POLÍTICA19
SEGUNDA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2013 A GAZETA
COLATINA
Deptulski cobra economia de até 30% no custeio Secretários terão que reduzir despesas com combustível, hora extra, diária e telefone VIVIANE CARNEIRO COLATINA
O prefeito reeleito de Colatina, Leonardo Deptulski (PT), fez um decreto estabelecendo critérios “bem severos” de contenção de despesas nestes três primeiros meses do ano. Ele pediu aos secretários o controle rigoroso sobre combustível, frota, hora extra, diária, telefone e toda despesa que tem que ser arcada com recursos próprios. “A nossa meta é uma economia de 20% a 30% da parte de custeio. Estou mantendo uma comissão para acompanhar as despesas na busca de racionalizar os gastos ao máximo. Todas as despesas executadas com recurso próprio terão que passar por processo de controle maior. É literalmente fazer mais com menos”, ressalta.
Deptulski disse que houve uma queda muito grande das receitas, especialmente com relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Fundo de Participação das Atividades Portuárias (Fundap) e FundodeManutençãoeDesenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O Fundap, por exemplo, que foi de R$ 10 milhões em 2012, tem previ-
EQUILÍBRIO FISCAL “Hoje considero que o maior patrimônio que Colatina tem, depois de três mandatos, é saber que a prefeitura trabalha com responsabilidade, mantendo o equilíbrio financeiro. Esta é minha prioridade” LEONARDO DEPTULSKI (PT) Prefeito reeleito de Colatina
são de chegar a apenas R$ 1,6 milhão em 2013. Essas perdasserefletemnoorçamento deste ano que é R$ 286 milhões, 4% a menos que o do ano passado, que foi de R$ 298 milhões. MasalémdosR$286milhões, a prefeitura terá aindarecursosdoBancodeDesenvolvimento Internacional (BID). São R$ 44 milhões para tratar 100% do esgoto no município. Diante deste cenário de perda, diz ele, a prioridade precisa ser a busca de manter o equilíbrio financeiro. Para isso, Deptulski trabalhará em duas frentes: primeirocortandodespesas para poder promover este equilíbrio. Segundo, procurando ampliar as receitas parafazerfrenteaestasperdas que devem se ampliar no decorrer de 2013. “Nas receitas já estamos trabalhando numa revisão donossocadastrodeIPTUe hidrômetro, taxa de água. Além de melhorar nosso acompanhamento do ISS,
VIVIANE CARNEIRO
Diante da queda de receitas, Deptulski diz que terá que “fazer mais com menos”
especialmente o ISS sobre serviços bancários, que este ano ainda podemos evoluir na cobrança”, afirmou. OBRAS Ele explica que a queda de receita não quer dizer quevãoparardefazerobras em 2013. As obras já iniciadas continuarão, já que são feitas com recursos estaduais e federais. Como a reforma da ponte Florentino Avidos, o pólo industrial, a
variantenorte,queligaaBR 259apontedoRioPancas,o asfalto de Colatina a Itaimbé, a urbanização da Avenida Beira Rio, entre outras. Uma obra considerada essencial por Deptulski para melhoria do trânsito na cidade é uma terceira ponte. “Estamos buscando recursos para iniciar o projeto da terceira ponte. Fizemos um estudo e a avaliação é que dentro de quatro anos Colatina estará saturada se
não tiver nova ponte para dividir o tráfego que é feito pela Florentino Avidos”. Conforme o prefeito, a reeleição é um sinal de que a administração conquistou a confiança da população. “Conseguimos nos reeleger em um ano de poucas reeleições, em que vinha uma onda de mudança e renovação, o que é muito importante para o partidonessemomentode grandes desafios”.
CACHOEIRO
Casteglione quer economizar R$ 4 milhões CHICO GUEDES
Prefeito vai manter política de contenção de gastos nos primeiros 100 dias de mandato ANA PAULA SANTOS CACHOEIRO
O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione (PT), que surpreendeu ao conseguir dois mandatos consecutivos na cidade, retomou a rotina de trabalhos no município para dar continuidade a obras e projetos que vinha desenvolvendo ao longo dos últimos quatro anos. O petista elencaquatroáreascomoas prioritárias para o novo governo e aponta a Saúde como seu principal desafio. O prefeito diz ainda que as ações para reduzir o custeio da máquina, implantadas no final de 2012, estão mantidas para os pri-
meiros 100 dias da nova gestão. A expectativa é de que as ações gerem uma economia de R$ 4 milhões no primeiro trimestre. Demonstrandoinquietação em relação à Saúde pública, Casteglione também lembra que temas como mobilidade urbana, regularização fundiária, apoio ao micro e pequeno empreendedor e projetos de assistência social merecem continuar recebendo atenção. Ele diz que em apoio ao micro e pequeno empreendedor e na área de assistênciasocialváriasaçõesforam desenvolvidas. “Em vários meses de 2012 a cidade se notabilizou com geração de emprego,equerocontinuar para preparar a cidade para receber as grandes empresas, e para isso daremos especial atenção a logística”.
Casteglione deixa claro que é na Saúde que se encontra sua maior dificuldade. “Meu principal desafio será fazer os avanços necessários, mas são coisas que não dependem diretamentedemim.Játivemosvárias ações em todas a áreas de prevenção que, infelizmente, ninguém vê”, afirma. Entre os planos de investimentos na área estão a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Aeroporto e a avaliação da remuneração oferecida aos médicos do Programa Saúde da Família, para tornar os salários mais atrativos.
Casteglione aponta a Saúde como principal desafio
CONTAS Com um sistema de contenção de despesas acompanhando o fim do antigo mandato e início do novo, o
prefeito afirma que conseguiu fechar o ano de 2012 no azul, e que todas as medidasadotadasnestecomeço de ano são para garantir estabilidade,jáqueomunicípio irá enfrentar uma quedanareceitaemfunção do fim do Fundap. Segundo Casteglione, a cidadedeveperderentreR$ 12eR$14milhõesem2013 com a extinção do Fundap, além de já contar com 8% a menos em cofre devido às reduções de IPI decretadas pelo governo federal. “As contas estão estabilizadas. O desafio é este ano. Vou puxar o freio de mão”. Desde o final de 2012, alguns prédios públicos, incluindo asededaprefeitura,funcionam em meio expediente. Apenas 20% do total de comissionados foram recontratados até então.