TCC - Edificio Híbrido: Urbanismo Vertical

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EDIFICIOS

urbanismo vertical

EDIFICIO HIBRIDO

HIBRIDOS O presente trabalho consiste numa investigação acerca da produção de edificios hibridos e suas potencialidades com a reabilitação de vazios urbanos no centro da cidade. Atualmente, com a crescente demanda de construções e a escassez de terrenos vagos nos grandes centros, os usos mistos fazem-se necessários em uma mesma edificação. Esta concentração de funções distintas em uma mesma estrutura, segundo Steven Holl, é capaz de forçar os limites da arquitetura. Hibrido, por definição, corresponde ao cruzamento de espécies diferentes. Na arquitetura, pode ser entendido como um método para ativar o edificio, seus usos e o tecido urbano que o rodeia. Portanto, uma edificação hibrida vai além dos pressupostos e legislações impostas, propondo métodos que permitam transformações futuras desse edifício. Um edificio hibrido pode ser tão diverso como uma cidade e se carcterizam como a propria extensão do tecido urbano.

Ainda nessa inquietação de ativar o tecido urbano e suas edificações, este trabalho tem como análise os vazios urbanos inseridos na malha urbana dos centros da cidade. Os vazios, que são carcterizados espaço habitável entre as coisas, espaços gerados pelo abandono, intencional ou não. A cidade contemporanea se organiza através de fluxos, seja de capital, informação, rede, transporte. Esses fluxos fazem com que a cidade esteja em constante transformação. Os vazios, neste contexto, seguem o caminho oposto, enquanto a cidade se modifica e se reinventa, o vazio permanece imutável. Andrea Borde, exemplifica a significação de um vazio urbano no contexto da cidade: “O vazio urbano não é um fragmento da cidade, mas um outro lugar, que estabelece um contraponto com o ritmo urbano do seu entorno imediato.” Esses dois fatores tão significativos à vitalidadade da cidade foram essenciais para a escolha do terreno.

vazios URBANOS

“As cidades tem uma lógica que os edicios nao conseguem acompanhar; enquanto os edicios duram anos, os programas precisam alternar.” Rem Koolhaas. prancha

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR | JF CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Aluna: Ana Luiza Carvalho Orientador: Raphael Rodrigues

[TERRENO] Inicialmente o terreno se restringia ao lote que abriga hoje, uma construção abandonada, situada na Avenida Rio Branco.

Com o decorrer das análises, uma passagem que liga duas das principais avenidas da cidade de Juiz de Fora foi incorporada ao projeto.

Ainda no processo de análise do terreno, a descoberta da demolição de uma casa antiga situada na Rua Dr. Gil Horta abriu a possibilidade da integração desse terreno à area escolhida.

[REFERÊNCIAS PROJETUAIS]

NODO

Após analise de pros e contras, optou-se pela escolha do lote com a edificação abandonada e a passagem que liga a Av. Rio Branco e a Av. Itamar Franco.

[HISTÓRICO] A área escolhida para trabalhar situase à Avenida Rio Branco, uma avenida de intensa movimentação da cidade de Juiz de Fora. O terreno escolhido possui uma edificação abandonada, que data de 1994 e desde então teve suas obras paralisadas. O terreno em si chama a a te n ç ã o p o r s u a l o c a l i z a ç ã o e potencial de transformação urbana. A principio, o terreno se restringia ao lote da edificação abandonada. porém, com as análises, verificou-se a existência de uma passagem de ligação com a Avenida Itamar Franco, que hoje é de uso exclusivo de moradores de uma pequena vila de apartamentos. A descoberta trouxe a possibilidade de ligação entre essas duas vias, o que contribuiria em muito em questão de desenho urbano. gerando uma ligação direta entre o contexto urbano e a edificação, tornando-a um potencial de gerador de aglomerações e atividades urbanas.

Anadalucia ofce A maior inovação arquitetônica do projeto baseia-se na possibilidade de que o arranhacéu está constantemente mudando. Se trata de uma exploração acerca da possibilidade de construir uma cidade vertical mutante, sensível às necessidades do momento, do lugar e do usuário. O projeto consta de duas partes distintas: a

permanente e a variável.

