Para que n´Ele nossos povos tenham vida
Roteiro de Oração na Vida Diária Edição 90 - Setembro 2016
Roteiro de Oração na Vida Diária
Em comunhão com a igreja do Brasil, que celebra o mês da Bíblia, também convidamos todos e todas que seguem esse roteiro de oração, para, de um modo inaciano, rezarmos o livro de Miquéias (Mq 6, 6-8), proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Percurso da oração é uma conversa fraterna e íntima com Deus. O profeta levanta uma questão que parte do próprio povo: como vamos ao encontro do Senhor? É a partir dos sacrifícios? Das oferendas? O profeta, no entanto, mediante a experiência da aproximação com Deus, responde de uma maneira simples: praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar com Deus. Essas práticas levam a um fim: não apenas ao encontro pessoal com Deus, mas “para que n´Ele nossos povos tenham vida”.
Oração preparatória para todos os dias Senhor, que todos os meus pensamentos, ações e afetos sejam puramente ordenados ao seu serviço e louvor.
Escolho um texto bíblico. Defino a duração da oração. Busco um LUGAR tranquilo e agradável que ajude a me concentrar. Encontro uma boa POSIÇÃO corporal.
Faço SILÊNCIO interior e exterior. RESPIRO lentamente, suavemente. Tomo CONSCIÊNCIA de que estou na PRESENÇA de DEUS. Faço com devoção o sinal da cruz.
LEIO o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”. REFLITO por que esta frase, palavra, ideia me chama a atenção. CONVERSO com Deus como um amigo: falo, escuto, peço, louvo, pergunto, silencio, seguindo os sentimentos experimentados na oração.
PEÇO a DEUS Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a GRAÇA que verdadeiramente DESEJO receber de DEUS.
Recordo o meu ENCONTRO com DEUS. Anoto o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo (palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os questionamentos; os sentimentos de consolação ou desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.
Roteiro de Oração na Vida Diária
Primeira Semana
Como irei ao encontro do Senhor?
A questão, que a princípio parece ingênua, afetou e ainda afeta a vida de diversos místicos e místicas de nossa Igreja. O desejo do encontro pessoal com Deus, uma oração profunda, um dispor-se para a plenitude, é, antes de tudo, a vontade de estar a caminho, é oferecer a vida nessa peregrinação. Como vamos ao encontro do Senhor? Quais são nossos desejos? Nossos medos? Essas questões são profundamente pertinentes para o amadurecimento da fé em comunidade. Pedido para todos os dias da semana: Senhor, tornai-nos desejosos de ir ao Teu encontro.
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
4 de setembro de 2016
23º Domingo do Tempo Comum Lc 14, 25-33 “Se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.”
5 de setembro de 2016
Sl 5 “Senhor, já de manhã ouves a minha voz.”
6 de setembro de 2016
1Cor 9, 16-23 “Para todos, eu me fiz tudo.”
7 de setembro de 2016 8 de setembro de 2016 9 de setembro de 2016 10 de setembro de 2016
Festa de Santos Melchior Grodecz e companheiros Jo 10, 11-16 “Eu sou o bom pastor.” Festa da Natividade de Nossa Senhora Mq 5, 1-4 “Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz.” Festa de São Pedro Claver Is 58, 6-10 “Aqui estou.” Festa do Beato Francisco Gárate Ef 6, 10-18 “Permanecei bem firmes.”
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Segunda Semana
Praticar a justiça
O profeta Miquéias também aponta algumas posturas essenciais para o encontro com Deus, que, não apenas dependem de uma moção interna, mas também de um gesto concreto para com toda a criação. Praticar a justiça é o primeiro passo apontado. De qual justiça o profeta fala? Como praticamos a justiça em nosso cotidiano, com nossos irmãos e irmãs? Estar atento a essa prática, segundo o profeta, além de um coração desejoso, é um caminho para o encontro com Deus. Pedido para todos os dias da semana:
Pai de bondade, ajudai-nos na prática da justiça com nossos irmãos e irmãs, sobretudo os mais empobrecidos.
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
11 de setembro de 2016
24º Domingo do Tempo Comum Lc 15, 1-32 “Este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado.”
