Roteiro de Oração na Vida Diária :: Edição 87 :: Junho 2016

Roteiro de Oração na Vida Diária Edição 87 - Junho 2016 “Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que fizestes.” Mt 25, 40

Roteiro de Oração na Vida Diária

Nesse mês somos convidados a rezar as obras de misericórdia, registradas na leitura do Evangelho de Mt 25, 31-46. O evangelista narra obras concretas da ação humana para com o próximo de forma gratuita e que afetam diretamente o Deus Encarnado: “todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que fizestes.” O roteiro, portanto, fará um trajeto por essas obras de misericórdia a fim de meditar e contemplar a realização do Reino a partir do compromisso com a liberdade, a justiça, a compaixão e o cuidado.

Oração preparatória para todos os dias Senhor, que todos os meus pensamentos, ações e afetos sejam puramente ordenados ao seu serviço e louvor.

Escolho um texto bíblico. Defino a duração da oração. Busco um LUGAR tranquilo e agradável que ajude a me concentrar.

Encontro uma boa POSIÇÃO corporal.

Faço SILÊNCIO interior e exterior.

RESPIRO lentamente, suavemente. Tomo CONSCIÊNCIA de que estou na PRESENÇA de DEUS. Faço com devoção o sinal da cruz.

LEIO o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”. REFLITO por que esta frase, palavra, ideia me chama a atenção. CONVERSO com Deus como um amigo: falo, escuto, peço, louvo, pergunto, silencio, seguindo os sentimentos experimentados na oração.

PEÇO a DEUS Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a GRAÇA que verdadeiramente DESEJO receber de DEUS.

Recordo o meu ENCONTRO com DEUS. Anoto o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo (palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os questionamentos; os sentimentos de consolação ou desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.

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Primeira Semana

Estava com fome, e me destes de comer

A fome é uma das situações mais degradantes e desesperadoras que o ser humano pode enfrentar, justamente por ser uma condição que limita sua sobrevivência. Muito provavelmente nossa sociedade produz alimento para saciar a fome de todos, mesmo assim, milhares de pessoas vivem em condição de mendicância, pois a fome de pão vem acompanhada de outras carências, a nível social e comunitário, como por exemplo, a falta de igualdade de direitos, de solidariedade, de cuidado, de amor, e de justiça social. Cristo se revela a partir de todos os excluídos, em suas dores e falta de dignidade, e ao mesmo tempo, nos inspira a questionar: Qual é a nossa fome? Quais são as carências que nos rodeiam? Que tipo de pão desejamos partilhar com nossos irmãos?

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, dai pão aos que tem fome, e fome de justiça aos que tem pão.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 5 de junho de 2016

10º Domingo do Tempo Comum Lc 7,11-17 “Um grande profeta surgiu entre nós.”

6 de junho de 2016

Mt 5,1-12 “Felizes os misericordiosos.”

7 de junho de 2016

Sl 4 “Levanta sobre nós, Senhor, a luz da tua face.”

8 de junho de 2016

Mt 5,17-19 “Não vim para abolir a lei, mas para cumprir.”

9 de junho de 2016

Memória de São José de Anchieta Lc 5, 1-11 “De agora em diante serás pescador de homens.”

10 de junho de 2016

1Cor 1, 18-25 “Proclamamos Cristo crucificado, escândalo para o judeus e loucura para os pagãos.”

11 de junho de 2016

Sl 98(97) “Cantai ao Senhor Deus um canto novo.”

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Segunda Semana

Estava doente, e cuidastes de mim

Nesta segunda semana, somos convidados a estarmos atentos ao próximo. Cristo nos motiva a lançar um olhar às pessoas que vivem hoje em nossa sociedade e que estão marcadas por um sofrimento (seja ele social, psíquico, existencial ou físico) e a encontrar nestas realidades o valor da dignidade humana. Pelo fato de vivermos em uma sociedade que visa um modelo individualista, parece que não faz sentido investir no cuidado dos mais frágeis da terra. Por isso, no seguimento de Jesus, o cristão é chamado a estar disposto a um espírito de hospitalidade e acolher nossos irmãos que sofrem.

Nos Exercícios Espirituais, é necessário a disposição do cuidado com os nossos irmãos sofredores junto ao seguimento de Jesus. Com o olhar do Princípio e Fundamento, “desejamos e escolhemos somente aquilo que mais nos conduz ao fim para o qual somos criados” (EE 23).

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, que todas as minhas intenções e ações levem-me ao cuidado do meu próximo.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 12 de junho de 2016

11º Domingo do Tempo Comum Lc 7, 36-50 “Ela mostrou muito amor.”

13 de junho de 2016

Sl 5 “Aplana à minha frente teu caminho.”

14 de junho de 2016

Mt 5,43-48 “Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?”

15 de junho de 2016

Mt 6, 1-8 “O vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes.”

16 de junho de 2016

Eclo 48,1-15 “Felizes os que te viram e os que adormeceram na tua amizade.”

17 de junho de 2016

Mt 6,19-23 “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”

18 de junho de 2016

Mt 6, 24-34 “A vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa?”

