as peças, conclui que utilizar fita autocolante com 1cm aplicada em algumas das arestas da peça concebia resistência e ao mesmo tempo facilitavam a montagem. Mantendo o princípio de imaginar, apliquei ainda o desenho de janelas e portas estilizadas diferenciadas pela cor vermelha e preta e que seriam utilizadas como referências para a personalização da caixa através do corte de estas mesmas formas. Para facilitar a compactação, elaborei uma fita de cartão (o mesmo material da caixa) com um auto-colante para que, quando as peças fossem dobradas, pudesse ser facilmente arrumado e transportado.

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A primeira parte do trabalho consistia na elaboração de quatro painéis explorando a relação da tipografia, tamanho, estilo e posição da letra com o espaço e o seu conceito. 71

Dos quatro painéis elaborados, optei por escolher a fonte “walk on the walk”. Apesar do vasto conceito de imaginação, segui o caminho do desenho, assim a fonte pareceu-me adequar-se

ao conceito pelas suas semelhanças bastante evidentes com o mundo do desenho e formas infantis. _


“Além do imaginar” foi a frase escolhida. O senso comum costuma afirmar não haver limites para a imaginação, mas geralmente tendemos a encontrar um limite em tudo e tentar ir além deste. Assim, a frase

tem como objectivo ir mais além. No que diz respeito ao painel, acabei por optar por uma letra mais caligráfica, pois, a meu ver criava uma ligação mais harmoniosa com a palavra do exercício anterior. Optei por alinhar

as duas primeiras palavras à esquerda para dar um ar mais leve ao imaginar. Procurei igualmente deixar grande parte da página sem preenchimento para existir espaço para dar lugar à imaginação. 72


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Na apresentação multimédia, optei por escolher a música “Godet” de Gui Boratto, primeiro por ser apenas um instrumental. O facto de não existir letra leva-nos a imaginar uma história e a formar os nossos próprios cenários. Assim, tendo isto por base, pensei que esta se adaptava ao conceito de imaginar. Esta poderá bem ser a banda sonora de uma das brincadeiras, apesar de melancólica, a meu ver, a música encaixa-se já que está ligada a necessidade de brincarmos sozinhos, apenas acompanhados pela imaginação.

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Visita a Serralves. AtĂŠ ao final de Novembro (2009) deverĂĄ visitar o museu de Serralves, fotografar uma obra, pesquisar o seu autor e elaborar um slide em Power Point. 75


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Festival de Fort Boyard, Colecção de 6 cartazes de publicidade ao festival, que nunca teve lugar, concebida por Serge Beguier, Gianni Bertini e Henri Chopin. 78



Festival de Fort Boyard Projecto colectivo por Henri Chopin Serigrafia s/ Papel 68x52 cm 80



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Levantamento técnico e representação técnica rigorsa de um engenho. Pesquisa de engenho identicos. Desenho à mão levantada de reconhecimento do mecanismo. Levantamento e registo de todas as medidas. Representação à escala 2:1 das 6 vistas segundo o método europeu. Representação à escala 2:1 dos cortes longitudinal e transversal. Utilização de todas as normas de representação tipo de linha, cotagem, rótulo, etc. Análise de requisitos para o desenho de uma nova “pele” Desenho técnico rigoroso da nova “pele”. Construção do modelo. Apresentação em dossier A4 de todos os elementos proposta. 85


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A caixa de múscia é um instrumento musical mecânico criado no século XIX. Desde músicas mais simples, às mais complexas, a caixa de música era verdadeiramente apreciada por Franceses, já que, adaptavam as músicas mais notáveis a este instumento. “Il pleut, il pleut bergère” é uma musica francesa, escrita por Fabre d’Eglantine (1750-1794) e foi retirada da opereta “Laure et Pétrarque” 1780.

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Desenho rigoroso da caixa de música. Representação à escala 2:1.

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A elaboração da caixa de música foi um processo complexo. Além da escolha do material, foi tambem necessário adquar a forma projectada de forma a que funcionasse como uma pele perfeita.

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Azulejo

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Levantamento através de fotografia e recolha de dimensões Análise do padrão, fachada e composição de azulejo Detecção das estruturas, soma e subtracçao das formas, eixos de simetria (etc). _ Pesquisa e análise: fotografia e desenho fachada e unidadades compositivas _ Detecção das estruturas basilar, modular (procura do elemento mínimo de desenho), e projectiva. _ construção de dossier sintese da análise - 20x20 planeamento e execução de grelhas de paginação. proposta


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os M R. d

res ado erc

O edifício que contém o azulejo em análise situa-se no cruzamento da Rua do Clube Fluvial Portuense com a rua dos Mercadores, com os números 5, 7, 9 e 11 – Porto.

R. do Clube Fluvia l Port uense (Túne l)

M R. dos ores ercad

Ribeira Cais da f. eiro in Tabul

Ribeira Cais da

s D. Lui Ponte

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“ O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da

cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante “ . _ 102


Vecturização do Azulejo. Este trabalho inclui também estruturas projectivas e estruturas portantes do módulo (Azulejo). 103


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Vecturização do Padrão formado pelo azulejo na fachada do prédio. O trabalho analisa igualmete o padrão, as suas rotações e simetrias, e a estrutura projectiva. 105





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- A partir do conjunto de formas/ poligonos existentes em 2 Tangrams, construirir na area interiror de 1 quadrado equivalente a 4 tangrams uma conjugação de formas, alinhamentos, simetrias que explorando os espaços cheios e vazios sugira uma nova proposta de composição para azulejo. - Definição das estruturas, soma e subtracçao das formas, eixos de simetria (etc). -Construção do padrão através da rotação simetrias ou alternancias. - Proposta de cores baseada na escolha de contraste: completares, saturação...


