Escola Secundária de Albufeira Ano lectivo 2013/2014 2 de Março de 2014
O amar no tempo
Ana Mira nº1 11ºD Português Prof. Isabel Fernandes
Índice Introdução…………………………………………………………………………………………………………………….………………….………………….4 O amar no friso cronológico………………………………………………………………………………………………………….5/16
Amar na Pré-história……………………………………………………………………………………………….…………6/7 Amar em tempo de descobertas…………………………………………………………….………….……………….8 Amar no tempo dos cavaleiros…………………………………………………………………….…………….9/10 Amar em tempos de mutação social……………………………………………………..……………….………11 Amar na sociedade atual…………………………………………………………………………..………….……..12/16
O amar na música………………………………………………………………………………………………………………..……….…….17/21 Expressar o amor através de melodias: do romantismo à música moderna…………………………………………………………………………………………………………………………….………18/21 Conclusão………………………………………………………………………………………………………………………………….…………….……….22 Bibliografia…………………………………………………………………………………………………………….………………….…….….…………23
Introdução Séneca, intelectual do império romano, afirmou num dos dias da sua vida que "o amor não se define; sente-se." Contudo, o ser humano como sempre armado em esperto e alimentando sabe-se lá por quê (provavelmente pela sede de evolução e descoberta), fez questão de derrubar uma afirmação tão mágica. Segundo o Priberam, Dicionário da Língua Portuguesa, o amor pode ser: a) Um sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção; b) Uma ligação afectiva com outrem, incluindo geralmente também uma ligação de cariz sexual; c) Um entusiasmo ou grande interesse por algo; d) Uma ligação intensa de carácter filosófico, religioso ou transcendente. Como se a confusão não tivesse tomado já proporções consideráveis, o estabelecimento de ensino que frequento (para não referir a docente da disciplina de português) obrigou-me a distinguir o termo ―amor‖ do termo ―amar‖. Se seguir uma linha gramatical posso facilmente dizer que amar é o ato de sentir ou sofrer o amor. Contudo, algo me diz que a questão não é tão simples assim. Prossigamos. É sabido que o avançar do tempo provoca constantes alterações no espaço onde vivemos bem como no modo como vivemos. É também sabido que desde os primórdios até ao momento, a forma como os indivíduos de uma população (neste caso humanos) se relacionam entre si e com o meio envolvente, tem vindo a assentar em alicerces provavelmente não muito diferentes. Contudo, as necessidades que provocam essas relações e os objetivos delas advêm têm-se alterado como seria de esperar. As variadas circunstâncias nas quais nos encontramos hoje e aquelas pelas quais os nossos antepassados tiveram de passar, influenciaram os sentimentos e assim as ações praticadas. Pretendo fazer ao longo deste trabalho uma viagem pela história mundial, agarrar em alguns marcos temporais e tentar estabelecer comparações entre o mais antigo e o mais recente.
O amar no friso cronol贸gico
Amar na pré-história A origem do carinho como emoção fundamental à vida Os nossos antepassados, aqueles que ainda eram nómadas e viviam à base da caça, não tinham tanto tempo para amar. Tinham obviamente emoções, mas a sua prioridade era a sobrevivência e pouco mais. O instinto protetor relativamente às crias foi cultivado ao longo do tempo. Contudo, elas estavam apenas aos cuidados das fêmeas. Hoje é possível dizer que a reprodução era algo natural que garantia a continuidade e evolução da espécie. Era nada mais do que uma necessidade. Os desejos sexuais atuavam sobre esse mesmo sentido, isto é, serviam para ―relembrar‖ essa obrigação, não deixando grandes opções aos indivíduos apesar do livrearbítrio. É um dado adquirido que os antecedentes ainda dos australopitecos, os primatas, tinham tendência para a promiscuidade na vida sexual, o que elevava bastante os níveis de conflito entre os dois sexos. Os seus cérebros estavam preparados para agir de forma agressiva e a seleção sexual (a escolha das fêmeas para posterior procriação) não existia inicialmente. Pouco a pouco tiveram se aproximar do perfil das fêmeas, assentando na monogamia, se é que o termo pode ser aplicado neste contexto, surgindo assim o carinho, o romantismo. O nascimento das crias, bem como a sua vulnerabilidade levaram à necessidade de uma atenção biparental. A natureza encarregou-se através da seleção natural de motivar os machos e as fêmeas a permanecerem unidos, de modo a acompanhar as crias o melhor possível. Para isso existiu: Uma redução das diferenças anatómicas (como a dimensão e a força muscular) entre os dois sexos A eliminação dos indícios de ovulação nas fêmeas Uma redução do tamanho dos testículos nos machos, com consequente diminuição dos níveis de testosterona
Estas alterações resultaram num aumento da recetividade por parte das fêmeas durante o ciclo menstrual, e, assim ao reforço da união com os machos, ficando estes mais confiantes relativamente às suas capacidades paternas e com menor tendência para o acto sexual promíscuo. Foi resumidamente assim que a natureza atuou ao nível da adaptação física, mas sobretudo psicológica dos indivíduos. A partir daí, com a questão da procriação estabilizada e assegurada, surgiram então o interesse e as preocupações com o meio em redor.
