Manual de Produção Gráfica

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MANUAL DE PRODUÇÃO GRÁFICA Ana Luiza Fantini



SUMÁRIO Introdução

6 História 12 Papel 22 Cores e Produção Gráfica

Processos de impressão

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Relevoráficos Encavográficos Planográficos Outros Processos

Acabamentos

70 Principais 76 Impressões Adicionais

Informações gráficas

84 Checklist de Produção Gráfica 76 Glossário


INTRODUÇÃO

História da escrita, primeiras escola e surgimento da imprensa



Histรณria


Egito Entre as principais tecnologias criadas pelo homem, o papel se encontra como um dos mais revolucionários. Sua história se inicia no Egito, com o uso do papiro: planta aquática encontrada no Vale do Rio Nilo, começou a ser usada por volta de 4.000 a.C e se tornou uma das maiores exportações da região. Papiro: eram feitas tiras finas da parte branca interna da haste da planta, que após eram trançadas/cruzadas e sobrepostas, e depois pisoteadas. O resultado gera folhas em forma de longas fitas que podiam ser enroladas.

A ESCRITA EGÍPCIA Era composta por símbolos divisíveis de fonogramas (sinais fonéticos) e ideogramas (sinais que simbolizam uma ideia). As palavras era escritas de forma padrão na maior parte das vezes: fonogramas seguidos de ideogramas. As frases eram escritas na vertical, e lidas da direita pra esquerda. Cada sinal representava um objeto, e depois foram evoluindo em figuras mais simplificadas ou símbolos gráficos. Essa escrita feita por meio de hieróglifos era muito complexa, tornando-se privilégio da elite escriba e intelectual do Antigo Egito, tornando seu conhecimento um status de poder. Com o avanço do cristianismo no século IV, os escribas acabaram desaparecendo, levando consigo a chave para decifrar as escrituras, que só foram encontradas 1500 anos depois. Hieróglifos Egípcios

Planta Papiro

Folha de Papiro

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Escriba Egípcio

Escriba: profissão fácil e sem esforço, eram servidores do Faraó encabidos de registar os acontecimentos do campo, pagamento de impostos, contratos e atos judiciais.

Para escrever, os escribas tinham como principal material o papiro, se utilizando também de pincéis, paletas, pilão (aonde esmagavam os pigmentos) e tinteiro (onde a tinta vermelha e preta era colocada em cavidades separadas).

AS PRIMEIRAS ESCOLAS A arte da escrita era inicialmente passada de pai para filho,mas a partir do Médio Império começaram a surgir as Casa da Vida, onde estudavam dos 3 aos 12 anos, aprendiam a escrita, tinham que conhecer as leis, saber calcular impostos e ter noções de aritmética. A ESCRITA FONÉTICA Até chegar aos sistemas alfabéticos atuais, a escrita passou de um sistema ideográfico (hieróglifos) até um sistema aonde as palavras eram decompostas em unidades sonoras. Este sistema fonético aproximou a escrita da sua função natural: interpretar a língua falada, libertando os símbolos e sinais dos objetos. Assim, surgiu a escrita silábica e alfabética.


Tipografia e Imprensa SURGIMENTO DA IMPRENSA Durante a Idade Média, os livros e bíblias era escritos por monges copistas, feitos à mão, em pergaminho ou papiro, tornando tais objetos um privilégio de poucos. Além disso, poucas pessoas sabiam ler sua própria língua, muito menos o latim no qual eram escritas as obras, sendo seu conhecimento sobre a Igreja e a Bíblia baseada em imagens e na palavra dos Sacerdotes locais. Em 1440, João Gutenberg experimentou a impressão com tipos móveis feitos de chumbo, permitindo a impressão de cópias com um preço mais baixo que as feitas à mão. Foi o primeiro passo de uma revolução quando Gutenberg e seu grupo imprimiram 200 cópias da Vulgata, bíblia latina. Tipos: O sistema de tipos foi usado exclusivamente até o final do século XIX, e quando Martinho Lutero nasceu, a técnica já era usada em todas as grandes potencias da Europa. Em poucos anos, os impressos feitos pelas máquinas já ultrapassavam tudo que os monges copistas haviam produzido durante séculos. Tipos de Gutenberg

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Vulgata, Bíblia latina

O maior contato do povo com a bíblia os aproximou da Igreja e tornou possível os ensinamento da bíblia em casa. Lutero descreve que a imprensa permitiu alavancar a disseminação do evangélio, e permitiu que as pessoas se tornassem seus próprios sacerdotes. Este fato favoreceu a diversidade de crença, uma possibilidade que não se passou pela cabeça de Gutenberg. “Aimprensaoatodegraçamaisalto deDeus,comoqualacausadoevangelho foi impulsionada para frente” Lutero

Monge Copista

Imprensa de Gutenberg


Tipografia criada por Gutenberg

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Papel


Percurso do Papel 4.000 a.C - Egito Papiro e Pergaminho 105 d.C - China 1º processo de fabricação de papel a partir de pedaços de amoreira, trapos e redes Séc. VII – 751 d.C Árabes tomam conhecimento da invenção chinesa

13 Séc.VII O papel foi introduzido na Europa pela península Ibérica primeiramente na Espanha, Sicília, França e Alemanha.

1799 O francês Nicolas Robert e o Tipógrafo Didot construíram a 1ª máquina contínua rudimentar.


História PERCURSORES DO PAPEL Pedra - argila - madeira+gesso ou cera - bambu - palmeira - metais - seda - casca de árvore - papiro- pergaminho INVENÇÃO DO PAPEL Na China a caligrafia feita com pincéis de pêlo inventadas em 250 a.C necessitavam de uma superfície diferente da Ocidental. Eram utilizados tecidos feitos de algodão e seda que eram mais apropriados para a arte delicada, mas com a popularização da escrita, veio junto a necessidade de materiais mais baratos.

Fabricação manual do papel

Em 105 d.C, T’sai Lun inventa a arte de fabricar papel de forma manual. Forma manual: (1) Pasta formada ao fragmentar cascas de árvore(amoreira, bambu, rami), redes de pescar e roupas usadas com a adição de cal (desfibramento). (2)Submergidonapastaumquadro demadeirarevestidocomumfinotecidodeseda,formandoumacamada fina. (3)aáguaeraescorridadessacamada,queentãoeraremovidaecolocada para secar. (4)Oprocessoserepetiaeasnovas camadaseramcolocadasemcimada primeira,paradepoisseremtodasprensadas e secadas.

Com a derrota dos Chineses pelos árabes, a técnica da fabricação de papel foi desenvolvida por este povo e passou a ser disseminada pela África e depois Europa, aumentando ainda mais sua produção com a invenção dos tipos de Gutenberg.


ORIENTE X OCIDENTE

ORIENTE FIBRA

OCIDENTE

Longas e extraídas diretamente da planta

Curtas, de linho e algodão recuperadas de roupas velhas

MOLDE

Armação de bambu Estrutura sólida coberta com estopa de madeira coberta (exigia muitos moldes por uma tela metálica para uma grande produ- rígida (exigia poucos ção), folha secava diremoldes para grande tamente na armação produção), folha secava separadamente do molde

FINALIZAÇÃO

Impressão manual por meio de blocos de madeira tintados e pressão. Impressão em um só lado. Encadernação sanfona.

Armação de bambu

Folhas prontas banhadas por cola de ossos e pele de animais. Folha resistente, impressão dos dois lados.

Armação de madeira e tela

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Composição Com a escassez da matéria-prima linho e algodão e o aumento do consumo de papel, a alternativa encontrada pelos fabricantes para criar a pasta que dá origem ao papel foi a celulose PASTA DE CELULOSE

COLAGEM

A pasta de celulose consiste em separar as fibras do demais componentes da madeira. Após a separação, as fibras são divididas, selecionadas e imergidas em água, formando uma calda. Essa calda é espalhada sobre uma superfície filtrante, e por pressão e secagem, a água escorre, deixando apenas a folha no estado em que conhecemos. O resultado vem em folhas para máquinas planas ou bobinas para máquinas rotativas. A composição da pasta denominará as diversas qualidades dos papéis.

A colagem ocorre com adição de caseína, resina, fécula e outros à pasta de celulose de papéis de fabricação mecânica, ou na imersão dos papéis já prontos nessas soluções na fabricação manual. A colagem influencia no custo do papel, que pode ser colado, semi-colado ou sem cola.