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Terceira Semana

Estava refugiado, e me recebestes

A condição do refugiado é uma das mais preocupantes em nosso mundo atual, pois, além de ser uma pessoa que não tem pleno acesso a direitos, também luta para garantir a própria vida. Assim como o menino Jesus, o Deus refugiado, que teve que fugir para o Egito para não ser morto por Herodes (Mt 2, 13-15), milhares de pessoas fogem de seus países por conta de violência generalizada e perseguições. Além da fuga, os refugiados nem sempre encontram uma acolhida fraterna. Que nessa semana que se celebra o dia mundial do refugiado (20), possamos rezar por todas essas pessoas que fogem para garantir suas vidas e um mínimo de dignidade, e também por uma cultura da acolhida, do receber, do bem viver.

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, concedei-nos a graça de buscar ter um coração acolhedor.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 19 de junho de 2016

12º Domingo do Tempo Comum Lc 9, 18-24 “Renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me.”

20 de junho de 2016

Mt 7, 1-5 “A mesma medida que usardes para os outros servirá para vós.”

21 de junho de 2016

Memória de São Luís Gonzaga Mc 10, 23-30 “Para Deus tudo é possível.”

22 de junho de 2016

Sl 119(118), 33-37 “Faze-me viver no teu caminho.”

23 de junho de 2016

Jr 1, 4-10 “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia.”

24 de junho de 2016

Natividade de São João Baptista Lc 1,57-66 “Ele vai se chamar João.”

25 de junho de 2016

Mt 8,5-17 “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa.”

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Quarta Semana

Estava na prisão, e fostes me visitar

Nossa relação com Deus é um encontro que vem nos abrir o coração para uma grande graça que é o chamado à liberdade. Nossa espiritualidade não pode ser um fardo pesado, nem cadeias que nos atam as mãos e os pés, nos limitando o encontro com o Pai. Ao contrário, uma profunda experiência de oração é algo libertador, nos ajuda a enxergar e superar nossas amarras e também nos leva a olhar e lutar em prol de todos os cativos. Quem busca a liberdade, inspirado pelo amor do Pai, também luta pela liberdade de todos os presos, através de um olhar de misericórdia e compaixão, não de repúdio ou condenação. Nessa semana, somos convidados a rezar e ir ao encontro de todas as pessoas que vivem alguma prisão, reconhecendo nessas pessoas o próprio Cristo.

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, dá-nos a graça da liberdade e nos ajuda a levar sua palavra de libertação a todos os cativos.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 26 de junho de 2016

13º Domingo do Tempo Comum Lc 9, 51-62 “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino.”

27 de junho de 2016

Gl 5, 13-18 “Fostes chamados para a liberdade.”

28 de junho de 2016

Sl 5 “Já de manhã ouves a minha voz.”

29 de junho de 2016

Am 5, 14-15 “Odiai o mal, amai o bem.”

30 de junho de 2016

Am 7, 10-17 “Então, escuta a palavra do Senhor.”

1º de julho de 2016 2 de julho de 2016

Mt 9, 9-13 “Não é a justos que vim chamar, mas pecadores.”

Mt 9, 14-17 “Não se põe vinho novo em odres velhos.”

Ilustrações: Cláudio Pastro | Textos: Davi Caixeta, Osvaldo Meca, Thaís Augusto e Tiago Medeiros | Diagramação: Rodrigo Silva

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São José de Anchieta Santo do dia - 9 de junho

Natural da ilha de Tenerife, a maior das Canárias, foi estudar em Coimbra, Portugal, aos 14 anos de idade. Fez o curso superior de Humanidades e tornou-se um latinista. Entrou para a Companhia em 1551. Adoeceu seriamente no Noviciado e após os votos foi destinado ao Brasil, para melhorar a saúde.

Foi mestre em Piratininga, que se tornou cidade de São Paulo (SP). Participou na fundação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Ordenado sacerdote, trabalhou dez anos na região de São Paulo, como superior, e depois outros dez anos como provincial do Brasil. Passou os últimos anos na aldeia de Reritiba, hoje cidade de Anchieta (ES). Lá morreu em 1597. Foi grande escritor, historiador, poeta e teatrólogo. Foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco.

São Luís Gonzaga Santo do dia - 21 de junho

Luís, primogênito da famosa família dos Gonzagas, nasceu em Castiglione (Itália) em 1568.

Destinado a herdar o poder e o dinheiro do principado da família, abraçou o dever do estudo com grande responsabilidade. Na sua formação foi submetido ao protocolo das cortes italianas e espanholas. Todavia, tendo recebido da mãe a educação cristã, desde criança mostrava forte inclinação à oração. Lendo as cartas dos missionários jesuítas e seus grandes feitos, decidiu entrar na Companhia de Jesus e para isso teve que vencer muitas dificuldades e resistências por parte de sua família. Faleceu aos 25 anos, quando ainda era estudante de teologia em Roma, enfraquecido e extenuado pelo trabalho que suportou socorrendo contagiados pela peste.

Foi canonizado por Bento XIII em 1726.