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O Tangram é um jogo, tipo quebra-cabeças, Oriental constituído por 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo). O objectivo deste jogo é conseguir fazer uma determinada forma, usando as sete peças. A data de concepção do Tan111

gram e o seu inventor não são conhecidos. Existem apenas referencias que nos remetem a que seja de origem Chinesa. A simplicidade, a capacidade de representar uma grande variedade de formas (“segundo a enciclopédia do tangram, é pos-

sível montar mais de 1700 figuras com as 7 peças” – wikipédia) e, ao mesmo tempo, toda a dificuldade na resolução, explica o porquê da adopção do jogo por parte de vários países e o seu sucesso até à actualidade. _


Segundo a proposta de Fundamentos do Design, organizei as peças do tangram num espaço compositivo quadrado que deveria ter o tamanho de quatro tangram para solucionar um azulejo, utilizando apenas dois tangram, ou seja, 14 peças. Para a dispo-

sição fina, fui desconstruíndo a figura. Nas cores, optei por utilizar sete diferentes, uma para cada peça, como opção e para que as peças fossem de possível percepção, mas todas dentro de um estilo um pouco Retro. _ 112


Após criar um módulo decidi igualmente criar dois padrões. Um através de rotação do módulo inicial sobre um eixo e outro por repetição.

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O Quarto da Sra Orlowska

Exercicio de pesquisa contextual; esboços. Representação à escala e Metodo Europeu semi-rigoroso. Representação do espaço em Maqueta. Escala 1/20 117


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“ Elizbieta Orlowska – a bela Polaca, como toda a gente lhe chamava no bairro – é uma mulher de uns trinta anos, corpulenta, majestosa e grave, com uma pesada cabeleira loira quase sempre puxada em carrapito, olhos azuis escuros, pele muito branca, pescoço carnudo, ligado a ombros redondos e quase gordos. De pé, no seu quarto, quase no centro da sala, com um braço no ar, está a limpar um pequeno candeeiro de tecto com braços de cobre arredondado que parece uma cópia reduzida de um lustre de interior irlandês. O quarto é muito pequeno e está bem arrumado. À esquerda, colado à parede, o leito, uma banqueta estreita ornamentada com algumas almofadas, debaixo da qual foram metidas gavetas; depois, uma mesa de madeira branca , com uma máquina de escrever portátil e diversos papeis, e outra mesa ainda mais pequena, desmontável, de metal, 119

sobre a qual estão um campinggás e vários utensílios de cozinha. Encostada à parede da direita há uma cama de grades e um banquinho. Outro banco, ao lado da banqueta, enchendo o espaço estreito que a separa da porta, serve de mesa de cabeceira: aí estão, muito juntos, um candeeiro de pé espiralado, um cinzeiro octogonal de faiança branca, uma caixinha de cigarros de madeira esculpida a imitar a forma de uma barrica, um volumoso ensaio intitulado The Arabian Knights. New Visions of Islamic Feudalism in the Beginnings of the Hegira, assinado por um tal Charles Nunneley, e um romance policial de Lawewnce Wargrave, O Juiz é o assassino: X matou A de tal maneira que a justiça, que o sabe, não o pode acusar. O Juiz de instrução mata B de tal maneira que X é suspeito, preso, julgado, considerado culpado e executado sem nunca ter podido fazer nada para provar a sua inocência.

O chão é coberto por um oleado vermelho escuro. As paredes, com prateleiras onde estão arrumadas as roupas, livros, a loiça, etc., estão pintadas de beije claro. Dois cartazes de cores muito vivas, na parede da direita, entre a cama da criança e a porta, dão-lhe um pouco de vida: o primeiro é o retrato de um palhaço, com um nariz em forma de bola de pingue-pongue, com uma mancha de cabelo vermelho-cenoura, um fato aos quadrados, um gigantesco laço de borboleta às pintinhas e longos sapatos muito achatados. O segundo representa seis homens de pé uns ao lado dos outros: um tem barba completa, uma barba preta, o outro tem um anel no dedo, o outro cinto vermelho, outro tem calças rasgadas nos joelhos, outro tem só um olho aberto e o último mostra os dentes.“ _ A Vida Modo de Usar - Georges Perec _


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O desenho rigoroso do quarto da senhora Orlowska foi originalmente representado Ă escala de 1:20.

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Resultados finais da maqueta do quarto da Sra. Orlowska

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Na elaboração da maqueta, optei por não esconder a natureza dos materiais utilizados. Assim , apesar de o “chão ser vermelho” e as paredes beijes, preferí manter o castanho da balsa no chão e o branco do kline nas paredes. A banqueta foi elaborada através da união de cartão-madeira e balsa para a sua estructura e esponja para a parte do colchão e almofadas. As suas dimenções reais são 2m x 1m x 0,85m. Para conceber 123

a cama de grades utilizei balsa, alfinetes, cartão-madeira e esponja. A mesa branca foi realizada através da junção de balsa (pernas) e de cartão-madeira (tampo). A mesa de metal pode ser desmontada. Se retirarmos o seu tampo, as peças laterais são fáceis de desmontar e transportar. Realizada apenas com balsa. Os dois bancos, diferem apenas na almofada. O facto de um servir de mesa-de-cabeceira impossi-

bilita-o de ter igualmente a almofada. Foram elaborados com balsa, cartão-madeira e, um, com esponja. O candeeiro de pé é feito de balsa, cartão-madeira para o pé e papel-cenário para o abajour. As prateleiras, sendo este um quarto de uma criada deveriam ser simples. Assim optei por linhas simples, apenas com meio circulo nas laterais da prateleira. Peças todas realizadas em balsa.



: portf贸lio Ana Louren莽o . 1909 Fundamentos do Design

ESAD 2010


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