Fibras Algodão: melhor fibra (longa e de pequeno diâmetro), mas é mais rentável para a indústria têxtil Eucalipto brasileiro: mais usada, poistemomenorciclodecrescimento

Pasta de celulose


Fabricação A principal matéria-prima para a produção de papel são toras de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador, de onde saem na forma de pequenos cavacos (lascas). Num tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa. A polpa passa por um processo de lavagem, em tanques e centrífugas, onde são extraídos os cavacos que não se dissolveram e outras impurezas. Depois, ela é deixada em repouso em outros tanques, numa etapa chamada de branqueamento, para separar a celulose de outros resíduos. Os restos não aproveitados de madeira são queimados em caldeiras e transformados em energia elétrica em turbogeradores a vapor. A energia gerada aqui alimenta o próprio processo de fabricação do papel. A polpa de celulose, ainda com alto teor de água, passa por uma máquina chamada mesa plana, que transforma essa massa úmida em uma grande folha contínua e lisa, pousada sobre uma esteira rolante de feltro. A grande folha, movida pela esteira rolante, passa por rolos de prensagem e secagem com ar quente, que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha. Finalmente, a folha passa por um aparelho chamado enroladeira e por rolos de rebobinagem, onde o papel se descola da esteira rolante e forma enormes bobinas ou resmas, estando pronto para o corte e o empacotamento

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Características BOBINAS , RESMAS E PESO Ao sair da fábrica, o papel pode ser acondicionado em: Bobinas - uso em máquinas rotativas Resmas - uso em máquinas planas, composta por 500 folhas (ou 20 “mãos” de 25 folhas cada) Qualidades de peso: Força - peso do papel na rema Gramagem- peso em gramas, de uma folha de papel considerando um metro quadrado de superfície é decidido na fabricação (processo de calandragem)

PROPRIEDADES DE UMA BOA IMPRESSÃO O resultado gráfico de um impresso está diretamente relacionado ao papel, portanto devemos observar alguns aspectos da printabilidade para garantir a qualidade: O comportamento em máquina A capacidade de tintagem A capacidade de reflexão da imagem impressa.

Exemplo: Se uma resma de papel pesa 25 quilos, diz-se, em relação a cada folha de resma, que seu peso é de 25 quilos, pois veio de uma resma de 25 quilos. O peso da folha em gramas é obtido multiplicando-se o peso da resma por três, sendo tomado como se fosse em gramas. Assim, uma resma pesando 25 quilos cada folha pesará 75 gramas. Papel em bobinas


FIBRA

O “sentido das fibras” influência o resultado final do trabalho, pois é nesta direção que o papel tem sua dobra e seu rasgo facilitados. ACABAMENTO A superfície pode ser áspero, macio, liso ou acetinado COR Pode ser obtida por vários métodos: submersão ta tira em corante, aplicação do corante por meio de rolos, mistura de soluções químicas ou adição de cores de anilina na massa. FORMATOS PADRONIZADOS: Formato Internacional/DIN - Folha mantém sempre sua proporção, independente do número de vezes que for dobrada CORTE Corte ao meio: corta o bloco de sua dimensão Corte ao terço: cortar o bloco em um terço de sua dimensão

19 No Brasil são usados os padrões AA (76x112mm) e BB(66x96), que se referem à obras já prontas

DIN ou Formato Intenacional


Classificação e Tipos REVESTIDOS Revestimento é aplicado na superfície para uniformizar, deixar mais liso, melhorar a qualidade e aumentar a opacidade do papel NÃO - REVESTIDOS Costuma apresentar custos menores pois é um papel mais poroso, as cores impressas tendem a ser mais “opacas”, desaturadas, menos vívidas. ESPECIAIS São papéis que não se encaixam em outras categorias, e surgiram como opção mais barata no lugar de acabamentos custosos e principalmente para ocasiões especiais

Papel especial

Acetinado – melhor impressão de tipos e ilustração. Apergaminhado – qualidade superior, imita o pergaminho. Bouffant – leve, fofo e áspero, utilizado para impressões de livros. Bristol - cartão de boa qualidade, utilizado para cartões de visita, convites, etc. Bíblia - ou também papel-da-india, opaco, extremamente fino e resistente, utilizado em bíblias e obras muito grandes para diminuir o volume. Super Bond – semelhante ao apergaminhado, produzido em azul, verde, rosa, canário e outro. Usado para escrita, envelopes, segunda via de talão e encartes. Couché gessado – papel brilhante muito próprio para impressão de textos, apesar de ser muito lúcido e incomodar a visão. Couché mate – ou couché fosco, um pouco mais barato que o comum e com menos brilho, facilitando a leitura. Couché monolúcido – possui acaba-


mento gessado em apenas uma das faces, com a outra fosca. Utilizando em cartazes. Offset – junto com o couché é o mais utilizado, texturas fosca, uso frequente em livros. Monolúcidos – liso em apenas uma das faces, muito utilizados em cartazes e em folhetos de uma só face. Jornal - papel de baixa qualidade, deve ser usado em apenas rotativas de jornal. Imprensa – é um papel jornal melhorado, apresenta alguns problemas na impressão em policromia, mais utilizado em folhetos de baixíssimo custo. Kraft – muito resistente, usado para embrulhos e sacos (exemplo: embalagem de Sucrilhos). Verge – textura fosca com uma trama formada por pequenos sulcos, branco ou cores pastéis. Causa sobriedade e diferenciação ao projeto, mas é muito utilizado. H.D. (Heavy Duty) – possui certo grau de resistência à tração. Utilizado para embrulhos, confetes, serpentinas, etc. Seda – papel macio utilizado em guardanapos e revestimento de produtos durante o empacotamento. Papel-da-China – fabricado com a casca do bambu, aspecto sujo, mas macio e brilhante, usado em tiragem de gravuras. Papel japonês – ou papel-de-arroz, branco ou pouco amarelado, sedoso, espesso, transparente, frágil, utilizado em gravuras. Pergaminho – faz lembrar o pergaminho, frequentemente utilizado para capas de volumes.

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cor e produção gráfi-


Etapas da Produção Projetação: produção do conteúdo que será passado para a matriz de impressão (ideia + orçamento + prazos + método de impressão, tipo de papel, acabamentos e formatos.) Pré-impressão: tende a ser eliminada) criação de fotolitos e melhoramento de resolução. Impressão: Inicio do processo de materialização do produto (matriz + impressão) Acabamento: dobras, refiles, cortes especiais, revestimentos, vernizes, relevos, encadernação etc.

Aspectos da Cor MEIO-TOM Meio-tom é um método de impressão que simula os tons contínuos de uma imagem, imprimindo pontos de tinta de uma ou mais cores, variando o tamanho e/ou densidade dos pontos. Decompõe-se os as cores em pequenos pontos de cores diferente e tamanhos, criando uma ilusão de ótica. TRAÇO Cor chapada, ao contrário da retícula, formada por linhas contínuas de cores sem variação. Meio-tom

Traço

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TIPOS DE PONTOS

Quadrado - retículas mais comuns, meios-tons são satisfatórios.

Elípticos - usado para reprodução de peles claras e morenas.

Redondos - usado para imagens com cores muito claras (iluminadas), usado amplamente na impressão offset.

Ganho de Ponto

Ganho de ponto: ocorre quando há variação da forma dos pontos na impressão, como o aumento de tamanho do ponto da retícula ou sua deformação. É definido como o aumento ou deformação no ponto de retícula, ocorrido na impressão em relação ao fotolito.


MÁXIMAS, MÍNIMAS E MEIAS-TINTAS Áreas máximas/sombras - 75 a 100% da área do suporte = áreas com mais pontos, ou seja, mais escuras. Áreas mínimas/ altas luzes - até 25% = ausência ou poucos pontos. Meias tintas - 25 a 75% = meios tons.

Escala de Cores COR DE SELEÇÃO Tintas das cores básicas, ciano, magenta, amarelo e preto. “Escala Europa” = C,M,Y,K.

ESCALA Conjunto das diversas “cores” formadas por cores básica.

COR DE ESCALA As “cores” geradas pelas cores de seleção e que, juntas, formam a escala.

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Controle de cor

Limitedasomadasporcentagens no offset: 260% a 320% (evita a sobrecarga de tinta)

A diferença entre o UGR e o GCR é que o primeiro atua apenas nas áreas de tons neutros da imagem, enquanto o GCR também diminui o percentual de CMY em todas as áreas de máximas, sejam elas de neutros ou não.

COR ESPECIAL Cores spot (nos programas de computador) é qualquer cor que não seja impressa a partir da combinação das tintas Cyan, Magenta, Yellow e Black. Escala Pantone Escala patenteada em 1963 pela empresa americana de mesmo nome. Padronização numérica das cores. Podem sofrer variação em função do tipo de papel. Apenas 45% das cores Pantone são fielmente reproduzidas em quatro cores

CONVERSÃO RGB PARA CMYK Correção de cores realizada durante a conversão das imagens de RGB para CMYK, é realizada pelo programa de acordo com determinações decididas pelo designer: - UCR (Undercolor removal, ou Remoção de cores sobrepostas) - GCR (Gray component replacement, ou Substituição do componente cinza).