12 de setembro de 2016
Lc 7, 1-10 “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa.”
13 de setembro de 2016
Memória de São João Crisóstomo Lc 7, 11-17 “Não chores!”
14 de setembro de 2016
Festa de Exaltação da Santa Cruz Fl 2, 5-11 “Haja entre vós o mesmo sentir e pensar que no Cristo Jesus.”
15 de setembro de 2016
Memória de Nossa Senhora das Dores Jo 19, 25-27 “Esta é a tua mãe.”
16 de setembro de 2016
Lc 6, 43-49 “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons.”
17 de setembro de 2016
Festa de São Roberto Belarmino Mt 5, 17-19 “Não vim para abolir, mas para cumprir.”
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Terceira Semana
Amar a misericórdia
No ano da misericórdia rezemos esse tema com profundidade a partir da bula Misercordiae Vultus, escrita pelo Para Francisco; a partir das obras de misericórdia apresentadas no evangelho de Mateus (Mt 25,31-46); e também em comunhão com a Igreja e a Jornada Mundial da Juventude, cujo tema era “Felizes os Misericordiosos” (Mt 5,7). Em todos eles, vemos a misericórdia enquanto prática, mas no livro do profeta Miquéias nos é apresentada que além de prática, a misericórdia também pode ser amada. Qual é nossa relação com a misericórdia? Já nos perguntamos se a amamos?
Pedido para todos os dias da semana:
Senhor, motivai-nos a amar a misericórdia para melhor a colocarmos em prática.
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
18 de setembro de 2016
25º Domingo do Tempo Comum Lc 16, 1-13 “Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes.”
19 de setembro de 2016
Pr 3, 27-34 “Não recuses um favor a quem dele necessita.”
20 de setembro de 2016
Lc 8, 19-21 “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.”
21 de setembro de 2016
Festa de São Mateus, apóstolo e evangelista Mt 9, 9-13 “Segue-me.”
22 de setembro de 2016
Ecl 1, 2-11 “Tudo é vaidade.”
23 de setembro de 2016
Lc 9, 18-22 “E vós, quem dizeis que eu sou?”
24 de setembro de 2016
Ecl 11, 9-12, 8 “Lembra-te do teu Criador nos dias da juventude.”
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Quarta Semana
Caminhar com Deus
Retomando a primeira questão levantada pelo profeta, “Como irei ao encontro do Senhor?”, vemos aqui que ele aponta uma direção. O convite para “Caminhar com Deus” nos coloca em uma relação de fraternidade, assim como os discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). Vamos ao encontro do Senhor quando nos colocamos no caminho com Ele, ou, quando mesmo, apenas desejamos estar nesse caminho. Retomando também o espírito da Peregrinação Inaciana, a mística da encarnação é fundamental, pois esse caminho ocorre no mundo, com os irmãos e irmãs, com o planeta e a casa comum.
Pedido para todos os dias da semana:
Senhor, tal qual peregrinos e peregrinas, inspirai-nos a vontade de estar no caminho.
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
25 de setembro de 2016
26º Domingo do Tempo Comum Lc 16, 19-31 “Há um grande abismo entre nós.”
26 de setembro de 2016
Jó 1, 6-22 “Apesar de tudo isso, Jó não cometeu pecado nem se revoltou contra Deus.”
27 de setembro de 2016
Memória de São Vicente de Paulo Lc 9, 51-56 “Ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém.”
28 de setembro de 2016
Lc 9, 57-62 “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus.”
29 de setembro de 2016
Festa de São Miguel, São Gabriel e São Rafael Arcanjos Jo 1, 47-51 “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus.”
30 de setembro de 2016
Lc 6, 39-42 “Por que vês o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio?”
1º de outubro de 2016
Lc 24, 13-25 “O que andais conversando pelo caminho?”