BIBLIOTECA DE LISBOA João P. F. Torres

A organização desse trabalho começa na escala urbana e termina concentrando-se em uma nova visão de como espaços

híbridos seriam no futuro. As soluções estão fundamentadas na localização do edifício, suas potencialidades e como esta refletirá na modificação do edifício e de seu entorno ao longo dos anos.

[IMAGENS]

[REFERÊNCIAS TEÓRICAS]

Ken Yeang J. Habraken defende uma teoria de

adensamento inteligente e urbanismo vertical, atraves da otimização do uso da terra através das sobras de espaços. Propõe ainda, levar o

propõe que os processos do projeto e da construção contemplem dois momentos de tomadas de decisão: individual e coletiva , confor me a teoria de Suportes. criando-se metodos que p e r m i t a m

Vista aérea do terreno.

Vista do terreno pela passagem de pedestres

Vista da Avenida Itamar Franco. Entrada da passagem

Vista dos fundos do terreno e parte da construção

Vista da Rua Antônio Carlos

Passagem de pedestres existente ao lado da área.

p l a n e j a m e n t o transformações urbano para dentro f u t u r a s d e s s a do edificio, tornando-o arquitetura. Habraken um elemento qualificador do espaço público.

ressalta ainda a importância dos

espaços transição.

de


[DIAGRAMAS] ÁREAS VERDES (PRAÇAS, PARQUES, CANTEIROS...)

O centro de Juiz de Fora possui uma diversidade de usos que gera aglomerações urbanas em determinadas áreas, ondese inserem praças,igrejas, museus, etc. Essas aglomerações contribuem para a diversidade de pessoas circulando nesses locais. Verificou-se, então, a necessidade da criação de um aglomerado urbano na área em questão, atraindo esse público diverso para essa região, e consequentemente, para o edificio.

2 3

1 5

8

4

9 6 7

1 2 3 4 5 6 7 8 9

PARQUE HALFELD MUSEU DE ARTE MURILO MENDES

CATEDRAL CINE TEATRO CENTRAL CENTRO CULTURAL PRÓ MUSICA CENTRO CULT. BERNARDO MASCARENHAS COMPLEXO DA PRAÇA DA ESTAÇÃO COLEGIO STELLA MATUTINA

urbanismo vertical

EDIFICIO HIBRIDO

ÁREAS VERDES

CENTRO GRANBERY

AGLOMERADOS URBANOS

RESIDENCIAL

Ainda que na mesma delimitação, as áreas que envolvem o terreno possuem carcacteristicas distintas. Sendo de intenso movimento de pedestres e comercio em algumas, enquanto outras sao exclusivamente residenciais. Esses eixos serviram de base para a implantação das torres e seus usos, buscando a manutanção da caracteristica em algumas, como a mudança em outras.

COMERCIO/SERVIÇOS

USO MISTO

INSTITUCIONAL

PREDOMINÂNCIA COMÉRCIO (FLUXO INTENSO PEDESTRES) PREDOMINÂNCIA SERVIÇOS (FLUXO MODERADO PEDESTRES) PREDOMINÂNCIA RESIDENCIAL (FLUXO BAIXO PEDESTRES)

BAIRROS / DISTRITO +10 PAVIMENTOS

O terreno se situa entre a ligação de duas principais vias da cidade. De intenso trâfego de veiculos e pessoas, as duas avenidas se conectam através de uma passagem de pedestre incorporada a área do terreno, o que favorece o desenvolvimento e implantação do projeto

5 A 10 PAVIMENTOS

AtÉ 5 PAVIMENTOS

VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL

PIZZARIA SEGURADORA PADARIA RESIDENCIAL

LOJAS RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL ED. RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

RESIDENCIAL LOJAS

SESC

RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

RESIDENCIAL RESIDENCIAL ED. RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

BARES

IMOBILIARIA

ED. RESIDENCIAL

BARES

ED. RESIDENCIAL

BARES HOTEL

SUPERMERCADO LOJAS SALAS COMERCIAIS

ED. RESIDENCIAL FARMÁCIA

ED. RESIDENCIAL

ED. RES.

ED. COMERCIAL

LOJAS

IGREJA

ED. RES.