ENTRADA EM MÁQUINA X/Y - quantas cores terá cada lado da folha (x e y) 1/0 (um-barra-zero) = impressão de uma cor numa face e nenhuma impressão no verso da folha ( um lado preto-e-branco). 1/1 (um-barra-um) = impressão de uma cor em cada face da folha (livros). 2/0 (dois-barra-zero) = impressão de duas cores numa face e nenhuma impressão no verso. 3/3 (três-barra-três) = impressão dos dois lados da folha, com utilização de três tintas. 4/1 (quatro-barra-um) = impressão de quatro cores numa face e de apenas uma cor no verso. 4/4 (quatro-barra-quatro) = impressão de ambas faces em quatro cores. Policromia completa nas duas faces. 5/4 (cinco-barra-quatro) = impressão de uma face em cinco cores e o verso em quatro. Ambas as faces são em policromia, mas a frente leva uma quinta impressão (cor especial).

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Fotolito GERAÇÃO DE FOTOLITO Para a impressão colorida, é criado a partir de um arquivo digital 4 filmes transparentes de acetato com a impressão do arquivo. Cada fotolito possui apenas um cor, então para impressões coloridas necessita-se normalmente de 4 fotolitos (CMYK) enquanto a impressão preta e branca só necessita um fotolito (preto). As cha-

pas podem ser produzidas por fotogravura com a utilização de fotolitos ou por gravação digital. Na produção por fotogravura, a chapa de alumínio virgem é colocado na gravadora, ou prensa de contato sob o fotolito. O fotolito é como se fosse uma transparência positiva de uma das quatro cores (CMYK).

O fotolito, aderido a chapa por vácuo, é exposto a luz por algum tempo. A luz possibilita que as imagens do fotolito sejam impressas na chapa – essa etapa chama-se gravação ou sensibilização. Nesta etapa, a luz “amolece” a emulsão na chapa. Tudo que foi exposto a luz, irá passar a atrair a umidade,

enquanto a área que não foi exposta “endurece” e passa a atrair gordura (neste caso, a tinta). Em seguida, a chapa é lavada com químicos específicos que irão reagir com as áreas expostas à luz tanto quanto com as áreas não expostas, etapa que leva o nome de revelação.


CTP CTP (Computer-to-plate) é um processo computadorizado para a geração de matrizes do processo offset, onde a chapa é gravada através de lasers direcionados por um equipamento chamado trendsetter/ platesetter. Esse processo gera um arquivo digital, elimina o fotolito e aumenta a qualidade e precisão final da impressão. PASSO A PASSO DO CTP (1) Avaliação de cores, formatos, resolução, imagens e todos os aspectos dos arquivos recebidos. (2) Construção do caderno do produto (definição de layout, disposição das páginas e etc.) (3) Provas do produto para garantir qualidade e precisão. (4) Arquivos são enviados para a CTP, e as cores são separadas para a gravação das chapas.

Lineatura As retas em um fotolito são formada por uma conjunto de pontos, e a quantidade de pontos necessários para formar os meios-tons da retícula é denominado de lineatura. Sua unidade por ser em lpi (linha por polegada) ou lpc (linha por centímetro). O valor da lineatura se da pela distância do centro dos pontos. Quanto menor a lineatura, maior a distância entre os pontos, e consequentemente menor a resolução do impresso. A relação entre DPI/PPI e LPI é de 2:1. Isso significa que a resolução de imagem em DPI/PPI deve sempre ser o dobro da LPI. A lineatura depende da impressão a ser feita (offset, serigrafia, rotogravura, flexografia, etc) e de seu suporte (papel, plástico, lata, etc). A combinação de impressão X suporte é o que determina a lineatura a ser usada. Quanto mais poroso o suporte (papel jornal, por exemplo) maior a capacidade de tinta no ponto de retícula.

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Lineaturas utilizadas na mĂ­dia impressa


Angulatura Ao atribuir essas angulaturas aos fotolitos aplica-se a simetria de rotação, já que se tem um centro de rotação e um módulo (que é o ponto da retícula). Os pontos, quando a angulatura certa, geram o padrão roseta. Padrão Roseta: A inclinação das retículas resulta em padrões geométricos invisíveis a olho nu (dependendo da lineatura), com formato de um anel, formados pela sobreposição parcial dos pontos de ciano, magenta, amarelo e preto. A exata angulatura das retículas do CMYK em, respectivamente, 105º, 75º, 90º e 45º permite a ilusão de meios-tons.

31 Efeito Moiré: Já a aplicação errada das angulaturas pode ocasionar o defeito conhecido como “moiré”, que nada mais é do que a sobreposição dos pontos na policromia. Ao invés de formar o padrão roseta, as cores caem uma sobre as outras, causandomanchas nas imagens.


Scanners SCANNER PLANO Usado para os mais diversos tipos de originais, até os que possuem altura ou grande rigidez. SCANNER CILÍNDRICO Usado para originais flexíveis, que são presos a um cilindro rotativo (usa feixe de luz). Dica: Escolher scanner pela qualidade de captação da imagem (mais detalhe) e aumentar a imagem escanada em no máximo 20%. Scanner cilíndrico

Scanner plano

Impressoras IMPRESSORA PLANA Uma impressora plana é aquela onde a matriz baseia-se em no plano e o papel entra na máquina em folhas soltas, também dispostas sobre uma base plana. São as mais comumente encontradas nas gráficas. IMPRESSORA ROTATIVA A impressão rotativa baseia-se principalmente em rolos (ou cilindros) que suportam tanto a matriz quanto o papel durante todo o processo de impressão. Este processo é muito mais rápido que o método plano e gera maior economia tanto no tempo de produção quanto na vida útil do equipamento, já que é um processo que sofre menos impacto.


Matriz CLASSIFICAÇÃO Física: Usada em processos mecânicos como Offset(chapa), rotogravura (cilindro) e flexografia (borracha) Virtual: Usada em processos digitais e em alguns híbridos ELEMENTOS Marcas de impressão: serão impressos no suporte para auxiliar nos acabamentos (corte, dobra, registo). Não aparecerão na arte final. Barra de controle: impressão padronizada para garantir a qualidade da cor do produto Sangra: excesso de impressão que permite a permanência de elementos sangrados, ou seja, ocupem até a margem do produto do jeito que foram programados. Faca de corte: indicação de um corte dentro da área do impresso final. Formato de fábrica: formato inicial da folha (na fabrica) Formato de entrada na máquina: formato para entrada em máquinas menores (cortado) Margens laterais da folha: determinação de uma mínima para cada máquina Margem da pinça: pinça que alimenta papel para as máquinas pode amassar, sujar ou rasgar o papel Área de impressão: área extraído todos os elementos acima, como margens, marcas e barra. Área efetivamente do impresso final. Caderno: É a parte do jornal ou livro formada pelas páginas impressas em cada folha e após a dobra formará um caderno. Imposição de páginas: É a organização das páginas (fotolitos ou eletronicamente) para a montagem da matriz. Formato aberto/formato fechado: Mesmo que venha a receber dobras, qualquer projeto é impresso aberto, e não dobrado. Para as dimensões que o impresso possui sem estar dobrado dá-se o nome de formato aberto e dobrado, o formato fechado.

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Aspectos da Imagem IMAGEM EM VETOR

Vetor

Imagens construídas por Curvas de Bézier (cálculos matemáticos), ou seja, são objetos gráficos que podem ser deformados infinitamente sem perda de qualidade elementar.

Raster

IMAGEM EM RASTER Pixel: menor elemento encontrado na imagem digital e traduz a informação de cor e luminosidade. Quanto mais pixels, maior a qualidade. O aumento de um arquivo em raster pode ser danificado ao ser deformado, pois a quantidade de pixels é finita.

Dicas: (1) Evitar o envio de imagens raster em JPEG pois é retirada qualidade na sua compressão/compactação. (2) Usar sempre importar e exportar para transferência de imagens sem perda de qualidade. (3) Extensões ideais para gráfica - EPS para imagens, vetores ou fotos e TIFF para fotos e imagens raster.


IMAGEM EM CMYK CMYK corresponde às iniciais das cores Cian (ciano), Magenta (magenta), Yellow (amarelo) and Black (preto). O padrão CMYK é mais usado para impressão em papel, onde 4 cores de tinta geram uma qualidade final melhor do que apenas 3. IMAGEM EM RGB RGB corresponde às iniciais das 3 cores Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul). Este padrão é utilizado para exibição em monitores de computador e televisores em geral. Devido a esta diferença de padrão é que uma mesma. No caso de imagens para web o padrão adotado deve ser o RGB, enquanto que, em se tratando de materiais impressos, deve-se utilizar o padrão CMYK.

Fontes TIPOS DE FONTES

Adobe Type 1: mais recomendada TrueType(TTF): Sistemas Windows e Mac OS, apresenta problemas após corpo 40 pontos Open Type (OTE, OTF): Adobe + Microsoft, apresenta problemas após corpo 40 pontos GERENCIADORES DE FONTES Permite criação e gerenciamento de fontes em grupos para projetos específicos, não sobrecarregando o computador (O Adobe Type Manager (ATM) e o Suitcase da Extensis)

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Processos de Impressão

História, matriz, passo a passo e características dos processos de impressão.