Fig.1 - Homem e mulher australopithecus nas tarefas do quotidiano
Amar em descobertas
tempo
de
A influência das grandes navegações nas relações pessoais Contexto histórico As descobertas marítimas que todos conhecemos, nos séculos XV e XVI reformularam o conceito de humanidade. Houve uma transição da vida segundo a conceção religiosa de que Adão foi criado por Deus como o homem perfeito e todos os outros teriam descendido dele. Assim, indivíduos que falavam línguas diferentes ou que tinham rituais religiosos diferentes eram vistos como monstros. As navegações europeias mostraram que tal não passava de uma fantasia e desta forma incitaram a descrição dos diferentes povos (na altura os Negros, os Asiáticos e os Ameríndios) por parte da Europa, nascendo os primeiros relatos antropológicos.
As relações amorosas interculturais Os portugueses que se aventuraram na descoberta de novas terras constituíam um grupo mínimo em comparação com outros povos. Por esse motivo e devido à sua capacidade de integração e aceitação do ―outro‖, socializavam e relacionavam-se com aqueles que permaneciam nos territórios atacados. Alguns limitavam-se à promiscuidade e às relações casuais, enquanto outros se apaixonavam completamente e acabavam por constituir família, fomentando a mestiçagem. Os outros povos da Europa tomavam uma posição mais preconceituosa e discriminatória neste sentido do que os portugueses.
Amar no cavaleiros
tempo
dos
A influência das cortes régias no amor entre homem e mulher Contexto histórico
O século XII, com o surgimento das cortes régias e senhoriais foi marcado pelo convívio mais mundano entre o sexo feminino e masculino. Existia uma espécie de código com o conjunto de regras que deviam ser respeitadas por todos os cavaleiros na forma de amar. Esses cavaleiros constituiriam a figura do herói que tinha a obrigação de servir por amor.
O amor cortês Apesar de a sensualidade e o aspeto físico não serem totalmente descurados, o ato amoroso consistia essencialmente na espiritualidade e virtude. Os cavaleiros deveriam conter-se nos gestos e nas palavras, de forma a conquistar as damas através das ações. Assim, tanto a paciência como a bravura eram pormenores essenciais ao seu caráter. Aqueles que o conseguiam, além da dama recebiam em troca uma elevação perante os restantes homens, mas sobretudo perante Deus.
Fig.2 – Ilustração de um cavaleiro do séc. XII vestido a rigor
A dama (enquanto mulher) deveria ser um símbolo de beleza e serenidade. Deveria ser bemfalante (quanto bastasse) e capaz de captar a atenção através do sorriso, e, mais tarde, do beijo.
Fig.3 – Ilustração da dama da corte do séc. XII
Amar em tempo de mutação social A influência da emancipação feminina Contexto histórico
No limiar do séc. XX, mais precisamente nos loucos anos 20, num cenário pós-guerra, a mulher passou a ocupar postos que constituíam anteriormente responsabilidades dos homens. Isto deveu-se ao facto de eles terem sido obrigados a partir para a guerra, abandonando os empregos e os lares.
O possível surgimento do amor pela carreira Perante a ausência ou até falecimento dos maridos (bem como de outros membros da família masculinos) as mulheres foram obrigadas a garantir o sustento da família. Esse sustento dependia da dedicação ao emprego e, consequentemente, da aposta nos estudos. Em vez de terem as tarefas domésticas e a educação dos filhos como únicas prioridades, as mulheres passaram a ambicionar algo mais: dinheiro, sucesso, poder. O ingresso no ensino superior por parte do sexo feminino aumentou, tendo, por conseguinte, os lugares de topo e responsabilidade na vida profissional começado a ser disputados por ambos os géneros. Talvez isto tenha servido para alargar os horizontes da mulher, fazendo nascer um interesse, seguido de uma dedicação e até de uma paixão pelo emprego. Todos estes sentimentos seriam naturais, dado o fascínio derivado do preenchimento do quotidiano com responsabilidades diferentes daquelas que eram costume. As mulheres passaram a aspirar carreiras com as quais se identificavam, completando aos poucos essas aspirações com os deveres maternos.
