Roteiro de Oração na Vida Diária :: Edição 95 :: Fevereiro 2017

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Roteiro de Oração na Vida Diária Edição 95 - Fevereiro 2017


Roteiro de Oração na Vida Diária

O mês de fevereiro é um período em que temos muitos frutos para considerar em nossa vida espiritual, buscando aprofundar nossa relação com Deus, com os outros e com nós mesmos. Ainda transformados pelas Experiências Magis, a partir dos voluntariados jovens e das experiências de inserção sociocultural, que aconteceram em dezembro e janeiro, temos muito a agradecer a Deus, especialmente o contato dos jovens com tantas pessoas que, em diversos lugares do Brasil, buscam construir o Reino através de redes de solidariedade e de amor. Animados por essas experiências e pelo ano de 2017 que vai, aos poucos, ganhando seu ritmo, no mês de fevereiro, somos convidados a olhar para nosso horizonte, tendo presente quem é a nossa esperança. Rezemos a esperança em Deus, que nos anima, nos inspira, nos guia em nosso peregrinar cotidiano. Aprofundando nossas relações e nos preparando para os Exercícios Espirituais para Jovens, que acontecem no período do Carnaval, reflitamos como somos iluminados por Deus e, a cada momento, chamados a ser luz no mundo, especialmente para aqueles que mais necessitam.

Oração preparatória para todos os dias Senhor, que todos os meus pensamentos, ações e afetos sejam puramente ordenados ao seu serviço e louvor.

Escolho um texto bíblico. Defino a duração da oração. Busco um LUGAR tranquilo e agradável que ajude a me concentrar. Encontro uma boa POSIÇÃO corporal.

Faço SILÊNCIO interior e exterior. RESPIRO lentamente, suavemente. Tomo CONSCIÊNCIA de que estou na PRESENÇA de DEUS. Faço com devoção o sinal da cruz.

LEIO o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”. REFLITO por que esta frase, palavra, ideia me chama a atenção. CONVERSO com Deus como um amigo: falo, escuto, peço, louvo, pergunto, silencio, seguindo os sentimentos experimentados na oração.

PEÇO a DEUS Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a GRAÇA que verdadeiramente DESEJO receber de DEUS.

Recordo o meu ENCONTRO com DEUS. Anoto o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo (palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os questionamentos; os sentimentos de consolação ou desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.


Roteiro de Oração na Vida Diária

Primeira Semana Esperança como luz do mundo

O Evangelho do Domingo dessa semana nos faz um convite a sermos sal e luz. Cristo exorta quem o segue a ser luz do mundo. Em outras palavras, somos chamados a redescobrir nossa fé no Deus da vida e ser sinal dessa esperança para todos, especialmente para aqueles que mais necessitam. Nesse sentido, o Papa Francisco faz um apelo a toda a Igreja, povo de Deus: “a Igreja deve acompanhar, com atenção e solicitude, os seus filhos mais frágeis, marcados pelo amor ferido e extraviado, dando-lhes de novo confiança e esperança, como a luz do farol dum porto ou duma tocha acesa no meio do povo para iluminar aqueles que perderam a rota ou estão no meio da tempestade (Amoris Laetitia, 291). Que caminhos a luz de Deus tem revelado ao mundo? Como Deus tem me iluminado e me inspirado a ser sinal dessa esperança?

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, ilumina-me e ajuda-me a ser sinal de tua Luz a todos.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 5 de fevereiro de 2016 6 de fevereiro de 2016

5º Domingo do Tempo Comum Mt 5, 13-16 “Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens.” Festa de São Paulo Miki e companheiros Mc 6, 53-56 “E todos quantos o tocavam ficavam curados.”

7 de fevereiro de 2016

Mc 7, 1-13 “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim.”

8 de fevereiro de 2016

Mc 7, 14-23 “O que sai do homem, isso é que o torna impuro.”

9 de fevereiro de 2016

Mc 7, 24-30 “Também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair.”