Relevogrรกficos


Xilogravura As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século 6. Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante o século 18. Hoje é usado principalmente como uma forma de expressão artística. MATRIZ Para obter a matriz xilográfica é preciso realizar trabalho de entalhe em um pedaço de madeira, deixando em relevo a imagem que se pretenda reproduzir. As partes altas (em relevo) receberão a tinta e transferirão a imagem para o suporte. PASSO A PASSO (1) Lixe-se uma placa de madeira plana, usando diversos tipos de madeira (principalmente a umburana). Começa-se lixando com uma lixa mais grossa até a mais fina possível. (2) Depois, sé feito um desenho sobre a madeira usando grafite. A imagem desenhada deve ser espelhada, pois o processo é como um carimbo. (3) O desenho é cavado com ferramenta especiais, deixando somente aquilo que deve ser imprimido em alto relevo. (4) Usa-se o rolo, emborrachado, especial para gravuras, com a tinta gráfica. Passa-se o rolo sobre a matriz, e a tinta irá pintar somente o que está em alto relevo. (5) A matriz é rotacionada até ficar em cima do papel, que em seguida é pressionado sobre a mesma. Matriz

Passagem da tinta

Produto final

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VANTAGENS Materiais e custos de produção baratos, durabilidade da matriz sob as condições adequadas, rapidez na preparação da matriz (em comparação a outros processos encavográficos).

DESVANTAGENS Se não armazenadas corretamente, as matrizes estão sujeitas a mofo e larvas. Há um nível alto de dificuldade na impressão de peças com muitas curvas ou muito pequenas, principalmente letras.

Arte em Xilogravura


Tipografia A tipografia é uma impressão no qual a matriz é formada por tipos móveis – pequenos blocos que contêm uma símbolo, em relevo (letra, número, sinal de pontuação etc) em cada um deles. Montados lado-a-lado, eles compõem o texto. Embora ainda seja utilizadas em gráficas de baixo custo para a confecção de impressos padronizados (notas fiscais, talões de pedidos, formulários etc), peças com pouco texto (convites, cartões de visita) e, cada vez mais raramente, livros e embalagens. MATRIZ A matriz tipográfica consiste em unidades de chumbo aonde são esculpidas letras, que ficam em alto relevo. Estas são colocadas em fileiras, até que seja formado o texto de determinada página. PASSO A PASSO (1) Em um pequeno molde de chumbo de tamanho específico, é moldado uma letra, que ficara em alto relevo (o tipo). (2) Depois de feitos centenas de tipos para cada letra, em um apoio são colocadas as letras para que formem palavras e depois frases e depois o texto inteiro (deve ser espelhado). (4) Passa-se um rolo, emborrachado com a tinta gráfica, sobre a matriz, e a tinta irá pintar somente o que está em alto relevo. (5) O papel é posicionado em cima da matriz, e uma chapa pressioná-lo até que a tinta passe dos tipos para o papel.

Produção da matriz

Passagem da tinta

Produto final

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VANTAGENS Hoje, as vantagens são seu uso em trabalhos como inserção de marcas (para facilitar a dobradura em papéis), perfuração (para permitir destacar as partes de uma folha), corte de moldes (como fazer o corte de uma estrela em um papel), impressão em relevo, e estampa de folhas metálicas (como em diplomas, por exemplo).

DESVANTAGENS A manutenção dessa matriz montada não é economicamente viável, apesar de demandar elevada mão de obra para sua confecção, já que os mesmos tipos podem constituir uma nova matriz e tem, unitariamente, um custo elevado. Fotos e desenhos precisam ser convertidos em fotos em relevo, que é o processo demorado e caro de transformar imagens em pontos e traços de metal com elevações.

Impressão com tipos móveis


Flexografia A impressão flexográfica usa como base clichés (carimbos) de resina, em uma máquina rotativa. Surgiu da xilogravura, nos EUA no século 19 e popularizado na década de 20. MATRIZ Feita de borracha ou fotopolímeros, possui seus elementos imprimíveis em alto relevo, é flexível, durável e possui baixo custo. Gravação da matriz: - Entalhe manual - Borracha vulcanizada - Fotopolímero A retícula usada é semelhante a do processo offset, mas é negativa. Distorção: A matriz é feita no plano e depois colocada em um cilindro porta-cliché, sofrendo uma distorção natural. Já prevendo essa distorção, é necessário corrigir a mesma no plano no sentido longitudinal.

PASSO A PASSO (1) A matriz de borracha ou polímero é encavada para que apenas o projeto fique em alto relevo (já calculada a distorção). (2) O cilindro que segura a matriz (porta-cliché) é entintado. (3) O porta-cliché é pressionado contra cilindro que segura o suporte a ser impresso, e repassa a tinta

Matriz

Matriz e Porta-cliché

Produto final

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VANTAGENS Entre as vantagens deste processo podemos citar a qualidade, devido ao avanço da tecnologia laser empregada na fabricação da matriz. Custos, pois as matrizes flexográficas são muito mais baratas, já que são confeccionadas à base de fotopolímeros ou elastômeros flexíveis, que além de serem matérias-primas com preço muito acessível, e tempo, já que a confecção de provas digitais ou impressas para lançamento de novos produtos é mais curta.

DESVANTAGENS Dificuldade de reproduzir detalhes sutis. Qualidade inferior a rotogravura e offset. Tendência a variação de cor.

Squash: esmagamento de impressão, um halo indesejável nos contornos dos grafismos, provenientes da pressão de impressão. Ou seja, um clichê compressível que, ao ser pressionado sobre o papel, impele a tinta para as extremidades (bordas) dos grafismos em relevo da fôrma de impressão, em virtude das diferenças de compressibilidade da fôrma e resiliência do suporte a ser impresso.

Exemplo de Squash


Impressão flexográfica

Porta-Clichés com as matrizes

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Encavogrรกficos


Rotogravura

A rotogravura consiste em um processo de impressão direta que utiliza máquina impressora rotativa com forma cilíndrica gravada em baixo relevo. Originou da indústria têxtil no século 19 e seu produto final é reticulado. Uso frequente no ramo editorial e de embalagens. MATRIZ A matriz consiste em um cilindro de metal revestida de cromo, aonde são cavados alvéolos que formam uma retícula negativa. Esta gravação pode ser feita por meio químico (mais antiga) ou eletromecânica (vibração por diamante). PASSO A PASSO (1) A matriz cilíndrica é entintada, absorvendo tinta dentro dos sulcos que foram gravados no metal. (2) Uma raspadeira retira o excesso de tinta, deixando-a apenas dentro dos alvéolos. (3) O suporte a ser impresso (papel, alumínio ou plásticos) é pressionado por um rolo de borracha contra a superfície do cilindro que tem a matriz. (4) A tinta é passada dos alvéolos para o suporte, e sua secagem é quase instantânea.

Matriz

Retícula

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Suporte sendo impresso


VANTAGENS Secagem rápida da tinta, a fôrma cilíndrica usada é altamente durável e o uso de qualquer suporte flexível. Altíssima velocidade e qualidade de impressão e a os equipamentos são ecologicamente corretos.

DESVANTAGENS Os cilindros de impressão possuem um custo elevado em relação a outros processos de impressão .

Processo Rotográfico

Embalagens por rotogravura


Intaglio

Mundialmente denominada Intaglio e popularmente conhecida como talho doce, impressão em relevo de segurança, a calcografia cilíndrica gera realmente esse efeito sensível ao tato. Foi inventado na Alemanha por volta de 1430, mas remete às gravações em Niello dos egípcios. Presente nos principais documentos de segurança tais como Cédulas de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação - CNH, Cédulas Fiduciárias, Cédulas Monetárias, Passaportes entre outros é considerada a técnica gráfica mais segura contra fraudes MATRIZ A matriz do talho doce é metálica e é feita a gravura em metal, caracterizada pelo fato do desenho impresso é entalhado diretamente na chapa metálica por meio de incisões feitas com uma ferramenta de aço pontiaguda, chamada buril. PASSO A PASSO (1) A Ilustração é feita em uma chapa de impressão Talho Doce (entalhamento pode ter frações de milímetros). (2) A placa é coberta por tinta. (3) O excesso de tinta é retirado da superfície da placa, permanecendo somente no Intaglio (ranhura). (4) O papel colocado sobre a placa e o cilindro fazendo pressão contra a placa. (5) O papel é removido e a tinta foi transferida da placa para o papel.

Matriz

Gravura em Niello

Produto final

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VANTAGENS Entre as principais vantagens, garante um resultado que torna sua falsificação extremamente complicada, muito devido aos detalhes que compõem o processo de impressão. Além disso, o documento impresso a partir dessa técnica pode ser facilmente identificado como autêntico ou não.

DESVANTAGENS Número elevado de detalhes necessário para a produção de uma matriz única e segura.