Ilustrações: Cláudio Pastro | Textos: Osvaldo Meca | Diagramação: Rodrigo Silva
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Santos Melchior Grodecz e Companheiros Santo do dia - 7 de setembro
Melchior Grodecz, filho de poloneses, nasceu na Silesia em 1584. Aluno dos jesuítas em Viena entrou para o noviciado aos 19 anos. Estevão Pongracz, de nobre família húngara, nasceu na Transilvânia em 1582. Estudou com os jesuítas na Romênia e entrou para a Companhia em 1602. Os dois, que se conheceram no noviciado de Viena, acabaram por se reencontrar em 1619, enviados para Kosice para animar os católicos boêmios e alemães. Os protestantes viram com hostilidade esse despertar da Igreja católica e avançaram com suas tropas. Para encorajar a minoria católica, uniu-se aos dois padres, isto é, ao cônego de Esztergom, ex-aluno jesuíta e ao antigo amigo de Viena, Marcos Estevão. Os três foram presos pelos soldados calvinistas, torturados por três dias e queimados vivos. Jamais negaram a fé nem a supremacia do Papa e, enquanto sofriam o martírio, rezavam em alta voz. A doçura dos padres e a crueldade do fato foram tantas que, logo após as suas mortes, toda a Hungria inclusive os protestantes - se consternou. Pela coragem, foram logo cultuados. Foram canonizados por João Paulo II em 2 de julho de 1995.
São Pedro Claver
Santo do dia - 9 de setembro Pedro Claver, espanhol, filho de camponeses, decidiu ser padre aos 15 anos. As cartas dos missionários jesuítas entusiasmavam a Europa. Foi a Barcelona estudar e, quando cursava filosofia, pediu admissão na Companhia. Ingressou ao noviciado em 1602 e, feitos os votos, foi a Maiorca completar os estudos. Lá ouviu do Ir. Afonso Rodrigues: “A tua missão é nas ín-dias... Ah! Caríssimo Pedro. Por que não vais também tu recolher lá o sangue de Jesus Cristo?”. Ofereceu-se, e com 30 anos chegava a Cartagena, na Colômbia em 1610. Entregou-se totalmente ao apostolado dos escravos que chegavam entulhados nos navios negreiros, ao ponto de uma escrava afirmar: “[...] era a defesa geral de todos os negros e negras”. Incompreendido até pelos próprios companheiros, livrou-se do desânimo procurando consolo na cruz. Esgotado e doente, morreu em 1654 com fama de santo. Canonizado por Leão XIII em 1888, declarado padroeiro das missões entre os negros em 1896.
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Beato Francisco Gárate
São Roberto Bellarmino
Nasceu em Azpeitia (Espanha) em 1857 e fez sua catequese com os jesuítas no Santuário de Loyola. A pedido deles, foi admitido como servente no Colégio N.Sra. de Orduña e ali mesmo decidiu sua vocação. Por terem sido os jesuítas expulsos da Espanha em 1868, foi preciso que caminhasse até Poyanne, França, para entrar no noviciado. Dando mostras de simplicidade, maturidade e responsabilidade, fez seus primeiros votos em 1876 e, após breve preparação, foi enviado para La Guardia, onde foi enfermeiro e sacristão no Colégio Santiago. Sempre alegre e paciente, era exemplo de delicadeza e abnegação. Intensa vida de fé e oração, constante serviço ao próximo, humildade e mortificação foram sua marca como porteiro. Morreu em 1929, vítima de um tumor na próstata. Foi beatificado por João Paulo II em 1985.
Nasceu a 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, na Toscana, Itália. De família nobre, mas empobrecida, desde cedo mostrou-se um estudante brilhante. Entrou para o Noviciado em 1560, em Roma. Já nos estudos de Retórica despontavase como grande pregador, motivador de diversas conversões. Foi ordenado em 1570 e, desde então, prestou intenso serviço à fé como eminente professor de teologia e em cargos na Companhia. Elevado à púrpura cardinalícia em 1599 contra a sua vontade manteve o mesmo estilo de vida religiosa, na austeridade e na pobreza. Tornou-se a maior autoridade na pregação, por seu espírito de ciência e humildade. Sua opinião sábia e segura na fé era sempre respeitada e acatada na Cúria. Morreu em 1621 como exemplo na Igreja em crise. Canonizado em 1930 e proclamado Doutor da Igreja em 1931 por Pio XI.
Santo do dia - 10 de setembro
Santo do dia - 17 de setembro