Amar na sociedade atual A influência da carreira profissional na relação de um casal Contexto histórico
Pleno século XXI. Um mundo industrializado. As populações seguem a sua vida movidas pelas tarefas acrescidas, quase como numa corrida constante contra o tempo. Os interesses monetários e as ambições sobrepõemse por vezes ao resto. A tecnologia em desenvolvimento espalha-se por toda a parte, não se sabendo bem se isso é positivo ou negativo.
Um dos problemas que mais afetam as relações afetivas dos casais nos dias de hoje é a falta de tempo. O frequentemente chamado ―tempo de qualidade‖ é essencial a qualquer relação entre duas pessoas, seja ela de que tipo for. Quando se compromete esse tempo colocando em primeiro plano algo que não a relação, compromete-se automaticamente todo o bom funcionamento da mesma. Na época em que estamos a mulher passa já mais horas a trabalhar, o que significa que não permanece à espera do marido que chega ao final do dia, nem sempre tem, por palavras simples, a casa arrumada e o jantar na mesa, como acontecia há alguns anos. A mulher regressa a casa tão exausta quanto o homem, até em pior estado, por vezes. O cansaço extremo, o consumo inevitável dos assuntos relacionados com o emprego, entre outros fatores causam distúrbios que podem levar ao fim de um compromisso. Apesar de ter sido utilizado como exemplo acima a relação entre homem e mulher (com o objetivo de estabelecer uma comparação entre o presente o passado e realçar o modelo de família antigo), estas condições são obviamente válidas para todos os lares, isto é, de forma nenhuma determinadas pela orientação sexual dos membros do casal. As razões que levam a colapsos deste género são variadíssimas. Contudo, e um pouco sob o meu ponto de vista, a evolução supostamente inevitável do interesse
pelo dinheiro tem um impacto considerável no assunto. Isto porque ao longo do tempo tudo começou a girar em torno do capital, o que levou a que os indivíduos vivessem em função daquilo que possuíam monetariamente. A ambição natural levaria então ao desejo constante de possuir cada vez mais, sobrepondo-se esse desejo ao restante conteúdo desta nossa existência. Retomando ao tema principal, é importante referir que os factos mencionados não se verificam em todos os casais. É um aspeto que está dependente da conduta e das necessidades de cada um.
A influência das novas tendências na relação dos mais novos com os mais idosos As ocupações e responsabilidades dos jovens têm vindo também a mudar radicalmente, como podemos observar e estudar. Restringindo o tema aos avanços na área da tecnologia e ao respetivo impacto na relação afetiva dos netos com os avós, conseguimos chegar a uma divergência de opiniões ou consequências. Por um lado, como os avós (pelo menos os que já cá estão há cerca de oitenta anos) viveram sempre um tanto limitados a nível material, numa época em que ainda andava Rutherford a tentar definir o conceito de núcleo atómico e Planck empenhado em explicar a teoria dos Quantas, é natural o sentimento de revolta de alguns deles perante exageros cometidos pelos mais novos. O neto provavelmente vai tentar esquivar-se à maratona do jogo das damas para passar o último nível do jogo mais famoso do momento. Colocadas as coisas nestes termos, os aparelhos eletrónicos podem ser uma fonte de discussão e uma causa de afastamento na família. Os passeios com os avós são substituídos pelas tardes a jogar X-Box, as histórias para adormecer inventadas pelos mesmos são substituídas pelo ―livro que fala‖ (sim, existem já livros automatizados com gravadores incluídos). É possível que a atenção dada aos mais idosos seja um dever, em vez de um desejo, ou de algo agradável. Por outro lado, se pensarmos no quão interessante pode ser ensinar o avô a aceder à lista de gravações na televisão, o caso muda de figura. A predominância das tecnologias passa a permitir uma aproximação e não um afastamento, o que é bastante positivo. O ideal seria até a troca de conhecimentos: os avós a contar como era a vida sem internet e os netos a informá-los sobre as suas vantagens. Pode ser uma ótima forma de evitar que os primeiros se sintam excluídos e inúteis num mundo mais avançado neste campo. Atingindo um meio-termo, nenhuma das partes sai prejudicada. Pelo contrário saem ambas beneficiadas e sobretudo realizadas (principalmente no que toca aos avós).