Elementos de Segurança


Arte em Intaglio

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Tampografia A tampografia é um processo de impressão indireta, isto é, por transferência de tinta, a partir de um clichê gravado em baixo relevo com o motivo a ser impresso e o uso de um tampão de silicone. A tampografia começou a ser utilizada na Alemanha em meados de 1970, mas há indicativos do seu uso anteriormente na Suiça para gravação de mostradores de relógio. Com a aplicação do silicone RTV (Room Temperature Vulcanization) na confecção de tampões a tampografia se desenvolveu rapidamente na Alemanha, sendo hoje o principal país a utilizar esta tecnologia. MATRIZ O clichê tampográfico é a matriz de onde será gerada a impressão. É gravado em baixo-relevo, e pode ser feito de placas de aço ou resina. TINTEIRO TAMPOGRÁFICO Aberto: Uma espátula empurra toda a tinta para o clichê gravado em baixo-relevo e quando volta retira todo o excesso de tinta com uma lâmina (como se fosse um rodo), deixando apenas tinta suficiente para a impressão do grafismo do clichê. Depois desta passagem, o tampão de silicone desce até ao clichê coletando a tinta que vai decorar o objeto. Fechado: Com um processo muito idêntico, diferindo apenas no facto em que as lâminas são substituídas por um reservatório de tinta com formato cilíndrico (semelhante a um copo, geralmente fabricado em cerâmica para maior durabilidade e resistência), que se situa sobre o clichê fazendo a raspagem de toda tinta excessiva através de uma borda incluída. TINTAS TAMPOGRÁFICAS As tintas para tampografia são composta por Resina, Pigmento e Solvente, devido a sua granulometria mais fina ela possui um resultado maior de cobertura. Ela se diferencia das tintas específicas para serigrafia que não são recomendadas para o uso em tampografia por não terem o mesmo resultado final na gravação.


PASSO A PASSO

(1) A tinta é espalhada por cima do clichê. (2) Toda tinta é retirada do clichê com exceção da que se encontra no grafismo que esta em baixo relevo. (3) O grafismo é transferido para o tampão. (4) O tampão se move para a peça a ser impressa. (5) O grafismo é transferido para a peça por pressão.

VANTAGENS Alta qualidade, principalmente no uso para personalização de produto, inclusive na impressão de grafismos e traços finos. Possibilita impressões em superfícies irregulares, côncavas, convexas e em degraus.

DESVANTAGENS Como a Tampografia é um processo muito antigo, há diversas empresas que ainda utilizam em suas produções um sistema ultrapassado de gravação, como máquinas de tinteiro aberto que sujam o ambiente e são prejudiciais à saúde do operador.

Cliché tampográfico

Produto final

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Planogrรกficos


Litografia A litografia consiste em um processo químico de impressão utilizando pedra calcária ou placas de metal como base. A gravura desenhada com tinta oleosa absorve a tinta, enquanto um processo químico gera repulsão da tinta em áreas que absorveram umidade. Surgiu em 1796, e foi desenvolvida por Alois Senefelder em Munique, e conseguiu abrir um novo caminho para as produções artísticas. A pedra litográfica foi um avanço para a impressão pois os tipos geravam apenas texto, enquanto a litografia permitiu a impressão de desenhos e obras mais complexas. MATRIZ A matriz da impressão litográfica consiste em um bloco que pedra calcária lixada ou uma placa metálica, aonde são desenhados com um instrumento de pigmento oleoso. PASSO A PASSO (1) Granitação: Preparação da perda por polimento com grão, buscando atingir baixa ou média aspereza. (2) Colagem: Passa-se goma arábica(cola) em toda a pedra uniformemente e sem acúmulos, para que a placa fique protegida na passagem da imagem e as partes que devam ficar em branco não sejam preenchidas por tinta. (3) Usa-se querosene para apagar retirar o pigmento da pedra, deixando apenas a gordura (está que será usada para criar a imagem). Neste momento, o desenho some por completo. (4) A tinta usada nesse processo é offset, que é gordurosa: usa-se uma esponja para umedecer a pedra, fazendo com que a água seja absorvida apenas pelas partes que não foram desenhadas. Depois, passa-se o rolo de tinta sobre a pedra,e a tinta grudará na gordura presente na pedra (grafite e etc) e será repelida pela água que foi absorvida nas partes aonde não havia pigmentação. (5 ) A impressão se dá pela pressão colocada no papel sobre a pedra. Após a primeira impressão, repetir o processo de umedecer e passar o rolo de tinta. Quanto mais passadas, mais forte a impressão.

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VANTAGENS Ao contrário da tipografia, a litografia surgiu como um meio de reprodução de variadas peças gráficas, principalmente a ilustração, sendo uma opção mais versátil. Baixo custo de manutenção, pois as matrizes podem ser reutilizada após o termino de um projeto.

DESVANTAGENS Processo muito demorado, principalmente para a confecção de obras em policromia. Seu processo exige uma grande quantidade de produtos químicos.

Processo Litográfico

Matriz

Produto final


Offset O processo offset se trata de um processo de impressão aonde a matriz não tem contato direto com o suporte que vai receber a impressão. É um processo que surgiu da litografia em 1904 nos EUA, e utiliza uma superfície de borracha como intermediária. MATRIZ A matriz utilizada nesse processo é uma chapa metálica, normalmente de alumínio, fina e flexível o suficiente para envolver o cilindro de impressão. Assim como na litografia, é necessária uma matriz/chapa para cada cor. A chapa é coberta por um químico fotossensível e exposta a uma luz de alta intensidade, e depois de revelada está pronta para a impressão. Está aos poucos sendo substituída pelo processo CTP, que retira a necessidade da matriz pois passa o arquivo direto do computador para a impressora. IMPRESSORA OFFSET Todas as impressoras offset possuem três cilindros: Cilindro da chapa, que é envolvido pela chapa; Cilindro da borracha (blanqueta ou caucho), onde a imagem é transferida; Cilindro de pressão, que pressiona o papel contra o cilindro de borracha. RETÍCULA OFFSET A função da retícula é transformar uma imagem original com variação tonal contínua em uma variação descontínua, neste caso que possa ser passada para um fotolito. A imagem com variação tonal reticulada, ou seja, formada por pontos de retícula, é chamada de meio-tom. Essa variação de tons ou degradês podem ser formados por pontos redondos (mais comum), elipsoidais e traços. Matriz

Offset rotativo

Retícula offset

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PASSO A PASSO (1) A chapa de impressão toma contato com os rolos molhadores. Estes molham a chapa com uma solução de água, goma arábica e ácido, que é aceita pela área sem imagem e rejeitada pela área com imagem. (2) A chapa metálica é preparada para se tornar fotossensível. A área que é protegida da luz acaba atraindo gordura – neste caso, a tinta – enquanto o restante atrai apenas água – que não chega no papel. (3) A chapa é presa em um cilindro. Esse cilindro vai rolar por um outro menor que contem a tinta – que pode ser da cor ciana, magenta, amarela ou preta. A tinta vai “colar” na imagem, enquanto o restante fica em “branco”. (4) Um cilindro com uma blanqueta de borracha rola em cima do primeiro cilindro (com a chapa já pintada). A blanqueta vai absorver melhor a tinta além de proporcionar uma melhor fricção ao papel. Agora, a imagem está impressa na blanqueta. (5) O papel passa entre o cilindro com a blanqueta e um outro cilindro que vai fazer pressão. Assim a imagem é transferida da blanqueta para o papel.

VANTAGENS Permite a utilização de grande variedade de papéis, além da versatilidade na produção de peças gráficas. Apresenta baixo custo unitário para grandes tiragens (3.000 exemplares). Quanto maior a tiragem, mais barato o valor unitário.

DESVANTAGENS Processo muito poluente e ainda perde em qualidade para a rotogravura quando se trata de suportes plásticos ou metálicos.


OFFSET SECO A impressão offset seco não utiliza um mecanismo umedecedor. A área de contra grafismo (que será deixada em branco) da chapa é feita de uma borracha de silicone, que repele a tinta sem precisar de água. Como não é necessário obter o equilíbrio correto entre água e tinta, esse método requer menos tempo de preparação.

VANTAGENS Maior rapidez na preparação, Há baixo ganho de ponto e o processo é menos poluente, já que não possui descarte de produtos químicos da solução umedecedora. DESVANTAGENS A temperatura da tinta nos rolos precisa ser mantida a um nível baixo, o que exige tintas especiais e ajuste de impressora.

OFFSET DIGITAL É o processo offset no qual a chapa, pré-montada no cilindro da matriz, é copiada a partir de dados digitais sob o comando de um computador. Ela elimina algumas etapas, principalmente na geração de fotolitos. Na impressão offset digital o fotolito não existe mais. As informações são gravadas direto na chapa (que vai na máquina). VANTAGENS Possibilidade de encomendar somente a quantidade que o cliente necessita, reduzindo os custos. Mesma qualidade offset com a versatilidade e a agilidade das impressoras digitais. Ideal para médias e pequenas tiragens. Permite as mesmas variações de acabamento da offset convencional. Imprime frente e verso simultaneamente e separa trabalhos, facilitando o acabamento.