LOJA

ED. RESIDENCIAL

CLINICA MEDICA

CAFÉ ED. LOJAS COMERCIAL

ED. RES.LOJA INF.

LOTERIA ED. RES. LANCHE

ED. RES. FUNER . CLINICA MED.

ED. RESIDENCIAL

BANCOS

LOJAS

ED. RES.

ED. COMERCIAL

ED. COMERCIAL

MERCADO

BANCO

ESTACIONAMENTO

ED. RESIDENCIAL

ESTACIONAMENTO ED. RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

ED. RESIDENCIAL

CLINICA RADIOLOGIA

ESTACIONAMENTO

LOJAS

ED. RESIDENCIAL

LOJAS

MOBILIDADE

BAR

Aluna: Ana Luiza Carvalho Orientador: Raphael Rodrigues

ACADEMIA

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LOJAS RESIDENCIAL

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LOTES VAZIOS RESIDENCIAL

02

USO E OCUPAÇÃO SOLO

GABARITO LANCHE

prancha

O centro da cidade faz parte de uma região onde é possivel se construir edificações residenciais, comerciais e institucionais, segundo a legislação urbana. Ficando de fora somente o uso industrial nessa área. Predominantemente de uso misto, a área do centro de Juiz de Fora abriga edificações que mesclam seu térreo com comércio e os demais pavimentos residencias ou comerciais, além de edificios exclusivamente residenciais e outros exclusivamente comerciais. É aí que entra o questionamento dessa produção de uso misto nas cidades, propondo um edificio que mescle todos os usos em um mesmo suporte.

O coeficiente de aproveitamento na região do centro de Juiz de Fora é um dos maiores da legislação urbana, o que contribui para a verticalização dessa região. Além disso, duas avenidas que cruzam essa região possuem uma largura superior a 15m, o que facilita ainda mais essa verticalização e um gabarito mais elevado nessa área. Como o terreno tem sua frente voltada para a Avenida Rio Branco, a possibilidade de verticalização nesse edificio é favorável, o que já acontece hoje, com edificios que são voltados para essas grandes avenidas.

HIERARQUIA DAS VIAS O fluxo, tanto de pedestres, quanto de veículos, sejam eles públicos ou privados, é intenso nessa área. O terreno engloba duas ruas com caracteristicas bem distintas. A Avenida Rio Branco de intenso fluxo de veiculos particulares e onibus urbanos. É visivel a concentração de pedestres nesses locais, o que aumenta a visibilidadade da área. O terreno possui ainda, conexão com a Avenida Independencia por uma passagem que, hoje, é de uso exclusivo de moradores, e que em proposta de projeto torna-se pública.

A região que abrange o terreno escolhido, apesar de possuir, em quantidade, significativas áreas verdes, é carente de espaços públicos e livres para a utilização da população. Sendo assim, em sua maioria, canteiros e praças subutilizadas. O fato do terreno em questão possuir ligações com duas das mais importantes vias da cidade, garante uma potencialidade de se transofrmar em uma área verde pública e de uso intenso.

RESIDENCIA

VIAÇÃO SANTA LUZIA 100, 115, 124, 134, 145,

104 106, 108, 111, 112, 113, 114, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 125, 126, 129, 130, 131, 132, 133, 135, 136, 137, 140, 141, 142, 143, 199.

ANSAL 211, 212, 213, 214, 215, 216, 218, 220, 221, 222, 226, 239, 249, 259, 299.

TUSMIL 511, 512, 514, 526, 527, 528, 537

VIAÇAO NORTE 611, 612, 626, 636

VIAÇAO SÃO FRANCISCO 766

ESTACIONAMENTOS

ÁREAS PÚBLICAS

A área delimitada é caracterizada por um número significativos de vazios. Porém, muitos desses vazios cumprem a funçõ urbana, seja como parques e praças ou estacionamentos. Poucos destes são caracterizados como vazios urbanos e/ou subutilizado, como é o caso do terreno escolhido. O fato de se existir diversos estacionamentos próximo à área escolhida contribuiu para o questionamento do número de vagas em um projeto no centro da cidade. Outro ponto de questionamento da legislação, visto que é item obrigatório na legislação urbana da cidade.

