William
Morris
Ana Rafaela Ferro
Ana Rafaela Ferro 2014192393 Desenho e Representação Licenciatura em Design e Multimédia Faculdade de Ciências e Tecnologias Universidade de Coimbra
Sumรกrio
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Biografia
Red House
Morris & Co.
Arts and Crafts
Kelmscott Press
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iografia Nasceu em Inglaterra em março de 1834 e faleceu em outubro de 1896. Cresceu fora da cidade, numa mansão de arquitetura georgiana, rodeado por igrejas e outras mansões antiquadas. Após ter estudado em Oxford, começou a trabalhar no escritório de arquitetura de G. E. Street. Contudo, a vida de arquiteto revelouse entediante e até sofucante para Morris. Graças às suas confortáveis
condições financeiras, disfrutava do privilégio de poder seguir as suas ideias e interesses, independentemete da produtividade destes. Assim, o rejeitar da arquitetura levou-o a virar-se para a área da pintura. Apesar de ter despendido uma quantidade significativa de tempo e dedicação em pinturas românticas com elaborado estilo medieval, nunca ficou plenamente satisfeito com o produto final do seu trabalho.
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La Belle Iseult 1858 Trata-se de um retrato de Jane Burden, uma das suas modelos, num vestido medieval e pretende representar o mágoa de Isolda após Tristão ter sido banido da corte do Rei Artur. Isolda parece ter acabado de se levantar da cama onde se encontra um pequeno cão de caça, que lhe terá sido dado por Tristão. A nostalgia é representada pelos pequenos ramos de alecrim na sua tiara. As cores ricas e o ênfase dado aos detalhes dos padrões demonstram a área na qual Morris realmente tinha talento. Ele sentia-se mais à vontade com bordados e escultura em madeira do que com a representação de figuras. Esta foi a única pintura que Morris acabou. 7
Red House Ap贸s se ter casado com Jane Burden, mandou constuir uma mans茫o, a Red House, que se tornou um marco na hist贸ria da arquitetura. Quando chegou a altura a mobilar, 8
Morris foi surpreendido pelo estado degradante dos produtos victorianos e do seu design. Foi nesse momento que se desenvolveu realmente o seu interesse por design. Dedicou os seguintes anos a desenhar, projetar e supervisionar o fabrico artesanal de mobĂlia, vitrais e tapeçarias para a Red House. 9
Morris and Co. Mais tarde, após ter estabelecido uma firma de artes decorativas, Morris revelou ser um brilhante designer de padrões bidimensionais para papéis de parede, têxteis, carpetes e tapeçarias, com padrões de arabescos com formas naturais. Artes medievais e formas botânicas eram a sua inspiração central. Morris considerava que todo o design se deveria basear na natureza, pois esta seria o exemplo perfeito de
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um design de Deus. Aos seus olhos, o uso de formas naturais seriam a solução para os baixos padrões de qualidade da arte da época. Morris era defensor de que a arte não deveria ser um luxo exclusivo das classes sociais elevadas e que a expressão mais importante de arte eram as artes decorativas, por se manisfestar em objetos de uso quotidiano - ou seja, objetos com os quais se contactava todos os dias.
“Não tenham nada nas vossas casas que não considerem ser útil, ou que não acreditem ser belo.” - William Morris 11
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Trellis 1862 O design de Morris para o padrão “Trellis” foi a sua primeira experiência de design para papel de parede, e foi baseado no jardim da Red House. O padrão e as suas ornamentações revelam influências medievais. Os pássaros e insectos foram posteriormente acrescentados por Philip Webb, o arquiteto da Red House. “Trellis” era um dos designs favoritos de Morris e foi usado para decoração do seu quarto na casa que possuia em Londres e onde viveu os seus últimos anos.
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Rose 1883 Demonstra os seus minuciosos estudos de botânica e revela a fluência dos deus desenhos. 14
Strawberry thief 1883
Apesar de ter sido um dos padrões mais caros da Morris & Co., tornouse também um dos mais vendidos. Impresso em algodão, tinha como destino ser usado em cortinas, paredes ou como corberta para móveis. Foi inspirado em tordos que Morris encontrou a roubar fruta na cozinha da sua casa de campo.