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Outros processos


Serigrafia Serigrafia, também conhecido como silk-screen ou impressão a tela, é um processo de impressão à base de estêncil na qual a tinta é forçada através de um crivo fino para o substrato abaixo dela. As telas foram feitas originalmente de seda e, por este motivo, o nome de origem grega- seri (seda) e grafia (escrever ou desenhar). A palavra serigrafia pode ser usada como sinônimo de silk-screen, mas é muitas vezes utilizada para impressão de itens de produção em massa como camisetas, cartazes e canecas. MATRIZ A tela (Matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta a luz. PASSO A PASSO (1) Primeiro é feita a matriz fotossensível, aonde os pontos escuros correspondem à peça gráfica que será impressa. (2) A tela (matriz) é posicionada sobre o suporte que será impresso, e a tinta é despejada sobre ela. (3) Com um rodo, a tinta é espalhada sobre a tela uniformemente e fica para secar. (4) Após a adição de uma camada de verniz e da secagem total da tinta, a tela é retirada, e sobre o suporte resta apenas a arte pretendida. Matriz

Passagem da tinta

Produto final

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Router Mais conhecido como corte do que impressão, é feita com a Router CNC para fazer cortes em materiais semirrígidos. Surgiu na década de 50 apenas como NC, e foi incorporado nas industrias com o incentivo do governo dos EUA. CNC Sigla de Controle Numérico Computadorizado, ou Comando Numérico Computadorizado, e diz respeito ao controle das máquinas ferramentas por meio de programação computadorizada. É a versão mais avançada do NC (Comando Numérico), que diferente do CNC, não necessita de um computador pois era feito com fitas ou cartões perfurados. ROUTER O nome Router em inglês refere-se às Tupias. Essas máquinas tem a configuração de pórtico móvel, onde a ferramenta de corte se movimenta ao longo dos eixos, XYZ. Consegue resultados menos do que seu competidores, que possuem uma parte de mesa fixa. PROCESSO Router CNC é um equipamento que possui 3 eixos (x, y e z), o controle dos eixos é todo computadorizado. Para receber o comando é necessário gerar o código G, que é transformado nos movimentos. O programa precisa das informações sobre: - Material - Corte - Avanço dos eixos (eixo x e y) - Passo vertical (eixo z) Tupia Manual

Pórtico Móvel

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MATERIAIS - MDF - Madeira - Compensado - ACM (Alumínio Composto) - Plásticos

- Acrílico - PVC Expandido - PS (Poliestireno) - PP (Polipropileno) - PEAD (Polietileno de Alta Densidade)

Madeira

Acrílico

MDF


Impressão Digital A impressão digital dispensa o uso de fotolitos e é feita em copiadoras coloridas, plotters, impressoras de provas digitais e também as chamadas de impressoras digitais que imprimem grandes tiragens sem fotolitos. Com o avanço da informática, o processo da pré-impressão foi aos poucos se tornando cada vez mais digital, possibilitando o surgimento de uma impressão mais rápida e eficaz.

PASSO A PASSO

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VANTAGENS Permite a impressão de dados variáveis, ajustes de impressão são mais simples / sem lavagem de máquina e as provas de impressão são baratas quando comparadas ao offset e são mais fiéis ao produto final. DESVANTAGENS Os ajustes não são tão preciso como em uma offset, grande parte das impressoras não permitem a utilização de cores especiais (como Pantone e cores metalizadas) e o preço elevado


Plotter Eletrostático São o cruzamento entre plotters e impressoras a laser, é a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como por exemplo mapas cartográficos, projetos de engenharia e grafismo. Seu uso se dá em empenas, letreiros, backlighs, faixas, banners, displays ou outros impressos de grande formato. PAPEL Para iniciar a impressão, o papel (suporte) passa por dois processos: (1) torna-se condutor de eletricidade, de forma a permitir a dissipação das cargas eletrostáticas que ocorrerão durante a impressão. (2) É feito um revestimento a base de óxido de zinco mais outros elementos químicos, de forma a torná-lo fotossensível. PASSO A PASSO (1) O papel é exposto à luzes com diferentes comprimentos de onda. (2) Esta exposição marca o papel com a imagem a ser impressa com carga eletrostática. (3) O tonner adicionado ao papel adere a essas área carregadas, e então é fixado por efeito térmico. VANTAGENS Alta qualidade em impressos de grandes portes. Impressões em diversos formatos e tamanhos (chapas de metal, plástico, papelão e etc). DESVANTAGENS Além da máquina ser cara, a impressora é muito grande e ocupa muito espaço. Impressora Plotter Eletrostático

Exemplo: Empena


Termografia Por definição, este é um tipo de impressão de imagens e textos em relevo com o uso de calor. Seu princípio básico consiste na cobertura de uma fina camada de tinta úmida com um pó termoplástico que quando aquecido torna-se um líquido homogêneo. No resfriamento, o líquido solidifica-se para deixar um acabamento em relevo sólido sobre a área impressa. MÁQUINAS MANUAIS Estas máquinas são as chamadas ‘table top machines’ e não ficam acopladas nas máquinas gráficas. Sendo máquinas manuais, o operador alimenta a máquina com as folhas de papel manualmente, uma por uma. MÁQUINAS AUTOMÁTICAS A capacidade máxima destas máquinas é bem maior que as manuais, chegando a 10.000 impressões por hora. Sendo máquinas automáticas, não requerem um operador além do que opera a máquina gráfica.

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Entreasvantagensdesteprocesso,podemoscitarofatodenãousar solventes, apenas um pó que será submetido à calor

PÓ PARA RELEVO Tipos de pó para impressão: - Pó Neutro - Pó Não metálicos - ouro e prata. Diferentes efeitos podem ser obtidos com estes pós apenas mudando-se a cor básica da tinta. - Pó metálico nas cores ouro e prata. Pó Não metálico cor de ouro ou prata possui a vantagem do pó desaparecer quando fora do local da impressão e não oxidar quando exposto por muito tempo


Acabamentos

Modalidade de finalizações após a impressão do produto.



Principais


Refile Cortes no papel necessários para a finalização do impresso, sendo primordial e inevitável para a finalização do projeto. No caso de impressos paginados, é aplicado o refile simultâneo nos seus 3 lados, para homogenizar toda a tiragem. Para isso, usa-se uma guilhotina trilateral, própria para esse serviço.

FUNÇÃO - Eliminar as margens e marcas de impressão na folha de entrada de máquina. - Em lâminas soltas, para separar diversas unidades impressas (corte linear). - Em impressos paginados, para “abrir” os cadernos após eles serem formados pela dobradura da folha de entrada. - Definir o formato definitivo do impresso, já na etapa final do acabamento.

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Dobradura Na determinação do número de dobras, é preciso levar em conta a gramatura do papel utilizado e o equipamento usado pela gráfica (dobras complexas). As dobras mais comuns são as paralelas (viradas para o mesmo lado), as sanfonadas (viradas para lados diferentes, alternadamente) e as cruzadas (uma dobra sobrepõe a outra, ortogonalmente).

Vincagem O vinco é um sulco aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou a realização de dobras. No primeiro caso, ele é utilizado em capas de brochuras com lombada quadrada, localizado próximo à lombada, permitindo a abertura da capa sem forçar o papel. No segundo caso, é usado em papéis de maior gramatura, principalmente quando a localização da dobra é transversal à direção das fibras. O vinco é produzido num equipamento próprio, com uso de uma lâmina arredondada de aço que pressiona o papel. Máquina de Vincagem


Corte (com faca) Termo empregado para processos que necessitam de lâminas específicas (não podem ser produzidos nas guilhotinas comuns). Muito adotado na confecção de embalagens para a geração de abas. Faca de Corte

É um processo caro devido a fabricação de uma lâmina de aço com o formato desejado e normalmente único, que é fixada sobre um suporte de madeira: a faca de corte. A lâmina atua por pressão sobre o conjunto de impressos, realizando o corte desejado simultaneamente sobre várias unidades.

Valorização de projetos gráficos, até por que permite a inclusão de formas vazadas no papel

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Encadernação LOMBADA CANOA Forma mais simples, rápida e barata para a confecção de brochuras. Os cadernos são encaixados uns dentro dos outros, sendo reunidos por grampos na dobra dos formatos abertos. O número total de páginas deve ser múltiplo de quatro. Comum em revistas semanais e de baixo custo.


LOMBADA QUADRADA Utilizando adesivo térmico (hot melt), dá uma aparência um pouco mais sofisticada, por criar uma lombada. O processo é em geral aplicado em equipamento com uma fresa que faz pequenas incisões no dorso da publicação, nas quais penetra a cola derretida. Na lombada quadrada são eliminadas as dobras do formato aberto, ficando as folhas soltas. Quando o papel utilizado no miolo é mais encorpado, é comum a aplicação de vinco na capa, em torno de 5mm de distância da lombada. Muito utilizada em revistas mensais e adequada para volumes entre 40 e 200 páginas com pouco manuseio (rompimento do adesivo, “quebra” da publicação). LOMBADA COM COSTURA E COLA As folhas de cada caderno são unidas por costuras na dobra do formato aberto e só então os cadernos são reunidos, lado a lado, com o uso da cola. Mais resistente (manuseio) e de custo maior, adequada para impressos com mais de 200 páginas (múltiplos de quatro), que exijam apresentação mais nobre.