10 de fevereiro de 2016

Mc 7, 31-37 “Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar.”

11 de fevereiro de 2016

Memória de Nossa Senhora de Lourdes Jo, 2, 1-11 “Fazei tudo quanto ele vos disser.”


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Segunda Semana Esperança na Palavra

A nossa esperança não está baseada numa palavra sem sentido, nem em nenhum discurso vazio e inócuo. Pelo contrário, nossa esperança encontra suas forças numa Palavra de vida, no próprio Verbo de Deus. Essa Palavra de vida e de verdade, ao ser revelada ao povo de Deus, tem sido compreendida como o mandamento do amor: amar a Deus e amar ao próximo. É essa mesma Palavra que os profetas, desde os tempos antigos, têm lembrado a todo o povo, para que retomem sempre o caminho do amor. Com toda misericórdia e benevolência, Deus revelou sua Palavra através da própria pessoa de Jesus, o Cristo encarnado. Ao recobrarmos nossa esperança nessa Palavra, somos impelidos a viver em comunhão com Deus e com o próximo, no amor que nos faz ir adiante e ao encontro do outro. Nessa semana, rezemos e sejamos provocados por essa Palavra de esperança!

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, que tua Palavra seja luz e esperança em minha vida, para mais amar e servir.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

12 de fevereiro de 2016

6º Domingo do Tempo Comum Mt 5, 17-37 “Assim foi dito aos antigos; eu, porém, vos digo.”

13 de fevereiro de 2016

Mc 8, 11-13 “Por que esta gente pede um sinal?”

14 de fevereiro de 2016

Mc 8, 14-21 “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus.”

15 de fevereiro de 2016

Festa de São Cláudio de la Colombière Mc 8, 22-26 “Estás vendo alguma coisa?”

16 de fevereiro de 2016

Mc 8, 27-33 “Quem dizem os homens que eu sou?”

17 de fevereiro de 2016

Mc 8, 34 - 9,1 “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?”

18 de fevereiro de 2016

Mc 9, 2-13 “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”


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Terceira Semana Esperança diante dos desafios

Muitas coisas ameaçam abalar nossa esperança e nossa confiança em Deus. Quando nos frustramos diante da vida, testemunhamos situações de injustiça e exclusão, passamos por experiências de sofrimento e contradição, corremos o risco de deixar a luz da esperança se apagar em nós. No entanto, mesmo nas situações de maior complexidade, em que a angústia parece nos dominar, Deus nunca desiste de seus filhos e filhas. Mesmo quando nos deparamos com situações calamitosas e complexas, Deus insiste conosco, para que nunca percamos a esperança: “Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados” (Sl 9,18). Muitas vezes, esses desafios nos ajudam a rezar nossa humildade e pequenez, reconhecendo o quanto necessitamos de Deus. Nessa semana, não tenhamos medo de ir aos recantos mais obscuros, mas assumamos o desafio de levar a luz de Deus a todas as situações de miséria.

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, dá-nos a graça de viver a tua esperança e de não nos desanimar diante dos desafios da vida.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

19 de fevereiro de 2016

7º Domingo do Tempo Comum Mt 5, 38-48 “Amai os vossos inimigos.”

20 de fevereiro de 2016

Mc 9, 14-29 “Tudo é possível para quem tem fé.”

21 de fevereiro de 2016

Mc 9, 30-37 “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo.”

22 de fevereiro de 2016

Festa da Cátedra de São Pedro, Apóstolo Mt 16, 13-19 “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.”

23 de fevereiro de 2016

Mc 9, 41-50 “Tende, pois, sal em vos mesmos e vivei em paz uns com os outros.”

24 de fevereiro de 2016

Mc 10, 1-12 “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento.”

25 de fevereiro de 2016

Mc 10,13-16 “Deixai vir a mim as crianças.”


