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| A GAZETA Vitória (ES), domingo, 16 de janeiro de 2011 | SUL| 03

Cachoeiro. Última semana contou com ações integradas das secretarias municipais

Municípios reforçam combate à dengue Durante os três primeiros meses deste ano, Guaçuí promoverá mutirões nos bairros

bairro. O combate também acontece em pontos estratégicos, como ferros-velhos, beiras de córregos, ribeirões e terrenos baldios. ALERTA

ANA PAULA SANTOS cachoeiro@redegazeta.com.br n n Depois das chuvas e das enchentes recentes em alguns municípios da região, um novo risco preocupa a população: a dengue. A água que ficou e o calor do verão são condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Por isso as prefeituras começam a se mobilizar. Em Guaçuí, os mutirões tornaram-se ações efetivas para estes três primeiros meses do ano. Todas as quintas e as sextas-feiras, das 7h às 13h, cerca de 45 funcionários da prefeitura promovem limpeza e conscientização, cada semana em um

“Tivemos um período grande de chuva, e, por isso, a nossa equipe está em alerta total. Estamos revisando toda a extensão do rio para eliminar qualquer possível foco do mosquito”, explicou o secretário de Saúde, Edielson Rodrigues. Além do trabalho de rotina em Alegre, nesse período, os agentes percorrem os locais mais afetados para reforçar a conscientização, orientando as pessoas a ter ainda mais cuidado neste período. Em Jerônimo Monteiro, cinco casos foram notificados depois dos alagamentos, e novos agentes devem ser contratados para reforçar a fiscalização de focos. Na última semana foram

ANA PAULA SANTOS

promovidas visitas da Ação de Prevenção e Combate à Dengue, em Cachoeiro. Cinco bairros da cidade foram visitados pelas equipes das secretarias municipais de Serviços Urbanos, Saúde, Educação, Meio Ambiente e Obras para ações conjuntas de conscientização e eliminação de focos do mosquito. CASOS

Na cidade, no último ano foram registrados 551 casos de dengue. Não há, ainda, nenhuma nova confirmação, mas o aumento dos focos do mosquito preocupa. “Nossos agentes têm encontrado mais focos, muitas vezes em terrenos baldios. A água que ficou tem que ser eliminada. Para isso vamos promover novas ações com envolvimento da sociedade e também das escolas”, afirmou o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione.

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Cuide da sua casa Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje Toda semana, lave com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água Mantenha bem tampados tonéis e barris de água Encha de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta

Mantenha a caixa-d’água sempre fechada e com tampa adequada Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir que a água corra pelas calhas

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Guarde as garrafas sempre de cabeça para baixo Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigados da chuva Coloque lixo sem sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada Não jogue lixo em terreno baldio

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Moradora teme que ação isolada não seja suficiente A dona de casa Terezinha Simonazzi, 42 anos, mora com as duas filhas, de 4 e 5 anos, e teme que as condições do bairro Coramara, em Cachoeiro de Itapemirim, propiciem a proliferação do mosquito. “Em todo lugar por aqui há água parada. São muitos recipientes que acabam juntando água nos ter-

renos ao lado da minha casa. O que posso fazer é cuidar do meu quintal. Sempre chamo alguém para capinar, cortar o mato e costumo juntar todo o lixo daqui. Mas, de que adianta isso tudo se o meu vizinho não cuidar do da parte dele? A gente sabe que o mosquito não escolhe vítima”, disse. Em Cachoeiro, o bairro Coramara é um dos que mais apresentam focos do mosquito da dengue, junto com Aeroporto, Gilson Caroni, IBC e Monte Cristo.

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Mimoso do Sul: 12 focos em uma rua n n Os 12 focos de dengue encontrados só na Rua da Serra – que ficou embaixo d’água depois da enchente –, em Mimoso Sul, colocaram a cidade em alerta. No ano passado, foram notificados pela Secretaria Municipal de Saúde 70 casos, um número considerado normal, de acordo com o que observa o Ministério da Saúde. Com os focos deste mês, a incidência foi considerada alta, de 2,5 casos, sendo que a ocorrência normal deve ser abaixo de 1,0. Os moradores estão com medo do risco que isso pode representar. “Coloquei uns panos na janela para evitar que os mosquitos entrem e sempre tiro

tudo que pode juntar água na minha casa, mas a gente não sabe como está lá fora. Por aqui, a gente vê nos outros quintais com muita sujeira. Está todo mundo apavorado com a possibilidade de ter a doença”, disse a aposentada Maria Amélia Cardoso. O secretário de Saúde de Mimoso do Sul, Paulo Riva, afirma que a secretaria está tomando as providências no combate ao mosquito, mas pede o apoio da população. “Estamos orientando as pessoas, e elas estão ajudando bastante. Essa integração é fundamental, pois sem a ajuda do cidadão a gente não alcança bons resultados.”


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