VAZIOS


urbanismo vertical

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Aluna: Ana Luiza Carvalho Orientador: Raphael Rodrigues

estacionamento hibrido

2200 m²

1560 m²

1210 m²

580 m²

1860 m²

A legislação é deciente e não permite essa exibilização de usos 6910

6909 a separação categórica de usos de uma edifcação em setores, no caso de edificações unifamiliares e/ou multifamiliares. Uma variedade de novos arranjos familiares compõem um aglomerado de diversidade. Porém, o modelo da habitação permanece praticamente o mesmo, reproduzindo a configuração haussmaniana e sua clássica tripartição em social, íntimo e de serviços, com espaços compartimentados e vedados. Ÿ a obrigatoriedade de uma planta fechada e com espaços encerrados, além de vedados. A teoria do Suporte de Habraken dá base para essa questão, uma vez que a estrutura ali está, o usuario se utiliza do espaço como bem entender e conforme suas necessidades. Ÿ a obrigatoriedade do fechamento de circulações internas como escadas e halls, impossibilitando assim a iluminação e ventilação naturais nesses espaços de transição, e a relação interior-exterior. Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

afastamentos mínimos de 3m frontal e 1,5m laterais. A utilização desses espaços para uso público, como circulações, varanadas e espaços de transição. o gabarito máximo considerando a largura da via mais os afastamentos. O edificio obedece uma lógica de afastamento conforme as tipologias, os espaços de transição configurados como espaço publicos cumprem a funçao de térreo para novas tipologias, obdecendo-se uma nova lógica de verticalização a cada tipologia. a limitação de escolha de um único uso de ocupação. O edificio prevê varios usos, portanto o ideal seria se utilizar de vários modelos de ocupação, aumentando assim, a área a ser construída, de acordo com cada uso. área de permeabilização minima de 10%. O fato do edificio possuir mais de uma tipologia, sugere que cada uma dessas tipologias configure uma área de permeabilizaçao independente, aumentando assim as áreas verdes denro desse edifcio. A área de permeabilização, obrigatoriamente terá de ser aberta e de uso público. a obrigatoriedade de vagas de estacionamento. O edificio prevê um número minimo de vagas, consideran-se a quantidade de estacionamentos no centro da cidade eo acesso do transporte publico ao local., sendo que a mesma se configura como um espaço hibrido, podendo ser utilizada para outro fim, posteriormente.

setorização da cidade em atividades: trabalhar, morar, se divertir e circular.

comer

comprar entreter reunir observar

Em vez da separação categórica dos usos, a edificação hibrida propõe mesclar essas atividades com a possibilidade da alteração desses programas futuramente. Portanto, busca-se com este projeto, através dos temas e projetos abordados, regenerar zonas obsoletas atribuindo usos à edificações ou terrenos subutilizados através de uma edificação que permita alterações programáticas, dando resposta às transformações culturais e sociais, estabelecendo uma relação com o espaço publico. Espaços âncoras garantem que esse espaço possua uma ampla utilização dos cidadãos, suprindo as carências da área e, principalmente, fomentando a circulação de individuos dentro dessa edificação. Assim, o edificio se compõe de duas partes: a permanente

HIBRIDO

[planta urbana]

0 10 20

50

100

200m

e a hibrida. morar

trabalhar

Os espaços permanentes se encarregam de proporcionar atividades culturais para a população local, além de gerar intercâmbio de diferentes individuos e usos nesses espaços, enquanto os espaços hibridos se encarregam de proporcionar essa mutação dos espaços ao longo dos anos no edificio, garantindo essa diversidade da vida e da cidade contemporânea..

Tudo isso conectado por grandes vias expressas, o que fez com que a cidade se espraiasse cada vez mais e seus espaços ficassem cada vez mais

monofuncionais e consequentemente, sem vitalidade urbana.