Procuremos factos. Como se sentem eles, os mais idosos? Vejamos a posição que dois avós conterrâneos tomam relativamente ao tema.
Joaquim Mira, nascido a 21 de Junho de 1925 (88 anos). Quais as atividades que mais gostava de praticar nos tempos livres? Com 16 anos, eu já trabalhava 8h por dia. No pouco tempo livre costumava passear pela rua com os amigos e ir até às sociedades recreativas na cidade. Havia lá bailes, jogos de damas, cartas, dominó… Também costumava assistir aos jogos de futebol. Qual a sua opinião sobre o impacto dos computadores na relação dos mais jovens com o resto da família? Eu acho que os computadores são bons se a sua utilização for controlada. Nem todas as pessoas deveriam ter acesso a eles. O acesso a determinada informação, que devia ser secreta, já é um abuso da técnica. Provavelmente as novas gerações não vão dar tanta atenção aos mais velhos. Perdeu se um pouco o amor-próprio e também o amor familiar. Antigamente viam-se mais avós a passear com os netos. A evolução que isto tomou fez com que se vivesse menos para a família. Antes era ao contrário. As pessoas agora vivem mais para si, fruto do egoísmo. Comente o avanço constante das tecnologias. O controlo da tecnologia devia ser maior. O seu avanço veio retirar muitos postos de trabalho. Aquilo que requeria 20 pessoas, hoje requer apenas uma. Apesar de ter muitos benefícios causou alguns retrocessos.
Joaquim Vital, nascido a 28 de Março de 1934 (79 anos) Quais as atividades que mais gostava de praticar nos tempos livres? Eu gostava muito de escrever e de ler livrinhos. Qual a sua opinião sobre o impacto dos computadores na relação dos mais jovens com o resto da família? Há uma separação entre os jovens de hoje em dia e a família. Portanto, os jovens estão muito influenciados com os computadores e os telemóveis que existem hoje. Antes não era nada disto. Antes nem telemóvel se tinha e não havia tempo para tempos livres.
Comente o avanço constante das tecnologias. Acho que as novas tecnologias são o resultado do avanço da nossa sociedade. Portanto houve muita mudança em todos os apetos e este foi mais um.
É possível afirmar que ambos aceitam a situação por terem consciência de que a evolução é algo natural e que a única coisa a fazer é aprender a lidar com ela, além de reconhecerem as suas vantagens. Sentem obviamente a falta dos antigos costumes, mas conseguem lidar com as mudanças. Contudo nota-se uma ligeira diferença entre os dois casos. No primeiro verifica-se uma certa desconfiança e menos conforto relativamente ao assunto. Talvez por saberem que os netos têm as suas vidas e afazeres, deixam-se afetar mais pela influência das tecnologias no que toca ao mundo profissional e, consequentemente ao futuro do país. No primeiro caso há uma tendência para tocar no assunto da produção nacional como preocupação ou desgosto. Isto deve-se em parte à informação a que acedem, nos noticiários televisivos por exemplo, que ultimamente têm realçado a situação de crise essencialmente política e económica em todo o país. É lógico que a opinião de cada um está dependente da educação recebida, bem como das condições de vida no passado da situação familiar no presente.
O amar na mĂşsica
Expressar o amor através de melodias: do romantismo à música moderna Toda a gente ama, de alguma forma, em algum período de tempo. E é assim desde os primórdios, como tive oportunidade de realçar no primeiro tópico do projeto. Contudo, desde que a música passou a ser classificada, organizada em estilos e datada, existe uma suposta origem da expressão dos sentimentos por este meio – Europa, finais do século XVIII.
Diz-se que os primeiros sinais do romantismo, por exemplo, na música, surgiram com Ludwig van Beethoven. Falamos de uma época em que os artistas estavam a tentar afastar-se do clássico, tal como acontecia na literatura. Chopin e Wagner constituem também figuras que começaram a expressar as suas emoções através daquilo que aparentemente mais amavam fazer, sobrepondo essas emoções à razão (derrubaram o caráter maioritariamente racional da música clássica). O sofrimento e a angústia eram os sentimentos mais transmitidos numa fase inicial, sobretudo por Beethoven, devido a vários obstáculos que teve de ultrapassar em vida.
A música passou a ser menos linear, houve uma progressão ao nível do cromatismo (que engloba aspetos como a modulação e os acordes) e uma abordagem dos compositores como unidades individuais. Nasceram aqui os primeiros improvisos, dos quais não se ouvia falar no período anterior a este, resultado da maior liberdade de criação. A religião, a nação e os amores platónicos (que podem ser amores considerados impossíveis ou relações afetuosas sem ligação sexual) predominavam como temas.
