Varal do Brasil - Edição 41B - Junho/2016
Um dos sentidos mais importantes que possuímos é a visão, com ela enxergamos o mundo, podemos nos orientar com rapidez, captar os acontecimentos, enfim, tornar nossas vidas mais fácil...Enxergamos com os olhos, com a alma, com o coração e muitas vezes nos cegamos (ou somos cegados), perante a realidade. Mas imaginem o que aconteceria se um dia, de repente e sem nenhuma explicação, as pessoas fossem acometidas de uma cegueira branca, luminosa, opressiva... Será que a sociedade que conhecemos resistiria? E seríamos capazes de nos adaptar a essa nova e assustadora condição? E o resto da humanidade, como reagiria? A resposta está (de forma avassaladora) no extraordinário filme que trago hoje: “Ensaio Sobre a Cegueira”. Baseado fielmente no livro homônimo do grande escritor “José Saramago” (único autor da Língua Portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura em 1998), que por anos vetou qualquer tentativa de adaptação desta obra, alegando que “O cinema destrói a imaginação” e dirigido por Fernando Meireles, “Ensaio Sobre a Cegueira” contém uma narrativa única, tensa, angustiante, chocante, mas, ao mesmo tempo, lírica, emocional e tocante; com uma fotografia maravilhosa, criada para transformar o expectador em um dos personagens, é impossível não sentir-se parte da trama, onde o “melhor” e o “pior” do ser humano aflora. Com roteiro adaptado por Don McKellar (que também atua como o Ladrão), e um elenco de primeira que conta com Julliane Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover e Gael Garcia Bernal ( tanto os atores principais quanto os figurantes tiveram que passar pela experiênwww.varaldobrasil.com
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