COM TELA Com maior custo e o mais resistente de todos, esse tipo de encadernação inclui, além da costura, a aplicação de uma tela para reunir todos os cadernos, juntamente com a cola. Usado em edições de luxo e em volumes grandes destinados a intenso manuseio (dicionários, bíblias etc.). Número de páginas múltiplo de quatro.

75 MECÂNICA Maior custo e o mais resistente de todos, esse tipo de encadernação inclui, além da costura, a aplicação de uma tela para reunir todos os cadernos, juntamente com a cola. Usado em edições de luxo e em volumes grandes destinados a intenso manuseio (dicionários, bíblias etc.). Número de páginas múltiplo de quatro. Espiral

Wire-o


ImpressĂľes adicionais


Hot Stamping Hot Stamping é um sistema de impressão utilizado comercialmente para pequenos detalhes ou frases, afim de produzir um efeito metalizado na impressão. A impressão de Hot Stamping não recebe tinta para realizar a gravura, sendo necessário apenas aquecimento para gravar o conteúdo desejado em uma tira de material sintético revestida de uma fina camada metálica. Não é recomendável o uso de elementos visuais muito detalhados ou letras serifadas em corpos inferiores a nove pontos, devido à baixa definição obtida.

Revestimentos PLASTIFICAÇÃO O processo de plastificação consiste em revestir o papel ou cartão impressos com uma película de plástico aplicada sob pressão e calor. Essa operação tem como finalidades melhorar a aparência e proteger a folha impressa (au­men­tan­do a resistência ao atrito, servindo como bar­rei­ra à umidade, resistência à gordura etc). A plastificação é utilizada em diversos produtos gráficos, como capas de livros, revistas, catálogos e ma­nuais.

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LAMINAÇÃO Os processos de laminação consistem nos métodos existentes para ­união de dois ou mais suportes (papel, cartão, folhas metalizadas e filmes plásticos). Tem como finalidade au­ men­tar a espessura e a rigidez, além de proporcionar proteção e embelezamento ao produto. A laminação pro­por­cio­na vá­rios acabamentos, que va­riam conforme o plástico aplicado. As laminações foscas e brilhantes são mais usadas em pastas pro­mo­cio­nais ou capas fle­xí­veis.

Verniz O verniz tem a mesma função da laminação, sendo usado normalmente ou um ou outro. Sua função básica é proteger o impresso e dar brilho. Pode ser aplicada tanto separada da impressão quanto em linha na própria máquina offset. É um tipo de acabamento que pode ser usado em produtos de baixa gramatura (panfletos, folders) até nos de alta gramatura (cartões, postais, etc). Trata-se da aplicação de uma tinta transparente de alto brilho (verniz) usando a mesma técnica da impressão. O resultado é muito mais bonito, porém tende a ser menos durável. VERNIZ U.V. LOCALIZADO Este processo é usado normalmente associado a laminação fosca. Neste acabamento, usa-se o silk-screen para aplicar verniz somente nas áreas escolhidas. Como resultado, tem-se um produto (sempre material grosso) com o toque da laminação fosca e o brilho somente nas partes selecionadas. Um recurso muito interessante é usar o verniz como parte do design, brilhando onde não há nada impresso, trazendo informação a medida que se mexe com o cartão. Por ser de aplicação quase sempre manual, o custo é muito alto.


VERNIZ DE MÁQUINA Ou verniz offset, é o mais barato e consiste numa impressão adicional realizada com matriz semelhante à usada na impressão das tintas. Barato, simples e rápido, tende ao amarelamento e baixa resistência à abrasão.

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Efeito Sobre Papel O verniz tem a mesma função da laminação, sendo usado normalmente ou um ou outro. Sua função básica é proteger o impresso e dar brilho. Pode ser aplicada tanto separada da impressão quanto em linha na própria máquina offset. É um tipo de acabamento que pode ser usado em produtos de baixa gramatura (panfletos, folders) até nos de alta gramatura (cartões, postais, etc). Trata-se da aplicação de uma tinta transparente de alto brilho (verniz) usando a mesma técnica da impressão. IMPRESSÃO EM RELEVO Obtido pela pressão de uma matriz e um contramolde que moldam o papel, é utilizado para dar destaque a elementos impressos do layout.

RELEVO SECO Recurso idêntico à impressão em relevo, porém sem o uso de impressões. A imagem é formada apenas pelo relevo obtido por pressão da matriz e contramolde.


GOFRAGEM Forma de dotar o papel liso de fábrica com texturas específicas, por meio de sua prensagem por duas calandras, sendo uma delas com a textura desejada.

SERRILHADO Pequenos cortes na folha de papel ajustados e utilizados para a produção de itens destacáveis (canhotos, cartões-resposta etc.) e também como etapa preliminar para dobraduras em papéis de alta gramatura. Produzidos em equipamentos próprios.

81 PICOTES Também utilizados para itens destacáveis. O picote consiste numa perfuração do papel de maneira que os pequeninos furos, lado a lado, formem uma linha. Seu destacamento costuma ser mais eficaz do que o serrilhado. Produzidos em equipamentos próprios.


Informações Gráficas

Considerações finais a respeito da produção gráfica.



CHECKLIST DE PRODUÇÃO GRAFICA


01 - Não utilize cores RGB, use sempre CMYK ou cores especiais. 02 - Salve sempre suas imagens/fotos em TIFF. 03 - Salve gráficos e vetores em EPS. 04 - Confira a resolução. Para impressão offset o ideal é 300 DPI. 05 - Envie o arquivo final para gráfica em TIFF, EPS ou PDF. Procure não enviar em arquivo aberto. 06 - Cuide para não escrever muito perto das bordas. Faça uma área de proteção (5 mm). 07 - Lembre-se de sangrar seus arquivos (5 mm). 08 - Indique com linhas (de 3 mm) as marcas de corte. 09 - Indique com linhas tracejadas (de 3 mm) o local das dobras. 10 - Antes de iniciar o trabalho pense no tipo de papel que irá usar e consulte o fornecedor gráfico para saber se as características do mesmo são compatíveis com o seu trabalho. 11 - Antes de iniciar o trabalho confira a tabela de aproveitamento de papel (de acordo com a gráfica que irá imprimir) e tente adequar seu trabalho a este formato. 12 - Peça para o cliente fazer uma correção detalhada do material final a ser impresso. Isso diminui a porcentagem de erros e diminui sua parcela de culpa no caso de algum erro. 13 - Envie sempre prova do seu trabalho com as últimas modificações e de preferência no tamanho 1:1. 14 - Envie todas as fontes usadas com suas devidas famílias (ex. bold, itálica, etc.). 15 - Envie somente os arquivos que devem ser impressos. Não mande arquivos com páginas em branco ou com páginas que não devem ser impressas.

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16 - Elimine todos os objetos que estiverem fora da página ou que não devam ser impressos. 17 - Deixe e-mail ou telefone de contato com a gráfica. 18 - Anote qualquer observação que for necessária no seu trabalho, tais como: camada para silk, número de cores, cores especiais, corte especial, etc. 19 - Simplifique seus arquivos, evite usar blends, lentes, transparências, patterns, máscaras, etc. Caso utilize alguns destes efeitos, converta-os em vetor. 20 - Evite rotacionar ou mudar o tamanho das imagens nos programas de ilustração ou de paginação, faça isso nos próprios programas de edição de imagem (ex. Photoshop). 21- Não amplie suas imagens, escaneie de novo caso você precise em um formato maior, quando você amplia elas na verdade está perdendo resolução e com isso qualidade. 22 - Marcando as opções bold e/ou itálico para fontes pode funcionar para a tela ou impressão em baixa resolução mais quando a impressão for em alta resolução pode não funcionar, você deve ter certeza de que tem a fonte que quer usar e sua respectiva família. (ex. usar Helvetica e Helvetica Bold funciona pois existe esta fonte correspondente, agora usar Futura Black e depois selecionar a opção Bold não irá funcionar pois não existe a fonte Futura Black Bold, neste caso você deve usar a fonte Futura Extra Black). Isso também resolve-se transformando as fontes em curvas. 23 - Caso o trabalho requeira alguma faca especial, procure não colocar nada muito perto da margem de corte. 24 - Indique o formato das facas especiais com uma cor pura (magenta, ciano ou amarelo). Evite o preto neste caso. 25 - Lembre-se que a faca de corte é feita com uma lâmina torcida no formato solicitado. Portanto, enquanto mais simples menor o custo e as chances de erro.


26 - Indique os locais de verniz localizado com 100% de uma cor pura em uma página separada. Especifique bem que aquela página é referente a aplicação de verniz e deixe claro a que página ela deve ser aplicada. 27 - Depois do trabalho impresso você (e seu cliente) tem o direito de ter de volta o fotolito e a faca de corte. Você pagou por eles e pode querer utilizar no futuro. 28 - Nem todas as gráficas trabalham da mesma maneira com todos os materiais. Por isso, a cada novo trabalho procure fazer orçamentos em outras gráficas. As vezes uma gráfica que trabalha bem e barato com corte especial não consegue reproduzir com precisão as cores. Pesquise sempre. 29 - Ao realizar um trabalho impresso pense no processo inteiro, desde a sua criação, envio de arquivo, impressão, distribuição, local de distribuição, manuseio e descarte. A preocupação com o processo é a principal característica de uma arte-final bem realizada.