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Quarta Semana Esperança como graça

Não podemos nos esquecer que a esperança que nos inspira a caminhar e a anunciar a Boa-Nova não pode ser outra senão a esperança em Deus. Não esperamos à toa. Nossa esperança não é vã. Não esperamos num Deus insensível e incapaz de vir ao encontro de seus filhos e filhas. Mas esperamos num Deus criador, todo-poderoso, todo-misericordioso, que se compadece pelo mundo, por cada um. Confiantes de que essa esperança é dom de Deus, busquemos sempre nos encontrar com o Senhor, pedindo que Ele continue a nos iluminar, em nossa caminhada de oração, em nossa vida de missão, para que não nos desanimemos. Nesse sentido, Paulo, na Carta aos Romanos, faz um apelo a todos os cristãos: “Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração” (Rm 12,12).

Pedido para todos os dias da semana:

Senhor, que nunca falte em nossa vida a esperança em teu amor.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

26 de fevereiro de 2016

8º Domingo do Tempo Comum Mt 6, 24-34 “Eu não te esquecerei.”

27 de fevereiro de 2016

Mc 10,17-27 “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”

28 de fevereiro de 2016

Mc 10, 28-31 “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.”

1º de março de 2016

Quarta-feira de Cinzas da Quaresma Mt 6, 1-6.16-18 “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles.”

2 de março de 2016

Quinta-feira depois das Cinzas Lc 9, 22-25 “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me.”

3 de março de 2016 4 de março de 2016

Sexta-feira depois das Cinzas Mt 9, 14-15 “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” Sábado depois das Cinzas Lc 5, 27-32 “Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?”

Ilustrações: Cláudio Pastro | Textos: Thaís Augusto e Davi Caixeta | Diagramação: Rodrigo Silva


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São Paulo Miki e companheiros

São Cláudio de la Colombière

A Igreja japonesa, fundada por São Francisco Xavier, sempre teve uma religiosidade muito marcada pelos Exercícios Espirituais, pois a maioria dos missionários eram jesuítas. Inicialmente os Daimyo (príncipes feudais que detinham o poder no Japão) mostraram-se favoráveis ao cristianismo, porém, com a propagação deste e o receio de que a religião cristã pudesse constituir obstáculos para formas totalitárias de poder, iniciaram uma perseguição. Entre os mártires jesuítas se destacou Paulo Miki: que foi batizado junto com seus pais, aos 5 anos, e entrou para a Companhia aos 22. Era um exímio catequista e orador. Aos 32 anos, enquanto ainda era escolástico, foi preso e pregado em uma cruz. Durante seu martírio, ele exortava os presentes a se converterem a Jesus Cristo. Junto dele, foram crucificados dois irmãos jesuítas: Ir. João Soan, 19 anos, e Ir. Diogo Kisai, de 64 anos. Foram canonizados por Pio IX em 1862.

Francês, nasceu em 1641 em Saint Symphorien d’Ozon. Aos 12 anos matriculouse no Colégio da Trindade, mantido por jesuítas. Dotado de sensibilidade, nobreza de alma e inteligência penetrante, mostrava-se muito sensível aos encantos da religião e da vida comunitária. Ingressou no noviciado no ano de 1659 e foi ordenado em 1669. Suas qualidades foram instrumentos úteis no combate ao jansenismo, uma doutrina teológica considerada herética pela igreja. Ajudou eficazmente Santa Margarida Maria Alacoque a propagar o culto ao Sagrado Coração de Jesus. Era um jesuíta notável por seu discernimento e obediência às Constituições, e por ser um exímio orientador espiritual, foi nomeado confessor e pregador da duquesa de York em Londres, em um tempo marcado pelo ódio contra a Igreja Católica. Foi encarcerado em King’s Bench em 1678, por ocasião de uma perseguição aos jesuítas. Contraiu tuberculose nas masmorras e foi exilado para a França. Morreu em Paray-le-Monial, em 1682. Foi canonizado por João Paulo II em 1992.

Santo do dia - 6 de fevereiro

Santo do dia - 15 de fevereiro



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