Peacock and Dragon 1878 A particularidade deste padrão era o seu tamanho, que era invulgarmente grande. Por isso, deveria ser posto num quarto largo, para salientar bem as suas características. O seu peso tornava-o perfeito para curtinas. Tecido luxuosamente em lã, é em parte inspirado em sedas italianas, embora o esquema de cores ecoe arte islâmica
Tulip and Willow 1973 Foi o segundo design de têxteis feito por Morris e demorou vários anos a ser comercializado, devido a problemas com a impressão. Apesar de a ter testado com várias técnicas, só em 1983 é que Morris ficou satisfeito com a tonalidade de azul impressa.
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The Holly Grail Tapestries 1890 - 94 Trata-se de um conjunto de seis tapeçarias que retratam a lenda do Rei Artur e a procura do Santo Graal. Os painéis narrativos eram acompanhados por outros pequenos painéis com um texto a contar a história do painel principal em questão.
Composição e desenho das figuras
Edward Burne-Jones Armaduras e vestes dos cavaleiros
William Morris Floreados do primeiro plano e fundos
John Henry Dearle
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“O seu design, decoração e tecelagem fazem deste conjunto, sem dúvida nenhuma, a série mais importante de tapeçarias feitas no século XIX.” Linda Parry
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Arts & Crafts Seguido por William Morris, este movimento rejeita a industrialização e as produções em massa. Trata-se de uma revolta contra a mecanização dos processos de fabrico e contra a insensibilidade dos fabricantes perante a beleza dos
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objetos. Acreditavam que a utilidade funcional e a beleza não se deviam excluir mutuamente, deviam ser faces da mesma moeda: art and craft, arte e ofício. Manifestando um desejo utópico de que toda a sociedade tivesse acesso à
mesma qualidade de vida - incluindo a arte -, é idealizado o fabrico de objetos que reunam qualidade dos objetos manufaturados e os preços dos objetos produzidos em massa. A ideologia por trás do movimento está mais relacionada com a arte da
criação do objeto do que com a arte do objeto em si. Muitos objetos eram vendidos com defeitos para salientar o facto de terem sido produzidos à mão com ferramentas simples. A era medieval era vista como a época de ouro da criativade e liberdade.
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Kelmscott Press
William Morris defendia que determinadas áreas, nomeadamente a produção de livros, tinham uma obrigação de resistir ao crescimento da indústria e manter o seu nível de excelência. Influenciado por Emery Walker, Morris abriu, em 1891, a empresa Kelmscott Press, que produziu milhares de impressões para cinquenta e três livros diferentes.
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MORRIS, ACERCA DA IMPRESSÃO DE LIVROS As páginas devem ser claras e fáceis de ler. Os tipos devem ser bem desenhados por um artista. As margens devem ser proporcionais às páginas usadas para cartas. Deve ser evitado demasiado espaçamento. Um layout de duas páginas confere ao livro mais unidade e coesão.
Os livros eram produzidos tão meticulosamente que, apesar de terem sido vendidas muitas cópias, nunca se tornaram uma boa fonte de rendimentos.
Morris continuou fazê-lo apenas por prazer; todavia, os elevados standards dos seus livros inspiraram o renascimento da imprensa privada na Europa e na América.
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Tipografia Golden
Foi baseada na fonte romana desenhada por Nicolas Jenson entre os anos 1470 e 1476. Capturava a essência dessa fonte, sem a copiar descaradamente. Morris pretendia usar esta fonte para impressão do livro “The Golden Legend”, a sua primeira impressão.
Troy
Criada após um estudo cuidadoso das fontes góticas de Peter Scheffer, Anton Koberger e Günther Zainer. Notavelmente legível. Os caractéres eram mais largos e mais arredondados do que a maioria das fontes desse género.
Chaucer
Versão mais pequena da Troy, foi a última fonte desenhada por Morris.
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Kelmscott Chaucer A Kelmscott Press trabalhou durante quatro anos na produção do livro “Works of Geoffrey Chaucer”.
AO
TODO FORAM PRODUZIDAS
87 ilustrações gravadas em madeira 14 molduras grandes
18 molduras menores para as ilustrações
200+ letras e palavras iniciais 425 cópias em papel 13 cópias em papel velino 34
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ReferĂŞncias https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/7
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“Enquanto o sistema de competição na produção e
troca
de
meios
de
vida persistir, persistirá também a degradação da arte. E se esse sistema durar para sempre, a arte está condenada e será destruída; que é o mesmo que dizer que a civilização será destruída.” - William Morris