GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO
ANA RETORE
À capacidade chamamos a quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos numa unidade produtiva, em um dado intervalo de tempo. Uma restrição é qualquer coisa numa empresa que a impede ou limita seu desempenho para alcançar seus objetivos, como, para a maior parte das empresas, o objetivo principal é o lucro e/ou sua sustentabilidade no futuro, logo entende-se que restrições de capacidade, é tudo aquilo que de alguma forma, prejudica o bom funcionamento de um processo produtivo, prejudicando portanto, o ganho de lucros.
Existem dois tipos básicos de restrições: físicas e não-físicas. As restrições físicas na maior parte das vezes estão relacionadas a recursos: máquinas, equipamentos, veículos, instalações, sistemas etc. As restrições não-físicas podem ser a demanda por um produto, um procedimento corporativo ou mesmo uma falta de idéias para solucionar um determinado problema
INSTALAÇÕES Dadas as dimensões das instalações, o arranjo físico pode tanto restringir a capacidade quanto favorecê-la. O tamanho da unidade produtiva é obviamente importante. Sempre que possível, é importante deixar espaço vago para expansões futuras, e isso deve ser pensado ainda quando a estrutura está sendo planejada. Fatores que podem restringir a capacidade de produção dentro do espaço físico: iluminação, aquecimento, ruído, custo para construção e manutenção.
O PROJETO DO PROCESSO Os processos de produção variam, desde os totalmente manuais, até os completamente automatizados. Empresas grandes, podem ter sua produção diminuída quanto mais processos manuais forem utilizados, e para empresas de porte pequeno nem sempre é viável contar com uma automatização de ponta. Ou seja, cada tipo de processo atende à uma determinada necessidade.
FATORES HUMANOS O corpo de funcionários pode ser chamado de “capital humano” de uma organização. Profissionais não capacitados ou não preparados podem causar sérios prejuízos. Sendo que, além das habilidades, do conhecimento, e da experiência, não se pode esquecer a motivação de um trabalhador, que é diretamente ligada, com a satisfação com companhia, com o ambiente de trabalho, nível salarial, habilidades exigidas pelas suas tarefas etc.
COMPOSIÇÃO DOS PRODUTOS OU SERVIÇOS
Em geral, a diversidade reduz a capacidade. Produtos uniformes, padronizam métodos e materiais, reduzindo tempos de operação aumentando a capacidade. Produtos diferentes exigem constantes reprogramações de máquinas, trocas de materiais. Tais mudanças deixam as maquinas paradas por algum tempo, diminuindo a capacidade produtiva das mesmas.
FATORES OPERACIONAIS Os fatores operacionais são aqueles que podem ser organizados de forma a conduzir a capacidades maiores ou menores, ou no mínimo facilitar ou dificultar o aproveitamento da capacidade existente em potencial. Havendo diferenças entre diferentes equipamentos e/ou setores que estão interligados, será perceptível que os demais setores serão submetidos ao ritmo de produção do mais lento. Outros fatores relevantes são os ligados com problemas na importação de máquinas e insumos, na qualidade dos mesmos, adequação aos programas de manutenção das máquinas, equipamentos e instalações e assim por diante.
FATORES EXTERNOS São fatores que nascem fora das fronteiras da própria empresa, um exemplo são os padrões de qualidade e desempenho dos produtos exigido por parte dos clientes. Tais exigências podem ser barreiras ao aumento da capacidade ou mesmo ao uso da capacidade atual. Outro exemplo é a legislação, seja de setores fiscais até ambientais, há sempre uma maneira de limitar o maior aproveitamento da capacidade.
APLICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
? Identificar a restrição do sistema. ? Calcular a rentabilidade por unidade de
recurso consumida na restrição. ? Subordinar o sistema à restrição. ? Romper ou elevar a restrição do sistema. ? Identificar a nova restrição do sistema caso
a restrição seja rompida
REFERÊNCIAS
MONKS, Joseph G. Administração da Produção. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1987. MOREIRA, Daniel A. Administração da Produção e Operações.São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. WANKE, Peter D., Teoria das Restrições: Principais conceitos e aplicação prática. 2009 (artigo)