400 m²

permanente aprender

Durante o Movimento Moderno houve a crença de que a cidade deveria ser funcional e racionalista, com uma arquitetura universal que padronizava e categorizava objetos independente do seu entorno. Com isso surgiu a

03

6850 m²

crítica dessa produção de edificios nos centros das cidades.

cidade FUNCIONAL prancha

piscinas publicas salas multiuso

Através dos possíveis ensaios para essa área, segundo a legislação datada de 1986 e, recentemente revisada após 28 anos, é possível se construir uma análise

midiateca

Uso e Ocupação do Solo, seria possivel se construir nesse terreno edificações residencias, comerciais ou de uso misto, além de permitir também edificações institucionais e em alguns poucos casos, industriais.

auditório

EDIFICIO HIBRIDO

(Zona Comercial III), com modelo de ocupação M6A. Ou seja, seria possível se construir nesse terreno de 2533.25m², um total de área equivalente à 11489.62m², sendo que até 12 metros de altura, a taxa de ocupação seria de 100%, enquanto os demais de 50%. Essa mesma legislação, segundo a lei 6910 de

parques/feira

De acordo com a legislação atual de da cidade de Juiz de Fora e, que vigora de forma semelhante em diversas outras cidades, a área escolhida faria parte da ZC III

espaços hibridos

legislação ATUAL

O edificio hibrido, assim como a cidade contemporânea, identifica a necessidade dos usos mistos dentro de uma mesma região para a vitalidade do lugar. O edificio hibrido funciona como uma extensão do tecido urbano, onde todas essas funções se comunicam e se interligam através de circulações e/ou espaços públicos. São os chamados espaços de transição , que Habraken propõe em seus estudos. Analisar essa nova arquitetura que surge nesse contexto é buscar entender as possíveis transformações no cotidiano doméstico, na cidade e na sociedade contemporânea

AV. ITAMAR FRANCO

divertir-se

lote escolhido devido a sua visibilidade e ao contexto em que esta inserido na cidade de Juiz de Fora.

circular

AV. RIO BRANCO vias de acesso ao lote por duas das principais avenidas da cidade. passagem de conexão entre essas duas avenidas se situa nos limites da área escolhida.

[esquema urbano] A concepção projetual do edicio parte do principio que o projeto irá funcionar como um conector de uxos entre a Avenida Rio Branco e a Av. Itamar Franco. O edicio se verticaliza, visto que entre o mesmo parques-terraços cumprem a função de térreo para cada tipologia proposta. Dessa forma, os espaços de transição funcionam como espaços públicos, abraçando a idéia do pensamento do planejamento urbano dentro da edicação.


VOLUME DA EDIFICAÇÃO extrusão do volume no terreno

ESPAÇOS PÚBLICOS

EDIFICIO HIBRIDO

liberação de vistas entre pavimentos. térreo protagonizado por espaços públicos.praças e parques por toda a extensão do edicio.

CIRCULAÇÃO circulações horizontais e verticais como “extensão da cidade”. “planicação” do planejamento urbano na premissa projetual do projeto

[térreo implantado] 0 10 20

CIRCULAÇÕES

urbanismo vertical

AUDITÓRIO

ESTACIONAMENTO

espaços híbridos

midiateca espaços híbridos

ESPAÇO MULTIUSO FEIRA AO AR LIVRE

piscinas públicas

espaços híbridos espaço multiuso

espaços híbridos espaços híbridos

PARQUE

ocinas

OFICINAS espaços híbridos

ESPAÇO PÚBLICO HIBRIDO ESPAÇO PÚBLICO HIBRIDO

estacionamento hibrido

[programa]

[espaços públicos]

[relação cheio-vazio]

O projeto do edificio hibrido surge no tecido urbano como a extensão do mesmo, onde os espaços vazios é que definem o edificio, estabelecendo relações entre o programa e os espaços hibridos e fazendo essa conexão interior-exterior. As circulações e os espaços hibridos são baseados na modulação de quadras, trazendo assim os preceitos de Ken Yeang de levar o planejamento urbano para dentro da edificação. Essas circulações, que no edificio funcionam como as ruas de uma cidade podem ser definidos espaços de transição, enquanto os espaços hibridos funcionam como os lotes de uma quadra. O edificio hibrido propõe essa mescla de usos com um projeto urbano-arquitetônico menos rígido e mais participativo, onde os espaços de transição e os espaços hibridos dão suporte a uma diversidade de situações, eventos e culturas e valoriza a importância dessa relação público-

prancha

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privado.