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Glossรกrio


A Ângulo de retícula- Ângulo no qual as retículas são posicionadas em relação às outras. Arquivo Aberto - Termo utilizado para arquivos de computador em formato nativo do programa utilizado para criação do trabalho. (Ex.: .CDR, .PM6, .FH7, etc). Arquivo Fechado- Termo utilizado para arquivos de computador em formato nativo do impressora onde este será impresso. (Ex.: .PS, .RAW, .PRN, etc.) B Bitmap - Formato de arquivo gráfico formado por uma matriz de pontos. Ex.: TIFF, BMP, PSD. BOPP: Laminação de alto brilho, foscas e holográficas. Além de aumentar o atrito, também servem de barreira à umidade em folhas impressas. C CMYK – Ciano (Cyan), Magenta, Amarelo (Yellow), Preto (Black). As cores CMY são as cores primárias do modelo subtrativo de cores. A sobreposição das três cores na impressão produz um tom marrom escuro. A cor preta, por não poder ser criada através desta composição, entra no processo para complementar. O modelo subtrativo cria cores refletindo a luz de uma superfície (impresso). O sistema CMYK tem o propósito de simular as cores do sistema RGB. Compressão - O uso de técnicas matemáticas para representar uma imagem com menos dados. Existem formas de compressão sem perda de dados e formas com perda irrecuperável de dados. A compressão de dados é usada para reduzir o tamanho dos arquivos, principalmente para sua transmissão. Colagem - Trabalhos como envelopes com fechamento automático, cartas-respostas e malas-diretas podem ser adaptados para fechamento e cola totalmente mecanizados. Quando os formatos ou layouts fogem do padrão, precisam de colagem ou colocação de fita dupla face manual, e, portanto, terão alteração no orçamento. D DPI- Dots Per Inch ou pontos por polegada é a medida de resolução de uma impressora digital, imagesetter, ou CTP. Ver também PPI.

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E EPS - Encapsulated PostScript. Criado pela Adobe Systems, é um formato universal de arquivos para intercâmbio de informações entre equipamentos e programas gráficos. Permite incorporar elementos gráficos como fotos, fios, descrições de fontes, etc., em páginas para impressão. O arquivo EPS pode também incluir um arquivo de baixa resolução (preview) para o posicionamento no monitor. Escala de cores - Tabela impressa que contém as diversas combinações de tonalidades de cor. F Fonte - Arquivo de computador que possui a descrição matemática de um determinado tipo de letra. A partir desta descrição matemática o computador pode escalar este tipo para qualquer tamanho imaginável. Os formatos de arquivos de fontes escaláveis mais difundidos são o TrueType, da Microsoft/Apple, e o Adobe PFB, da Adobe Systems. G Gramatura do papel - Termo utilizado para definir a espessura de uma folha de papel, em g/m2 (gramas por metro quadrado), ou seja, quanto mais pesado é o papel, maior sera sua espessura. Ganho de Ponto - O ganho de ponto é o aumento do tamanho do ponto da retícula verificado quando se compara o tamanho original do ponto no arquivo com o ponto (resultado) impresso. O efeito do ganho de ponto deve ser minimizado pela compensação durante a produção do arquivo digital. GCR - Gray Component Replacement (Substituição do componente cinza). Substituição de áreas com sobreposição neutra das três cores (Cyan, Magenta e Amarelo) por preto. O GCR diminui a porcentagem da sobreposição das 4 cores, proporcionando economia de tinta e minimizando o decalque. H Hot Stamping: Processo de impressão em relevo sem a utilização de tinta. A transferência da imagem ou do texto para o suporte é feita por meio de pressão e calor sobre uma fita impregnada de pigmento. I Imagem vetorizada - Forma de codificação de imagens através de vetores. Estas imagens podem ser ampliadas ou reduzidas sem perda de qualidade.


Imagesetter - Nome genérico dado aos equipamentos usados para produção de fotolito a partir de arquivos de computador. INCLINAÇÃO DE RETÍCULA- Descreve o ângulo entre as retículas das 4 cores sobrepostas em imagens coloridas. A inclinação errada pode causar o efeito de “moiré”. Ver também Moiré. J JPEG- É considerado um formato padrão para a compressão de imagens. O formato foi desenvolvido pelo “Joint Photographic Experts Group”. JPEG é um formato de compressão com perda irrecuperável de informação. L Laminação- Acabamento de superfície que consiste na aplicação de uma película plástica sobre a superfície impressa. Geralmente é utilizado em capas de livros e revistas Lombadas - É o acabamento lateral do fechamento de folheto ou livro. Pode ser do tipo canoa, em grampos, ou quadrada, desde que acima de 3 mm de altura, fechado com PUR (cola branca) ou Hot Melt (cola amarela) com costura. M Moiré - (Pronuncia-se muarê) Padrão indesejável causado pela justaposição de retículas com ângulos incorretos. Geralmente ocasionado por digitalização de materiais já impressos. O Offset - Processo de impressão baseado em cilindros de borracha para transferência de tinta para o papel. Atualmente o mais utilizado. Original - Material usado como ponto de partida para reprodução. P Pixel - (Picture Element) Menor unidade de uma imagem digital. Plotter- Equipamento de impressão conhecido anos atrás como traçador, pois sua função principal era desenhar plantas de engenharia e arquitetura, utilizando canetas controladas por servo-motores. Atualmente os plotters utilizam a tecnologia jato de tinta. Sua principal característica é a de permitir impressões coloridas com alta qualidade em formatos grandes de papel, vinil, etc. Policromia - Processo de impressão onde, a partir de quatro cores básicas (ciano, magenta, amarelo e preto), são geradas todas as outras cores do espectro visível. Postscript - Linguagem de programação usada para descrever ima-

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gens gráficas. Criada pela Adobe Systems, é utilizada pela maioria dos fabricantes de equipamentos profissionais de editoração eletrônica. Pantone - Tabela universal de cores que associa cada tonalidade da cor a um código Papel Couché - Possui gesso em sua composição e variantes com ou sem brilho. É um dos mais utilizados na indústria gráfica em todos os tipos de impresso, desde livros de arte, mala-direta, calendários e folders. Revistas e catálogos também o utilizam na capa - somente as mais sofisticadas lançam mão do papel couché também no miolo. Q Quadricromia: Refere-se ao processo de impressão que emprega o sistema CMYK para reproduzir uma gama variada de cores a partir de quatro cores básicas. R Resolução - Número de pixels ou de pontos por área linear em uma imagem, impressora, imagesetter ou scanner. Pode se referir também ao número de bits por pixel. No caso de imagens (scanners), quanto maior a resolução, maior será o tamanho do arquivo gerado, mas também, maior será a qualidade do trabalho final. Registro - Marcas coincidentes colocadas no fotolito para que haja encaixe perfeito no processo de impressão. RGB - (Red, Green and Blue) Sistema de cor aditivo que utiliza o Red (vermelho), Green (Verde) e Blue (Azul). Utilizado em Televisores, Monitores e Scanners. Retícula - Processo de graduação de cores baseado em pequenos pontos de tamanhos variados, que, ao serem observados a uma determinada distancia, criam a ilusão de tom contínuo. Roseta - Efeito visual formado pelas retículas quando o resultado final de todas as inclinações é correto. RGB - Abreviação do sistema de cores ‘Red, Green, Blue’ (vermelho, verde, azul) que é utilizado pelos monitores de vídeo de computadores e televisores S Sangrar - Recurso de diagramação que consiste em deixar que se invada com texto, foto ou ilustração o espaço reservado às margens de uma publicação Serigrafia - A tinta chega ao papel atravessando a matriz por áreas


permeáveis, das quais surge o branco. Scanner- Equipamento para digitalização de imagens através de um sistema ótico-eletrônico. Seleção de cores - Processo de pré-impressão onde todo o espectro de cores é reduzido para apenas quatro cores básicas (cyan, magenta, amarelo e preto). T TIFF - (Tagged Image File Format) Formato de arquivo digital utilizado para descrever imagens em bitmap. Tipo - O mesmo que “Fonte”. Truetype- Formato de arquivo de descrição tipográfica adotado pela Microsoft e Apple. Tiragem: Quantidade de impressões U UCR - (Under Color Removal) Técnica que remove Cyan, Magenta e Amarelo nas áreas de sombras neutras, compensando com preto e evitando problemas de decalque na impressão. UV - Abreviação de ultravioleta V Verniz - O verniz de máquina dá proteção à peça, facilitando o manuseio e dando mais vida útil à peça. É considerado como mais uma cor, pois é acoplado nas máquinas de impressão offset.

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