Galeria
Fig.4 - Ludwig Van Beethoven por Joseph Karl Stieler
Fig. 5 - Frédéric Chopin por Maria Wodzinski
(17 de Dezembro de 1770 — 26 de Março de 1827)
(1 de Março de 18101 — 17 de Outubro de 1849)
Fig.6 - Wilhelm Richard Wagner por Cäsar Willich (22 de Maio 1813 - 13 de Fevereiro 1883)
A música moderna surgiu na primeira metade do século XX. Os autores mudaram novamente de tendências, desta vez baseando-se nas experiências. A criatividade reinava e o que se procurava era inovar.
Para tentar criar algo novo, como referido acima, os autores criaram novas sonoridades, cada um à sua maneira. Enquanto no romantismo existia quase um modelo respeitado por todos, neste período do modernismo os compositores faziam as ―misturas‖ que pretendiam. Eram eles e só eles. Apesar disso, o objetivo parecia ser comum a todos: abandonar o estilo romântico. Stravinsky, Schöenberg e Ravel foram alguns dos compositores que mais marcaram este período.
As influências mais evidentes, ou os movimentos secundários que daí advieram foram o impressionismo (caracterizado pelas composições mais curtas), o expressionismo (caracterizado pelo exagero da atmosfera criada nas composições), o dodecafonismo (marcado pela alteração da utilização das escalas cromáticas musicais) e o atonalismo (caracterizado pela inexistência de uma tonalidade preponderante nas composições).
Galeria
Fig. 7 - Ígor Stravinski
Fig. 8 - Arnold Schönberg
(17 de Junho de 1882 – 6 de Abril de 1971)
(13 de Setembro de 1874 — 13 de Julho de 1951)
Fig. 9 - Joseph-Maurice Ravel (7 de Março de 1875 – 28 de Dezembro de 1937)
Conclusão O amar no tempo é tema gigante. Pode abrangir tanto que logo à partida nos assusta, no sentido de não sabermos por onde começar. Optei por fazer um pouco mais de pesquisa para complementar o conteúdo do trabalho, ao contrário do anterior (com o tema ―A persuasão‖). Como aspetos positivos que retiro da experiência posso evidenciar a reflexão sobre alguns tópicos que não aprofundo muito no dia-a-dia, como é o caso da emancipação feminina como origem da paixão pelo emprego por parte das mulheres. Penso que é algo que se for bem estudado, bem argumentado, pode resultar numa perspetiva bastante interessante. A parte que não me agradou tanto foi a pouca exploração do tema. Em circunstâncias com maior liberdade de movimento poderia ter aprofundado os tópicos escolhidos e sobretudo desenvolver outros, como o amar na literatura. Não fiquei completamente satisfeita, no entanto tenho consciência de que fiz o que foi possível. Enquanto amante da antropologia posso afirmar que as várias formas de amar foram evoluindo em paralelo com tudo o que surgiu na humanidade desde o nosso aparecimento, como seria de esperar, penso. No que toca ao futuro, temo que até chegarmos ao fim deste ciclo (partindo do princípio que vivemos segundo ciclos) observar-se-á uma intensa e constante sobreposição do material, do palpável, ao emocional. Já fazemos parte disso, já somos responsáveis. Não se percebe bem se é porque somos arrastados pelo rumo natural que tudo isto tem de tomar ou se o fazemos de livre vontade. Ambas as hipóteses me assustam. O que fazer? Não sei ainda. Segundo Dostoiévski ―nós somos cidadãos da eternidade‖, por isso esperemos para ver o que acontece. Estejamos atentos. Limitemo-nos a amar.
Bibliografia Internet
http://www.psychologytoday.com/blog/games-primatesplay/201203/the-evolutionary-history-love http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromatismo http://pt.slideshare.net/ESCCB/o-romantismo-11203557 http://www.significados.com.br/amor-platonico/ http://pt.slideshare.net/thais002/musicas-romanticas http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_moderna http://pt.wikipedia.org/wiki/Arnold_Sch%C3%B6nberg http://pt.wikipedia.org/wiki/Stravinsky http://pt.wikipedia.org/wiki/Beethoven http://pt.wikipedia.org/wiki/Chopin http://pt.wikipedia.org/wiki/Wagner http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Ravel Livros
O Tempo da História – 3ª Parte O Tempo da História – 2ª Parte História 9