Tim Walker

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O AUTOR Tim Walker nasceu na Inglaterra em 1970. Na graduação, em 1994, Walker trabalhou como assistente de fotografia freelance em Londres antes de se mudar para Nova York como assistente de Richard Avedon. Ao retornar à Inglaterra, inicialmente se concentrou em retrato documental para jornais do Reino Unido. Um ano depois, mergulhou no mundo da moda, trabalhando para a Vogue,desde então, já fotografou para as edições britânicas, italianas e americanas. O Museu Victoria & Albert da National Portrait Gallery, em Londres inclui as fotografias de Tim Walker em suas coleções permanentes. Sua primeira grande exposição no Museu de Design em Londres,foi em 2008, coincidindo com a publicação de seu livro 'Imagens'. Em novembro de 2008 Walker recebeu o 'Prêmio Isabella Blow para Criador de Moda do The British Fashion Council e, em maio de 2009, ele recebeu um prêmio do The International Center of Photography, em Nova York em mérito ao seu trabalho como fotógrafo de moda. Em 2010, Tim era vencedor do Prêmio ASME. Em 2010 Tim fez seu primeiro curta, "The Lost Explorer 'estreou em Locarno Film



A OBRA

As fotografias de Walker têm fascinado os leitores mensais da Vogue por mais de uma década. Seu estilo é caracterizado por encenações extravagantes e motivos românticos, tornando-o inconfundível. Tecnicamente falando, o uso inesperado das luzes, a distorção das proporções, produções absurdamente incríveis e acima de tudo, talvez a sensibilidade do fotógrafo fazem com que as fotografias se traduzam em imagens que nos fazem esquecer um pouco da realidade dura e sem graça que vemos todos os dias, e nos transportam para mundos encantados e extraordinários. É como se as fotografias tivessem saído de um conto de fadas, é como se saíssemos do mundo real e entrássemos no mundo dos sonhos.



ANÁLISE DA OBRA

Tim Walker, talvez ao contrário de fotojornalistas, que não criam uma cena e seu papel fundamental é o de representar mais fielmente possível a realidade, se interessa pelo que está atrás do nosso olhar, quer ver o que não vemos. O fotógrafo conta com produções que brincam com as proporções das coisas, com a quantidade delas, com os materiais, os significados, as cores, etc. Você pode por exemplo encontrar Tim Burton, vestido de Papai Noel com uma enorme caveira dentro de um saco, como pode também encontrar um castelo, cheio de balões coloridos, saindo pelas janelas. Talvez essa dualidade de contextos e conteúdos seja uma das características mais impressionantes de seu trabalho. É partir de um lado para outro oposto, mas sempre, em todos os casos, sem perder esse tom fantástico de sua obra.



Seu trabalho é caracterizado por influências surrealistas, típicas de contos fabulosos como os de Lewis Carroll e os irmãos Grimm. Por ser um fotógrafo contemporâneo, vêse como sua obra mostra um pouco a face do século XXI, um século de inovação tecnológica, invenções e reinvenções constantes, mas ao mesmo tempo são obras que nos estimulam a desacelerar, relembrar a infância, parar para ver os detalhes, as pequenas coisas. Pode ser que seja essa a característica marcante, aliar as melhores coisas do presente com as melhores coisas do passado.




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