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Aluna: Ana Luiza Carvalho Orientador: Raphael Rodrigues

200m

espaços híbridos

HIBRIDO HIBRIDO PARQUE

100

auditório

HIBRIDO HIBRIDO BIBLIOTECA/MIDIATECA HIBRIDO HIBRIDO

PISCINAS PUBLICAS FEIRA AO AR LIVRE

50

[perspectiva do edicio a partir da Av. Rio Branco]

concepção projetual


estratégias Três tipologias de ocupação dos espaços híbridos surgiram no decorrer do desenvolvimento do projeto, criando assim, uma identidade para cada uma delas e, estabelecendo sempre, uma conectividade entre essas tipologias e os espaços públicos e de transição.

50

100

200m

[plantas 23,24,25,26,27,28]

midiateca

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Aluna: Ana Luiza Carvalho Orientador: Raphael Rodrigues

sl. multiuso praça/mirante 0 10 20

50

100

200m

[plantas 16,17]

tipo 3

[axonometrica do edifício]

Localizado no topo da edificação, é a tipologia mais flexível da edificação, sustentada apenas por suas estruturas e por rampas que circudam os espaços hibridos. Não possui laje em nenhum de seus 6 pavimentos, podendo esse ser inteiramente ocupado por um só uso ou ocupado por diferentes usos, em cada pavimento. Não possui fechamento algum, sendo esse preenchido ao longo das intervenções

piscinas públicas

tipo 1

prancha

[circulações verticais]

tipo 3 0 10 20

tipo 2 Localizado no meio da edificação, esses espaços se mesclam às âncoras, visto que em alguns pavimentos, somente um dos lados se configuram como espaços hibridos. São espaços mais amplos e flexiveis, uma vez que não possuem fechamentos. O usuário intervêm nesse espaço e, consequentemente na fachada da edificação. Alguns pavimentos possuem espaços com pé direito duplo, tendose acesso pelos dois pavimentos.

elevadores e escadas, enclausurada e panorâmica. garante acesso universal a todos os pavimentos. funciona como suporte estrutural para o edificio. cumpre a função técnica do edifcio, obedecendo ao cálculo do tráfego de elevadores.

auditório

tipo 1 Localizados nos primeiros pavimentos, essa tipologia se desenvolve a partir da criação de espaços de transição que circudam os espaços hibridos funcionando, ora como circulação ora como varandas do pavimento. Conectados entre si através de rampas que dão acesso a todos os pavimentos até chegar ao parque/mirante. Possui fechamento em tela metálica perfurada ao longo de todo o seu envoltório.

híbridos âncoras transição

O projeto do edificio híbrido parte de uma busca a resposta da pergunta acima de J. Habraken. Atráves de seus estudos sobre os espaços de transição e a teoria de Suportes que propõe alternativas aos edifícios de vários andares, onde a circulação vertical, serviços de estrutura e fachada constitui o suporte e todos os espaços interiores formam o enchimentonum sistema de arquitetura de código aberto. A teoria de urbanismo vertical de Ken Yeang complementa a pergunta de Habraken, visto que, assim busca-se levar a vitalidade e diversidade das cidades para dentro do edifício, fazendo do mesmo uma extensão do tecido urbano. Pensando os espaços de transição como ruas, enquanto os espaços hibridos funcionam como lotes. As âncoras e espaços públicos cumprem a função social do edificio, uma vez que o mesmo é aberto à cidade. A combinação de diferentes usos programáticos é uma das mais-valias dos híbridos. Os programas encontram-se ramificados hierarquicamente, subdivididos por sistemas articulados entre si, considerando-se como um todo. Os programas podem definir desde a metodologia aplicada até à forma final do edifício. Esses espaços âncoras funcionam como a base de apoio para a vitalidade do edificio, juntamente com os espaços publicos criando conexões e estabelecendo relações dentro do mesmo. Os espaços hibridos da edificação possuem uma identidade e personalidade comparável à de um organismo vivo. Constituem os espaços mutáveis da massa construída e se configura como uma arquitetura que muda com o tempo, “aceitando” intervenções. Os espaços hibridos funcionam como uma entidade de auto-organização e é a resposta que Habraken propõe. Os espaços que se adaptam à necessidade de cada usuário, estando assim, em constante mutação. Esses elementos tentam responder a uma arquitetura que busca a forma física, a forma territorial e compreensão cultural dos espaços, segundo propõe Habraken, fazendo assim, com que o individuo possua uma sentimento de pertencimento com o espaço habitado.

tipo 2

urbanismo vertical

EDIFICIO HIBRIDO

"Como podemos elaborar grandes projetos sem necessariamente impôr rigidez e uniformidade quando a variedade e adaptabilidade ao longo do tempo são desejáveis? Como pode o grande projeto, no entanto, fazer justiça à escala pequena?"

[esquemas de setorização]

praça/parque

parque/feira

ocinas

0 10 20

50

100

200m

[plantas 9,11]

[corte perspectivado]

[perspectiva do edicio pela Rua Antônio Carlos]

funcionam como as ruas de uma cidade, por isso sua variedade se faz necessária. caracterizado por passarelas, rampas e escadas rolantes, esses espaços fazem a conexão interior-exterior e delimitam o que é permanente do que é mutável. variação de circulações conforme tipologias e necessidades.

[circulações entre pavimentos]

espaços de transição entre o permanente e o mutável. áreas de livre circulação, abertas ao público. Ora esses espaços são considerados permanentes se transformando em âncoras, ora são configurados como espaço de uso público, como feiras, parques, praças e mirantes. espaços que conectam todas as atividades da edificação.

[espaços públicos]


8

6 5

3

7

1

1

1

4

espaços de transição 1 estacionamento hibrido 2 ocinas 3

2

piscinas públicas 4 espaço multiuso 5 midiateca 6 auditório 7

[planta baixa 2. pavimento] 0 10 20

50

[planta baixa 13. pavimento] 100

200m

0 10 20

50

100

[planta baixa 20. pavimento] 200m

0 10 20

50

100

[planta baixa 31. pavimento] 200m

0 10 20

50

100

áreas técnicas 8 200m

abordagens O processo projetual desse edificio hibrido busca a compreensão e entendimento das teorias aqui estudadas e sua aplicação, mostrando que os

EDIFICIO HIBRIDO

[vista do edicio a partir da passagem de pedestres]

espaços de um edificio podem ser adaptados e utilizados para os mais diversos usos conforme a necessidade de cada usuário e ao tempo. Nós, arquitetos, vivemos um momento de

+110.16 +106.92 +103.68

revisão e profundo questionamento dos limites da profissão, o que exige que estejamos aptos a trabalhar em escalas diversas e dialogando com o espaço e contexto inserido. E o grande desafio dessa arquitetura está em produzir

produz espaços que possuem identidade com seus usuários. É essa relação ambiente-comportamento que serviu como diretriz de projeto, onde os espaços de transição têm o intuito de dar suporte a uma diversidade de situações, eventos e culturas, valorizando a importância de um gradiente público-privado numa

riqueza de espaços capazes de promover a identidade das pessoas com o lugar, nas diferentes escalas de intervenção.

[vista do parque/mirante funcionando como espaço de transição entre os pavimentos]

Assim como propõe Habraken, um entendimento de arquitetura, que correspondem a domínios físicos, biológicos e sociais. Ou como afirmaria Yona Friedman, “é preciso fornecer as técnicas para "democratizar" o projeto, para liberar o usuário do "patrocínio" do arquiteto, para permitir que "não especialistas" façam seus próprios projetos, pois eles são os que melhor conhecem as suas necessidades e desejos e, mais importante, assumem o risco de fracasso.”

+97.20 +93.96 +90.72 +87.48 +84.24

espaços hibridos

urbanismo vertical

espaços que satisfaçam a necessidade do ser humano. Por isso, o importante aspecto desse projeto é o entendimento do espaço individual para o coletivo através de uma edifcação dinâmica que

+100.44

+81.00 +77.76 +74.52 +71.28 +68.04 +64.80 +61.56 +58.32 +55.08 +51.84 +48.60 +45.36 +42.12

“O que é importante é espalhar a confusão e não eliminá-la.”

+38.88 +35.64 +32.40

S. Dali

+29.16 +25.92 +22.68 +19.44

prancha

+16.20

06

+12.96 +9.72

/06

+6.48 +3.24 0.00 -3.24

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Aluna: Ana Luiza Carvalho Orientador: Raphael Rodrigues

[corte perspectivado] [perspectiva do edicio visto de baixo]


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